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Levando a missão muito mais longe Testemunho cristão no matrimônio Educação: cidadania e vida digna
Jorev Luterano - Junho - 2013
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Editorial Nesta edição
Jorev: 125 anos de história e missão!
C
ontinuando a sua ‘visita’ aos Sínodos da IECLB, promovendo uma espécie de intercâmbio de ações e experiências, nesta edição o Jorev Luterano destaca o Sínodo Espírito Santo a Belém, o quinto da lista, que vai ilustrar as Editorias Sustentabilidade, Comunicação, Formação (eixos transversais do Plano de Ação Missionária da IECLB - PAMI), Tema do Ano e Vai e Vem (Campanhas nacionais para a unidade e de ofertas para a missão, respectivamente). A intenção do Jorev é mostrar um pouco do que o Sínodo fez, faz e pretende fazer nas áreas relacionadas ao PAMI, bem como a forma de trabalhar as Campanhas Tema do Ano e Vai e Vem, com o objetivo de compartilhar informações e testemunhos que serão fonte de inspiração para todas as pessoas interessadas no cumprimento da missão da IECLB no Brasil e no mundo. Na Editoria Atualidade, saiba mais sobre os 125 anos da comunicação jornalística impressa na IECLB, cujo início remonta aos periódicos regio-
o Jorev destaca o Sínodo
Rumo às comemorações dos 500 anos da Reforma Luterana, que serão completados em 2017, o Jorev continua a série especial Lutero - Reforma: 500 anos, iniciada no ano passado. Em 2013, os textos são escritos à luz do sacerdócio geral de todos os crentes. Nesta edição, a Pa. Heloísa Gralow Dalferth apresenta o artigo Testemunho cristão no matrimônio - mulher e homem: amigos em Cristo. A Editoria Fé Luterana, de maneira a estimular a reflexão sobre a confessionalidade luterana e os ensinamentos Sínodo Espírito Santo da Bíblia, traz os textos de um casal, a Belém um Ministro Pastor e uma Psicóloga, sobre a temática Matrimônio cristão. Na Editoria Geral, leia sobre a caminais, que, em 1971, somaram as suas tiragens em um jornal nacional: o Jornal nhada permanente da Educação Cristã Evangélico, o que faz dele um dos mais Contínua na IECLB. O papel da Igreja no contexto atual antigos órgãos de comunicação do mundo protestante no país e o mais de violência ganhou destaque na Editoantigo jornal a publicar em Língua ria Comportamento. Ein Baum nahe am Wasser é o título Alemã no Brasil, de forma ininterrupta! Na Editoria Presidência, Dádivas da meditação da Editoria Deutsche Seite. Na Editoria Compartilhar, a Comunide Deus para a nossa vida é o título da Mensagem da Presidência, de autoria dade luterana partilha momentos sigda Pa. Silvia Genz, Pastora 2ª Vice- nificativos da vida cristã. Boa leitura! Presidente da IECLB.
Espírito Santo a Belém, que vai ilustrar as Editorias Sustentabilidade, Comunicação, Formação, Tema do Ano e Vai e Vem
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Levando a missão muito mais longe Testemunho cristão no matrimônio Educação: cidadania e vida digna
Capa Capas dos periódicos Der Christenbote, Der Heimatbote, Heimatbote, Sonntagsblatt e Voz do Evangelho, alguns veículos que deram origem ao Jornal Evangélico. Leia matéria especial sobre os 125 anos comunicação jornalística impressa na IECLB na Editoria Atualidade, página 4.
Luterano Na Seção Opinião do Jorev Luterano, edição nº 758, janeiro-fevereiro/2013, há uma carta enviada pelo P. Reneu Prediger, da Paróquia de Espigão do Oeste/RO, que fala sobre a beleza e a profundidade do conteúdo do Jorev. Gostei muito das opiniões e concordo plenamente com as sugestões desse Pastor. Espero também que algumas ideias (como a criação da ‘Sessão Família’, a publicação de dicas de saúde, a organização de vídeos sobre a vida e as iniciativas dos grupos, para veiculação no Portal Luteranos, que também oderia oferecer uma área para ‘Músicas religiosas’ e narrativas de histórias da Bíblia) possam ser viabilizadas para enriquecer ainda mais esse querido jornal. Aproveito a ocasião para lembrar que, anos atrás, sugeri que, ao ‘Jornal Evangélico’, como era conhecido até então, deveria ser acrescentado ‘Luterano’, por motivos óbvios, o que ocorreu desde então, para a minha grande satisfação. Um abraço e saudações, Gerda Bergmann Höher
Pastor Presidente P. Dr. Nestor Friedrich Secretária Geral Diác. Ingrit Vogt Jornalista Letícia Montanet
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Curtas
Vestibular EST
As inscrições estão abertas Realizado por meio de prova única, o vestibular da Faculdades EST está agendado para o dia 14 de julho, das 8h às 12h, no campus da instituição, em São Leopoldo/RS. As inscrições podem ser realizadas pelo link www.est.edu. br/vestibular e o valor da taxa de inscrição é de R$ 30,00. O processo seletivo para o Bacharelado em Musicoterapia, Teologia e Licenciatura em Música é composto por redação e gramática. Além da prova de Língua Portuguesa, os candidatos do Bacharelado em Teologia formulam uma autobiografia, da Licenciatura em Música respondem a um questionário com perguntas sobre conhecimentos da linguagem e da prática musical, e do Bacharelado em Musicoterapia apresentam uma música (canto ou instrumento). As avaliações específicas para os três cursos não têm caráter eliminatório. Informações complementares sobre o processo seletivo podem ser obtidas na Central de Relacionamento da EST, com Sabrina De David, pelo telefone 51 2111.1486. Licenciatura em Música Com duração de quatro anos e a oferta de 60 vagas anuais, o curso de Licenciatura em Música visa a formar agentes de educação musical para atuar na sociedade, na Educação Básica, em instituições culturais e de ensino musical, em grupos artísticos ou na área de pesquisa em música, contribuindo para a construção de novos conhecimentos na área. Bacharelado em Musicoterapia No decorrer de oito semestres, os estudantes aprendem a teoria e vivenciam a prática em estágios supervisionados e na atuação na Clínica-Escola em Musicoterapia. O curso de Bacharelado em Musicoterapia da Faculdades EST, único no Rio Grande do Sul, forma profissionais habilitados a utilizar a música como linguagem terapêutica em prevenção, avaliação e intervenção. Os profissionais da área atuam em clínicas, hospitais gerais e psiquiátricos, escolas regulares e especiais. Bacharelado em Teologia Avaliado com excelência pelo Ministério da Educação (MEC), o Bacharelado em Teologia prepara os seus estudantes para o exercício nos Ministérios Pastoral, Catequético ou Diaconal. Os egressos do curso podem trabalhar como Ministros da Igreja ou, então, junto à sociedade civil, em organizações não governamentais, instituições sociais e educacionais, hospitais e empresas.
Vivenciando o Tema do Ano No dia 30 de março último, fomos surpreendidos com a seguinte notícia da Igreja alemã, veiculada pelo jornal Folha de São Paulo: Vende-se uma Igreja por 135 mil Euros (350 mil Reais). Quem está à procura de uma capela pode conseguir uma por 20 mil Euros (51 mil Reais). Essas ofertas são da Arquidiocese de Berlim, que tenta há semanas se desfazer de templos que estão órfãos de fiéis. Com a Igreja Evangélica Alemã não é diferente. Os evangélicos criaram um site para divulgar a oferta de 170 templos e 140 terrenos. De 1990 a 2010, 340 templos evangélicos foram fechados no país [...]. O índice de alemães católicos e evangélicos caiu 10% e 17%, respectivamente, desde os anos 1990. Pressupondo que esta notícia seja verdadeira, ela aponta para a dificuldade da Igreja alemã em atrair pessoas para a vida em Comunidade. Verdade é que o espírito do nosso tempo empurra as pessoas para o individualismo e para uma religiosidade de arranjo pessoal, o que explica em parte a realidade descrita pelo jornal. Há que se perguntar, ainda, pelas razões que dificultam a motivação para o convívio comunitário. Precisamos ter a coragem de nos deixar confrontar com a nossa própria realidade, examinar a nossa própria vivência comunitária e perceber em que medida os nossos modelos e os nossos jeitos ainda são atrativos para o ser humano dos nossos dias. Queremos e precisamos nos questionar em que medida nós ainda somos relevantes para o ser humano da pós-modernidade. Não queremos e não podemos fugir destas questões. Pelo contrário, o próprio Tema do Ano nos motiva a uma reflexão corajosa neste sentido. Estes são o espírito e a ênfase do estudo e da reflexão que deverão acompanhar as Comunidades do Sínodo Centro-Sul Catarinense no estudo do Tema do Ano em todo o ano de 2013. Pastor Sinodal Sigolf Greuel Florianópolis/SC
OFERTAS NACIONAIS 9 de junho 3º Domingo após Pentecostes Trabalho com Mulheres e Coordenação de Gênero A ação de proporcionar Encontros e Seminários de Formação para mulheres no âmbito da IECLB, visando a capacitá-las para o exercício da liderança e do testemunho da fé, vem sendo acompanhado pela Coordenação de Gênero, Gerações e Etnias, que tem como tarefa articular e fomentar o trabalho com e junto a grupos de mulheres e de homens das nossas Comunidades e como um dos objetivos buscar a superação da desigualdade e de toda a forma de violência baseada em gênero. 30 de junho 6º Domingo após Pentecostes Apoio para realização do PPHM O Período Prático de Habilitação ao Ministério (PPHM) é um programa, criado pela IECLB, que cuida do Ingresso no Ministério com Ordenação. Após a conclusão da Faculdade de Teologia, os Candidatos e as Candidatas ao Ministério participam de uma avaliação realizada pela Comissão de Exame da IECLB. Uma vez aprovadas, estas pessoas são designadas para a realização do PPHM em uma das Comunidades ou Paróquias da IECLB. Durante este período, que tem a duração de 17 meses, os Candidatos são acompanhados por um Mentor (Ministro Ordenado). O PPHM é mais que um período de transição ou de passagem da vida de estudante para a vida de Ministro. É o período em que a Igreja conhece, avalia e confirma o chamado dos seus futuros Ministros e Ministras. É o período em que Candidatos e Candidatas têm a oportunidade de crescer no seu propósito de servir a Deus por intermédio da IECLB.
INDICADORES FINANCEIROS UPM Maio/2013
3,1374
Índice Abril/2013
0,93%
Acumulado do ano
3,67%
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Atualidade
Jornal Evangélico Luterano P. DR. ONEIDE BOBSIN Reitor da Faculdades EST
O descarte da cruz
e a glória pelas próprias mãos Há pouco tempo, fui convidado por um amigo de infância, Presidente de uma Paróquia da nossa região, para um culto de reintegração de posse. Foi um culto festivo. Confesso que fiquei muito curioso com a chamada do culto. Sempre vi o termo jurídico ‘reintegração de posse’ vinculado aos conflitos no campo. Desta vez, era a Comunidade que celebrava a volta para o templo e o salão que a geração atual e a anterior haviam construído. O processo jurídico para a retomada dos bens da Paróquia levou sete anos de muito sofrimento, também porque haviam sido perdidos os bens paroquiais para um grupo que seguiu outra direção espiritual. Não foram estranhos que se apossaram dos bens, mas aqueles que eram irmãos na fé até pouco tempo atrás. A alegria da retomada dos bens foi celebrada em um culto festivo, com muitos depoimentos das lideranças da Comunidade. Naqueles depoimentos, foi forte o relato de uma liderança sobre a cruz, jogada para fora do templo pelo grupo dissidente e encontrada em uma área do pátio, com grama alta, ao relento. Agora, ela está de volta ao templo, comemoraram. Como os símbolos falam por si só, pouco se disse sobre ela, mas ela estava lá, visível, em um silêncio que as palavras não conseguem comunicar. Ela emprestava um sentido profundo ao cartaz do Tema do Ano da IECLB. Sobre a cruz, há um arco e, abaixo, Comunidade reunida. A Comunidade se reúne sob a cruz, o centro da fé e da Igreja. O gesto de jogar a cruz fora também tem um significado profundo: a busca de glória pelas próprias mãos. Sem a cruz, viceja a Teologia da Prosperidade, sendo o centro de tudo os seres humanos e não Deus. O louvor e os depoimentos anunciavam os dois lados inseparáveis da cruz: sofrimento e alegria, fracasso e superação, morte e vida. Estas situações se misturam. No culto de reintegração de posse, havia muito choro por causa do sofrimento causado pela separação, mas o mesmo choro poderia mostrar a alegria do retorno à casa de oração. A nossa fé não separa o sofrimento e a alegria. Em função da alegria da cruz, a Comunidade sofrida festejou com um almoço comunitário. Não havia cerveja, mas não faltaram músicas alemãs. Fé e festa não se separam também, porque a cruz abraça solidariamente a todos.
Sem a cruz, viceja a Teologia
Levando a missão muito mais longe A palavra escrita prorano de Santa Catarina, longa, aprofunda e ajuda a Paraná e outros Estados memorizar o testemunho (Espírito Santo), ele pasverbal. Cristo, Palavra sou a publicar o Evanviva, comissionou seguigelisch-Lutherisches Gemeindeblatt. Em 1908, em dores para testemunhar Blumenau, surgia o Chrispor sua maneira de crer e tenbote, que, em 1911, viver, por suas palavras e seus atos e também por se tornaria órgão de cosuas palavras escritas, em municação do Sínodo cada novo contexto. PauEvangélico de Santa lo foi um grande mestre Catarina e Paraná. Em no uso da palavra verbal 1962, os dois Sínodos se e escrita. Assim o foram fundiram no Sínodo muitos outros seguidores Evangélico Luterano de Cristo, como os ReUnido (Selu), que adoformadores. Em especial, tou como órgão de coLutero deixou uma heranmunicação o Mensageiro ça de 127 volumes, mas o do Evangelho, depois Voz que desencadeou a Refordo Evangelho. A edição ma foi um modesto papel mensal bilíngue teve tiragem de 8.500 exemcom as 95 teses de Lutero (1517). Divulgadas em Capa da primeira edição do Jornal Evangélico - 15.11.1971 plares quando se fundiu com o Jornal Evangélico. forma de folhetos pela AleFolha Dominical - Atuando na Paróquia de manha, elas caíram em solo fértil vindo ao encontro de anseios gerais por uma reforma ‘na cabeça São Leopoldo/RS, o P. Dr. Wilhelm Rotermund criou uma livraria evangélica, tipografia e e nos membros’. Os Pastores que vieram atender os imigran- editora (1877), passando a publicar o jornal tes evangélicos dispersos no Brasil levavam Deutsche Post (Correio Alemão, até 1928). Deilivros, folhetos e periódicos nas mochilas. Por xando de ser suplemento, o semanário Sonnmeio dos boletins e dos jornais que surgiram, tagsblatt (Folha Dominical) se tornou órgão do as Comunidades, inicialmente isoladas, pas- Sínodo Riograndense (1888). No ano da fusão saram a caminhar juntas em várias regiões. com o Jornal Evangélico, a Folha Dominical era A história e os elos comuns existentes fi- publicada com tiragem de 10 mil exemplares. A Cruz no Sul - O periódico Kreuz im Süden zeram com que, em 1946, os quatro Sínodos iniciassem diálogos com vistas a uma maior (A Cruz no Sul) surgiu em 1936 como boleaproximação. Em consequência disso, em tim informativo da Comunidade Evangélica 1950, foi criada a Federação Sinodal, a qual, de São Paulo e Vila Mariana e passou a ser em 1962, adotou o nome de Igreja Evangélica o principal periódico eclesiástico no Sínodo de Confissão Luterana no Brasil. Enquanto Evangélico do Brasil Central, abrangendo isso, os Sínodos continuaram como entidades Comunidades em São Paulo, Rio de Janeiro, autônomas até 1968, quando se integraram Minas Gerais e Espírito Santo. Na época da fusão com o Jorev, A Cruz no Sul circulava na estrutura da IECLB, de âmbito nacional. O próximo passo foi encerrar os quatro com tiragem de 2 mil exemplares. Heimatbote - Por iniciativa do P. Hermann principais periódicos regionais e somar as suas tiragens em um jornal forte: o Jornal Roelke, Heimatbote (Mensageiro da Pátria) surEvangélico, quinzenal, com nova linha edito- giu em 1935, mas só durou até 1938, devido rial e Redação Central junto à Editora Sino- às dificuldades no período da nacionalizadal. A sua primeira edição saiu em 15 de no- ção. Depois da II Guerra, em 1951, coube ao vembro de 1971, contando inicialmente com P. Siegmund Wanke reativar a publicação. O jornal era publicado com tiragem em torno mais de 23 mil assinaturas. Voz do Evangelho - Em Santa Catarina, de 2 mil exemplares, até pouco antes da fusão os primeiros jornais foram Die Koloniezeitung dos periódicos no Jorev. Trechos do artigo ‘A imprensa no perfil da (Joinville/1862) e Blumenauer Zeitung (18811939). No âmbito eclesiástico, o P. Faulhaber IECLB‘, publicado no Jorev Luterano nº 734, de lançou o jornal Der Urwaldsbote (Mensageiro novembro/2010, de autoria do P. em. Johannes da Selva - Blumenau/1893). Em Brusque/1895, Friedrich Hasenack, apresentando os órgãos de coo P. Lange iniciou a publicação de um municação da Igreja como instrumentos de evangeSonntagsblatt (Folha Dominical), incorporando o lização e missão, nos 60 anos de Federação Sinodal. Continue acompanhando este relato sobre a Mensageiro de Blumenau. Quando, em Joinville (1905), foi fundado o Sínodo Evangélico-Lutehistória do Jorev Luterano na próxima edição.
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Presidência
Deus nos dá forças, ajuda e protege com a sua forte mão
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o contato com irmãos e irmãs, ouvi, com alegria, que a leitura bíblica é realizada nas Comunidades da IECLB, nas famílias e individualmente. Disse uma mãe ‘Ler a Bíblia é uma dádiva’. Ao ler, ‘descobrimos que ela nos revela a Palavra de Deus e aprendemos como as pessoas, das quais ela nos fala, viveram as suas vidas e as relações com o próximo e com Deus’. A Bíblia fala sobre conflitos que acontecem no afastar-se de Deus e nos ensina o jeito de voltar a Ele. Lembramos do ‘Filho Pródigo’ e de outros. Falamos sobre a transformação de vidas destes irmãos e destas irmãs. Conversamos sobre a alegria de anunciar Jesus Cristo, o Salvador.
A ‘mulher samaritana’ (Jo 4), ao encontrar-se com Jesus, foi correndo anunciá-lo como Messias. Ela esperava e buscava o ‘Messias’. Quando o encontra, não se preocupa com o que era uma carga, a única ocupação, vai e comunica, anuncia que encontrou quem esperavam. A nossa mente pode ocupar-se com a sede de agora, mas também descobrir que, além de todas as águas que Deus nos dá diariamente, existe a água da vida e, quem beber desta, jamais terá sede. O sentido das nossas vidas em família, em Comunidade é oferta de Deus, mas tem muito mais! O apóstolo Paulo expressa em 1Co 2.9 assim:
Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado
para aqueles que o amam. Como Comunidade, precisamos e queremos apoiar e ajudar que irmãos e irmãs tenham vida com comida, casa e saúde, como diz Martim Lutero na explicação do Pai Nosso a respeito do ‘pão’... que é tudo o que necessitamos para uma vida digna, mas que, infelizmente, falta para algumas pessoas. Como Comunidade, é necessário ouvir o clamor de pessoas com sede da água da vida e ir, como Jesus nos ordena fazer em Mateus 28, Ide... Podemos experimentar o gosto da água da vida, a presença de Deus na nossa vida e viver comunidade já, pois, conforme Isaías 41.10, Deus nos dá forças, ajuda e protege com a sua forte mão.
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Dádivas de Deus para a nossa vida
PA. SILVIA GENZ Pastora 2ª Vice-Presidente da IECLB
IECLB na Conferência de Lideranças
da Federação Luterana Mundial
51ª Assembleia da CNBB Junho
A Comissão Episcopal Pastoral para o Ecumenismo e o Diálogo Inter-Religioso da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) realizou, no dia 16 de abril, durante a sua 51ª Assembleia Geral, em Aparecida/SP (10-19/4), após a apresentação do seu relatório de atividades, um culto ecumênico no plenário, reunindo líderes de outras Igrejas cristãs. Estiveram presentes o Pastor Presidente da IECLB, P. Dr. Nestor Friedrich, acompanhado pelo Pastor Sinodal do Sínodo Sudeste, P. Guilherme Lieven, o Bispo primaz da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil (IEAB), Dom Maurício Andrade, o Pastor da Igreja Presbiteriana Unida (IPU), Wertson Brasil, a Secretária Geral do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC), Pa. Romi Bencke, o casal Eleni e Hermes Rangel, Presbíteros da Igreja Presbiteriana Independente do Brasil, os representantes da Comunhão Anglicana do Brasil, Reverendos Arthur Cavalcante e José de Jesus, além dos Pastores Rui Rodrigues e Álvaro Pauluci, da Comunidade Carisma, no culto ecumênico, dirigido pelo Presidente da Comissão para o Ecumenismo da CNBB, Dom Francesco Biasin, que explicou “esta iniciativa é um sinal do desejo das Igrejas de manter o diálogo, o intercâmbio, a oferta de dons, de riquezas de uma comunidade para outra”.
31/5-2/6 Assembleia do Sínodo Brasil Central Brasília/DF P. Nestor Friedrich 30/5-2/6 Assembleia do Sínodo Mato Grosso Chapada dos Guimarães/MT Pa. Silvia Genz 5-6/6 Assembleias Gerais Ordinária e Extraordinária da CESE Salvador/BA P. Nestor Friedrich 27-28/6 Diretoria do Conselho da Igreja Porto Alegre/RS P. Nestor Friedrich
Cerca de 50 pessoas participaram da Conferência de Bispos, Presidentes e Lideranças das Igrejas filiadas à Federação Luterana Mundial na América Latina e Caribe (COP-COL), realizada em Manágua, na Nicarágua, de 15 a 19 abril, organizada pela Iglesia Luterana de Nicaragua ‘Fe y Esperanza’, sob o tema Igrejas Luteranas, Igrejas da Palavra. As lideranças reconheceram os desafios e as oportunidades presentes no crescente ‘secularismo’, na indiferença para com a fé e a religião e na necessidade de pregar o Evangelho em diversas culturas e entre pessoas marginalizadas, além da demanda por uma nova linguagem teológica, esforços pela missão integral e apoio aos jovens nas Igrejas. A formação teológica, considerando diferentes contextos sociais e populações vulneráveis, além do processo de descoberta da identidade luterana em um mundo em evolução foram destaques. Ao longo da Conferência, o programa Criatitude, desenvolvido pela IECLB para mobilizar a participação dos jovens, foi usado pelos Delegados para participar de painéis de discussões e apresentações. O P. Carlos Möller, Pastor 1º Vice-Presidente da IECLB, representou a IECLB na Conferência.
Reunião do Conselho da Igreja Nos dias 12 e 13 de abril de 2013, na Casa Matriz de Diaconisas, em São Leopoldo/RS, esteve reunido o Conselho da Igreja, com a participação da Presidência e da Secretaria Geral da IECLB. Entre os assuntos da pauta, estiveram: Grupo de Trabalho Sustentabilidade, a sede para o XXIX Concílio da IECLB, que será realizado na Paróquia de Rio Claro/SP, no Sínodo Sudeste, em outubro de 2014, o Programa de Acompanhamento a Estudantes de Teologia e a Ministros e Ministras, a programação para a Convenção Nacional de Ministros e Ministras, que ocorrerá em Curitiba/PR, nos dias 15 a 17 de outubro de 2013, sob o tema ‘Entre alegria e sofrimento: espiritualidade e ética no Ministério na IECLB’, e a apresentação da Campanha Nacional de Ofertas para a Missão Vai e Vem - 2013, cuja chamada é Eu testemunho! Eu oferto!
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Sustentabilidade
Afinal, qual é a nossa missão? Para quem e onde ela deve apontar?
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Os resultados dos estudos promovidos a partir da Assembleia Sinodal de 2012 serão compartilhados na próxima Assembleia Sinodal do SESB, em 2014
ustentabilidade está ‘em voga’. Porém, Sustentabilidade não se refere apenas ao meio ambiente, como costumamos conceber, mas remete a sustentar, dar base a algo ou a alguma coisa. Neste sentido, podemos considerar que a missão é o que sustenta e dá base à Igreja ou, em outras palavras, Sustentabilidade está relacionada à missão. Sempre quando falamos sobre esse assunto, aparecem as perguntas: Afinal, qual é a nossa missão? Para quem, com que objetivo e para onde ela deve apontar? A partir destas perguntas, o Conselho Sinodal do Sínodo Espírito Santo a Belém resolveu criar o Conselho de Missão. Ele é formado por 11 Ministros e Ministras de diferentes Ministérios. A primeira incumbência foi fazer uma memória da caminhada missionária do Sínodo. Descobriu-se, então, que muitas ações bonitas já haviam acontecido ao longo dos anos. A missão da Igreja no Espírito
Santo não visava somente ao avivamento das Comunidades (missão interna), mas apontava para a necessidade de se fazer missão externa, ou seja, olhar para fora das Comunidades confessionais. Foi assim que, no final do século XIX, o Pastor Nadernöff, da Colônia de Santa Leopoldina, enviou 115$000 como ajuda para os retirantes nordestinos que migraram para a Província do Espírito Santo, em 1878, por causa da grande seca no Ceará. Em 1915, realizou-se a Festa da Missão na Comunidade de Califórnia e as dádivas foram envidadas para o Asilo Pella Bethania, em Taquari/RS. Nestes dois exemplos, é possível perceber que a missão e a diaconia andam muito próximas. A temática foi discutida e trabalhada nas Conferências Ministeriais e em reuniões do Conselho de Missão e concluiu-se que deveria ser o tema da Assembleia Sinodal de
Luterprev Responde
ajudando a planejar o seu futuro Quero reformar a minha casa e sei que a Luterprev dá crédito para os seus associados. É adequado emprestar dinheiro para este tipo de finalidade? Como a assistência financeira da Luterprev é só para quem tem os seus planos, oferece condições muito especiais, a começar pelos juros (taxas, prazos e demais
condições podem ser alteradas a qualquer momento a critério da Luterprev, aplicadas a empréstimos concedidos a partir da eventual mudança). Nós acreditamos que o futuro é
muito importante, mas que o presente não pode e não deve ser deixado de lado. Se a reforma trará mais conforto e qualidade de vida para a sua família, é um bom negócio. Pensamos em empréstimo para sanar um ‘rombo’, mas esse conceito deve ser mudado. Crédito serve também para ajudar a concretizar sonhos, como uma casa melhor, uma viagem ou um curso.
Notícias Superamos o crescimento do mercado mais uma vez A emblemática marca de R$ 100 milhões em ativos, atingida ainda em novembro, antecipou os excelentes números que fecharam 2012 para a Luterprev. O sumário de desempenho mostra que os ativos administrados chegaram a R$ 103.124.394,90 milhões no período, crescendo 37,28% em relação ao ano anterior (o do mercado foi de 25,81%). Os índices de 22,22% a mais nas receitas de contribuições e de 22,52% no volume de benefícios vitalícios concedidos e a expansão de 394,69% no patrimônio líquido, saltando de R$ 1.269.256,13 em 2011, para R$ 6.278.917,83, em 2012, contribuíram
2012, em consonância com o Tema da Igreja para 2013 (Ser, Participar, Testemunhar - Eu vivo comunidade). Assim, definimos que a temática da Assembleia seria sobre a pergunta: Qual é a nossa missão? Para aprofundar a reflexão, foi proposto o estudo dos verbos - Ser (O que somos? O que confessamos? O que é a confessionalidade luterana?) - Participar (O que fazemos? Como participamos? Como colaboramos (Fé, gratidão e compromisso)?) - Testemunhar (Que exemplos damos? Que testemunhos podemos dar, tanto na família, na comunidade e na sociedade?). Os resultados dos estudos serão compartilhados na próxima Assembleia Sinodal, em 2014, com o objetivo de discutir a missão do Sínodo como um todo: Missão Criança, Missão Jovem, Missão Mulher, Missão Presbíteros, Missão Urbana, etc. Pensando no assunto da missão e em dar base e sustentação às lideranças, a Assembleia Sinodal aprovou, em setembro de 2012, a unificação do mandato dos Presbitérios de todas as Comunidades e Paróquias. A proposta é que todos adaptem os seus Estatutos durante 2013 para um mandato de três anos e, no final do ano, haja eleições gerais. Assim, em 2014, todos os Presbitérios iniciariam o mandato de três anos. O objetivo é evitar o rodízio de lideranças nos Encontros de Formação e Capacitação. Sabendo que todos os Presbíteros ficarão três anos, fica mais fácil promover Seminários para estudar as funções específicas de cada cargo, o Plano de Ação Missionária da Igreja e o Planejamento Estratégico Sinodal.
para que o ano tenha sido classificado como ‘extraordinário’ pelo Diretor Geral, Everson Oppermann. Selo comemorativo marca os 20 anos da Luterprev A Luterprev, para registrar a passagem dos seus 20 anos de existência com a atual constituição e denominação, encomendou a criação de um selo alusivo. O símbolo estará presente na
“Missão é o que sustenta e dá base à Igreja ou, em outras palavras, Sustentabilidade está relacionada à missão”, afirmou o P. Joaninho Borchardt, Pastor Sinodal do Sínodo Espírito Santo a Belém
comunicação, nos documentos e na correspondência da organização durante todo este ano, ratificando a importância e o significado da data. De origem bem anterior, que remonta ao final do século XIX, e sempre com estreita relação com a IECLB, tal como opera hoje, a Luterprev foi constituída no dia 1º de outubro de | 1993.
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Comunicação
“As iniciativas do SESB no âmbito da Comunicação buscam dar maior visibilidade à Igreja e estar mais próximo e acessível aos membros, em âmbito sinodal”, informou Pedro Dieter, Designer Gráfico, residente em Vitória/ES
Mudar é o que nos diferencia das pedras - em constante transformação!
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udar é o que nos diferencia das pedras! Quando era criança, ouvi essa frase em um desenho animado e, na época, não fez muito sentido, talvez por parecer óbvio demais. Hoje, percebo que, como seres humanos, estamos em constante transformação, nem sempre para melhor, mas sempre com o intuito de evoluirmos. Há cerca de cinco anos, recebi do Sínodo Espírito Santo a Belém (SESB) o convite para fazer a diagramação do jornal O Semeador. Desde então, fui implementando pequenas mudanças na diagramação do jornal. Entretanto, era necessária uma reformulação mais profunda do projeto gráfico como um todo. Desta forma, aproveitei a tal reformulação como base para o meu projeto de conclusão do curso de Design Gráfico pela Universidade Federal do Espírito Santo. Para tornar o jornal mais adequado e atrativo ao público leitor, foram necessárias adaptações de cunho técnico, com base nos conhecimentos adquiridos no design gráfico. No entanto, o mais importante era o jornal se adaptar melhor à cultura dos seus leitores. Para isso, foram fundamentais as obras dos autores Jorge Kuster Jacob, Helmar Roelke, Ismael Tressman, Jean Roche e Joana Bahia sobre os Pomeranos, principal cultura entre os membros do Sínodo Espírito Santo a Belém. As mudanças foram implementadas de forma gradual, durante várias edições do jornal. Olhando uma
LANÇAMENT O
Além de tornar o jornal O Semeador cada vez melhor, o Sínodo busca se renovar e alcançar os seus membros com outras plataformas de comunicação, como o Portal Luteranos edição antiga, podemos ver como mudou. Como resultado do novo projeto gráfico, hoje temos um jornal com um formato maior, ou seja, com mais espaço para fotografias e uma melhor proporção entre texto e imagem, sem deixar de ter um fácil manuseio. Também foram desenvolvidos um novo logotipo e um cabeçalho para o jornal. A divisão em cinco colunas, em vez de três, associada ao uso de uma tipografia (fonte) mais adequada, torna a leitura mais agradável. Foram criadas Editorias (cabeçalhos com ícones e cores diferentes para dividir os diferentes assuntos do jornal), como Juventude, OASE, Notícias do Sínodo, entre outras. Desta forma, o leitor pode ir direto ao assunto pelo qual tem maior interesse. As matérias mais extensas ganharam ‘olhos’, que são um pequeno trecho do texto em destaque, con-
Exemplos de Fé e Vida RETRATOS – EXEMPLOS DE FÉ E VIDA Nelson Kilpp Categoria: Família e Comunidade
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vidando o leitor a ler a matéria na íntegra. As assinaturas das matérias ganharam as fotos dos seus autores e as legendas de fotos e anúncios de leitores foram padronizados, entre outras pequenas mudanças. Em suma, o jornal está mais leve, mais fácil de ler e mais atrativo ao leitor. O ato de evoluir é constante e, além de tornar o jornal O Semeador cada vez melhor, o Sínodo Espírito Santo a Belém busca se renovar e alcançar os seus membros com outras plataformas de comunicação. Este é o caso da inserção de novos conteúdos do Portal Luteranos, a manutenção de um website e a presença no Facebook, com uma página institucional. Com estas iniciativas, busca-se dar maior visibilidade à Igreja e estar mais próximo e acessível aos membros, em âmbito sinodal.
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Neste livro estão reunidos personagens bíblicos desconhecidos, mas coadjuvantes, que fizeram a diferença em seu contexto e em sua época, mas que nem sempre são lembrados. São pessoas comuns, com qualidades e defeitos, superando desafios do cotidiano. Seu legado para nós são exemplos de fé e vida, que nos enriquecem e desafiam. Vamos juntos mexer neste álbum de retratos e encontrar Deus em companhia de Maria Madalena, José de Arimateia, Sifrá, Puá, Tiago, Priscila e Áquila, e tantos outros. São belos exemplos de fé e vida.
80 páginas -
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Formação
O espaço para a Formação no Planejamento Estratégico do Sínodo Espírito Santo a Belém
Recursos humanos e financeiros, programas e atividades perdem grande parte da sua dimensão construtiva quando realizados e utilizados sem Planejamento Estratégico, reforçou o P. Joaninho Borchardt, Pastor Sinodal do Sínodo Espírito Santo a Belém
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ma das grandes dificuldades nas Comunidades do Sínodo Espírito Santo a Belém (SESB) é colocar em prática o Planejamento Estratégico (PE) sugerido pela IECLB. Ainda não conseguimos convencer que, quando não planejamos, outros planejam por nós e, muitas vezes, somos levados ao ativismo, fazendo algo aqui, algo ali, mas, no fundo, só ‘tapando buracos’! Isso vale tanto para Ministros e Ministras quanto para as lideranças das Comunidades, Paróquias, Sínodo e instituições. Nenhuma instituição, empresa, Igreja, Sínodo, Conferência de Ministros que não for capaz de elaborar um planejamento mínimo de ação conseguirá convencer e encantar membros e Ministros para o trabalho. Daí a necessidade de um planejamento estratégico. Recursos humanos e financeiros, programas e atividades perdem grande parte da sua dimensão construtiva quando realizados e utilizados sem Planejamento Estratégico. Como Igreja de Jesus Cristo, estamos no mundo que passa por mudanças, diante das quais não podemos fechar os olhos e achar que somos insubstituíveis na nossa forma e proposta de ser Igreja. Precisamos parar, avaliar, planejar e agir de modo que o testemunho cristão, em palavras e gestos, seja dado de forma clara, convincente, cativan-
te, encantadora e que vá ao encontro das necessidades do ser humano em nosso tempo. No Sínodo Espírito Santo a Belém, 85% das Paróquias já participaram de Seminários de sensibilização e de treinamento para Planejamento Estratégico, mas apenas 10% conseguiram colocar no papel o seu PE. Onde está a falha? No método? No encantamento? No compromisso? Nas pessoas? Não sabemos! Nesse sentido, quando do planejamento sinodal para 2013, incluiu-se um Seminário com Ministros para ‘pensar’ o Sínodo, tendo em vista o ano de 2020. No Seminário, a partir de uma análise de conjuntura política, econômica e social do Estado do Espírito Santo, de maneira a localizar onde todos estavam e dentro de quais tendências, o P. em. Helmar Roelke compartilhou o embasamento teológico, o compromisso da Ordenação e as etapas para um bom planejamento, o que resultou no rascunho de uma Matriz de Planejamento Sinodal, distribuída em: 1) Eixo institucional: Conferências Ministeriais, Formação de Presbíteros, Culto Infantil, Ensino Confirmatório, Juventude Evangélica, OASE, Casais, Conselho de Comunicação, Conselho de Liturgia e Música, Conselho de Missão, Conselho de Formação e Conselho Sinodal. 2) Eixo instituições: Associação Albergue Martim Lutero, Associação Diacônica Luterana, Associação Educacional Martim Lutero, Obra Acordai Capixaba e Associação Central de Saúde Alternativa. 3) Eixo sacerdócio geral-massa: Dia da Igreja, Dia Luterano, Encontro de Pentecostes, Advento da Família. Encontro Sinodal da OASE, Encontro Sinodal dos Trombonistas e Encontro Sinodal de Corais. 4) Eixo trabalho local: setores, grupos, Comunidades e Paróquias. Cada setor fará a sua matriz, mencionando ação, coordenação, recursos, objetivos, público-alvo e retorno esperado. O rascunho tem as seguintes etapas: em abril, foi apresentado à Diretoria e ao Conselho Sinodal. De maio a agosto, o texto será apreciado nas Conferências Ministeriais, nos Setores de Trabalho e nas Instituições. Em setembro, haverá Seminário de Formação de Ministros e Ministras. Em novembro, o documento será apreciado pela Conferência Sinodal de Ministros e, depois, pela Assembleia Sinodal extraordinária, para aprovação. Todo trabalho do SESB estará alicerçado e passará, obrigatoriamente, por esta Matriz de Planejamento Sinodal.
A caminhada da diaconia A prática diaconal na IECLB remonta à criação das primeiras Comunidades luteranas no Brasil. O serviço e o atendimento às pessoas doentes, às pessoas idosas e às crianças, por exemplo, foi algo que caracterizou a vivência da fé e sua prática no âmbito comunitário. No início do século XIX, as Comunidades sentiram, de maneira muito forte, a falta de profissionais na área da saúde e educação infantil. Para suprir esta carência, uma Casa Matriz de Diaconisas, em Wittenberg, na Alemanha, formava estas profissionais para o exterior. As Diaconisas que aqui trabalharam lançaram a semente para iniciativas diaconais importantes, até que, em 1939, uma Casa Matriz
de Diaconisas também foi fundada no Brasil. Não obstante a relevância da diaconia na vida comunitária faltavalhe, contudo, maior expressão de reconhecimento em âmbito nacional, na estrutura da própria Igreja. Em 1988, foi criado o Departamento de Diaconia, como parte integrante da Secretaria de Missão. Para a função de Diretora deste Departamento, foi escolhida uma Diaconisa, a Irmã Hildegart Hertel, que atuou até o ano de 2003 e deixou um importante legado. O Departamento de Diaconia passou a articular e a integrar as mais diversas iniciativas diaconais comunitárias, em diferentes áreas
temáticas. A ênfase do trabalho do Departamento, neste período, foi no sentido de promover incidência interna, em diferentes setores na IECLB, ajudando a formar a convicção de que a diaconia é um Ministério, que deve ser também valorizado e reconhecido como tal. De forma planejada, o Departamento atuou para prover motivação para um significativo número de lideranças que atuavam de forma voluntária em âmbitos locais: oferecer espaços de encontro, compartilhar as experiências, articular as iniciativas, avançar no planejamento conjunto, bem como oferecer capacitação, tanto teológica quanto prática.
Extrato de ‘Fortalecendo a diaconia comunitária em rede: 25 anos de caminhada da diaconia na IECLB’: Dr. Carlos Gilberto Bock , Teólogo e Secretário Executivo da Fundação Luterana de Diaconia, com colaboração da Diac. Ms. Ruthild Brakemeier
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Fé Luterana 11
Matrimônio cristão Matrimônio: jardim de possibilidades! O matrimônio existe porque há amor! A existência deste sentimento é que nos sustenta nas tempestades emocionais, auxilia a administrar as crises conjugais, concede criatividade na edificação do lar. Amor é uma força invisível capaz de aproximar o desconhecido, de compartilhar o que somos na totalidade, de nos fazer conhecer, inclusive, as nossas limitações. Amar é ser livre para aceitar o outro como ele se apresenta. Não é possível amar parcialmente. A existência do amor não exclui a nossa história pessoal, de família nem nos isenta das influências deste mundo. Amar pressupõe que venhamos a nos conhecer assim como somos! Facilita construir a nossa relação conjugal quando vemos o cônjuge como um todo, aceitando-o! Facilmente, queremos achar no outro tudo aquilo que sentimos falta nas nossas vidas e desejamos que os nossos ‘defeitos de fabricação’ desapareçam no matrimônio. É como se, na vida a dois, de repente, toda a bagagem oriunda das nossas famílias não fosse morar conosco. Cremos que o outro seja a harmonia tão esperada para a nossa vida. A frustração pode causar desespero quando vemos o cônjuge de forma parcial e objeto de consumo dos ‘meus desejos’. Amor não é produto de consumo, é entrega, confiança por meio da qual construímos o novo lar. Amar pressupõe aceitar o cônjuge de tal forma que seja possível apreciar as suas virtudes e também saber lidar com as suas fraquezas. O amor que une, razão pela qual o cônjuge com-
partilha a sua vida, servirá de motivação para a tomada de atitudes. Cônjuges pecam com facilidade pela indiferença e falta de investimento na relação. Vida em comunidade é um endereço no qual matrimônios testemunham a sua fé, bem como acolhem a Igreja como lugar que alimenta o amor. É na comunidade cristã que acontece o exercício constante de criação de vínculos, valorização da comunhão, administração das diferenças e dos dons. A comunhão com o ‘diferente’ nos faz perceber que as diferenças podem somar. A vida em comunidade nos auxilia a investir no que nos une, a olhar a vida como um todo. O egoísta observa só aquilo que lhe convém, julga com facilidade e descarta o cônjuge quando este não mais o satisfaz. Cada lar não deixa de ser uma pequena comunidade que está sendo edificada. Ser, Participar, Testemunhar - Eu vivo comunidade é o nosso Tema da Igreja em 2013. A comunidade cristã é um canteiro muito especial, em que os matrimônios são regados pelo amor de Deus. O matrimônio é um belo jardim e as suas flores serão bem mais perfumadas e abundantes quando forem afofadas no testemunho e na vivência do amor que sabe da importância dos relacionamentos. Deus é a fonte deste amor, que vem e se relaciona conosco e se encontra ali onde pessoas têm Jesus Cristo como endereço para a comunhão. Para refletir, leia 1Coríntios 13
P. Werner Kiefer, casado com a Psicóloga Sandra de Oliveira Kiefer, é formado pela Faculdades EST, em São Leopoldo/RS, exerceu o Ministério Pastoral nas Paróquias em Ji-Paraná/RO, Chapecó/SC e Joinville/SC. Atua na Paróquia Matriz da Comunidade Evangélica de Porto Alegre/RS (CEPA)
Sexualidade no Matrimônio
Psicóloga Sandra de Oliveira Kiefer, casada com Pastor Werner Kiefer, que exerce o Ministério Pastoral na Paróquia Matriz da Comunidade Evangélica de Porto Alegre/RS (CEPA). Atua na Clínica Dedicare como Psicóloga Clínica, home care, em Porto Alegre
A sexualidade no matrimônio representa o exercício da aproximação e a aceitação como expressão afetiva entre duas pessoas, em que a intimidade, a cumplicidade, o carinho, a compreensão e admiração estabelecem fortes laços de confiança, respeito e companheirismo. Esta expressão representa, ainda, uma forma especial de comunicação da pessoa consigo mesma e com o seu parceiro. Expressa um modo de ser, de se manifestar, de sentir e de viver o amor humano. É um espaço de crescimento. A sexualidade humana é expressão do amor de Deus a cada um de nós, algo natural a ser experimentado, experienciado, uma possibilidade de aprendizagem de diálogo aberto vivido com o parceiro, em que a individualidade possa ser respeitada e preservada na sua singularidade. Quando o casal partilha ideias, cultiva a compreensão, o bom humor e a gentileza, tem objetivos e projetos em comum, ‘ir para a cama’ é fácil e estimulante. Se a rotina conjugal é de discussões, desqualificações, cenas de ciúme, desconfiança, as relações sexuais podem continuar acontecendo, mas como um compromisso ou como uma descarga biológica para aliviar a tensão. Nesse caso, é fatal que surjam dificuldades. A falta de respeito pelas características do parceiro, por exemplo, pode aparecer como falta de interesse sexual e a mágoa pela desqualificação sofrida termina por levar à supressão do diálogo, resultando em desajustes na hora do sexo. Uma boa vida sexual não é garantia de que o casal não terá problemas em outras áreas, mas certamente o torna mais unido e isso pode ajudá-
lo a enfrentar certas questões familiares ou conjugais. Por outro lado, se a vida sexual não é boa, fica comprometida a parceria tão necessária nos momentos de adversidade. É por isso que as dificuldades sexuais não devem ser ignoradas ou menosprezadas. É preciso admitir estas dificuldades, pois há recursos disponíveis e pessoas preparadas para dialogar sobre estas questões, que podem auxiliar a administrar situações que são íntimas do casal e que fazem parte do todo da sua sexualidade. ‘Hoje se sabe que fazer sexo seguro, frequente e prazeroso pode ser uma ótima forma de manter-se com boa saúde e vitalidade. A prática também é capaz de aumentar os níveis de adrenalina e endorfinas, substâncias relacionadas ao bom humor, à disposição física, à resistência à dor e à sensação de bem-estar geral’, diz a Dra. Mariana Maldonado, Ginecologista e Sexóloga, do Rio de Janeiro. Sexualidade no matrimônio é encontro com afetividade, criatividade e diálogo diário consigo mesmo, com o parceiro e com Deus. É preciso ter alegria, prazer nesta atividade. Não devemos ter vergonha de falar daquilo que Deus não teve vergonha de criar. Para refletir, leia Gênesis 2.18-25
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Geral
Educação cristã
vivendo, aprendendo e ensinando
Fui pescar com o ‘seu’ Francisco, líder da Comunidade, ancião, o mais jovial dos nossos líderes, que me contou como desenvolveu o seu amor contagiante por Jesus e pela Igreja. Relatou-me sobre diversos momentos passados na sua Comunidade, na Linha 28. Sobre o tempo de criança, lembrou-se de quando encenaram a paixão de Cristo e fez o papel de um soldado bem bravo, mas queria ter sido Simão, que ajudou Jesus a carregar a cruz. Lembrou-se com alegria das Orientadoras do Culto Infantil. Lembrou-se dos Pastores que lhe ensinaram sobre a doutrina da nossa Igreja. Às vezes, o encontro nem era na Igreja – era no mato mesmo! Quem mais aprontava durante o recreio eram os Pastores. Certa vez, todos foram descer a lomba do potreiro em uma canoa de palmeira e um dos Pastores não conseguiu parar e caiu no açude! O ambiente era sempre muito animado, com gosto de aventura. No tempo da juventude, já na cidade, o grupo de jovens era muito dinâmico. Eram
comuns programas do tipo ‘acampa-rancho’ (acampamento perto de um rancho velho), ou retiros com programas ‘radicais’ (tipo trilha ou ponte de cordas). Nas reuniões, havia o diálogo em pequenos grupos, em que se podia contar o que angustiava, e um aconselhava o outro. Os jovens tinham liberdade de ajudar nos cultos. Foi nessa época que começou a pregar... e nunca mais parou! As lembranças do seu Francisco vinham de ambientes alegres e prazerosos, nos quais cresceu e aprendeu sobre a fé, por isso tinha firmeza e entusiasmo, aos 78 anos. Lembrei-me do Sotero, que encontrei na farmácia há alguns dias. Quando falamos em fé, a sua conversa me deixou inquieto. Ao contrário do seu Francisco, ele falava com amargura sobre o seu passado na Igreja. Lembrouse que o Pastor jogou uma Bíblia na sua cabeça quando fez uma pergunta ‘fora de hora’. De outra feita, o Pastor o expulsou da sala por ter dado uma risada. Nunca mais voltou àquela sala ou à Igreja. Estava afastado da Igreja e da vida de fé. Foi o ambiente humano e
P. Dilmar Devantier, formado em Letras pela UCPel, em Pelotas/ RS, em Teologia pela Faculdades EST, em São Leopoldo/RS, com especialização em Psicopedagogia pela Univille, em Joinville/SC, e em Educação pelo Instituto Martinus, em Curitiba/PR, atua na Paróquia de Aririú e Santo Amaro, em Palhoça/SC
Martina Wrasse Scherer Vice-coordenadora do Conaje
alegre que ajudou o seu Francisco! É por isso que, na educação cristã, falamos em humanizar a educação por meio da alegria. Ambientes alegres, com brincadeiras, dinâmicas integradoras e outros gestos espontâneos proporcionam crescimento e fortalecem na fé. Quando lemos os Evangelhos, percebemos que as situações da vida cotidiana formam o contexto dos ensinamentos de Jesus. Cientes que as pessoas aprendem de modos diversificados, é preciso zelar por um ambiente descontraído, com interação. Afinal, queremos que as pessoas não só aprendam, mas vivenciem e permaneçam na fé cristã.
Os personagens são fictícios, mas as narrativas são reais.
Vai e Vem 2013: novos projetos! A Campanha Nacional de Ofertas para Missão Vai e Vem acolheu três novos projetos no ano de 2013. Um deles (Paz, em Cerro Grande do Sul/RS) já foi mencionado neste espaço, na edição de abril. Os outros dois localizam-se em Matupá/MT e Pedro Osório/RS. Compartilhamos algumas informações a respeito dos mesmos. Ambos têm em comum a busca pela consolidação das suas atividades e, de maneira especial, pela estabilidade e sustentabilidade. O Projeto Missionário Matupá (Sínodo Mato Grosso) objetiva investir em planejamento missionário com ênfase na área de Fé, Gratidão e Compromisso, com vistas ao reequilíbrio nos compromissos da Paróquia e na autossustentabilidade. Para isso, entende-se que é necessário: 1) buscar os membros afastados das Comunidades; 2) alcançar novos membros; 3) trabalhar em todas as Comunidades o assunto Fé, Gratidão e Compromisso; 4) acompanhar a Diretoria da Paróquia e
Por uma sociedade mais consciente
os Presbitérios das Comunidades nas questões administrativas e financeiras; 5) promover encontros paroquiais de motivação para os membros. O Projeto Missionário Pedro Osório (Sínodo Sul-Rio-Grandense) visa à consolidação da Paróquia de Pedro Osório, fundada em 9 de setembro de 1973. Formada por seis Comunidades e um Ponto de Pregação, marca a sua presença em uma área geográfica extensa, que abrange seis municípios: Pedro Osório, Cerrito, Morro Redondo, Capão do Leão, Arroio Grande e Jaguarão. A sua sede fica em Pedro Osório, com a Casa Pastoral e, anexo, o salão de festividades e de cultos da Comunidade Igreja de Cristo. As Comunidades estão exercendo uma postura acolhedora, apresentando-se como espaço comunitário de vivência da fé para as pessoas, sem acepção. Os seus membros contribuem dentro das suas possibilidades financeiras e da disposição no coração. P. Mauro Schwalm Secretário de Missão Secretaria Geral da IECLB
Cinco de junho é o Dia Mundial do Meio Ambiente. Nessa época, costumamos ver iniciativas em prol da preservação ambiental: plantio de árvores, coleta e seleção de lixo, reciclagem, limpeza de rios e tantas outras ações. Os noticiários também falam em poluição, desmatamento, queimadas, extinção de espécies e aquecimento global. Afinal, temos motivos para comemorar esta data? Cada vez mais ocupados e atarefados, quase não sobra tempo para cuidar da natureza em meio à nossa rotina. Na sociedade de consumo em que vivemos, então, nem se fala. A quantidade de lixo produzida é imensa. Em cada ida ao mercado, já voltamos com várias sacolas e embalagens, por vezes, desnecessárias, mas muita coisa pode ser feita e em pouco tempo, apenas mudando algumas atitudes. Que tal, em vez de reciclar garrafas pet vazias, reduzir o consumo de produtos que usam esse tipo de embalagem? As garrafas de vidro, que são retornáveis, estão aí para cumprir esse papel. Quem sabe, começamos a nos perguntar se aquilo que compramos foi produzido corretamente? Se houve respeito ao meio ambiente? Estas podem ser pequenas, mas grandes ações, quando se fala em cuidar do mundo em que vivemos. Somos desafiados a nos envolver na construção de uma sociedade que não se limite a atividades de proteção ao meio ambiente. Devemos mudar mentalidades para um consumo mais sustentável, que não enxergue na natureza apenas uma fonte inesgotável de recursos naturais que podem ser transformados em dinheiro. As pessoas precisam entender que são parte integrante da obra de Deus e não seres superiores a ela. É importante transmitir carinho e respeito pela Criação. Afinal, dependemos dela para viver. Engaje-se nesta tarefa e faça a sua parte para que o mundo continue sendo um lugar de vida digna para tod@s. Assim, poderemos não só comemorar o Dia do Meio Ambiente, mas viver, com responsabilidade, neste mundo tão bem planejado por Deus.
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Comportamento 13
O papel da Igreja no contexto atual
P. Jorge Schieferdecker, formado em Pedagogia pela Universidade Federal do Paraná, em Teologia pela Faculdades EST, em São Leopoldo/RS, exerceu o Ministério Pastoral nas Paróquias de Rio Grande/RS e Bom Pastor de Curitiba/PR. Atualmente, é Pastor Sinodal do Sínodo Paranapanema, com sede em Curitiba
nhecimento de maneiPorque todo o que é nasra satisfatória para um cido de Deus vence o mungrande contingente de do; e esta é a vitória que pessoas, fator de perpevence o mundo, a nossa fé tuação de desigualdades (1João 5.4). sociais que alimentam A cada momento hisas injustiças, a violência tórico, novos desafios são no campo e na cidade, a postos diante da Igreja e corrupção e outros maalguns se tornam bastanles que atentam contra a te complexos. Com base vida. na Teologia dos dois reiO Plano de Educação nos e tendo Jesus como Nacional, hora em estureferencial ético, pode-se do, projeta a universalifalar no papel social da zação do ensino básico, Igreja. definindo que a oferta de Diferentes compreenvagas em escolas públisões deste tema geraram cas deve ser plena para posicionamentos diferenA qualidade do ensino das escolas evangélicas da Rede Sinodal reflete, na prática, a as faixas etárias dos 4 ao tes no transcorrer da era importância da educação no contexto luterano 17 anos de idade, a partir cristã. Em muitas situações, a Igreja exerceu papel social de desta natureza terrena (não são). Que de 2016 (conforme divulgado no site manutenção de situações injustas. Em consequências deve-se tirar deste posi- do Fórum Nacional de Educação). Asoutros momentos e contextos, a Igre- cionamento? Negar as coisas do mundo? sociada à oferta de vagas, passará a ja se posicionou buscando a transfor- Fugir da realidade? Na oração do Pai ser compulsória a matrícula e, é claro, mação da realidade. Isto vale para o Nosso, temos a resposta ...assim na ter- a permanência das crianças em sala de posicionamento do indivíduo cristão, ra como no céu..., indicando que a meta aula. A manutenção desta meta é fundatambém para a congregação local e a é igualar a terra ao céu e fazer destas realidades distintas um lugar de igual mental para que a educação se torne organização nacional. um meio de garantir o acesso à cidaEsta falta de unanimidade na com- qualidade. Considerando a herança teológica dania e ao direito à vida digna, para preensão das Escrituras, na visão de mundo, no conceito de salvação, e a cultura eclesial dos luteranos, po- todos os grupos de renda. Este é um tem gerado, ao longo da trajetória demos afirmar que o chamado para tema que deve ocupar a Igreja, juncristã, muitas desavenças entre cris- a atuação no mundo é, fundamental- tamente com todos os setores da sotãos. Visto de outra perspectiva, esta mente, de inconformismo, visando à ciedade que estão, direta ou indirecompreensão tem gerado diferentes transformação da realidade. Toman- tamente, ligadas à educação formal. chamados, que vão desde o total as- do por base o contexto brasileiro, a Com isso, é reafirmado que a dimencetismo até o engajamento sociopolíti- tradição luterana tem muito a contri- são do ‘estar no mundo’, implica em assumir compromissos com todas as co historicamente localizado. Dito de buir com a transformação social. Martim Lutero foi um grande in- pessoas de boa vontade que estão enoutra maneira, existem pessoas cristãs que tendem a se dedicar mais à oração centivador da educação formal, fato gajadas na superação da realidade de e à contemplação e pessoas de fé que que repercute até hoje. A qualidade desigualdade e da injustiça social. assumem compromissos com situa- do ensino das escolas evangélicas da A vitória sobre o mundo não sigRede Sinodal reflete, na prática, a im- nifica a destruição da realidade terreções de injustiça. Cabe citar um trecho da oração sa- portância da educação no contexto na. Vencer o mundo significa assumir cerdotal, que diz ...Assim como tu me luterano. O chamado para o engaja- compromissos com a transformação enviaste ao mundo, também eu os enviei mento social pode ser, por exemplo, de situações de injustiça. A vitória de ao mundo (João 17.18). Esta frase de- pela superação do déficit educacional Cristo sobre a morte é a afirmação e a nota certo estranhamento do mundo. do povo. confirmação de que o mundo é para O Estado brasileiro, apesar dos ser transformado completamente ao Jesus afirma que é um estrangeiro no mundo e, juntamente com os seus se- avanços recentes, não proporciona ponto de ser lugar da morada de guidores, estão, mas não fazem parte acesso aos meios de produção do co- Deus.
Educação para o século XXI Em 1993, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) criou a Comissão Internacional sobre a Educação para o século XXI, presidida pelo Político e Economista francês Jacques Delors, com o objetivo de refletir sobre os desafios que a educação enfrentaria nos anos seguintes, diante da crescente valorização do conhecimento e da sua estreita relação com o desenvolvimento das nações. No centro da discussão, estava a necessidade de universalizar e democratizar o acesso ao conhecimento. Segundo Delors, “a educação surge como um trunfo indispensável à humanidade na sua construção dos ideais de paz, liberdade e justiça social”. No Relatório, publicado sob a forma de livro, Educação: um tesouro a descobrir, de 1999, a discussão dos ‘quatro pilares’ propõe uma educação direcionada para os quatro tipos fundamentais de educação: Aprender a conhecer - É o tipo de aprendizagem que tem por objetivo estimular o prazer de compreender, de conhecer e de descobrir. O conhecimento é a chave que
Universalizar e democratizar o acesso ao conhecimento
levará à compreensão dos diversos aspectos da realidade e que tornará as pessoas mais críticas e analíticas. Aprender a fazer - Está relacionado à formação profissional, no sentido de investir na competência pessoal do trabalhador, para que ele possa ter as habilidades necessárias para acompanhar a demanda do mercado. Aprender a conviver - A dificuldade reside em idealizar uma educação capaz de estimular a convivência entre os diferentes grupos e ensiná-los a resolver as suas diferenças de maneira pacífica. Aprender a ser - Cada pessoa deve ter um nível de autonomia intelectual que lhe permita formar o próprio juízo de valor diante das mais variadas situações, e, em cada um desses momentos, ser capaz de escolher caminhos e alternativas baseadas no seu entendimento da realidade.
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Deutsche Seite
Ein Baum nahe am Wasser Gott gebraucht ein sehr schönes Bild für einen Menschen, der ihm vertraut. Er ist wie ein Baum, der am Wasser gepflanzt ist: „Gesegnet der Mensch, der sich auf Gott verlässt, dessen Hoffnung auf Gott gründet. Der ist wie ein Baum, am Wasser gepflanzt, der seine Wurzeln zum Bach hinstreckt. Wenn auch die Hitze kommt, fürchtet er sich doch nicht, sondern seine Blätter bleiben grün. Er sorgt sich nicht, wenn ein dürres Jahr kommt, sondern bringt ohne Aufhören Früchte“ (Jeremia 17, 7+8). Wie können wir zu einem solchen Menschen werden? Pfarrer Ralph Uhlig schreibt dazu: Dieser Baum ist ganz nahe am Wasser. Er hat seine Wurzeln hin zum Wasser ausgestreckt, um Nahrung für sich zu holen. Vertrauen zu Gott wächst durch Beziehung zu Gott. Damit unser Vertrauen zu Ihm weiter wächst und stärker wird, braucht es das tägliche Leben mit Ihm im Alltag, im Reden mit ihm, im Hören auf seine Worte in der Bibel. Mit Gott im Alltag zu leben heißt auch, mit anderen Christen in der Gemeinde zusammen zu sein und dort gemeinsam zu loben und mit unseren Gaben mitzuarbeiten. Wenn wir mit Gott leben, dann können auch Schwierigkeiten kommen und große Nöte. Sie können mit zu unserem Leben gehören. Im Bild vom Baum ist die Rede von Hitze und Trockenheit. Dies können Krankheiten sein, Schwierigkeiten beim Zusammenleben, Arbeitslosigkeit, Probleme in der Familie, Angst, Menschen, die uns verachten, weil wir uns Christen nennen. Aber all diese Dinge werden uns nicht schaden können, wenn wir ganz nahe bei Jesus sind. Genauso wie der Baum, den die Hitze und Trockenheit erreicht. Er bleibt trotzdem grün und trägt Früchte. All die Dinge werden uns nicht schaden und kaputt machen können. Sie werden uns herausfordern, sie werden uns sicherlich wehtun, aber durch unsere Nähe zu Gott können wir getröstet sein, weil wir durch ihn alle Kraft, Geduld, Weisheit und Liebe erhalten, die wir brauchen. Wir sind nicht allein, sondern er ist bei uns, an unserer Seite und geht nicht von uns weg. In Jesaja 40,31 heißt es: „Die auf den Herrn vertrauen kriegen neue Kraft, dass sie auffahren wie Adler, dass sie laufen und nicht matt werden, dass sie wandeln und nicht müde werden.“ Wenn Probleme und Nöte euer Leben einmal erreichen, dann setzt euer Vertrauen ganz auf Gott. Sucht und bleibt in seiner Nähe. Lobt und dankt ihm. Martin Luther hat einmal gesagt: „Auch wenn ich wüsste, dass morgen die Welt untergeht, würde ich heute noch einen Apfelbaum pflanzen.“ Mir gefällt dieser
Pfarrer Jaime Jung
Satz, w e i l d a r i n v i e l Vertrauen steckt.
„Glaube ist der Vogel, welcher singt, wenn die Nacht noch dunkel ist.“ (R.Tagore)
Wenn die Rede gerade schon von Bäumen ist, will ich kurz berichten wie ich neulich zu meinen „Wurzeln“ geschaut habe: Mein Urgroßvater war Bauer und wohnte in Rio Grande do Sul. Wie viele andere „Kolonisten“, hat er vor mehr als sechzig Jahren sein Grundstück dort verkauft, ließ alles hinter sich und ist mit seiner Familie nach Santa Catarina umgesiedelt, um ein besseres Leben zu suchen. Ich habe ihn nicht mehr kennen gelernt – nur meinen Großvater, der immer mit Sehnsucht von dem Leben in der „Serra Gaúcha“ erzählt hat. Neulich habe ich mir dann einen alten Wunsch erfüllt, ich habe nämlich den Ort besucht, wo meine Vorfahren im Hinterland von Gramado gewohnt haben. Jetzt lebt da eine mir unbekannte Familie. Aber aus jener Zeit sind noch Ruinen von Steinmauern zu sehen, ebenso einige Bäume. So war meine Freude groß, als ich dort noch einen alten und großen Apfelbaum sah, den mein Urgroßvater in seiner Jugend gepflanzt hat. Ich konnte sogar von den Äpfeln essen, eine ganz alte Sorte. Ob mein Großvater daran gedacht hat, dass auch noch seine Nachkommen die Äpfel genießen würden? Auf jeden Fall war der Baum für mich ein Zeichen der Hoffnung, da er heute noch blüht und Früchte trägt. “Auch wenn ich wüsste, dass morgen die Welt untergeht, würde ich heute noch einen Apfelbaum pflanzen”. Luthers Satz weist darauf hin, dass Vergangenes auch in die Zukunft wirkt. Wäre das nicht ein Wort für uns, wenn wir manchmal den Mut verlieren und denken, dass vieles, was wir tun, sinnlos erscheint? Es kommt immer öfter vor, dass wir in der Welt feststellen müssen, wie viel Not, Gewalt und Einsamkeit uns umgeben. Nicht nur die Natur ist von dem bedenkenlosen Handeln der Menschen bedroht. Auch der Mangel an Verständnis und Nähe zwischen den Menschen bedrohen das Leben. Aber stärker als all das was uns beängstigt und bedroht ist die Verheißung Christi: „Ich bin bei Euch alle Tage bis an der Welt Ende.“ (Matthäus 28, 20) Auch wenn es in der Welt keinen Grund mehr gäbe, Hoffnung zu haben, können wir fest daran glauben, dass Gott seine Welt nicht vergessen wird. So können wir Zeichen der Liebe und der Hoffnung setzen, da wo Gott uns „gepflanzt“ hat – wir können blühen und Früchte tragen! Darum: heute einen Apfelbaum pflanzen!
Jorev Luterano - Junho - 2013
Compartilhar 15 Neste espaço, a Comunidade pode compartilhar os momentos significativos da vida cristã, como Nascimento, Batismo, Confirmação, Bênção Matrimonial, Encontros Familiares, Bodas e Sepultamento.
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Bodas de Safira No dia 12 de julho de 2012, completaram 65 anos de casados OLINDA (Schaefler) e ERVIN KLEIN
Aniversário 40 anos da Comunidade de Dourados/MS A primeira data de reunião registrada em Ata é 10 de dezembro de 1972. Os cultos eram realizados no moinho de propriedade da família Waldschmidt, depois em casas de família e após, no pavilhão, inaugurado em 30 de maio de 1976. O templo atual foi inaugurado em 23 de outubro de 1980 e, ao longo destes anos, o número de membros variou muito conforme a época. A Comunidade é composta de migrantes. Em 9 de dezembro de 2012, celebramos os 40 anos dedicados a serviço do Evangelho, com Encontro de Corais das Igrejas IECLB Dourados e Maracaju, Igreja Católica, Assembleia de Deus, Igreja Presbiteriana e Coral da Univesrsidade Federal de Dourados. Já que não conseguimos orar juntos, vamos cantar Dons e tons ao Criador.
Desta união, nasceram 7 filhos (um deles in memoriam), 20 netos (um deles in memoriam) e 11 bisnetos. A comemoração das Bodas aconteceu no município de Maravilha/SC. A família parabeniza os noivos por essa bênção
Falecimento Com muito pesar, comunicamos o falecimento dos nossos queridos pais, ocorrido em 2011, IRMA PILGER DIEMER e OLINDO THEOALVIN DIEMER Irma tinha 90 anos de idade e Olindo, 95 anos. Em 2012, o casal, que recebeu a Bênção Matrimonial em 1942, teria completado 70 anos de casados. Entretanto, o nosso pai partiu e, 24 dias depois, a nossa mãe o seguiu. O amor tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor jamais acaba. 1Coríntios 13.7-8
Falecimento Ani Cheila Fick Kummer, esposa, e os filhos, Roberto, casado com Adriany Röse, Rogério, casado com Lucelle Amaral, Cheila, casada com Albert Teixeira, e Mírian, casada com Marcelo Munhós, e os oito netos, Tiago, Bruna, Bernardo, Henrique, Renato, Maurício, Matheus e Lorenzo, têm o doloroso dever de notificar o falecimento de AURY KUMMER
Os nossos queridos pais nos deixam muitas saudades, mas também boas recordações e importantes lições. Eles sempre nos amaram muito e nós também a eles. Irma e Olindo pertenciam à IECLB e sempre foram muito bem-quistos e abençoados pelos Pastores, membros, irmãos, irmãs e pela OASE, que demonstrou o seu carinho na despedida, entoando hinos de louvor. Com a presença do Pastor Klaus Meirose, Irma e Olindo foram sepultados pelo Pastor Cléber Fontinele Lima, deixando enlutadas três filhas: Léria, Laci e Sarita, três genros, oito netos, oito bisnetos e demais familiares. O nosso consolo pela saudade foi encontrado na promessa de Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá; e quem vive e crê em mim nunca morrerá. João 11.25-26
ocorrido no dia 21 de novembro de 2012, vitimado por um infarto fulminante. Aury nasceu aos 4 de janeiro de 1948, em Roca Sales/RS, e, há mais de 40 anos, mudou-se para Dom Pedrito/RS, onde casouse, teve os filhos e desenvolveu a sua profissão de Agricultor. Foi um fiel dedicado à sua Comunidade e o seu exemplo certamente norteará os nossos caminhos. Sabemos que todas as cousas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. Romanos 8.28
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Rua Senhor dos Passos, 202/5º - 90.020-180 - Porto Alegre/RS Fone: (51) 3284.5400 - Fax: (51) 3284.5419 E-mail: jorevluterano@jorevluterano.com.br
UNIDADE na
diversidade
O Retiro do Carnaval da Juventude Evangélica é um espaço de reflexão, convivência, espiritualidade, aprendizagem e comunhão. Muitas Uniões Paroquiais (UPs) organizam os seus retiros com a finalidade de propor uma alternativa àquela que encontramos nas ruas no período do Carnaval, buscando encantar os jovens para a convivência fraterna à luz do Evangelho. Algumas UPs se destacam com os trabalhos com a JE e atraem muitos jovens para esse evento. Com a finalidade de potencializar ainda mais atividades desenvolvidas pela JE, entre os dias 9 e 12 de fevereiro de 2013, todas as UPs estavam representadas no Retiro do Carnaval Sinodal, nos espaços da Escola Família Agrícola de Córrego do Bley (Mepes), em São Gabriel da Palha. Com a participação de 217 jovens, discutimos, refletimos e vivenciamos a temática Ser, Participar e Testemunhar: qual é a nossa missão?, inspirada no Tema da IECLB para 2013, Ser, Participar, Testemunhar - Eu vivo comunidade. A Pa. Franciele Vanessa Sander, Pastora em São Luís/MA, assumiu a coordenação da temática com muita criatividade e dinamismo. Jovens puderam dialogar, brincar, celebrar e ter a oportunidade de criar novos laços de amizade. O encontro possibilitou a capacitação dos partici-
SER, PARTICIPAR E TESTEMUNHAR: QUAL É A NOSSA MISSÃO?
pantes por meio de nove oficinas distintas: teatro e psicodrama, fotografia digital, banda e JE, alimentação saudável, dança tradicional folclórica, fé na prevenção (drogas e juventude), liturgia, massagem e bem-estar, além de propostas bíblicas para encontros da JE (Ser, Participar e Testemunhar). Todas as atividades do Retiro têm como objetivo potencializar as atividades dos grupos de JE e, principalmente, despertar dons e habilidades dos participantes para colocarem a serviço da sua Comunidade, visando ao aumento da autoestima do jovem, para que ele se sinta um indivíduo protagonista no seu meio e na sua vida. O Retiro mostrou que celebrar em conjunto é mais bonito e prazeroso. Na avaliação, os jovens pediram que o Retiro continuasse em nível sinodal nos próximos anos. Nesse sentido, foi indicada a União Paroquial Santa Maria para acolher essa turma para o Retiro do Carnaval Sinodal 2014. O Tema e o Lema do Ano da IECLB também são estudados em outros encontros, como Seminários da OASE, Dia da Igreja, Dia da Família, Retiro de Confirmandos, além das pregações em cultos. O Tema e o Lema do Ano fortalecem a unidade da Igreja na diversidade das realidades, guiando-nos e orientando-nos por um mesmo caminho.
SONHO... Realidade!
Em 2001, a Paróquia em Vila Velha, juntamente com o Sínodo Espírito Santo a Belém, elaborou um projeto missionário para atender a população luterana ao sul de Guarapari. Em 2006, foi aprovado pela IECLB um projeto de missão chamado ‘Projeto Garagem - Missão Litoral Sul’. Hoje, a Paróquia de Vila Velha está presente em Anchieta, Piúma, Cachoeiro de Itapemirim e Alfredo Chaves, comemorou o P. em. Helmar Roelke, residente em Vitória/ES
Em 2001, a Paróquia em Vila Velha, juntamente com o Sínodo Espírito Santo a Belém (SESB), elaborou um projeto missionário para atender a população luterana ao sul de Guarapari. Até então, os limites sul de atendimento da IECLB no Espírito Santo não chegavam além desta cidade, mas sabiase de famílias luteranas em Anchieta, Piúma, Iconha, Cachoeiro de Itapemirim e Alfredo Chaves sem atendimento religioso. Mesmo sem suporte financeiro por parte da IECLB, optou-se por atender esporadicamente algumas famílias em Anchieta. Em 2006, foi aprovado pela IECLB um projeto de missão, chamado ‘Projeto Garagem - Missão Litoral Sul’, que recebeu uma ajuda financeira, da Igreja da Baviera e da Igreja Reformada da Holanda, para três anos. A aprovação do Projeto trazia uma cláusula que comprometia a Paróquia a levar o projeto adiante com recursos próprios, após o término desta ajuda. Hoje, a Paróquia de Vila Velha está presente em Anchieta, Piúma, Cachoeiro de Itapemirim e Alfredo Chaves. Em Anchieta, foi constituída uma pequena Comunidade, que se reúne quinzenalmente na garagem do casal Miguel e Ita Neitzel. Nos próximos anos, o município de Anchieta deve receber muitos recursos financeiros para a ampliação da Samarco Mineração, a construção da Compa-
Além do Retiro do Carnaval da Juventude Evangélica, o Tema e o Lema do Ano da IECLB também são estudados em outros encontros, como Seminários da OASE, Dia da Igreja, Dia da Família, Retiro de Confirmandos, além das pregações em cultos. O Tema e o Lema do Ano fortalecem a unidade da Igreja na diversidade das realidades, guiando-nos e orientando-nos por um mesmo caminho, compartilhou Alex Reblim Braun, residente em Serra Pelada, Afonso Cláudio/ES
É PRECISO CHEGAR ANTES!
nhia Siderúrgica Ubu, da Ferrovia Litorânea Sul da Vale e do Porto da Petrobrás. Isto significa a vinda de muitos trabalhadores, entre eles luteranos, com as suas famílias, mas também de outras pessoas à procura de uma Igreja que as acolha e acompanhe. O contexto levou a Paróquia de Vila Velha a sentir a necessidade de a Igreja estar presente antes da vinda das pessoas que afluirão para Anchieta e redondezas. Faz parte da missão mostrar a presença da Igreja de forma visível, onde o povo possa se reunir para celebrar a vida e ser acompanhado. Como nem a Paróquia de Vila Velha nem a pequena Comunidade em Anchieta possuíam os recursos financeiros para a aquisição de um terreno, onde é necessário construir um templo, fez-se o pedido de ajuda financeira à Campanha Nacional de Ofertas para a Missão Vai e Vem do SESB. A Campanha foi bem-sucedida e o Projeto Garagem foi beneficiado com uma ajuda que possibilitou a aquisição de um lote na Rua Projetada, no loteamento Canta Galo, com uma área total de 416 m², que ainda necessita ser aterrado. A Paróquia agradece a todas as Comunidades do Sínodo Espírito Santo a Belém que se empenharam de forma criativa e comprometida com a missão da IECLB, também no sul do Estado.