Jorev Luterano - Março - 2014
2
Editorial
Culto: letra e música
C
ontinuando a sua ‘visita’ aos Sínodos da IECLB, promovendo uma espécie de intercâmbio de ações e experiências, nesta edição o Jorev Luterano destaca o Sínodo Rio Paraná, o décimo terceiro da lista, que vai ilustrar as Editorias Sustentabilidade, Comunicação, Formação (eixos transversais do Plano de Ação Missionária da IECLB - PAMI), Tema do Ano e Vai e Vem (Campanhas nacionais para a unidade e de ofertas para a missão, respectivamente). A intenção do Jorev é mostrar um pouco do que o Sínodo fez, faz e pretende fazer nas áreas relacionadas ao PAMI, bem como a forma de trabalhar as Campanhas Tema do Ano e Vai e Vem, com o objetivo de compartilhar informações e testemunhos que serão fonte de inspiração para todas as pessoas interessadas no cumprimento da missão da IECLB no Brasil e no mundo. Na Editoria Atualidade, relatamos a 10ª Assembleia do Conselho Mundial de Igrejas (CMI), que aconteceu em Busan, na Coréia do Sul, entre os dias
S ín o d o R io P a r a n á 30 de outubro e 8 de novembro de 2013. Na Editoria Presidência, viDas em comunhão - Acaso sou eu tutor de meu irmão? é o título da Mensagem, de autoria do P. Carlos Möller, Pastor 1º Vice-Presidente da IECLB. Rumo às comemorações dos 500 anos da Reforma Luterana, que serão
Nesta edição, o Jorev destaca o Sínodo Rio
completados em 2017, o Jorev continua a série especial Lutero - Reforma: 500 anos, iniciada em 2012. Em 2014, os textos são escritos com enfoque na Liturgia e na Música, sob responsabilidade da Cat. Dra. Erli Mansk, Coordenadora de Liturgia da IECLB, e da Mus. Dra. Soraya Eberle, Coordenadora de Música da Igreja. Nesta edição, apresentamos o tema A relação entre música e culto. Na Editoria Fé Luterana, de maneira a estimular a reflexão sobre a confessionalidade luterana e os ensinamentos da Bíblia, um Músico e um Pastor discorrem sobre a temática Música e canto no culto. Na Editoria Geral, leia sobre a caminhada permanente da Educação Cristã Contínua na IECLB. Fé, gratidão e compromisso - Contribuição II ganhou destaque na Editoria Comportamento. Was im Leben wichtig ist é o título da meditação da Editoria Deutsche Seite. Na Editoria Compartilhar, a Comunidade luterana partilha momentos significativos da vida cristã. Boa leitura!
Paraná, que vai ilustrar as Editorias Sustentabilidade, Comunicação, Formação, Tema do Ano e Vai e Vem
Atendimento ao leitor Mariana Mattos Paim Fone: (51) 3284.5400 - Fax: (51) 3284.5419
jorev@ieclb.org.br
Este espaço é seu! A sua opinião é fundamental no nosso trabalho. Conhecer as suas preferências, ouvir as suas dicas de pauta, as suas sugestões para o jornal e os seus comentários sobre as matérias é muito importante para que possamos sempre oferecer um Jorev melhor para você. Faça o seu Jorev Luterano. Escreva para nós e participe! Estamos esperando o seu contato!
Realizações Envio cordiais saudações e os melhores votos de um ano de 2014 pleno de realizações para a equipe do Jornal Evangélico Luterano. Abraço, Fritz Dieter Bredemeier Santa Maria/RS
Abraço fraterno, Anildo Peterson Santa Cruz do Sul/RS
Alegrias em 2014 Desejo muitas alegrias na realização dos trabalhos do Jorev Luterano neste novo ano que agora inicia! Imagens que remetem à Música, um dos temas principais, ao lado de Liturgia, do Jorev Luterano de 2014 - Série Especial Lutero Reforma: 500 anos. Leia matérias sobre a Música na IECLB e as suas relações com o culto nas Editorias Unidade, página 8 e 9, e Fé Luterana, página 10.
Secretária Geral Diác. Ingrit Vogt Jornalista Letícia Montanet Reg. Prof. 10925
Revisão Margret Reus
Jornal para a família O Jorev é muito importante para mim e para a minha família. Que Deus os abençoe por este trabalho.
Capa
Pastor Presidente P. Dr. Nestor Friedrich
Abraço, Ingelore Starke Koch São Leopoldo/RS
Administrativo Mariana Paim ISSN 2179-4898 Cartas - Sugestões de pauta - Artigos - Anúncios
Rua Senhor dos Passos, 202/5º - 90.020-180 - Porto Alegre/RS
Fone: (51) 3284.5400 - Fax: (51) 3284.5419 E-mail: jorev@ieclb.org.br
Proibida a reprodução parcial ou integral do conteúdo desta edição sem a prévia e formal autorização da Redação do Jorev Luterano.
w w w . l u t e r a n o s . c o m . b r Assinatura anual - 11 edições - R$ 30,00
• Doc bancário • Cheque cruzado e nominal à IECLB - Jorev Luterano Enviar o cheque via carta registrada para o nosso endereço • Depósito Identificado em nome da IECLB - Jornal Evangélico
Banco Bradesco - Ag. 0491-0 C/C 576.176-0 Banco do Brasil - Ag. 010-8 C/C 153.000-3 Banco Sicredi - Ag. 0116 C/C 8376-3 Escolha o banco da sua preferência e, após efetuar o depósito, envie o comprovante via fax.
Solicite a sua assinatura via Portal Luteranos
Jorev Luterano - Março - 2014
Curtas
Restauração do Prédio H
Faculdades EST inicia as obras Tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado (IPHAE), o Prédio H da Faculdades EST, antigo Instituto Pré-Teológico (IPT), localizado no Morro do Espelho, em São Leopoldo/RS, passará por processo de restauração. A Arquiteta responsável pelo restauro, Suzana Vielitz de Oliveira, ressaltou a preocupação da EST em preservar materiais originais do prédio ainda em bom estado de conservação. “O nosso objetivo é fazer uma reciclagem de uso do quarto andar do prédio histórico, adaptando esse espaço às novas demandas da instituição”. O Prédio H serviu originariamente como internato e Seminário Pré-Teológico (IPT) da IECLB. Datada de 1930, a edificação é testemunha material e histórica da imigração alemã no Rio Grande do Sul, especialmente em São Leopoldo, onde figura entre os principais roteiros religiosos da cidade. Na avaliação do Reitor da EST, Prof. P. Dr. Oneide Bobsin, o prédio representa um símbolo material do engajamento de pessoas que, no passado, mobilizaram esforços em torno do projeto de formação teológica da IECLB em solo brasileiro. “Para além do importante trabalho de restauração, essa obra precisa impulsionar um processo de atualização constante dos projetos socioeducacionais desenvolvidos Da esq. p/ dir., Valério Schaper, Suzana Oliveira e Dezir Garcia supervisionam o prédio no contexto da Faculjunto à equipe de obras dades EST”, declarou. O Presidente da Associação dos Ex-Alunos do IPT, P. em. Carlos Frederico Reinardo Dreher recordou que, até o início da década de 60, praticamente todos os candidatos brasileiros ao Pastorado na IECLB passavam pelo IPT, criado no âmbito no Sínodo Riograndense. “O Instituto Pré-Teológico seguia o modelo do ginásio humanístico da Alemanha, faltando-lhe apenas o último ano (Oberprima). Os alunos eram enviados para a Alemanha, onde ingressavam na Universidade, depois de concluírem a Oberprima e passarem no Abitur (Exame Admissivo). Após conclusão do Curso de Teologia, a maioria era enviada pela Igreja alemã para ser Pastor no Brasil”, ensinou. Dreher explicou que, iniciada a Segunda Guerra Mundial, os estudantes do IPT não puderam mais ser enviados para a Europa, o que motivou o Pastor Hermann Gottlieb Dohms a lançar as bases do que viria a ser a Escola Superior de Teologia, oficializada em 1946. “Durante a década de 60, começaram a chegar alunos de outras escolas e que não haviam cursado o IPT, trajetória que culminou no encerramento das atividades do Instituto em 1977”, afirmou Dreher.
Novo homem e nova mulher
É notório que a mulher tem ocupado espaços públicos nas últimas décadas. Isto se tornou legítimo pelo entendimento de que a dignidade deve alcançar todas as pessoas e pela exigência da igualdade dos gêneros perante a lei. Somente em 1988 a Constituição brasileira declarou a igualdade entre homens e mulheres. Antes, os seus papéis sociais e familiares eram diferenciados e bem definidos. Entre o politicamente correto e a realidade social, há uma larga distância. Vencê-la implica uma mudança cultural, pois a publicação de leis não é suficiente. Os valores e os conceitos de cada pessoa são aprendidos desde a sua infância, especialmente no âmbito familiar. Isso também se aplica ao modo como se aprende a ser homem e a ser mulher e de que forma as relações familiares devem se desenvolver. Quando esses valores e costumes passam por mudanças, pode surgir insegurança e resistência. Há homens que questionam a igualdade de direitos e a Lei Maria da Penha como privilégio das mulheres. Elas, por sua vez, se questionam quanto a ser e agir diferente do que aprenderam com a mãe. As mulheres buscam independência financeira e realização pessoal que vão além da maternidade. Elas desejam um lar seguro e compreendem que não precisam se sujeitar a uma relação que não as faz felizes. A mútua compreensão entre homem e mulher, o respeito e o comprometimento com a felicidade do outro é um desafio para a busca da paz e da harmonia nos lares. Diante do que propõe o Lema da IECLB para 2014 (Procurai a paz da cidade para onde vos desterrei e orai por ela ao Senhor, porque na sua paz vós tereis paz - Jeremias 29.7), é ação para ser ensinada e experimentada a cada geração. Marcia Scherer Delegada de Polícia Lajeado/RS
OFERTAS NACIONAIS 2 de março Último Domingo após Epifania Projeto de Missão no Sínodo da Amazônia O Sínodo da Amazônia abrange uma grande área geográfica do nosso país. Nesta região de clima equatorial e ainda com floresta, se vive em comunhão nas longínquas Comunidades do interior e nas três capitais com grande concentração de pessoas. Há muita alegria em reunir as Comunidades luteranas para fortalecer a fé no trino Deus e testemunhar o amor de Deus nestas localidades, por isso o Sínodo da Amazônia tem um Projeto de Missão para auxiliar as Comunidades e as Paróquias na sua missão de testemunhar a Boa Noticia da salvação. 23 de março 3º Domingo na Quaresma Plano de Educação Cristã Contínua Uma das mais belas e importantes tarefas da Igreja, a partir do Evangelho de Jesus Cristo, é a educação cristã. Por meio dela, a Igreja capacita os seus membros para o exercício pleno do sacerdócio geral das pessoas que creem. Esta é uma tarefa que está ligada à Teologia do Batismo e tem como base a ordem de Jesus Cristo Ide, fazei discípulos e discípulas; batizando-os e batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo; ensinando-os e ensinando-as a guardar todas as cousas que vos tenho ordenado (Mateus 28.18-20). Em constante diálogo e parceria com os Sínodos, os Centros de Formação Teológica e o Grupo Coordenador de Educação Cristã Contínua, a Secretaria Geral da IECLB, via Secretaria de Formação, busca articular o planejamento e a execução das ações da educação cristã na Igreja. Essa tarefa se desenvolve, basicamente, a partir das três formas de atuação contempladas no Plano de Educação Cristã Contínua (PECC): articulação, formação e publicação de materiais.
INDICADORES FINANCEIROS UPM Fevereiro/2014
3,3122
Índice Janeiro/2014
0,81%
Acumulado do ano
0,81%
3
Jorev Luterano - Março - 2014
4
Atualidade
10ª Assembleia do CMI P. DR. ONEIDE BOBSIN Reitor da Faculdades EST
Sintomas do mal
Mosquitos e camelos A menina de 12 anos passou a ter visões e a falar sobre assuntos estranhos. A sua mãe adotiva não sabia o que fazer. Apelou para o Padre e também para alguns Pastores das novas Igrejas evangélicas, que veem espíritos demoníacos onde eles não estão. No dia da visita, o Padre conversou longamente com a mãe sobre o comportamento da menina. O pai estava no trabalho. Tudo havia começado quando a menina passou um fim de semana na casa da mãe biológica, que vivia com um homem. A menina contou que o marido da sua mãe havia tentado estuprá-la no banheiro por duas vezes, mas ela tinha conseguido se esquivar. Entretanto, a menina estava traumatizada e não conseguia falar sobre o episódio. O Padre pediu que a menina contasse o ocorrido para todos, a começar pela família, o que, de fato, aconteceu já naquele dia... e o ‘mau espírito’ desapareceu sem exorcismo. A mãe biológica e o marido abusador foram presos em poucos dias. Enquanto ocorria o encontro, chegaram os Pastores para exorcizá-la dos maus espíritos. Quando viram o Padre, disseram que voltariam em outro dia. Podemos imaginar a mesma situação nas mãos daqueles Pastores. Certamente, a menina seria considerada possuída por um espírito mau e o assunto da tentativa de violência sexual talvez não tivesse aparecido. À dor da violência, que são seria revelada em razão da vergonha, seria somado o exorcismo, uma falsa solução. Enquanto isso, o responsável estaria abusando de outras meninas. Esta história, contada pelo Padre José em uma aula do Mestrado Profissional da Faculdades EST, pode servir de alerta para os responsáveis pelo cuidado de crianças e jovens. É preciso mostrar ter ouvidos para que eles falem a respeito das suas dores. A incidência de violência sexual contra crianças e mulheres por parte de pais, padrastos, maridos e namorados é bem maior do que se imagina. Podemos aproveitar a data de 8 de março, Dia Internacional da Mulher, para celebrar a luta das mulheres por dignidade e denunciar os abusos sexuais. É pelo compartilhar das dores das pessoas violentadas que começa o caminho da dignidade. Jesus sabia disto quando se deparava com as pessoas tomadas por maus espíritos. Ele não só pedia que falassem em público, mas chamava de hipócritas lideranças religiosas da sua época, que coavam mosquito, mas engoliam camelo (Mateus 23.24).
8 de março, Dia Internacional da Mulher
Deus da vida, conduz-nos à justiça e à paz
A
10ª Assembleia do Conselho Mundial de Igrejas (CMI), que aconteceu em Busan, na Coreia do Sul, entre os dias 30 de outubro e 8 de novembro de 2013, foi uma grande celebração da diversidade – idiomas, etnias, teologias, confessionalidades, expressões de fé e agentes que A 10ª Assembleia do CMI aconteceu na Coreia do Sul, com a participação de 345 Igrejas-membro desejam manter as suas individualidades, buscando formas de, uni- tados Unidos e Cuba, além de direitos e digdos, alcançar a transformação em direção à nidade aos povos originários. paz. “Os esforços para superar as diferenças de Sob o tema Deus da vida, conduz-nos à jus- cultura e idioma puderam ser percebidos em tiça e à paz e a participação de 345 Igrejas- diversos momentos, como aqueles em que -membro, a Assembleia começou muito an- todos, juntos, oraram o Pai Nosso, cada um tes do dia 30 de outubro para quem estava na na sua língua materna e em voz alta. Foi um organização e para as pessoas que se prepa- hino de diferenças, orado no desejo de resraram para representar Igrejas e organismos peitar, aceitar e possibilitar a dignidade do ecumênicos. Grande parte dos participantes outro em todo o mundo, a fim de que possa esteve nas pré-assembleias para jovens, pes- haver restauração e reconciliação em toda a soas com deficiência, indígenas, mulheres e Criação”, relataram Katilene Labes e Thomas homens, que aconteceram dois dias antes do Kang, Delegados da IECLB na Assembleia. evento oficial. “A 10ª Assembleia do CMI teve participaEm Busan, os participantes foram instiga- ção especial da IECLB – desde o Moderador, dos pelos relatórios referentes ao período que P. Dr. Walter Altmann, até os nossos Delecompreendeu desde a 9ª Assembleia, rea- gados, as nossas Delegadas e demais peslizada em Porto Alegre/RS, no ano de 2006, soas que fizeram parte das mais diferentes a rediscutir questões funcionais e pilares do atividades desenvolvidas neste evento. Mais movimento ecumênico mundial. uma vez se confirmou o protagonismo da Na apresentação do seu Relatório, o então IECLB nas esferas ecumênicas e a sua contriModerador do Comitê Central, P. Dr. Walter buição para o fortalecimento nesta caminhaAltmann, ex-Pastor Presidente da IECLB, da”, compartilhou o P. Dr. Nestor Friedrich, frisou que, mesmo com as dificuldades que Pastor Presidente da IECLB, que integrou o Igrejas e o movimento ecumênico enfrenta- evento pela primeira vez na condição de Deram nos últimos sete anos, período marcado legado e apontou como momentos especiais por transições, mudanças no panorama reli- os estudos bíblicos e as celebrações “Destaco gioso e crises financeiras, o CMI conseguiu também o documento que trata da politizaexercer a sua função profética no mundo. ção da religião e o encontro de irmãos e irNas palavras do Secretário Geral do CMI, mãos que um evento desta magnitude proReverendo Dr. Olav Fyske Tveit “Em sua es- porciona”. sência, o CMI é uma comunidade de Igrejas. Que Deus nos faça instrumentos da paz. [...] Somos definidos pelos nossos dons compar- Animados pela chama do Espírito nos nossos cotilhados e pela vocação que recebemos do rações, oramos para que Cristo ilumine o mundo, Deus da vida”. para que a sua luz faça com que todo o nosso ser Com relação à paz justa, foi elaborado um se preocupe e cuide de toda a Criação e afirme que documento com linhas norteadoras. Outros todas as pessoas são criadas à imagem de Deus. documentos foram escritos coletivamente [...] Que possamos nos comprometer a trabalhardurante a Assembleia e serão guias para o mos pela libertação e a atuar em solidariedade. trabalho do Comitê Central até a próxima Que a esclarecedora Palavra de Deus nos guie no Assembleia do CMI. Entre as temáticas: con- nosso caminho. [...] Que as Igrejas sejam lugares flitos no Oriente Médio e norte da África, de cura e de compaixão e que seja possível semear conflitos no continente asiático, liberdade re- as Boas Novas para que a justiça cresça e a paz ligiosa para cada ser humano, produção de profunda de Deus reine no mundo, destacou a energia nuclear, melhores relações entre Es- Mensagem da 10ª Assembleia do CMI.
Jorev Luterano - Março - 2014
Presidência
viDas em comunhão
O
Tema do Ano da IECLB para 2014, viDas em comunhão, nos oferece a possibilidade de muita aprendizagem, nos coloca diante de descobertas e nos anima a encarar os grandes desafios da vida – não apenas na cidade, igualmente no meio rural. A IECLB precisa responder à mesma pergunta feita pelo Senhor a Caim: onde está teu irmão? A resposta de Caim, do primeiro homicídio: acaso sou eu tutor de meu irmão? (Gênesis 4.9) é paradigma para perceber a vida que pulsa nas pessoas e identificar a nãovida dos seus espaços. O Plano de Ação Missionária da IECLB (PAMI) tem nos ajudado muito na formação, na liturgia, na animação a uma fé com gratidão e compromisso. Preparados com a substân-
cia teológico-bíblica e a clareza confessional que marcam o nosso ser Igreja, deixemos de nos esconder, aprendamos dos jovens, ‘mostrando a nossa cara’, abraçando o projeto do Reino de Deus. Isto é necessário: sermos uma igreja diacônica – que entende e não somente atende. Aliás, precisamos nos dar conta que o conteúdo do Tema do Ano é irmão gêmeo daquilo que a palavra Igreja significa: congregação dos chamados para fora. Digo: para o mundo! Para tanto, nesse novo ano, precisamos de velhas recomendações, como, por exemplo: não confundir trabalho com emprego, vocação com ocupação, liderar com centralizar, planejar com improvisar. Exemplo disso é a frase, dita em outro contexto e instituição, mas vá-
P. CARLOS MÖLLER Pastor 1º Vice-Presidente da IECLB
Servi ao Senhor com alegria Novo templo em Irati/PR
Convenção Lelut
Quem conhece, cuida Março
Os integrantes da Legião Evangélica Luterana (Lelut), que conta com 46 Núcleos, estiveram reunidos na IX Convenção Nacional, realizada em Barra Velha/SC, nos dias 28 e 29 de setembro de 2013, sob o tema Conhecimento e Verdade. Quem conhece, cuida. A palestra conduzida pelo Pastor 1º Vice-Presidente da IECLB, P. Carlos Möller, estimulou a reflexão a respeito do conhecimento e da verdade. Entre os tópicos, o P. Carlos destacou que somos chamados para testemunhar desde o Batismo e que estamos todos no mesmo barco, guiados por Cristo, que nos desafia a sermos pescadores, despertando vocações. Divididos em 14 grupos, os participantes refletiram sobre: Como deve ser a Comunidade cristã no futuro? Que ênfase deve ser dada? De que forma a Lelut pode auxiliar no despertamento de vocações? Por ocasião da IX Convenção, foi inaugurada, na cidade de Barra Velha, a Praça Martin Luther, um marco que testemunha a fé confessional luterana. Nestes dois dias, estiveram reunidos 310 Legionários, 95 acompanhantes e 52 participantes. Ao final do encontro, os participantes retornaram motivados a seguir no barco da IECLB, reafirmando que, acima de tudo, o Capitão é Cristo e com Ele continuarão lançando redes e atualizando o compromisso com Deus.
lida para quem vive IECLB e da IECLB: Pense, em primeiro lugar, na sua saúde e na da sua família. Em segundo, pense, então, na IECLB. Muito, muito tempo depois, pense nos seus interesses pessoais. Isso tem o seu preço: é a tensão entre autoafirmação e negar-se a si mesmo. Com a emancipação do ser humano e a desvalorização da tradição, da autoridade e da ordem hierárquica dos valores, a experiência do coletivo cedeu lugar ao individualismo e ao egoísmo. Urge, por isso, cuidar e amar – perceber a comunhão da vida e a vida em comunhão! Quem procura em si próprio toda medida e valor, perde o seu direito original de também poder reiniciar, viver e sobreviver. Ótima oportunidade para: viDas em comunhão!
......
Acaso sou eu tutor de meu irmão?
11-14/3 Encontro da Presidência com Pastores Sinodais São Leopoldo/RS P. Nestor Friedrich P. Carlos Möller Pa. Silvia B. Genz 19/03 Inauguração do Instituto de Ética-Faculdades EST São Leopoldo/RS P. Nestor Friedrich 27/03 Reunião entre a Diretoria e o Conselho Curador do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (Conic) Brasília/DF P. Nestor Friedrich 29/03 100 anos da Comunidade de Victor Graeff Victor Graeff/RS P. Nestor Friedrich
Em 1999, confiantes na proteção divina, a Comunidade de Irati/PR vendeu o templo, várias vezes atacado por vândalos e, com a receita, pagou parte de um terreno. Almoços, jantares, bailes, campanhas, mutirões e doações andaram de mãos dadas com a fé, o amor e a esperança. Durante 2000, foi construído um salão que serviria para diversas atividades, como cultos, OASE, Ensino Confirmatório e eventos festivos. Em 2007, foi celebrada a Festa de lançamento da pedra fundamental. Na urna, a inscrição Servi ao Senhor com alegria era um convite para os membros olharem o desafio como uma bênção. No dia 29 de setembro de 2013, a Comunidade celebrou a conclusão desta obra com um culto de dedicação do novo templo, contando com a presença do P. Dr. Nestor Friedrich, Pastor Presidente da IECLB, do P. Jorge Schieferdecker, Pastor Sinodal do Sínodo Paranapanema, e do P. Célio Seidel, Pastor local. Participaram, ainda, o Prefeito de Irati, Odilon Burgath, o VicePrefeito, Oscar Renato Berger, e a Secretária do Bem-Estar, Karen Quoos Seidel. As demais Comunidades da Paróquia se fizeram representar, mostrando o apoio existente entre elas.
Assembleia Geral da ACMEB A Assembleia Geral Extraordinária da Aliança Pró Capelania Militar Evangélica do Brasil (ACMEB) foi realizada no dia 1º de outubro de 2013, no Salão Social da Igreja de Cristo, em Brasília/DF, com a presença do Pastor 1º Vice-Presidente da IECLB, P. Carlos Augusto Möller. A finalidade do encontro foi reformar o Estatuto da entidade, adequando-o à realidade da missão para a qual foi criada, em 2005. Dentre as alterações, houve a substituição do nome Associação por Aliança, seguindo o restante do nome original e a mesma sigla. A VIII Assembleia Geral Ordinária, realizada no dia seguinte, tratou assuntos como aprovação de Relatórios, Parecer do Conselho Fiscal, Plano de Trabalho para o período 2013-2014, admissão de novos associados, etc.
5
Jorev Luterano - Março - 2014
6
Sustentabilidade
O Sínodo Rio Paraná avança em direção à autossustentabilidade
A construção da nova Sede Sinodal foi um projeto que envolveu três Diretorias em épocas diferentes do Conselho Sinodal e durou em torno de cinco anos
N
o Sínodo Rio Paraná, a Sustentabilidade também é ‘assunto da moda’. Nos dias atuais, a Sustentabilidade deve ser analisada e praticada, pois é indispensável em qualquer projeto e na sua condução. Neste sentido, compartilhamos algumas das características desta estrutura: - Aspecto Físico: até 2010, a Sede e Casa Pastoral do Sínodo Rio Paraná contava com uma estrutura precária e que necessitava de um investimento considerável para a sua adequação. Após muita reflexão, decidiuse pela venda da Sede e construção uma nova Sede Sinodal, com espaço para um apartamento para o Pastor Sinodal e outro para um Assessor de Formação (projeto futuro), além de Secretaria, sala do Pastor Sinodal, salas para reuniões, ambiente para pequenas confraternizações e um espaço comercial alugado. Destacamos que este projeto envolveu três
Diretorias em épocas diferentes do Conselho Sinodal, ou seja, foi um projeto encaminhado e trabalhado por uma equipe e que demandou um longo tempo (em torno de cinco anos, entre o início da discussão até a inauguração). Também temos como patrimônio uma Casa de Retiros em Cascavel, mas que é autossustentável. - Aspecto Humano: o Sínodo tem apenas duas funcionárias: uma Secretária Executiva e uma Zeladora. Temos um quadro de 51 Ministros e Ministras, sendo 41 Pastores e Pastoras, 34 em Campos de Atividade Ministerial mais 6 voluntários e voluntárias, um Diretor de colégio luterano, 3 Catequistas, 1 Diácona, 2 Missionários, 2 eméritos e 2 Teólogos em substituição. Além destes, contamos com o trabalho das pessoas voluntárias que coordenam Departamentos e Conselhos, todos regimentados pelo Conselho Sinodal.
Luterprev Responde
ajudando a planejar o seu futuro Você sabia que... ...a expectativa de vida dos brasileiros subiu para 74,6 anos? Segundo a nova tábua anual de mortalidade, divulgada no final de 2013 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base em dados de 2012, a expectativa de vida no Brasil está em 74,6 anos. Anteriormente, era de 74,1 anos. A mudança afeta o cálculo das novas aposentadorias por tempo de contribuição do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), mais uma razão para pensar em fortalecer o seu plano de previdência privada. ...um dos produtos mais procurados na previdência privada é aquele destinado à educação de filhos? A Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi) revela que
13,6% dos 12,6 milhões de contratos ativos de previdência no Brasil são para menores de 18 anos, mostrando a crescente preocupação dos pais como o futuro e a educação dos filhos. Uma pesquisa revelou que os responsáveis pela contratação dos planos são, na maioria, pais (88%), seguidos por tios (6%), avós (5%) e padrinhos (1%). ...existem cidades ideais para as pessoas aposentadas? Em pesquisa recente, a empresa Urban Systems considerou uma série de indicadores demográficos, econômicos e de qualidade de vida e colocou a paulista São Caetano do Sul no topo do ranking das melhores cidades para aposentados viverem. Também ficaram entre as dez melhores as cidades de Santos, Presidente Prudente e Araraquara/SP, Niterói/RJ,
- Aspecto Financeiro: durante muito tempo, o Sínodo Rio Paraná teve que complementar o seu orçamento com o Fundo de Solidariedade dos Sínodos da IECLB, mas, de 2010 em diante, o Sínodo tornouse autossustentável, um avanço significativo, uma verdadeira bênção. Nos últimos três anos, em média, tivemos um aumento de 13% ao ano nos valores do dízimo das Paróquias e Comunidade. Isto significa que a mensagem está sendo entendida em grande parte. Outro aspecto positivo é que a maioria das Paróquias é pontual nos repasses ao Sínodo. Poderemos melhorar muito mais esta contribuição a partir do momento em que os membros das Comunidades entenderem a mensagem da contribuição livre e espontânea por gratidão, pela fé, conforme diz a Bíblia. Para o futuro, conforme o Plano de Ação Missionária da IECLB (PAMI), pretendemos estruturar a viabilidade de contarmos com um Assessor de Formação em tempo integral. Temos dois fundos no Sínodo, com regimentos aprovados pela Assembleia Sinodal: o Fundo de Auxilio Interparoquial (FAI), com a finalidade ajudar Paróquias e Comunidades em casos de fatalidades ou investimentos na missão, com doações e empréstimos. O outro fundo chama-se Fundo de Auxílio a Viagens (FAV), cuja finalidade é ressarcir despesas de viagens para formação e missão. Estes fundos são compostos por contribuições de 1% dos orçamentos das Paróquias para cada fundo.
Balneário Camboriú/SC, Poços de Caldas, Belo Horizonte/MG, Vitória/ES e Porto Alegre/RS. ...moradores do Sul poupam mais do que os demais brasileiros? Segundo pesquisa da Serasa Experian a respeito de hábitos financeiros, 69% dos brasileiros não poupam, 35% deles porque sentem mais prazer em gastar imediatamente, e 30% porque compram por impulso. As condutas não variam conforme classe social, renda ou escolaridade, mas em relação à região – quem vive no Sul declara ter maior controle sobre os gastos do que os demais.
Analisar e praticar a Sustentabilidade é indispensável em qualquer projeto, afirmou Rolf Leitzke, Presidente do Conselho Sinodal do Sínodo Rio Paraná
...além de previdência privada, são necessários outros cuidados para ter uma boa aposentadoria? Iniciar um plano de previdência privada o mais cedo possível é fundamental, mas algumas outras regras também devem ser seguidas para que o futuro seja desfrutado com plenitude. Entre elas, preparar-se fisicamente, com exercícios e boa alimentação, traçar um orçamento futuro realista e conscientizar a família de que mudanças financeiras serão inevitáveis. Preparar-se psicologicamente, diversificar os seus investimentos e evitar o excesso de otimismo completam a lista.
Visite o site da Luterprev (www.luterprev.com.br) e faça uma simulação para a sua aposentadoria complementar. No site da Luterprev, você também encontra um link para encaminhar a sua pergunta à coluna. Se preferir, envie diretamente para luterprev@luterprev.com.br, com o assunto Jorev Luterano.
Jorev Luterano - Março - 2014
Comunicação
A dinâmica de Comunicação não é um elemento estático nem acontece de uma única forma, destacou o P. Lauri Becker, Pastor Sinodal do Sínodo Rio Paraná
Rever a história ajuda a sermos críticos e a planejar ações missionárias
O
principal elo de Comunicação entre Sínodo, Comunidades e Paróquias é o Jornal Partilha, que já completou 15 anos de história. São cinco edições anuais que buscam retratar as notícias e as informações do Sínodo Rio Paraná e também da IECLB nacional, bem como dar enfoque à dinâmica comunitária. Para 2014, há o projeto de apresentar a história das Paróquias, pois resgatar a caminhada histórica das Comunidades e Paróquias é apresentar o Sínodo. Nesse sentido, desejamos apresentar para alguns e relembrar para outros a história de fé das pessoas que participaram do grande processo migratório do oeste do Paraná e do Mato Grosso do Sul. Foi a Igreja que acompanhou o povo e depois iniciou o processo de missão e evangelização. O olhar histórico ajuda a valorizar o testemunho, bem como a analisar e refletir sobre o que faltou e o que poderia se fazer diferente. Rever a história ajuda a sermos críticos e a planejar ações missionárias futuras. Outra meta no âmbito da Comunicação é concluir a escolha do logotipo do Sínodo Rio Paraná. A discussão já acontece há mais de um ano, mas sentimos dificuldade em conseguir um logotipo que agregue e contemple a realidade tão diversa e heterogênea do Sínodo. A escolha do logotipo precisa ter o seu tempo e espaço, pois será o elemento visível que identificará e aproximará todas as pessoas que aqui convivem e professam a sua fé como Igreja Evangélica de Confissão Luterana
Na Comunicação, a Diretoria do Conselho Sinodal tem como prioridade integrar efetivamente o Sínodo Rio Paraná no Portal Luteranos em realidades tão distintas. A Comunicação do Sínodo Rio Paraná também pretende integrar efetivamente o Sínodo no Portal Luteranos, o Portal nacional da IECLB. Com esse objetivo, a Diretoria do Conselho Sinodal tem como prioridade encontrar uma pessoa para manter a página do Sínodo atualizada com notícias, textos, fotos, vídeos, enfim que reúna informações relevantes sobre o que acontece na área do Sínodo, suas Paróquias, Comunidades, Pontos de Pregação, instituições e setores de trabalho, reforçando a nossa noção de corpo, a nossa unidade como IECLB. A dinâmica de Comunicação não é um elemento estático nem acontece de uma única forma. Muitas Comunidades e Paróquias criaram o seu próprio elemento de Comunicação. A alternativa encontrada foi a criação de blogs comunitários ou de páginas em Redes Sociais Nestes re-
cursos de Comunicação, é possível perceber que há um bom trânsito de informações e compartilhar de experiências. Uma dificuldade que enfrentamos na área da Comunicação em nível sinodal é a rotatividade das pessoas indicadas ao Conselho de Comunicação. Várias delas se transferiram para outros Sínodos e também houve casos de enfermidade. A recomposição da equipe sempre é lenta, pois há necessidade de motivar as pessoas, que são voluntárias. No caso dos Ministros e das Ministras que participam do Conselho de Comunicação Sinodal, estes também estão envolvidos em outras frentes de trabalho, além da condução pastoral das suas Comunidades. Então, como mais uma meta para este ano, vamos trabalhar para recompor o Conselho, de forma que possamos conduzir e dinamizar a Comunicação no Sínodo Rio Paraná.
7
Jorev Luterano - Março - 2014
10
Formação
Ser Presbítero é servir a Deus por fé e gratidão pela graça já recebida
“No Sínodo Rio Paraná, temos como prioridade a Formação de lideranças leigas, mesmo antes da implementação do Plano de Educação Contínua da IECLB (PECC)”, ressaltou o P. Afonso Adolfo Weimer, Orientador Teológico do Conselho de Formação do Sínodo Rio Paraná
N
o Sínodo Rio Paraná, temos como prioridade a Formação de lideranças leigas, mesmo antes da implementação do Plano de Educação Contínua da IECLB (PECC). A partir de uma reflexão realizada em um Seminário de Presbíteros, em 2005, constatamos que a maior deficiência era a Formação de lideranças leigas. Para suprir essa necessidade, foi eleita em Assembleia Sinodal uma Comissão de Formação Sinodal. Esta Comissão passou a ser um Conselho de Formação composto por cinco Ministros e cinco leigos, com Regimento aprovado pelo Conselho Sinodal. Na aprovação de um Planejamento Geral e também de um projeto que integra o Plano de Ação Missionária da IECLB (PAMI) do Sínodo, foram apontadas as seguintes ações: elaboração da lista de temas e dos respectivos Assessores (divulgados no Portal Luteranos), execução de uma relação de bibliografias disponíveis, com informações para serem adquiridas (também divulgada no Portal Luteranos), produção de material de Formação para as
Paróquias, como, por exemplo, Quatro ‘somente’ luteranos para estudo bíblico e o fascículo Curso para membros da IECLB. Temos, ainda, um espaço para publicar matérias sobre Formação no Jornal Sinodal Partilha. Além disso, o Conselho do Sínodo Rio Paraná teve efetiva participação na Comissão Nacional que planejou e organizou o Guia para o Presbitério. Para contemplar as ações do PAMI, teremos um curso planejado em parceria com a Faculdade Luterana de Teologia (FLT), de São Bento do Sul/SC, com 9 títulos em 27 módulos, em 3 etapas por ano, de 2014 a 2016, destinado a lideranças comunitárias e/ou futuras lideranças. No Sínodo Rio Paraná, o Conselho de Formação tem como meta planejar, estruturar e viabilizar um Assessor ou Orientador Teológico na área da Formação para atuar em tempo integral. O Conselho de Formação tem se empenhado em fornecer subsídios e materiais, além de motivar lideranças e Ministros para investir na Formação geral, mas principalmente na Formação de lideranças leigas, pois os Ministros não vencem os trabalhos sozinhos. A seara é grande e os trabalhadores são poucos. Entendemos que uma liderança bem preparada está menos sujeita a atitudes que ferem a nossa doutrina e a missão de Deus. Ser Presbítero é servir a Deus por fé e gratidão pela graça já recebida. Nas Atualizações Teológicas de Ministros e Ministras são abordados temas apontados pelos próprios Ministros e pelas próprias Ministras. Em uma delas, aborda-se um tema voltado à doutrina e à confessionalidade. No encontro seguinte, são abordados temas que dizem respeito à sociedade atual. Também tivemos duas turmas do Mitarbeiter Qualifiziert Führen (MQF), curso de qualificação de lideranças que busca preparar Ministros para resolução de conflitos, descobrindo potencialidades e desafiando à prática. Com a participação de Ministros e lideranças comunitárias, realiza-se, a cada ano, um Seminário de Missão, em parceria com o Conselho de Missão do Sínodo. A participação é expressiva e motiva para ações concretas nas Comunidades.
Secretaria da Ação Comunitária Sempre ouvimos dizer que o Dia Internacional da Mulher, lembrado em 8 de março, tem a sua origem em 1857, quando Operárias que pleiteavam melhores salários e a redução da jornada de trabalho teriam sido queimadas na fábrica onde trabalhavam, na cidade americana de Nova Iorque. Pesquisas recentes, no entanto, têm relacionado este dia a um fato realmente histórico, ocorrido em 23 de fevereiro 1917 (no calendário juliano), em plena Primeira Guerra Mundial, quando Tecelãs e Costureiras de Petrogrado, na Rússia, entraram em greve. Essas mulheres, contrariando a decisão do partido, que não julgava aquele o melhor momento para fazer greve, saíram às ruas, pedindo pão e paz. O que mais chama atenção nessa história é a coragem dessas mulheres de serem protagonistas e não se dei-
xarem intimidar pela falta de apoio. Elas creram que a sua causa era maior. Pessoas estavam perdendo a vida na guerra e a população em geral sofria com a falta de comida e de paz. Elas entenderam que não era momento de se calar, de se omitir e ocuparam as ruas. Esse movimento teve consequências políticas no país. A manifestação das mulheres ani-
mou outras classes trabalhadoras a protestarem contra o sistema de governo que havia na época, a monarquia, e acabou culminando na criação da União Soviética. O dia 8 de março é uma data em memória às lutas de mulheres ao redor do mundo inteiro para que a vida da humanidade tenha dignidade. É data para celebrar as conquistas, mas, também, para nos deixarmos impulsionar a continuarmos em busca de justiça e igualdade de gênero. Enquanto mulheres forem tratadas como ‘posse’, sofrerem violência e assédio sexual, não tiverem as mesmas oportunidades e possibilidades de estudar, trabalhar e descansar, o dia 8 de março não será só de comemoração. Enquanto parte da humanidade for vista e tratada como ‘meia imagem de Deus’, precisamos seguir adiante e fazer a diferença. Esse é o nosso compromisso de fé!
Pa. Rosangela Stange Coordenadora de Gênero, Gerações e Etnias Secretaria da Ação Comunitária
Jorev Luterano - Março - 2014
Fé Luterana 11
A relação entre música e culto A escolha das músicas no culto A palavra ‘culto’ direciona o fazer musical para o contexto comunitário. O culto é o espaço sagrado em que Deus vem ao nosso encontro e nós a Ele e no qual compartilhamos essa graça com todas as pessoas que estão ao nosso redor. Não é à toa que, no início da celebração, somos lembrados que ‘nos reunimos não em nosso nome mas em nome de Deus Pai, Filho e Espírito Santo’ e este é um critério de extrema importância para tudo o que fizermos neste espaço. Lutero afirma que a função da música no culto é, primeiramente, proclamação e louvor a Deus, o centro da celebração. Prédica e música são partes de grande importância no culto e atuam como via de comunicação entre Deus e a Comunidade, que conta com a música para expressar fé, gratidão, clamor e louvor. Somos uma Igreja litúrgica! Seria incoerente utilizar melodias, instrumentos e ritmos que exprimem sentimentos festivos no momento como o que lembramos a morte de Cristo, na época da Paixão, por exemplo. Então há de se ter o cuidado na escolha de cantos em que texto, melodia e ritmo estejam sintonizados com o tempo litúrgico ou o tema da celebração. Também a interpretação instrumental e vocal de um grupo que se coloca como referência para a Comunidade precisa demonstrar sensibilidade e compromisso, com a função de ajudá-la a cantar com conforto, clareza e beleza o que se quer naquele momento. Também é importante evitar cantos cujas letras
não condizem com o momento litúrgico, tampouco falam sobre o que cremos, como afirma com convicção Santo Agostinho: ‘se queres saber no que creio, escute o que canto’. Ritmo, harmonia e instrumentação precisam dar base para o canto da Comunidade e, de acordo com as habilidades musicais de quem a executa, seja grupo instrumental ou vocal, deixar a voz do povo ser o nosso solista! Carl Flentge Schalk (Compositor, Professor e Conferencista nascido em 1929, nos Estados Unidos), nos estudos sobre Lutero, traz a reflexão do Reformador no sentido de que o serviço da glorificação de Deus, por meio da música, deve ser executado da melhor forma possível e com muito cuidado. É importante entender que o louvor, a glorificação e a pregação do Evangelho são tarefas de toda a Comunidade e os Músicos têm a importante função de ajudar nesse Ministério. É uma tarefa nobre e exigente para os Músicos, pois a música no culto jamais deve ter mera função de entretenimento, de preencher lacunas, necessitando ser menos contemplativa e mais colaborativa. Que nós, lideranças da música, Ministros ordenados, nos ocupemos com bom ânimo da preparação e da condução do encontro entre Deus e os seus filhos e as suas filhas, para todas as idades, zelando sempre pela nossa música litúrgica, pela nossa história de fé, expressa nos nossos hinários, sobretudo pela nossa confessionalidade evangélico-luterana.
Vinícius Ponath, licenciado em Educação Musical pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), em Vitória/ES. Atua como Ministro de Música nas Paróquias da Grande Vitória e como Regente do Coral do Convento da Penha, em Vila Velha/ES
Para refletir, leia o Salmo 100
O canto como expressão de comunhão
P. Ms. Carlos Romeu Dege, formado em Teologia pela Faculdades EST, em São Leopoldo/RS, é Mestre em Teologia, com Área de Concentração em liturgia. Atua como Pastor na Paróquia em Igrejinha/RS
Estamos em um tempo no qual parece que gostamos mais de assistir do que participar. Talvez, esteja generalizando demais. Não que, ao assistir algo, não nos emocionemos e, de certa forma, assim participemos com os nossos sentimentos. Entretanto, a realidade, principalmente entre as pessoas de geração mais recente, parece criar uma cultura do interagir a distância, sem se envolver diretamente. No conforto da nossa casa, ligamos a televisão e assistimos a um programa, a um filme, a uma celebração religiosa. Na música, pensando no gênero religioso, vemos o advento de espetaculares shows gospel. O altar se torna um palco para apresentações e o povo perde a sua voz. Parece que o nosso conceito de comunhão mudou. Diante desta ‘nova realidade’, a comunhão parece ter um caráter muito mais sensitivo, contemplativo, do que de expressão ativa. Talvez isto se reflita na forma de participação na vida comunitária. Na Igreja cristã e em outras culturas, a música sempre teve papel coletivo e importantíssimo. Basta lembrar dos povos indígenas, das suas danças, dos seus cantos, que envolvem a todos. Martim Lutero, no prefácio do Hinário de Wittenberg, referindo-se ao Apóstolo Paulo, em 1Coríntios 14, ensina que os hinos espirituais e os salmos ao Senhor são entoados ‘para que desta forma a palavra de Deus e a doutrina cristã fossem difundidas e praticadas de toda maneira possível’. O que Lutero mostra é que o canto une os cristãos na sua tarefa comunitária de difundir o Evangelho. Nas celebrações e nos cultos, a música une a todos no objetivo de estar a serviço de quem tudo criou, a saber, o próprio Deus.
Na Carta de Lutero ao Compositor suíço Ludwig Senfl (1486-1542), ele diz: ‘Dou minha opinião bem franca e não exito em afirmar que, depois da Teologia, não existe arte que se possa equiparar à música, porque somente ela, depois da Teologia, é que consegue uma coisa que no mais só a Teologia proporciona: um coração tranquilo e alegre. [...] o meu amor pela música por diversas vezes me deu conforto e me livrou de grandes aflições’. Nos nossos cultos, a música é expressão que transmite a Palavra de Deus, que nos traz conforto, que nos une com Deus e com o próximo, por isso ela é comunitária, participativa, envolvente. A música nos impulsiona a cumprir a Palavra de Deus com alegria, com boa vontade. As equipes de música têm a função de fazer a Comunidade cantar e não de cantar para a Comunidade. O culto não é local de passividade, mas local em que somos envolvidos, desafiados para que, com todos os nossos sentidos, possamos transmitir o Evangelho. Disto não depende a nossa afinação, mas a nossa participação ativa em comunhão. Isto nos mostram os salmistas: Como é bom e agradável que o povo de Deus viva unido como se todos fossem irmãos! (Salmo 133.1) e É bom cantar louvores ao nosso Deus; é agradável e certo louvá-lo (Salmo 147.1). Para refletir, leia Êxodo 15.1-2
Jorev Luterano - Março - 2014
12
Geral
Cat. Mariane Noely Bail da Cruz, Assessora do Departamento Sinodal de Educação Cristã do Sínodo Norte Catarinense
Educação cristã
vivendo, aprendendo e ensinando
A Bíblia, o Batismo e a confessionalidade evangélica luterana contêm os princípios básicos que fundamentam e orientam o planejamento e a execução de ações de educação cristã propostas pelo Plano de Educação Cristã Contínua da IECLB (PECC). A prática do amor é um destes princípios orientadores: O amor é elemento básico da existência humana e da relação com Deus. Todos os Mandamentos convergem para ele: ‘Amarás o Senhor teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento... Amarás o teu próximo como a ti mesmo’ (Mateus 22.37 e 39). O amor a Deus como entrega total implica confiança plena em Deus e agir ético a partir da observância dos mandamentos. O amor ao próximo nos faz reconhecer que somos semelhantes, mutuamente dependentes e responsáveis uns para com os outros. Educar para a prática do amor é despertar sentimentos de desprendimento, liberdade, compaixão, solidariedade. O amor a si mesmo, nesse sentido, leva à valorização pessoal e à autoestima, sem cair no egoísmo, pois está vinculado ao amor ao próximo e a Deus (PECC, p. 15).
O apóstolo Paulo, em sua carta aos Gálatas, aponta para a fé que atua pelo amor, ‘porque toda a lei se cumpre em um só preceito, a saber: amarás o teu próximo como a ti mesmo’ (Gálatas 5.14). Para Lutero, segundo o Professor de Teologia alemão George Wolfgang Forell (1919-2011), ‘a força motivadora de toda ética cristã é o amor de Deus. O homem recebe o amor de Deus na fé e o passa adiante ao próximo. A fé é ativa no amor em relação com o próximo. A fé nos leva a Cristo e o torna nosso com tudo aquilo que Ele possui. O amor
nos dá ao nosso próximo com tudo aquilo que temos’ (Fé ativa no amor, p. 187). A pessoa cristã deve agir na sociedade porque sabe que é na comunidade viva que Deus quer ser servido. Como ensinar o amor? Como ensinar a amar a Deus, a si mesmo e ao próximo? Na educação cristã para todas as fases da vida,
Dia Internacional da Mulher Luiz Carlos Rodrigues Representante do Sínodo Sudeste no Conselho Nacional da Juventude Evangélica (Conaje) da IECLB
precisamos encontrar formas de praticar ações que demonstrem o amor ao próximo. Exemplificar, experimentar ou exercitar facilita a compreensão. Quando o aprendizado é somente teórico, toda a tarefa recai sobre a memória, a inteligência e a imaginação e representa um esforço desmotivador, ao passo que, se o trabalho for realizado de forma ativa, no esforço estarão presentes todas as faculdades e os sentidos, tornando o aprendizado mais cômodo, divertido e significativo, ao comprovar que, fisicamente, contribui com algo de si para com as outras pessoas.
Projetos Missionários 2014 No ano de 2013, a Campanha Nacional de Ofertas para a Missão Vai e Vem arrecadou R$ 928.312,63, superando os valores dos anos anteriores. Descontados investimentos na Campanha, 50% retornaram aos Sínodos de origem. Conforme decisão do Conselho da Igreja, os outros 50% apoiarão os seguintes Projetos Missionários durante o ano de 2014: Biguaçu/SC Boa Nova/RS Ceilândia/DF Chapada/RS Matupá/MT Norte Fluminense/RJ Nova Vida/RS Paranaguá/PR Paz/RS Pedro Osório/RS Petrolina/PE Rurópolis/PA Sul do Pará/PA Vila Rica/MT
Sínodo Centro-Sul Catarinense Sínodo Planalto Rio-Grandense Sínodo Brasil Central Sínodo Planalto Rio-Grandense Sínodo Mato Grosso Sínodo Sudeste Sínodo Rio dos Sinos Sínodo Paranapanema Sínodo Sul-Rio-Grandense Sínodo Sul-Rio-Grandense Sínodo Brasil Central Sínodo Mato Grosso Sínodo Mato Grosso Sínodo Mato Grosso
Além dos Projetos Missionários listados, apoiados em âmbito nacional, há muitos Projetos sendo desenvolvidos em âmbito sinodal. Você sabe quais são os projetos apoiados no seu Sínodo? É a Vai e Vem dando testemunho de solidariedade, de parceria e da possibilidade de viver comunidade para além dos limites geográficos da Comunidade de cada um, de cada uma! Coordenação da Campanha Vai e Vem
Existem muitas sugestões para o início das comemorações do Dia Internacional da Mulher. Uma versão tem como referência o incêndio em uma fábrica têxtil, que culminou na morte de 130 operárias, em 25 de março de 1911, na cidade americana de Nova Iorque. Entretanto, o evento realmente realizado no dia 8 de março (calendário gregoriano) foi o movimento de operárias russas por igualdade política, econômica e social, em 1917. O Dia Internacional da Mulher foi decretado com a proposta de cobrar pelos direitos das mulheres e denunciar a violação destes, não só como um dia comemorativo, mas como um dia para mudanças políticas e sociais. Nos dias atuais, não é muito diferente no nosso país. As mulheres sofrem com o abuso e a exploração sexual, o tráfico de seres humanos, a violência doméstica, o trabalho análogo ao escravo, os preconceitos, a discriminação e várias outras violações de direitos. Vivemos em um país racista e sexista. Os dados do Mapa da Violência de 2012, sob a autoria de Julio Waiselfisz, aponta que, em uma lista de 84 países, o Brasil ocupa o 7º lugar nas taxas de homicídio feminino (4,4 em 100 mil habitantes). Muitas são as leis sem a garantia de direitos (vida, segurança, trabalho, qualificação profissional, educação, saúde e outros) para as mulheres. A impunidade é crescente nas situações de violência e homicídio. Pesquisas apontam que a mulher possui escolaridade inferior à dos homens e recebe salário menor em comparação com um homem na mesma função. No Brasil, mulheres recebem ofensas por serem mulheres. Meninas são educadas para a vida doméstica e a servirem futuramente aos seus esposos. Mulheres são discriminadas por ocuparem espaços antes de domínio dos homens. Que este dia 8 de março de 2014 seja uma data para somarmos esforços no enfrentamento à violência contra a mulher e na luta pelos direitos. Oremos pelos filhos, pais, irmãos e entes queridos enlutados pelo assassinato de uma mulher. Agradeçamos a Deus e celebremos pela vida de cada mulher que está ao nosso lado.
Jorev Luterano - Março - 2014
Comportamento 13
Fé, gratidão e compromisso - Contribuição II*
P. Dr. Dr. h.c. Gottfried Brakemeier, autor de vários livros e artigos em revistas nacionais e internacionais, estudou Teologia no Brasil e na Alemanha, doutorou-se na área do Novo Testamento, em Göttingen, na Alemanha, foi Professor na Escola Superior de Teologia, em São Leopoldo/RS, exerceu a Presidência da IECLB, a Presidência do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (Conic) e a Presidência da Federação Luterana Mundial (FLM), voltando à docência na Faculdades EST e aposentando-se em 2002
É interessante os que estão melhor que, na Igreja, die os que estão pior nheiro parece ser um situados, por isso tabu. A gente não a contribuição não gosta de falar. Tratapode ser igual para -se de um assunto todos. de alta sensibilidade. Eu sei que o Imaginando quais princípio da propoderiam ser os moporcionalidade sotivos, penso que são fre contestação nas diversos. Prevalece Paróquias. Alega-se ainda a ideia que fé outro princípio, a e dinheiro são coisas saber, o da igualque não se mistudade de direitos e ram. Além disso, as deveres. Ora, este pessoas procuram princípio passa ao economizar, segurar largo da realidaFé é um assunto por demais precioso para dele se descuidar e não merecer investimento os gastos e cortar as de social no nosso despesas. Onde o corte menos dói é Nestas Igrejas, dinheiro é o que não país, no qual prevalece a desigualdana contribuição à Igreja. Para muitos, falta. Transformaram a Igreja de Jesus de. Somente proporcionalidade fará se trata de algo como um supérfluo. Cristo em uma bolsa de valores, na jus à situação. Também outras desiCabe à Comunidade mostrar que isto qual se investe para ganhar. gualdades deverão ser consideradas. Deus, tal o raciocínio, não fica de- Como já mencionei, os carismas dos é um trágico engano, ou seja, é necessário trabalhar o tema dinheiro na Co- vendo a quem investe dinheiro na sua membros são diferentes, por isso são Igreja. Vai retribuir com bênçãos em exortados a se servirem mutuamente. munidade. É verdade que o ‘lucro’, ou seja, o termos de sucesso, cura, ascensão so- Isto de acordo com a ‘lei de Cristo’, proveito não seja visível de imediato. cial, prosperidade. Aliás, isto se você que, conforme o apóstolo Paulo, conÉ como na educação: os frutos demoram crê. Caso Deus o despedir de mãos siste em carregarmos as cargas uns a aparecer e não são diretamente visíveis. vazias, o culpado é você, porque não dos outros (Gl 6.2). A Comunidade Assim acontece também com a Co- creu o suficiente. Este é o aspecto dia- cristã deveria ser um exemplo de tal munidade. No entanto, a sua falta vai bólico nessa história, pois pode criar ‘fraternidade’. Aliás, nem se trata de resultar em doloroso empobrecimento traumas nas pessoas, por culpá-las, fraternidade. Trata-se simplesmente das pessoas. Fé é um assunto por de- em caso de insucesso, de falta de fé. de uma questão de justiça. mais precioso para dele se descuidar Trata-se de uma modalidade de exQuero sublinhar que proporcionae não merecer investimento. A IECLB plorar a ingenuidade do povo. Contri- lidade não deve ser confundida com precisa de dinheiro para levar adiante buição é outra coisa! Pelas bênçãos de ‘percentualidade’. Para quem ganha a divulgação do Evangelho e espalhar Deus, podemos e devemos rogar, mas um salário mínimo, 5% da sua renda o espírito evangélico-luterano entre o jamais as podemos comprar. pesa bem mais no orçamento familiar Quanto à terceira pergunta, ou do que no caso de uma renda de dez povo. Um mundo sem fé, amor e esperança se torna frio, violento, brutal. seja, com relação à prática da contri- salários. Na verdade, é extremamenEntão, convém sepultar o estranho buição, inicio dizendo que ela deve te difícil, talvez impossível, fixar o constrangimento frente a assuntos fi- ser proporcional. É este o princípio significado de proporcionalidade em nanceiros. Dinheiro é nada sujo quan- bíblico. Permito-me citar uma palavra números exatos. Ela exige boa dose de de Jesus. Ele disse: mas a quem muito espontaneidade a critério do contrido colocado a serviço da causa boa. Assim como a contribuição não foi dado, muito lhe será exigido; e aquele buinte. O que a Paróquia deveria faé pagamento, assim ela também não a quem muito se confia, muito mais lhe zer é definir a contribuição média dos deve ser confundida com uma aplica- pedirão. Assim lemos em Lucas 12.48. seus membros para, então, apelar aos ção financeira. Reside aí o grave equí- As responsabilidades se graduam de melhor situados para contribuírem voco das assim chamadas ‘religiões da acordo com as capacidades, os dons, as com mais e abrir a possibilidade de prosperidade’. Estas descobriram que, potencialidades. Estas não são iguais. contribuírem com menos se os recurcom a fé, se pode fazer bom negócio. Entre os membros da IECLB, existem sos ficarem escassos.
Ninguém é tão pobre ao ponto de não poder contribuir Apenas apostar na espontaneidade dos membros na hora de estabelecer o seu valor de contribuição não funciona. Os membros precisam de orientação e motivação. Devem ser dadas diretrizes. Existem modelos para tanto e que têm funcionado a contento. Entretanto, volto a dizer que a isenção de contribuição deve ser evitada. Ninguém é tão pobre ao ponto de não poder contribuir com absolutamente nada. Com a mesma determinação se deve cuidar para que não ocorra a exclusão de membros por motivos de pobreza. Muitas vezes, eles se autoexcluem, porque consideram pobreza uma vergonha. Ora, o membro com menos recursos é tão valioso quanto aquele com muitos. Pobreza pode ter motivos alheios à nossa vontade e nem sempre resulta em culpa. Mesmo se esse for o caso, não há porque abandonar a Comunidade. Certamente, há como resolver a pergunta pela contribuição, que, aliás, é uma questão também de dignidade. O que fazer se um membro atrasar a contribuição? Sei que esse é um dos problemas candentes. Ora, em princípio,
Os membros precisam de orientação e motivação
há que se distinguir entre os que não podem e os que não querem contribuir. Penso que uma conversa fraternal vai resolver muito. Não basta ‘baixar uma lei’. É preciso conversar. Além disso, é importante haver certa flexibilidade na procura por soluções. Estas não devem exigir o impossível. A que se deve o atraso na contribuição? Creio que, com um pouco de boa vontade, a maioria dos casos poderá ser resolvida. * Palestra proferida pelo P. Dr. Dr. h.c. Gottfried Brakemeier, em março de 2013, no Sínodo Nordeste Gaúcho
Jorev Luterano - Março - 2014
14
Deutsche Seite
Was im Leben wichtig ist Wer einen Garten pflegt sieht deutlich, wie die verschiedenen Jahreszeiten wirken. In der Natur verläuft jedes Jahr nach dem gleichen, fast unveränderlichen Rhythmus. Es gibt den Neuanfang im Frühling, den schönen, warmen Sommer, den stürmischen Herbst, den frischen Winter. Es gibt das Wachsen, Reifen, Ernten und Ruhen. Wie im Jahreslauf gibt es auch in unserem Leben einen Rhythmus. Höhepunkte und scheinbare Tiefpunkte wechseln sich ab. Wir merken so, dass auch wir ein Stück Natur sind. Ein jegliches hat seine Zeit, und alles Vorhaben unter dem Himmel hat seine Stunde, so steht es auch in der Bibel: „Geboren werden hat seine Zeit, sterben hat seine Zeit; pflanzen hat seine Zeit, ausreißen, was gepflanzt ist, hat seine Zeit; weinen hat seine Zeit, lachen hat seine Zeit; klagen hat seine Zeit, tanzen hat seine Zeit; Steine wegwerfen hat seine Zeit, Steine sammeln hat seine Zeit; suchen hat seine Zeit, verlieren hat seine Zeit; behalten hat seine Zeit, wegwerfen hat seine Zeit; schweigen hat seine Zeit, reden hat seine Zeit; Streit hat seine Zeit, Frieden hat seine Zeit. (…).“ (Prediger, Kap.3) Um glücklich zu sein, braucht jeder Mensch den richtigen Ausgleich in seinem Leben: Arbeit und sinnvolle Aufgaben, aber auch Freizeit und Erholung. Essen und Trinken, Kleidung und ein Dach über dem Kopf, aber auch Musik, Blumen und Bilder. Wir brauchen den Frühling unseres Lebens, die glücklichen und bunten Zeiten, in denen wir neue Anfänge wagen können. Wir brauchen den Sommer, das volle Leben draußen in der weiten Welt, die Begegnungen, die Festlichkeiten. Auch der Herbst gehört zu unserem Leben, die Zeit der Arbeit, der Ernte, der Dankbarkeit für alles was uns gegeben wird. Wir brauchen ebenso den Winter, die Zeit des Abschieds und der Einsamkeit. In allen seinen Lebensabschnitten, braucht der Mensch den Kontakt zu anderen und die Verbindung zu Gott. Nach dem Urlaub und den Schulferien, steht uns das neue Jahr 2014 bevor. Was uns entgegen kommen wird, steht in Gottes Händen – und das ist gut so. In allen Jahreszeiten unseres Lebens, seien wir jung oder alt, ist Gott bei und mit uns, als treuer Wegweiser und Begleiter. Er kennt unsere Freuden, unsere Wünsche, unsere Nöte und Sorgen. Gott kennt unsere Herzen und weiß genau, ob da gerade Frühling oder Winter herrscht. Gott schenkt uns täglich die Möglichkeit, einen neuen Lebensstil anzufangen, mit Ihm und mit
Alles hat seine Zeit. In allen Jahreszeiten unseres Lebens, seien wir jung oder alt, ist Gott bei und mit uns, als treuer Begleiter
Pfarrer Jaime Jung
unser e n M i t menschen. Aber was ist in Ihrem Leben wirklich wichtig? In Psalm 127, Vers 1 heißt es: „Wenn der Gott nicht das Haus baut, so arbeiten umsonst, die daran bauen. Wenn der Gott nicht die Stadt behütet, so wacht der Wächter umsonst.” Damit unser Leben nicht umsonst ist, brauchen wir ein gutes Fundament – so schreibt Pfarrer Gerhard Weber. Unser Glaube ist ein solches Fundament und er kann uns Menschen tragen, gerade wenn das Leben bedroht ist, wenn unser wackeliger Bau einzustürzen droht. Wir brauchen einander, wir brauchen die Gemeinde, wo die Menschen mit anderen zusammen treffen und sich gegenseitig unterstützen. „Ein Professor stand einmal vor seinen Studenten und hatte ein paar Dinge vor sich auf dem Tisch liegen. Als der Unterricht begann, nahm er ein großes leeres Glas und füllte es bis zum Rand mit großen Steinen. Dann fragte er seine Studenten, ob das Glas voll sei. Sie stimmten ihm zu. Der Professor nahm eine Schachtel mit kleineren Steinen, schüttete sie in das Glas und bewegte es leicht. Die kleinen Steine rollten natürlich in die Zwischenräume der großen Steine. Daraufhin fragte er erneut, ob das Glas voll sei. Sie stimmten ihm zu: “Ja, jetzt ist das Glas voll!“ Der Professor nahm danach eine Schachtel mit Sand, und schüttete diesen in das Glas. Natürlich füllte der Sand die letzten Zwischenräume im Glas aus. “Und jetzt”, sagte der Professor zu seinen Studenten, “möchte ich, dass sie erkennen, dass dieses Glas wie ihr Leben ist! Die Steine sind die wichtigsten Dinge im Leben: Ihr Glaube, Ihre Familie, all das, wenn alles andere wegfiele und nur sie übrig blieben – Ihr Leben immer noch erfüllen würden. Die kleinen Steine sind andere, weniger wichtige Dinge, wie Ihr Haus oder Ihr Auto. Der Sand symbolisiert die ganz kleinen Dinge im Leben. Wenn Sie den Sand zuerst ins Glas füllen, bleibt kein Raum für die kleinen oder die großen Steine. So ist es auch in Ihrem Leben. Wenn Sie alle Energie für die kleinen Dinge im Leben aufwenden, haben Sie für die Großen keine mehr! Achten Sie daher auf die wichtigen Dinge. Nehmen Sie sich Zeit für Ihren Glauben, für Ihre Familie, achten Sie auf Ihre Gesundheit. Es wird noch genug Zeit für Arbeit, Sport, Einkaufen und Feiern geben. Achten Sie zuerst auf die großen Steine – sie sind es, die wirklich zählen! Der Rest ist nur Sand.”
Jorev Luterano - Março - 2014
Compartilhar 15 Neste espaço, a Comunidade pode compartilhar os momentos significativos da vida cristã, como Nascimento, Batismo, Confirmação, Bênção Matrimonial, Encontros Familiares, Bodas e Sepultamento.
Entre em contato conosco!
Falecimento Ainda com profundo pesar, comunicamos o falecimento de
Falecimento TODESANZEIGE VON ERNST THEODOR RAMMINGER Ernst Theodor Ramminger, Sohn von Pfarrer Karl F. H. Rammminger u. Hedwig Ramminger, wurde am 17.März 1919 in Kuang-Tung - China geboren. Er starb am 31. Juli 2013, um 5:00 Uhr im Krankenhaus in Mondaí/SC im Alter von 94 Jahren, 4 Monaten und 14 Tagen. Von den sechs Geschwistern war er der Jüngste, alle inzwischen verstorben. Seine erste Ehe mit Hertha Christel Ramminger (geborene Gurke), mit welcher er 51 Jahre verheiratet war, wurde mit fünf Kindern gesegnet: Anelise, Ingrid, Charlote, Manfred und Rolf. Er hinterlässt seine Angehörigen: seine zweite Ehefrau Clarinda Lorenz, 80 Jahre alt (mit welcher er zwölf Jahre zusammenlebte), drei Töchter, zwei Söhne, zwei Schwiegertöchter, zwei Schwiegersöhne, sowie 13 Enkelkinder, drei Urenkel und viele Verwandte, Freunde und Freundinnen. Er wurde in der Evangelischen Kirche in Mondaí aufgebahrt und um 16:30Uhr erfolgte die Verabschiedung in der Kirche. Danach wurde er auf dem Friedhof von Mondaí, im Grab unserer Mutter und der Familie Ramminger beerdigt. Die Angehörigen danken Pfarrer Carlos Klostermeyer (von Mondaí) ganz herzlich für die vielen Jahre, in welchen er ihm beigestanden hat, sowie Pfarrer Jefferson (von Lajú) für die religiöse Andacht. Gott, unser Gott wir danken Dir, denn Du bist gütig, und Deine Gnade währet ewig. Psalm 106,1
Falecimento Com profundo pesar, comunicamos o falecimento de ARNOLDO EMÍLIO ALBRECHT nascido em 26 de outubro de 1924, em Linha das Pedras, Getúlio Vargas/RS, filho de Frederico e Emilia Albrecht. Arnoldo faleceu no dia 27 de agosto de 2013, em Santa Cruz do Xingu/MT, tendo alcançado a idade de 88 anos, 10 meses e 1 dia. Arnoldo Emílio Albrecht deixou enlutados os cinco filhos, as quatro filhas e demais parentes e amigos. Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, Ainda que morra, viverá. João 11.25
GERMANO AUGUSTO PORCHER ocorrido em 30 de julho de 2013, no Hospital de Caridade de Ijuí/RS. O corpo de Germano foi velado na Capela Mortuária de Ijuí, onde um expressivo grupo de amigos e colegas dos trabalhos na Igreja foi se despedir e deixar palavras de conforto e apreço aos familiares. O sepultamento foi realizado no município de Condor/RS. Nascido em 6 de setembro de 1946, Germano fez toda a sua formação básica em Ijuí, sendo filho de Armindo Eugênio Porcher e Adelaide Porcher, que o precederam na morte, assim como o irmão, Carlos Alfredo. Germano Augusto Porcher morou em Porto Alegre/RS, Florianópolis/SC, Goiânia/GO e Ceilândia/DF. Nesta última localidade, teve ativa participação nos Presbitérios da Paróquia, como Presidente, Secretário e Tesoureiro, e, no Sínodo Brasil Central, como Secretário do Conselho Sinodal e representante do Sínodo junto à Obra Gustavo Adolfo (OGA). Também acompanhou os Pastores Sinodais Renato Augusto Kühne e Carlos Augusto Möller em visitas a diversas Comunidades do Sínodo. Nos últimos cinco anos, voltou a morar na cidade gaúcha de em Ijuí, onde se tornou colaborador da Comunidade de Ijuí, prestando apoio ao Serviço Amparo Bem-Estar da Velhice (Sabeve), à Legião Evangélica Luterana (Lelut) e à Escola Sinodal de Formação. Também neste retorno à sua terra natal exercitou a sua paixão pela fotografia, tendo realizado três exposições individuais e deixando uma quarta exposição em preparo. Germano deixou enlutados os filhos, César Augusto e Ana Cristina, o genro, Stephan, os netos, Chloé e Roger, as irmãs, Olga, Luiza e Odila, os cunhados, Dilnei, Almiro e Helga, as tias, os tios, os sobrinhos, os primos e inúmeros amigos. A família agradece o apoio da Comunidade Evangélica de Ijuí, da Pastora Ana Isa dos Reis, do Coral Franz Schubert, do Coral da OASE, do Coral de Idosos de Condor, do Catequista Bruno Guido Wehrmann e de todos que o confortaram com a sua presença ou enviando flores. No conforto da fé, nos amparamos em: Porque, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. Quer, pois, vivamos ou morramos, somos do Senhor. Romanos 14.8
Cartas - Sugestões de pauta - Artigos - Anúncios
Rua Senhor dos Passos, 202/5º - 90.020-180 - Porto Alegre/RS Fone: (51) 3284.5400 - Fax: (51) 3284.5419 E-mail: jorev@ieclb.org.br
paz da cidade
AS NOSSAS COMUNIDADES MUDARAM
A palavra profética de Jeremias é destinada ao povo de Judá, levado ao cativeiro babilônico devido à desobediência e à idolatria. Neste contexto, Deus usa o profeta Jeremias para anunciar que o exílio duraria 70 anos, tempo durante o qual o povo deveria cuidar da sua vida, construindo casas para morar, trabalhando na terra e se alimentando do seu fruto. Também casando e gerando filhos, filhas, porque haveria o dia em que eles sairiam daquela situação catastrófica e voltariam para a sua terra em Jerusalém. Era tempo em que eles deveriam trabalhar, orar pela cidade onde estavam exilados e procurar viver normalmente, aguardando pela providência divina, ou seja, ao povo que estava cativo na Babilônia, Deus ordenou que trabalhasse para o bem da cidade que os fazia prisioneiros. Essa visão de Deus contrapõe a mentalidade daqueles que amaldiçoavam ou queriam ver a desgraça acontecer ao povo que os havia escravizado. Deus transforma a raiva em algo construtivo e de cuidado para com a cidade que habitavam, chama o seu povo para trabalhar e cuidar do lugar onde vive. Este é o lugar em que devem construir um mundo de esperança, que os auxiliará a enfrentar todos os sofrimentos da prisão/exílio. Deus envia Jeremias para anunciar uma nova perspectiva de vida, senti-
do e esperança para a existência deste povo. A IECLB enfrenta dificuldades para crescer nas cidades. Em algumas realidades, torna-se relativamente isolada ou uma ilha cristã dentro do mar de prédios e culturas da cidade. O que fez o cristianismo prosperar nos primeiros séculos dentro da cidade (Apóstolo Paulo) e que hoje perdemos ou deixamos de fazer? Que dificuldades assustam os cristãos luteranos nas cidades? A forma de trabalharmos e anunciamos o Evangelho não precisa ser revista? As pessoas que congregavam na IECLB não mudaram a forma de ver, pensar e agir? Na história da IECLB, não esquecemos das cidades em detrimento de uma IECLB que foi rural e agrícola? A sociedade mudou e a realidade das nossas Comunidades também. A IECLB necessita acompanhar este processo e tornar-se ágil para anunciar a Boa Nova nestas realidades sociais e relacionais. Não podemos mais falar somente sobre as coisas rurais para as pessoas do campo, e a respeito das coisas urbanas para as pessoas que vivem nas cidades. Precisamos falar para dentro da realidade de cada ser humano. É buscar estar junto das suas necessidades e das suas carências. É ter coragem de ir ao encontro dos seus ‘cativeiros modernos’, que o aprisionam na cidade, cultura, classe social, sede em ter e consumir, indiferença, isolamento...
ENGAJAMENTO na
missão
A 7ª Assembleia Sinodal do Sínodo Rio Paraná, realizada em Campo Grande/MS, em 2003, ocupouse, entre outras questões, com a geração de recursos para a missão e a capacitação de lideranças. A proposta aprovada foi pela realização da Campanha Sinodal de Missão e Formação, em que todos eram convidados a contribuir com o valor de R$ 1,00. O Sínodo, que, na época, ainda não havia atingido a autossustentabilidade, obteve resultados poCom a Campanha Vai e Vem, o apoio sitivos nas quatro edições da Campanha, possibilià missão se estendeu para além dos tando uma série de trabalhos, como apoio a novos limites geográficos do Sínodo, por projetos missionários e disponibilização de Semiisso desejamos e trabalhamos para nários e Cursos de capacitação para lideranças. que todas as iniciativas missionárias Em 2008, a Campanha Sinodal deu espaço à Camda Igreja continuem crescendo e panha Nacional de Ofertas para a Missão Vai e Vem rendendo bons frutos e que a palavra e o apoio à missão se estendeu para além dos lique encontramos em Colossenses mites geográficos do Sínodo, que passou a apoiar 3.17 norteie todos os nossos dias: projetos mais distantes, assim como foi auxiliado ‘E tudo o que fizerdes, seja em durante muitos anos com recursos do Fundo de palavra, seja em ação, fazei-o em Solidariedade dos Sínodos. nome do Senhor Jesus, dando por ele A cada nova edição da Vai e Vem, é possível pergraças a Deus Pai’, relatou ceber que a sensibilização quanto ao seu objetivo Danieli Weirich, Secretária Executiva cresce. Os grupos de trabalho e as Comunidades, e Coordenadora Sinodal da em geral, se unem, organizam e, consequentemenCampanha Nacional de Ofertas te, são fortalecidos com as atividades que desenpara a Missão Vai e Vem volvem especificamente para arrecadar recursos
É preciso anunciar a restauração da paz e convidar para esta caminhada. É chamar para que se disponham a evangelizar na cidade, espalhando, pregando ou testemunhando a Palavra de Deus. Deus continua nos dizendo a mesma mensagem, em pleno cativeiro moderno: ‘Procurai a paz da cidade e orai por ela ao Senhor, porque na sua paz vós terei paz’, frisou o P. Lauri Becker, Pastor Sinodal do Sínodo Rio Paraná
FORTALECIMENTO DA ‘NOSSA’ IGREJA
para a Campanha de Missão da IECLB. Os mais diversos dons são colocados à disposição apaixonadamente quando se trata do fortalecimento da ‘nossa’ Igreja. Todo esse esforço também está refletido nos crescentes valores arrecadados nas Campanhas na região do Sínodo. De 2010 para 2013, o crescimento foi de mais de 100%. Desde 2011, além de proporcionar materiais, capacitação de lideranças e aporte financeiro para atividades desenvolvidas pelos núcleos, o Sínodo passou a apoiar projetos missionários no seu próprio âmbito, com a metade do montante recebido como retorno da Campanha, iniciativa que motivou ainda mais o engajamento de todos. As Comunidades de São Gabriel do Oeste/MS, Unidos na Fé, de Marechal Cândido Rondon/PR, e São Clemente, de Entre Rios do Oeste/PR, respectivamente, foram apoiadas nas últimas edições da Campanha. Neste ano, os recursos se destinam à Comunidade de Sidrolândia/MS, que sofreu um enfraquecimento nos últimos anos, mas que, agora, está iniciando um projeto em parceria com a Missão Evangélica União Cristã (MEUC), a exemplo de outro projeto no Sínodo que já apresenta excelentes resultados. O comprometimento das lideranças é animador!