Jornal Evangélico Luterano - Ano 41 - nº 754 - Setembro 2012

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Jorev Luterano - Setembro - 2012

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Editorial

O Sínodo Norte Catarinense

Visitação

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esde a edição de março de 2011, nas Editorias Ministério, Presbitério, Mulheres e Gente Luterana, trouxemos representantes do mesmo Sínodo, de forma a mostrar a grande diversidade presente na nossa IECLB, proporcionando uma rica troca de experiências entre os Sínodos, com o objetivo principal de compartilhar informações e testemunhos que serão fonte de inspiração para todos os interessados no cumprimento da missão da IECLB no Brasil e no mundo. Nesta edição, dedicada ao Sínodo Norte Catarinense, as lideranças Pa. Mayke Marliese Kegel, Livino Bächtold, Edeltraud Fleischmann Nering, Ademar Gaedke e Maria Odete Duarte Stahn contam um pouco sobre a sua trajetória pessoal, a caminhada na IECLB, além de metas, dificuldades e sonhos envolvidos em ser IECLB na região. O Sínodo Norte Catarinense, com sede em Joinville/SC, formado por 40 Paróquias, 116 Comunidades e mais de 60 mil membros, cuja ênfase mis-

a Ministros e Comunidades, motivação e formação de lideranças, criação de pastorais e incentivo às Comunidades

sionária está na visitação a Ministros e Comunidades, motivação e formação de lideranças, criação de pastorais e incentivo das Comunidades a desempenharem o seu papel a partir de Atos 2, tem como Pastor Sinodal o P. Inácio Lemke. O Jorev de setembro também apresenta, nas páginas centrais, Editoria Unidade, o oitavo artigo da Série Lutero - Reforma: 500 anos, nesta edição tendo como enfoque Ensino, um texto assinado pelo Professor Dorival Fleck. A Editoria Fé Luterana, de maneira

a estimular a reflexão sobre a confessionalidade luterana e os ensinamentos da Bíblia, traz dois textos de Ministros Pastores sobre a temática Suicídio. Conjuntura evangélica no Brasil ganhou destaque na Editoria Comportamento. Unser Leben in Gottes Hand é o título da Meditação da Editoria Deutsche Seite. Na Editoria Compartilhar, os momentos significativos da vida cristã. Boa leitura!

Da esq. p/ dir., a Diretoria do Conselho Sinodal: Elói Witt (2º VicePresidente), Edeltraud Nering (1ª Vice-Presidente), Elemer Kroeger (Presidente) e Vander Meier (Tesoureiro). Atrás: Carlo Kadur (2º Tesoureiro), Renilda Klabunde Tribess (2ª Secretária) e Suzana Karina Tribess Stricker (Secretária). Ao fundo: Ademar Gaedke (representante do Sínodo no Conselho da Igreja), P. Inácio Lemke (Pastor Sinodal) e P. Renato Kreutzberg (Pastor Vice Sinodal)

Atendimento ao leitor Mariana Mattos Paim Fone: (51) 3284.5400 - Fax: (51) 3284.5419

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Este espaço é seu! A sua opinião é fundamental no nosso trabalho. Conhecer as suas preferências, ouvir as suas dicas de pauta, as suas sugestões para o jornal e os seus comentários sobre as matérias é muito importante para que possamos sempre oferecer um Jorev melhor para você. Faça o seu Jorev Luterano. Escreva para nós e participe! Estamos esperando o seu contato!

Em uma só fé Escrevo para compartilhar que gosto muito do Jorev Luterano pelo ótimo trabalho que o nosso Jorev apresenta. Parabéns a toda a equipe do jornal da nossa Igreja! É gostoso tomar conhecimento das mais diversas realidades do nosso país por meio deste veículo de comunicação que nos aproxima, em uma só fé, na nossa identidade luterana. Viver uma Igreja viva é ter desafios, é caminhar e se aquecer dentro desta IECLB, colocando os dons a serviço da vida. Que Deus continue abençoando a todos! Diácona Telma Merinha Kramer

Jorev Luterano Somos muito gratos por receber um veículo de comunicação de tamanha qualidade e modernidade, sempre divulgando mensagens de paz, amor e esperança. Capa Parte do cartaz do XXI Congrenaje e do VII Fest´Art (Conectad@s com Deus - protagonistas no mundo), ocorridos nos dias 23 a 27 de julho, em Pelotas/RS. Leia matéria sobre o Congrenaje na Editoria Presidência, página 5.

Fernando Bastos

Pastor Presidente P. Dr. Nestor Friedrich Secretária Geral Diác. Ingrit Vogt Jornalista Letícia Montanet

Reg. Prof. 10925

Administrativo Mariana Mattos Paim ISSN 2179-4898 Cartas - Sugestões de pauta - Artigos - Anúncios

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Curtas

Comunidade jovem

500 anos da Reforma

Cátedra de Pesquisa em Lutero Engajada nas celebrações e reflexões sobre os 500 anos da Reforma e a sua relevância para o século XXI, a Faculdades EST, em São Leopoldo/RS, disponibilizou um espaço no seu site para que a comunidade acadêmica e os interessados na temática possam acompanhar o desenvolvimento das pesquisas em torno da Cátedra de Pesquisa em Lutero, projeto liderado pelo Prof. P. Dr. Vítor Westhelle. O endereço eletrônico para consultas ao material é www.est.edu.br/pesquisa. Criada e instituída há um ano com apoio da Igreja Luterana da Baviera, da IECLB e da EST, a cátedra visa a fomentar a identidade luterana no contexto da IECLB, fortalecer a área de pesquisa da EST, oferecer seguimento à parceria com a Igreja bávara e, por extensão, com o luteranismo internacional. Na avaliação do Prof. Westhelle, quando se completar o jubileu da Reforma, é provável que a maioria luterana encontrese fora do eixo norte-atlântico, berço tradicional e habitat de quase a totalidade de luteranos há cem anos. “A Teologia que orientará e guiará espiritualmente esses luteranos há de ser distinta da que se fez e faz na Europa e nos Estados Unidos”, afirma. O trabalho do Professor consiste em registrar elementos desta Teologia emergente e articulá-la a partir de três níveis. O primeiro diz respeito a uma abordagem centrada no contexto brasileiro e latino-americano, com produções teológicas e participação em eventos desde o nível da espiritualidade popular até o acadêmico. O segundo é a articulação sul-sul, que está sendo desenvolvida junto ao Departamento de Estudos da Federação Luterana Mundial (FLM) e que implica, sobretudo, na participação em eventos internacionais. O terceiro nível é o da articulação sul-norte, com o objetivo de trazer a voz do sul a estes debates. Por iniciativa do Reitor da Faculdades EST, Prof. P. Dr. Oneide Bobsin, foi articulado um Grupo de Referência, que serve de consultoria à cátedra e que pretende atuar como facilitador de redes de informação, além de articular prioridades de áreas de pesquisa. Formado por pessoas com conhecimento de Lutero e da Teologia da Reforma, o grupo desenvolveu três áreas de atuação prioritária: justificação, escatologia e a espiritualidade - Igreja, política e economia - Teologia da cruz. Além do espaço destinado para a disponibilização das pesquisas desenvolvidas no contexto da cátedra no site da EST, o trabalho do Prof. Westhelle e do Grupo de Referência poderá ser acompanhado em apresentações, seminários, publicações e aulas ministradas no contexto do Programa de Pós-Graduação e da graduação em Teologia. Titular da Cátedra de Pesquisa em Lutero na EST, o Prof. P. Dr. Vítor Westhelle segue como titular de Teologia Sistemática na Lutheran School of Theology at Chicago, embora por cinco anos esteja licenciado da função em tempo parcial.

A Paróquia de Santa Maria de Jetibá, no Sínodo Espírito Santo a Belém, iniciou os trabalhos com os estudos bíblicos motivados pelo Tema do Ano da IECLB para 2012. No primeiro estudo bíblico, realizado em Alto São Sebastião, no dia 1º de maio, os membros perceberam como este Tema reflete a interação entre as gerações que fazem parte da Comunidade e como nós, como Igreja fruto do movimento da Reforma, continuamos em constante reforma, entre tradição e inovação. O encontro foi realizado em uma ´casa pomerana´, construída na década de 60, que serviu de residência para a família de Levi Flegler, que gentilmente cedeu espaço para que pouco mais de 60 pessoas pudessem refletir sobre o sentido de fazer parte de uma Igreja viva. Uma menina de 8 anos fez a leitura de 1Pedro 2.1-5, que cita as pessoas cristãs como pedras vivas. Como pedras vivas, fazemos parte de uma Igreja que caminha e, neste caminho, novidades vão surgindo. O nosso hinário aumentou, Houve mudanças na liturgia, A linguagem usada na Igreja é fácil de compreender, Crianças podem participar da Ceia foram frases que marcaram a reflexão. Também foi marcante lembrar que, ao nos denominarmos Igreja jovem, temos motivação para integrar as diferentes gerações que fazem parte da vida comunitária, reconhecendo a importância da herança de fé que é passada de geração em geração. Ainda: nesta transmissão, o nosso testemunho de fé vai se atualizando a partir da nova situação de mundo, porém, nunca perdendo a base da fé cristã. A reflexão final destacou a importância de olharmos para as novas gerações, jovens e crianças, e, da mesma forma que fomos educados na fé cristã por nossos avós, pais e mães, tenhamos, também hoje, a partir do cuidado na vida em Comunidade, condições de motivar jovens e crianças a continuar esta caminhada, alimentados na fé, na esperança e na confiança em Deus.

OFERTAS NACIONAIS 2 de setembro 14º Domingo após Pentecostes Música e Liturgia na IECLB Cantem hinos a Deus, o Senhor, todos os moradores da terra! Adorem o Senhor com alegria e venham cantando até a sua presença (Salmo 100.1-2). Esse convite do salmista é atendido pela comunidade cristã toda vez que ela se reúne para o culto regular, devocionais, celebrar a bênção matrimonial, velar e sepultar os seus mortos. Nessas ocasiões e em tantas outras, recorremos à música e à liturgia para celebrar a presença de Deus em nosso meio, para expressar a nossa dor, a nossa alegria, a nossa esperança, a nossa intercessão. Música e liturgia estão no coração da vida comunitária na IECLB, por isso, na nossa Igreja, temos um Conselho Nacional de Música, uma Coordenação de Música, um Conselho de Liturgia e uma Coordenação de Liturgia. 23 de setembro 17º Domingo após Pentecostes Missão entre os povos indígenas Em 2012, o Conselho de Missão entre Indígenas (Comin) completa 30 anos de serviços. Hoje, atua em oito campos de trabalho (três na Amazônia e cinco na região sul), acompanha solidariamente 15 povos indígenas e investe na formação da sociedade não indígena, compartilhando conhecimentos sobre os povos indígenas, desconstruindo preconceitos, mediando o diálogo intercultural e inter-religioso e promovendo a reconciliação entre os diferentes. O Comin apoia atividades comunitárias de geração de renda, revitalizando conhecimentos e práticas tradicionais de cestaria, tecelagem e cerâmica, além de açudes, palmitais, abelhas sem ferrão, sementes crioulas e artesanatos. Também são apoiadas iniciativas nas áreas da educação escolar indígena, bem como estudantes em cursos técnicos e universitários.

INDICADORES FINANCEIROS UPM Julho/2012

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Índice Junho/2012

0,46%

Acumulado do ano

3,15%

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Atualidade

Desafiadas a partilhar P. DR. ONEIDE BOBSIN Reitor da Faculdades EST

Religião demais

não cheira bem - II Quem quiser se divertir com um assunto sério, pode assistir à comédia Fé demais não cheira bem. Do excelente elenco, se destaca Steve Martin no papel de um pastor inescrupuloso que sabe ganhar dinheiro explorando a fé das pessoas cujas vidas estão fragilizadas. É aconselhável, pois, prestar atenção ao final do filme, quando o pastor charlatão encontra o contrário do que sempre pretendeu. O milagre desbanca o milagreiro. Por mais que líderes religiosos apelem para a manipulação televisiva, arrebatando multidões que, hoje, estão aqui e, amanhã, em outro lugar, tais procedimentos não explicam a expansão de certas organizações religiosas. Os milagreiros da prosperidade se valem do fato de que somos um país religioso. Os dados do Censo 2010 mostram que, aproximadamente, 90% dos brasileiros dão credibilidade à religião. Grande parte, porém, é religiosa à sua maneira e apropria-se das pregações e das doutrinas anunciadas pelas Igrejas no interesse das suas demandas espirituais e materiais mais urgentes. Isto vale para a maioria, que, cada vez mais, crê sem pertencer. Dominada por uma sociedade que transforma tudo em mercadoria, o comportamento religioso é campo fértil para transformar fiel em cliente. Mais do que no passado, no presente vemos grande parte de Igrejas ou tendências dentro delas se dobrando ao desejo do fiel. Esta é uma grande mudança na sociedade e que afeta Igrejas. Em outras palavras, vemos líderes se ajoelhando diante dos interesses imediatos de fiéis. Parece que o freguês sempre tem razão. Esta mudança é favorecida pelo jeito como o nosso povo digere o que vem de fora. Basta um simples exemplo. Um Pastor presbiteriano confirmou a mim que existe acarajé evangélico na Bahia. Uma comida típica da tradição religiosa africana, feita pelas mãos de mulheres do candomblé, não pode ser comida por um evangélico, sob pena de cometer idolatria. Por desconhecer que o ser humano é contaminado por aquilo que vem do seu interior (Mc. 7 15), o acarajé é feito por mãos evangélicas. Como vemos, as novas Igrejas são imagens e semelhanças da sociedade. Estão cada vez mais mundanas, insossas (Mt. 5.13- 14). Se não salgarem mais, a sociedade e as Igrejas apodrecerão. Nesta perspectiva, religião demais não cheira bem.

A maioria crê sem pertencer

IX Fórum Nacional de Reflexão da Mulher Luterana

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epresentando todos os Sínodos da IECLB, 54 mulheres estiveram reunidas nos dias 18 a 20 de maio de 2012, no Lar Luterano Belém, em Campinas/SP, para participar do IX Fórum Nacional de Reflexão da Mulher Luterana. Com a acolhida do Ministro da Comunidade Evangélica Luterana de Campinas, P. Marcos Ebeling e a saudação levada pela Coordenadora de Gênero, Gerações e Etnias, O IX Fórum de Reflexão da Mulher Luterana reuniu 54 participantes Pa. Rosângela Stange, que, em nome do Presidente da IECLB, P. Dr. Nestor Friedrich, da Secretária Geral, Diác. Ingrit Vogt, e do Secretário da Ação Comunitária, P. Dr. Mauro de Souza, desejou a todos e a todas os votos de um abençoado encontro. Também o P. Guilherme Lieven, Pastor Sinodal do Sínodo Sudeste, compartilhou palavras de saudação às mulheres: “Tenho comigo agora uma consciência muito grande do presente que ganhei das mulheres da minha história: das minhas avós, mãe, esposa, filha e tantas outras mulheres com que tive contato O Pastor Sinodal do Sínodo Sudeste marcou presença em minha vida... Continuo aprendendo. Que vocês continuem ensinando às mulheres e aos homens esse jeito de ser, viver, olhar a sua vida e não fugir dela, não se amedrontar com a cruz, ajudando a Deus a fincar sinais de vida”. Já na sua nona edição, o Fórum teve a sua origem com a 8ª Assembleia da Federação Luterana Mundial, realizada em Curitiba/PR, no ano de 1990, que registrou uma especial preocupação com os assuntos relacionados às mulheres. Em 1995, aconteceu o I Fórum Nacional, em Porto Alegre/RS, e, desde então, os Fóruns seguintes foram realizados nos mais diversos lugares. As mulheres estudam a Palavra no IX Fórum de Reflexão O Fórum de Reflexão da Mulher Luterana se propõe a ser espaço de reflexão sobre o papel da mulher luterana na família, na Igreja ra, além das implicações na vida das mulheres e na sociedade. Em seu atual momento, a Co- até os dias de hoje. Para finalizar, as participantes foram indaordenação do Fórum, composta por Cristina Guilherme (Sínodo Sudeste), Rachel Pessoa gadas aonde vão, a partir de quem são e onde (Sínodo Espírito Santo a Belém), Eliana estão, em uma proposta trabalhada pela FilósoReinhardt (Sínodo Rio dos Sinos) e Rosane fa Herta Scherer Costa, com vistas aos rumos Philippsen (Sínodo Paranapanema), busca co- que o trabalho com mulheres está seguindo na nhecer e divulgar as diversas experiências com IECLB. “Certamente, o desafio permanece. As mue para mulheres dentro da IECLB, em um espírito de respeito a todos os trabalhos realizados. lheres têm uma grande riqueza no jeito de agir. Foram três dias de convívio, encontros e Compartilhar estas experiências permite que reencontros. No dizer de uma das participan- sejamos uma Igreja que respeita e valoriza a tes, ´foi como voltar ao poço e beber da fonte´. diversidade, para a honra e glória de Cristo”, A temática desenvolvida pela Pa. Ms. Marcia afirma Rosane Philippsen, membro da CoordeBlasi convidou as mulheres a refletirem sobre nação Nacional do Fórum de Reflexão da MuEva e as características que a tornam desafiado- lher Luterana.


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Presidência

Conectad@s com Deus - protagonistas no mundo!

XXI Congrenaje e VII Fest’Art

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stive no XXI Congrenaje e no VII Fest’Art, realizados em Pelotas/RS, nos dias 23 a 27 de julho. Este Congresso Nacional da Juventude Evangélica reuniu em torno de mil jovens, provenientes das nossas Comunidades. Nos meses que antecederam a realização deste encontro, acompanhei a movimentação, a expectativa e a articulação que giravam em torno deste Congresso via Facebook. Ali, já era possível perceber o entusiasmo, a iniciativa, a preocupação em como enfrentar o frio do sul do Brasil, enfim, o protagonismo dos jovens. Foi um belo testemunho dos nossos jovens, da sua conexão com Deus e de como esta conexão com Deus se expressa nas suas

vidas. Uma colega Pastora, com muita propriedade, afirmou o seguinte ´Aqui, está a liderança do presente e do futuro da IECLB!´. O tema do Congrenaje, Conectados com Deus - protagonistas no mundo, mais o lema bíblico Ninguém te despreze por seres jovem. Ao contrário, torna-te exemplo... (1Tm 4-12), estão em sintonia com o Tema do Ano da IECLB, Comunidade jovem - Igreja viva!, e o Lema do Ano, Antes que eu te formasse no ventre, te conheci (Jr 1.5a). O tema que os jovens elegeram para o seu Congresso será também o tema do próximo Concílio da Igreja, que acontecerá no próximo mês de outubro, em Chapecó/ SC, no Sínodo Uruguai! Aos jovens reunidos em Pelotas,

P. NESTOR FRIEDRICH Pastor Presidente da IECLB

XXI Congresso Nacional da Juventude Evangélica

Sustentabilidade Rio+20

A Rio+20, realizada entre 13 e 22 de junho, no Rio de Janeiro, reuniu organizações nacionais e internacionais, que discutiram o tema O Futuro que queremos, marcando os 20 anos de realização da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Eco-92/RJ) e contribuiu para definir a agenda do desenvolvimento sustentável para as próximas décadas. Alguns momentos merecem destaque na participação da IECLB na Rio+20: - Na noite de 19 junho, o culto celebrativo realizado na Paróquia Martin Luther/ RJ, oficiado pela Pa. Christine Drini, com a participação do Pastor Presidente da IECLB, P. Dr. Nestor Friedrich. - No dia 20, na Paróquia Martin Luther, a recepção que a IECLB ofereceu a autoridades, parceiros e instituições, Ministros e leigos que atuam no Rio de Janeiro, além dos jovens luteranos presentes na Rio+20. - No dia 22, a participação do Pastor Presidente da IECLB e do Bispo da Evangelische Lutherische Kirche in Bayern (ELKB), no evento paralelo Perspectivas Éticas e Religiosas sobre o Futuro que Queremos, moderado pelo Moderador do CMI, P. Dr. Walter Altmann. - A visita do P. Nestor Friedrich, a convite do P. em. Mozart Noronha, ao Centro Social Bom Samaritano, um projeto que há mais de 30 anos anos orienta famílias das favelas do Cantagalo e do Pavão-Pavãozinho. - Jovens da IECLB (programa Criatitude - da Secretaria Geral da IECLB e Fundação Luterana de Diaconia (FLD), com o apoio da Federação Luterana Mundial (FLM)), participaram do conjunto de eventos paralelos a Rio +20, como a Cúpula dos Povos, por Justiça Social e Ambiental.

disse que gostei muito da palavra protagonismo. Fé que se traduz em atitude ética condizente com os valores do Reino anunciado por Jesus. Protagonismo que expressa a paixão pela missão de Deus na IECLB. Os nossos jovens estão de parabéns! Fez frio em Pelotas? Sim, fez muito frio! Contudo, não tão intenso que apagasse o calor e a vibração do louvor contagiante das músicas, da profundidade dos momentos de meditação, das tantas amizades que ali nasceram, do exemplo de protagonismo tão necessário em toda IECLB. Oro a Deus para que este espírito vivido no Congrenaje possa contagiar também o Concílio da Igreja em Chapecó/SC.

Setembro 1/9 Assembleia do Sínodo Vale do Taquari Lajeado/RS Pa. Silvia Genz 1/9-2/9 Assembleia do Sínodo Espírito Santo a Belém Santa Maria de Jetibá/ES P. Romeu Martini 11/9 a 15/9 Encontro da Presidência com Pastores e Presidentes Sinodais São Leopoldo/RS P. Nestor Friedrich P. Carlos Möller Pa. Silvia Genz 24/9 a 3/10 Consulta com parceiros da OMEL Hermannsburg/Alemanha Pa. Silvia Genz 27/9-28/9 Reunião da Diretoria do Conselho da Igreja Porto Alegre/RS P. Nestor Friedrich 29/9 Assembleia do Sínodo Nordeste Gaúcho Montenegro/RS P. Romeu Martini 30/9 130 anos da Comunidade em Jequitibá Jequitibá/ES P. Nestor Friedrich

Com a abertura conduzida pelo Pastor Presidente da IECLB, P. Dr. Nestor Friedrich, foi realizado, em Pelotas/RS, nos dias 23 a 27 de julho, o XXI Congresso Nacional da Juventude Evangélica (Congrenaje) e o VII Fest´Art. A palavra do Presidente teve como base o lema do Congresso (Ninguém te despreze por seres jovem. Ao contrário, torna-te exemplo - 1Timóteo 4.12), que teve como tema Conectad@s com Deus - protagonistas no mundo. Meditações e estudos congregaram jovens dos 18 Sínodos da IECLB, reunindo em torno de mil participantes, que expressaram e refletiram sobre as ações de cada um em relação à Igreja e à vida cristã. O VII Fest’Art proporcionou espaço para dinâmicas de grupo, comunicação, dança e expressão cultural. Por meio dos seus dons artísticos, os jovens buscaram proclamar a Palavra de Deus de uma maneira criativa. O Congrenaje ocorre a cada dois anos e, em 2014, o Sínodo da Amazônia estará recebendo o XXII Congrenaje e o VIII Fest’Art, iniciativas que proporcionam troca de experiências vivenciadas em cada Sínodo, o compartilhar do louvor e da oração conjunta, além do aconselhamento mútuo, da recreação, do encontro, do reencontro e, como afirmam os jovens, da amizade que se perpetuará.

Conaje 2012-2014 No culto de encerramento, foi instalado o novo Conselho Nacional da Juventude Evangélica (Conaje), composto pelos representantes jovens: Amazônia (Thiago Lauvers e Leomar Klemz), Brasil Central (Tatiane Neumann e Taelyne Greff), Centro-Campanha-Sul (Martina Scherer e Moema Scheffler), Centro-Sul Catarinense (Maurício Nagel e suplente a escolher), Espírito Santo a Belém (Dyeimes Braun e Luciano Vitória), Mato Grosso (Daline Moeller e Joelmir Schanoski), Nordeste Gaúcho (Jéssica Dietz e Mateus Roos), Noroeste Riograndense (Paulo Oliveira e suplente a escolher), Norte Catarinense (Raquel Marques e Roberto Nielsen), Parapanema (Jéssica Krug e Alberto Stadler), Planalto Rio-Grandense (Andreia Weber e Eduado Teischmann), Rio Paraná (Cristian Petri e Gustavo Lindner), Rio dos Sinos (Rodolfo Santos e Raquel Kleber), Sudeste (Jean Freitas e suplente a escolher), Sul-Rio-Grandense (Demaicon Peter e Giales Otto), Uruguai (Ícaro Flach e Rubiele Dietrich), Vale do Itajaí (Martha Maas e Robson Kuhlmann) e Vale do Taquari (Edson Ströher e Marina Eidelwein) e os Orientadores Teológicos: Titulares - P. Marcos Oliveira, P. Francisco Santos, Pa. Carla Krüger, Pa. Bianca Weber, Pa. Adriana Weege e Diác. Simone Voigt (Secretaria Geral da IECLB) e suplentes - P. Rodrigo Lima, Cat. Edson Reginaldo, Pa. Bárbara Kugel e P. Cléo Moacir Martin.

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Ministério

Deus caminha eternamente com os seus filhos e as suas filhas Secretaria da Ação Comunitária, além de artigos específicos para acompanhamento a enfermos, hospitalizados ou não. Tentamos fazer a supervisão dos agentes solidários, de forma coletiva e individual, mensalmente. O Agente Solidário, nas suas atitudes de acolher e ouvir, deve transparecer o que a Palavra faz na sua própria vida. A Palavra viva, às vezes, transmite mais em um olhar e no ´estar ao lado´ do que no muito falar.

Em que momento descobriu a sua vocação para o Ministério Pastoral? Foi na época em que participava da JE em Timbó, aos 16 anos, o que se reafirmou quando trabalhei no Hospital OASE/Timbó, dois anos depois. Sempre estive muito próxima da diaconia e, durante a formação teológica, frequentei diversos seminários com ênfases em movimentos populares e pastorais da mulher e da saúde. Há 12 anos, venho me especializando no atendimento às pessoas com dependência química, pessoas com deficiência e os seus familiares, além de enfermos, enlutados e desempregados. Em 1991, já formada, fui trabalhar, como Assistente Paroquial, na Paróquia de Novo Hamburgo/RS, na Missão Roselândia, que visava à formação de um Ponto de Pregação e ao atendimento a crianças. Paralelamente, fazia atendimento pastoral no Centro Cristão Feminino, que

atendia mulheres gestantes, de alto risco social. Depois, passei a integrar a Comunidade de Joinville, atuando na Missão Profipo, que auxiliei a se tornar a Comunidade Bom Samaritano. Desde 1999, o meu Pastorado está voltado ao atendimento de enfermos no seu âmbito social, psicológico e físico, além de atuar na capacitação de agentes solidários para as Paróquias. Também sou Assessora do curso Vida no limiar da morte, no tema ´Eu e minha morte´. Como funciona a preparação das pessoas que são capacitadas a trabalhar nestas áreas? Temos reuniões mensais e duas capacitações anuais, além de motiválas a participar do que é oferecido em nível sinodal. Estudamos o Plano de Ação Missionária da IECLB (PAMI), os textos da Diaconia em Ação e outros materiais disponibilizados pela

Luterprev Responde

ajudando a planejar o seu futuro Como são feitos os cálculos para determinar o valor das aposentadorias na previdência privada? Por meio das chamadas tábuas atuariais, que são montadas segundo parâmetros de sobrevivência e morte dos indivíduos em cada idade, levando em consideração aspectos geográficos e socioeconômicos. Esses cálculos são feitos pelo profissional atuário, que tem formação específica e papel consultivo e cuja presença nas empresas de previdência complementar é obrigatória. Na previdência privada, de quanto em quanto tempo as tábuas são alteradas? Até o fim da década passada, eram usadas as tábuas criadas nos Estados Unidos, chamadas de AT (anual tables). A partir de 2010, passou a ser utilizada a

BR-EMS, a primeira tábua atuarial brasileira adotada em grande escala pelo mercado segurador privado. Ela tem a expectativa de sobrevivência atualizada a cada cinco anos, por isso, em 2015, haverá a sua primeira alteração. Todas as empresas de previdência complementar utilizam as mesmas tábuas? A previdência oficial, o INSS, também? As empresas privadas não são obrigadas a usar as mesmas tábuas, mas existem determinados limites que o órgão regulador e fiscalizador do setor, a Superintendência de Seguros Privados (Susep) aceita. Quanto ao INSS, os parâmetros são outros, já que precisam englobar uma parcela maior da população e com um perfil socioeconômico diferente.

De que maneira levar a Palavra aos que sofrem? Acolher, ouvir, disponibilizar tempo, estar ao lado do outro: Palavra viva e vivida na sua integralidade e não apenas no seu falar. Falar a Palavra sempre depende da pessoa que se encontra em sofrimento, seja ele físico, espiritual, emocional ou social. A Palavra resgata o ‘ser filha e filho de Deus’, o sentido da vida no ato de amor maior de Deus nos perdoar. Deus caminha eternamente com os seus filhos e as suas filhas. Deus enviou Jesus para amar. Estar ao lado de pessoas que enfrentam situações extremas é lembrar desta filiação, da graça imerecida, mas eterna, é exercitar o amor na presença, no acolher, é levantar todas as manhãs e dizer Deus, se depender de mim, Tu sabes que eu não conseguirei, por isto toma em teus braços a mim e a todos que neste dia eu encontrar. Dá-me sabedoria e amor. Tudo o que fazemos por amor, em amor por nós e pela outra pessoa, não tem como nos deixar triste. É muito bom crer em Jesus Cristo e praticar o amor que Ele ensinou.

Então, analisar a tábua atuarial utilizada pela empresa de previdência complementar é importante na hora de contratar um plano? Analisar a tábua atuarial e tão importante quanto informar-se sobre a rentabilidade oferecida pela empresa de previdência complementar. Para determinadas tábuas, é preciso o dobro de reserva para alcançar o mesmo benefício, ou seja, a rentabilidade pode ser insuficiente para gerar uma renda satisfatória. É por isso que informarse sobre esses aspectos é fundamental para garantir a contratação de um plano capaz de realmente garantir o seu futuro.

É muito bom crer em Jesus Cristo e praticar o amor que Ele ensinou

Notícia Os dez anos do PEF O Programa de Educação Financeira (PEF) Luterprev comemora este ano o seu décimo aniversário e vai festejar ao lado das escolas que o integram. Nas ocasiões, que contemplam diversas regiões gaúchas e catarinenses, será lançado o livro celebrativo a esses dez anos, com a história, as metodologias e os relatos de Professores e alunos participantes. Além desses, outros encontros estão sendo definidos, com o objetivo de contemplar todas as áreas nas quais o PEF está presente.

Visite o site da Luterprev (www.luterprev.com.br) e faça uma simulação para a sua aposentadoria complementar. No site da Luterprev, você também encontra um link para encaminhar a sua pergunta à coluna. Se preferir, envie diretamente para luterprev@luterprev.com.br, com o assunto Jorev Luterano.


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Presbitério

Sendo irmãos na fé, somos muito fechados uns para com os outros Em todas as ações da Igreja, encontro motivação para a caminhada diária

Como a fé se processa no seu dia a dia? Procuro levar a vida normalmente e, quando tenho algum compromisso com a Igreja, me preparo com cuidado, zelando pelos compromissos assumidos. Como sou alguém que conhece muita gente em Joinville e Barra Velha é área de migração de pessoas oriundas dessa cidade e de outras, pessoas que, muitas vezes, são membros afastados da Igreja, busco dialogar com as pessoas sobre o cotidiano da Comunidade, convidando todos a retornarem ou a participarem da Comunidade. Além de fazer parte ativamente do Presbitério, também integro o Grupo de Estudo Bíblico, a Legião Evangélica Luterana e canto no Coral. Em todas estas ações, encontro motivação para a caminhada diária. Qual é a sua caminhada na IECLB? Sou luterano ‘desde o Batismo’. Durante grande parte da minha vida, ajudei nas festividades da Comunidade Unida em Cristo e Cristo Redentor, em Joinville/SC, quando solicitado. Contudo, quando mudamos para Barra Velha, juntamente com a minha esposa, passei a atuar ativamente da vida da Comunidade. A Norma é Presidente do grupo da OASE e eu passei a integrar o Presbitério (atualmente, é Tesoureiro da Comunidade e integra o Conselho Fiscal da Paróquia), além de zelar pela preparação da Ceia do Senhor, recepcionar os membros no culto, visitar membros e possíveis membros.

Funciona de que forma o seu trabalho de visitação a famílias que migram para a região da praia? A Comunidade de Barra Velha é pequena e muitas pessoas residem aqui e não são membros, enfraquecendo o trabalho. Além disso, sinto que os membros da nossa Igreja não se visitam mais. Sendo irmãos na fé, somos muito fechados uns para com os outros. Lamento que os membros não sejam mais ativos na Igreja, por isso procuro motivar a uma maior participação na Comunidade. Percebo quando alguém novo aparece na Igreja e busca fazer contato. Também pessoas conhecidas da cidade avisam quando chega alguém que é da IECLB. Então, vou em busca dessas pessoas, procuro conversar com elas para saber se fixaram residência no litoral, explico sobre a importância de fazer parte da Comunidade local e me coloco à disposição para qual-

quer necessidade em relação à Igreja. Nem sempre é fácil, pois existe muita resistência de algumas pessoas, que, mesmo morando no litoral, não se desvinculam das suas Comunidades de origem. Como resultado, tem havido maior participação nos cultos e um aumento bastante expressivo no número de membros inscritos e ativos na Comunidade. Outro aspecto que melhorou foi a questão financeira da Comunidade. Que frutos as suas ações como Presbítero têm dado para a sua vida? Conheci muita gente, fiz grandes amizades e fiquei conhecido na cidade como membro da IECLB. A minha família sempre foi muito unida e, hoje, todos percebem a dedicação, minha e da minha esposa, à Igreja, o que tem inspirado a família como um todo para a vida de fé.

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10 Mulheres

Deus tem sido a fonte diária para recarregar as energias

Qual é a sua história na Igreja? Luterana de berço, tive o meu primeiro contato com ´liderança´ no grupo de juventude e, mais tarde, na OASE, sendo eleita Secretária do grupo de OASE. Depois, fui Coordenadora Paroquial, Secretária Sinodal, Presidente Sinodal da OASE e Delegada do Sínodo ao Concílio. Atualmente, sou VicePresidente da Associação Sinodal da OASE, Presidente do Conselho Fiscal da Associação Nacional da OASE, faço parte do Conselho Redatorial do Roteiro da OASE e sou 1ª Vice-Presidente da Diretoria do Conselho Sinodal. Todo este envolvimento faz com que eu conheça as diferentes realidades que as mulheres enfrentam por este imenso Brasil.

Como a sua formação contribui na sua ação junto às mulheres? Sou formada em Artes Visuais, Especialista nas áreas de Aconselhamento e Psicologia Pastoral pelas Faculdades EST, em São Leopoldo/RS, e em Arteterapia pela Faculdades São Luz, em Brusque/SC. Atualmente, curso Massoterapia Oriental na Faculdade Inspirar, em Curitiba/PR. A minha jornada acadêmica visou a um futuro campo profissional e à melhor execução do trabalho que desenvolvo junto à OASE e ao Sínodo Norte Catarinense. Esse investimento em conhecimento vem sendo utilizado na organização e na coordenação de Seminários para grupos de OASE não só no nosso Sínodo, mas em outros Sínodos também.

No Sínodo Norte Catarinense, qual é o resultado do seu trabalho com as mulheres? Estar perto dos diferentes grupos de OASE é encontrar mulheres de todas as gerações, vivenciar a fé que impulsiona para a comunhão, o testemunho e o serviço, além de reconhecer um espaço precioso para celebrar a vida. O contato com esse universo também possibilita acompanhar mais de perto o sofrimento, as necessidades, as carências que fazem parte da vida de muitas mulheres. Cada encontro é um novo aprendizado e poderia se tornar um belo livro, que falaria direto ao coração, pois cada história viria repleta de emoção, razão e sensibilidade. De que maneira vê o crescimento da participação feminina nos cargos decisórios da IECLB? Esta participação só tem aumentado, o que é positivo, uma vez que a percepção e a intuição femininas são características importantes e que podem contribuir de modo muito eficaz na tomada de decisão, independente do cargo de liderança no qual a mulher esteja envolvida. Toda essa caminhada é possível porque Deus tem sido a fonte diária para recarregar as energias. Cristo tem sido a inspiração e o Espírito Santo tem soprado criatividade e iluminado cada passo, nos dias claros e nem tão claros assim!

1) Atendimento arteterapêutico 2) Retiro para Mulheres 3) Seminário para Grupos de OASE

Brasil: um país ficando grisalho! Antes reconhecido como um país jovem, o Brasil possui cerca de 13,5 milhões de idosos atualmente, ou seja, 8% da sua população. Isso significa que, em 20 anos, será o sexto no mundo com o maior número de pessoas idosas. E n ve l h e c e r em um país que ostenta o ideário de ser uma nação jovem, que ´cultua´ a beleza e a juventude, não é algo fácil. Vivemos em um país que negligencia ou ignora a velhice,

esquecendo que respeitar o idoso é saber respeitar o dia de amanhã que nos aguarda. O que observamos hoje é que, mesmo no ambiente familiar, a pessoa idosa nem sempre recebe o carinho e a atenção básicos, fato que a leva para as casas de longa permanência. Nessas, na grande maioria, os idosos ficam esquecidos pelos seus. É imprescindível que as pessoas idosas permaneçam entusiasma-

das com a vida, que ainda se sintam portadoras da sua capacidade produtiva e que possam opinar e decidir sobre tudo o que lhes diz respeito, o que, inclusive, lhes ajuda a lutar contra as enfermidades. Se a aceitação do processo de envelhecimento for construtiva, benéfica e realista, será mais fácil repensar os seus projetos de vida, conviver positivamente com as mudanças e estabelecer novas metas, de forma serena e segura. É necessário um esforço conjunto entre família, governo e comunidade para que os idosos deixem de ser ´cidadãos de papel´ e tenham os seus direitos, já conquistados, plenamente garantidos.

Cat. Joni Roloff Schneider Diretora Geral Associação Beneficente Pella Bethânia Taquari/RS


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Fé Luterana 11

Suicídio O sofrimento justifica tirar a própria vida? Quando uma pessoa passa por um momento de sofrimento, pode surgir a pergunta pelo sentido da vida: Não sei se vale a pena viver, Nem sei por que ainda estou vivo. Nós não somos fruto do acaso. Nós somos filhos e filhas de Deus. Ele fez questão de nos criar à sua imagem e semelhança. Nós fomos sonhados por Deus. É isto que deve dar sentido para a nossa vida. Como criaturas de Deus, fomos destinados a viver uma vida plena e feliz (Jo 10.10). As circunstâncias da vida, entretanto, levam pessoas a perderem o sentido da vida, fazendo com que elas desistam, inclusive, de viver. Quando recebemos a notícia de que uma pessoa conhecida cometeu suicídio, logo nos sobrevém a pergunta: O que leva uma pessoa a tirar a própria vida? Há uma série de fatores que podem levar uma pessoa a cometer suicídio. O que leva uma pessoa a cometer suicídio é algo extremamente complexo. Certo é que a vida para esta pessoa se tornou simplesmente insuportável. Ela não quer morrer, mas não quer continuar vivendo do jeito que as coisas estão e não vê outra saída. Como pessoas cristãs, buscamos não julgar a pessoa que tomou esta decisão. Entretanto, não podemos deixar de dizer que não é da vontade de Deus que tiremos a nossa própria vida. A vida é um bem sagrado, por isso Deus fez questão de nos dar o quinto mandamento: ´Não matarás´ (Êxodo 20). Não temos o direito de colocar a vida de outras pessoas em risco nem mesmo a nossa própria.

A pessoa que comete o ato do suicídio não enxerga mais um fim para o seu sofrimento. Para ela, a vida não passa de sofrimentos e desilusões. Viver se tornou um castigo. Ninguém está livre de passar por circunstâncias de grandes dificuldades. Também Jesus passou por momentos de grande sofrimento, como quando orou no Getsêmani Meu Pai, se for possível, afasta de mim este cálice. Também Jesus teve medo de não suportar tanto sofrimento. Mesmo assim, Ele continuou a sua oração, dizendo Contudo, não seja como eu quero, mas sim como Tu queres. Com estas palavras, Jesus expressou a sua confiança e a sua entrega a Deus. Ainda que ninguém queira beber de um ´cálice amargo´, não há como ficar imune ou alheio ao sofrimento inerente ao que faz parte da vida neste mundo. Cremos, entretanto, que não precisamos passar por estes momentos sozinhos, mas que Deus se coloca ao nosso lado para nos dar força e coragem para a caminhada. Deus restaura em nós a fé e a esperança de que, depois da tempestade, há um arco-íris. Depois do choro, vem a alegria (Salmo 30). Em Jesus, podemos enxergar uma saída. Nele, somos chamados a viver, mesmo que nem sempre seja fácil, e temos a chance de recomeçar todos os dias. Ainda que, no caminho, encontremos muitas pedras, Deus nos dá forças para levantar e continuar caminhando.

Pa. Aline Danielle Stüewer, formada em Teologia pelas Faculdades EST, em São Leopoldo/RS. Atua na Paróquia de Caçador/SC

Para refletir, leia Mateus 11.28-30

Há perdão para os suicidas?

P. Daniel Kreidlow, formado em Teologia pela Faculdades EST, em São Leopoldo/RS. Atua na Paróquia de Parobé/RS

Diferentemente de outros animais, nós, seres humanos, temos a nossa vida como algo do qual podemos nos desfazer. Como seres que possuem a arte de pensar sobre si mesmos e sobre a sua própria vida, nós temos a liberdade de desprezá-la, destruí-la ou de acolhê-la, aceitá-la. Com esta liberdade atribuída a nós, humanos, foi-nos dado um poder incomparável, do qual, muitas vezes, abusamos. O suicídio é um tema que nos causa espanto. Logo pensamos no motivo para alguém que recebeu a vida de Deus querer terminar com ela por qualquer motivo que seja. Normalmente, somos rápidos em julgar a pessoa, mas será que realmente sabemos o que passou em seu coração e temos levado tudo em conta ao fazermos tal julgamento? Não quero ser rápido demais em simplificar e responder sobre este tema, pois, como Pastor, já sepultei pessoas que decidiram dar fim à sua própria vida. Posso dizer que não é fácil para ninguém. A família fica se perguntando onde falhou e a razão de não ter percebido o problema e, consequentemente, impedido esse fim trágico. A grande maioria das pessoas estigmatiza quem comete o suicídio como fraco e incapaz de lidar com os seus próprios problemas e todos ficam no aguardo do que o Pastor vai dizer e fazer neste caso tão diferente do aceitável como natural. Para onde vão os suicidas? Há perdão para eles? Difícil responder, pois não sei o que passou no coração e na mente da pessoa suicida e sei que Deus é amor

e, ao mesmo tempo, é juiz. É de aceitação quase que universal que Deus, o Criador e Senhor da vida, reservou o direito sobre o fim da vida para si porque só Ele sabe a que meta quer conduzi-la. Acredito em um Deus que defende o direito à vida para qualquer pessoa que está farta de viver uma vida sem sentido, sem alegria, com sofrimento e dor insuportáveis. Acredito em um Deus que é Senhor da vida e deseja a toda pessoa por Ele criada uma vida abundante (Jo 10.10), por isso não possuímos o direito de tirá-la arbitrariamente. Embora a Bíblia, em parte alguma, nos proíba expressamente o suicídio, em contrapartida, ela sempre enfatiza o valor da vida e o imperativo de lutarmos por ela, não só para nós, mas para todos ao nosso redor. Apesar de não sabermos ao certo o fim que Deus dará à pessoa que cometeu suicídio, acredito que podemos sempre e de modo renovado nos apegarmos ao seu amor e graça. Se é por Ele que somos carregados e perdoados nesta vida que pode nos fazer passar por muito sofrimento, será que Deus também não poderá carregar e perdoar nesta mesma graça e amor quem desesperadamente não suportou mais o viver? Para refletir, leia João 10.1-10


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12 Geral

Educação cristã vivendo, aprendendo e ensinando

Educação Cristã na perspectiva da Missão, Diaconia e Liturgia - A espiritualidade cristã é um fator importante na nossa vida. O culto é, por excelência, um ato litúrgico que nos conduz para dentro da espiritualidade cristã. É nesta perspectiva que a liturgia tem o seu caráter e o seu assento na vida cristã. A vida, em todo o seu ser, converge ao sagrado e dele emana. Sanados e sanadas por meio do culto, se parte para uma nova perspectiva de vida, para a ação, para uma nova semana. Esta conversão e renovação constante por meio do sagrado faz diferença no servir diaconal, na missão e no testemunhar o Evangelho em meio a um mundo repleto de tentações. Culto tem a ver com missão. Esta missão é o ide, que faz o mundo conhecer o amor de Deus, a sua graça e todas as coisas que Ele fez, a sua reconciliação com o mundo, por meio do seu Filho Jesus Cristo. A ordem deixada foi: Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura (Mc 16.15). Missão tem a ver com diaconia, pois também atos e gestos de amor e de solidariedade apontam para o Deus da vida.

Jesus exerceu um olhar integral do ser humano no seu Ministério. Essa integralidade é fundamental para que a pessoa viva com dignidade e autonomia. Este é o objetivo da práxis diaconal: transformar a vida das pessoas tirando-as do lugar de dependência e inferioridade, promovendo uma vida integral. A complexidade da sociedade requer uma Igreja que exerça a sua vocação missionária e diaconal. A diaconia emana da fé e da comunhão das pessoas com a Trindade e inunda a sociedade de ânimo, amor e esperança. Uma Igreja que é missionária e

celebra uma liturgia viva tem a incumbência divina de ser voz profética quando as estruturas políticas, sociais e administrativas falham e não cumprem o seu papel de defender a vida. A Educação Cristã Contínua

Diác. Vanderlei Boldt, atua como Professor de Diaconia, Liturgia e Fundamentos da Fé na Associação Diacônica Luterana (ADL), em Serra Pelada Afonso Cláudio/ES

Em rede! James Doring e Martha Maas, responsáveis pela Comunicação da JE Sínodo Vale do Itajaí

tem a tarefa de orientar as pessoas a compreenderem a missão da Igreja, que tem a incumbência de anunciar as boas novas do Evangelho, promover a justiça e a igualdade social. Educação Cristã, Liturgia, Missão e Diaconia estão a serviço do grande Ministério da Igreja. A Educação Cristã Contínua está a serviço deste propósito - formar pessoas que tenham consciência da sua responsabilidade por meio do Batismo a serem coerentes no viver do amor de Deus em Cristo, amando o seu semelhante. Que o mandamento maior, o amor, conduza cada pessoa cristã para que haja ´vida em abundância´, conforme Cristo quer nos dar.

Depoimentos sobre a Campanha Vai e Vem A Campanha Vai e Vem está em pleno andamento e setembro marca o seu encerramento oficial, mas o prazo final para efetuar os depósitos é 30 de outubro, ou seja, ainda resta um bom tempo para apoiar a Campanha Nacional de Ofertas para Missão! Todo esforço e empenho são bemvindos, pois há vários projetos que contam com essas ofertas! Abaixo seguem alguns depoimentos que recebemos. Que eles nos animem e estimulem! As Comunidades já estão com a Campanha de arrecadação apresentando os primeiros resultados. Estamos empolgados em atingir a nossa meta sinodal, que é de R$ 12.000,00 (lembrando que somos menos de 3500 membros no Sínodo) – Sínodo Brasil Central. Ficou definido que a Campanha se estenderá até o final de outubro. As Comunidades estão bem animadas – Sínodo Espírito Santo a Belém. Entendemos que, para fazer missão, temos que caminhar juntos, ter uma mesma visão missioná-

ria. O nosso desejo de ver mais pessoas alcançadas pelo Evangelho e a nossa contribuição financeira fazem parte desse projeto – Sínodo Mato Grosso. Estamos trabalhando no sentido de participar de eventos, tais como Reuniões de Ministros, de lideranças e a própria Assembleia do Sínodo, para dialogar sobre o assunto – Sínodo Paranapanema. Neste ano, o Sínodo realizou, pela primeira vez, uma oferta sinodal destinada à Campanha de Missão Vai e Vem. Há Paróquias que, mais uma vez, elegeram um Coordenador Paroquial para a Campanha. Essa iniciativa tem dado bons resultados – Sínodo Rio Paraná. Desde a implantação do sistema de Coordenação da Campanha Vai e Vem, com a participação dos seus Coordenadores em reuniões sinodais e o envolvimento no lançamento, notamos um maior espírito participativo das Paróquias e Comunidades, além de um crescimento motivacional nos seus dirigentes, importantes para o sucesso da Campanha – Sínodo Vale do Taquari. P. Mauro Schwalm Secretário de Missão Secretaria Geral da IECLB

O relacionamento é o princípio básico da sociedade. Para sermos ativos, precisamos estar sempre ouvindo, tendo voz e consciência das nossas responsabilidades. Com o crescimento das redes sociais, os jovens têm a possibilidade de gerar cada vez mais conteúdo na Internet e é a este ponto que é importante nos atentarmos, tanto na hora de receber, como para curtir e compartilhar informações. É necessário termos discernimento ao escolhermos o que postar, para que a nossa cara (de jovens, presentes, protagonistas e conectados com o Senhor) na grande rede não vire algo confuso e sem sentido. O jovem luterano tem totais condições para produzir conteúdos interessantes e que realmente gerem bons resultados, pois temos, além de uma identidade forte, um relacionamento concreto com Deus. Basta que saibamos canalizar a esperança e a perseverança presentes nos nossos corações para compartilhar esta forte conexão com Deus e com os nossos irmãos. Somos parte de uma família, de um mesmo corpo e, atualmente, toda a tecnologia e os meios de comunicação nos permitem ir atrás de novos membros para esse time que busca fazer a diferença no mundo. As redes sociais são novas (e interessantes) formas de propagar o Evangelho: por meio delas, podemos estar perto de quem está longe e fazer chegar a Palavra a lugares, antes, inimagináveis. Há vários exemplos de órgãos e instâncias, até mesmo dentro da nossa Igreja, que fazem uso desses recursos para promoverem a palavra do Senhor. Uma boa experiência, nesse sentido, é a página da rede social Facebook da Juventude Sinodal do Vale do Itajaí (facebook.com/jevaledoitajai), que, após grande investimento de tempo e empenho dos jovens, mantém uma média semanal de três mil acessos às postagens, às fotos e às mensagens. Acreditamos ser assim, com constante trabalho e dedicação, também por meio da Internet, que podemos aproximar mais pessoas da palavra de Deus: compartilhando a nossa identidade e a nossa esperança, para que os jovens curtam uma nova vida conectada com Deus.


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Comportamento 13

Conjuntura evangélica no Brasil

P. Lauri Roberto Becker, formado em Teologia pela Faculdades EST, em São Leopoldo/RS. Atua como Pastor Sinodal do Sínodo Rio Paraná, com sede em Toledo/PR.

materiais e quer subsNo início do sécutituir o amor de Deus lo XX, quase 100% dos pelo negócio. Isto é uma brasileiros se diziam grande ofensa a Deus. seguidores do VaticaO que dizer de filhos que no. Cem anos depois, querem ´comprar´ o amor o catolicismo segue dos pais? Deixam de ser como maioria absoluta, filhos e passam a ser fremas o maior país catógueses (P. em. Gottfried lico romano do mundo Brakemeier). A partir entrou mesmo na rota da Sagrada Escritura, da diversidade religioprecisamos deixar bem sa da globalização. O claro para as pessoas escritor francês André que os ensinamentos da Malraux profetizou: ´O Teologia da Prosperiséculo XXI será religiodade são contrários ao so ou não será´. No seu Evangelho, pois ferem livro Procurando Deus no a soberania de Deus Brasil, John Burdick O escritor francês André Malraux profetizou: ´O século XXI será religioso ou não será´ quando afirmam que o afirma que o ´modelo da religião única deixou de ser satis- proposta missionária e nas expecta- ser humano ´determina´ que Deus fatório. Ao fim de tudo, a constatação tivas e ênfases pastorais da liderança o atenda e realize os seus desejos. é de que religião, hoje, é um mercado da Igreja. Os modismos e achismos Também são pecaminosos, pois estilivre. Do lado bom, tem a palavra li- teológicos têm se tornado aliados e mulam o individualismo, a cobiça e a vre e, do ruim, o mercado´. até incentivadores de um ser humano autossuficiência. A salvação/redenção passa a depender exclusivamente da Podemos observar que o ser hu- autossuficiente e individualista. mano tem se transformado em um O Reformador Martim Lutero dis- qualidade e dos atributos do ser huser cada vez mais isolado, individua- se ´Fiz uma aliança com Deus: que Ele mano. Deus fez uma aliança com o ser lista, egoísta, consumista e carente. O não me mande visões, sonhos, nem humano (Hb 8.10). Ele nos conhece e conceito de felicidade é a realização mesmo anjos. Estou satisfeito com o sabe o que precisamos. Enquanto as programações comudos seus desejos e a satisfação dos dom das Escrituras Sagradas, que me seus anseios. Ouvir ´não´ é catastró- dão instrução abundante e tudo o que nitárias acontecem uma ou duas vefico. Em qualquer tipo de relação preciso conhecer tanto para esta vida zes por semana, algumas quinzenais (comercial, afetiva ou religiosa), há quanto para o que há de vir´. Como ou mensais, a pregação da Teologia da a constante necessidade de buscar o Igreja herdeira da Reforma, buscamos Prosperidade e todas as suas derivaesplendor e as fortes emoções, que viver em fidelidade ao Evangelho. ções é diária e constante. As ovelhas precisam ser vibrantes e não podem Somente a Escritura Sagrada é a nos- que o Senhor nos confiou têm contadeixar nenhum espaço para o silêncio sa fonte. Cristo é o centro, através de to direto com estes ensinos. Muitas e a contemplação. Tornamo-nos uma quem Deus manifestou a sua graça a vezes, os Ministros são questionados pelos membros por não fazerem os geração irrequieta e conquistadora de ser acolhida pela fé. novas emoções, do novo. Por outro Os escritos confessionais são os mesmos ´sinais poderosos´ dos ´paslado, por sermos submetidos às cons- ´óculos´ que nos auxiliam a ver a ver- tores´ que aparecem na TV. A pureza doutrinária e teológica tantes mudanças, por não nos satis- dade Bíblica e a interpretar corretafazermos mais com o que temos, não mente o caminho do Senhor. Eles nos somente é adquirida com o constanamadurecemos emocionalmente. ajudam a entender que Deus nos acei- te ensino, por isso é inadmissível que Instabilidade, medo, insegurança e ta exclusivamente por amor, não por um líder da Igreja, um Presbítero, não agressividade passam a fazer parte do pagamento ou mérito de qualquer participe de estudos bíblicos e dos perfil do ser humano. A arte da comu- tipo. Tudo o que recebemos de Deus cultos. O Presbitero é aquele que conicação e do diálogo fica em segundo é gratuito. Parece ser este o escândalo opera na condução da vida fé da Coplano. Tudo isto também se manifesta do Evangelho. O ser humano acha que munidade. Se o Presbítero não estiver na vida comunitária, no partilhar en- deve completar a graça ou então com- bem alimentado, do que ele se alimentre irmãos e irmãs, no testemunho, na prá-la com alguma boa obra ou bens tará e para onde conduzirá?

Evangélicos: água ou vinho (João 2.3)? Em 2000, a porcentagem de evangélicos no Brasil era de 15,4% (Sepal/2006). Caso a população continue crescendo na mesma proporção atual, projeta-se uma porcentagem de cerca de 51,4% da população evangélica em 2022, ou seja, aproximadamente 106 milhões de evangélicos para uma população de 207,1 milhões de pessoas. O que pode acontecer é que muitos elementos do que chamamos de neopentecostais poderão ser absorvidos pelos pentecostais e também pelos evangélicos de missão. Esse sincretismo evangélico deve desfigurar ainda mais a religiosidade evangélica brasileira. Assim sendo, usando este percentual, chegamos a 289.701 Igrejas em 2010 e ao incrível número de 575.402 Igrejas em 2022. O que mudaria no Brasil com uma maioria evangélica? Hoje, o que temos é uma liderança despreparada em sua maioria, carente de direção na Teologia, Eclesiologia, Missiologia e com forte vocação para a Teologia da Prosperidade. Escândalos, dualidade entre ´vida reli-

Igrejas têm se tornado supermercados em promoção

giosa´ e ´vida secular´, além de egoísmo e individualismo, externados também na vida religiosa, devem ser levados em consideração. Embora parte do povo evangélico se preocupe com o próximo, outra parte, e poderíamos afirmar que trata-se da maioria, se preocupa apenas com o seu bem-estar. As Igrejas têm se tornado supermercados em promoção, onde se faz liquidação do Evangelho, buscando só vantagens materiais. Isso não provoca mudanças sociais, porque o mais importante é defender o que é seu. É por esses fatores que, olhando mais a fundo, a religiosidade evangélica que há no momento não deve transformar a vida do povo brasileiro em sua estrutura, mas o atingirá apenas de maneira superficial, ou seja, grande possibilidade de ser apenas água (João 2.3).


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Unser Leben in Gottes Hand Irgendwo in einem Krankenhaus lag ein kleiner Junge, der operiert werden sollte. Der Vater hatte ihn ins Krankenhaus gebracht und versuchte dem Kleinen Mut zu machen. „Vater“, sagte der Junge, „ich habe keine Angst, wenn du bei mir bleibst.“ Da sagte der Vater: „Gut, ich bleibe bei dir.“ Der Arzt erlaubte es, und so setzte sich der Vater neben sein Kind, das auf dem Operationstisch lag. Als der Junge betäubt werden sollte, sah er nochmals den Vater an und sagte: „Vater, bist du da?“ Dann begann die Betäubung zu wirken. „Nun können Sie gehen“, sagte der Arzt zum Vater, als der Kleine eingeschlafen war, und die Operation beginnen sollte. „Nein“, antwortete der Vater, „ich habe meinem Jungen versprochen, bei ihm zu bleiben, und so möchte ich auch bleiben.“ „Gut, dann bleiben Sie!“ Die Operation war erfolgreich. Als der Junge einige Stunden später erwachte, hielt der Vater immer noch seine Hand. Da lächelte der Junge und sagte ganz leise: „Vater, du bist da!“ und schlief wieder ein. Das Kind wusste, sein Vater blieb bei ihm. Diese Geschichte ist ein schönes Bild für unser Leben mit Gott. Gott hält unsere Hand fest, auch bei einer Krankheit. Es ist für uns Menschen sicher nicht leicht, fast unmöglich, etwas Positives in einer Krankheit zu sehen. Trotzdem ermutigt der Autor Axel Stellmann die Menschen dazu, eine Krankheit als einen Drehpunkt im Leben zu betrachten. Das ist kein Trost, aber eine mögliche Perspektive. Stellmann schreibt: „Ich kenne viele Menschen, die nach einer schweren Krankheit davon sprechen, dass ihre Krankheit für sie ein Wendepunkt gewesen ist. Sie haben begonnen, die Welt – und vor allem auch sich selbst – mit anderen Augen zu sehen. Sie haben erneut gelernt, sich an Kleinigkeiten zu erfreuen, an einem Sonnenaufgang, an den wechselnden Farben der Jahreszeiten, am Lächeln eines Kindes. Sie haben sich mehr Zeit für ihre Familie und Freunde genommen; andere haben es bei der Arbeit ruhiger angehen lassen. Es handelt sich um Menschen, die die Krankheit als Chance gesehen haben, in einigen Bereichen ihres Lebens noch einmal neu zu beginnen. Die Krankheit hat ihnen vielleicht einerseits eine Pause aufgezwungen, ihnen andererseits aber auch die Zeit gegeben, darüber nachzudenken, wie das bisherige Leben verlaufen ist. So konnten diese Menschen für sich herausfinden, was sie an ihrem Leben als schön und richtig empfanden, aber sie konnten auch erkennen, an welchen Punk-

„Aber sei nur stille zu Gott, meine Seele; denn er ist meine Hoffnung.“ (Psalm 62,6)

Theologe Jaime Jung

ten sie an i h r e n Wünschen und Bedürfnissen vorbei gelebt hatten und was sie für die Zukunft ändern wollten. Die Krankheit hatte ihnen die Augen geöffnet. Diese Veränderungen, die sie zunächst vielleicht als Einschränkung ihres Lebens betrachtet hatten, zeigten sich im Laufe der Zeit als Orientierungspunkte auf dem Weg zu einem besseren und zufriedeneren Leben.“ Vor allem aber sollte man bei einer Krankheit die Hoffnung nicht aufgeben. Doch worauf darf ich hoffen? Stellmann schreibt, dass wir Menschen ohne eine Hoffnung nicht weit kommen. Besonders wichtig wird die Hoffnung in der Not, in der Krankheit. Wer hofft, wird oft schneller gesund, weil er optimistischer in seine Zukunft blickt. Worauf aber lässt sich hoffen? „Zunächst einmal dürfen und sollen Sie darauf hoffen, dass Sie wieder gesund werden. Und Sie dürfen sicher sein, dass Sie mit dieser Hoffnung nicht allein sind. Ihre Familie und Ihre Freunde, Menschen, denen Sie am Herzen liegen, denen Sie etwas bedeuten, wünschen sich nichts mehr, als dass Sie bald wieder gesund werden. Sie dürfen darauf hoffen, dass Sie bei den Ärzten und beim Pflegepersonal in guten Händen sind. Sie dürfen darauf hoffen, dass die Krankheit eine sinnvolle Zeit Ihres Lebens ist, auch wenn Sie das noch nicht begreifen können. Vor allem aber dürfen Sie darauf hoffen, dass Gott seine schützenden Hände über Sie hält, dass er Sie – was immer auch geschehen mag – nicht allein lassen wird. Gott ist mit Ihnen, sitzt sozusagen auch an Ihrem Krankenbett. Und wenn wir auch stets einsehen müssen, dass unser kleines Menschenleben in seiner Hand liegt, so dürfen wir doch darauf hoffen, dass eben die Hand Gottes uns niemals fallen lässt.“ Gott, in Deine Hand lege ich alles. Deine Hand lässt mich nicht mehr los. Danke, Du gute zärtliche Hand, danke. Jesus, kranke Menschen erfasst Du mit Deiner Hand und richtest sie auf. Nach dem sinkenden Petrus streckst Du Deine Hand aus und rettest ihn. Den Kindern legst Du zärtlich die Hand auf und segnest sie. Jesus, beschütze auch mich mit Deiner Hand. Denn in Deiner Hand ist alles gut. (Theo Schmidkonz)


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Compartilhar 15 Neste espaço, a Comunidade pode compartilhar os momentos significativos da vida cristã, como Nascimento, Batismo, Confirmação, Bênção Matrimonial, Encontros Familiares, Bodas e Sepultamento.

Entre em contato conosco!

Falecimento Cantem mulheres, belezas únicas, vivas, cheias de mistérios e encantos, mulheres que deveriam ser lembradas, amadas, admiradas todos os dias... Com profundo pesar, comunicamos que, no dia 26 de outubro de 2011, foi ceifada do nosso convívio, uma mulher especial, MARIA AURICH VOLLBRECHT que dedicou o seu tempo a ajudar o marido, Pastor, nos trabalhos, por vezes, árduos, das Comunidades. Um dos grandes objetivos foi a fundação de grupo de OASE. Na Paróquia de Jequitibá, fundou o grupo Lidia. Em 1989, o caminhão era o transporte frequente no Espírito Santo e caminhar duas horas para participar de um grupo de OASE não era novidade. Maria valorizou-se, aceitando-se como criada à imagem e semelhança de Deus. Com as suas habilidosas mãos, promovia Bazar de Natal, Páscoa, animava Dança Sênior, organizava jograis, teatros e horas de oração. Além da organização da OASE, Maria foi Catequista e Vice-Presidente do Sínodo Espírito Santo a Belém. Maria Vollbrecht deixou enlutados o filho Pastor Marcos, o filho especial Adriano e uma filha ativa na Comunidade, Carina, além do esposo, P. em. Edgar. Saudades eternas, Paróquia Unida Comunidade da Esperança Santa Leopoldina/ES Deus dá sabedoria, conhecimento e felicidade às pessoas de que Ele gosta. Eclesiastes 2.26

Falecimento Participamos, com profundo pesar, o falecimento do nosso querido esposo, pai, sogro, avô e bisavô ELLEMAR FREDERICO ZIMMERMANN Nascido em 13 de março de 1913, em Montenegro/RS, filho de Jacob Reinoldo Zimmermann e Emilia Martha Leipnitz Zimmermann, ainda jovem Ellemar transferiu-se junto com os seus pais para Victor Graeff (ex-Cochinho), onde, em 29 de junho de 1946, casou-se com Helga Schroeder, tendo sido o matrimônio abençoado com quatro filhos, além de uma filha adotiva. O falecimento de Ellemar ocorreu em 10 de abril de 2012, deixando enlutados a esposa, um filho, quatro filhas, uma nora, genros, doze netos, três bisnetos e um círculo maior de parentes e amigos. A família enlutada agradece aos bons vizinhos e amigos pelo auxílio e apoio nas horas difíceis. Também ao P. Gilmar Nascimento, que apresentou o consolo e a esperança na Palavra de Deus, e a todos aqueles que nos trouxeram o conforto por ocasião do passamento deste ente querido e nos acompanharam até o Cemitério Evangélico Martim Luther de Carazinho/RS, enfeitando a sua última morada com coroas de flores. O nosso muito obrigado! E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram. Apocalipse 21.4

Falecimento Com profundo pesar e saudades, anunciamos o falecimento de OSWIN HELLWIG Nascido em 10 de dezembro de 1931, na cidade de São Lourenço do Sul/ RS, filho de Emilio Hellwig e de Emilia Roloff Hellwig, Oswin casou-se em 15 de outubro de 1955 com Diamantina Holz Hellwig. Oswin foi fundador da Comunidade São Pedro, pertencente à Paróquia Evangélica Emanuel do Cerrito Alegre, em Pelotas/ RS, na qual também exerceu vários cargos de liderança. Oswin Hellwig veio a falecer dia 4 de março de 2012, em Pelotas/RS, alcançando a idade de 80 anos e 85 dias, deixando enlutados a esposa, Diamantina Holz Hellwig, os filhos, Irena, Emilio Carlos, P. Elpidio Carlos e Ilena, como também duas noras, dois genros, sete netos e um bisneto. A família agradece pelas condolências recebidas, especialmente pelas palavras de conforto da Pastora Roili Borchardt e do Pastor Sinodal do Sínodo Sul-Rio-Grandense, P. Dietmar Teske. A palavra de Deus nos consola quando diz: Na verdade, não temos aqui cidade permanente, mas buscamos a que há de vir. Hebreus 13.14

Falecimento Com pesar e saudade, comunicamos o falecimento de nosso querido SIRIO KOOP ocorrido no dia 28 de março de 2012, na cidade de Três Passos/RS. Nascido no dia 8 de abril de1936, na cidade de Arroio do Meio, filho de Fridolino Carlos Koop e Anna Rosa Koop, Sirio casou-se com Nelsi Dulse Koop (nascida Hoffmann) no dia 6 de fevereiro de 1960. Exemplar marido e pai, Sirio, pessoa de hábitos simples, calma e bondosa, tinha como paixões a leitura, a música alemã e o cultivo de orquídeas. Sirio Koop foi sepultado no Cemitério Municipal de Três Passos, onde residia há 46 anos, deixando enlutados a esposa, Nelsi, o filho, Paulo, a filha, Cristiane, a nora, Laura, o genro, Marcos, e as netas, Livia e Sophia, além de demais familiares. A família agradece ao P. Ernobio Velten, da Comunidade de Três Passos, pelas palavras de conforto, e também aos familiares e amigos que estiveram presentes nesse momento de dor. Estamos muito entristecidos pela imensa falta que ele nos faz, mas o consolo foi buscado na promessa de Jesus. Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá; e quem vive e crê em mim nunca morrerá. João 11.25-26

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IGREJA viva

AÇÕES CONCRETAS DEVEM SER EMPREENDIDAS HOJE

Mecanógrafo por profissão há mais de 33 anos, o que envolve consertos em equipamentos de escritório, Ademar conta que, no ambiente de trabalho, a fé tem espaço nos diálogos que ocorrem quando alguém que está com problemas permite a aproximação. As relações sempre foram de respeito, ensinamentos e formação para a vida. Ademar sempre esteve ligado à vida na Igreja, sendo que, em 1991, assumiu o primeiro cargo executivo na Comunidade. De 1992 a 2005, dedicou-se ao Culto Infantil.Os cargos foram os mais diversos: Secretário, Tesoureiro, Presidente (Comunidade e Paróquia), Delegado ao Concílio pelo Sínodo, 2º Vice-Presidente do Conselho Sinodal, suplente ao Conselho da Igreja e, atualmente, representante do Sínodo no Conselho da Igreja “Ser ´representante´ vai muito além de ´estar presente´. É ter responsabilidade quanto a decisões e rumos da IECLB”. Como os grandes temas do Sínodo Norte Catarinense, o Presbítero enumera: o cuidado para com Ministros e Ministras, Campos de Atividade Ministerial e Presbitérios, além da formação, temática permanente nestes tempos de grandes mudanças comportamentais e sociais, alerta Ademar, que complementa “É por meio da Educação Cristã Contínua, com ações intersetoriais de diaconia,

música, Lelut, OASE, Culto Infantil, que vamos avançando na missão sinodal como Igreja de Jesus Cristo”. Para o Conselheiro do CI, o desafio de ser IECLB na região fica por conta de reconhecer-se parte da ´unidade nacional´ como elemento fundamental propulsor do anúncio da Boa Nova em sua diversidade e especificidade local. Comunidade viva, Igreja viva são, ao mesmo tempo, esperança e motivo para estarmos em ação no caminhar juntos. O que poderia ser melhor na IECLB? “Sinto falta de uma abertura maior, para além dos ´nossos´ muros sociais. Somos admirados e elogiados pelos ´de fora´, mas não conseguimos avançar no convite, na acolhida e na inclusão de mais pessoas à vida na Igreja”, frisa Ademar Gaedke, que compartilha a concretização de um sonho pessoal e o seu sonho para a IECLB “Em busca de autoconhecimento, em 2008 iniciei a formação superior em Serviço Social, viajando diariamente 100 quilômetros, pois a formação acadêmica tornou-se algo de fundamental importância. Em 2013, vou me formar, mas, desde já, uso os conhecimentos adquiridos também no meu trabalho na Igreja, pois sonhar a IECLB é deixar de lado boas intenções e partir para ações concretas, que devem ser empreendidas hoje! Do contrário, não haverá o que comemorar amanhã”.

PARTICIPAÇÃO atuante

Maria Odete Stahn, 36 anos, mineira de Bocaiúva, Designer de Moda, casada com Sérgio Paulo Stahn, mãe de Pedro Ricardo e ´mãe de coração´ da Jessica Stahn (filha do seu marido), é membro na Paróquia São Mateus, em Joinville/SC, no Sínodo Norte Catarinense “No meu cotidiano, busco na Palavra a orientação para as minhas ações. Também frequento regularmente os cultos e participo de forma ativa na minha Comunidade. Nas minhas orações, agradeço a Deus pelo privilégio de ´poder agradecer´, de estar viva.

Graduada em Design de Moda e cursando especialização em História da Arte, na sua profissão, Maria Odete sempre busca desenvolver projetos que possam agregar valor aos produtos das pessoas “Sou apaixonada pelo que faço e percebo o quanto a minha profissão pode contribuir para a melhoria da qualidade de vida das pessoas. Os conhecimentos que um Designer adquire durante a sua formação contribuem de maneira positiva para o trabalho que desenvolvo na Paróquia, lembrando que o foco principal é o reaproveitamento de materiais, bem como o desenvolvimento e a melhoria de produtos, visando à geração de renda para a manutenção dos trabalhos diaconais”. Maria Odete diz estar ´engatinhando´ na sua caminhada na IECLB e pretende continuar contribuindo com o seu conhecimento e a sua fé para melhoria da qualidade de vida do próximo. Desde o momento em que foi convidada para fazer parte do Grupo Pontos de Amor, Maria auxilia este grupo e outros que a procuram em busca de ideias para aplicar nos seus trabalhos “Colocar os meus dons em favor do próximo me faz crescer profissional e espiritualmente. Sinto-me útil no ´canteiro de obras´ do Senhor”. Como os grandes temas do Sínodo Norte Catarinense, a Designer aponta o Plano de Educação Cris-

Ademar Gaedke, 47 anos, natural de Videira/SC, Mecanógrafo, casado há 25 anos com Veranise Cordeiro Gaedke e pai de Eduardo e João Artur, é membro na Comunidade de Videira, no Sínodo Norte Catarinense “A fé se expressa de inúmeras maneiras na minha vida, mas principalmente, nas ações pessoais e interpessoais. Ao crente de confissão luterana, a fé se expressa na relação com o próximo, não importando os nossos conceitos e preconceitos, mas o respeito com toda a Criação”.

SINTO-ME ÚTIL NO ´CANTEIRO DE OBRAS´ DO SENHOR

tã Contínua, a diaconia, a liturgia, o cuidado com Ministros e Ministras, a juventude e a confessionalidade luterana. Os desafios de ser IECLB na região são muitos e, entre eles, estão o cuidado com a confessionalidade luterana, com os sacramentos e com o uso da veste litúrgica “Ser uma Igreja missionária, levando em conta o contexto onde se vive, têm ocupado Diretoria e Ministros do Sínodo. A saúde pública também está na pauta e tem desafiado as Paróquias e as Comunidades que compõem o Sínodo”. O que poderia ser melhor na IECLB? “Uma participação mais atuante nas Comunidades e a maior rotatividade de Pastores, pois a permanência muito prolongada pode gerar morosidade e acomodação”, sugere Maria Odete Stahn, que sonha com uma IECLB que trabalhe cada vez mais com temas ligados à diaconia, ressaltando a importância de termos uma fé ativa e participativa “Sonho que temas como preconceito em todos os níveis sejam trabalhados junto às lideranças, pois é possível perceber muito preconceito em âmbito paroquial. Seria importante, ainda, criar canais de comunicação para que a Comunidade pudesse falar diretamente com outras instâncias superiores na IECLB, sem precisar passar por uma Diretoria Paroquial, bem como Presbitérios”.


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