Jornal Evangélico Luterano - Ano 43 - nº 772 - Maio 2014

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Jorev Luterano - Maio - 2014

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Editorial

CMD: 75 anos promovendo a vida

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ontinuando a sua ‘visita’ aos Sínodos da IECLB, promovendo uma espécie de intercâmbio de ações e experiências, nesta edição o Jorev Luterano destaca o Sínodo Sul-Rio-Grandense, o décimo quinto da lista, que vai ilustrar as Editorias Sustentabilidade, Comunicação, Formação (eixos transversais do Plano de Ação Missionária da IECLB - PAMI), Tema do Ano e Vai e Vem (Campanhas nacionais para a unidade e de ofertas para a missão, respectivamente). A intenção do Jorev é mostrar um pouco do que o Sínodo fez, faz e pretende fazer nas áreas relacionadas ao PAMI, bem como a forma de trabalhar as Campanhas Tema do Ano e Vai e Vem, com o objetivo de compartilhar informações e testemunhos que serão fonte de inspiração para todas as pessoas interessadas no cumprimento da missão da IECLB no Brasil e no mundo. Na Editoria Atualidade, relatamos um pouco da trajetória da Casa Matriz de Diaconisas, com sede em São Leopoldo/ RS em comemoração aos 75 anos da

Irmandade, a serem completados no dia 17 de maio. Na Editoria Presidência, Porque Jesus vive e está entre nós, temos esperança - Páscoa: a ressurreição de Cristo é o título da Mensagem, de autoria do P. Nestor Friedrich, Pastor Presidente da IECLB. Rumo às comemorações dos 500 anos da Reforma Luterana, que serão completados em 2017, o Jorev continua a série especial Lutero - Reforma: 500 anos, iniciada em 2012. Em 2014, os textos são escritos com enfoque na Liturgia e na Música, sob responsabilidade da Cat. Dra. Erli Mansk, Coordenadora de Liturgia da IECLB, e da Mus. Dra. Soraya Eberle, Coordenadora de Música da Igreja. Nesta edição, apresentamos o tema Canto litúrgico: o ‘cantar-dizer’ da Comunidade.

Nesta edição, o Jorev destaca o Sínodo Sul-

Na Editoria Fé Luterana, de maneira a estimular a reflexão sobre a confessionalidade luterana e os ensinamentos da Bíblia, uma Ministra Diácona e um Teólogo e Músico discorrem sobre elementos do culto na IECLB: Kyrie Eleison e Glória, além de Confissão de pecados e Absolvição. Na Editoria Geral, leia sobre a caminhada permanente da Educação Cristã Contínua na IECLB.

Rio-Grandense, que vai ilustrar as Editorias Sustentabilidade, Comunicação, Formação, Tema do Ano e Vai e Vem

A contribuição na confessionalidade luterana ganhou

destaque na Editoria Comportamento. Der Beruf einer Mutter é o título da meditação da Editoria Deutsche Seite. Na Editoria Compartilhar, a Comunidade luterana partilha momentos significativos da vida cristã. Boa leitura!

Atendimento ao leitor Mariana Mattos Paim Fone: (51) 3284.5400 - Fax: (51) 3284.5419

jorev@ieclb.org.br

Este espaço é seu! A sua opinião é fundamental no nosso trabalho. Conhecer as suas preferências, ouvir as suas dicas de pauta, as suas sugestões para o jornal e os seus comentários sobre as matérias é muito importante para que possamos sempre oferecer um Jorev melhor para você. Faça o seu Jorev Luterano. Escreva para nós e participe! Estamos esperando o seu contato!

Mensagens para a caminhada Que 2014 seja um ano realmente iluminado para toda a equipe do Jornal Evangélico Luterano, que sempre nos traz mensagens que auxiliam na nossa caminhada cristã. Abraços, Maria Cristina Guilherme Coordenação do Fórum de Reflexão da Mulher Luterana

Pastor Presidente P. Dr. Nestor Friedrich Secretária Geral Diác. Ingrit Vogt Jornalista Letícia Montanet Reg. Prof. 10925

Revisão Margret Reus Administrativo Mariana Paim

Alegria Desejamos a todos os integrantes da equipe do Jorev Luterano que a alegria do nascimento do nosso Salvador os acompanhe também no decorrer do novo ano.

Capa Montagem com o selo produzido especialmente para a data e algumas fotos que ilustram parte da história da Irmandade Evangélica Luterana, que, em 2014, completa 75 anos. Leia matéria especial sobre os 75 anos da Casa Matriz de Diaconisas na Editoria Atualidade, página 4.

ISSN 2179-4898 Cartas - Sugestões de pauta - Artigos - Anúncios

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Fone: (51) 3284.5400 - Fax: (51) 3284.5419 E-mail: jorev@ieclb.org.br

Comunidade Bom Pastor Ponta Grossa/PR

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Próspero 2014

w w w . l u t e r a n o s . c o m . b r

Desejo a todos da equipe do Jorev Luterano um próspero 2014.

Assinatura anual - 11 edições - R$ 30,00

Celia Kremer Lajeado/RS

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Curtas

Presença Instituto da Faculdades EST

pergunta pela ética

Ao reconhecer, a partir das palavras do Reformador, Martim Lutero, que ‘somos, ao mesmo tempo, justos e pecadores’, o Reitor da Faculdades EST, em São Leopoldo/RS, P. Dr. Oneide Bobsin, disse que o Instituto de Ética da instituição, inaugurado no dia 19 de março, tem o dever de gerar conhecimento capaz de desconstituir a dimensão moralista implícita na concepção de pecado, apresentando a ética Paulina a um Brasil que precisa se tornar mais justo e transparente. Responsável pela implementação do projeto do Instituto, o Prof. Dr. Rudolf von Sinner lembrou às autoridades e ao público presente à inauguração que o ensino e a pesquisa sobre ética na Faculdades EST já têm longa trajetória. Ao recorrer à narrativa-base da tradição cristã, afirmou que os ensinamentos bíblicos precisam ser traduzidos para os dias atuais, na esperança de que o seu significado possa fazer a diferença para todas as pessoas que lutam em prol de um mundo melhor e capaz de garantir efetiva cidadania para todas as pessoas. Como um dos idealizadores do Instituto, ao lado do colega P. Martin Volkmann, o ex-Reitor da EST, Prof. P. Dr. Lothar Carlos Hoch, recordou que, há oito anos, quando surgiu a ideia da criação do espaço, crescia a consciência de que a pergunta pela ética se tornaria o grande desafio deste século. Também presente à solenidade, o ex-Presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), Dr. Abilio Baeta Neves, disse que a excelência internacional do Programa de Pós-Graduação em Teologia da EST trará subsídios importantes para o Instituto, que se propõe a debater uma questão ‘urgente e impostergável’. O Presidente do Conselho de Administração, Hilmar Kannenberg, disse que aquele representava um momento histórico para a EST, que, por meio do seu Instituto de Ética, “poderá abranger os grandes e os pequenos da nossa sociedade”. Orgulhoso pela inauguração do novo espaço, o Presidente da IECLB, P. Dr. Nestor Friedrich, ressaltou que as pesquisas desenvolvidas no Instituto suscitarão o debate em torno de questões éticas nas Igrejas da América-Latina, da América Central e do Caribe, já que “a Igreja deve à sociedade uma palavra mais clara em torno de questões atravessadas pelo debate ético, sendo o Instituto uma confissão desse compromisso”. O projeto de implementação do Instituto contou com o apoio financeiro da Igreja Evangélica Luterana na Baviera (ELKB), da Obra Missionária da Alemanha (EMW), do Centro de Ecumenismo e Missão da Igreja do Norte da Alemanha (ZMÖ) e da CAPES.

Não vi nenhum templo na cidade, pois o seu templo é o Senhor Deus... (Ap 21.22) - A Cidade Santa, descrita em Apocalipse, chama atenção pelo contraste com o que se vê nas grandes cidades: há templos de sobra e falta visibilidade ao senhorio de Deus. A cidade é um lugar de contradições: nela encontramos oportunidades, miséria e dificuldades. Oferta de empregos, escolas, centros de saúde e opções de lazer se contrapõem às longas distâncias, ao tempo investido no trânsito, à má qualidade do transporte público, à violência e ao elevado custo de vida, entre outros. Ser Igreja de Cristo na cidade consiste em dar visibilidade ao senhorio de Deus, motivando pessoas a se ocuparem umas com as outras, refletindo e vendo nelas a imagem de Deus! Na prática, é preciso ir até as pessoas em vez de esperar que elas venham participar dos cultos e demais atividades comunitárias. Para tanto, a Comunidade deve criar oportunidades para estreitar vínculos entre as pessoas e motiválas a ser sinal do Reino de Deus no mundo. Visitas, grupos de estudo bíblico em diferentes bairros, atividades alternativas para juventude, mulheres, singulares, casais, mães e pais jovens são alguns exemplos. Nas cidades, a necessidade de ações que resgatem a dignidade da Criação é enorme e permanente. O apoio socioeducativo a crianças e adolescentes de famílias desestruturadas ou à margem de oportunidades, o apoio a pessoas idosas, a criação de um fundo de apoio para a compra de medicamentos ou para o tratamento de pessoas dependentes químicas e a oferta de oficinas de profissionalização são exemplos de como a Comunidade, em parceria com a cidade, pode promover a transformação de vidas e sinalizar o seu compromisso com o Reino de Deus. Pa. (voluntária) Aneli Schwarz Comunidade Belo Horizonte Sínodo Sudeste

OFERTAS NACIONAIS 11 de maio 4º Domingo da Páscoa - Dia das Mães Casa Matriz de Diaconisas Jesus esteve a maior parte do tempo junto a pessoas doentes, fragilizadas e sobrecarregas. Ele convida, dizendo: assim como eu fiz, façais vós também. No dia 17 de maio de 2014 a Casa Matriz de Diaconisas completa 75 anos de existência. Também neste ano a Irmandade Evangélica Luterana deseja colocar sinais de amor, acolhendo bem pessoas, famílias, grupos que desejam realizar os seus encontros na Casa Matriz. Na programação do ano, estão Cursos, como o de Cuidadores de Idosos, Retiros de Silêncio, convite para vivenciar a Páscoa e o Natal na Casa Matriz, entre outros. O objetivo é favorecer a integração e a comunhão. O maior desejo, entretanto, é motivar pessoas para o Ministério Diaconal e o servir na Igreja, a exemplo de Jesus Cristo. 18 de maio 5º Domingo da Páscoa Projeto de Missão no Sínodo Mato Grosso A história da Igreja Cristã é marcada pelo amor, pela solidariedade, pela ousadia e pela coragem. Por esta razão, podemos ser Comunidade da IECLB em solo brasileiro. Cristãos de outros países se preocuparam conosco, nos concedendo o privilégio de ouvir e de viver sob a graça de Deus, motivo de enorme gratidão! O Projeto de Missão no Sínodo Mato Grosso viabiliza a continuidade do Projeto Missionário de Santarém, auxilia a consolidação da Paróquia de Vila Rica, no nordeste do Estado do Mato Grosso, e permite auxílios pontuais a outras Paróquias e campos missionários que, pelo pequeno número de membros, eventualmente, estejam com alguma dificuldade específica.

INDICADORES FINANCEIROS UPM Abril/2014

3,3808

Índice Março/2014

1,29%

Acumulado do ano

2,90%

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Atualidade

Os 75 anos da Casa Matriz de Diaconisas P. DR. ONEIDE BOBSIN Reitor da Faculdades EST

A banalidade da violência: a culpa é da vítima

Merecem ser estupradas as mulheres que usam roupas curtas (que mostram o corpo)? Certamente, você dirá que não, mesmo que considere estranho ver as suas netas ou filhas usarem roupas sensuais e curtas. No entanto, esta não foi a resposta de 26% [inicialmente, esse número equivocadamente, foi divulgado como sendo de 65%] de homens e mulheres entrevistados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). Além dessa questão, 58,5% dos entrevistados concordaram com a ideia de que, se as mulheres soubessem como se comportar, haveria menos estupros. A tolerância da violência impressionou os Pesquisadores e virou debate nacional. Tais dados não me impressionaram, apesar de chocantes, porque vivemos em uma sociedade violenta, que nos faz violentos. Apesar de todos desejarem a paz, no ano passado foram registrados mais de 525 mil estupros contra as mulheres no Brasil. Segundo a análise dos Pesquisadores, este grande número de homens e mulheres que justificam a violência contra as mulheres, inclusive o estupro, entende que elas estejam provocando os homens. Neste caso, a vítima do estupro seria responsável pela violência sofrida. Além da dor do estupro, impressa na alma, a mulher estuprada carrega a responsabilidade de ter feito algo errado aos olhos da sociedade machista. Culpar a vítima em caso de estupro potencializa a dor, dor de que o corpo violado tem um dono, que não é a mulher. Especialistas no assunto afirmam que o estupro reflete uma relação de poder do homem sobre a mulher, que ‘precisa’ ser submissa, passiva e recatada. A pesquisa também revela que quem defende a ideia de que o homem deve ser ‘o cabeça’ do lar está mais propenso a justificar a violência contra as mulheres. Este assunto também é bíblico... O apóstolo Paulo foi usado para justificar a superioridade do homem sobre a mulher. Bastam poucas referências para mostrar como Paulo é mal interpretado. Em 1Cor 7, o apóstolo diz que a mulher não dispõe do corpo, mas é o marido quem dispõe. A leitura machista justifica a submissão da mulher e a apropriação de seu corpo. No entanto, o texto continua, afirmando que, do mesmo modo, o marido não dispõe do seu corpo, mas é a mulher que dispõe. Sem esta reciprocidade, o casamento é uma violência. Outro conselho de Paulo aos maridos: amai vossas mulheres como Cristo amou a Igreja e por ela se entregou (Efésios 5.25).

Amai vossas mulheres como Cristo amou a Igreja

Conheça a Irmandade Evangélica Luterana

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m 17 de maio de 2014, a Irmandade Evangélica Luterana completa 75 anos de vida e de testemunho diaco-

nal. A Irmã Gisela Beulke, atual Diretora da Casa Matriz de Diaconisas, conta que imigrantes alemães chegados ao Brasil a partir de 1824 pediram que a Igreja enviasse, além de Ministros Pastores, também Diaconisas, para ajudarem a cuidar de quem estava doente e atuar na educação infantil. Em 1913, chegaram as primeiras Irmãs ao Brasil, com formação nas áreas de Enfermagem e Pedagogia. Logo, também mulheres brasileiras desejaram atuar como Irmãs. Então, em um Congresso de Mulheres, promovido pela Ordem Auxiliadora das Senhoras Evangélicas (OASE), reunidas em Santa Cruz do Sul/RS, em 1938, foi aprovada a fundação de uma Casa Matriz de Diaconisas em solo brasileiro. No dia 17 de maio de 1939, esse desejo se concretizou e nasceu a Casa Matriz de Diaconisas, em São Leopoldo/RS. Assim como as Irmãs alemãs, também as mulheres brasileiras, inicialmente, eram preparadas para atuar na área da saúde e educação infantil. Como a vida é constituída por mudanças, também a Irmandade Evangélica Luterana passou por mudanças no decorrer dos 75 anos de existência. Irmãs atuaram, e algumas ainda atuam, em Comunidades, hospitais, ancionatos, centros sociais, periferias de grandes cidades, áreas indígenas, acompanhamento a migrantes para o Norte e o Centro do país. “Trabalhamos na área da formação, em especial de Ministras e Ministros e voluntariado para a área da Diaconia. Muitas sementes foram lançadas e marcas foram deixadas!”, rememora a Irmã Gisela. Durante 25 anos, de 1974 até 1998, a Casa Matriz de Diaconisas ofereceu formação teológica-diaconal junto à sua sede. A partir de moções encaminhadas e aprovadas em Concílio, a formação diaconal foi integrada pelas Faculdades EST, também com sede em São Leopoldo. Segundo a Diretora da Casa Matriz, com isso, a Diaconia na IECLB teve perdas e ganhos. As perdas foram no leque da diversidade de atividades diaconais que as Irmãs exerciam anteriormente, como Enfermagem, Assistência Social, Pedagogia, Agronomia, etc. O principal ganho foi a equiparação dos Ministérios Catequético, Diaconal, Missionário e Pastoral. Nos últimos anos, em especial a partir da

Vista da Casa Matriz de Diaconisas

Ação diaconal junto a crianças

Convenção da Irmandade - 2012

década de 1990, a Irmandade ousou promover mudanças significativas: o hábito foi liberado, igualmente o celibato. Recentemente, a Irmandade foi aberta para acolher Ministras dos diferentes Ministérios reconhecidos pela IECLB. Também são acolhidas mulheres com curso profissional secular e que não desejam cursar Teologia ou atuar como Ministras na área pastoral, em Comunidades. Essas são chamadas de Irmãs Diaconais. “Somos gratas a Deus por essas mudanças terem possibilitado o ingresso de duas mulheres na Irmandade em 2013 e por, atualmente, termos seis aspirantes à Irmandade”, comemora a Irmã. “A seara é grande e os trabalhadores na área da Diaconia, poucos. Deus chama trabalhadores e nós convidamos mulheres para conhecer a Irmandade e fazer parte dessa família, que deseja viver em comunhão e servir a quem precisa de ajuda, motivadas pelo amor de Deus”, compartilha a Irmã Gisela Beulke.


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Presidência

Porque Jesus vive e está entre nós, temos esperança

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ano de 2014 promete! Temos a Copa do Mundo pela frente. Teremos eleições estaduais e em nível federal. No mês de julho, em torno de mil jovens da IECLB irão se encontrar na cidade de Espigão do Oeste/RO, no Sínodo da Amazônia, para o 22º Congresso Nacional da Juventude Evangélica, o Congrenaje. Na IECLB, celebramos os 190 anos de história da nossa Igreja. É ano de Concílio, que será realizado em Rio Claro/SP, no Sínodo Sudeste. Também é expressivo o número de Comunidades que celebram datas marcantes neste ano. Se olharmos para trás, 2014 é um ano em que muito já aconteceu. Tivemos chuvas demais e água de menos. Lembro de irmãos e irmãs do Espírito Santo, de Rondônia e do Acre. Houve quem colheu em abundância e quem viu a sua

lavoura se afogar. Também a seca deixou as suas marcas. Tivemos debates e embates no âmbito da política. Há 50 anos, o Presidente João Goulart foi deposto e instaurouse uma ditadura no Brasil, que durou 21 anos. Grupos ligados às Igrejas, em conjunto com muitos movimentos da sociedade, foram imprescindíveis para a superação deste período. Há expectativas quanto aos rumos da nossa economia. Não menos significativas são as perguntas e constatações sobre o futuro da educação e a triste realidade da saúde no Brasil. A violência assusta e revolta, pela sensação de impotência. Mergulhada nesta realidade, a Igreja Cristã novamente celebrou a Páscoa. Também nós, da IECLB, celebramos a Páscoa. A Páscoa nos lembra que não é Deus quem ergue as cruzes no nosso

Maio 3-4/5 Assembleia do Sínodo Brasil Central Luziânia/GO P. Carlos Möller

No dia 9 de novembro de 2013, representantes das 15 Paróquias e dos setores de trabalho do Sínodo Vale do Taquari estiveram reunidos na Comunidade em Conventos, em Lajeado/RS, para a XX Assembleia Sinodal. A palestra do Pastor 1º Vice-Presidente da IECLB, P. Carlos Möller, sobre o Tema do Ano 2013, Ser, Participar, Testemunhar Eu vivo comunidade, apontou que: - o nosso modelo eclesiológico está fundamentado na ajuda mútua (Atos 2) e no sacerdócio geral de todas as pessoas que creem (Ministérios ordenados, lideranças e membros); - o sacerdócio geral está intimamente ligado ao Batismo (1Pe 2.5), que precisa ser vivenciado no dia a dia da vida comunitária; - a fonte de inspiração está na Bíblia, que testemunha o Deus libertador e presente em Cristo; No seu relatório, o Pastor Sinodal, P. Marcos Bechert, enfatizou que ‘as orações têm o objetivo de que a vontade de Deus venha a se instalar entre nós, para que os sinais da sua presença aconteçam por meio das nossas ações’. Nos relatórios paroquiais, foram destacadas a diversidade no viver Comunidade/Paróquia no Sínodo, a continuidade das atividades comunitárias anuais e os grandes desafios do Sínodo, em especial os relacionados ao Plano de Ação Missionária da IECLB (PAMI).

P. NESTOR FRIEDRICH Pastor Presidente da IECLB

Assembleia do Sínodo da Amazônia Religiosidade com graça e fé

Assembleia do Sínodo

Vale do Taquari

mundo! Não é Deus quem quer nos fazer sofrer. A Páscoa nos lembra que, no centro do Evangelho, está o Cristo crucificado e ressurreto, o Deus que ama as pessoas fragilizadas, destituídas dos seus direitos. A Páscoa, a ressurreição de Cristo, nos convida a viver e festejar a nossa história em Comunidade, a optarmos por caminhos que conduzam a viDas em comunhão. É porque Jesus vive e está entre nós que temos esperança e nos engajamos para buscar a paz da cidade, apesar e em meio às cruzes que ainda hoje se erguem. É porque cremos no Cristo crucificado que não renunciamos à esperança nem nos conformamos com o mal. Desejo que a mensagem da Páscoa, da ressurreição do Cristo crucificado, fortaleça e inspire a sua vida de fé na promoção da paz e lhe acompanhe durante este ano de 2014.

......

Páscoa: a ressurreição de Cristo

11/5 150 anos da Comunidade de Ferraz Rio Claro/SP P. Nestor Friedrich 17/5 Assembleia do Sínodo Planalto Rio-Grandense Ibirubá/RS Pa. Silvia Genz 17-18/5 Assembleia do Sínodo Sudeste Campinas/SP P. Nestor Friedrich 22-23/05 Reunião da Diretoria do Conselho da Igreja Porto Alegre/RS P. Nestor Friedrich 24-25/05 Assembleia do Sínodo Norte Catarinense Jaraguá do Sul/SC P. Nestor Friedrich

Entre os dias 15 e 17 de novembro de 2013, ocorreu a XVI Assembleia do Sínodo da Amazônia, realizada em Cacoal/RO, que contou com a presença da Secretária Geral da IECLB, Diác. Ingrit Vogt. A Mensagem da Assembleia destacou que o Sínodo da Amazônia tem quatro fatores de colonização, Rio Grande do Sul, Espírito Santo, migrantes do centro do país e nativos da região, e todos querem viver na região e a Igreja acompanha a todos. Entre as reflexões que surgiram no debate, estiveram o questionamento sobre as forças em âmbito sinodal para acompanhar os membros nas suas demandas, a preocupação com os jovens que abandonam a colônia e procuram outros caminhos na vida, além da necessidade de divulgar o Evangelho e falar bem da IECLB como Igreja, especialmente em função da proximidade dos 500 anos da Reforma, a serem comemorados em 2017. Neste sentido, a XVI Assembleia Sinodal convocou Presbíteros e Ministros a estarem ligados em torno da confessionalidade e identidade luteranas, dialogando e buscando consenso nas suas Comunidades e, principalmente, o jeito luterano de viver a religiosidade, com graça e fé, nos mais diversos recantos do Sínodo.

Reunião do Conselho da Igreja Nos dias 22 e 23 de novembro de 2013, na Casa Matriz de Diaconisas, em São Leopoldo/ RS, ocorreu a última reunião do ano do Conselho da Igreja (CI), que conta com a participação da Presidência e da Secretaria Geral da IECLB. Na ocasião, o P. Dr. Nestor Friedrich, Pastor Presidente da IECLB, e a Diác. Ingrit Vogt, Secretária Geral, apresentaram, respectivamente, o Relatório da Presidência e da Secretaria Geral, referentes ao período compreendido entre outubro/2012 e outubro/2013. Entre os principais assuntos tratados na reunião, estiveram: Documentos Normativos, Ofertas Nacionais, Programa de Acompanhamento a Ministros, resultados da Campanha Nacional de Ofertas para a Missão Vai e Vem 2013 e Proposta Orçamentária 2014.

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Sustentabilidade

Cumprindo com o mandamento do Senhor da Igreja: o anúncio do Evangelho

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Como Igreja cristã, ainda mais de confessionalidade luterana, o espírito voluntário e livre de leis e regulamentos, movido unicamente por amor e gratidão, deve nos mobilizar mais e mais

esde a sua vinda ao Brasil, os evangélico-luteranos abraçaram a tarefa de administrar recursos financeiros com o objetivo de cumprir o mandamento do Senhor da Igreja, o anúncio do Evangelho, estimulando a vivência da fé e imprimindo o jeito de ser luterano na realidade brasileira. Com a vinda dos imigrantes, o que, em 2014, completa 190 anos, as Comunidades e Paróquias integradas ao Sínodo Riograndense, na região Sul do Estado, foram obrigadas a tomar decisões importantes diante dos imprevistos ocorridos após atravessarem o oceano. Uma série de promessas não cumpridas pelo Império os obrigou a prover mais do que ‘o pão nosso de cada dia’. Sobre os ombros dos imigrantes recaiu a tarefa de construir escolas para os seus filhos. No desejo de permanecerem fiéis à fé evangélica luterana, exemplificada na Bíblia, no

Catecismo e no Hinário, que trouxeram entre os seus pertences, os imigrantes reuniram esforços para constituir uma comunidade escolar. Eles mesmos ergueram os prédios e, posteriormente, juntaram os recursos para pagar os Professores. Todas as comunidades históricas da IECLB na área do Sínodo SulRio-Grandense foram constituídas a partir da necessidade de que os filhos deveriam ter acesso à escola, aprender a ler e a escrever e, sim, ter acesso aos escritos onde constam os conteúdos da sua fé. Se Sustentabilidade é a capacidade financeira de criar condições favoráveis para a sua sobrevivência e para o seu desenvolvimento no presente e no futuro, os primeiros evangélico-luteranos foram sábios nas suas decisões. Diante da necessidade da mão de obra dos seus filhos, aquelas famílias poderiam derrubar o mato e plantar la-

vouras, ignorar a necessidade de escola para os filhos. Entretanto, o espírito da Reforma luterana estava presente na vida e na fé, encorajando os pais, para que os seus filhos e as suas filhas aprendessem a ler e a escrever. Não é por acaso que Martim Lutero insistiu para que os Príncipes construíssem escolas e pagassem Professores para os seus cidadãos. Se, no passado, a tarefa de constituir escolas mereceu uma atenção especial, a comunidade de fé continua tendo a tarefa de propagar a fé, a esperança e o amor, frutos da ação de Deus por nós. Para muitos, Sustentabilidade significa encontrar fórmulas cada vez mais eficientes para arrecadar dinheiro para a Igreja. Se, por um lado, há Comunidades promovendo festas de fazer inveja a promotores de grandes eventos no mundo secular e mede o sucesso pela quantidade do que é vendido, existem, por outro lado, Comunidades onde se diz, com orgulho, que a Igreja não arrecada recursos com venda de comida e bebida, mas este provém unicamente do dízimo de cada membro. Sustentabilidade, no entanto, não é simplesmente gerar dinheiro para o caixa da Igreja. O que se pretende nos remete à necessidade de calcular os custos do que desejamos como Igreja (Lc 14.28), mas não dispensa o espírito voluntário e livre de leis e regulamentos, movido unicamente por amor e gratidão. Como Igreja cristã, ainda mais de confessionalidade luterana, este espírito deve mover-nos mais e mais.

Luterprev Responde

dia a dia costuma ser descontrolado nas finanças e usa mais vezes o cheque especial, de acordo com uma pesquisa encomendada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC).

Você sabia que... ...o dinheiro está no topo dos causadores de estresse? Há quatro anos seguidos, o dinheiro ocupa o primeiro lugar na lista dos agentes causadores de estresse, conforme pesquisa realizada pela Associação Americana de Psicologia. O estudo, que também aponta o dinheiro como responsável por 75% dos divórcios nos Estados Unidos, explica que ele é carregado de emoção, podendo gerar medo, culpa, vergonha, raiva e aflição, além de frustração, para quem tem pouco, e preocupação, para quem tem muito. Entre outras dicas sobre como fazer para sofrer menos, Brand Klontz, Psicólogo da Associação, recomenda refletir sobre o que o dinheiro significa na sua vida, observando atentamente os seus sentimentos em relação a ele.

...brasileiros pagaram R$ 364,1 bilhões em juros em 2013? Desse total, 62,9%, equivalentes a R$ 229 bilhões, foram pagos pelas famílias e o restante, pelas empresas. O levantamento, feito pela Federação do Comércio de São Paulo (Fecomércio/SP), mostra, também, que o saldo de linhas de financiamento e empréstimo concedidas tem se elevado nos últimos anos. Comparando dezembro de 2011 com o mesmo mês

ajudando a planejar o seu futuro ...a maior parte dos brasileiros teme ficar sem dinheiro antes do fim do mês? Em uma pesquisa realizada pela MetLife, 74% dos entrevistados, todos trabalhadores, disseram ter medo de que o seu dinheiro termine antes de receber o próximo salário. Em 2011, o índice era de 65%. O crescimento também aconteceu quando os entrevistados eram questionados se temiam não poder pagar as contas no caso de uma perda de rendimentos. Isso explica, em parte, o aumento no número de pessoas que abriu uma conta de poupança ou fundo de investimento em 2013, em relação há três anos. ...indisciplinados no dia a dia têm menos controle financeiro? Independente de classe social ou escolaridade, quem é indisciplinado no

Sustentabilidade não é só gerar dinheiro para o caixa da Igreja, afirmou o P. Dietmar Teske, Pastor Sinodal do Sínodo SulRio-Grandense

do ano passado, a alta foi de 9,2%, passando de R$ 1,381 trilhão para R$ 1,508 trilhão. Quanto mais crédito, tanto mais juros. ...atualmente, penhorar joias é um péssimo negócio para quem não consegue resgatá-las? Isto ocorre porque a cotação para o ouro da Caixa Econômica Federal é definida por critérios internos, sendo quase metade daquela do mercado. Assim, mesmo que os juros sejam bastante competitivos, em torno de 1,5% ao mês, o penhor só vale a pena se houver certeza de que as joias poderão ser recuperadas.

Visite o site da Luterprev (www.luterprev.com.br) e faça uma simulação para a sua aposentadoria complementar. No site da Luterprev, você também encontra um link para encaminhar a sua pergunta à coluna. Se preferir, envie diretamente para luterprev@luterprev.com.br, com o assunto Jorev Luterano.


Jorev Luterano - Maio - 2014

Comunicação

Compartilhar a Boa Notícia do Evangelho é a missão da Igreja, destacou o P. Dietmar Teske, Pastor Sinodal do Sínodo SulRio-Grandense

As ferramentas para uma comunicação eficiente estão a serviço do Evangelho

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ompartilhar a Boa Notícia do Evangelho é a missão da Igreja, por isso é importante que a Igreja se comunique bem. Nesse sentido, não basta dirigir-se à estante de leitura ou subir no púlpito para ler e pregar. As ferramentas para uma Comunicação eficiente estão a serviço do Evangelho. Permanece o desafio e que já foi Lema bíblico da IECLB em 2007: Não podemos deixar de falar das coisas que vimos e ouvimos (At 4.20). Criados à imagem e semelhança de Deus, feitos filhos de Deus pelo Batismo, somos chamados a anunciar o Evangelho. Este não deveria almejar satisfação própria, mas apontar para o Cristo, crucificado e ressurreto, por isso mesmo deveríamos zelar por uma comunicação eficiente. Afinal, tudo o mais é passageiro, mas Cristo permanece. No Sínodo Sul-Rio-Grandense, não há um Conselho de Comunicação. Isso não significa que o Sínodo não se assessore, ocasionalmente, de bons profissionais na área. Cientes de que a Comunicação é essencial para a ação missionária da Igreja, o nosso Sínodo, entre as várias iniciativas na área, imprimiu um jornal denominado Sino do Sul, que circulou gratuitamente durante a sua existência, mas que deixou de ser impresso por falta de recursos. Atualmente, o Portal Luteranos (www.luteranos.com.br/sinodosulrs) é a principal ferramenta de que o Sínodo Sul-Rio-Grandense dispõe para publicar as notícias, com textos e imagens, a respeito do que acontece no âmbito da região.

O Portal Luteranos é a principal ferramenta de que o Sínodo Sul-Rio-Grandense dispõe para publicar as notícias, com textos e imagens, a respeito do que acontece no âmbito da região Em ocasiões especiais, como Assembleias Sinodais e Dias da Igreja, o Sínodo produz materiais específicos, como relatórios, cartazes, adesivos e folders. Desde 1998, o Sínodo distribui, entre lideranças, Presbíteros e Ministros, a Agenda Sinodal, que, a partir de 2007, passou a ser o Vade-mécum luterano. Com apoio financeiro de empresas e instituições ligadas à IECLB, são disponibilizadas, anualmente, 1200 agendas. Além de dados atualizados da IECLB, do Sínodo e das Paróquias, a agenda contém o calendário de eventos sinodais, o Plano de Ofertas e as meditações dos lemas dos meses, escritas por Ministros e Ministras do nosso Sínodo. Um importante passo para a Comunicação da IECLB em nível sinodal aconteceu em 2007, quando foi ao ar, na região Sul do Estado do Rio Grande do Sul, a Rádio União FM - 99.9. Convidados da Fundação

Sinodal de Comunicação, composta por lideranças dos Sínodos Rio dos Sinos e Nordeste Gaúcho, Ministros e um Psicólogo do nosso sínodo colaboram na elaboração e na locução das mensagens. Se não há nenhum programa de TV mantido por Comunidades, Paróquias ou pelo Sínodo, registramos a existência de vários programas radiofônicos. De um total de 20 Paróquias, 14 delas mantém programas semanais. Mesmo que nem sempre a quantidade garanta uma programação de qualidade, pretendemos firmar, entre a Universidade Federal de Pelotas/RS (UFPel) e o Sínodo, uma parceria com vistas a um curso de extensão em Comunicação, possibilitando que membros das nossas Comunidades que atuam voluntariamente tenham a oportunidade de se aprimorar no serviço de divulgação do Evangelho.

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Formação

Ação diaconal responsável sugere novos impulsos para o aprender e o ensinar

“Quem aprende e ensina, percebe que a Formação cristã contínua culmina no serviço de amor ao próximo” ressaltou o P. Dietmar Teske, Pastor Sinodal do Sínodo Sul-Rio-Grandense

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esde a sua fundação, o Sínodo Sul-Rio-Grandense sempre deu ênfase à formação de membros, lideranças, enfim, Ministros ordenados e não ordenados na Igreja. Deus sempre ensinou o seu povo e o fez por meio da libertação da escravidão do Egito, da passagem pelo deserto e da vida na terra prometida. Com a vinda de Jesus, o processo de aprender e ensinar continuou. Jesus ensina com palavras e gestos. Ao se despedir dos seus discípulos, deu-lhes a tarefa de ensinar (Mt 28.18-20). Com isso, a Igreja cristã sempre esteve consciente da necessidade de capacitar pessoas para que exerçam o sacerdócio geral de todos os que creem. Mesmo Doutor das Escrituras, Lutero dizia que diariamente tinha que aprender. Quem aprende e ensina, percebe que a Formação cristã contínua culmina no serviço de amor ao próximo. Assim, uma ação diaconal responsável sugere novos impulsos para o aprender e o ensinar. Como nos antigos Distritos Eclesiásticos e no surgimento do Sínodo SulRio-Grandense, uma das principais demandas foi na área da Formação. En-

tre as iniciativas estão Seminários para Orientadores de Culto infantil e Oficinas, preparadas pela equipe de Culto Infantil, que convida uma assessoria especializada para o tema principal. Na área da Juventude, a partir de uma decisão do Conselho Sinodal, as ofertas da Campanha Nacional de Ofertas para a Missão Vai e Vem (2011 e 2012) foram revertidas em benefício do projeto Juventude Vai-Vem Juventude, elaborado pela equipe de Educação Cristã Contínua (ECC) e pelo Conselho da Juventude Evangélica (Cosije). No setor sinodal de Terceira Idade, reúnem-se líderes de grupos com momentos de Formação e troca de experiências. Atenção especial é dedicada à Música Sacra, com Seminários e Oficinas, reunindo vozes e Musicistas para o aperfeiçoamento do canto comunitário. Na área diaconal, promovemos visitação hospitalar e domiciliar, ação diaconal junto a pessoas fragilizadas socialmente e pessoas com deficiência. Em 2013, aconteceu o 1º Dia Sinodal da Diaconia, com Oficinas e Exposições. Entre elas, destacaram-se Visita a enfermos, Compreendendo e atendendo o dependente químico, Apoio a enlutados, Nem tão doce lar, Rede de comércio justo e Almoço Ecológico. No que se refere à Saúde e Alimentação, são oferecidos Seminários específicos, com temas como Plantas e ervas medicinais, Alimentação saudável e Ações preventivas para a saúde do corpo e da mente. Na área de mulheres, também há Formação. A OASE, com grupos em 18 das 20 Paróquias, proporciona Formação regular para Coordenadoras e Vice-Coordenadoras Paroquiais, além do Dia Sinodal da OASE. O departamento sinodal de casais, desde a sua criação, há mais de dez anos, contribui com temas de interesse de casais, pais e filhos. Ao longo dos anos, as Conferências Ministeriais, além de oportunidades de comunhão e troca de experiências, assessoram em temas relacionados à Formação bíblico-teológica. Outra área de Formação contempla Presbíteros e lideranças. De dois em dois anos, Seminários sinodais reúnem representantes de todas as Comunidades e Paróquias, tendo como temas Culto luterano, Liderança e Contribuição financeira.

Secretaria da Ação Comunitária A IECLB é uma Igreja diaconal, motivo pelo qual temos no nosso calendário eclesiástico uma data alusiva ao Dia Nacional da Diaconia, fixada no terceiro domingo da Páscoa. Este ano, a diaconia tem por tema Desafios e Oportunidades da Diaconia na Cidade, que vai ao encontro do Lema da IECLB, que nos remete a olhar para a realidade da falta de paz na cidade: Procurai a paz da cidade para onde vos desterrei e orai por ela ao Senhor, porque na sua paz vós tereis paz (Jeremias 29.7). A cidade oferece muitas facilidades e atrativos, mas também apresenta problemas sérios de estrutura social, injustiça, exclusão e violência. Vemos as grades e os muros tomando conta das fachadas das casas e dos prédios. As pessoas vivem desconfiadas e com medo. Como diz o Salmo 116.3, Os laços da morte estavam me apertando, os horrores da sepultura

tomaram conta de mim, e eu fiquei aflito e apavorado. Temos o desafio de sermos Comunidades mais sociáveis, acolhedoras, humanizadas e que abraçam as pessoas excluídas de outros grupos sociais, tornando acessível o alimento espiritual e as novas perspectivas de vida. A diaconia se empenha para que pessoas reaprendam a ser solidárias entre si, se reorganizem, planejem a sua vida e reconheçam que é preciso vencer as barreiras sociais – não com violência, mas, sim, com união e humanização. Pessoas unidas e munidas de um es-

pírito solidário/diaconal conseguem quebrar paradigmas, desestruturar sistemas opressores, agregar força às ações comunitárias, fazer as suas reivindicações ecoarem com mais força, além de superar e vencer o condicionamento social. Veja o material elaborado para a celebração do Dia Nacional da Diaconia, publicado no Portal Luteranos (www.luteranos. com.br). Em Jesus Cristo permaneçamos firmes na tarefa de ‘diaconar’. Sigamos animados e animadas, pois Jesus caminha conosco!

Diác. Vanderlei Boldt Docente na Associação Diacônica Luterana (ADL) Serra Pelada - ES


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Fé Luterana 11

Canto litúrgico Kyrie eleison e Gloria in excelsis Kyrie eleison, do Grego, significa Senhor, piedade ou Senhor, tem compaixão. Ela é usada na liturgia cristã no contexto das orações. Originalmente, a expressão Kyrie eleison era dirigida a uma autoridade civil, como o Imperador romano, para saudá-lo e reverenciá-lo, ou a uma divindade, como o sol. Três textos registram o seu uso por quem se aproximou de Jesus a fim de implorar a sua compaixão em favor de outrem ou de si mesmo (Mt 15.22, 17.15 e 20.30). Este clamor teve entrada na liturgia por volta do século VI, quando a comunidade interrompia as orações do celebrante, suplicando: Senhor, tem compaixão, ou seja, o Kyrie eleison, em sua origem, é um elemento litânico, com a participação cantante ou recitativa da Comunidade. O Kyrie eleison não tem caráter penitencial nem particular. O seu significado ter sido modificado pode se dever a uma transferência à expressão Tem misericórdia de mim, recorrente nos Salmos, individual e ligada ao reconhecimento da condição pecadora e também à história da inclusão de uma confissão de pecados imediatamente antes da oração do Kyrie, seguida da gradativa supressão das preces, restando apenas as exclamações recitativas da Comunidade. Tradições cristãs de todo o mundo têm recuperado o Kyrie eleison na sua essência original: comunitária e solidária. Os temas do Kyrie eleison são três: pelos que sofrem no mundo, pelo testemunho das Igrejas cristãs e pela Criação, que geme e clama. A expressão Gloria in excelsis [Deo] é de origem latina e remete à glorificação dirigida a Deus, por parte dos anjos, nos campos de Belém (Lc 2.14): Glória (a Deus) nas alturas. O evangelista João expressa a

chegada do divino, utilizando o verbo ‘acampar’ (Jo 1.14). Deus revela-se à humanidade, vindo ter com as pessoas ali onde vivem, encarnando-se em seu Filho, o Verbo divino. Em algumas tradições, este elemento litúrgico foi introduzido à liturgia do Ofício da manhã, caracterizada pela manifestação de gratidão, louvor e adoração a Deus, aquele que vem em seu Filho, o Verbo divino. O Gloria in excelsis [Deo], por isso, encontra-se pouco antes das leituras bíblicas e pode encontrar-se igualmente na liturgia eucarística. O sentido é o mesmo: Deus vem e se manifesta à congregação litúrgica. A exemplo do que ocorreu com o Kyrie eleison, também esta parte litúrgica sofreu uma alteração no seu sentido, o qual deveria ser resgatado. Quando da reforma litúrgica prussiana, o Gloria in excelsis, que seguia o Kyrie eleison, foi ordenado à sequência e ao significado penitencial, que iniciava na Confissão de Pecados. No encadeamento, o Gloria in excelsis foi entendido como o louvor a Deus por ter Ele, em sua grande misericórdia, concedido o perdão dos pecados. Na liturgia, existe outro elemento, abreviado de Gloria, mas que se refere ao Gloria Patri (Glória ao Pai), amalgamado à recitação e/ou entoação dos Salmos. Ambas as partes litúrgicas acrescentam muito à congregação litúrgica, ajudando a não decolar, afastando-se do mundo e dos seus sofrimentos, e a abrirse ao sagrado, reconhecendo a presença e a intervenção divina no culto. Há inúmeras composições musicais belíssimas e inspirativas que enlevarão a comunidade a estas ações litúrgicas. Soli Deo Gloria.

Diác. Dra. Sissi Georg, Com formação em Música pela Universidade de Passo Fundo/RS, e Doutorado pelo PPG da Faculdades EST, em São Leopoldo/RS, em Teologia Prática, nas áreas de Liturgia e Diaconia

Para refletir, leia Colossenses 3.15-17

Confissão de Pecados e Absolvição

Teól. Ms. Cleonir Geandro Zimmermann, com formação e Mestrado em Teologia pela Faculdades EST, em São Leopoldo/RS, é Técnico em Música Sacra pelo Instituto de Música da EST. Atua como Ministro de Música na União Paroquial de São Paulo, Paróquia Cantareira e como Professor de Música e Ensino Religioso no Instituto Educacional Luterano, em Ferraz de Vasconcelos/SP

Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo, para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça. O versículo nove, da primeira carta do apóstolo João, que cantamos com a melodia do hino 409, anima a Comunidade à confissão e afirma o perdão justificador que vem daquele que é fiel. A Confissão de Pecados, da maneira como a praticamos, é porém diferente daquilo ao que se refere o Novo Testamento. A confissão surgiu de forma individualizada na comunidade cristã e assim permaneceu e permanece em algumas famílias confessionais até hoje. Martim Lutero, o Reformador, quase lhe dá o status de Sacramento e a inclui no Catecismo Menor seguindo este modelo. O formato de confissão coletiva, assim como se pratica nos nossos cultos, tem as suas raízes na chamada ‘Oração dos Degraus’, quando os que iriam dirigir a liturgia paravam em frente ao altar e oravam pedindo por dignidade para exercer o seu Ministério, ou seja, vinha antes do início propriamente dito do culto. Com o tempo, toda a Comunidade foi incluída nesta prática e ganhou espaço uma ‘Oração Preparatória’, à qual se incorporou uma palavra de anúncio da graça ou absolvição. Outras reformas litúrgicas entenderam a Confissão de Pecados e o Kyrie como sendo um só elemento, bem como o Anúncio da Graça e o Glória a Deus nas Alturas. Não são! Após o Anúncio da Graça ou da Absolvição explícita, seguida do sinal da cruz, pode ter lugar o Gesto da Paz. ‘A Comunidade é convidada, a partir da paz e do perdão que Cristo concede, a realizar o Gesto da Paz, por meio de um aperto

de mãos, de um abraço, de um beijo facial (há que se respeitar valores culturais). Uma música pertinente ajuda a sensibilizar para esse gesto’, conforme o nosso Livro de Culto, na página 71. É nisto que a música litúrgica pode nos servir. Dar a cada elemento da liturgia a sua característica. A atmosfera de cada um é específica. O repertório que temos à disposição é enorme. Adequado é escolher aquilo que cumpre esta função maior, de evidenciar o próprio de cada parte do culto. Pensando assim, podemos questionar se é o som ou o silêncio que mais combinam com determinado momento. A Confissão de Pecados, se feita coletivamente, porém com caráter individual, ganha muita profundidade quando experimentada em silêncio, sem fundo musical, inclusive (!). Proporcionar momentos com silêncio pode ser incumbência do serviço musical. Por meio da música, podemos emprestar à liturgia a capacidade de envolver os participantes em novos momentos, fazer a Comunidade perceber o transcorrer da liturgia, a sua forma e o seu conteúdo. O culto é feito de momentos diferentes. Usemos desta arte para evidenciá-los, tornando, assim, os nossos cultos muito mais explicativos por si. Para refletir, leia o Salmo 122


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Geral

Educação cristã

vivendo, aprendendo e ensinando

Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens (1Coríntios 15.19). Qual é o seu foco? Conta-se que, em um país das Américas, uma menininha escreveu ao Presidente. Por algum descuido do Secretário, a cartinha da criança realmente chegou à mesa desse Presidente. Em sua ingenuidade, ela pedia que, quando fosse à sua cidade, ele a visitasse. O endereço estava anotado no final da cartinha. Alguns meses depois, aconteceu uma visita presidencial justamente à cidade em que a menininha residia. Depois do roteiro oficial, para surpresa da segurança, o Presidente pediu que o levassem ao endereço da menina. Quando lá chegaram, o próprio Presidente fez questão de bater à porta. Atendeu o pai, barbudo, todo sujo de graxa, com uma enorme chave de fenda na mão e um charuto fumegante atravessado nos lábios. ‘O que o senhor deseja?’, perguntou ao ilustre visitante. Quando este se apresenta, o homem quase desmaiou de susto. Agora, imagine se a visita tivesse sido anunciada. Certamente, todo o clima na casa da menina seria diferente. Estariam esperando a visita pre-

sidencial e se preparando para ela. Poderíamos dizer que o foco da sua vida seria diferente. Essa é a razão pela qual precisamos aprender sobre a esperança que a Palavra de Deus nos anuncia. Por ela, aprendemos sobre a vida e o Ministério de Cristo, mas também que ele voltará. Aprendemos que Deus promete novos céus e nova terra em que reina a justiça. Com isso, somos animados a uma atitude ativa, que nos leva a buscar a promoção da vida e dignidade humanas e a servir ao próximo. O próprio apóstolo Paulo, na carta de Romanos 12.12-13, já recomendava: Que a esperança que vocês têm os mantenha alegres; aguentem com paciên-

cia os sofrimentos e orem sempre. Repartam com os irmãos necessitados o que vocês têm e recebam os estrangeiros em suas casas. Segundo o Plano de Educação Cristã Contínua da IECLB

P. Dilmar Devantier, membro do Grupo Coordenador de ECC e Pastor na Paróquia em Aririú e Santo Amaro da Imperatriz, em Palhoça, SC

Diversidade e Tolerância Martha Maas Representante do Sínodo Vale do Itajaí no Conselho Nacional da Juventude Evangélica (Conaje)

(PECC), na página 16, a prática da esperança permite olhar para além dos problemas e desencantos. Ela motiva e inspira a vivência de um projeto de vida digna e justa. A esperança cristã muda o foco da nossa vida. Não vivemos mais apenas ‘no aqui e no agora’. Sabemos que precisamos nos preparar para aquilo que Deus promete e que ainda está por vir. Assim, quando falamos em Educação Cristã Contínua, jamais podemos excluir o ensino da esperança cristã vivida, que nos leva a focar na ação misericordiosa de Deus: a que Ele já fez (a obra da salvação em Cristo) e a que ainda está por vir (a salvação tornada plena).

Campanha Vai e Vem na edificação da Igreja A Campanha Nacional de Ofertas para Missão Vai e Vem participa da edificação da Igreja toda! No Sínodo Uruguai, encontrou-se uma maneira de dar visibilidade a esta afirmação vinculando os cofrinhos da Vai e Vem 2013 com uma maquete no formato de Igreja. Foi algo simples, mas que ajudou pessoas a visualizarem que a participação de cada Paróquia na Campanha representou uma colaboração significativa na ‘construção’ e na sustentação da IECLB. Em cada cofrinho estava afixada a informação do valor arrecadado nas Paróquias. Em outras palavras, no ‘telhado’ daquela pequena Igreja simbólica foram valorizadas as contribuições de muitas pessoas para o bem da missão. Além de ser uma maneira de prestar contas, foi uma forma de estimular, de motivar para a participação na Campanha de Missão da IECLB. A Campanha Vai e Vem 2014 está chegando! O lançamento será no próximo mês. Vários projetos estão sendo apoiados e recursos continuam

sendo necessários. Isso tem um significado imenso para a nossa Igreja, pois missão precisa de ‘casa’ (lugar onde acontece) e depende de pessoas (lideranças, gente que celebra a sua fé). - A sua Comunidade participa intensamente da Campanha Vai e Vem? Espalhe a notícia! Use todos os meios possíveis para animar, motivar, desafiar outras Comunidades! - Onde você vive e celebra chegam recursos da Vai e Vem? Espalhe a notícia! Quanto mais as pessoas souberem, mais motivadas se sentirão! Envie fotos, vídeos, notícias... Em cada Sínodo, há uma pessoa com a tarefa de coordenar (junto com o Pastor Sinodal, a Diretoria Sinodal) a Campanha Vai e Vem. Essa pessoa ajuda a fortalecer os elos da corrente! P. Mauro Schwalm Secretário de Missão Secretaria Geral da IECLB

‘Antes da sua morte, Jesus orou pela unidade, pediu para que nos tornássemos completamente um (João 17.23). Essa realização só será possível com respeito e tolerância de uns para com os outros. Sem ela, não há vida em Comunidade’. A partir desta afirmação, a Comissão do Sínodo Vale do Itajaí, que se reuniu e elaborou a Cartilha Criatitude de 2014, gostaria de compartilhar que: - foi na última reunião do Conselho Nacional da Juventude Evangélica (Conaje), realizada em setembro de 2013, que o Sínodo Vale do Itajaí, do qual faço parte, se responsabilizou por pensar, elaborar e concretizar essa cartilha; - para esta edição, o tema escolhido foi Diversidade e Tolerância; - o lançamento da Cartilha será durante o Congresso Nacional da Juventude Evangélica (Congrenaje) deste ano, que acontecerá no mês de julho, em Espigão do Oeste/RO. Todos os anos, o Conaje, em parceria com a Coordenação de Educação Cristã da IECLB, lança um material com estudos, dinâmicas e ideias para grupos de jovens a partir de um tema. O tema para 2014 foi escolhido a partir do Tema do Ano da IECLB, viDas em comunhão, e das palavras-chave que o compõem. Após reunirmos Ministros, Ministras e jovens do Sínodo Vale do Itajaí, a Cartilha foi elaborada. Além dos tradicionais conteúdos, ao final, ela também possui uma ideia de liturgia para uma celebração sobre o tema Diversidade e Tolerância. Esta ideia foi pensada para finalizar os estudos sobre o tema em cada grupo e Comunidade. Nos demais estudos que compõem a cartilha, o tema principal está dividido em diversos subtemas relacionados: Diversidade religiosa, Redes sociais e tolerância e Relações de respeito entre as diferentes etnias e classes sociais. Esses subtemas foram pensados, primeiramente, pelos membros do Conaje, levando em consideração a diversidade da juventude nos nossos diferentes Sínodos. Estamos muito felizes com a realização deste material e esperamos contribuir com estudo, discussão e atividades nos grupos de JE!


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Comportamento 13

Contribuição: compromisso com o Reino de Deus

P. Gilciney Tetzner, formado em Teologia pela Faculdades EST, em São Leopoldo/RS. Atua na Paróquia em Estrela/RS e como Pastor Vice-Sinodal do Sínodo Vale do Taquari, com sede em Teutônia/RS

Somos Igreja Evanforma de obtermos a gélica de Confissão salvação. Esta prática Luterana no Brasil foi combatida veemene, como tal, Igreja de temente por Lutero, Jesus Cristo. Somos sendo a principal motiIgreja que nasce, vive, vação para a Reforma. testemunha e se dediAlém disso, não somos ca inteiramente a prochamados a contribuir clamar e anunciar o para a Igreja fazendo Evangelho do Reino de uma espécie de invesDeus, semeando o seu timento financeiro, ou amor por nós, reveseja, dar já pensando lado na cruz de Jesus em quanto mais Deus Cristo. Portanto, sodará de volta. Isso é mos Igreja da Palavra, teologia da prosperievangélicos. Também dade e Deus não é inssomos de confissão lutituição financeira! Na Bíblia, encontramos Cristo como único mediador e salvador terana, ou seja, herdeiPara nós, cristãos ros da Reforma, que tem o seu mar- da IECLB, o que dizemos, pregamos e de confissão luterana, contribuir não co inicial em 31 de outubro de 1517, fazemos de maneira alguma pode ser é uma questão meramente material. quando Martim Lutero publicou as 95 diferente daquilo que cremos e con- É espiritual. É uma atitude de fé. teses na porta da Igreja do castelo de fessamos, ou seja, todas as ações da Cremos que a Deus tudo pertence Wittenberg, na Alemanha, e, por isso, Igreja, sem exceções, devem traduzir (Salmo 24.1) e, contribuindo, responprimamos pela centralidade da Escri- o que cremos com clareza. A celebra- demos com fé ao Criador e Redentor tura Sagrada. Somente ela é base dou- ção do culto na Comunidade, o encon- da vida. A fé verdadeira tem como trinária para o nosso ser Igreja e todos tro de jovens, as decisões do Presbité- um dos seus frutos a gratidão à graos documentos confessionais têm o rio ou da Assembleia e até mesmo as ça de Deus revelada em Jesus Cristo. seu fundamento na Bíblia. É nela que nossas ações como IECLB devem estar Em Lucas 8.1-3, lemos que algumas encontramos Cristo como único me- em conformidade com o que confes- mulheres seguiam Jesus. Eram suas diador e salvador. Ele é a mensagem samos. discípulas e contribuíam com os seus A mesma regra vale para a contri- recursos para ajudar Jesus e os discícentral da Escritura Sagrada e é por meio da sua obra que Deus nos justifi- buição dos membros para a Igreja. Ela pulos. A sua contribuição era feita por também deve ser coerente com o que sua fé, mas também por gratidão, por ca e nos reconcilia consigo. Na cruz de Cristo, somente por sua cremos. Confessamos que Deus nos terem sido livradas de espíritos maus graça, Deus nos dá o perdão e a salva- criou à sua imagem e semelhança, que e curadas de doenças. A contribuição ção. Não podemos nos apoderar desta nos dá todo o necessário para a vida feita como um ato de fé e como uma graça por meio das nossas obras ou do por sua bondade, que nos reconcilia resposta de gratidão certamente será nosso dinheiro, tornando-nos merece- e nos salva por meio de Jesus Cristo, espontânea e alegre, conforme nos endores do perdão divino. Aceitamos a por pura graça, e que nos envia como sina o Apóstolo Paulo em 2Coríntios graça de Deus somente pela fé. Fé que, suas testemunhas para anunciar o 9.7: Que cada um dê a sua oferta conforme em resposta de gratidão e em amor, Evangelho. Esta é a nossa fé. resolveu no seu coração, não com tristeza Confessando no Deus que tudo nem por obrigação, pois Deus ama quem produz frutos e nos compromete com o Reino de Deus. Sendo assim, a nossa nos dá por graça, a contribuição para dá com alegria. confessionalidade está alicerçada so- a Igreja jamais poderia ser vista como Os luteranos contribuem com alebre as quatro solas da Reforma: somen- o pagamento de uma taxa, que dá di- gria, generosidade e espontaneidade, te pela fé, somente pela graça, somente a reito a usufruir dos ofícios praticados como resposta de fé e gratidão a Deus pela Comunidade ou um lugar no por tudo que fez e faz por nós. A mesEscritura e somente Cristo. Uma frase atribuída a Lutero nos cemitério. Isso até faz sentido em um ma fé nos compromete com a missão seus discursos de mesa afirma: As- clube social, mas não na Igreja, que da Igreja de anunciar o Evangelho de sim como crês, deves falar. Traduzindo vive e prega o Evangelho. Ela também Jesus Cristo e com o serviço em favor o sentido desta frase para o contexto não pode ser entendida como uma da vida digna e abundante.

Deus sabe e vê como nós contribuímos Na confissão luterana, a contribuição é atitude de fé, resposta de gratidão e compromisso com a proclamação do Evangelho. Talvez nem todos os luteranos pensem assim e nem sempre o modelo de contribuição instituído nas nossas Comunidades consiga atender a esta afirmação. Mesmo assim, este é a nossa maneira de contribuir para a missão de Deus. Paulo recomenda aos Coríntios a contribuição segundo tiverem proposto no coração, mas o problema é quando o coração nos manda agir de outra forma. Vivemos em um mundo individualista, onde o que importa é o ‘meu’. Não apenas o meu sucesso e a minha vitória são importantes, mas a máxima: ‘no meu dinheiro ninguém mexe’. A fé em Deus e a vivência da mesma perdem espaço na vida do ser humano e no seu coração não há espaço para a gratidão, por isso é importante orar como no Salmo 51: Ó Deus, cria em mim um coração puro e dá-me uma vontade nova e firme. Lutero, na explicação da sua rosa, ensina que a cruz

Conforme o coração?!

no centro do coração nos lembra que a fé em Jesus Cristo nos faz felizes. O coração deve estar no centro de uma rosa branca, para mostrar que a fé dá alegria, consolo e paz. Deus conhece e vê o que se passa no nosso coração (1Samuel 16.7). Sendo assim, Ele sabe também o que temos proposto nele quando ofertamos. Em Marcos 12.41-44, está o relato da viúva que ofertou as suas duas únicas moedinhas. Chamo atenção para o que Jesus estava fazendo. Ele estava assentado diante da caixa de ofertas e ...observava como o povo lançava ali o dinheiro (v41). Deus sabe e vê como nós contribuímos. Se o fazemos com as sobras ou com generosidade, com tristeza ou com alegria. Que Ele nos dê sempre um coração cheio de fé, gratidão e compromisso com a divulgação do Evangelho.


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Deutsche Seite

Der Beruf einer Mutter Schon früh, seit dem Jahr 1907, gibt es den Brauch, am zweiten Sonntag im Mai den „Muttertag“ zu feiern. Heute feiert man diesen Tag auf der ganzen Welt und sie bekommen Blumen, Pralinen, Parfüm... Zwar wird die Mutter in den Mittelpunkt gestellt, oft aber leider nur an diesem einen Tag. Zum Muttertag basteln und malen die Kinder viel, damit sie der Mutter dann sagen und zeigen können, dass sie sie lieben und sich bedanken für alles. Die Mutter hat uns geboren, sie pflegt uns als Kleinkind, macht die Wäsche, den Einkauf. Sie hilft uns bei den ersten Schritten, umsorgt uns bei Krankheiten und hilft bei den Schularbeiten. Auch wenn sie außer Haus arbeiten muss, sie ist da, wenn wir uns freuen und auch wenn wir traurig sind. Bei ihr fühlen wir uns sicher und zu ihr flüchten wir, wenn wir uns nicht so gut fühlen. In diesem Monat Mai wird man neben dem Muttertag auch an den Tag der Arbeit erinnert. Mutter zu sein ist weniger eine Arbeit, sondern eher ein Beruf. Der Schriftsteller H. G. Klatt erzählt folgendes: In der Schule fragte die Lehrerin einen Jungen: „Welchen Beruf hat deine Mutter?“ Der Junge überlegte… Die Frage war gewiss nicht leicht zu beantworten. Was sollte er antworten, wenn die Mutter nicht noch einer Beschäftigung nachgeht, die sie aus dem Haus herausführt? Sollte der Junge anfangen, ihr mütterliches Tun aufzuteilen? Seine Mutter war Fürsorgerin, Hauswirtschafterin, Köchin, Näherin – sie machte doch so viel, auch wenn sie „nur“ zu Hause war. So antwortete der Kleine: „ – Der Beruf meiner Mutter ist liebhaben!“ Beruf ist ein herrliches Wort mit einem wunderbaren Inhalt. Es bedeutet, dass der Mensch einen „Ruf“ gehört hat, einem Ruf folgt, um eine Tätigkeit auszuüben. Die Mutter dieses Jungens hatte keine Arbeitsstelle, bei der sie Geld verdienen konnte. Aber was sie für ihr Kind machte, hatte einen endlosen Wert. Daher war die Antwort des Kindes richtig: Was seine Mutter am besten konnte, war, ihn lieb zu haben. Vielleicht sollten alle unsere Berufe etwas mit dem „Liebhaben“ zu tun haben. Sie würden dann wirkliche Berufe sein und würden richtige Freude bringen, denn Geld allein kann nicht glücklich machen. Es muss auch Liebe hinter jeden Beruf stecken!

Gott sagt uns: „Ich will euch trösten, wie einen seine Mutter tröstet“. Jesaja 66,13

Pfarrer Jaime Jung

Auch der Reformator Martin Luther sah die Arbeit nicht als lästige Pflicht, sondern als etwas, worin Menschen Gott dienen können. Man kann sagen, dass er die Arbeit eines Menschen als Gottesdienst ansah. Solch einen Beruf kann man nur von Gott haben. Wer nicht an Gott glaubt, ihm nicht zuhört und das Geschenk seiner Liebe nicht annimmt, ist letzten Endes immer nur ein Verdiener, ein Geschäftemacher – und nicht ein Berufener. Und liebhaben kann nur wirklich, wer von Gott berufen ist. Vor allem ist jeder Mensch dazu berufen, die anderen zu lieben. Die Bibel sagt: „Dies Gebot haben wir von ihm: wer Gott liebet, der soll auch seinen Bruder lieben.“ Wir können nur lieben, weil Gott uns zuerst geliebt hat. Ein bekanntes Sprichwort aus Arabien lautet: „Weil Gott nicht überall sein konnte, schuf er die Mutter“. In der Bibel wird die Mutter auch oft thematisiert: Gott sorgt für uns, er hat uns gebildet (Psalm 139,13) und ließ uns an der Brust der Mutter geborgen sein (Psalm 22,10). In den Sprüchen steht der Rat, dass wir die Weisung der Mutter nicht verlassen sollen (Sprüche 1,8 und 6,20). Seine Mutter zu verachten ist töricht (Sprüche 15,20). Wir sollen dafür sorgen, dass Vater und Mutter sich freuen können, dass sie das Kind geboren haben (Sprüche 23,25). Auch im Alter sollen wir die Mutter nicht verachten (Sprüche 23,22). Gundi Hornbruch schreibt: Die Mutter ist hier auf Erden eine wichtige Bezugsperson für uns. Zu ihr haben wir eigentlich blindes Vertrauen und erzählen ihr alles. So ist auch Gott im Glauben für uns eine wichtige Kraftquelle und ein Zufluchtsort in allen Lagen. Zu ihm dürfen wir auch blindes Vertrauen haben und ihm alles erzählen. Zu ihm dürfen wir so kommen, wie wir sind. Ein Kind wird bei seiner Mutter ruhig und in Psalm 139, 2 steht: „Meine Seele ist still und ruhig geworden wie ein kleines Kind bei seiner Mutter; wie ein kleines Kind, so ist meine Seele in mir“. Mutter sein, - das heißt Gott vertrauen, heißt immer voll Hoffnung zum Himmel schauen, in bangen Nächten, in lauten Tagen für andere beten und nicht verzagen.


Jorev Luterano - Maio - 2014

Compartilhar 15 Neste espaço, a Comunidade pode compartilhar os momentos significativos da vida cristã, como Nascimento, Batismo, Confirmação, Bênção Matrimonial, Encontros Familiares, Bodas e Sepultamento.

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Cinco Gerações Tataravó Hertha Jappe nascida em 11 de maio de 1926 Bisavó Elza Scheidt nascida em 27 de abril de 1949 Avó Nair Scheidt nascida em 7 de março de 1972 Mãe Silvia Gnadt nascida em 16 de junho de 1993 Filha Ana Luiza Zanchi nascida em 21 de janeiro de 2013 A foto da família foi feita no dia 11 de maio de 2013, na casa da tataravó Hertha Jappe, em Palmitos/SC Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nele, e o mais ele fará. Salmo 37.5

Falecimento No dia 4 de novembro de 2013, às 2h45, no Hospital de Caridade de Crissiumal/RS, decorrente de infarto cerebral, deixou de conviver conosco, causando-nos muitas saudades OLGA BUDKE VOGEL Deus chamou para a morada eterna, a nossa querida mãe, sogra, avó e bisavó, membro fundadora da OASE da Comunidade Evangélica Trindade de Crissiumal. Nascida em 8 de julho de 1918, em Ibirubá/RS, Olga casou no dia 21 de maio de 1938, em Ibirubá, com Roberto Vogel, que lhe antecedeu na morte. Alcançando a idade de 95 anos, 3 meses e 20 dias, Olga deixou enlutados a filha, Margareda, o filho, Lothário, as noras, Ana e Leda, seis netos e cinco bisnetos. O filho Edgar a antecedeu na morte. Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nele, e o mais ele fará. Salmo 37.5

Falecimento Com o coração apertado e marcado pela saudade, participamos o falecimento de PLÍNIO SEIBERT ocorrido no dia 15 de março do corrente ano. Filho de Fredolino Seibert e de Guilhermina Schneider Seibert, Plínio nasceu no dia 10 de maio de 1929, no Rio Ligeiro, município gaúcho de Maximiliano de Almeida. Plínio faleceu no município de Marcelino Ramos/ RS, onde residiu boa parte da sua vida, deixando enlutados a sua esposa, Nelci Abel Seibert (foto), dois filhos, Gelson e Gilvane Seibert, duas filhas, Marguit Seibert Correa e Darli Seibert Ventura, um genro, oito netos, dos quais um já lhe antecedeu na morte, além de um círculo grande de outros parentes e amigos. Plínio era uma pessoa muito conhecida e respeitada em toda a sociedade marcelinense e arredores pela sua profissão e pelo seu caráter. Durante 36 anos, ele desempenhou, ao lado da sua esposa, Nelci, o trabalho de Oleiro, produzindo cerâmica para toda a região. Pessoa exemplar, dedicada e muito honesta na sua vida pessoal, familiar e social, Plínio também foi muito dedicado à Comunidade de Marcelino Ramos, onde era membro atuante. Fica o grande vazio no coração dos seus familiares, das pessoas que conviveram com ele e também na Comunidade, que era a sua segunda casa, lugar onde ele tanto trabalhou. Por outro lado, ficam registrados o seu exemplo de honestidade, a sua disposição para servir, a sua alegria e o seu senso de justiça. Assim queremos confiar e nos agarrar à Palavra bíblica que diz: O amor do Senhor Deus não se acaba, e a sua bondade não tem fim. Esse amor e essa bondade são novos a cada manhã. Lamentações 3.22-23

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Rua Senhor dos Passos, 202/5º - 90.020-180 - Porto Alegre/RS Fone: (51) 3284.5400 - Fax: (51) 3284.5419 E-mail: jorev@ieclb.org.br


JUNTOS no

caminho

Se, quando da fundação dos Sínodos, o Tema do Ano foi Somos Igreja. Que Igreja somos?, na instalação destes, a IECLB propôs o Tema Aqui você tem lugar. No Sínodo Sul-Rio-Grandense, o material do Tema e do Lema é distribuído para cada uma das vinte Paróquias. Para que os Ministros tenham uma oportunidade conjunta para reflexão, além dos recursos impressos e eletrônicos, estes disponibilizados via Portal Luteranos, pela Direção da Igreja, a primeira Conferência Ministerial, com assessoria convidada, traz algum aspecto do Tema e Lema para reflexão. O mesmo ocorre nas Assembleias Sinodais, em que alguém da Presidência da IECLB é responsável pela mensagem no culto de abertura. Diferentes setores em nível sinodal também se ocupam com o assunto. Também o Seminário Sinodal de Orientadores de Culto Infantil inicia com a apresentação do Tema do Ano da IECLB. Ainda o Dia Sinodal da Juventude Evangélica convida uma assessoria para trabalhar relações entre o Tema e a realidade jovem. Nos Dias da Igreja, o Tema do Ano tem recebido atenção especial. Em 2009, quando, em Pelotas/RS, reunidos sob o Tema do Ano Missão de Deus - Nossa Paixão, a temática foi Ofertar com alegria - tempo, dons e bens, em que os Pastores Sinodais dos Sínodos Nordeste Gaúcho, Rio dos Sinos e Sul-Rio-Grandense

SOMOS IGREJA. QUE IGREJA SOMOS?

trouxeram reflexões. Em 2011, em São Lourenço do Sul/RS, sob o Tema Paz na Criação de Deus - Esperança e compromisso, o Sínodo propôs como temática Cultivando a paz - família - comunidade - sociedade. Na ocasião, enquanto o Secretário da Ação Comunitária da IECLB, na sua fala, mencionou que a Comunidade é chamada para cultivar a paz, o Centro de Apoio ao pequeno Agricultor (CAPA – Núcleo Pelotas), trouxe uma contribuição interessante, ao apresentar a temática Cultivando a paz na sociedade. A exposição dos produtos da Feira Ecológica, Coopar/Cooperativa dos Pequenos Agricultores da Região Sul e Rede de Comércio Justo auxiliaram a dar uma visão mais abrangente do que o CAPA faz pela paz na sociedade. No 8º Dia da Igreja, sob o Tema do Ano Ser, Participar, Testemunhar - Eu vivo comunidade, o Sínodo propôs a temática Diversidade - Unidade. Na mensagem, a Pastora 2ª Vice-Presidente da IECLB, animou ao desejo de caminharmos em unidade, cientes da nossa diversidade. A Revista Juntos no caminho, editada em 2012, apresentou os cartazes dos Temas da IECLB ao longo de 15 anos. É oportuno saudar o Tema da IECLB para 2014, viDas em comunhão, como mais um impulso ao que nos propomos como Sínodo Sul-RioGrandense: estar juntos no caminho.

MOVIDOS pelo

Movidos pelo amor de Deus e na certeza de que, para fazer missão, também é necessário que haja recursos financeiros, o Sínodo Sul-Rio-Grandense está engajado na participação da Vai e Vem. Contribuir para a missão faz parte do ser cristão. As primeiras comunidades cristãs tinham isto claro quando se reuniam para as orações e, ao mesmo tempo, compartilhar com aquelas pessoas que tinham mais dificuldades, conforme Atos dos apóstolos (4.32-35), relatou a Pa. Roili Borchardt, Pastora Vice-Sinodal do Sínodo Sul-Rio-Grandense

amor

Entendemos que a contribuição para a missão não deve ser algo obrigatório, mas resposta ao amor que recebemos de Deus. Aqui valem muito bem as palavras do apóstolo Paulo: cada um contribua segundo tiver proposto no coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama a quem dá com alegria (2Co 9.7). É por isto que contribuir na missão é dar testemunho de Deus, é praticar o amor de Deus perante o próximo e é um modo justo e eficiente de ser comunidade cristã no lugar e nas condições recebidas de Deus. Na Paróquia Emanuel de Cerrito Alegre, em Pelotas/RS, a Campanha Nacional de Ofertas para a Missão Vai e Vem tem feito parte da vida das cinco Comunidades que formam a Paróquia. Conforme decisão do Sínodo Sul-Rio-Grandense, a Campanha tem início no domingo de Pentecostes e se estende até o final de setembro. Neste período, o assunto da missão e da contribuição para a Campanha Vai e Vem faz parte das programações das Comunidades. Quando a Campanha teve início, há seis anos, as pessoas começaram a participar de forma tímida. Com o passar dos anos, percebemos que algumas famílias já solicitam o envelope e anualmente incorporam a contribuição da Vai e Vem como algo

Desde a criação dos Sínodos da IECLB, há o propósito de caminhar juntos como povo de Deus. Os Sínodos apoiam as ações propostas pela Presidência e pela Secretaria Geral da Igreja, para que a reflexão e os desafios advindos do Tema e do Lema do Ano cheguem a grupos, Comunidades, Paróquias e instituições com vínculo confessional. Assim, todos têm a oportunidade de juntar-se à caminhada naquilo que nos move como Igreja de Jesus Cristo no Brasil, frisou o P. Dietmar Teske, Pastor Sinodal do Sínodo Sul-Rio-Grandense

DEUS AMA A QUEM DÁ COM ALEGRIA

que deve ser praticado para que outras Comunidades, Paróquias ou projetos com mais dificuldades possam continuar vivenciando o amor de Deus. Alguns membros levam para casa envelopes, que, depois, são depositados em um cesto. Outros membros vão juntando moedas. Mesmo antes de a IECLB ter lançado os cofrinhos da Campanha, várias famílias já confeccionavam os seus próprios cofrinhos e, ao final da Campanha, os traziam para os cultos. Também as crianças no Culto Infantil são motivadas para colaborar na missão. Desta forma, o Culto Infantil tem o seu cofrinho, em que as crianças depositam moedas, doadas para a Campanha. Certa vez, uma mulher expressou que a Campanha Vai e Vem pode ser comparada com a confecção de um bolo. Um bolo precisa de vários e diferentes ingredientes, mas, ao final, juntando todos eles e ainda colocando uma pitada de amor, o bolo se torna saboroso. Desta forma, a Campanha Nacional de Ofertas para a Missão Vai e Vem desafia as pessoas a darem a sua parte na confecção de um ‘bolo saboroso’. Mesmo que a pessoa tenha pouco para contribuir, a sua contribuição é importante para que a missão de Cristo se propague e que o amor de Deus continue se espalhando pelos diversos cantos do País.


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