Jornal Evangélico Luterano - Ano 43 - nº 769 - Janeiro e Fevereiro 2014

Page 1


Jorev Luterano - Janeiro/Fevereiro - 2014

2

Editorial

Espiritualidade e ética

C

ontinuando a sua ‘visita’ aos Sínodos da IECLB, promovendo uma espécie de intercâmbio de ações e experiências, nesta edição o Jorev Luterano destaca o Sínodo Rio dos Sinos, o décimo segundo da lista, que vai ilustrar as Editorias Sustentabilidade, Comunicação, Formação (eixos transversais do Plano de Ação Missionária da IECLB - PAMI), Tema do Ano e Vai e Vem (Campanhas nacionais para a unidade e de ofertas para a missão, respectivamente). A intenção do Jorev é mostrar um pouco do que o Sínodo fez, faz e pretende fazer nas áreas relacionadas ao PAMI, bem como a forma de trabalhar as Campanhas Tema do Ano e Vai e Vem, com o objetivo de compartilhar informações e testemunhos que serão fonte de inspiração para todas as pessoas interessadas no cumprimento da missão da IECLB no Brasil e no mundo. Na Editoria Atualidade, relatamos a Convenção de Ministras e Ministros da IECLB - 2013, realizada sob o tema Entre alegria e sofrimento: espiritualidade

e ética no Ministério na IECLB, de 15 a 17 de outubro de 2013, em Curitiba/PR. Na Editoria Presidência, viDas em comunhão é o título da Mensagem, de autoria do P. Nestor Friedrich, Pastor Presidente da IECLB. Rumo às comemorações dos 500 anos da Reforma Luterana, que serão

Nesta edição, o Jorev destaca o Sínodo Rio dos

completados em 2017, o Jorev continua a série especial Lutero - Reforma: 500 anos, iniciada em 2012. Em 2014, os textos são escritos com enfoque na Liturgia e na Música, sob responsabilidade da Cat. Dra. Erli Mansk, Coordenadora de Liturgia da IECLB, e da Mus. Dra. Soraya Eberle, Coordenadora de Música da Igreja. Nesta edição, apresentamos o tema Culto: o coração da vida na comunidade cristã. Na Editoria Fé Luterana, de maneira a estimular a reflexão sobre a confessionalidade luterana e os ensinamentos da Bíblia, dois Ministros Pastores discorrem sobre a temática Espiritualidade no culto e na prática. Na Editoria Geral, leia sobre a caminhada permanente da Educação Cristã Contínua na IECLB. Fé, gratidão e compromisso - Contribuição I ganhou destaque na Editoria Comportamento. Zu Beginn eines neuen Jahres é o título da meditação da Editoria Deutsche Seite. Na Editoria Compartilhar, a Comunidade luterana partilha momentos significativos da vida cristã. Boa leitura!

Sinos, que vai ilustrar as Editorias Sustentabilidade, Comunicação, Formação, Tema do Ano e Vai e Vem

Atendimento ao leitor Mariana Mattos Paim Fone: (51) 3284.5400 - Fax: (51) 3284.5419

jorev@ieclb.org.br

Este espaço é seu! A sua opinião é fundamental no nosso trabalho. Conhecer as suas preferências, ouvir as suas dicas de pauta, as suas sugestões para o jornal e os seus comentários sobre as matérias é muito importante para que possamos sempre oferecer um Jorev melhor para você. Faça o seu Jorev Luterano. Escreva para nós e participe! Estamos esperando o seu contato!

Capa Convenção de Ministras e Ministros da IECLB - 2013, realizada sob o tema Entre alegria e sofrimento: espiritualidade e ética no Ministério na IECLB, de 15 a 17 de outubro de 2013, em Curitiba/PR. Leia matéria especial sobre a Convenção na Editoria Atualidade, página 4.

O cristão na economia Sendo leitor assíduo do Jorev, parabenizo este conceituado jornal pelos artigos que fazem parte da série Lutero - Reforma: 500 anos, especialmente da edição nº 767, de novembro/2013. Estamos inseridos em um sistema econômico globalizado, no qual somos incentivados a competir em tudo e a consumir de forma exagerada. O mundo passa por grandes transformações na área financeira, necessitando, mais que em qualquer outra época, reflexões como as publicadas pelo Jorev. Lutero pregava e publicava obras sobre ‘economia e ética’ com base na Bíblia, o maior guia de ética na economia para cristãos. Tudo o que somos e temos vem das mãos bondosas de Deus, por isso devemos cuidar bem dos nossos bens, cuidando bem das nossas famílias, servindo a Deus, contribuindo de forma honesta nas nossas Comunidades, sendo bons cidadãos, dando exemplo de ética e honestidade onde quer que estejamos. Wainer Quitzau Indaiatuba/SP

Pastor Presidente P. Dr. Nestor Friedrich Secretária Geral Diác. Ingrit Vogt Jornalista Letícia Montanet Reg. Prof. 10925

Revisão Margret Reus Administrativo Mariana Paim ISSN 2179-4898 Cartas - Sugestões de pauta - Artigos - Anúncios

Rua Senhor dos Passos, 202/5º - 90.020-180 - Porto Alegre/RS

Fone: (51) 3284.5400 - Fax: (51) 3284.5419 E-mail: jorev@ieclb.org.br

Proibida a reprodução parcial ou integral do conteúdo desta edição sem a prévia e formal autorização da Redação do Jorev Luterano.

w w w . l u t e r a n o s . c o m . b r Assinatura anual - 11 edições - R$ 30,00

• Doc bancário • Cheque cruzado e nominal à IECLB - Jorev Luterano Enviar o cheque via carta registrada para o nosso endereço • Depósito Identificado em nome da IECLB - Jornal Evangélico

Banco Bradesco - Ag. 0491-0 C/C 576.176-0 Banco do Brasil - Ag. 010-8 C/C 153.000-3 Banco Sicredi - Ag. 0116 C/C 8376-3 Escolha o banco da sua preferência e, após efetuar o depósito, envie o comprovante via fax.

Solicite a sua assinatura via Portal Luteranos


Jorev Luterano - Janeiro/Fevereiro - 2014

Curtas

Emergência! Professor da Faculdades EST recebe Prêmio Capes de Tese

O ex-aluno e atual Professor da EST, Dr. Iuri Andréas Reblin, conquistou o Prêmio Capes de Tese 2013. Com uma abordagem inédita, a tese vencedora tem por tema as histórias em quadrinhos sob uma perspectiva teológica, ocupando-se com uma leitura hermenêutica das histórias de dois super-heróis, Superman e Shazam, a partir da Teologia do cotidiano. Pesquisador e autor de artigos e livros sobre o tema, Reblin disse que a conquista do prêmio representa um marco para o conhecimento teológico científico no país. “Em um espectro amplo, ela expressa um pensar teológico envolvido e comprometido com a sociedade, com a cultura e com o que acontece no dia a dia, ao buscar compreender a Teologia que se imiscui nos meandros das produções artístico-culturais contemporâneas – a cultura pop – e que nos é apresentada diariamente em filmes, novelas e, especialmente, neste caso, nas histórias em quadrinhos”, esclareceu. Orientado pela Professora Dra. Laude Brandenburg, que também recebeu o prêmio em Brasília/DF, Iuri disse que o prêmio significou a legitimação da própria pesquisa, que abordou um tema ainda visto com ressalvas e suspeitas em muitas academias brasileiras. Segundo o Pesquisador, permanecem resquícios Profa. Dra. Laude Brandenburg e Prof. Dr. Iuri Reblin da campanha virulenta contra as histórias em quadrinhos empreendidas na segunda metade do século passado, definindo-as como subculturas, leituras supérfluas, nocivas ao desenvolvimento de crianças e adolescentes que nada teriam a acrescentar na constituição dos sujeitos. “O prêmio está aí para mostrar o contrário, ou seja, que abordar temas da cultura pop é relevante, imprescindível e necessário para o próprio desenvolvimento científico na área das ciências humanas, o que inclui também a Teologia”, destacou. O Professor Reblin recordou ainda o incentivo e o apoio da Professora Laude, que sempre o motivou a apostar na pesquisa e na análise dos quadrinhos. “Sem essa parceria, esse apoio e esse pensar juntos, a tese não teria alcançado o mérito que alcançou”, agradeceu. Professor no Mestrado Profissional em Teologia da EST, Reblin também atua na coordenação técnica de publicações e na coordenação pedagógica de cursos na Educação a Distância da instituição. Em reconhecimento ao seu esforço intelectual e acadêmico, receberá da Capes uma bolsa para a realização de estudos pós-doutorais. Esta é a segunda vez que uma tese constituída no bojo da Faculdades EST recebe o prêmio máximo do conhecimento científico brasileiro, em um hiato de dois anos, reiterando a instituição como referência na pesquisa em Teologia no país.

Estima-se que 84% da população brasileira residam nas cidades, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse acúmulo populacional, especialmente nos centros urbanos, empurra a parcela mais pobre para localidades de difícil acesso, sem saneamento básico, pavimentação, segurança, educação e transporte público de qualidade, colocando-a em situação de vulnerabilidade frente a fenômenos como inundações, vendavais e incêndios. Esses mesmos fenômenos podem causar vitimas em qualquer outra localidade, mas a intensidade da catástrofe será maior nesse contexto. Diante desta realidade, a Igreja é desafiada a atuar em favor das pessoas e Comunidades afetadas. É fundamental que as Comunidades estejam preparadas para atuar em situações de emergência, tanto no âmbito da resposta, quanto no preparo e reabilitação, o que envolve a articulação com setores públicos e outras organizações, com vistas à criação de redes locais de apoio e de incidência pública em favor dos direitos das populações afetadas. Para que as Comunidades possam atuar, é necessário organizar, articular e capacitar. Nesse sentido, a IECLB e a FLD desenvolveram o Mecanismo de Atuação em Emergências, um guia básico para Sínodos e Paróquias agirem, por meio da ação diaconal, em situações de sofrimento. Jeremias anuncia Procurai a paz da cidade... (29.7). A paz e o bem-estar das pessoas, na cidade ou no campo, estão diretamente ligados às condições dignas de vida e sobrevivência. Assim, somos pessoas chamadas a assumir papel protagonista também nesse campo de ação diaconal. Ms. Marilu Nörnberg Menezes e Ms. Rogério Oliveira de Aguiar, respectivamente Coordenadora Programática e Assistente de Projetos da Fundação Luterana de Diaconia, em Porto Alegre/RS

OFERTAS NACIONAIS 19 de janeiro 2º Domingo após Epifania Mecanismo de Atuação em Emergências A Fundação Luterana de Diaconia (FLD), organização diaconal criada pelo Conselho da Igreja em 2000, com sede em Porto Alegre/RS, que atua no apoio a pequenos projetos de Comunidades da IECLB, movimentos sociais e grupos diaconais e populares, está desenvolvendo, desde 2011, o Mecanismo de Atuação em Emergências. Além da preparação para a resposta imediata a um desastre, o mecanismo inclui também oficinas de capacitação em apoio psicossocial de base comunitária em emergências. Em 2011, o Brasil ficou em sexto lugar no ranking dos países mais atingidos por desastres e há um despreparo comprovado dos municípios na redução de riscos e na reabilitação, por isso, como Igreja, somos chamados e chamadas a participarmos dos núcleos de defesa civil. 9 de fevereiro 5º Domingo após Epifania Bolsas de Incentivo para Estudantes de Teologia Toda pessoa batizada é chamada a dar o seu testemunho cristão no mundo, exercendo o sacerdócio geral. No entanto, a Comunidade necessita de pessoas que sejam especialmente preparadas para anunciar o Evangelho, administrar os Sacramentos e despertar a fé, por isso a IECLB zela pela boa formação e preparação dos seus futuros Ministros e das suas futuras Ministras. Cuidar da formação é uma tarefa que envolve toda a Igreja e é no convívio comunitário que são despertadas vocações para a atuação ministerial. A Comunidade motiva, acompanha e apoia estudantes durante o seu período de estudo.

INDICADORES FINANCEIROS UPM Dezembro/2013 3,2589 Índice Novembro/2013 0,34% Acumulado do ano

7,68%

3


Jorev Luterano - Janeiro/Fevereiro - 2014

4

Atualidade

Entre alegria e sofrimento: P. DR. ONEIDE BOBSIN Reitor da Faculdades EST

Perfume e autorretrato: desperdício solidário

Correu pelo mundo a cena do Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ao lado da sua esposa, Michelle Obama, fazendo um autorretrato com a Primeira Ministra da Dinamarca, Helle ThorningSchmidt, em um aparelho celular. A cena dos dois políticos rindo e se autofotografando não teria tido um impacto tão grande se não tivesse acontecido no velório de Nelson Mandela, ex-Presidente da África do Sul e Nobel da Paz, ocorrido em 10 de dezembro de 2013. A Primeira Ministra e o Presidente Obama comportaram-se como os jovens que costumam fazer autorretratos a toda hora, o que vem sendo traduzido pelo termo selfie - a nova palavra da Língua Inglesa que se espalhou pelo mundo no ano passado. Mesmo sendo uma nova palavra, selfie nomeia uma realidade muito antiga e tão comum no nosso tempo. Conta o mito que Narciso se encantou tanto consigo e com a sua beleza, que, ao ver-se espelhado na água, tentou se abraçar, afogando-se. O amor exagerado por si e pela sua beleza pode ser fatal. A palavra ‘selfie’ estaria denunciando uma onda de narcisismo? Mandela não foi afetado pelo encanto por si mesmo. Ao contrário, colocou a sua vida a serviço de uma causa: superar um regime em que brancos oprimiam a população negra. Também foi celebrado e será lembrado como um Político que não olhou para os próprios interesses, abrindo mão da vingança em nome da justiça reconciliadora. Como teremos eleições neste ano, esperamos que candidatos e eleitores possam se espelhar em Mandela, abolindo a palavra selfie. Espelhando-se em Mandela, não morrerão afogados nos seus próprios interesses à custa da dor e da miséria de milhões de brasileiros e brasileiras. Independente da sua confissão religiosa, Mandela fez da sua vida o que a mulher de Betânia fez com Jesus, tempos antes da sua morte, ao derramar um frasco de perfume caro sobre a sua cabeça, o que deve ter custado um ano de trabalho. Os discípulos de Jesus viram naquele gesto um desperdício de dinheiro, que poderia ter sido dado aos pobres (Mateus 26.6-13). Jesus, porém, admoestou os discípulos a não aborrecerem a mulher. O que ela fez foi perfumar o meu corpo para o meu sepultamento, disse Jesus. Mandela e a mulher de Betânia ignoram a palavra selfie e o que ela significa. Antes teriam visto no espelhinho do celular o próprio Jesus, que ‘desperdiçou’ a sua vida por nós. Ele apaixonou-se por nós. Logo, será tempo de antisselfie – Paixão.

Logo, será tempo de antisselfie: Paixão

espiritualidade e ética no Ministério na IECLB

B

uscando responder a questões do tipo Como podemos nos sentir bem no Ministério? Como podemos servir com alegria e com ética em um mundo utilitarista e imediatista? Como fortalecer a nossa espiritualidade nesse contexto? Como ser feliz no Ministério e na Igreja sem que tudo esteja sempre dando certo? Como e o que precisa acontecer para nos sentirmos mais IECLB?, foi realizada a Convenção de Ministras e Ministros da IECLB - 2013, sob o tema Entre alegria e sofrimento: espiritualidade e ética no Ministério na IECLB, de 15 a 17 de outubro A Convenção reuniu aproximadamente 500 Ministros e Ministras da IECLB de 2013, em Curitiba/PR. Segundo a Comissão Organizadora, a Ainda na terça-feira, o Rev. Ms. Ricardo edição de 2009 da Convenção recebeu avalia- Gondim ministrou a palestra ‘O encanto do ção extremamente positiva e foi considerada Ministério’, seguida pelos comentários da Pa. uma oportunidade para reencontro, estudo e Rita Panke e, posteriormente, pelas pergunfortalecimento vocacional e ministerial: “Mi- tas da plenária. nistros e Ministras motivados contagiam as No segundo dia de atividades, a palesComunidades para a prática da comunhão, tra do evento foi ‘Ambiente organizacional da evangelização, da diaconia, da liturgia, da e Ministério’, ministrada pela Profª. Gudrun educação cristã, da comunicação e da susten- Schmidt, seguida pelos comentários do Prof. tabilidade, por isso buscamos destacar nesta Delmar Hinnah e, na sequência, pelas consiConvenção a experiência de ‘dar a vida’ pelo derações da plenária. Evangelho, pela vocação, pela Igreja. Pessoas Na parte da tarde, foram oferecidas Ofique se entregam, trabalham, estudam... pre- cinas de capacitação, que tiveram as inscricisam ser valorizadas e contempladas”. ções disponibilizadas, antecipadamente, via O evento ocorreu nas dependências da Portal Luteranos. Igreja Presbiteriana do Brasil (IPB), no CoNos intervalos, com café oferecido pela légio Decisivo e no Clube Thalia, ambos nas OASE, Ministros e Ministras visitaram os imediações da IPB, reunindo aproximada- estandes dos expositores, entidades, organimente 500 Ministros e Ministras Ordenados zações e editoras vinculadas à IECLB, como aos quatro Ministérios na nossa Igreja: Cate- a Fundação Luterana de Diaconia (FLD), a quético, Diaconal, Missionário e Pastoral. Obra Gustavo Adolfo (OGA), a Associação As atividades do primeiro dia da Con- de Mútuo Auxílio (AMA), a Luterprev, a Livenção iniciaram às 14 horas com o creden- vraria Martin Luther, a Editora Sinodal e a ciamento. As boas-vindas foram dadas pelo União Cristã. P. Dr. Nestor Friedrich, Pastor Presidente da No último dia de atividades, a terceira paIECLB, que comemorou a presença de Mi- lestra do evento: ‘Espiritualidade e Ética no nistros e Ministras e agradeceu a acolhida da Ministério’, foi apresentada pelo P. Dr. Vítor Igreja Presbiteriana do Brasil, representada Westhelle. pelo Rev. Juarez Marcondes Filho. Na seO encerramento da Convenção de Minisquência, foram apresentados os 18 Pastores tras e Ministros da IECLB - 2013, aconteceu Sinodais da IECLB. O P. Jorge Schieferdecker, com um belíssimo culto eucarístico, que teve Pastor Sinodal do Sínodo Paranapanema, participação dos 18 Pastores Sinodais da IgreSínodo anfitrião do evento, compartilhou o ja, coordenação da Presidência e pregação do programa para os três dias e agradeceu a to- Pastor Presidente, P. Dr. Nestor Friedrich. dos os envolvidos nos preparativos da ConNa despedida, o Pastor Presidente pediu: venção. Finalizando a abertura do encontro, “Que, na nossa caminhada ministerial, eno P. Carlos Möller, Pastor Sinodal do Sínodo quanto irmãos e irmãs que caminham juntos Brasil Central e Pastor 1º Vice-Presidente da e juntas, levemos as cargas uns dos outros. IECLB, e a Pa. Silvia Genz, Pastora 2ª Vice- Que os nossos diálogos nos levem à hospita-Presidente da IECLB, conduziram uma de- lidade, à construção de relações de confiança vocional, que foi seguida de muitos abraços e respeito e que estes resultem em alegria no entre Ministras e Ministros. Ministério”.


Jorev Luterano - Janeiro/Fevereiro - 2014

Presidência

Tema do Ano da IECLB para 2014

E

m dezembro, iniciamos mais um Ano Litúrgico, Advento, época especial na caminhada de fé da comunidade de Cristo, tempo de conhecermos o novo Tema do Ano da IECLB. Um dos motivos de a IECLB promover, a cada ano, uma reflexão sobre um determinado Tema é o fortalecimento da unidade e da identidade da Igreja em âmbito nacional. Esta ação, além de fortalecer os laços comunitários, também visa a motivar a família luterana para ser sal e luz no mundo. Nesse sentido, o Tema 2014, viDas em comunhão, tendo como Lema a palavra bíblica de Jeremias 29.7, Procurai a paz da cidade para onde vos desterrei e orai por ela ao Senhor, porque na sua paz vós tereis paz, tem conexão com os Temas dos dois últimos anos.

O Tema de 2012 (Comunidade jovem - Igreja viva) procurou apontar o potencial da vivacidade juvenil, que é inerente a uma comunidade cristã. O Tema de 2013 (Ser, Participar, Testemunhar - Eu vivo comunidade) destacou, com o verbo testemunhar, o imperativo evangélico de a comunidade cristã não viver fechada em si mesma, mas abrir as suas portas, ‘derrubar os muros’ que dificultam a conexão com o seu entorno. Esta vinculação reforça que a IECLB está no meio da cidade, inserida na cidade, é parte da cidade e não está alheia a ela. Como tal, é também responsável pelo bem-estar da sua gente, por meio de orações e ações solidárias e promotoras da paz. O Tema de 2014 convida a olhar para a cidade, vendo-a como um espa-

P. NESTOR FRIEDRICH Pastor Presidente da IECLB

Ser, Participar, Testemunhar Eu vivo comunidade

Alegrai-vos

sempre no Senhor

Ser, Participar, Testemunhar! Estes verbos, presentes no cartaz do Tema do Ano 2013 da IECLB, serviram de base, nos dias 17 e 18 de agosto de 2013, em São Jorge D’Oeste/PR, para realização da 17ª Assembleia do Sínodo Rio Paraná. A Mensagem da Assembleia Sinodal, que contou com a presença da Pa. Silvia Genz, Pastora 2ª Vice-Presidente da IECLB, explicou o uso e a importãncia dos três verbos na vida comunitária: - Ser: somos as mãos de Deus que servem com amor, dedicação e alegria. Devemos ser e fazer a diferença, como cristãos e cristãs. - Participar: Eu vivo comunidade! Com essa frase, a Pa. Silvia Genz instigou a reflexão sobre a forma de colocarmos as nossas mãos à disposição do ser e do servir nas Comunidades, o que também se fez presente no Relatório do P. Lauri Becker, Pastor Sinodal. - Testemunhar: houve muitos testemunhos de alegria, crescimento, edificação e anseios das Comunidades, impulsionando, assim, a implantação do Plano de Ação Missionária da IECLB (PAMI). A Mensagem mencionou, ainda, a Campanha Nacional de Ofertas para a Missão Vai e Vem, que nos lembra que Deus espera de nós corações agradecidos e mãos generosas. Assim, somos envolvidos de tal maneira na missão, sendo agentes e alvos da mesma, pois vivemos comunidade!

ço em que a vida em comunhão e o florescimento da paz são possíveis, pois as cidades são formadas por pessoas de Deus, que têm sede de sentido e de comunhão com Ele e entre si. O Deus que as pessoas buscam para a comunhão e a salvação na comunidade cristã também está no meio urbano. Hoje, a cidade é, como nos tempos do profeta Jeremias, um mercado para as religiões. Fazer a diferença em prol da paz como Comunidade Evangélica de Confissão Luterana requer trabalho e atitudes corajosas para fazer frente à desesperança, requer perguntar constantemente pelo lugar da Igreja (da cruz) na paisagem urbana, pois este não se mostra automaticamente – é preciso ser revelado por meio do testemunho concreto de comunhão e de serviço.

......

viDas em comunhão

Janeiro/Fevereiro 31/1 a 2/2 Simpósio sobre Brasil: 150 anos Otto Kuhr Neuendettelsau/Alemanha P. Nestor Friedrich 21/2 a 22/2 Reunião da Diretoria do Conselho da Igreja Porto Alegre/RS P. Nestor Friedrich 23/2 150 anos da Comunidade da Ressurreição na Estrada da Ilha Joinville/SC P. Nestor Friedrich

Os participantes da XVI Assembleia do Sínodo Noroeste Riograndense, reunidos na Comunidade Bela União, em Santa Rosa/ RS, no dia 14 de setembro de 2013, foram desafiados a planejar o viver comunitário a partir do Tema 2013: Ser, Participar, Testemunhar - Eu vivo comunidade. A Mensagem da Assembleia, que teve a participação do P. Dr. Nestor Friedrich, Pastor Presidente da IECLB, destacou “somos lideranças nas nossas Comunidades e temos papel importante no viver comunidade: corresponder ao chamado de forma coerente e responsável. Como lideranças, atuamos em parceria. A partir de Cristo, formamos uma família de fé e a Comunidade é um presente de Deus. Deus colocou importantes missões para o Sínodo: evangelização e diaconia. Como Assembleia, lideranças e membros de uma mesma família, precisamos ter um olhar cuidadoso para as dificuldades e um olhar atencioso para as potencialidades. Não tenhamos medo diante dos desafios que surgem no viver comunidade, pois Deus nos cuida e age por meio de nós. Sirvamos com alegria, pois o nosso testemunho contagia à participação”.

Ânimo para viver comunidade A pregação do culto realizado durante a Assembleia do Sínodo Nordeste Gaúcho, no dia 28 de setembro de 2013, em São José do Hortêncio/RS, esteve a cargo do Pastor Presidente da IECLB, P. Dr. Nestor Friedrich, que tomou por base o Lema do Ano 2013, Eu sou o seu Deus. Eu lhes dou forças, ajudo e protejo com a minha forte mão (Isaías 41.10), que acompanha o Tema Ser, Participar, Testemunhar - Eu vivo Comunidade: “É preciso lembrar sempre da presença constante de Deus nas nossas vidas, o que nos anima a viver cada vez mais comunidade”, afirmou. O culto foi conduzido pelo Pastor Sinodal, P. Altemir Labes, pela Pastora Vice Sinodal, Pa. Tania Cristina Weimer, e pelo Ministro da Comunidade, P. Cláudio Röhsig, com a participação dos Grupos Anima, da Faculdades EST, de São Leopoldo/RS, e Unidos no Louvor, da Comunidade Martim Lutero, de Arroio Bonito/RS.

5


Jorev Luterano - Janeiro/Fevereiro - 2014

6

Sustentabilidade

Conscientização sobre a necessidade de práticas de vida sustentável

No Sínodo Rio dos Sinos, as ações de misericórdia junto aos mais vulneráveis são realizadas por iniciativas de grupos de Comunidades que praticam uma diaconia direta

O

Sínodo Rio dos Sinos é constituído por Comunidades e Paróquias urbanas. De modo geral, as cidades parecem ser, pelo intenso consumo e pela deterioração ambiental, as vilãs que ameaçam a Sustentabilidade do planeta, mas o que afeta a Criação de Deus é a escolha da humanidade pela exploração em vez da prática do cuidado, ordenado por Deus. No Planejamento Estratégico do Sínodo Rio dos Sinos está presente o tema ‘Missão Urbana’. Uma das primeiras conclusões foi a respeito da necessidade de mobilizar pessoas para gerar Comunidades sustentáveis e atuantes nas cidades. Mobilizar pessoas é mobilizar talentos, competências e recursos materiais para a missão de Deus. O testemunho cristão passa por adotar práticas sustentáveis nos prédios, nas vias de acesso, nos deslo-

camentos das pessoas para participarem das atividades comunitárias, na conscientização individual e coletiva sobre a necessidade de práticas de vida sustentável. Um exemplo de Sustentabilidade que acontece em quase todas as Comunidades é a realização de brechós. As Comunidades recolhem doações, organizam os brechós, vendem os produtos por preços acessíveis, obtêm recursos para atender as suas necessidades e os seus projetos de missão e evitam o consumo de mais energia, matériaprima e desgaste do solo para a produção. No nosso Sínodo, as ações de misericórdia junto aos mais vulneráveis são realizadas por iniciativas de grupos de Comunidades que praticam uma diaconia direta. Também existe um trabalho de vulto realizado por organizações sociais pertencentes às Co-

Luterprev Responde

ajudando a planejar o seu futuro Tenho dois filhos, de 3 e 6 anos, e quero que eles tenham acesso à faculdade. Pensei em abrir uma poupança, mas um colega de trabalho indicou um plano chamado LuterEduc. Como funciona esse plano? Trata-se de um plano previdenciário criado pela Luterprev para atender demandas como essa: ajudar a garantir a universidade dos filhos. Contribuições mensais irão compor um fundo a ser transformado em uma renda também mensal, pelo período de cinco anos, quando os seus filhos completarem 18 anos. Como é estipulada a contribuição? O valor está diretamente ligado à renda desejada e ao tempo de contribuição. Quanto menor o seu filho, mais tempo de contribuição haverá e a mensalidade será mais baixa. Quanto mais perto de

completar 18 anos ele estiver, mais curto será o tempo de contribuição e mais alto o valor da contribuição. Quando os meus filhos completarem 18 anos, a renda só poderá ser usada para pagar a faculdade? Não necessariamente. Se os seus filhos preferirem fazer uma viagem de estudos, um curso técnico ou mesmo adquirir um bem, contarão com o valor acumulado para isso. No caso da viagem, por exemplo, poderão optar pelo resgate total, em vez de receber o benefício mensalmente. É importante saber que, ao completarem 18 anos, que é a idade limite para permanecer no LuterEduc, eles terão que, obrigatoriamente, escolher entre o resgate e os cinco anos de benefício mensal.

munidades. Estas organizações, por força da lei da assistência social, tornaram-se profissionais, mas continuam com a essência da diaconia. Na motivação central está o chamado de Cristo. A baixa taxa de natalidade, o envelhecimento da população, a anomia nas cidades, o mercado religioso e uma nova concepção de espiritualidade têm diminuído o número de membros nas Comunidades em meio urbano. Para enfrentar esta realidade, o Sínodo Rio dos Sinos criou um Conselho de Mobilização de Recursos, que tem a incumbência de procurar formas de promover a sustentação financeira das Comunidades por meio da participação das pessoas. O objetivo é a missão de Deus! Essa tarefa não é fácil. Ainda é preciso quebrar paradigmas. Entretanto, há inciativas concretas, tais como criar um banco de talentos e especialidades para mobilizar pessoas ou mudar a forma de buscar recursos para realizar o orçamento anual das Comunidades. O centro da ação não deve estar nas promoções, mas na agregação de novos membros. A Sustentabilidade só vai ser alcançada com justiça social e bemestar geral. Enquanto uma parte da população consumir tudo o que dita a moda e a outra ficar ‘de fora’, não haverá condições de obtermos Sustentabilidade, por isso a tarefa das Comunidades é buscar as condições para que, na paz gerada pela justiça, encontremos condições de Sustentabilidade.

Se eu tiver que interromper a contribuição, posso retomar? Sim, da mesma forma como ocorre nos demais planos de previdência da Luterprev. Não há perdas ou cobrança de multas ou juros. Quando o cliente recobra a sua capacidade de seguir com o plano, retoma as contribuições. O período em que não houve o aporte mensal será recuperado no final do prazo ou, se preferir, por meio de contribuições extras. No andamento do plano, o que fazer caso eu decida que o benefício mensal, no futuro, deva ser maior do que o previsto no início? Basta fazer aportes extras, de acordo

A Sustentabilidade só vai ser alcançada com justiça social e bem-estar geral, na paz gerada pela justiça, afirmou o P. Carlos Bock, Pastor Vice Sinodal do Sínodo Rio dos Sinos

com a sua conveniência. A equipe da Luterprev poderá orientar sobre a relação de proporcionalidade entre valor total de contribuições e valor do benefício no final do plano, ajudando a refazer o cálculo até atingir a renda mensal pretendida. O LuterEduc oferece algum benefício fiscal, como ocorre com outros tipos de previdência privada? Sim, conforme previsto em lei, as contribuições reduzem a base de cálculo do Imposto de Renda Pessoa Física em até 12% da sua renda bruta anual. O mesmo acontece com eventuais aportes extras.

Visite o site da Luterprev (www.luterprev.com.br) e faça uma simulação para a sua aposentadoria complementar. No site da Luterprev, você também encontra um link para encaminhar a sua pergunta à coluna. Se preferir, envie diretamente para luterprev@luterprev.com.br, com o assunto Jorev Luterano.


Jorev Luterano - Janeiro/Fevereiro - 2014

Comunicação

Comunicação precisa, entre outros objetivos, promover a comunhão entre ‘as pedras vivas’ (1Pe 2.5) do nosso Sínodo, destacou o P. João Artur Müller da Silva, membro do Conselho Assessor de Comunicação do Sínodo Rio dos Sinos

Desenvolver ações e comunicar o que estamos planejando e desenvolvendo

S

e nós estabelecermos um ambiente de comunicação e confiança, isso vai virar tradição - é nessa convicção que o Conselho Assessor de Comunicação do Sínodo Rio dos Sinos busca motivação, criatividade e compromisso para refletir sobre tarefas e desafios da Comunicação. Desde a sua criação, em 2011, o Conselho foi mapeando as necessidades para alcançar maior divulgação, informação e Comunicação entre todos os agentes sinodais (Ministros, Presbíteros e lideranças). O Conselho, formado por sete membros, atuantes e envolvidos profissionalmente com Comunicação, adotou a prática de criar grupos de trabalho para estudar e desenvolver determinadas tarefas que, posteriormente, são discutidas por todos e encaminhadas aos órgãos diretivos do Sínodo. O primeiro desafio foi desenvolver uma nova formatação para o jornal do Sínodo, que recebeu o nome de ‘Sinos da Comunhão’, divulgando, já no seu título, o propósito principal: badalar, promover a comunhão, pois entendemos que Comunicação precisa, entre outros objetivos, promover a comunhão entre ‘as pedras vivas’ (1Pedro 2.5) do nosso Sínodo. Desde julho de 2011, o jornal ‘Sinos da Comunhão’ circula nas Comunidades e instituições da nossa Igreja com nova ‘cara’ e novo conteúdo. Também fomos ‘costurando’ a Política de Comunicação, divulgada na edição de dezembro de 2011 do jornal sinodal, para que todas as pessoas pudessem conhecer e comprometer-se com a proposta, pois,

O Sínodo Rio dos Sinos também está presente no Portal Luteranos, publicando conteúdos em geral sobre as suas Paróquias e Comunidades sem um marco referencial, é difícil desenvolver ações e fomentar a cultura de ‘colocar em comum’, comunicar o que estamos planejando, sonhando e desenvolvendo. Ainda esteve na pauta do Conselho a questão referente à formação de Ministros sobre Comunicação. Em 2013, realizamos o Curso de Formação para Ministros na área da Comunicação, em duas etapas, em parceria com a Faculdades EST, em São Leopoldo/RS. Com palestras e oficinas, teoria e prática, proporcionamos aproximação e conhecimento sobre o que significa ‘mexer com Comunicação’ nos grupos, na Comunidade, no Sínodo. São sementes lançadas em terrenos férteis! O site do nosso Sínodo também ocupou a pauta de muitas reuniões, porque sentimos a necessidade de ter um site ágil, interativo e compatível com as necessidades do Sínodo. A participação de profissionais em

web design e desenvolvimento de sites foi decisiva para alcançarmos os objetivos. O Sínodo Rio dos Sinos também está presente no Portal Luteranos, Portal nacional da IECLB, publicando conteúdos em geral sobre as suas Paróquias e Comunidades. Os Sínodos Rio dos Sinos e Nordeste Gaúcho participam da reflexão e do acompanhamento da programação evangélica luterana da Rádio União FM, de Novo Hamburgo/RS e Pelotas/RS, buscando aprimorar a transmissão destes conteúdos pelos programas específicos veiculados pela rádio. Na semana de 31 de outubro de 2013, Dia da Reforma, disponibilizamos o vídeo ‘Ser luterano hoje’ para toda a IECLB, material cuja produção envolveu o Conselho Assessor de Comunicação na concepção e no roteiro, produzido para promover reflexão sobre o ser luterano na atualidade.

7



Jorev Luterano - Janeiro/Fevereiro - 2014

10

Formação

Missão e Formação se enriquecem mutuamente, na verdade, se completam!

E

“Ao investir em Formação, o Sínodo Rio dos Sinos procura ir ao encontro da ordem de Jesus: fazer discípulos e ensinar-lhes tudo o que Ele nos ordenou”, ressaltou a Pa. Cleide Olsson Schneider, Ministra na Comunidade Feitoria, em São Leopoldo/RS, no Sínodo Rio dos Sinos

m 2011, Sínodo Rio dos Sinos ocupou-se com a elaboração do seu Plano de Ação Missionária (PAMI). Para executar o Plano, foram criados Conselhos Assessores, que receberam tarefas específicas. Um destes Conselhos ficou responsável pela Formação e Articulação Comunitária. No Sínodo, o planejamento e a execução das ações ligadas à Formação acontecem em três áreas: Formação de Membros das Comunidades, Formação de Líderes e Formação para Ministros e Ministras. - Formação de Membros das Comunidades: esta área está sob os cuidados de cada Comunidade e Paróquia, que tem no Sínodo espaço para promover a divulgação dos diversos cursos oferecidos para diferentes segmentos, como novos membros, líderes e membros em geral. - Formação de Líderes: em 2013, o Sínodo empenhou-se especialmente na organização e na execução de Retiros para Líderes. Os Retiros para Líderes procuraram atender líderes jovens e outros líderes das Comunidades e Pa-

róquias. Para os jovens, o tema abordado foi ‘Como ser jovem hoje - Como ser um líder jovem’. Foi um tempo rico de convívio e comunhão. Os três Retiros para Líderes oferecidos ao longo do ano que passou tiveram caráter motivacional, buscando na Bíblia os referenciais para o exercício da liderança nas Comunidades hoje. Também foi um momento para partilha, comunhão e crescimento na fé. - Formação para Ministros e Ministras – ainda em 2013, foi promovido um Curso de Comunicação Cristã, em parceria com a Faculdades EST, sob a coordenação do Conselho de Comunicação do Sínodo. Para a Formação na área da educação cristã, o Sínodo, também em parceria com a Faculdades EST, promoveu o Seminário Sinodal de Criatividade, sob o tema central ‘Pedagogia de Jesus’. Com muita criatividade e música, o Seminário aconteceu em duas etapas, visando a auxiliar Orientadores e Orientadoras de Culto Infantil e Ensino Confirmatório com dinâmicas, técnicas e músicas. Outros cursos tiveram espaço na programação sinodal, como a Oficina de Confecção de Paramentos, promovida pelo Setor de Liturgia da IECLB. Para 2014, estão previstos novos Retiros Motivacionais para Líderes, o Curso para Multiplicadores em Diaconia, o Seminário Sinodal de Criatividade, a Formação Qualificada de Líderes e o Curso de Formação Continuada para Ministros e Ministras. O Conselho Assessor de Formação investirá, além disso, no preparo dos Seminários de Formação de Presbíteros, que serão promovidos em 2015, quando novos Presbitérios iniciarão o seu mandato em praticamente todos os âmbitos: Sínodo, Paróquias, Comunidades, setores de trabalho... Dezenas de Comunidades e Paróquias realizam diversos cursos de Formação teológica de membros, que são oferecidos em variados formatos. Nesse sentido, ao investir em Formação, o Sínodo Rio dos Sinos procura ir ao encontro da ordem que Jesus Cristo deu aos seus seguidores e às suas seguidoras: fazer discípulos e ensinar-lhes tudo o que Ele nos ordenou. Missão e Formação se enriquecem mutuamente, na verdade, se completam!

Secretaria da Ação Comunitária Início de ano é tempo de terminar o que ficou inacabado no ano que passou, planejamento, desejar fazer algo novo, diferente, iniciar novos projetos... Tempo, também, de férias, relaxamento, descontração, estar junto com a família. Muitas pessoas aproveitam para visitar familiares, conhecer novos lugares, ir à praia ou fazer algo que não tiveram oportunidade ao longo do ano. É tempo de encontro e possibilidade de viver e construir vias de comunhão. O Lema bíblico (Procurai a paz da cidade para onde vos desterrei e orai por ela ao senhor, porque na sua paz vós tereis paz - Jeremias 29.7) do Tema do Ano 2014 (viDas em comunhão) nos diz que devemos procurar a paz da cidade, porque, dessa forma, teremos paz. Jeremias orienta as pessoas em exílio a fazerem a sua parte para tornar o lugar onde estavam e, consequentemente, a própria vida, mais

agradável. A mesma mensagem nos é transmitida hoje. Essas palavras têm tudo a ver com o período de férias. Tiramos férias do trabalho e dos estudos, mas não tiramos férias da nossa responsabilidade em tornar o lugar onde estamos ainda melhor do que o encontramos. Continuamos com a responsabilidade de zelar pela paz no trânsito, pela limpeza das vias, não jogando lixo no chão, na areia da

praia, no mar, na estrada, de tratar as pessoas com educação, gentileza e afeto, de agir com honestidade. Tempo de férias, tempo de se abrir para novas experiências, novos caminhos, mudanças de atitudes. Não precisam ser grandes ações. Podemos começar cumprimentando uma pessoa desconhecida, desejando-lhe um bom dia, dando-lhe um sorriso. Toda hora é apropriada para um gesto de gentileza, como abrir uma porta para uma pessoa, dar passagem, ceder a vez, o lugar. Dessa forma, contribuímos para que o lugar no qual nos encontramos seja melhor. Assim, colaboraremos para que a paz reine. Se assim agirmos, certamente, nosso ano já começará melhor. Tempo de férias, tempo de se abrir para novas experiências, novos caminhos, mudanças de atitudes. Boas férias e um abençoado 2014!

Pa. Rosangela Stange Coordenadora de Gênero, Gerações e Etnias Secretaria da Ação Comunitária


Jorev Luterano - Janeiro/Fevereiro - 2014

Fé Luterana 11

O coração da vida comunitária Culto: espiritualidade Há poucos dias, passou por nós a época de Natal e fim de ano, um tempo para viver momentos maravilhosos, um deles a oportunidade de nos reunirmos como família, cada qual vindo da sua casa para se encontrar em um lugar comum, para nutrir os laços que nos unem. As pessoas que, de fato, conseguiram viver esse momento de encontro familiar, começaram o ano de forma diferente: fortalecidas e revigoradas, pois buscaram entre ‘os seus’ reviver memórias e experiências que só conseguimos ter quando vamos ao encontro das nossas origens, da fonte da nossa existência. Não vivemos oportunidades assim somente por serem agradáveis e felizes, mas porque são necessárias e importantes para o sentido e a manutenção da vida. A partir disso, lembrei da definição tão conhecida e ensinada a nós, Ministros e Ministras, pelo Professor Nelson Kirst sobre o Culto Cristão. Kirst destacava que culto era ‘o encontro da comunidade de fé com Deus’. A mim, agrada a palavra ‘encontro’, pois o culto é o encontro da Comunidade, da família de Deus. Nele, nós, advindos dos mais diferentes lugares e participantes dos mais diferentes grupos, nos encontramos em um lugar comum para nutrir a nossa relação com Deus (a fonte da nossa existência) e a relação entre irmãos e irmãs na fé. Que tal irmos ao culto para nutrir a nossa espiritualidade por meio da Palavra de Deus, dos Sacramentos (Batismo e Santa Ceia) e da comunhão com a

nossa família de fé? Nesse encontro, temos a oportunidade de nos dedicarmos em tempo e coração a Deus e de podermos vivenciar a dimensão diaconal e comunitária que juntos experimentamos. Afinal, quem não necessita partilhar alegrias, tristezas, dúvidas e medos? No culto, podemos, em cantos, reflexões e orações, lembrar das pessoas necessitadas. Essa dimensão diaconal e comunitária nos abriga, irmana e envolve em amor, o mesmo amor cuidador e generoso que Cristo nos ensinou. Como é bom e reparador, em um encontro familiar, receber o afago, o carinho e o cuidado do nosso pai, da nossa mãe, da nossa família. Da mesma forma o é no encontro com Deus. No culto, de forma generosa, também somos cuidados e amados por Ele. No encontro da grande família de Deus, podemos nos abraçar, perceber o outro e a sua realidade e, assim, nos encontrando em culto como uma grande família, nós podemos celebrar a vida de forma abundante, como deseja Jesus Cristo. Que o ano de 2014 seja um ano de muitos encontros da grande família de Deus. Aceitemos o convite que Deus sempre nos faz e nos encontremos com Ele e em família, não somente porque é agradável e bom, mas também porque a comunhão se faz necessária para a manutenção da vida e da espiritualidade!

Pa. Gabrielly Ramlow Allende, formada em Teologia pela Faculdades EST, em São Leopoldo/RS. Atua na Paróquia de Rolante/RS

Para refletir, leia Atos 2.42-47

O culto que não termina

P. Wili Beno Bauermann, formado em Teologia pela Faculdades EST, em São Leopoldo/RS. Atua na Paróquia de Alto Jatibocas, em Itarana/ES

Escrevo ainda sob o impacto das intensas chuvas que se abateram sobre o Estado do Espírito Santo, atingindo fortemente as cidades e o interior, com famílias chorando e sepultando os seus mortos. No âmbito da Paróquia em Alto Jatibocas-Itarana/ES, tivemos inundações, desmoronamentos, deslizamentos, avalanches, famílias desabrigadas, desalojadas, estradas e caminhos bloqueados por barreiras de pedras, lama e árvores, além de pontes e bueiros destruídos, plantações arrasadas, sepulturas arrancadas - cenários de verdadeira destruição. Registros de dias e noites sem energia elétrica, telefone, Internet - isolados e incomunicáveis. Doentes sendo carregados em redes improvisadas com lençóis e varões de bambu, trilheiros rompendo caminhos pelos cafezais e pastos para alcançar moradores isolados, recolhendo receitas e retornando com os medicamentos. Resgate aéreo, alimentos e remédios trazidos de helicóptero pela Força Aérea Brasileira. Um Natal diferente... Um Natal com cancelamento e adiamento das atividades programadas a partir de 21 até 26 de dezembro de 2013. Um Natal muito diferente... sem programação natalina com a Comunidade reunida para celebrar o nascimento de Jesus, sem encenações, sem hinos, sem cultos, sem Santa Ceia... Um Natal muito, muito diferente... Então, não teve culto? Respondo que nunca houve culto tão prolongado, contínuo e com tanta participação como neste Natal! Um culto verdadeiro, autêntico: orações de súplica pela paz na Criação, orações de agradecimento pela vida, reconciliações, partilhas, acolhimento, cuidado, cooperação, solidariedade, enfim o amor ao próximo vivido inten-

samente. Para Gregory Dix (Monge e Sacerdote inglês, 1901-1952), ‘o culto [...] é, necessária e intencionalmente, ação comunitária. Partindo da análise de Dix, o P. Dr. Romeu Martini escreve: ‘culto cristão é um acontecimento (fato histórico) que reúne a comunidade (de fé) e Deus, estabelecendo um diálogo entre ambos. [...] é realizada uma ação (liturgia), [...] e impulsiona a comunidade para a sua missão cotidiana no mundo’. Segundo Martim Lutero, Alles, was nach dem Wort Gottes geschieht, ist wahrer Gottesdienst. Em tradução livre: ‘Tudo que acontece de acordo com a Palavra de Deus é culto verdadeiro’. Neste Natal, ficou muito claro que o culto não termina com a bênção e o envio. A liturgia com a Comunidade reunida para ouvir a Palavra de Deus, conhecer a sua vontade, receber os Sacramentos do Santo Batismo e da Santa Ceia do Senhor que nos ‘firma e guarda na fé para a vida eterna, vivifica e fortalece na fé em Deus e no amor fraternal entre todos’, termina, sim, com o envio, o poslúdio e o badalar dos sinos. Entretanto, o culto não termina. O culto continua com a segunda liturgia, que inicia com o envio: Ide em paz e servi ao Senhor com alegria e a resposta da Comunidade: Demos graças a Deus! Para refletir, leia Lucas 10.25-37


Jorev Luterano - Janeiro/Fevereiro - 2014

12

Geral P. Dr. Emilio Voigt, Assessor de Formação do Sínodo Vale do Itajaí

Educação cristã

vivendo, aprendendo e ensinando

Quantos livros você tem na sua casa? Imagino que tenha uma pequena biblioteca, muito fácil de transportar. Falo a respeito da Bíblia, que não é um livro, mas uma coleção de 66 livros. Todo livro tem a sua história e, normalmente, um objetivo. Um livro de culinária ensina a fazer salgados, doces e tantos outros pratos deliciosos. Um livro de mecânica de automóveis trata sobre os elementos que compõem um carro e o seu funcionamento. Do que trata a Bíblia e qual é o seu objetivo? A Bíblia conta a história de Deus com o seu povo. Mesmo assim, ela não é um livro de história, pelo menos não no sentido de história como aprendemos na escola. Costumamos entender história como sucessão de fatos que podem ser comprovados com datas, personagens, locais, informações escritas, achados arqueológicos, etc. A Bíblia não se preocupa em fornecer informações minuciosas e precisas do ponto de vista científico. Na Bíblia, história é falar às gerações presentes e transmitir às gerações futuras os feitos de Deus. Antes de ser escrita, a Bíblia foi narrada. Histórias do Antigo Testamento foram contadas e passaram ‘de boca em boca’ durante séculos. Poucas pessoas

sabiam ler e escrever e não havia papel e caneta como hoje... muito menos computador! Também as palavras e as histórias sobre Jesus e as primeiras comunidades cristãs não foram escritas imediatamente. Se hoje temos a Bíblia nas nossas mãos, devemos isso a muitas mulheres e muitos homens que se esforçaram para preservar a memória e passar adiante aquilo que testemunharam ou ouviram. Dois eventos marcaram de forma especial a história do povo de Deus. No Antigo Testamento, temos a libertação do povo de Israel da escravidão do

Egito. No Novo Testamento, o ponto central é a revelação de Deus em Jesus. A maior parte dos demais relatos e ensinamentos da Bíblia decorre desses eventos ou pode ser explicada por meio por eles. A Educação Cristã é uma constante lembrança destes acontecimentos.

XXII Congresso Nacional da Juventude Evangélica (Congrenaje 2014) Thiago Pagung Lauvers Representante do Sínodo da Amazônia no Conselho Nacional da Juventude (Conaje) A Bíblia é um livro que ensina, mas não é como o livro de culinária, que indica todos os passos para preparar uma refeição, ou como o livro de mecânica, que mostra o funcionamento das coisas. Nem sempre encontraremos explicações e respostas para as nossas questões, mas a história da ação de Deus no mundo, transmitida pela Bíblia, nos ajuda a encontrar princípios para a vida. As situações mudam, os princípios permanecem. Princípios básicos, como o amor, a justiça e a paz, estão testemunhados de diferentes maneiras na Bíblia e motivam a vivência da nossa fé nos dias de hoje.

Campanha Vai e Vem 2013 - Resultado O Tema para 2014, viDas em comunhão, lançado no primeiro domingo de Advento (1º de dezembro de 2013), convida a perceber que, independente de problemas e limitações, a cidade é espaço onde a comunhão é possível. O resultado da Vai e Vem é uma prova de caminhos de comunhão construídos nas e entre as cidades para apoiar projetos missionários. Com alegria, compartilhamos o resultado da Campanha 2013, agradecendo o seu testemunho e a sua oferta! Desejamos que, em 2014, a Vai e Vem continue sendo um sinal de solidariedade e comunhão na IECLB. Coordenação da Campanha Vai e Vem

Sínodo

Recebido

Amazônia

R$ 35.536,35

315

Brasil Central

R$ 16.000,00

325

R$ 7.626,84

Centro-Campanha-Sul

R$ 45.570,57

56

R$ 19.514,95

Centro-Sul Catarinense

R$ 63.247,65

89

R$ 28.371,96

Espírito Santo a Belém

R$ 95.262,09

110

R$ 43.443,06

Mato Grosso

R$ 34.662,83

301

R$ 16.706,83

Nordeste Gaúcho

R$ 56.242,81

67

R$ 23.874,66

Noroeste Riograndense

R$ 25.422,07

39

R$ 9.734,42

Norte Catarinense

R$ 84.471,57

87

R$ 37.650,00

Paranapanema

R$ 45.020,44

183

R$ 21.193,36

Planalto Rio-Grandense

R$ 76.187,87

127

R$ 35.271,32

Rio dos Sinos

R$ 38.641,43

55

R$ 16.039,75

Rio Paraná

R$ 63.658,56

161

R$ 29.872,84

Sudeste

R$ 38.199,87

137

R$ 17.768,86

Sul-Rio-Grandense

R$ 28.050,00

62

R$ 11.683,88

Uruguai

R$ 25.398,16

55

R$ 10.750,03

R$ 103.437,55

84

R$ 46.390,31

Vale do Taquari

R$ 39.832,99

78

R$ 16.434,65

Doações individuais

R$ 13.469,82 84

R$ 408.888,83

Vale do Itajaí

Total

R$ 928.312,63

* Valores recebidos de 20.11.2012 a 14.11.2013

% da meta

Retorna ao Sínodo R$ 16.561,14

Durante os dias 20 a 25 de julho de 2014, acontecerá, no Sínodo da Amazônia, na cidade de Espigão do Oeste/RO, o XXII Congresso Nacional da Juventude Evangélica (Congrenaje) e o VII Fest’art. Nós, no Sínodo da Amazônia, estamos nos preparando com muito empenho para receber jovens vindos de todas as partes do Brasil, para que todos e todas tenham dias abençoados, de muita alegria e aprendizado no Sínodo da Amazônia. Na parte de infraestrutura, temos a certeza que não deixaremos a desejar, pois não estamos medindo esforços para acomodar a juventude. Para isso, temos o apoio da Coordenação da Juventude, do Conselho Sinodal, da Diretoria da Paróquia e da Comunidade local, de maneira que, assim, em conjunto com o Conselho Nacional da Juventude Evangélica (Conaje) e a Secretaria Geral da IECLB, possamos realizar um ótimo Congresso. O tema escolhido para o XXII Congrenaje e o VII Fest’art é GerAção JE no mundo e o lema bíblico: Pois Nele vivemos, nos movemos e existimos, porque Dele também somos geração (Atos 17.28). É importante lembrar que, para melhor receber os nossos jovens e as nossas jovens, as vagas serão limitadas a apenas mil jovens. Então, fiquem atentos e atentas para a data do início das inscrições, a fim de não perderem a sua vaga! Venha você também ser geração para gerar ações no mundo!


Jorev Luterano - Janeiro/Fevereiro - 2014

Comportamento 13

Fé, gratidão e compromisso - Contribuição I*

P. Dr. Dr. h.c. Gottfried Brakemeier, autor de vários livros e artigos em revistas nacionais e internacionais, estudou Teologia no Brasil e na Alemanha, doutorou-se na área do Novo Testamento, em Göttingen, na Alemanha, foi Professor na Escola Superior de Teologia, em São Leopoldo/RS, exerceu a Presidência da IECLB, a Presidência do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (Conic) e a Presidência da Federação Luterana Mundial (FLM), voltando à docência na Faculdades EST e aposentando-se em 2002

A ‘contribuição’ tem significa ‘contribuição’ em muitas formas. Podemos termos exatos e precisos? contribuir com o nosso A terceira: Como gerentempo, as nossas capaciciar contribuição de modo dades, as nossas experiên‘evangélico’? Trata-se de cias, as nossas forças, os refletir sobre a razão, a nossos bens materiais. Ascompreensão e a prática sumir um cargo na Comuda contribuição nas nosnidade, a exemplo daquele sas Comunidades. do Presbítero, não deixa de Quanto à primeira ser uma maneira de conpergunta, referente à tribuir – e de extrema imrazão da contribuição, portância. A Comunidade inicio constatando que evangélica luterana vive todo membro de Comuda contribuição dos seus nidade é contribuinte membros. Se não mais hou– ou, então, deixa de ser Membros motivados vão contribuir com alegria, por isso é que o grau de satisfação ver membros contribuintes, membro. Não existem dos membros tem reflexos no caixa da Comunidade ela vai morrer. membros isentos de conIsto vale também para a ‘contribui- sabe que não pode forçar nada. Ela ne- tribuir. No Imposto de Renda, sim. O ção financeira’, assunto este no qual cessita da compreensão, da disposição Estado isenta pessoas com renda abaivamos concentrar a nossa atenção. e do apoio dos seus membros. xo de determinado limite. Isto não se É verdade que a Comunidade cristã É por isso que a Igreja deve in- aplica na Igreja. A razão é muito simvive da Palavra de Deus. É esta a fon- vestir na motivação. É fundamental ples: Não existe ‘membro’ do corpo te da sua vida. Não é o dinheiro que conseguir o consentimento dos mem- que não cumpra determinada função. desperta a fé, mas seria um engano bros em relação aos gastos, ao uso dos Todos os membros são importantes, entender isto como licença para des- recursos, ao modo da arrecadação. disse o apóstolo Paulo em 1Coríntios cuidar das finanças. Estas garantem Contribuição tem a identificação das 12, todos receberam o seu carisma, o funcionamento da Comunidade, a pessoas com a Comunidade por pre- todos têm algo a contribuir. Quem o pregação da Palavra, a infraestrutura missa. É importante que as pessoas nega, se afasta do corpo e deixa de ser da sua missão. Trata-se de uma evi- se orgulhem da sua Igreja. Membros membro. Aquele membro entra em dência que não necessita de justifica- motivados vão contribuir com alegria, ‘disfunção’. ção. Todas as instituições, incluindo a por isso é que o grau de satisfação Este é um dos fortes argumenIgreja, necessitam de verbas para cus- dos membros tem reflexos no caixa tos em favor da ‘contribuição geral tear o seu trabalho. Assim também as da Comunidade. Costumo dizer que de todos os crentes’. Existem outros. Comunidades da IECLB. dinheiro não é questão material, mas, Lembro que, como cristãos, sabemos Já que a filiação a uma Comunida- sim, espiritual. Em Comunidade viva, das nossas dívidas junto a Deus. Nós de religiosa é voluntária, tudo depen- não vai faltar dinheiro! Claro, se os vivemos, sem nenhuma exceção, do de da contribuição espontânea dos membros forem pobres, também os que Deus nos deu e dá. Isto vale tanto seus membros. Não é como no Estado, recursos serão escassos, por isso mes- em termos materiais como espirituais. que pode obrigar o cidadão a pagar mo proíbe-se medir a fé da Comuni- Vivemos do que a natureza nos dá e os impostos. Sonegação de impostos dade com base no volume das finan- vivemos do que o Evangelho nos dá, até mesmo é considerada crime. Na ças. No entanto, muitas Comunidades a exemplo da fé, do amor e da espeIgreja, as coisas são diferentes. A Co- pobres contribuem com bem mais do rança. munidade luterana não pode impor que Comunidades ricas, lamentavelDeus sempre dá de graça! Será ‘leis’. Ela deve apelar à boa vontade mente. Nem sempre riqueza é sinôni- demais agradecer a Deus por isto? Isto dos seus membros. É verdade que a mo de generosidade. não só com as nossas palavras, com IECLB estabelece diretrizes e define A partir do exposto, vou tentar a boca, como também com as nossas normas quando se trata do salário de responder três perguntas que me pa- ofertas. Quem não sabe agradecer, é Ministros e Ministras, por exemplo, recem fundamentais quando se trata duro de coração, cego com relação às ou da contribuição das Paróquias à de contribuição. A primeira é: Por que dívidas com Deus, deixa de ser gente Administração Central, mas a IECLB devemos contribuir? A segunda: Que para se tornar robô.

Na Igreja, os membros são contribuintes por natureza No capítulo 9 da sua primeira carta aos coríntios, o apóstolo Paulo defende o direito de ser remunerado pelas comunidades. Ele o faz com unhas e dentes. Entre outras coisas, ele pergunta: ‘Se nós vos semeamos as coisas espirituais, será muito recolhermos de vós bens materiais?’ (1Co 9.11). Existe uma correlação entre ambas as situações. A pregação da Palavra do Evangelho deve ter retorno financeiro. Isto não só em termos de salários como também em termos de participação na missão da Igreja. É por isso que Paulo procura motivar as suas comunidades para uma coleta em favor dos cristãos de Jerusalém, de onde partiu o Evangelho. Isto em 2Coríntios 8-9. Portanto, dinheiro na Comunidade se destina não só ao pagamento de salários e outras despesas da própria Comunidade, se destina também a levar adiante a missão da Igreja maior. Se as Paróquias quiserem cobrir apenas os custos internos e deixarem de olhar para além dos seus muros, a IECLB jamais será Igreja missionária. Com isto, já nos aproximamos da segunda pergunta,

A gente não paga a Deus pelas suas dádivas

que diz respeito à compreensão da contribuição. Está claro que contribuição não é ‘pagamento’. A gente não paga a Deus pelas suas dádivas, a gente agradece. Eu não pago pelo direito de ser membro da minha Comunidade. Foi Deus que me deu este ‘direito’, e isto por graça, pelo Batismo, pelo chamado do Espírito Santo. Naturalmente, o dinheiro serve para ‘pagar’ serviços. Também é verdade que, pela minha filiação, eu adquiro direitos na Paróquia, a exemplo: um ‘enterro religioso’, muito embora estes direitos estejam condicionados a ainda outras premissas. Eles estão definidos em Estatuto. Mesmo assim, importa não esquecer que, antes de perguntar pelos meus direitos, devo perguntar pelos meus deveres. A Comunidade não é um clube criado para atender determinadas necessidades dos seus sócios. Ela é o corpo de Cristo, constituída por membros. Na Igreja, não existem sócios, só existem membros e estes são, como vimos: contribuintes por natureza. *Continua na próxima edição.


Jorev Luterano - Janeiro/Fevereiro - 2014

14

Deutsche Seite

Zu Beginn eines neuen Jahres Wir stehen am Anfang eines neuen Jahres, die JahresendeFeiern sind vorbei, was gestern war ist heute schon nicht mehr, die Zeit eilt dahin und wir wissen nicht, wohin uns unser Lebensweg führen wird. Hierin bildet sich etwas ab, was grundsätzlich zu unserer Wanderung durch die Zeit gehört, dies unterwegs sein zwischen Gestern und Morgen. Es ist zwar immer so, aber irgendwie führt es auch dazu, dass uns diese Tatsache bewusster wird. Das alte Jahr liegt nun abgeschlossen hinter uns, es ist uns bekannt und auch vertraut gewesen, aber nun ist es ein abgeschlossenes Kapitel, es kommt nicht wieder, vergangen ist es mit allem, was uns vertraut war, was es uns bedeutet hat mit den vielen freudigen Erlebnissen, guten Erfahrungen, manch fröhlichen Begegnungen mit Menschen, die uns was bedeuten, aber auch mancherlei Enttäuschung, manches Leid und manche Tränen , die geflossen sind. Das Leben ist mannigfaltig. Und vielleicht wünschten wir uns, all das Negative und Leidvolle vergangen sein zu lassen. Aber man kann viele Erfahrungen eines Jahres nicht einfach unter den Teppich kehren, etwa nach dem Motto „vergangen, vergessen, vorüber“. Es ist ein Teil unseres Seins und wir sollten darin neue Ansätze suchen für das vor uns liegende Jahr. Und es wäre schon gut, wenn aus dem, was bisher gewesen ist, was das vergangene Jahr uns brachte, die Erfahrung des helfenden, liebenden, manchmal zurechtweisenden, aber immer unser Bestes wollenden Gott uns zur Hilfe gereichen würde. Denn die Erfahrung Gottes in all unserem Tun und Lassen soll uns zum Beginn und durch dieses neue Jahr begleiten. Und das heiβt: Gott will mit uns gehen! Uns wird auf dem Weg durchs Jahr 2014 nichts zugemutet werden, woran Gott nicht beteiligt ist, auch wenn es uns manchmal fremd und schmerzlich erscheint. Wird uns die Sonne scheinen, so wird es immer Gottes Sonne sein, nicht Menschen-Sonne! Ist unser Tisch gedeckt, reichlich oder ärmlich, so werden wir stets Seine Gäste sein! Finden wir uns nachts im Sturm der Gezeiten und fürchten das Ungewisse, so ist es Er, der uns aus dem Dunkeln zuruft: “Seid getrost, fürchtet euch nicht“. Bei unserem Gang durch dies Jahr werden keine Wolken und Feuersäulen zu sehen sein, die uns durch die Tage, Wochen und Monate führen wie damals das Volk Israel bei der Wanderung in der Wüste, wir brauchen kein Naturschauspiel, wir brauchen keine Sternzeichen, um die Gewissheit zu haben, dass dieser, mit uns und uns vorausgehender Gott, der Gott ist, der in Jesus Christus zu uns kam, der sich in Jesus als unser Gott erweist, der

„Gehe nur hin in die Dunkelheit und lege deine Hand in die Hand Gottes. Das ist besser als ein Licht und sicherer als ein bekannter Weg“.

Pfarrer Ernesto Schlieper

u n s l i e b t und in s e i n e m Wort und Sakrament heute, morgen und das ganze Jahr über bei uns sein will, hörbar, greifbar, sichtbar mit uns gehend. Wir sind nicht alleine auf der Wanderung durch die Zeiten, wenn diese auch durch Wüsten der Angst, Täler des Zweifelns, Berge des Leidens führt, wir brauchen keine Angst zu haben, wir könnten eines Tages ohne Gott gehen. Auch da wo es am Dunkelsten ist, dürfen wir mit seiner helfenden Gegenwart rechnen, es wird immer Sein Weg mit uns bleiben. Weil wir in Jesus Christus die Zusage haben, dass es so ist und bleibt, darum hat unser Weg durch das begonnene Jahr eine Zukunft in Gottes Hand, das sei unser Trost, unsere Freude, unsere Hoffnung und unser Glaube zu Beginn eines neuen gesegneten Jahres. In einem fiktiven Dialog mit einem Engel heiβt es: Ich sagte zu dem Engel, der an der Pforte des neuen Jahres stand: „Gib mir ein Licht, damit ich sicheren Fuβes der Ungewissheit entgegengehen kann.“ Aber der Engel antwortete: „Gehe nur hin in die Dunkelheit und lege deine Hand in die Hand Gottes. Das ist besser als ein Licht und sicherer als ein bekannter Weg“. Zum Neuen Jahr Segen sei mit dir, der Segen strahlenden Lichtes Licht um dich her und innen in deinem Herzen. Sonnenschein leuchte dir und erwärme dein Herz, bis es zu glühen beginnt wie ein großes Torffeuer, und der Fremde tritt näher, um sich daran zu erwärmen. Aus deinen Augen strahle gesegnetes Licht – wie zwei Kerzen in den Fenstern eines Hauses, die den Wanderer locken, Schutz zu suchen dort drinnen vor der stürmischen Nacht. Möge dein künftiger Weg dir freundlich entgegenkommen, Wind dir den Rücken stärken, Sonnenschein deinem Gesicht viel Glanz und Wärme geben. Der Regen möge sanft dir deine Felder tränken. Und Gott halte dich schützend in seiner hohlen Hand. (Alte irische Segensworte)


Jorev Luterano - Janeiro/Fevereiro - 2014

Compartilhar 15 Neste espaço, a Comunidade pode compartilhar os momentos significativos da vida cristã, como Nascimento, Batismo, Confirmação, Bênção Matrimonial, Encontros Familiares, Bodas e Sepultamento.

Entre em contato conosco!

Quatro Gerações Com alegria, apresentamos as quatro gerações da família Quoos:

Elvino Quoos – bisavô, natural de Chiapeta/RS, morador de Santarém/PA Edibaldo Quoos – filho de Elvino, natural de Chiapeta/RS, morador de Santarém/PA Alexsandro Quoos – filho de Edibaldo, natural e morador de Lucas do Rio Verde/MT Arthur Quoos – filho de Alexsandro, natural e morador de Lucas do Rio Verde/MT

Coro Misto daOASE completa 70 anos Dia de festa, alegria e gratidão pelos 70 anos do Coral Misto da OASE de Igrejinha/RS, fundado em 20 de agosto de 1943. Uma longa caminhada entre ensaios, apresentações nos cultos, festivais e também em momentos de dor, transmitindo o consolo aos enlutados. Lembramos também os 35 Coralistas falecidos, com homenagem póstuma prestada por meio de uma meditação nos cemitérios da cidade, com um gesto simbólico: uma flor em cada túmulo, o que ocorreu no entardecer do dia 17 de agosto de 2013. Nesta mesma data, à noite, os Cantores atuais participaram do culto na Igreja Gabriel, onde foram lidos os nomes dos Cantores falecidos ao longo das sete décadas em que o Coral atuou e três hinos de louvor e saudade foram entoados durante o culto. O Coro Misto da OASE conta atualmente com 24 Cantores e tem como Regente Leo Torres dos Reis. O primeiro coral feminino da OASE foi criado em 1921, com 14 senhoras igrejinhenses, tendo como Regente Frau Pfarrer Auguste Stremme (foto).

Falecimento A esposa, Elga, o filho, Otomar, a filha, Rosalia, e demais familiares participam o falecimento, ocorrido no dia 20 de abril de 2013, de ARNO ROHDE Arno nasceu em Buriti, Santo Ângelo/RS, no dia 16 de junho de 1933, filho de João Augusto Rohde e de Erna Berta Rohde. Em 28 de setembro de 1954, Arno Rohde casou-se com Elga Falk, na Comunidade Luterana Concórdia, em Buriti. Mais tarde, o casal tornou-se membro na Comunidade Evangélica de Confissão Luterana em Buriti. Depois, transferiu-se para Atafona e se tornou membro na Comunidade Evangélica de Confissão Luterana em Atafona, na Paróquia de Buriti. Arno foi Agricultor e o casal teve um filho, Otomar, e uma filha, Rosalia. O falecimento ocorreu em casa, de causa natural, atestada pela Dra. Diana Herbert Schmidt. Arno alcançou a idade de 79 anos, 10 meses e 4 dias. Ao longo destes anos, Arno exerceu importante liderança na Comunidade eclesial, onde foi membro ativo e por 14 anos integrou a Diretoria da Comunidade e também estava ligado à sociedade como um todo. O sepultamento foi realizado no mesmo dia do falecimento, 20 de abril, pelo P. Paulo Augusto Daenecke. Permanecem enlutados e lamentam a morte a esposa, o filho, a filha, a nora, o genro, quatro netos, uma neta, um bisneto, quatro irmãos, duas irmãs, cunhados e cunhadas. A esposa, Elga, carrega consigo a confiança e o desejo de que os filhos, bem como as suas famílias, sejam continuadores dos bons caminhos e exemplos vividos por Arno. A família agradece pelos apoios recebidos e expressa a sua gratidão a Deus por todos os momentos que puderam construir e viver juntos, como o expressa o hino 233 do HPD: Até aqui me trouxe Deus; guiou-me com bondade. Ele amparou os passos meus com graça e fieldade. Até aqui me protegeu, perdão e paz me concedeu, conforto e alegria. Louvor te rendo e gratidão por tudo que fizeste; por toda graça e proteção que sempre, ó Pai, me deste. Quero exaltar, meu Salvador, o teu poder, o teu amor com que me agraciaste. Ajuda no porvir, Senhor, com teu poder me guia; revela o teu amor em dor e em alegria. Confessarei até morrer: por Cristo, ó Deus, me hás de valer! Somente em ti confio! Na esperança da ressurreição, a família lembra a palavra bíblica: Graças a Deus que nos dá a vitória por intermédio do nosso Senhor Jesus Cristo. Portanto, meus amados irmãos, sede firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão. 1Coríntios 15.57-58

Cartas - Sugestões de pauta - Artigos - Anúncios

Rua Senhor dos Passos, 202/5º - 90.020-180 - Porto Alegre/RS Fone: (51) 3284.5400 - Fax: (51) 3284.5419 E-mail: jorev@ieclb.org.br


missão urbana

EXERCITANDO A NOSSA UNIDADE

Quando a Assembleia e o Conselho Sinodal do Sínodo Rio dos Sinos definiram o Plano de Ação para os anos 2011 a 2014, ‘Missão Urbana’ foi escolhido como o tema prioritário. Em 2012, sob a coordenação do Conselho Assessor de Missão Urbana e Evangelização, o nosso Sínodo realizou o Curso de Extensão sobre Missão Urbana, em parceria com a Faculdades EST, em São Leopoldo/RS. Nos últimos anos, estamos elaborando um projeto missionário para a área central do Rio Grande do Sul, que abrange cerca de dez cidades. Também serão criados dois projetos-piloto em termos de Missão Urbana junto às Comunidades de Niterói (Canoas/ RS) e Canudos (Novo Hamburgo/RS). Além disso, participamos da elaboração do projeto da Pastoral do Cuidado e, em breve, pretendemos dar início aos estudos sobre a ‘Pastoral Universitária’. A grande maioria das nossas Comunidades é constituída por migrantes. De alguma maneira, fomos seduzidos pelo encanto e fascínio da cidade, que oferece uma enormidade de acessos e oportunidades. No entanto, tudo tem o seu preço e viver na cidade significa enfrentar a poluição, os congestionamentos no trânsito, a violência e a falta de saneamento e segurança. Somos chamados a fazer a diferença nessa rea-

lidade, orar e trabalhar pela paz da cidade que escolhemos para viver. Assim como o povo de Israel, que se encontrava longe da sua terra natal, também nós somos desafiados a nos unirmos para prestar culto a Deus, orar e promover a paz na cidade. A cidade oferece inúmeras vias, mas poucas conduzem à vida em comunhão, por isso a letra ‘D’, em vermelho, transforma a palavra ‘vias’ em ‘vidas’ e aponta para a presença de Deus, que transforma a cidade em um espaço que favorece a misericórdia e o amparo à vida. A comunidade de fé é uma expressão dessa vontade de Deus na medida em que alimenta a vivência de uma fé cidadã, que promove a paz e pratica o direito e a justiça. Assim, podemos retomar o sentido bíblico da cidade como espaço de realização humana, espaço de comunhão e de vida, em que as alegrias são compartilhadas e as dores são repartidas, em que o amor se concretiza no exercício da misericórdia, da solidariedade e da fraternidade. A comunidade cristã, agindo dessa forma, ocupa o seu espaço na cidade e dá testemunho da sua fé. Refletir sobre como se dá esse testemunho na prática é o desafio que o Tema e Lema de 2014 nos trazem.

PASTORAL DO cuidado

A Campanha Nacional de Ofertas para a Missão Vai e Vem, que chamamos carinhosamente apenas por ‘Vai e Vem’, destina uma parte das ofertas para uma série de Áreas Missionárias em âmbito nacional. O destino da outra parte fica a critério de cada Sínodo. Divulgar o destino das ofertas traz maior motivação para as doações e contribui para que sejam feitas com maior alegria, frisou o P. Edson Edilio Streck, Pastor Sinodal do Sínodo Rio dos Sinos

Na Campanha Nacional de Ofertas para a Missão Vai e Vem, a parte que cabe ao Sínodo é proporcional ao valor arrecadado. Este fato motivou o Conselho Sinodal do Sínodo Rio dos Sinos a definir criteriosamente a quem este valor seria destinado, optando por um projeto que há dois anos vem sendo elaborado: a ‘Pastoral do Cuidado’. Porto Alegre, a capital do Rio Grande do Sul, é o principal centro de acolhimento e tratamento de casos mais graves de saúde, com 30 hospitais, que oferecem cerca de 7 mil leitos. Além disso, também é centro de referência nacional em transplantes de órgãos. Com isso, muitas pessoas evangélicas de confissão luterana, membros de diversas Comunidades localizadas ao sul do país, ficam internadas nos hospitais da capital. O acompanhamento pastoral a estas pessoas é difícil, trazendo, por vezes, a sensação de abandono por parte da sua Igreja. A locomoção de Ministros destas Comunidades para Porto Alegre é oneroso e, em alguns casos, impossível. Os Ministros que atuam em Porto Alegre seguidamente recebem telefonemas para fazer este atendimento. Na maioria das vezes, são muito solícitos, mas ocorre que as agendas nem sempre permitem atender todos os pedidos. As Paróquias de Porto Alegre têm uma série

A cada novo ano, temos a oportunidade de exercitar a nossa unidade, refletindo sobre um tema comum a toda a IECLB. Para 2014, o Tema ‘viDas em comunhão’ e o Lema bíblico de Jeremias 29.7: ‘Procurai a paz da cidade para onde vos desterrei e orai por ela ao Senhor, porque na sua paz vós tereis paz‘ tem tudo a ver com a reflexão e com a caminhada do Sínodo Rio dos Sinos nos últimos anos, compartilhou o P. Jorge Batista Dietrich de Oliveira, Ministro na Comunidade de Mathias Velho, em Canoas/RS e Coordenador do Conselho Assessor de Missão Urbana do Sínodo Rio dos Sinos

OPORTUNIDADE PARA CUMPRIR A MISSÃO

de atividades nos hospitais da cidade. A Casa de Passagem, junto à Paróquia São Lucas, acolhe pessoas que vêm de longe, inclusive de outros Estados. Mesmo assim, as iniciativas nesta área se mostram insuficientes diante da grande demanda. A criação de uma ‘Pastoral do Cuidado’ se justifica na medida em que a Igreja compreende que é seu compromisso missionário acompanhar e consolar as pessoas que sofrem e se sentem desamparadas. O foco do trabalho da ‘Pastoral do Cuidado’ estará no exercício do cuidado com as pessoas em situação de fragilidade de saúde, dos seus familiares, de enlutados e de profissionais da área da saúde. Os objetivos são acolher, visitar e acompanhar especialmente pessoas luteranas, provindas de Comunidades do interior do Rio Grande do Sul e de outros Estados, que se encontram em tratamento de saúde em Porto Alegre. A atuação colocará ênfase na prevenção da saúde, no processo de cura e no consolo em situações de enfermidade e luto, exercendo o papel do cuidado a partir do exemplo de Cristo. Empenhados na busca dos recursos necessários para a implantação deste projeto – recursos que ainda são limitados – esperamos, em breve, trazer a boa notícia de que a ‘Pastoral do Cuidado’ iniciará a sua atuação.


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.