Jornal Evangélico Luterano | Ano 47 | Agosto 2018 | n o 819
A finalidade da Política é proteger, fomentando organização, justiça e paz Compete às Comunidades a escolha de autoridades íntegras, pois a nossa vivência de fé chama a proclamarmos o Evangelho!
Educação Cristã Contínua
Envelhecendo, vivemos
Ordem para o progresso
Um só Senhor, uma só fé, um só Batismo!
A longevidade que o Senhor nos presenteia
A prática do Mandamento do Amor
Formação
Diversidade
Perspectiva
Jorev Luterano - Agosto 2018
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REDAÇÃO
Política: proteção, organização, justiça e paz ‘Após a queda, a liberdade do ser humano se transformou em poder que ameaça a vida, por isso Deus instituiu a Política como uma disposição emergencial. A Política tem a sua expressão no poder coercitivo e punitivo do Estado, cuja tarefa é manter a ordem e proteger contra a corrupção. A Política também tem a função de promover a justiça econômica: Precisamos de soberanos e autoridades que tenham olhos e ânimo para instaurar e manter a ordem em todos os negócios e transações comerciais, para que os pobres não sejam sobrecarregados e oprimidos, tendo que arcar com pecados alheios (Catecismo Maior)’, esclarece o Texto Motivador do Tema 2018, emitido pela Presidência. Segundo o documento da Presidência, ‘Lutero não compreendia a Política apenas como mal necessário ou poder coercitivo. Ele reconhecia que Deus criou as pessoas para que se relacionassem de forma amistosa e pacífica. A partir desta predisposição para a organização social, a Política é também um elemento constitutivo e garantidor da existência humana. Isto faz com que cada ser humano participe da Política, seja como cidadão ou como pessoa que desempenha um cargo político’. A tarefa da Política, então, ‘consiste em punir o mal, ordenar a convivência e proteger a vida, promovendo uma Economia pautada pela justiça. A Política jamais deve se tornar instrumento para a prática do mal e a obtenção de privilégios pessoais. A partir da compreensão que a Política é um âmbito necessário e que dele somos parte natural, cabenos a tarefa de avaliar ações políticas e trabalhar para a superação de confrontos e polarizações inadequadas. A Teologia evangélico-luterana oferece subsídios significativos para contribuir na definição do papel da Política como meio de proteção da vida, promovendo paz e justiça’. O Texto Motivador enfatiza: Igreja (ensina a Palavra de Deus), Economia (organiza a produção e a distribuição justa dos meios de sustento da vida) e Política (zela pela boa convivência humana) são os instrumentos que Deus usa para evidenciar quem Ele é e o que Ele quer. Em uma perspectiva cristã, nisso podemos confiar e em favor disso nos empenhamos, pois é Deus quem diz: Eu sou o SENHOR, teu Deus! Ótima leitura!
CAPA A Política surge como um remédio para a doença do caos social motivado pelo pecado e pela queda. Assim, para a organização da paz e da ordem na sociedade, a Política era necessária como Ordem mantenedora da vida social.
Jornal Evangélico Luterano | Ano 47 | Agosto 2018 | n o 819
A finalidade da Política é proteger, fomentando organização, justiça e paz Compete às Comunidades a escolha de autoridades íntegras, pois a nossa vivência de fé chama a proclamarmos o Evangelho!
SUMÁRIO 2
REDAÇÃO
CARTA À COMUNIDADE EXPLICAÇÃO DA CAPA EXPEDIENTE
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ENFOQUE
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PALAVRA
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PRESIDÊNCIA
6
FORMAÇÃO
7
DIVERSIDADE
Educação Cristã Contínua
Envelhecendo, vivemos
Um só Senhor, uma só fé, um só Batismo!
A longevidade que o Senhor nos presenteia
A prática do Mandamento do Amor
Formação
Diversidade
Perspectiva
Ordem para o progresso
VIDA EM COMUNIDADE CHARGE OFERTAS NACIONAIS INDICADORES ECONÔMICOS GESTÃO MINISTERIAL COMPETÊNCIAS MINISTERIAIS TEMA DO ANO PALAVRA DA PRESIDÊNCIA RETROSPECTIVA AGENDA EDUCAÇÃO CRISTÃ CONTÍNUA PROPOSTA METODOLÓGICA FACULDADES EST
Envelhecendo, vivemos! PRONUNCIAMENTO
8-9 UNIDADE
POLÍTICA: ORDEM E PROTEÇÃO
10 11 12
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15 16
FÉ LUTERANA
EDUCAÇÃO PARA A ORDEM E O PROGRESSO
PERSPECTIVA
Rei e Rainha... Sob qual parâmetro? Sexta-feira 13: o azar anda solto...
MISSÃO
PLANO DE AÇÃO MISSIONÁRIA DA IECLB PROJETOS MISSIONÁRIOS PLANEJAMENTO MISSIONÁRIO CAMPANHA DE MISSÃO VAI E VEM
PRIORIDADES
PROGRAMAS DE GESTÃO PUBLICAÇÕES
GESTÃO
GESTÃO ADMINISTRATIVA DOCUMENTOS NORMATIVOS GUIA PARA O PRESBITÉRIO
SÍNODOS
ALEGRES, JUBILAI!
COMUNICAÇÃO
JOREV LUTERANO
Cantai ao Senhor, bendizei o seu nome: proclamai a sua salvação, dia após dia. Salmo 96.2 EXPEDIENTE Pastor Presidente P. Dr. Nestor Friedrich Secretário Geral P. Marcos Bechert Jornalista Letícia Montanet - Reg. Prof. 10925 Administrativo Elizangela Basile ISSN 2179-4898 Cartas - Sugestões de pauta - Artigos - Anúncios Rua Senhor dos Passos, 202/5º 90.020-180 - Porto Alegre/RS Fone (51) 3284.5400 E-mail jorev@ieclb.org.br Proibida a reprodução parcial ou integral do conteúdo desta edição sem a prévia e formal autorização da Redação do Jorev Luterano.
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ENFOQUE
Vida em Comunidade O Culto na IECLB segue uma Liturgia (veja edição anterior). Quem é responsável pelo Culto pode fazer uso de Liturgias prontas. O Livro de Culto é uma boa fonte de recursos litúrgicos, mas o ideal é que a Liturgia seja moldada. Moldar é preparar a Liturgia em vista da situação específica do Culto. Por que moldar? P. Dr. Romeu Martini | Assessor Teológico da Presidência da IECLB Culto acontece em um lugar. Normalmente, é na Igreja, mas pode ser na casa, no salão, sob uma árvore, no cemitério, no orfanato, etc. Culto tem hora: manhã, tarde, noite. Culto acontece em certo período do ano civil (frio, quente, seca, chuva, colheita) e do Ano da Igreja (Advento, Páscoa, etc.). Culto congrega pessoas que dão um perfil da Comunidade reunida. Na reunião dessas pessoas, há situações especiais e específicas: Batismo, Oração Memorial, Bodas, a notícia de um acidente, um desastre da natureza, a Festa da Colheita. Sublinhe-se: o Culto tem um tema, que, em geral, é dado pelos textos bíblicos indicados pela Igreja. Resumindo: todo Culto é único. Não há Culto igual a outro. Cada Culto é uma situação específica, por isso a Liturgia do Culto precisa ser moldada. Quanto maior for o cuidado na tarefa de moldar a Liturgia do Culto, tanto mais a vida da Comunidade vai pul-
INDICADORES FINANCEIROS
sar no Culto. Isso é Culto! Se, no Culto, Deus encontra a sua Comunidade, então Deus quer reunir diante de si as pessoas assim como sua gente é: gente que carrega alegria, esperança, tristeza, dor, medo, dúvida, culpa, vergonha, arrependimento, gratidão, prece. Uma pesquisa sobre Culto concluiu que as pessoas vão ao Culto em busca do Deus que acolhe, ampara e protege. Permitir que a Comunidade sinta-se na presença desse Deus é tarefa de quem molda a Liturgia do Culto. Por ser uma tarefa tão importante e desafiadora, o ideal é que a Liturgia do Culto seja moldada por uma equipe, o Ministro, a Ministra da Comunidade e outros membros com conhecimento e preparo litúrgicos. Essencial ainda é que a equipe litúrgica ‘estique as suas antenas’ para ouvir e ver o que se passa na Comunidade e no contexto nos dias do culto. Então, vamos moldar?
UPM Julho/2018
4,5175
Índice Junho/2018
1,26 %
Acumulado 2018
2,60 %
Pela graça, sois salvos, mediante a fé. Isso não vem de vós: é dom de Deus. Efésios 2.8
OFERTAS NACIONAIS 19 DE AGOSTO 13o Domingo após Pentecostes Missão com Literatura Evangelística A Missão é de Deus, mas, por meio de Cristo, somos parceiros e parceiras da sua Missão. Entre as muitas frentes missionárias da IECLB, temos, há mais de 30 anos, a Missão com Folhetos Evangelísticos. São orações, palavras de consolo, ânimo, reflexões sobre aspectos da vida, como fé, família, filhos, confessionalidade, doença, morte, vida, trabalho, educação, pessoas idosas, casais, entre mais de 80 títulos, que são distribuídos junto a Ministros, Ministras, Comunidades, Paróquias, Sínodos, instituições de ensino, de saúde, presídios, lares de idosos, grupos de visitação. O objetivo é que mais pessoas conheçam o amor de Jesus, pois o Folheto é uma gota da Palavra de Deus direto no coração das pessoas. 26 DE AGOSTO 14o Domingo após Pentecostes Trabalho de Inclusão e Acessibilidade na IECLB O trabalho voltado à inclusão e à acessibilidade das pessoas com deficiência nas Comunidades da IECLB tem por objetivo proporcionar aos Sínodos, às Paróquias e às Comunidades a oportunidade de realizar seminários, cursos e oficinas sobre temas relacionados à inclusão, à deficiência e à acessibilidade, além de auxiliar na elaboração de materiais, cartilhas, vídeos, etc., que têm sido produzidos em formatos e tecnologias acessíveis. Queremos ser Igreja cada vez mais acessível e inclusiva, em que todas as pessoas tenham lugar!
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PALAVRA GESTÃO MINISTERIAL
Profissionalismo:
cooperação nas diferenças P. Dr. Victor Linn | Pastor, Psicanalista e Coach Estudos antropológicos afirmam que a capacidade de cooperação entre pessoas diferentes é a razão do acentuado e rápido desenvolvimento da humanidade. Experiências e sucessos partilhados, tarefas distribuídas conforme as habilidades e características particulares e a junção de recursos tornaram o ser humano capaz de encontrar soluções e superar dificuldades. Diferenças, troca de saberes e a cooperação são os ingredientes do sucesso. Embora fundamental para a sobrevivência e o desenvolvimento, a capacidade de convivência e a cooperação com diferenças são difíceis e, geralmente, indesejadas. Na vida privada, podemos decidir com que tipo de pessoas mantemos contato e proximidade. Pessoas que não ‘combinam‘ conosco, deixamos de lado. Já no contexto do trabalho somos obrigados e obrigadas a lidar também com quem não simpatizamos. Isso é desconfortável e desmotivador. Uma das formas de se proteger é ‘limpar a área’ e cercar-se de pessoas percebidas como agradáveis. Quando um novo, uma nova profissional chega nesse campo de trabalho, talvez faça o mesmo e cerquese de um novo grupo de pessoas. Isso implica muito desgaste e gera frustrações com consequências duradouras. É por isso que vale pensar se essa mesma energia pode ser investida para identificar e reconhecer no aspecto ‘negativo’ da outra pessoa uma possível contribuição importante em algum momento ou contexto. É importante destacar que as pessoas se desenvolvem e mudam quando encontram espaços e atividades nas quais podem cooperar com as suas particularidades. Isso seria mais profissional…
COMPETÊNCIAS MINISTERIAIS
Competência Confessionalidade Luterana Cat. Dra. Haidi Drebes | Secretária da Habilitação ao Ministério da IECLB P. Prof. Dr. Mário Francisco Tessmann | Professor na FATEV A Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil é Igreja Confessional, no sentido daquilo que se crê, confessa e afirma. De acordo com o artigo 5º da sua Constituição, a IECLB confessa a sua fé em Jesus Cristo, o Senhor da una, santa, universal e apostólica Igreja. Esta declaração confessional está fundamentada nos testemunhos da Escritura Sagrada. Os Credos Ecumênicos da Igreja Antiga, a Confissão de Augsburgo inalterada e o Catecismo Menor reafirmam a ótica confessional. Com isso, reconhecemos que a IECLB é, simultaneamente, Igreja ecumênica e herdeira da Reforma Luterana. Declarar confessionalmente Jesus Cristo pressupõe que Nele se creia (Rm10.10). Assim também o afirma Lutero: ‘Justo não é quem pratica muitas obras, mas quem, sem obra, muito crê em Cristo’ (OS 1,52). Quem é Jesus Cristo, que a IECLB crê, confessa e afirma como Senhor e Salvador? Em Jesus Cristo, habita, corporalmente, toda a plenitude da Divindade (Cl 2.9). A Confissão de Augsburg, um dos escritos confessionais da
IECLB, declara que Jesus Cristo é verdadeiro Deus e verdadeiro homem, que verdadeiramente nasceu, padeceu, foi crucificado, morreu e foi sepultado [...] no terceiro dia ressurgiu verdadeiramente dos mortos, subiu ao céu e está sentado à destra de Deus (Art. 3). De acordo com Lutero, Jesus Cristo ‘vem até nós ou somos levados até ele’ (OS 8,174) ali onde se manifestam os seguintes sinais: a pregação da Palavra de Deus, a administração dos Sacramentos, a confissão e absolvição de pecados, o Ministério Eclesiástico, o exercício da oração e o sofrer a cruz. A IECLB, como herdeira e intérprete da Reforma Luterana, reconhece nestes sinais a existência do santo povo cristão, a Igreja. Como Igreja de Jesus Cristo vinculada à Reforma Luterana, a IECLB assume a Missão de propagar o Evangelho de Jesus Cristo, estimular a vivência evangélica pessoal, familiar e comunitária, promover a paz, a justiça e o amor na sociedade e participar do testemunho do Evangelho no País e no mundo (Constituição da IECLB, art. 3º).
TEMA DO ANO
O Tema do Ano entre Pessoas Idosas P. João Bartsch | Encontro com Pessoas Idosas (Caderno de Estudos do TA2018) Para Lutero, a Igreja, a Economia e a Política são os âmbitos nos quais Deus coloca a existência humana e atua. Deus usa as três Ordens para o bem do mundo. Também a população idosa faz parte destes três âmbitos e tem a tarefa de cooperar com Deus para o melhoramento do mundo. Como sociedade, precisamos nos preparar para a realidade do envelhecimento. Essa preparação precisa acontecer em todos os âmbitos da vida. Podemos nos inspirar no entendimento de Lutero e ver como Deus cuida da nossa vida por meio da Igreja, da Economia e da Política. No âmbito da Igreja, temos um chamado para anunciar o Evangelho e, a partir dele, o respeito, a valorização, o cuidado das pessoas idosas. Da mesma forma, temos a tarefa de denunciar injustiças e a falta de amparo. É preciso refletir sobre o propósito divino para a nossa velhice, buscando viver e motivar a vida com sentido. Como tem sido a participação das pessoas idosas em nossa Comunidade? Temos pessoas idosas que estão desamparadas? Como podemos ajudar? No âmbito da Economia, precisamos avaliar o sistema econômico que nos conduz a consumir cada vez mais, perguntando o que realmente é necessário para termos qualidade de vida. Que contribuição podemos dar para uma Economia que promova a vida digna de todas as pessoas? No âmbito da Política, o Estatuto da Pessoa Idosa é um instrumento para garantir o direito à vida com qualidade. Houve avanços e é preciso avançar ainda mais na conscientização e estruturação da sociedade para a proteção e o cuidado. Estamos conseguindo acompanhar a reflexão dos Conselhos e Comitês para as pessoas idosas? Quais as políticas que estão sendo pensadas? O Tema e o Lema do Ano nos convidam para a reflexão e a ação. Motive a sua Comunidade a pensar em ações que contribuam para o melhoramento das condições de vida das pessoas idosas. Para mais informações, acesse o Portal Luteranos
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PRESIDÊNCIA
Na certeza do amor incondicional de Deus, que nos acolhe hoje e sempre! P. Inácio Lemke - Pastor 2o Vice-Presidente da IECLB
O ano de 2018, quando o Tema da IECLB é Igreja - Economia - Política, é momento de muitos desafios! Igreja quer ser espaço que ensina e prepara para uma convivência agradável e saudável a toda gente. Economia é a arte de administrar tudo de forma solidária entre a Criação na qual vivemos. Política é a maneira equilibrada e respeitosa que proporciona segurança, no mais amplo sentido da vida. Parece que tudo poderia funcionar muito bem em um mundo civilizado, no qual anunciamos o respeito e o amor,
mas a realidade que vivemos não é essa. Na convivência diária, experimentamos muito rancor e ódio, ao invés do amor que Jesus nos ensinou. Seria tempo de desistir de toda a badalação do anúncio de amor e amar em um mundo tão complexo e excludente? Não! Jesus não desiste! Ele transgride leis e costumes constantemente para resgatar a dignidade de toda a Criação. Para isso, é preciso amar com muita paixão. Amar é verbo. Amor é substantivo. A ação faz a diferença. É com ações que acontecem as grandes diferenças
Vivam como pessoas que pertencem à luz, pois a luz produz uma grande colheita de todo tipo de bondade, honestidade e verdade. Efésios 5.8-9
na sociedade. Vejam no Evangelho de Marcos 3.1-6, quando Jesus vai à sinagoga, lugar de ensinar e aprender. Ele ensina por meio do agir, da cura e devolve a dignidade à pessoa. Jesus faz o bem acontecer com paixão. Para isso, ele teve que agir fora das leis e dos costumes, sendo, por isso, duramente criticado e colocando-se em risco. Jesus começou a ser perseguido e colocou também em risco a vida da pessoa que curou. Jesus faz o bem, reintegra a pessoa à sociedade e pergunta aos que estavam em volta: O que a lei permite fazer neste dia? Ninguém responde nada. Jesus Cristo olhou zangado e triste porque não queriam entender. Creio que Jesus também deve olhar para muitas atitudes e muitos comentários que acontecem em nosso tempo e ficar zangado e triste. São comentários maliciosos dirigidos àquelas pessoas ou instituições que procuram fazer o bem nestes tempos conturbados. Também a atitude das pessoas que calam não agrada Jesus. Ele espera das pessoas que o acompanham ações em defesa da vida e não da morte. É por isso que manifesto a minha ação em promover uma Igreja de Comunidades da inclusão, na certeza do amor incondicional de Deus, que nos acolhe hoje e sempre!
AGENDA | AGOSTO 4/8
18/8
RETROSPECTIVA
Assembleia do Sínodo Centro-Campanha-Sul São Pedro do Sul/RS Pa. Sílvia Genz Assembleia do Sínodo Rio dos Sinos Porto Alegre/RS P. Nestor Friedrich
Agosto - Conselho Mundial de Igrejas Nas primeiras décadas do século XX, protestantes se reuniram em conferências porque perceberam, a partir da sua experiência evangelizadora e missionária na África e na Ásia, que estavam dando um contra-testemunho da mensagem de Jesus Cristo. As diversas denominações cristãs se dirigiam aos países desses continentes com as suas sociedades missionárias e cada uma se dizia representante da fé cristã. Que Cristo pregavam? Um Cristo dividido? Era necessário terminar com esta prática e encontrar caminhos de cooperação nesta e em outras
áreas do testemunho cristão no mundo. Outro desafio foi a II Guerra Mundial, em que cristãos de diferentes países precisaram (re)olhar as bases da sua fé de forma conjunta. Onde pecaram? Onde se desviaram ao ponto de permitir essa crueldade? Assim, em 23 de agosto de 1948, em Amsterdã, na Holanda, foi fundado o Conselho Mundial de Igrejas (CMI). Atualmente com sede em Genebra, na Suíça, o CMI reúne 350 Igrejas-membro, representando 500 milhões de pessoas cristãs em mais de 110 países. A IECLB foi aceita no CMI em 1950. Para mais informações, acesse o Portal Luteranos
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FORMAÇÃO EDUCAÇÃO CRISTÃ CONTÍNUA
Batismo e Espírito Santo: um só Senhor, uma só fé Pa. Marli Seibert Hellwig | Ministra na Paroquia Barra do Rio Cerro, em Jaraguá do Sul/SC Na IECLB, temos a prática de batizar crianças. O Guia Nossa Fé-Nossa Vida esclarece que ‘batizamos as crianças porque a graça de Deus vem ao nosso encontro sem que a tenhamos merecido, solicitado ou entendido. Essa graça quer ser abraçada na fé, tanto por parte dos pais e padrinhos quanto, posteriormente, pela criança. A fé, contudo, é despertada e mantida, até o fim bem-aventurado, pelo Espírito Santo. Neste mesmo sentido, após o devido preparo, também batizamos pessoas adultas, que professam sua fé nesta ocasião’. O Batismo cristão sempre acontece em nome do Trino Deus: Pai, Filho e Espírito Santo. O Batismo é um só e acontece uma vez só na vida. Portanto, ele não pode ser repetido. A IECLB reconhece o Batismo de outras Igrejas sempre que tiver sido ministrado com água e em nome de um só Senhor, uma só fé, um
só Batismo. Batismo é ação de Deus, por isso a prática do rebatismo não é aceitável para a Igreja, pois põe em dúvida a ação de Deus e ‘banaliza’ a graça batismal já recebida. Algumas pessoas e Igrejas defendem que somente quem tem o ‘Batismo do Espírito Santo’ é verdadeiramente cristão e cristã. Por conseguinte, consideram o Batismo com água insuficiente, precisando de complementação. Quanto a esta questão, a Igreja luterana entende que não existe separação entre o Batismo com água e o Batismo do Espírito Santo. O Espírito Santo atua e é concedido no Batismo por meio da imposição das mãos. No Catecismo Menor, Lutero ensina que a água, unida à Palavra de Deus, é Batismo, isto é, ‘água da vida, cheia de graça, um banho de novo nascimento no Espírito Santo’. Assim, todas as pessoas batizadas recebem o Espírito Santo e
ele age nelas pela pregação da Palavra de Deus e pela administração dos Sacramentos (Posicionamento da IECLB - Valorizando o Batismo, 1997). Ainda conforme o Catecismo Menor, o Batismo ‘realiza o perdão dos pecados, livra da morte e do diabo e dá a salvação eterna a todas as pessoas que creem no que dizem as palavras e promessas de Deus’. No Evangelho de Marcos, lemos que quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado (16.16). É por meio da fé que as pessoas batizadas recebem o que Deus lhes oferece em Cristo e no Batismo. A oferta de Deus é graça por meio da fé. Graça da parte de Deus e fé da parte das pessoas batizadas. Ser salvo e salva é participar da morte e ressurreição de Jesus Cristo, renascendo continuamente para uma nova vida sob a condução do Espírito Santo.
CRIANÇAS | PROPOSTA METODOLÓGICA
Vamos falar sobre arte? Material necessário Um exemplar da Revista O Amigo das Crianças nº76.
Momento 3 Sugira algumas brincadeiras a partir das pinturas dos artistas, como bola de gude, bola, pular corda, rodas cantadas, balão, etc.
Momento 1 A arte faz parte da vida. Compartilhar que há Pintores que retratam de forma muito bonita a infância. Os Pintores Cândido Portinari e Ricardo Ferrari são dois deles. Portinari pintou com muita cor crianças brincando nos parques e praças com balanços e gangorras.
Dica Pula-pula - Escolha duas crianças para trilhar a corda. As demais, em fila, vão passando pela corda, uma a uma, dão um pulo e saem, voltando para a fila e aumentando o número de pulos. Vence quem conseguir pular até dez pulos sem errar. Se quiser, podem aumentar o desafio, pulando em duplas ou trios.
Momento 2 Pesquise sobre as obras de Portinari e Ferrari e apresente para as crianças as suas obras com crianças brincando. Então, pergunte sobre as brincadeiras preferidas das crianças.
Sugestão extraída da Proposta Metodológica para uso da Revista O Amigo das Crianças, nº 76. Leia a Proposta Metodológica completa e saiba como assinar a Revista O Amigo das Crianças no Portal Luteranos
www.est.edu.br
Congresso Internacional Entre os dias 10 e 14 de setembro de 2018, acontece o IV Congresso Internacional da Faculdades EST, promovido pelos Grupos de Pesquisa atuantes na instituição e suas redes parceiras. Com o tema geral Política, EstÉtica e Direito: o pensar teológico em tempos sombrios, a organização convida para o debate sobre:
- política, em especial, a democracia, o papel político da Teologia, as relações entre religião e Estado e as ações das religiões na vida pública, sobretudo quando a convivência com as diferenças se torna cenário de violência; - experiência estética e expressões artísticas como testemunhas do mundo, como possibilidade de reflexão crítica de reorientação à ação teológica; - direito, em especial, direitos humanos, e pensar o papel da Teologia na construção crítica das relações entre as pessoas e com o mundo. As inscrições para participar do evento estão abertas até o dia 10 de julho e podem ser feitas exclusivamente pelo site da Faculdades EST.
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A palestra principal já está confirmada e será na segunda-feira, dia 10, às 19h, com a Filósofa Márcia Tiburi (UPM). Na terça-feira, dia 11, a palestra das 19h será com Christina Vital da Cunha (UFF). Na quarta-feira, dia 12, acontece a cerimônia de outorga do título de Doutor Honoris Causa ao Prof. Dr. Vítor Westhelle (in memoriam). Na quinta-feira, dia 13, às 19h, será palestra de Edson Telles (UNIFESP). O IV Congresso Internacional é uma oportunidade de refletir sobre ações estratégicas, partilhar experiências, estabelecer relações, criar laços, entoar a esperança, valorizando o compromisso político, estético e ético com a liberdade, a dignidade, a igualdade e a convivência das diferenças.
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DIVERSIDADE
Vivemos envelhecendo. Envelhecendo, vivemos! A longevidade que o Senhor tem nos presenteado P. João Bartsch | Secretário Executivo do Lar Recanto do Sossego, em Braço do Trombudo/SC
A realidade do envelhecimento tem sido um grande desafio nos últimos anos, observado especialmente pela minha atuação no Lar de Idosos Recanto do Sossego, em Braço do Trombudo/SC, instituição que cuida de pessoas idosas em necessidade há mais de 80 anos. As nossas missões são o amparo e o cuidado da pessoa idosa, o que apresenta aspectos bem diferenciados. A característica principal das pessoas para as quais as famílias e o serviço social dos municípios procuram ajuda é o comprometimento neurológico, decorrente de alguma demência, o que demanda equipe de cuidado preparada e infraestrutura física adaptada.
O percentual de pessoas idosas cuidadas em Lares de Idosos é mínimo em proporção à população idosa do Brasil, não chegando a 2%, com pequenas variações geográficas. Quando pensamos em envelhecimento, o foco precisa estar na pessoa idosa junto da sua família, trabalho que desenvolvemos no Recanto, auxiliando o cuidado da pessoa idosa na família e preparando as novas gerações para o envelhecimento. É necessário falar sobre o envelhecimento em casa, na família, na Comunidade de fé e na sociedade, vencendo preconceitos. O envelhecimento é parte das nossas vidas e não algo no final da nossa trajetória.
Trata-se de um processo em que vivemos envelhecendo e, envelhecendo, vivemos. A percepção do envelhecimento como um processo nos convida à atitude de preparação para o envelhecimento em todas as fases da vida. A Ciência e a Medicina têm feito avanços significativos nos últimos anos para a prorrogação e a qualidade da vida do ser humano, porém isso não tem sido suficiente. Há muito sofrimento por parte das pessoas no envelhecimento e também das suas famílias. Conseguirmos fortalecer, animar a longevidade dos anos que o Senhor tem nos presenteado viver, mas, para isso, não há receita. Temos um caminho a seguir. Esse caminho é de superação dos preconceitos sociais, culturais e religiosos. É um caminho de garantia por parte do Estado da assistência preconizada na Legislação Brasileira. Trata-se de um caminho de mudar a ideologia econômica que incute o sentimento de inutilidade quando precisamos de ajuda, principalmente na velhice. É um caminho de vivermos a imagem de Deus em nós na complementariedade, como o apóstolo Paulo preconizou (Rm 12), aceitando sermos ajudados, como uma bênção de Deus às nossas vidas. A vida não deixa de ser uma caminhada bastante semelhante à caminhada dos discípulos de Jesus a Emaús (Lc 24). Aos que, na caminhada, arde o coração, têm os seus olhos abertos e reconhecem o ressuscitado, a novidade de vida que lhes está sendo apresentada.
PRONUNCIAMENTO
Entrega os seus problemas ao Senhor. Ele o ajudará! Salmo 55.22
Acolhimento e inclusão Entendemos que a vida é um processo dinâmico e envelhecer faz parte desse processo. Vivemos envelhecendo. Envelhecendo, vivemos. A partir da fé, olhamos o tempo de envelhecimento como uma dádiva de Deus e também como oportunidade de participação na Missão de Deus. A IECLB acredita que as pessoas idosas, a partir da confiança em Deus, podem
experimentar uma solidariedade intergeracional e, com base em sua experiência, testemunhar o amor de Deus em seu novo momento de vida. É por isso que a Igreja quer ampliar o seu olhar e a sua atuação junto às pessoas idosas, visando a ser uma igreja cada vez mais acolhedora, inclusiva e missionária. Manifesto Cuidado com a Pessoa Idosa (2016)
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UNIDADE
UNIDADE
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Lutero destaca a Política como meio para a resolução de conflitos, baseada na ética e na justiça, considerando as necessidades do povo, com líderes e governantes honestos e que sirvam à população com a sua função.
É duro tanto ter que caminhar E dar muito mais do que receber. Zé Ramalho Profeticamente, a IECLB se propôs a estudar e refletir sobre Igreja, Economia e Política no ano em que vivemos um caos na política e na ordem, em esferas nacionais, estaduais e municipais. Essa decisão é decorrente do fato da Igreja estar onde o povo está, celebrando, orando, convivendo, labutando, ensinando e, do mesmo modo, lamentando e lutando contra a injustiça, o caos e o pecado que transfiguram a face de Deus na realidade e afasta o Evangelho das pessoas. Jesus veio à nossa vida para que tivéssemos vida em abundância, para que a graça e a justiça florescessem. Entretanto, vivemos em realidades nas quais a graça é subvertida e vendida por
P. Olmiro Ribeiro Júnior, Vice-Diretor do Centro Tecnológico Frederico Jorge Logemann, em Horizontina/RS
interesses, privilégios e desejo de poder e riqueza. A justiça está desacreditada, infelizmente... No final da Idade Média, ocorreu um movimento que discutiu, refletiu e transformou a realidade, que estava igualmente marcada pela injustiça e pela corrupção. Mediante o questionamento da Indulgência, do poder absoluto do Papa, Lutero e os demais Reformadores redescobriram o Evangelho e a justificação por graça e fé: um novo tempo e uma nova organização floresceram. Conforme o Caderno de Estudos do Tema 2018, Lutero concebia as Ordens como três funções essenciais na organização social. A Economia tem a função de alimentar, provendo o sustento e o desenvolvimento da sociedade. A Igreja tem a tarefa de ensinar, promovendo a educação básica, científica e religiosa das pessoas, meninos e meninas, nobres e pobres. A Política tem como finalidade proteger, fomentando a organização em paz e harmonia da vida em sociedade. Para refletirmos sobre a Política como ordem e proteção, necessitamos entender a concepção de Lutero referente aos dois Reinos e à cristandade. A sua compreensão de sociedade baseavase na Monarquia e caracterizava-se como Mundo Cristão, pois a religião cristã dava sentido e sustentação à vida social. A Política surge como um remédio para a doença do caos social motivado pelo pecado e pela queda. Assim, para a organização de paz e da
ordem na sociedade, a Política era necessária como Ordem mantenedora da vida social. A concepção dos dois Reinos de Lutero, conforme Marc Lienhard (1998), destaca que o Reinado secular, o Estado, era composto pela organização social na natureza, família, ciência, artes e política. O Reinado espiritual era composto pela Igreja, exercida pelo Sacerdócio Universal, os Ministério e os Sacramentos. Desta maneira, Deus atua nos dois Reinados, como criador e mantenedor da Criação no secular e como salvador e santificador no espiritual. O cristão está inserido nos dois Reinos, mas é a fé que orienta o seu agir em toda a sua existência. Referente ao papel do Estado e do exercício da Política na promoção da ordem e no combate à corrupção, Lutero apresenta o seu posicionamento no Salmo 101.3-5: Não porei coisa injusta diante dos meus olhos; aborreço o proceder dos que se desviam; nada disto se me pegará. Longe de mim o coração perverso; não quero conhecer o mal. Ao que às ocultas calunia o próximo, a esse destruirei; o que tem olhar altivo e coração soberbo, não o suportarei. ‘Pela interpretação do Salmo, quis mostrar aos governantes a sua verdadeira imagem como em um espelho. Provavelmente, pretendeu dar, de maneira indireta, ao novo príncipe, alguma orientação para o exercício do seu cargo. Destacou as virtudes e os feitos dos bons governantes. Criticou a corrupção, que, muitas vezes, toma conta das pes-
soas que lidam com poder’ (Joachim Fischer,1996, OS). No Salmo 101, Lutero encontra exortações para o exercício da Política, destacando aos líderes e governantes a importância da honestidade, o cuidado com as necessidades do povo, a fidelidade como exercício da função e, principalmente, que a liderança política é um serviço a Deus. Igualmente, adverte sobre a falsidade, a injustiça e a perversidade como causas da degradação da vida social. A corrupção não passará impune. Desta maneira, Martim Lutero destaca a Política como meio necessário para resolução de conflitos, baseada na ética e na justiça, considerando as necessidades do povo para uma organização social em paz. Os líderes e os governantes necessitam ser honestos e servir à população com a sua função. Quando o Governo não for justo e honesto e a injustiça e a corrupção prevalecerem, a sociedade ruirá e o povo passará por sofrimento. Necessitamos analisar a nossa realidade atual e o papel político dos evangélico-luteranos na construção de uma sociedade digna e justa, como também no combate à corrupção. Precisamos pensar sobre o papel que desempenhamos em nossas cidades? O que estamos testemunhando e transformando como membros de Cristo na terra, herdeiros da Reforma Protestante? Estamos sendo Evangelho na terra em que vivemos e com as pessoas com as quais convivemos? A nossa atuação como Igreja torna as nossas cidades e o Estado melhores de viver, com governos justos e preocupados com as causas da população, proporcionando atendimento de qualidade na saúde, na educação e no meio ambiente? Quando a vida é degradada e a injustiça e a corrupção proliferam como a relva na terra, estamos sendo voz profética e crítica? Assim, compete às Comunidades a escolha de representantes políticos e autoridades íntegras. No Catecismo Maior, Lutero enfatiza: ‘Precisamos de autoridades que tenham olhos e ânimos para instaurar e manter a ordem em todos os negócios e nas transações comerciais, para que os pobres não sejam sobrecarregados e oprimidos. Portanto, temos o dever de escolher bem os
nossos representantes, analisando que causa política e partidária representam, qual o vínculo que eles têm com a Comunidade e as suas necessidades e, fundamentalmente, se são íntegros e honestos, ou seja, ‘ficha limpa’. Precisamos repensar a ideia de votar na pessoa sem considerar o seu partido, pois a organização política se desenvol-
Não podemos ser omissos à injustiça e à corrupção dos partidos e às causas que os nossos representantes defendem por estarem filiados a este ou àquele partido, pois a nossa vivência de fé nos chama a sermos proclamadores do Evangelho.
ve mediante a filiação partidária. Sendo assim, as vontades e as identidades pessoais são diluídas nas causas e nas ideologias dos partidos. Não podemos ser omissos, ingênuos e indiferentes à injustiça e à corrupção dos partidos e às causas que os nossos representantes defendem por estarem filiados a este ou àquele partido, pois a nossa vivência de fé nos chama a sermos proclamadores do Evangelho. Além disso, compete à Comunidade ser exemplo de liderança e gestão para a sociedade na administração dos seus recursos e bens, não cometendo desvios
e injustiças. Isto corresponde a destinar as coletas devidamente, repassar o dízimo fielmente e ser solidária com as necessidades da Comunidade e sociedade em geral. Outro papel da Comunidade diante da Política refere-se à educação, pois ela é um serviço que a Comunidade presta à sociedade, formando pessoas capazes de escolher os seus representantes e de colocar-se à disposição para servir o povo com atuação política. Lutero considerava a escola um instrumento precioso para organizar uma sociedade de pessoas livres. Dizia Lutero: ‘Diariamente nascem crianças e crescem desordenadamente, mas não há quem se dedique à juventude e lhe dê formação. Como Comunidade, temos a missão de estar envolvidos na educação de nossas cidades, auxiliando, fiscalizando e investindo’. Em seu escrito Aos conselhos de todas as cidades da Alemanha para que criem e mantenham escolas cristãs, de 1524, Lutero escreve: ‘Será da competência do conselho e das autoridades dedicarem o maior cuidado e o máximo empenho à juventude... Agora, o progresso de uma cidade não depende apenas do acúmulo de grandes tesouros, da construção de muros de fortificação, de casas bonitas, de muitos canhões e da fabricação de muitas armaduras. Muito antes, o melhor e mais rico progresso para uma cidade é quando possui muitos homens bem instruídos, muitos cidadãos ajuizados, honestos e bem educados’. Igualmente destaca que ‘se alguém der um ducado para a guerra [...], seria justo que se doasse cem ducados para a educação’. Lutero enfatiza que a Comunidade necessita investir em educação e desejava que, ao lado de cada Igreja, houvesse uma escola. Infelizmente, em grande parte das nossas Comunidades, foi esquecido este importantíssimo serviço que temos com a sociedade mediante a educação. Um país melhor se faz com pessoas educadas, capazes de organizar a sociedade com dignidade e paz. O nosso papel, como Igreja e Comunidade, é educar as pessoas, para que se desenvolvam e tornem-se Evangelho nos locais em que vivem e transitam!
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FÉ LUTERANA
Foco na educação Prof. Edson Wiethölter | Diretor do Colégio Sinodal Gustavo Adolfo, em Lajeado/RS Em um mundo globalizado e com gerações mais informadas, a escola da atualidade encontra desafios de mudanças inadiáveis. Dar conta das demandas e focar no futuro têm sido o propulsor da educação. A preocupação é capacitar os alunos com habilidades e competências que perpetuem e garantam uma formação integral capaz de dar um know-how de sustentabilidade ao planeta. Formadora de opinião e valores, a escola é centro de excelência de aprendizagens e espaço no qual o educando busca a sua cidadania. Escola e Família: vivemos na era da informação, que busca freneticamente as condições de bem-estar social e pessoal. Trata-se de uma sociedade que, a partir da informação à disposição, coloca-se na condição de pensar que pode argumentar com propriedade em todos os setores. Cada vez mais, também os pais interferem nos processos pedagógicos da escola. É preciso rever alguns conceitos e perceber a necessidade de acreditar no conhecimento técnico e metodológico do profissional que dedicou tempo para a sua formação acadêmica. As famílias precisam estar presentes, dar suporte, ter a sua ouvidoria, mas também confiar, apoiar e vivenciar o trabalho da escola
Humanismo: a sociedade vive um momento em que a mulher tem o seu espaço no mercado de trabalho. Além disso, temos o contexto de novas estruturas familiares. Tudo isso tem culminado em uma intensa procura por escolas de turno integral. Precisamos nos remeter ao âmbito de valores, ou seja, a família sempre será responsável pela constituição ética dos seus filhos, mas
A escola sempre foi e será um dos espaços, depois da família, mais importantes de organização, projeção e sustentabilidade do ser humano no planeta. cabe à escola pensar e oferecer linguagem, espaço e convivências que favoreçam solidariedade, cuidado, voluntariado e, principalmente, disciplina. O planeta precisa de uma geração consciente ecologicamente, apta a viver socialmente em um ambiente de diversidade e a instituição escola precisa se engajar nesse novo paradigma. Tecnologia: nos últimos 20 anos, a tecno-
logia fez uma grande ressignificação no contexto e o mundo se interligou a ponto de constituir uma grande unidade planetária e não termos mais privacidade. A escola tem a tarefa imprescindível de se ambientar a essa nova realidade, em especial de não ser mais transmissora de informação, mas mediadora entre o conhecimento e o aluno, dar acesso e deixar a tecnologia ser um facilitador e duplicador dos processos cognitivos, valendo-se de toda essa estrutura que nada mais é do que uma ferramenta pedagógica. Cabe à escola dar subsídios ao seu projeto e ao seu corpo docente para essa nova realidade. Línguas: cabe reconhecer que as línguas interferem nos processos de globalização da sociedade. A escola precisa parar de apenas dar acesso à segunda língua e língua universal e criar mecanismos metodológicos mais eficazes para que o educando saia da educação básica com domínio da fala e da escrita da Língua Inglesa. Os desafios são muitos e a escola sempre foi e será um dos espaços, depois da família, mais importantes de organização, projeção e sustentabilidade do ser humano no planeta. Para refletir, leia Deuteronômio 6.1-9
Ordem na Comunidade e sociedade P. Valmiré Martin Littig | Ministro na Paróquia dos Chapadões, em Chapadão do Sul/MS Na bandeira do Brasil, bem no centro, está contido o lema do nosso país, Ordem e Progresso. No dia a dia, dificilmente escutamos ou falamos a palavra ‘ordem’. Por outro lado, a palavra ‘progresso’ é bastante utilizada. Quando olhamos para a bandeira brasileira e refletimos sobre este lema, temos dificuldade em entendê-lo, pois vivemos tempos em que imperam a desordem e o retrocesso. No âmbito da vida do trabalho e dos estudos, bem como em outros seguimentos, é preciso ordem para progredir, ou seja, ‘ordem’ vem primeiro. Não se pode inverter – progresso e ordem – porque, mesmo que as pessoas e a sociedade cobrem, dizendo que o progresso é o que importa, a ordem é o alicerce para o progresso. Quando Deus criou o mundo, nos deixou um exemplo claro de ordem. Na Criação, sabemos, inclusive, o dia em que Ele descansou (Gn 1). Quando Jesus foi questionado pelos discípulos sobre como iria alimentar a multidão que o seguia, pediu para que as pessoas sentassem em grupos menores (Lc 9.10-17 ). Há uma evidente ‘ordem’ nestes textos. Neste mundo pósmoderno, em que tudo é imediato e passageiro, ficamos perdidos e desorientados diante de uma aparente falta de ordem.
Predomina a ilusão de pensarmos que o progresso está em adquirirmos cada vez mais coisas, bens materiais que nos proporcionem estabilidade e paz. A promoção da ordem na Comunidade e na sociedade está ligada ao convite que Jesus nos faz: praticarmos o Mandamento do Amor (Jo 15. 12). Pode parecer um tema frequente esse de falar sobre o amor,
Deus, nosso Salvador, em Jesus Cristo, vem ao encontro da desordem deste mundo para, em amor, ordenar todas as coisas para o progresso do Seu Reino entre nós. o amor que Jesus nos remete, a ordem plena que Ele quer instaurar no mundo (Ap 21.3-6). Na contramão do amor cristão, o mundo nos propõe a lógica do progresso para o lucro, proposta que tem cada vez mais adeptos. A ordem de Jesus, que tem por base o amor, nos compromete a pensarmos na desigualdade em que vivemos, no qual, em
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um mesmo contexto, vemos pessoas enriquecendo enquanto outras empobrecem. A lógica do progresso usa o ‘cada um por si e Deus por todos’. É mais fácil pensarmos em nossos próprios interesses que na ordem comprometedora de Jesus, de amarmos ao próximo, para que este seja o Mandamento na Comunidade e sociedade. A falta de compromisso é um sinal claro da desordem. Sem comprometimento com a Comunidade, com a Palavra de Deus, estaremos em uma desordem que poderá ser sentida claramente na Comunidade e na sociedade. Há comprometimento somente com ideais pessoais e o sentimento de autossuficiência isenta da necessidade de viver em obediência amorosa a ordem de Deus em Jesus. A promoção do amor diz respeito à vocação da ordem na Comunidade e na sociedade. Vivendo sob aquele que se apresenta a nós: Eu sou o SENHOR, teu Deus (Ex 20.2). Essa é a ordem primeira da nossa vida. Deus é Senhor, nosso Salvador, que, em Jesus Cristo, vem ao encontro da desordem deste mundo para, em amor, ordenar todas as coisas para o progresso do Seu Reino entre nós. Para refletir, leia Gálatas 6.1-10
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PERSPECTIVA
Quem é o maior: o que está reclinado à mesa ou o que serve? Rei e Rainha... Sob qual parâmetro? Profa. Dra. Ema Marta Dunck Cintra | Docente no Instituto Federal de Mato Grosso No mês de maio deste ano, grande parte do povo brasileiro madrugou para assistir a mais um casamento real. As mídias estavam em êxtase e, muitos dias antes, já começaram a divulgar informações sobre o acontecimento. Olhos vidrados na televisão, pessoas ficavam admiradas com cada detalhe. Da roupa da noiva até o cardápio foram motivos de enormes descrições. Acontece que, se pararmos um pouco para refletir sobre o que significou para a história da humanidade a construção dos reinados, essa magia dos ‘contos de fadas’ perde o seu encanto, pois a busca pelo poder começava na guerra pela posse de terra. Quanto maior o território, maior o poder e maior o número de súditos. Não há rei ou rainha que não tenha construído o seu reinado a partir da subjugação e da morte de outras pessoas. Como exemplo, sem nos deter à Idade Média, analisemos a história do Brasil e a nossa colonização pelos portugueses. Também olhemos para a Inglaterra, local do casamento real, que colonizou a Austrália, a Índia, os Estados Unidos, a África do Sul, entre outros. O que a Inglaterra fez com a população da Índia foi terrível (poucos têm a curiosidade de ler sobre esse fato), mas continuemos nos enganando, olhando a televisão e engrandecendo aqueles que construíram os
seus palácios sobre a fome, a miséria e a morte imputadas aos povos conquistados. Quando conseguirmos tirar a fumaça que obscurece a nossa visão e olharmos de modo crítico como foi construída a história da humanidade, compreenderemos que enaltecer um rei ou uma rainha não é algo que seja possível. É inconcebível acreditar que algumas pessoas sejam melhores que outras, seja pelo poder e/ou pela riqueza que possuem e, o que é pior, justamente em cima do resultado da dominação. Precisamos focar o nosso olhar para os esquecidos pelos holofotes. Olhemos para as pessoas que, de sol a sol, produzem os alimentos para a população, para os que atuam em hospitais salvando e acolhendo vidas, para aquele educador que faz com que uma criança se alfabetize e consiga ler o mundo por meio das palavras, para aqueles que carregam esperanças. Vamos olhar para os que, todos os dias, passam apressados nas ruas, nos pontos de ônibus e que lutam diuturnamente para ter e levar uma vida digna às pessoas. Esses e essas são, verdadeiramente, reis e rainhas e têm a minha reverência. Porquanto quem é o maior: o que está reclinado à mesa ou o que serve? Porventura, não é o que está reclinado à mesa? Contudo, entre vós, Eu Sou como aquele que serve (Lc 22.27).
O Espírito de Deus se une com o nosso espírito para afirmar que somos filhos de Deus. Romanos 8.16
Sexta-feira 13: o azar anda solto... Para quem? P. Dr. Oneide Bobsin | Docente na Faculdades EST, em São Leopoldo/RS Na última sexta-feira 13, acompanhei um grupo de estudantes da pós-graduação da EST em visitas a templos em Porto Alegre/RS. O grupo era composto por pessoas de diversas partes do Brasil e de diferentes Igrejas. Visitamos o centro islâmico e a sinagoga, mas o que chamou atenção foi a visita ao culto de uma igreja que se diz evangélica, com mais de mil pessoas, sendo que o espaço comporta mais de três mil pessoas. Era sexta-feira, às 15 horas. Sobe ao palco o celebrante. Estava vestido de branco e usava um jaleco, como se fosse Médico. Com um som mecânico acompanhado pelo celebrante e com refrãos repetidos pelo público, todas as pessoas foram envolvidas em um clima fortemente emocional. Assim, no auge da emoção, o celebrante lembrou-se dos votos e das campanhas feitas em reuniões anteriores. Em massa, o povo levou doações ao altar. Depois, foi distribuída para cada participante uma espécie de jaleco transparente com um plano de culto até dezembro, sempre às sexta-feiras. Na frente do jaleco, estava escrito o tema da campanha. Todos vestiram. Segundo o celebrante, quem o vestiu estava protegido dos males do desemprego, dos desentendimentos familiares, das doenças e maus espíritos... enfim dos azares da sexta-feira 13. Acompanhava aquela roupa um envelope com o Salmo 20. Era para levar para casa como proteção. Na próxima sexta, o envelope deve voltar com 20 reais. Assim, o fiel vai colher muito em sua vida.
Então, veio o ponto alto da reunião: a expulsão dos demônios, todos associados aos cultos de matriz africana. O próprio pastor tentou expulsar um demônio. Como o diabo não obedecia à ordem de Jesus, o pastor largou o microfone e deu um abraço de urso, como uma luta do bem contra o mal. Ainda não logrando sucesso, o pastor pediu ajuda ao público. Em um frenesi, todos pediam para o demônio sair. No culto da próxima sexta, o demônio voltará no mesmo horário. Depois deste momento, o pastor pede dinheiro usando a parábola da pesca maravilhosa. Sob a ordem de Jesus, você vai ter uma grande pesca ainda hoje. Traga o seu dinheiro aqui para a rede no altar. Pela quarta vez, o público se deslocou levando as suas contribuições. De fato, a rede daquela igreja encheu-se de reais, os quais foram destinados para Deus, segundo o celebrante. Nada fica para a igreja, segundo ele. Um Professor de Direito que faz parte da turma de alunos comentou: isso é estelionato! O povo foi roubado. É caso de Polícia. Disselhe: já vieram roubados. Aqui, receberam o consolo religioso. Estas experiências religiosas sustentam redes de rádio e televisão, elegem Deputados e, nas Eleições deste ano, farão campanhas para a Presidência da República. Já têm os seus candidatos evangélicos. Talvez seja o mesmo que o seu... Sexta- feira 13: azar daquele povo, não daquela igreja. Para mais informações, acesse o Portal Luteranos
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MISSÃO
Qualificação da Ação Missionária (parte 1/5) P. Dr. Pedro Puentes | Secretário de Missão A Missão fez parte da IECLB desde sempre e foi organizada de várias formas. Hoje, a articulação é realizada por meio de um Programa. A sua importância está na constante necessidade de articular, acompanhar e qualificar a Ação Missionária na IECLB. É necessário, por isso, aprimorar processos e capacitar instâncias envolvidas na grande tarefa de propagar o Evangelho de Jesus Cristo, estimulando a sua vivência pessoal na família e na Comunidade, promovendo a paz, a justiça e o amor na sociedade brasileira e no mundo. A gestão do Programa é realizada de forma colegiada por um Grupo de Trabalho (GT) composto por: Secretário de Missão (Coordenador), Secretário da Ação Comunitária, Secretário Adjunto para Missão e Diaconia, Coordenadora do Núcleo de Projetos e Coordenadora de Diaconia Inclusão.
Projetos Missionários Secretaria de Missão da IECLB Pastoral do Cuidado/RS Rio dos Sinos A cidade de Porto Alegre/RS conta com, aproximadamente, 1,5 milhão habitantes. É ali que a Pastoral do Cuidado foi implantada, com nova fase iniciada em agosto de 2014. O objetivo do Projeto centra-se no exercício do cuidado com as pessoas em situação de fragilidade da saúde, dos seus familiares, de pessoas enlutadas e de profissionais da área da saúde. São pessoas que sofrem e se sentem desamparadas, especialmente as luteranas, provindas de Comunidades de todo Rio Grande do Sul e de outros Estados e que se encontram em tratamento de saúde em Porto Alegre. A atuação missionária tem como foco a prevenção da saúde, no processo de cura e no consolo em situações de enfermidade e luto, exercendo o papel do cuidado a partir do exemplo de Jesus Cristo, também no acompanhamento pastoral dos profissionais da saúde e na capacitação do voluntariado.
Objetivos - Promover a reflexão e o diálogo sobre a Missão e as suas práticas na IECLB com vistas à elaboração de subsídios para o desenvolvimento de Ações Missionárias. - Disponibilizar ferramentas para subsidiar o Planejamento Missionário e articular campanhas e projetos para desenvolver Ações Missionárias. - Colaborar para a efetivação da Missão e da Visão da IECLB. Sustentabilidade da Ação Missionária Realizada anualmente, a Vai e Vem é construída em parceria com Coordenadores e Coordenadoras Sinodais da Campanha, em diálogo com o Tema do Ano da IECLB. Desenvolvida em parceria com os Sínodos, os recursos arrecadados são di-
vididos proporcionalmente e têm em vista o apoio a Projetos Missionários. Cabe à Secretaria de Missão coordenar a Campanha, com o apoio do GT Qualificação da Ação Missionária, em diálogo com a Presidência. Em 2017, a Campanha Vai e Vem alcançou a meta simbólica de 1 milhão de reais. Em 2018, 11 Projetos em sete Sínodos da IECLB estão sendo apoiados em âmbito nacional pelos recursos da Vai e Vem.
Planejamento Missionário P. Altemir Labes | Secretário Adjunto para Missão e Diaconia da IECLB Há, na IECLB, incertezas e contradições quanto ao entendimento de quem é membro da IECLB. Assim, diferentes Comunidades aplicam critérios diferentes quando se trata de definir quem são seus membros. Essa incerteza quanto aos critérios de definição quanto a quem é membro da IECLB têm grandes consequências na vida da Comunidade e também na compilação dos dados estatísticos da IECLB. Em não poucas Comunidades ainda se faz a contagem por ‘família’ ou, então, por membro contribuinte. O Regimento Interno da IECLB tem uma seção dedicada aos membros e define claramente quem são os
membros da IECLB: ‘São membros da Comunidade as pessoas batizadas conforme a ordem de Jesus Cristo, reconhecidas as Bases Confessionais da IECLB’. Fundamental é que as condições de membresia são apenas duas: o Batismo de acordo com a ordem de Jesus Cristo, ou seja, com água e em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, e o reconhecimento das Bases Confessionais da IECLB. O estabelecimento de condições adicionais para membresia contraria os Documentos Normativos da IECLB. Carta Pastoral da Presidência (2007)
Projeto Missionário Paz Campanha Nacional de Ofertas para a Missão Vai e Vem | Secretaria de Missão da IECLB Paz/RS Sínodo Sul-Rio-Grandense Cerro Grande do Sul é um município do Estado do Rio Grande do Sul e que conta com mais de 10 mil habitantes. A Paróquia da Paz de Cerro Grande do Sul, desmembrada da Paróquia Trino Deus de Sertão Santana em 2006, é composta por três Comunidades: Cristo Rei, Reconciliação e Jesus Salvador. A Paróquia é constituída, em sua maioria, por pequenos Agricultores, que vivem da produção de verduras, arroz e fumo. O Projeto Missionário Paz foi criado em 2012 com o objetivo de fortalecer e consolidar a Paróquia da Paz. Para tanto, a Paróquia da Paz desenvolve a sua ação missionária a partir da motivação à participação dos membros na vida comunitária e no Culto, além de ações de evangelização. A finalidade é alcançar novas pessoas que venham a somar com os 463 irmãos e irmãs na fé que já são membros. Espera-se, dessa forma, alcançar também a autossustentabilidade para a Paróquia.
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PRIORIDADES
Prioridades de Gestão: Programas de Acompanhamento Acompanhamento a Estudantes de Teologia (parte 2/2) Cat. Ma. Débora Raquel Klesener Conrad | Secretária de Formação da IECLB
Orientação para o Desenvolvimento O objetivo da Orientação para o Desenvolvimento Pessoal é oportunizar atividades e espaços de reflexão e autopercepção, em que possa identificar características pessoais, potencialidades e aspectos a desenvolver. Durante a trajetória acadêmica, estudantes participam de três Seminários de Orientação, além da realização de alguns testes de avaliação e entrevistas individuais, coordenadas por uma profissional da área da Psicologia que assessora o Programa. A Orientação envolve uma caminhada de descobertas, crises, transformação, cuidado e crescimento dos estudantes e das estudantes. Esta atividade pode ser intensificada com a ampliação da oferta de subsídios que contribuam para a reflexão de cada estudante sobre as suas condições pessoais, tendo em vista o seu preparo para a atuação futura no Ministério com Ordenação na IECLB. Diálogo com os Centros de Formação O diálogo com as Direções dos Centros de Formação conveniados com a IECLB visa
a fortalecer a articulação e o alinhamento de abordagens e temas e, assim, promover a sinergia entre a formação acadêmica oferecida e as necessidades da Igreja. Estes diálogos, que buscam a qualificação do processo de Formação, são realizados duas vezes ao ano com as Direções dos Centros de Formação. Auxílios Financeiros para Formação Os Auxílios Financeiros para Formação Teológica são destinados para estudantes de Teologia que necessitam de apoio para a realização dos seus estudos. A gestão dos recursos é realizada pelo Programa de Acompanhamento, que se orienta pelas decisões de Comissões devidamente constituídas para este fim. As modalidades de auxílio são: - Fundo de Auxílio para Formação Teológica (FAFT): Empréstimo para pagamento de Crédito Estudantil. O percentual varia de acordo com a renda familiar e a disponibilidade de recursos. Este Fundo mantém o princípio da gratuidade para as pessoas beneficiadas que ingressam no Ministério com Ordenação e atuam, pelo menos, por cinco anos em
Campos de Atividade Ministerial reconhecidos pela Igreja. Os recursos deste Fundo são oriundos do Orçamento Ordinário da IECLB. Fundo de Crédito para a Formação Teológica (FCFT): Empréstimo para complementação do pagamento de Crédito Estudantil. Fundo Rotativo de Financiamento (FRF): Empréstimo para manutenção e subsistência de estudantes de Teologia. Os recursos do FCFT e FRF são oriundos das restituições de pessoas que, durante o seu processo de formação, usufruíram do benefício. No momento, há um grande esforço para estimular as restituições e, assim, garantir a sustentabilidade destes dois Fundos. As atividades do Programa, em grande medida, são mantidas financeiramente pela Oferta Nacional ao Programa de Acompanhamento a Estudantes de Teologia. Oportunidades e perspectivas As atividades realizadas pelo Programa de Acompanhamento oportunizam um contato da Igreja com os estudantes e as estudantes já durante o processo de formação. Este contato acontece em duas dimensões: institucional e pessoal. A dimensão institucional é a oportunidade de apresentar a Igreja, a sua eclesiologia, os temas relevantes para o contexto e as políticas que orientam a sua caminhada. Na dimensão pessoal, é oportunidade de aproximação, de promoção do diálogo, de acolhida, mas também de questionamento visando sempre a contribuir no desenvolvimento de cada estudante. Esta caminhada conjunta tem sido muito valiosa e significativa para o fortalecimento de vínculos institucionais e pessoais. A consolidação da prática de Acompanhamento a Estudantes de Teologia como uma política trará muitos benefícios para a Ação Missionária da Igreja com a qualificação do seu futuro quadro ministerial.
Publicações | Criatitude CRIATITUDE
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Em 2018, a Declaração Universal dos Direitos Humanos completa 70 anos. Infelizmente, a dignidade humana está longe de ser respeitada no Brasil. A título de exemplo, podemos citar que, a cada cem pessoas assassinadas no nosso país, 71 são negras. A cada dois segundos, uma mulher é vítima de violência física ou verbal. Também passamos por tempos de retrocessos, em que direitos são retirados. Pensando nesse contexto, a Juventude Evangélica elaborou o Criatitude. Este material mostra o compromisso cristão de denunciar injustiças e buscar uma sociedade na qual todas as pessoas tenham acesso à vida digna. Trecho de Criatitude
Anunciarei o amor de Deus, o Senhor. Darei graças por tudo o que Ele tem feito. Isaías 63.7
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GESTÃO
Corpo IECLB | Gestão Administrativa Secretaria Geral da IECLB Novo Conselho da Igreja assume mandato - A IECLB é uma organização religiosa formada por Comunidades a ela afiliadas e que estão organizadas em 18 Sínodos. Como organização de direito privado, sem fins lucrativos, a IECLB dispõe de quatro órgãos, que são: I - Concílio da Igreja, II - Conselho da Igreja, III - Presidência e IV - Secretaria Geral. Nas próximas edições do Jorev, apresentaremos cada um dos quatro órgãos da IECLB. Iniciaremos pelo Conselho da Igreja (CI). O CI é composto por um representante de cada Sínodo, eleito em Assembleia Sinodal, com mandato de quatro anos, permitida uma reeleição. O Conselho da Igreja terá uma Diretoria, com Presidente, Vice-Presidente, 1º e 2º Secretários, com mandato de dois anos, podendo ser reeleitos. Atua em caráter supletivo ao Concílio e reúne-se, ordinariamente, três vezes ao ano, por convocação da pessoa que ocupa a Presidência. O novo CI assumiu o seu mandato (2018 a 2022) na reunião de julho deste ano. Entre as atribuições do CI, destacam-se: a) homologar os estatutos dos Sínodos, das Paróquias e das Comunidades, e os Regimentos Internos dos Sínodos, b) estabelecer diretrizes para o processo educacional na IECLB, em particular na formação, atualização e pesquisa teológicas, c) incentivar e acompanhar o trabalho missionário da Igreja, d) eleger o Secretário Geral proposto pelo Pastor Presidente, e) fiscalizar as atividades da Secretaria Geral, receber e avaliar os relatórios do Pastor Presidente e do Secretário Geral nos anos em que não se realizar o Concílio Ordinário, f) fixar a subsistência do Pastor Presidente e do Secretariado, g) aprovar o plano de cargos, as funções e os salários dos servidores da Secretaria Geral e da assessoria da Presidência, mediante proposta do Secretário Geral, h) implementar a política de subsistência ministerial, observados os critérios estabelecidos pelo Concílio, i) regulamentar as diretrizes estabelecidas pelo Concílio, visando a assegurar o bom e fiel exercício do Ministério na Igreja e para que nele ingressem pessoas vocacionadas e comprometidas com a confessionalidade da IECLB. Para mais informações, acesse o Portal Luteranos
Guia para o Presbitério Jesus inverte a lógica humana e deixa claro que o exercício da autoridade e da liderança não está relacionado a privilégios, mas à disposição em servir. A ênfase deixa de ser o poder para dar lugar à diaconia. Esse ensinamento de Jesus aos discípulos é extensivo às lideranças cristãs das Comunidades. Da mesma forma, vale para o Ministério com Ordenação (Ministros e Ministras) e para o Ministério sem Ordenação. Essas palavras de Jesus são uma grande bênção. Afastam a tentação que qualquer função na Comunidade venha a ser usada para assegurar privilégios pessoais, sejam eles quais forem. Tudo do que mais precisamos Deus já resolveu por nós à medida que Jesus foi fiel ao Pai, fiel até a morte na cruz. Ele que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida para salvar muita gente (Mc 10.45). Na função de cuidar do rebanho, há um prerrequisito: desempenhar a tarefa de boa vontade, com gosto, alegria e disposição para servir. Em outras palavras, ser Presbítero é atividade a ser desenvolvida de coração e com paixão.
Documentos Normativos Acima de todos os Documentos Normativos da IECLB está o Mandato de Deus, tendo como base a Bíblia e os Escritos Confessionais. A Constituição, o Regimento Interno, o Guia Nossa Fé-Nossa Vida, o Documento Justiça e Ordem, o Estatuto do Ministério com Ordenação da IECLB são normas nacionais, eclesiasticamente válidas para todos os Sínodos, as Paróquias, as Comunidades, os Ministros, as Ministras, as lideranças leigas e demais membros. Todas as normas adicionais são elaboradas a partir dos princípios constantes nesses documentos e a eles estão sujeitas eclesiasticamente. O Estatuto do Ministério com Ordenação (EMO), em sua introdução, assegura que o regulamento dos Ministérios com Ordenação procura fazer jus à unidade e à diversidade do Ministério Eclesiástico. A Ordenação necessariamente confere o direito à pregação pública da Palavra e à administração dos Sacramentos. A responsabilidade teológica dos Ministérios, portanto, é a mesma. A diferença está nas áreas de atuação, que são diversas. As diferenças deverão ser respeitadas, mas elas não devem suprimir a unidade do Ministério, por isso os direitos e os deveres no fundo são idênticos, a despeito das legítimas diferenças. O Ministério é um só, com diversas ramificações. O Estatuto do Ministério com Ordenação flexibiliza a atuação da Igreja, orientando os Ministérios nas necessidades de uma Comunidade catequética, diaconal, missionária e pastoral, promovendo a competência dos Ministros e das Ministras, o que favorece a diversificação e qualificação dos serviços comunitários.
Jorev Luterano - Agosto 2018
SÍNODOS
Nos próximos 500: Igreja Missionária! Gestão, Planejamento, Programas de Formação e Missão P. Gilciney Tetzner | Pastor Sinodal do Sínodo Vale do Taquari
O Sínodo Vale do Taquari caracterizase por ser geograficamente o menor Sínodo da IECLB. São apenas 100 quilômetros de uma extremidade à outra. Aqui vivem em torno de 34 mil luteranos reunidos em 59 Comunidades e 15 Paróquias. A proximidade entre as Comunidades e a Sede do Sínodo, em Teutônia/RS, possibilita Conferências Ministeriais, Seminários e reuniões com boa participação do público-alvo de cada evento. Da mesma forma, permite que se faça um bom acompanhamento a Ministros e Ministras, lideranças e Comunidades em geral. Em 2017, nos alegramos especialmente com as comemorações em torno dos 500 anos da Reforma. Tivemos dois grandes eventos alusivos ao Jubileu da Reforma. O primeiro foi o Dia Sinodal da Igreja, celebrado no dia 4 de junho, Pentecostes, em Languiru, Teutônia. Cerca de 1600 pessoas prestigiaram o encontro, cujo tema foi Alegres, celebrai e que contou,
além do Culto Eucarístico, com diversas atividades culturais e musicais. O destaque ficou por conta da Orquestra, formada por mais de 120 alunos das escolas da Rede Sinodal de Educação da região. O segundo grande evento foi a Celebração Ecumênica Luteranos e Católicos celebrando os 500 anos da Reforma, realizada em Estrela/RS, no dia 1º de outubro. Contamos com a participação dos Sínodos Vale do Taquari, Planalto Rio-Grandense e Centro-Campanha-Sul e das Dioceses de Montenegro/RS e Santa Cruz do Sul/RS. Além destes dois grandes encontros, muitas outras atividades marcaram o ano de 2017. Tivemos caminhadas, passeios ciclísticos, sessões solenes, seminários, concertos, palestras, debates e intensa presença nos meios de comunicação do Vale do Taquari. A soma das comemorações resultou em uma grande mobilização e no fortalecimento das nossas Comunidades. Um Pres-
Nos próximos 500 anos, queremos ser Igreja Missionária, ou seja, que, em tudo o que faz, desde o seu encontro mais tradicional até a ação mais inovadora, tenha a intencionalidade de colaborar com a Missão de Deus. Sonhamos com uma Igreja que atraia as pessoas por meio de celebrações alegres e relevantes, de uma palavra evangélica pura e simples, capaz de admoestar, consolar e animar as pessoas, por meio de um testemunho forte e verdadeiro de que, pela graça de Deus, temos alcance ao seu cuidado, ao seu amor. Para alcançarmos estes objetivos, precisamos de Planejamento, Programas de Formação e Missão, da passagem para a Cultura de Missão, de agenda interna, mas também de agenda externa, voltada àqueles que ainda não fazem parte da Comunidade Luterana, de tempo para a cidade, do olhar acolhedor que inspira confiança. Esta caminhada já começou há 21 anos e estes objetivos são perseguidos diariamente em cada programa ou atividade do Sínodo Vale do Taquari.
bítero, no final do ano, avaliou da seguinte forma: ‘Nós, como lideranças nas Comunidades, enfrentamos muitos problemas a cada dia, mas estas comemorações nos deram novo ânimo e colaboraram para a nossa autoestima como luteranos’. Também nos alegramos em nosso Sínodo com o bom trabalho de formação oferecido pelos diversos Setores de Trabalho e pela Diretoria do Conselho. A cada ano, o Sínodo realiza entre 12 e 15 Seminários, alcançando cerca de 500 pessoas, que aplicam os conhecimentos adquiridos em suas Comunidades, com os seus distintos públicos: crianças, adolescentes, jovens, pessoas adultas e idosas. Os encontros anuais realizados em âmbito sinodal, como Passa Dia da Juventude Evangélica, Confirmandos e Confirmandas, Dia da Ordem Auxiliadora de Senhoras Evangélicas (OASE), e os bianuais, como o Dia das Crianças e o Dia da Pessoa Idosa, são fonte de grande satisfação, pois reúnem cerca de mil pessoas. Por último, mas não menos importante, nos alegramos com a equipe ministerial do Vale do Taquari. Contamos com 30 Ministros e Ministras, que formam um grupo coeso e dedicado à Missão de Deus confiada a nós como Igreja. Da mesma forma, contamos com boas lideranças, engajadas com o modelo sinodal de Igreja que somos. Percebe-se um crescente número de novas lideranças e jovens nas nossas Comunidades e Paróquias. Sabemos que ainda precisamos evoluir em questões como Gestão e Planejamento. Enfrentamos dificuldades na gestão de algumas Comunidades. É necessário melhorar a atualização de documentos, a gestão financeira de recursos, a pontualidade dos repasses, a manutenção predial e a sustentabilidade a longo prazo. No que diz respeito ao Planejamento, apenas 40% das Comunidades do Sínodo o fizeram. Novas iniciativas, como o Seminário de Missão e o Grupo de Trabalho Missão no Vale, estão se ocupando com as questões de Gestão e Planejamento e esperamos que possam colaborar com a Missão. Tudo o que fazemos tem como objetivo sermos, cada vez mais, uma Igreja de Comunidades atrativas, inclusivas e missionárias. Nos próximos 500 anos, queremos edificar uma Igreja sem barreiras arquitetônicas ou discriminatórias. Queremos ser Igreja que saiba acolher o diferente, sem impor taxas ou objeções. Queremos ser Igreja que esteja atenta às necessidades das pessoas e possa servi-las em verdadeiro amor cristão.
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COMUNICAÇÃO
Qualificação da Comunicação Jorev Luterano Núcleo de Comunicação da IECLB Uma diagramação mais atrativa, com destaques em frases de Martim Lutero e versículos bíblicos, fotos maiores e com melhor resolução, fonte que facilita a leitura, com corpo e entrelinhas maiores, cores harmônicas e que não comprometem a atenção para os textos, títulos e subtítulos destacados e mais chamadas na capa, foi a inovação estética que o Jorev Luterano apresentou nos anos de 2017 e 2018. Em termos Editoriais, também houve reformulação, de modo que o Jorev permaneça, de maneira eficiente, divulgando a diversidade e a riqueza presentes na IECLB, especialmente no que diz respeito às atividades desenvolvidas em âmbito nacional, que alcançam Sínodos, Paróquias e Comunidades, além das
(g) Gestão, com as Seções Gestão Administrativa, Documentos Normativos e Guia para o Presbitério e (h) Comunicação, Editoria que, em 2017, abordou assuntos diversos e, em 2018, desenvolve temáticas vinculadas à Área da Comunicação na Igreja. O Jorev também oferece a Editoria Sínodos, que, sob o título Alegres, Jubilai!, durante os dois últimos anos, perguntou aos 18 Sínodos da Igreja: 1) Quais são os motivos para jubilar (alegrar/comemorar)? 2) Quais são os arrependimentos (em que falhamos/precisamos Reforma)? e 3) Que Igreja queremos ser (agora, que vivemos os outros 500)? O resultado desta ação pode ser conferido nos textos dos Sínodos para o Relatório ao XXXI Concílio da IECLB. A Editoria Presidência leva aos leitores e às leitoras, em O Jorev tem como meta e responsabilidade sistema de rodízio, a promover informação positiva e propositiva, mensagem do Pastor com vistas a estimular a vivência evangélica Presidente, da Pastora 1ª Vice-Presidente em todas as instâncias da Igreja e ser e do Pastor 2º Viceinstrumento a serviço da Missão da IECLB. Presidente, a agenda de eventos com a participação prevista da questões atuais, sob o enfoque da conPresidência, além da retrospectiva de um fessionalidade luterana, proporcionando fato importante, de alcance nacional, rela(in)formação de qualidade. cionado ao mês em questão. Entre as novas Editorias, estão: (a) EnAinda em 2017, vivenciamos o Jubileu foque, que traz as Seções Vida em Comuda Reforma. Para celebrar essa data, em nidade e Charge, (b) Palavra, com as Se2012, então em clima de contagem reções Gestão Ministerial e Competências gressiva de cinco anos para os 500 anos, Ministeriais, (c) Formação, com as Seções o Jorev deu início à Série Especial Lutero Educação Cristã Contínua, O Amigo das - Reforma: 500 anos, com artigos publicaCrianças e Tema do Ano, (d) Diversidade, dos na Editoria Unidade. A coletânea desque tem assuntos especialmente ligados ses artigos será transformada em um livro, a Ação Comunitária, Diaconia, Juventucom distribuição prevista para este ano. de Evangélica, Inclusão, Gênero, Etnias e Em 2018, a Editoria Unidade traz a Série Inclusão (e) Perspectiva, com Colunistas Especial Eu sou o SENHOR, teu Deus (Ex tratando sobre assuntos contemporâne20.2a), Lema que acompanha o Tema do os da Igreja e da sociedade, (f) Missão, Ano da IECLB, Igreja - Economia - Política. com as Seções PAMI, Projetos MissionáNa nova proposta editorial, publicarios, Planejamento Missionário e Campações inéditas e algumas já tradicionais nha Vai e Vem, (g) Prioridades, que apresão divulgadas a leitores e leitoras como senta os Programas de Gestão da IECLB, importantes fontes de consulta.
Praticamente todas as páginas do Jorev Luterano trazem a tag Para mais informações, acesse o Portal Luteranos, mostrando a conexão e a intencionalidade nas ações coordenadas pelo Núcleo de Comunicação da IECLB. Além do seu formato impresso, o Jorev também dispõe de versões eletrônicas, todas acessíveis via Portal Luteranos, buscando reforçar o caráter institucional deste veículo de comunicação no mundo virtual, além de possibilitar pesquisas online, divulgando a forma da IECLB de ser Igreja a um número bem maior de leitores e leitoras, membros da IECLB ou não, já que o acesso ao conteúdo eletrônico é gratuito. Em termos numéricos, nesta Gestão (2011 a 2018), o Jorev publicou 88 edições, com 11 edições por ano, 1.424 páginas, 2.728 artigos/textos/ notícias, em 32 Editorias/Seções, com o auxílio fundamental de 161 colaboradores únicos, totalizando 851 colaborações, considerando que algumas pessoas, especialmente na Sede Nacional, além de reproduções de publicações oficiais, marcaram presença nas edições repetidas vezes. O Jorev Luterano é um meio de comunicação importante para a IECLB, uma vez que alcança uma parcela significativa de pessoas, apesar da crise mundial que atinge os jornais em geral, pois a Missão da Igreja está presente também em contextos bem diversos e distantes, nos quais as pessoas não possuem acesso à Internet. É por isso que, ano a ano, mês a mês, a cada edição, o Jorev tem como meta e responsabilidade promover informação positiva e propositiva, com vistas a estimular a vivência evangélica em todas as instâncias da Igreja, ser instrumento eficaz a serviço da Missão da IECLB de propagar o Evangelho de Jesus Cristo, estimulando a sua vivência pessoal, na família e na Comunidade, promovendo a paz, a justiça e o amor na sociedade brasileira e no mundo.
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Caminhos do Leste Europeu Caminhos Romanos (Amsterdã a Roma) Caminhos das Festas (castelos, tradições e cervejarias)
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