Jornal Evengélico Luterano | Ano 48 | Setembro 2018 | n o 820
Quem é membro da IECLB, assume como direito e dever: fazer do voto um instrumento de cidadania! Diante das Eleições, a IECLB insiste no diálogo e no respeito às diferentes opiniões, em favor de propostas de governo exequíveis, promotoras da justiça e do direito, pressupostos para a paz social
Competências Ministeriais
Educação Cristã Contínua
Programas de Acompanhamento
Despertar e capacitar lideranças
O tempo passa, mas a memória fica
Acompanhamento a Ministros e Ministras
Palavra
Formação
Prioridades
Jorev Luterano - Setembro 2018
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REDAÇÃO
Façamos do voto um instrumento de cidadania! ‘Segundo Lutero, Deus utiliza a Igreja, a Economia e a Política, as três Ordens da Criação, como instrumentos para efetivar a sua vontade no mundo. Nesse sentido, o Tema da IECLB para 2018 afirma que Igreja, Economia e Política são instrumentos que Deus coloca ao nosso dispor para buscarmos o bem, contra o mal (Am 5.14)’, destaca a Carta Pastoral Eleições 2018, emitida pela Presidência e publicada (trechos), na Editoria Presidência. A Carta lembra que a Missão de Deus abrange todos os espaços do nosso viver: a casa (indivíduo, família, trabalho, amizades), a Comunidade de Fé (Comunidade local, sinodal, nacional e ecumênica), a sociedade civil (bairro, cidade, estado, país, governo, economia, política), a Criação inteira (meio ambiente e recursos naturais). Pelo correto desempenho em cada Ordem, nós servimos e cooperamos com Deus no engrandecimento da vida. O mesmo Deus que instituiu as Ordens, chama e vocaciona, tornando-nos responsáveis pelo cuidado da Criação. Vivemos em contexto brasileiro grave, alerta o Documento: ‘Governos e parlamentos perdem a confiança em vista dos seus atos de escárnio contra o povo brasileiro. Nas Redes Sociais, há veiculação de opiniões de quem quer provar que a sua é a verdade absoluta, recorrendo, até mesmo, a versículos bíblicos selecionados segundo critérios questionáveis. O mais fácil parece ser ‘terceirizar a culpa’. Afinal, pensar, refletir, exercitar a autocrítica e entender a complexidade da realidade exige mais e requer humildade’. Como não entrar nessa lógica do ódio, da intolerância, do confronto que coloca em rota de colisão e fragilização crescentes a família, a Comunidade de Fé, a Igreja e a sociedade? O que fazer para que a compreensão e a perspectiva de fé, esperança e testemunho evangélico-luteranos sustentem a nossa argumentação e a nossa atuação responsáveis nas Ordens da Criação?, questiona a Carta Pastoral. O Documento assegura ‘A fé evangélico-luterana opõe-se aos vícios presentes na cultura política brasileira e capacita para ocuparmos o nosso lugar nas Ordens da Criação e exercitarmos responsavelmente a cidadania. Move-nos o amor de Deus por sua Criação! Exercitamos a cidadania que brota da fé! Participamos da vida política como resposta à vocação de Deus’. Ótima leitura!
CAPA A IECLB tem definido o seu projeto de Igreja! Queremos crescer na direção de Comunidades que sejam espaço seguro para todas as pessoas. A partir dos nossos princípios éticos, vamos auxiliar no fortalecimento da democracia e da defesa da dignidade da população.
Jornal Evengélico Luterano | Ano 48 | Setembro 2018 | n o 820
Quem é membro da IECLB, assume como direito e dever: fazer do voto um instrumento de cidadania! Diante das Eleições, a IECLB insiste no diálogo e no respeito às diferentes opiniões, em favor de propostas de governo exequíveis, promotoras da justiça e do direito, pressupostos para a paz social
SUMÁRIO 2
REDAÇÃO
CARTA À COMUNIDADE EXPLICAÇÃO DA CAPA EXPEDIENTE
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ENFOQUE
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PALAVRA
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PRESIDÊNCIA
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FORMAÇÃO
7
DIVERSIDADE
Competências Ministeriais
Educação Cristã Contínua
Despertar e capacitar lideranças
O tempo passa, mas a memória fica
Acompanhamento a Ministros e Ministras
Palavra
Formação
Prioridades
Programas de Acompanhamento
VIDA EM COMUNIDADE CHARGE OFERTAS NACIONAIS INDICADORES ECONÔMICOS GESTÃO MINISTERIAL COMPETÊNCIAS MINISTERIAIS TEMA DO ANO PALAVRA DA PRESIDÊNCIA RETROSPECTIVA AGENDA EDUCAÇÃO CRISTÃ CONTÍNUA PROPOSTA METODOLÓGICA FACULDADES EST EDUCAÇÃO: ESPERANÇA E FORÇA VITAL! PRONUNCIAMENTO
8-9 UNIDADE
POLÍTICA, JUSTIÇA E PAZ
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13 14
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FÉ LUTERANA
TESTEMUNHO E PROMOÇÃO DA PAZ
PERSPECTIVA
POR UMA SOCIEDADE MAIS JUSTA E AMOROSA PERTURBAÇÃO REDENTORA!
MISSÃO
PLANO DE AÇÃO MISSIONÁRIA DA IECLB PROJETOS MISSIONÁRIOS PLANEJAMENTO MISSIONÁRIO CAMPANHA DE MISSÃO VAI E VEM
PRIORIDADES
PROGRAMAS DE GESTÃO PUBLICAÇÕES
GESTÃO
GESTÃO ADMINISTRATIVA DOCUMENTOS NORMATIVOS GUIA PARA O PRESBITÉRIO
CONCÍLIO
AS LIDERANÇAS DO XXXI CONCÍLIO DA IGREJA
COMUNICAÇÃO
Confie no Senhor. Tenha fé e coragem. Confie em Deus, o Senhor. Salmo 27.14 EXPEDIENTE Pastor Presidente P. Dr. Nestor Friedrich Secretário Geral P. Marcos Bechert Jornalista Letícia Montanet - Reg. Prof. 10925 Administrativo Elizangela Basile ISSN 2179-4898 Cartas - Sugestões de pauta - Artigos - Anúncios Rua Senhor dos Passos, 202/5º 90.020-180 - Porto Alegre/RS Fone (51) 3284.5400 E-mail jorev@ieclb.org.br Proibida a reprodução parcial ou integral do conteúdo desta edição sem a prévia e formal autorização da Redação do Jorev Luterano.
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ENFOQUE
Vida em Comunidade Diante do convite para um encontro, dizemos que vamos participar. Quando o convite é para o Culto, há quem diga: ‘Vou assistir ao Culto’. Convém revisar essa resposta. Por quê? Culto é encontro. Deus encontra-se com a Comunidade. Ao reunir-me com Deus, encontro-me com outras pessoas. No Culto, não está uma soma de indivíduos. No Culto, está a Comunidade. P. Dr. Romeu Martini | Assessor Teológico da Presidência da IECLB Culto é e cria comunhão. O Culto realiza comum-união entre Deus e pessoas. Em Deus, somos um e, onde há comunhão, é impossível apenas assistir! Comunhão pressupõe presença ativa. Comunhão requer participação (participar da ação!). Como em qualquer encontro, a participação no Culto é distinta e se dá em diferentes níveis. A Equipe de Liturgia responde pela moldagem (o preparo) do Culto. Outra equipe coordena a Música. Há elementos da Liturgia que são de responsabilidade do Ministro, da Ministra. O Coral entoa os hinos a quatro vozes. Assim, outras importantes tarefas são realizadas para que ocorra Culto. Mesmo havendo quem assuma esse conjunto de tarefas no Culto, haverá uma maioria expressiva que fará o quê? Vai participar também! Essa maioria que, aparentemente, apenas assiste, participa toda vez que ela
INDICADORES FINANCEIROS
responder Amém. Ao dizer Amém, a Comunidade subscreve: Que assim seja! Quem assina não assiste, mas participa. A participação ativa da Comunidade continua. Ela ouve, canta, fala, fica em pé, senta, estende a mão, abraça, leva a mão no bolso para pegar o dinheiro da oferta, abre o hinário, procura o texto bíblico, etc. Há marcante participação invisível. No encontro com Deus e na companhia de irmãs e irmãos, a pessoa sente, repensa a vida, se emociona, chora, ri, se irrita, se arrepende e toma a decisão silenciosa de mudar de rumo. É claro que a participação da Comunidade dependerá e muito da organização do Culto. Participação precisa ser planejada, motivada, permitida, querida. O certo é que Culto não se assiste. No Culto, se participa. Ainda bem!
UPM Agosto/2018
4,5324
Índice Julho/2018
0,33 %
Acumulado 2018
2,94 %
O Senhor te guiará continuamente, fartará a tua alma até em lugares áridos. Isaías 58.11
OFERTAS NACIONAIS 16 DE SETEMBRO 17o Domingo após Pentecostes Trabalho com Mulheres e Coordenação de Gênero A Coordenação de Gênero, Gerações e Etnias existe desde o ano de 2005 e busca servir de instrumento para facilitar, fortalecer e ampliar os trabalhos e as ações dos grupos de mulheres, como a Ordem Auxiliadora de Senhoras Evangélicas - OASE Nacional, as Associações Sinodais da OASE, o Fórum de Reflexão da Mulher Luterana - FRML, e outros grupos de mulheres, como as Ministras da IECLB e a PPL Mulher, e de homens, especialmente a Legião Evangélica Luterana - LELUT, bem como o trabalho com casais. A Coordenação de Gênero, Gerações e Etnias trabalha na articulação de campanhas, encontros e eventos, como a Campanha Em Comunhão com as Vidas das Mulheres e o Encontro Nacional Mulheres Luteranas Celebrando os 500 anos da Reforma (realizado na cidade de Foz do Iguaçu, em março de 2017). Além disso, a Coordenação se insere no trabalho com pessoas idosas e no apoio ao trabalho com pessoas imigrantes. A Coordenação de Gênero, Gerações e Etnias é espaço para a promoção da Justiça de Gênero na Igreja e na sociedade. Nesse sentido, é importante sempre de novo esclarecer que Justiça de Gênero é entendida como a proteção da dignidade e a busca por igualdade de direitos e oportunidades para homens e mulheres.
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PALAVRA GESTÃO MINISTERIAL
Cooperação: caminhos e descaminhos P. Dr. Victor Linn | Pastor, Psicanalista e Coach A cooperação é um dos recursos mais eficazes para resolver situações difíceis e problemas complexos. Soluções construídas em processo de discussão e troca de opiniões, contemplando diferenças e acolhendo contradições, proporcionam sentimentos de reconhecimento e valorização que lhes dão sustentabilidade. Essencialmente democrático, esse caminho de busca por soluções é processual e aberto a discussões, o que possibilita consenso e comprometimento. O caminho da cooperação, no entanto, é trabalhoso e demanda algumas capacidades que, sobretudo em momentos de crise e tensão, tendem a diminuir ou desaparecer. Em seu lugar, aparecem interpretações simplistas, autoritárias, que impõem soluções igualmente simplistas, gerando um processo crescente de confronto e agressão. Ao invés da agregação, dá-se a polarização. São possíveis causas desse descaminho: 1. A dificuldade de reconhecer os limites e a parcialidade das próprias opiniões e dos entendimentos impedem, por consequência, implicar-se com responsabilidade no fato de estar inserido em um todo mais complexo. 2. A incapacidade de pensar a partir da perspectiva da outra pessoa inibe a percepção da incidência de discursos e práticas sobre este, gerando rupturas ao invés de pontes. 3. A percepção da realidade como um espaço caótico, de luta, em que parâmetros mínimos de consenso perderam valor ou não mais existem, produz sentimentos de ameaça e provoca reações de ataque. Há como buscar melhores caminhos? A gente continua essa reflexão no próximo mês!
COMPETÊNCIAS MINISTERIAIS
Competência Liderança Cat. Dra. Haidi Drebes | Secretária da Habilitação ao Ministério da IECLB Psic. Leila Klin | Psicóloga Organizacional Provavelmente, um dos comportamentos mais estudados e discutidos é a liderança. Líderes são capazes de exercer influência, conduzindo as pessoas e orientando os processos tendo em vista o atendimento dos objetivos estabelecidos. Os ambientes coorporativos costumam marcar a diferença entre chefe e líder, entendendo que nem toda pessoa que ocupa um cargo de chefia é, de fato, capaz para exercer liderança. Por outro lado, líderes angariam a adesão das pessoas, independente do papel formal que desempenham. Na IECLB, as lideranças têm importância muito significativa no desenvolvimento das Comunidades. Estão no Presbitério, nos diferentes grupos e contextos – fazendo diferença, na medida em que assumem os desafios, se mostram comprometidas com os propósitos da Igreja e evidenciam responsabilidade naquilo que fazem. Muitas delas são modelos e referências para nós. Cabe a quem ocupa uma função ministerial exercer a liderança espiritual na Comunidade e favorecer o desenvolvimento de
pessoas e grupos, criando e recriando Comunidades atrativas, inclusivas e missionárias, que atuam em fidelidade ao Evangelho de Jesus Cristo, destacando-se pelo testemunho do amor de Deus, pelo serviço em favor da dignidade humana e pelo respeito à Criação, conforme a Visão da Igreja. Na IECLB, a Competência Liderança é reconhecida e estimulada, sendo definida como a Capacidade de inspirar indivíduos e grupos para o atendimento de objetivos orientados para a Missão de Deus. Espera-se que, na condição de líderes, Ministros e Ministras evidenciem autocrítica, denotem condições para inspirar as pessoas, disponham-se ao serviço e tenham consciência que são formadores e formadoras de opinião. Devem ter habilidades para mediar situações de conflito, além de promoverem ambientes harmoniosos e inclusivos. Identificar os dons presentes na Comunidade, despertar e capacitar lideranças a partir do seu próprio exemplo, estimulando, assim, o Sacerdócio Geral, é o reflexo mais importante do exercício consciente da Liderança.
TEMA DO ANO
Economia: o sustento da vida P. Dr. Emilio Voigt | Coordenador do Núcleo de Produção e Assessoria Depois da Igreja, foi instituída a Economia, para proporcionar o sustento da vida. A esta Ordem pertencem todas as conexões familiares, bem como o esforço do ser humano para obter os seus meios de vida e o propósito de propagação da espécie. A Economia (oikonomia) engloba matrimônio, família e todas as relações de produção e de reprodução fundamentadas na casa (oikos), conforme o Texto-base do Tema da IECLB para 2018. As explicações de Lutero ao Primeiro Artigo do Credo Apostólico também nos dão indicações para compreender a economia a partir da ação de Deus: O que significa ou o que você quer dizer com as palavras ‘Acredito em Deus Pai onipotente, Criador’? Resposta: O que quero dizer e acredito é que sou criatura de Deus, isto é, que foi Ele quem me deu e continua preservando meu corpo, minha alma e minha vida, membros grandes e pequenos, todos os sentidos, a razão e o entendimento e assim por diante, comida e bebida, roupa, sustento, esposa e filhos, empregados, casa e propriedade, etc. Além disso, Ele faz com que todas as criaturas tenham utilidade e sirvam para suprir as necessidades da vida: o sol, a lua e as estrelas no céu, o dia e a noite, o ar, o fogo, a água, a terra e tudo o que ela produz com todo o seu potencial, as aves, os peixes, animais, cereais e todos os tipos de plantas. Além disso, todos os demais bens materiais e temporais, bom governo, paz, segurança. A intenção deste artigo, então, é que a gente se dê conta que ninguém possui nem consegue sustentar por si próprio a vida nem tudo aquilo que foi enumerado e ainda possa ser enumerado, por menor e mais insignificante que seja. Tudo isso está compreendido na palavra Criador. Se acreditássemos com sinceridade também agiríamos de acordo: não mostraríamos tanta arrogância, como se recebêssemos de nós mesmos a vida, a riqueza, o poder e a glória. Se acreditássemos neste artigo, ficaríamos assustados e humildes! (Catecismo Maior, 2012). Para mais informações, acesse o Portal Luteranos
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PRESIDÊNCIA
Eleições 2018 Carta Pastoral da Presidência da IECLB (trechos) P. Dr. Nestor Friedrich | Pastor Presidente da IECLB
Ser membro na IECLB, participar e viver a paixão pela Missão de Deus nessa Igreja também é um exercício de cidadania a partir da vivência comunitária. A IECLB engaja-se na Missão de Deus com o firme propósito de ‘propagar o Evangelho de Jesus Cristo, estimulando a sua vivência pessoal, na família e na Comunidade, promovendo a paz, a justiça e o amor na sociedade brasileira e no mundo’. É para esse testemunho que nos convida o Tema 2018: ‘Igreja – Economia – Política’, sob a palavra bíblica de Êxodo 20.2a: Eu sou o SENHOR, teu Deus. Na argumentação de Lutero, as três Ordens da Criação são instrumentos
que Deus coloca ao nosso dispor para buscarmos o bem, contra o mal (Am 5.14). Vivemos em grave contexto brasileiro. A rede de sustentação da civilidade está com muitos fios rompidos. Governos e parlamentos perdem a confiança em vista dos seus atos de escárnio contra o povo brasileiro. Nesse ambiente, religião, política e economia lançam-nos em um confronto raivoso, marcado por ódio, polarização e uma visão reducionista do ‘nós x eles’. Essa lógica perversa também pauta o dia a dia das Igrejas. Não se quer ouvir o que a Igreja (instituição) tem a dizer, mas exige-se que a Igreja diga ‘o
Meu filho, escute o que o seu pai ensina e preste atenção no que a sua mãe diz. Os ensinamentos deles vão aperfeiçoar o seu caráter. Provérbios 1.8-9
que eu quero ouvir’. Daí a pergunta se impõe: Espera-se que a IECLB esteja de qual lado? Junto à Missão, a Visão da IECLB é a de sermos Igreja de Comunidades atrativas, inclusivas e missionárias, fiéis ao Evangelho de Jesus Cristo, que testemunham o amor de Deus. Somos Igreja a serviço do Evangelho. Empenhamo-nos em favor da dignidade humana e do respeito à Criação. O nosso projeto de Igreja carrega a marca da paixão pela Missão de Deus, da justiça, da ética e inspira-se no agir de Jesus Cristo, no seu amor incondicional em defesa da vida. Diante das Eleições, cabe lembrar que há princípios básicos que norteiam a pessoa cristã em seu discernimento ético e na avaliação das propostas políticas em debate na Nação. Quem é membro da IECLB assume o seu direito e o seu dever de fazer do voto um instrumento de cidadania em favor da democracia, em vista da paz e da justiça. Isso é extensivo ao quadro ministerial da Igreja (EMO, Art. 44). Eleição é tempo oportuno para testemunhar em alto e claro tom: ‘O meu voto não está à venda! A nossa Comunidade não troca o compromisso com o Evangelho por favores de campanha eleitoral’. Membros da Comunidade Cristã exercem a sua cidadania. Diante das Eleições, a IECLB insiste no diálogo e no respeito à opinião divergente em favor da apresentação de propostas de governo exequíveis, promotoras da justiça e do direito, pressupostos para a paz social.
AGENDA | SETEMBRO 1/9
1-2/9
Assembleia do Sínodo Espírito Santo a Belém Vila Velha/ES P. Nestor Friedrich
10/9
Encontro de Ministras e Ministros eméritos São Leopoldo/RS Pa. Sílvia Genz
RETROSPECTIVA
Setembro - Formação Teológica A vida da Igreja carece da capacitação e da qualificação do povo de Deus para o testemunho do Evangelho na sociedade e no mundo. Nesse sentido, a formação de pessoas na área teológica é de suma importância para o trabalho missionário e para a edificação de Comunidades. Justamente por essa razão, a IECLB abriga Centros de Formação Teológica com histórias e ênfases distintas. No dia 30 de setembro de 1988, foi criado o Centro de Ensino Teológico
(CETEOL), em São Bento Sul/SC, um curso livre de graduação em Teologia, com duração total de cinco anos. Vinculado à Missão Evangélica União Cristã (MEUC), o Centro foi sucedâneo da Escola Bíblica Mato Preto, cujas atividades começaram em 1960. Atualmente, a instituição recebe o nome de Faculdade Luterana de Teologia (FLT) e oferece curso de Bacharelado em Teologia, voltado ao ensino, à pesquisa e à extensão - reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC).
Assembleia do Sínodo Vale do Taquari Taquari/RS Pa. Sílvia Genz
11-15/9
Encontro da Presidência com Pastores, Pastoras, Presidentes, Tesoureiros e Tesoureiras Sinodais, com participação da Secretaria Geral São Leopoldo/RS P. Nestor Friedrich Pa. Sílvia Genz
22/9 Assembleia do Sínodo Nordeste Gaúcho Montenegro/RS Pa. Sílvia Genz
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FORMAÇÃO EDUCAÇÃO CRISTÃ CONTÍNUA
Aniversário de Batismo O tempo passa, a memória fica! Profa. Márcia Bach de Oliveira Lorentz | Coordenadora do Missão Criança na Paróquia Cristo Salvador/PR, no Sínodo Paranapanema
Que memórias temos do nosso Batismo? Provavelmente, as fotos e as narrativas de familiares. Éramos crianças pequenas demais para lembrar... O Batismo marca o início da caminhada na família de Deus, na Comunidade de Fé. Toda a caminhada requer momentos de parada, em que avaliamos o caminho, alimentamos a nossa fé e trazemos à memória o que foi vivido. De acordo com Marilena Chaui, na obra Convite à Filosofia, a ‘memória é uma evocação do passado. É a capacidade humana para reter e guardar o tempo que se foi, salvando-o da perda total’. Todas as pessoas batizadas são desafiadas a reviver o dia em que foram chamadas por Deus e inseridas na grande família da fé. Os Cultos de Memória de Batismo são momentos especiais na caminhada da vida cristã. O Programa Missão Criança incentiva
essa prática a partir do primeiro aniversário de Batismo. Esses Cultos requerem um ingrediente básico: amor pelas crianças, as nossas irmãs mais novas na fé. Como trazer à sua memória algo que elas não lembram? Permitindo que venham até a pia batismal, toquem a água, sejam novamente abençoadas pelos Ministros e pelas Ministras e pela Comunidade. Também explicando para as crianças, de acordo com a sua idade, que assim aconteceu no dia de seu Batismo. Contando a elas que, nesse dia, Deus as chamou pelo seu nome para pertencer a Ele, porque Ele as ama e quer que elas sejam felizes. Podemos oferecer uma pequena lembrança para as crianças nesse dia, pois estão acostumadas a ganhar presentes no dia de seu aniversário e o Culto celebra o Aniversário do seu Batismo. Entretanto, o maior presente é a nossa aco-
lhida amorosa, permitindo que circulem pela Igreja, que se manifestem como é próprio da sua idade, em um espaço que também é delas, desde o dia do seu Batismo. Os Cultos podem ser planejados usando dinâmicas para o momento de apresentação das crianças convidadas. Assim, as crianças e as suas famílias se sentem acolhidas, valorizadas, desafiadas a participar. Nesse momento, toda a Comunidade revive o seu Batismo, reflete sobre a importância de afirmar diariamente, como Lutero fazia: Sou batizado! Sou batizada! Os Cultos de Aniversário de Batismo são momentos de parada para alimentar a fé no Deus único e verdadeiro, em cujo nome fomos batizados e batizadas. A partir deles, podemos manter presente o Batismo que recebemos em nome do Trino Deus.
CRIANÇAS | PROPOSTA METODOLÓGICA
Um gesto de cuidado Material necessário Um exemplar da Revista O Amigo das Crianças nº77 e um bichinho de pelúcia. Momento 1 Ler o texto Um gesto de cuidado, da Seção Histórias do Amigo Jesus, com as crianças e comentar que Jesus ajudava todas as pessoas que precisavam da sua atenção e do seu carinho. Jesus também curava muitas pessoas. Podemos seguir o exemplo de Jesus e ajudar quem está pertinho de nós.
de pelúcia. Cada uma, ao receber o bichinho de pelúcia, deve demonstrar concretamente algum sentimento (carinho, abraço, etc.). Após essa experiência, as crianças fazem o mesmo gesto de carinho oferecido ao bichinho de pelúcia em quem está à sua direita. Momento 3 Conversar sobre as reações que tiveram ao fazer e ao receber as demonstrações de afeto. A discussão pode se ampliar em relação aos demais grupos com os quais a criança convive, em especial com os familiares e os membros mais idosos da família.
Momento 2 Ao trabalhar a Dinâmica do afeto, peça que as crianças formem um círculo e passe entre elas o bichinho
www.est.edu.br
Vestibular de Verão Estão abertas as inscrições para o Vestibular de Verão nos Cursos de Bacharelado em Teologia, Bacharelado em Musicoterapia e Licenciatura em Música na EST. O Bacharelado em Teologia prepara para o exercício de Ministérios Eclesiásticos, além da atuação junto a organizações públicas, privadas ou do Terceiro
Sugestão extraída da Proposta Metodológica para uso da Revista O Amigo das Crianças, nº 77. Leia a Proposta Metodológica completa e saiba como assinar a Revista O Amigo das Crianças no Portal Luteranos
Setor, como instituições sociais, educacionais, empresariais e da área da saúde. O Bacharelado em Musicoterapia destina-se a pessoas que tenham vivência musical e querem ser profissionais da área da saúde utilizando a música em terapia, auxiliando o próximo na promoção, prevenção e reabilitação da saúde mental, emocional, física e social. A Licenciatura em Música destina-se à formação de Docentes de Música aptos a atuar em escolas de Educação Básica, escolas especializadas da área, atividades de ensino não formal e demais contextos de ensino e aprendizagem da Música. Além dos Cursos de Graduação avaliados com excelência pelo MEC, a EST oferece Cursos Técnicos nas áreas de En-
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fermagem, Composição e Arranjo, Instrumento Musical e Canto, além de Cursos de Especialização totalmente EaD. As inscrições para o Vestibular 2019/1 vão de 15 de outubro até 14 de novembro de 2018 e acontecem pelo site da EST. Quem optar pela nota obtida no ENEM, deve encaminhar cópia do boletim para a EST, eliminando a prova do vestibular. A novidade deste ano será a prova online, pelo Ambiente Virtual de Aprendizagem, que acontecerá na sexta-feira, dia 23 de novembro de 2018. Os resultados serão divulgados no dia 28 de novembro, no site e nos murais da EST. As matrículas ocorrem entre os dias 29 de novembro e 7 de dezembro de 2018, na Secretaria Acadêmica da EST.
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DIVERSIDADE
Educação: esperançar, proposta que permanece e força vital diante dos desafios cotidianos Cat. Sônia Trapp Mees | Coordenação de Educação Cristã da IECLB
Desde a origem da IECLB, a educação é componente essencial da sua missão. O Plano de Educação Cristã Contínua (PECC), aprovado, em 2008, pelo Concílio da Igreja, reafirma a importância da Educação Cristã para a Igreja e mostra uma caminhada conjunta de décadas na área da educação. O PECC orienta, teológica e pedagogicamente, todas as instâncias da IECLB no planejamento de ações de Educação Cristã Contínua. Contudo, o seu conteúdo pode ser um referencial para os desafios constantes que a educação nos coloca na família, na Comunidade, nas Redes de Ensino ou
em outros setores, de uma maneira ou outra, envolvidos com a educação. Um dos aspectos que a fundamentação teológica do PECC apresenta é a esperança vivida. Em todos os anos da minha atuação como Professora, diante da falta de recursos das escolas, da constante reivindicação por salários dignos, da sobrecarga de trabalho, de conceitos que desmotivavam a reflexão/ação de situações do cotidiano, dos desafios vividos em sala de aula e da tristeza de ver crianças e jovens, às vezes, reagirem com indiferença diante de escolhas que necessitavam fazer, colegas e eu reafirmá-
vamos, principalmente com as nossas ações: Não desistimos porque temos esperança. Assim, educávamos para a esperança. Esperança vivida é atitude ativa! Esta expressão nos remete ao Educador Paulo Freire, que dizia: ‘É preciso ter esperança, mas tem de ser esperança do verbo esperançar!’. É diferente da esperança do verbo esperar, que é espera: esperar que melhore, que funcione, que se resolva sem a minha ação. Não se trata da espera simplesmente, mas da esperança que sustenta a vida. O impulso da esperança é o amor à vida, a fé na prática do amor, elemento básico da existência humana e da relação com Deus: Amarás o Senhor teu Deus, de todo teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Amarás o teu próximo como a ti mesmo (Mt 22.37 e 39). Esperançar é ir atrás, é se reunir, é encarar os desafios. Esperança do verbo esperançar é a capacidade de projetar o futuro, mas agir no presente. Esperançar é a capacidade de olhar e sempre reagir àquilo que parece não ter saída, é continuar insistindo que, sim, dará certo. Esperançar é um referencial permanente para a educação e uma força vital diante de todas as dificuldades e de todos os desafios que se apresentam no nosso cotidiano.
PRONUNCIAMENTO
Jesus Cristo diz: Eu estou com vocês todos os dias até o fim dos tempos. Mateus 28.20b
Esperança vivida A Bíblia indica parâmetros e princípios éticos essenciais para uma educação baseada no agir educativo de Deus. Esse agir tem na ação de Jesus seu exemplo maior. A confessionalidade luterana também aponta para uma prática educativa baseada na liberdade, na aceitação e na abertura para o diálogo e no sacerdócio geral. A prática da esperança permite olhar para além dos problemas e desencantos.
Ela motiva e inspira a vivência de um projeto de vida digna e justa. Nesse sentido, esperança é atitude ativa, que exercita a promoção da dignidade humana e o serviço ao próximo (Rm 12.12-14). Educar para a esperança é mostrar que ela é inspirada na ação de Deus entre nós e experimentada no testemunho de fé e de ações de justiça. Plano de Educação Cristã Contínua - PECC (2008)
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UNIDADE
UNIDADE
Série Especial
Eu sou o SENHOR, teu Deus
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Política, justiça e paz!
Precisamos dialogar... Política significa votar e ser votado. Mais do que isso: Política significa organizar a vida em sociedade. Tudo na vida passa pela Política. Sem Política, não há convívio justo em sociedade.
Estamos sendo chamados e chamadas para falar sobre Política... e precisamos dialogar! As Comunidades precisam dialogar! Este comportamento é necessário para edificar vida em comum. Nas relações de diálogo, ‘as pessoas se libertam em comunhão’, segundo o Educador Paulo Freire. Política significa votar e ser votado. Mais do que isso: Política significa organizar a vida em sociedade. Tudo na vida passa pela Política. Sem Política, não há convívio justo em sociedade. Lutero ‘reconhecia que Deus criou as pessoas para que se relacionassem de forma amistosa e pacífica. A Política também é um elemento constitutivo e garantidor da existência humana. Isto faz com que cada ser humano participe da Política, seja como cidadão ou como pessoa que desempenha cargo político’ (TextoBase do Tema da IECLB para 2018).
P. Me. Teobaldo Witter, Professor e Assessor Teológico de Movimento Social
No tempo de Jesus, havia muitos movimentos e partidos políticos. O mesmo aconteceu e acontece em toda a história humana. Nenhum deles obteve exclusividade de Jesus. Ele teve postura de autonomia em relação aos partidos e aos movimentos, mas não ficou alheio a tudo o que era importante na vida social do seu tempo. A sua dedicação às pessoas pobres, necessitadas e miseráveis estava sempre presente. Jesus pregou a justiça e, sobretudo, o amor. Também praticou, viveu Política. Quando alguma estrutura, cultura ou lei prendia ou escravizava, Jesus rompia com a ordem social. Curou em um sábado, o que era ilegal e, juridicamente, proibido. Acolheu e cuidou da saúde do Nazareno que era desprezado por todos (Mc 5.15ss). No tempo de Jesus, para fazer Política bastava praticar religião de outra maneira. Muitas vezes, ele fez Política de oposição, quebrando paradigmas para cuidar, libertar e salvar as pessoas. Jesus deixou a política de igualdade, a justiça, o cuidado, o amor, a dignidade de todas as pessoas como critério de Juízo Final: Tive fome e destes-me de comer. Tive sede e destes-me de beber. Vestistes-me, fostes visitar-me, estando eu doente ou na cadeia (Mt 25.31ss). Vamos dialogar sobre Política, justiça e paz. As três palavras não se separam facilmente. Fazem parte da mesma realidade. Estão entrelaçadas. Não se consegue edificar Justiça sem fazer Política apropriada para isso e não há Paz sem que a Justiça seja o seu valor fundante.
Há várias formas de fazer Política. Entre nós, em Cuiabá/MT, por exemplo, Igrejas e o movimento social agiram, politicamente, ao erguer um monumento, na Praça da República. Inseriram, na paisagem da Praça, a Themis, que, na Mitologia Grega, simboliza a Justiça. Na Praça, o símbolo da Justiça é uma mulher alta, imponente, de salto alto. Tem sobre os joelhos um Cristo em estilo La Pietá. Usa sapato de salto alto. Aos seus pés, pessoas estão prostradas no chão. Um dos seus pés esmaga uma pobre figura desmaiada e indefesa, deitada no chão e que clama por justiça. A escultura na Praça é imponente, de ares pomposos, que tem os olhos vendados. Na sua mão esquerda, ergue uma balança e, na direita, traz um punhal. Ao seu redor, há esculturas de seres tristes e miseráveis, esperando por justiça. Por falta de justiça, vivem situações de vulnerabilidade. Foram feitas vítimas da falta de políticas públicas justas. São pessoas idosas, negras, mulheres, indígenas, deficientes, empobrecidas, prisioneiras, adolescentes, jovens, crianças, gente violentada de diversas formas. A Comunidade local participou da edificação do monumento de denúncia. Ainda hoje, 20 anos depois, ele pode ser visto em destaque. As pessoas que passam na Praça Central se posicionam. Tem gente a favor. Outros são contra. Os que são a favor se solidarizam com as vítimas. As que são contra falam que a figura destoa da boniteza da Praça. A Igreja está sendo perguntada sobre o
seu aprendizado de leitura dos eventos humanos da cidade. No Brasil, falta justiça. Isso produz empobrecimento, violência, fome, falta de trabalho, saúde, segurança e boa educação, além de medo e ansiedade. Esta realidade atinge muita gente. Na minha Comunidade, diariamente, encontro pessoas que vivem esta realidade. Como reagir? O Pastor Dietrich Bonhoeffer, em seu livro Resistência e Submissão, explica que uma experiência de fundamental valor é aprender a olhar os grandes eventos da história do mundo a partir de baixo, da perspectiva dos excluídos, dos que estão sob suspeita, dos maltratados, dos destituídos de poder, dos oprimidos e dos escarnecidos, em suma, dos sofredores. Ainda segundo o Pastor Bonhoeffer, temos que olhar as pessoas por aquilo que elas sofrem. Nesta compreensão, Bonhoeffer diz que a única relação fecunda com as pessoas – especialmente com as fracas – é o amor, isto é, a vontade de ter comunhão com elas. Ser solidário com elas significa entrar na dimensão das suas dores. Por que a Igreja se preocupa com pessoas assim? É a ausência de justiça que leva as pessoas a situações reais de miserabilidade. O nosso Deus, o Deus da Comunidade ama a justiça. Justiça é um dos assuntos muito mencionados na Bíblia. A palavra aparece centenas de vezes. Ela se refere tanto ao relacionamento de Deus e dos seres humanos, como entre os próprios seres humanos. O nosso Deus é Deus da justiça (Is 30.18). Ele faz justiça aos aflitos, necessitados e sobrecarregados. O efeito da justiça é a paz (Is 32.17). Jesus diz que são felizes as pessoas que têm fome e sede de justiça (Mt 5.6). O louvor a Deus deve ser traduzido em práticas de promoção do direito e da justiça, por amor, na sociedade (Am 5.24). Adora a Deus... e continua na prática da justiça (Ap 22.9b e 11b). Quando Jesus encontrou as pessoas ansiosas devido às incertezas da vida, umas poucas querendo tudo para si e outras andando sem saídas, ele ensinou a buscar o governo de Deus e a sua justiça (Mt 6.33). Na Bíblia, justiça é muito diferente que atos do Judiciário. O Judiciário apenas julga e pune conforme a lei
prescreve. A preocupação do Judiciário não é fazer justiça social. O Poder Judiciário cuida do poder e da manutenção da ordem, conforme as leis que os legisladores estabelecem, mas a justiça sobre a qual falamos é outra coisa. Justiça é igualdade. A justiça da fé, por sua vez, significa salvação plena, mas também se refere à justiça social.
Deus está por trás do pão nosso de cada dia. Somos pessoas gratas ao nosso bom e querido Deus, participando da Política, promovendo a Justiça e vivendo a Paz em todas as relações humanas.
Esta é construção ética e política com base na igualdade de direitos e na solidariedade social. Em termos de desenvolvimento humano, a justiça social é o cruzamento entre a economia e a vida social. A justiça social parte do reconhecimento que todos os indivíduos de uma sociedade têm direitos e deveres iguais em todos os aspectos da vida social. Isso quer dizer que todos os direitos básicos, como saúde, educação, justiça, trabalho e manifestação cultural, devem ser realidade concreta para todas as pessoas, sem exceção. A desi-
gualdade social é o principal problema que as ações de justiça social buscam solucionar. A Comunidade, por causa da sua fé, tem o compromisso político de participar, propor e construir mudanças necessárias para que possa haver justiça na sociedade. As pessoas cristãs vivem o Sacerdócio Geral. Fazem isso no seu trabalho, na vizinhança, nos seus grupos de amizade, na sua família, na Comunidade, em qualquer tempo e espaço. A Igreja, por sua vez, contribui com a implantação da democracia participativa, com a sua compreensão de Comunidade como corpo e participativa na vivência do Sacerdócio Geral. Fundamental é o seu envolvimento na elaboração de políticas públicas justas, políticas que melhorem a vida na sociedade toda. A Igreja prega o Reino de Deus, isto é, o Governo de Deus. Trata-se de um governo justo. Crendo nele, a Igreja se envolve nas questões de governo no mundo, na sociedade, no Estado. A IECLB tem muita experiência na política eleitoral. Ainda no tempo em que, no Brasil, havia Monarquia e não se queria falar em política de eleições, as Comunidades já escolhiam, democraticamente, as suas lideranças na Igreja e na escola. A história das Comunidades é significativa neste sentido. Temos muito para contribuir na vida pública, na política, votando, sendo votado e monitorando as pessoas eleitas para que prestem contas do mandato que o povo lhe confiou – temporariamente. O monumento na Praça, em Cuiabá, é um importante instrumento de monitoramento dos políticos e das políticas públicas. A reflexão do Pastor Bonhoeffer é muito boa para avaliar: Há vítimas e onde estão? As campanhas de solidariedade da Comunidade são expressão de comunhão? O nosso amor e a nossa solidariedade promovem comunhão e libertação? Na Igreja, aprendemos de Martim Lutero, desde o Culto Infantil, que Deus está por trás do pão nosso de cada dia. Somos pessoas gratas ao nosso bom e querido Deus, participando da Política, promovendo Justiça e vivendo a Paz em todas as relações humanas.
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FÉ LUTERANA
Comunidade e sociedade em paz Mus. Cladis Erzinger Steuernagel | Membro do Conselho Nacional de Música da IECLB (CNM) Jesus prometeu um Consolador ao despedir-se dos seus discípulos, um Consolador que sempre estaria com eles (Jo 14.26). A vida se constitui na relação estabelecida entre o ser humano e o seu meio e na busca por soluções diante dos problemas com os quais ele se defronta nesta relação. A vida não é a simples repetição de ações dos nossos antepassados nem ciclo constante, mas varia de povo para povo, de grupo para grupo, de família para família e, até mesmo, de pessoa para pessoa, por isso o dia a dia é polifônico e com muitas significações. Se a vida humana é assim, como promover interações nessas relações e interpretações e ‘viver em paz’? Estamos lembrando e aprendendo sobre o que Jesus disse? Como almejamos e o que fazemos para uma relação de paz com irmãos e irmãs na fé? De que forma exercemos o nosso papel na Comunidade e na sociedade? Vem à minha mente a história de Davi e o seu amigo Jônatas (1Sm 20). Em meio às ações maldosas da época, à loucura, ao ódio e à ira de Saul, Davi experimenta uma amizade entre conversas e orações e Jônatas se torna seu companheiro. Foi Jonatas que ajudou Davi a fugir, após várias tentativas de morte, culminando em uma ação militar para expulsá-lo do país. A his-
tória da vida de Davi é muito interessante, mas gostaria de fazer referência à amizade, exemplo de uma valiosa ação para motivar a paz em nossas convivências. Às vezes, nos relacionamos com centenas de pessoas que nunca olharam além da nossa aparência ou que, ao olhar para nós, começam a calcular a nossa ‘utilidade’. Outras nos veem mal e fazem um rápido julga-
Fomentar a paz nos grupos em que vivemos é um exercício no qual precisamos aprender a ouvir o que Deus nos revela. mento, classificando-nos em determinada categoria. Outras vezes, nós mesmos nos relacionamos assim. Jônatas fez despertar em Davi o que havia de melhor nele, mas, da sua amizade, pouca ou nenhuma recompensa emocional obteve. Após ter ajudado Davi a fugir, Jônatas nunca mais o viu. Continuou a viver o pacto e, mesmo em condições que não
permitiam mais cultivar a sua amizade, as circunstâncias nunca cancelaram a aliança. O pacto foi usado por Deus, em seus propósitos, para superar as circunstâncias. Muitas vezes, as nossas vidas, as nossas Comunidades encontram-se em meio a condições de cultura hostis, amarguras, intolerância e desesperança, mas, conforme o exemplo deste amigo de Davi, mais importa o pacto e não as circunstâncias. O que nos é revelado nessa história é que todos os recursos da realeza foram reunidos contra um jovem guerreiro. Um rei enfurecido contra um pastor cantor e poeta. A lança contra a harpa. O que aconteceu? Após cada rompante de violência, o rei Saul enfraquecia e se desgastava e Davi ficava cada vez mais forte e, ainda assim, amável. Viver Igreja, Comunidade e sociedade é estar a serviço. Fomentar a paz nos grupos em que vivemos é um exercício no qual precisamos aprender a ouvir o que Deus nos revela. A Igreja necessita levar a sério a sua essência comunitária, a sua essência somática e, a partir daí, atuar, unida, a serviço da sociedade e do mundo, lembrando da sua promessa Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou (Jo 14.27). Para refletir, leia João 14.27
A denúncia da injustiça como testemunho Ma. Bárbara Luise Hiltel Venturini | Membro do Conselho Nacional da Juventude Evangélica (Conaje) Segundo Lutero, ‘a pessoa cristã não vive em si mesma, mas em Cristo e em seu próximo ou então não é cristã’. Então, a busca pela justiça é parte essencial para a vivência da fé cristã. Consequentemente, a denúncia da injustiça é testemunho dessa fé e prática do Evangelho, visto que denunciar as injustiças é parte fundamental dos ensinamentos de Jesus Cristo, que amou todas as pessoas, mas foi duro contra quem oprimia os pobres e excluía os mais humildes. Nesse sentido, estamos devendo muito como discípulas e discípulos de Jesus, pois denunciamos pouco ou quase nada. Cantamos em todos os Cultos o Kyrie Eleison, clamando a intercessão e a piedade de Deus em relação às dores do mundo, mas o que nós fazemos para mudarmos a realidade desigual em que vivemos? Muitas vezes, nos limitamos a ficar sobre os muros das nossas Comunidades, implorando que Deus tome conta das situações que geram sofrimento. No entanto, Deus conta conosco para realização dessa tarefa. Precisamos reafirmar o nosso comprometimento com o Evangelho dentro do cenário político-social brasileiro. Nesta desesperança, que a fé nos motive a seguirmos com engajamento em ajudar quem sofre.
É por isso que precisamos romper com o comodismo e o individualismo para seguir os ensinamentos de Jesus Cristo. Necessitamos ter convicção que o nosso Salvador veio para promover vida, vida em abundância e dignidade para todas as pessoas, independentemente de raça, cultura, crença, gênero, orientação sexual ou classe social.
Como parte de uma Igreja sempre em Reforma, nós temos a tarefa de promover ações transformadoras para a concretização de um futuro melhor. Por esse motivo, não podemos compactuar com mensagens e discursos que promovam ou incitem ao ódio ou qualquer tipo de violência, intolerância ou desigualdade. Pelo contrário, devemos, sim, promover o amor, a tolerância, a paz e a compaixão, lutando para que todas as pessoas sejam respeitadas e tenham os seus direitos garantidos, acesso ao pão de cada dia,
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à saúde, à educação, à cultura, à moradia e ao trabalho digno. Denunciar as injustiças que nos cercam, em palavras e ações, atuando, onde vivemos, para a promoção de vida digna para toda a Criação é contribuir com sinais visíveis do amor de Deus para com este mundo, já que é por meio da nossa voz profética, que não apenas denuncia, mas também anuncia, que podemos perceber que o Reino de Deus já se manifesta aqui neste mundo, na prática da justiça, na vivência do amor e da solidariedade com todas as pessoas. Como parte de uma Igreja sempre em Reforma, nós, pessoas luteranas, temos a tarefa de promover ações transformadoras para a concretização de um futuro melhor, mais humano e mais justo para todas as pessoas, sempre impulsionadas pelo amor e a missão de Deus. Que sejamos cada vez mais proativos no nosso papel de colaboradoras e colaboradores de Jesus Cristo na realização da sua promessa de vida em abundância, com a motivação do seu próprio testemunho ao denunciar as injustiças, como também fizeram as profetizas e os profetas bíblicos. Para refletir, leia Isaías 6
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PERSPECTIVA
Fazer do limão uma limonada: é possível esperançar! Por uma sociedade mais fraterna, justa e amorosa! Profa. Dra. Ema Marta Dunck Cintra | Docente no Instituto Federal de Mato Grosso Há algumas semanas, no Instituto Federal do Mato Grosso (IFMT), em torno de18 horas, estava distraída em uma fila aguardando para solicitar um lanche. Ao meu lado, duas estudantes olham para o local onde estão listados os produtos e os seus valores. Vejo que os olhos percorrem todo o cartaz e uma fala para a outra que o que têm daria para comprar apenas uma paçoquinha. Saem de onde estão e se dirigem para fazer o pedido. Aquela cena mexeu comigo, especialmente porque vi que elas haviam vindo diretamente do seu trabalho, pois estavam com as blusas que as identificavam com as empresas na qual atuavam. Além disso, provavelmente a paçoquinha seria o alimento que as sustentaria na jornada de estudo naquela noite. Essa cena, que se repete em tantos locais no país, é o retrato de uma sociedade injusta. Ninguém, em sã consciência, vai dizer que todas as pessoas tiveram o mesmo acesso à educação, à saúde e à moradia, mas é possível esperançar! Essas estudantes não estavam reclamando. Pelo contrário! Enquanto esperavam na fila, conversavam, riam, interagiam. Se o mundo as tratou injustamente, elas estão tentando construir uma nova história. Só o fato de trabalharem durante o dia e se prontificarem a estudar à noite mostra que não vão se sujeitar àquelas pessoas que preferem que se perpetuem na sociedade as divisões sociais construídas historicamente. Mais triste é que
muitas imputam às próprias pessoas já injustiçadas a condição social em que estão, culpando-as pela vida que levam. Aí entra outro personagem nessa história: quem atua como Docente. No espaço educacional, de que forma cada Professor, Professora recepciona essas estudantes e trabalha de modo que possam aprimorar a sua formação? Até que ponto, como Educadores e Educadoras, percebemos que as nossas aulas têm que ser preparadas observando que esses e essas estudantes do ensino noturno, em sua maioria, carecem de um olhar mais fraterno, mas não menos profissional? Saber que esse estudante, essa estudante vai exigir mais de cada um e de cada uma de nós – e nos prepararmos para isso –, é ter uma atitude cristã. Que essas moças, que representam tantas outras no nosso Brasil, nos levem a perceber que vale o esforço de lutar por uma nova vida, uma nova sociedade. Elas devem ser o nosso exemplo. Que as adversidades enfrentadas cotidianamente não nos transformem em pessoas resmungonas, que só sabem se lamentar. Pelo contrário, vamos reconhecer as bênçãos que recebemos diariamente de Deus, trabalhando na construção de uma sociedade mais fraterna, justa e amorosa! Podemos fazer do limão uma limonada, mas isso depende de cada um e de cada uma de nós.
Deus diz: Não fiquem com medo, pois Eu estou com vocês. Eu lhes dou forças e os ajudo. Isaías 41.10
A cruz que apazigua também perturba... Perturbação redendora! P. Dr. Oneide Bobsin | Docente na Faculdades EST, em São Leopoldo/RS Depois de muitos anos, voltei a participar, como representante, de uma Assembleia Sinodal, uma reunião que demonstra bom grau de democracia em nossa Igreja. Paróquias, Comunidades e Instituições se fazem representar. São desafiadas para a Missão, avaliam as dificuldades, compartilham boas experiências e debatem temas relevantes. Além disso, há uma transparente prestação de contas, algo raro em Igrejas do nosso país. Desta vez, a Assembleia aconteceu no templo do centro da cidade de Porto Alegre/RS. A arquitetura do templo não me permite muita contemplação, porque há uma cruz ao fundo, atrás do altar. Consciente ou inconscientemente, não tem como não focar a cruz ao longo da Assembleia. Ela se impõe pelo lugar que ocupa. Fui me dando conta dela o tempo todo enquanto ouvíamos relatórios, moções, reflexões e seguidas votações. Quando votávamos em representantes para as instâncias, a cruz não me deixava sossegado. Será que ela está sendo critério para os votos ou fazemos de conta que a cruz não existe? Não sei se aconteceu com outros participantes, mas a cruz passou a me perturbar. Ouvia um relato, um comentário ou uma leitura de relatório e me perguntava: qual a relação entre os que fazíamos e aquela cruz? Nem sempre dava tempo para uma reflexão a partir da cruz. Como as atividades se sucediam rapidamente para dar conta da agenda, pensei em me desligar daquele símbolo fundamental da nossa
fé por momentos. Queria ter mais tempo para ver se as atividades lembravam a cruz ou não. Quando falávamos sobre recursos para os trabalhos com jovens, o assunto se tornou quente em torno da majoração de 0,1% nos orçamentos. O dinheiro como símbolo da sociedade cotejou com a cruz. Não pensei em voz alta: vamos fazer uma votação na Assembleia? Se a proposta de apoio aos jovens tiver menos votos, deixamos a cruz de lado. A Assembleia, no entanto, buscou uma solução intermediária. Nem tanto à cruz nem tanto aos orçamentos Quando era Pastor de Comunidade, o Presbitério enviou uma Carta Aberta à Câmara de Vereadores para que tirasse a cruz do seu espaço de votação enquanto não fosse resolvida uma questão de desvio de verbas destinadas para o trabalho social. Impactou a cidade! Voltando à Assembleia Sinodal, considerei relevante a presença da cruz diante de nós. Ela tanto me perturbou quanto me apaziguou. Olhava para a cruz antes de votar e avaliava o voto da Assembleia a partir daquela presença silenciosa atrás do altar. Lembrei-me, por fim, de Paulo, em 1Co 1.18: Judeus pedem sinais e os gregos andam em busca de sabedoria. Nós anunciamos Cristo crucificado, escândalo para uns e loucura para outros. As nossas Assembleias alcançam os seus objetivos como Igreja quando escandalizam o mundo e são consideradas loucas. A cruz que apazigua também perturba. Perturbação redendora. Para mais informações, acesse o Portal Luteranos
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MISSÃO
Qualificação da Ação Missionária (parte 2/5) P. Dr. Pedro Puentes | Secretário de Missão Missão e Ação Missionária É prioridade articular e promover a reflexão sobre a Missão e a Ação Missionária segundo as coordenadas do Plano de Ação Missionária da IECLB (PAMI). Diferentes estações de diálogo foram articuladas pelo GT do Programa nestes dois últimos anos. Por exemplo, a partir dos impulsos do Fórum de Missão, em 2017, a reflexão sobre a Missão ocupou lugar central na pauta em diferentes instâncias de trabalho na IECLB: Conselho da Igreja, Reunião da Presidência com Pastores e Pastoras Sinodais, Conselhos (Liturgia e Culto, Educação Cristã, Diaconia, Música, Juventude), Reunião de Coordenações Sinodais da Campanha Vai e Vem, GT Ministério Compartilhado, Encontro de Conselhos Nacionais, Encontro Nacional de Docentes,
Projetos Missionários Secretaria de Missão da IECLB Ribeirão Preto/SP Sudeste Ribeirão Preto é um município com mais de 600 mil habitantes, localizado no interior de São Paulo. Atraídas pelas oportunidades de emprego, várias famílias luteranas provenientes do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e do Paraná fixaram residência na cidade a partir de 1980. Os primeiros trabalhos da Igreja Luterana em Ribeirão Preto eram desenvolvidos em um Ponto de Pregação da Paróquia de Limeira. Em 2013, este foi constituído em um Projeto Missionário. Hoje, conta com 109 pessoas membros e o seu objetivo é a consolidação da Comunidade. Para tanto, a Ação Missionária se desenvolve principalmente pela evangelização, a formação de lideranças e o testemunho público, além do fortalecimento da vida comunitária, o Culto e a diaconia. Desta forma, o Projeto Missionário Ribeirão Preto espera fortalecer e expandir a Missão da Igreja Evangélica de Confissão Luterana na cidade.
Secretarias e Coordenações da Secretaria Geral. Com base nas reflexões das diversas instâncias, foi elaborada a proposta do Plano Missionário 2019-2024, a ser apreciado no Concílio de 2018. Projetos Missionários O acompanhamento dos Projetos Missionários é realizado pela Secretaria de Missão, em diálogo com os Sínodos e em colaboração com o Núcleo de Projetos. Em 2017, tiveram início as visitas in loco, ação que, somada ao monitoramento das ações estabelecidas no Planejamento Estratégico, via relatórios periódicos, tem ajudado a qualificar os Projetos Missionários. No período de 2016-2018, foram apoiados 39 Projetos Missionários, incluindo edificação de Comunidades e Capelanias Hospitalares.
Missão Global Atualmente, com a intenção de identificar possibilidades de aprendizado mútuo, em resposta aos desafios atuais na Missão de Deus, mantemos uma relação fraterna e/ou de parceria com as Igrejas Luteranas em Moçambique e Angola, bem como com as Igrejas da Comunhão Luterana (Estados Unidos e Europa, sobretudo Alemanha e Suécia).
Planejamento Missionário P. Altemir Labes | Secretário Adjunto para Missão e Diaconia da IECLB Há muitas formas de contribuição na Comunidade Cristã. Podemos contribuir com o nosso tempo, as nossas capacidades, as experiências, as forças, os bens materiais. A Comunidade Luterana vive da contribuição dos seus membros. Já que a filiação a uma Comunidade religiosa é voluntária, tudo depende da contribuição espontânea dos seus membros. Não é como no Estado, que pode obrigar o cidadão a pagar os impostos. A Comunidade Luterana não pode impor ‘leis’, Ela deve apelar à boa vontade dos seus membros. Dinheiro não é questão material, mas, sim, espiritual É verdade que a IECLB estabelece diretrizes e define normas, quan-
do se trata da subsistência de Ministros e Ministras, por exemplo, ou da contribuição das Paróquias à Administração Sinodal e Central. Entretanto, a IECLB sabe que não pode forçar nada. Ela necessita da compreensão, da disposição e do apoio dos seus membros. Na Comunidade, dinheiro se destina não só ao pagamento de salários e outras despesas da Comunidade, mas também a levar adiante a Missão da Igreja. ‘Se as Paróquias quiserem cobrir apenas os custos internos e deixam de olhar para além dos seus muros, a IECLB jamais será Igreja Missionária’ (A importância da contribuição para o trabalho da Igreja, P. Dr. Gottfried Brakemeier – 2013).
Projeto Missionário Rio Brilhante Campanha Nacional de Ofertas para a Missão Vai e Vem | Secretaria de Missão da IECLB Rio Brilhante/MS Sínodo Rio Paraná Localizada a 150 quilômetros de Campo Grande/MS, a cidade de Rio Brilhante possui uma população que soma algo em torno de 45 mil habitantes. A sua economia abrange a produção agropecuária, sendo também um importante polo de usinas sucroalcooleiras, que, por sua vez, movem o comércio urbano. A Comunidade surge das famílias luteranas do sul que migraram para a região na década de 1970. Após um período de Cultos em casas, a Comunidade inaugurou o seu templo em 1990. Nas décadas seguintes, a falta de entendimento entre as Comunidades e o atendimento pastoral esporádico comprometeram a frágil estrutura comunitária, chegando ao fechamento do Campo de Atividade Ministerial. Uma nova história começou em 2015! Com a reabertura do Campo, o Projeto Missionário busca revitalizar a Comunidade, que inclui os trabalhos nas localidades Nova Alvorada do Sul (a 40 quilômetros), Prudêncio Tomás (a 23 quilômetros) e Douradina (a 30 quilômetros). Para tanto, as Ações Missionárias estão centradas na criação de redes de relacionamento, visitação, evangelização, vida comunitária e formação na fé.
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PRIORIDADES
Prioridades de Gestão: Programas de Acompanhamento Acompanhamento a Ministros e Ministras (parte 1/2) P. Marcos Bechert | Secretário do Ministério com Ordenação da IECLB e Ministros da IECLB e d) monitora as contribuições de Campos de Atividade Ministerial e de Ministros e Ministras para pagamento de plano de saúde, administrado pela Associação de Mútuo Auxílio.
Atribuições A Secretaria do Ministério com Ordenação (SMO) cuida, acompanha e zela pela vida ministerial de Ministros e Ministras da IECLB. São atribuições da Secretaria: a) controlar e manter os registros atualizados, b) orientar sobre Documentos Normativos e Regulamentações nos assuntos pertinentes ao Ministério com Ordenação e c) coordenar o Programa de Acompanhamento a Ministros e Ministras e, por meio dele, promover seminários e cursos de atualização. Objetivos O Programa de Acompanhamento visa a alcançar os seguintes objetivos: a) ampliar e qualificar o Acompanhamento a Ministros e Ministras no exercício do Ministério com Ordenação, fortalecendo os laços de comunhão, com vistas à valorização, ao constante desenvolvimento vocacional, b) promover, em sintonia com Pastores e Pastoras Sinodais, a formação contínua de Ministros e Ministras, fomentando o desenvolvimento de dons e competências requeridas para o
exercício do Ministério com Ordenação, com vistas ao crescimento da Missão da IECLB, c) fortalecer e qualificar o Acompanhamento a Ministros e Ministras no exercício do Ministério com Ordenação, cuidando dos seus registros e oferecendo suporte documental e d) produzir e disponibilizar subsídios e documentos que orientem Ministros e Ministras no exercício do Ministério, com a ética requerida no contexto brasileiro. Programa Para orientar e regulamentar o exercício do Ministério com Ordenação, o Concílio aprovou o Estatuto do Ministério com Ordenação. O Programa: a) tem atribuições de acompanhar, orientar e atualizar os registros de Ministros e Ministras, em conformidade com as mudanças realizadas e no atendimento de demandas documentais relacionadas à vida ministerial, b) zela pelo cumprimento e pela implementação de políticas relacionadas ao exercício do Ministério com Ordenação na IECLB, c) monitora a implementação da política de Seguridade Ministerial para Ministras
Participação Entre 2016 e 2018, do total de 1210 Ministros e Ministras, 733 participaram de algum curso ou seminário oferecido pelo Programa em atividades nacionais ou sinodais. Essa participação representa 60,58% dos Ministros e Ministras da IECLB. As ofertas de cursos e seminários nacionais somaram 650 horas. Mediante pesquisa de satisfação, o Programa buscou aferir entre as pessoas participantes algumas variáveis, como: a) principais destaques, b) nível de satisfação em relação às palestras, c) avaliação da participação e aproveitamento individual e d) relação do conteúdo do curso com a tarefa missionária da Igreja. A resposta à pesquisa revelou grande aceitação e aprovação dos seminários e cursos por parte do público-alvo. Muitas pessoas participantes mencionaram que os encontros proporcionaram ferramentas que podem ajudar a melhorar a qualidade de vida no Ministério, na medida em que possibilitam aprimorar os nossos relacionamentos. Ministros e Ministras indicaram que se sentiram preciosos para a Igreja, chamados e capacitados para servir na Missão de Deus neste mundo. Os seminários apontam, ainda, novas perspectivas ao oferecer relevantes ferramentas para a prática ministerial, como: a) Planejamento para a tarefa ministerial e pessoal, b) Mediação de conflitos, c) Acompanhamento a pessoas, d) Mentoria e e) Transformação de dificuldades em oportunidades.
Publicações | Redescoberta do Evangelho O Curso Redescoberta do Evangelho (CRE) é uma excelente oportunidade de aprofundamento bíblico e teológico para os grupos comunitários da IECLB (grupo de jovens, estudo bíblico, OASE, LELUT e outros grupos). O material tem linguagem acessível e é baseado no princípio da aprendizagem conjunta, que promove reflexão e convivência. Esta série do CRE é constituída por seis estudos de parábolas de Jesus. Participe você também desta grande rede de reflexão e ação, porque quem CRÊ está na Rede de Deus! Trecho do Curso Redescoberta do Evangelho
A lei inteira se resume a um só Mandamento: ame os outros como você ama a si mesmo. Gálatas 5.14
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GESTÃO
Corpo IECLB | Gestão Administrativa Secretaria Geral da IECLB Como organização de direito privado, sem fins lucrativos, a IECLB dispõe de quatro órgãos, que são: o Concílio da Igreja, o Conselho da Igreja, a Presidência e a Secretaria Geral. Nesta edição, trataremos sobre o Concílio da Igreja. O Concílio é o órgão soberano da IECLB e lhe compete dispor sobre toda e qualquer matéria de interesse da Igreja. Entre as principais atribuições do Concílio, estão: fixar as diretrizes que assegurem a unidade da IECLB e a sua confessionalidade, debater sobre os temas fundamentais e de interesse das Comunidades, Paróquias e Sínodos, definir e aprovar o Plano de Ação Missionário da Igreja, eleger o Presidente e os Vice-Presidentes do Concílio e o Pastor Presidente e os Pastores Vice-Presidentes, aprovar os Documentos Normativos, estabelecer as diretrizes para o funcionamento do Ministério com Ordenação, receber e avaliar os relatórios do Presidente do Conselho da Igreja, do Pastor Presidente e do Secretário Geral e aprovar o Orçamento para o exercício seguinte. O Concílio é composto por: 1. Membros natos: (a) Presidente e Vice-Presidentes do Concílio, (b) Pastor Presidente e Pastores Vice-Presidentes, (c) membros do Conselho da Igreja, (d) Pastores Sinodais e (e) Secretário Geral. 2. Membros eleitos: (a) dois Delegados não Ministros por Sínodo, mais um, quando o número de membros do respectivo Sínodo exceder a média aritmética dos membros de todos os Sínodos em pelo menos 50%, com mandato de quatro anos, admitida uma reeleição, (b) cinco representantes de Sínodos diferentes com atuação marcante no Ministério compartilhado, eleitos em Assembleia Sinodal, em rodízio organizado pela Secretaria Geral, (c) os representantes de instituições, departamentos e setores de trabalho da IECLB, na qualidade de convidados pelo Presidente do Concílio, por proposta do Pastor Presidente e com homologação do Conselho da Igreja, em número não superior a 10% do total dos Conciliares. O Concílio é realizado ordinariamente a cada dois anos e extraordinariamente sempre que necessário. Em 2018, será realizado o XXXI Concílio da Igreja, em Curitiba/PR. Para mais informações, acesse o Portal Luteranos
Guia para o Presbitério O texto de 1Pedro 5.1-4 é um dos textos mais utilizados nas Comunidades da IECLB nos Cultos de instalação de Presbitérios. São conselhos apostólicos caracterizados pela clareza, pelo tom pastoral e pelo conhecimento de causa por parte de quem escreve. Em especial, olhemos para o versículo 2: Aconselho que cuidem bem do rebanho que Deus lhes deu e façam isso de boa vontade, como Deus quer, e não de má vontade. Não façam o seu trabalho para ganhar dinheiro, mas com o verdadeiro desejo de servir (Bíblia na Linguagem de Hoje). Outra versão bíblica diz: Pastoreai o rebanho de Deus que há entre vós, não por constrangimento, mas espontaneamente, como Deus quer; nem por sórdida ganância, mas de boa vontade (Almeida Revista e Atualizada). De antemão, percebe-se que a tarefa, por excelência, do Presbitério é cuidar do rebanho a ele confiado. O foco são as pessoas e as necessidades que as mesmas têm, não do ponto vista meramente humano, mas na perspectiva do que Deus quer para cada pessoa.
Documentos Normativos Acima de todos os Documentos Normativos da IECLB está o Mandato de Deus, tendo como base a Bíblia e os Escritos Confessionais. A Constituição, o Regimento Interno, o Guia Nossa Fé-Nossa Vida, o Documento Justiça e Ordem, o Estatuto do Ministério com Ordenação da IECLB são normas nacionais, eclesiasticamente válidas para todos os Sínodos, as Paróquias, as Comunidades, os Ministros, as Ministras, as lideranças leigas e demais membros. Todas as normas adicionais são elaboradas a partir dos princípios constantes nesses documentos e a eles estão sujeitas eclesiasticamente. O Regimento Interno da IECLB estabelece, por exemplo, que o Conselho da Igreja atua em caráter supletivo ao Concílio da Igreja, expedindo normas regulamentares às disposições da Constituição e das suas normas complementares, exercendo o controle das atividades administrativas da IECLB e decidindo sobre conflitos de caráter normativo, mediante consulta. Entre as atribuições do Conselho da Igreja encontra-se a de incentivar e acompanhar o trabalho missionário da Igreja e as suas ações evangelizadoras, promovidas e coordenadas pelos Sínodos. Também atribui ao Conselho da Igreja a tarefa de estabelecer diretrizes para a realização de convênios com instituições de ensino teológico, visando à formação e à atualização de Ministros e Ministras, e de regulamentar as diretrizes estabelecidas pelo Concílio da Igreja, de modo a assegurar o bom e fiel exercício do Ministério na Igreja e para que nele ingressem pessoas vocacionadas e comprometidas com a confessionalidade da IECLB.
Jorev Luterano - Setembro 2018
SÍNODOS
Especial Concílio 2018 As lideranças que compõem o Concílio da Igreja XXXI Concílio da Igreja | 17 a 21 de outubro - Paróquia Cristo Redentor de Curitiba - Sínodo Paranapanema
Ao Concílio compete definir a linha programática de atuação de toda a Igreja, bem como decidir e legislar sobre toda e qualquer matéria de interesse da IECLB. É no Concílio da Igreja que as Comunidades, presentes ao Concílio, por meio da representação de 97 lideranças leigas, Ministros e Ministras, se reúnem para dialogar e decidir sobre questões básicas da vida comunitária, confessionalidade, estrutura e missão. Esta formação foi aprovada em 1997 e privilegia a representação sinodal, com a recomendação que também sempre contemple mulheres e jovens. Geralmente, representantes sinodais são escolhidos, dentre as pessoas que formam as Assembleias Sinodais, que, por sua vez, representam Comunidades, Paróquias e setores dos Sínodos. Compõem as 97 lideranças ao Concílio: - Dois Delegados leigos ou Delegadas lei-
gas por Sínodo, com exceção dos Sínodos com maior número de membros, que têm direito a três Delegados. Existe uma fórmula, que consta na Constituição para saber quais são esses Sínodos com maior número de membros. Para o próximo Concílio, os Sínodos que elegerão três Delegados cada são: Espírito Santo a Belém, Nordeste Gaúcho, Norte Catarinense e Vale do Itajaí. - Cinco representantes dos Sínodos com atuação marcante no Ministério Compartilhado. Nesse caso, existe um rodízio entre os Sínodos. Os cinco Sínodos que nomearão Delegados para o próximo Concílio são: Amazônia, Centro-Campanha-Sul, Espírito Santo a Belém, Noroeste Riograndense e Norte Catarinense. - Nove representantes de instituições e setores de trabalho da IECLB, dentre os quais, obrigatoriamente, a Ordem Auxiliadora de Senhoras Evangélicas (OASE) e a Juventude Evangélica (JE).
Concílios I - São Leopoldo/RS - 1950
II - São Leopoldo/RS - 1954 III - Curitiba/PR - 1958 IV - São Leopoldo/RS - 1962 V - Porto Alegre/RS - 1966 VI - Extraordinário - Santo Amaro/SP - 1968 VII - Curitiba/PR - 1970 VIII - Panambi/RS - 1972 IX - Cachoeira do Sul/RS - 1974 X - Belo Horizonte/MG - 1976 XI - Joinville/SC - 1978 Extraordinário – 1980 XII - Carazinho/RS - 1980 XIII - Hamburgo Velho/RS - 1982 XIV - Marechal Cândido Rondon/PR - 1984 XV - Rio de Janeiro/RJ 1986 XVI - Brusque/SC - 1988
XVII - Três de Maio/RS - 1990 XVIII - Pelotas/RS - 1992 XIX - Cachoeira do Sul/RS - 1994 XX - Toledo/PR - 1996 Extraordinário - Toledo/PR - 1996 Extraordinário - Ivoti/RS - 1997 XXI - Rodeio 12/SC - 1998 XXII - Chapada dos Guimarães/MT - 2000 XXIII - Santa Maria de Jetibá/ES - 2002 XXIV - São Leopoldo/RS - 2004 XXV - Panambi/RS - 2006 XXVI - Estrela/RS - 2008 XXVII - Foz do Iguaçu/PR - 2010 XXVIII - Chapecó/SC - 2012 XXIX - Rio Claro/SP – 2014 XXX – Brusque/SC - 2016 XXXI - Curitiba/PR - 2018
Receberam convite para o XXXI Concílio um representante dos Ministros e Ministras Diaconais – COD, um dos Ministros Eméritos, um da Congregação dos e das Catequistas, um da Obra Gustavo Adolfo - OGA, um do Conselho de Missão entre Povos Indígenas - COMIN, um da Fundação Luterana de Diaconia - FLD, um do Conselho Nacional da Juventude Evangélica - CONAJE, um da Rede Sinodal de Educação e uma da OASE. - Presidente do Concílio e os seus dois Vice-Presidentes. - Pastor ou Pastora Presidente e os seus dois Vice-Presidentes. - 18 representantes sinodais no Conselho da Igreja. - 18 Pastores e Pastoras Sinodais. - Secretário ou Secretária Geral (com exceção do Secretário Geral, todos os demais têm direito a voto, pois a Secretaria Geral é um órgão executivo da administração de toda a Igreja). - Também participam do Concílio, na qualidade de convidados, os Presidentes da Comunidade, da Paróquia e do Sínodo local, as autoridades civis e governamentais locais, além dos representantes de Igrejas e organismos ecumênicos locais, nacionais e internacionais com os quais a IECLB se relaciona. Delegados sinodais e representantes com atuação marcante no Ministério compartilhado são eleitos pela Assembleia Sinodal, a partir das indicações encaminhadas pelos Conselhos Paroquiais, compostos pelos Presidentes, Secretários e Tesoureiros de cada uma das Comunidades, pelos Ministros nelas atuantes, por representantes de setores e pelos membros das Comunidades integrantes da Assembleia Sinodal. Os representantes das organizações identificadas são propostos pela Presidência e homologados pelo Conselho da Igreja. Quem representa o Sínodo no Concílio fala e vota pelo seu Sínodo, pois está lá em nome de outras pessoas, ou seja, carrega consigo anseios, preocupações e conquistas daqueles que representa e vai defendê-los junto às pessoas representantes dos outros 17 Sínodos, buscando chegar a um consenso sobre o que é melhor para toda a IECLB. No desempenho desse papel, conta com outros Delegados, outras Delegadas, o representante sinodal no Conselho da Igreja e o Pastor ou a Pastora Sinodal. O que é decidido pelo Concílio vale para toda a Igreja, portanto para Comunidades, Paróquias, Sínodos, Setores de Trabalho, Ministros e Ministras, por isso a participação no Concílio é de tão grande responsabilidade, exigindo Delegados capacitados, Delegadas capacitadas e realmente identificados, identificadas com a Missão da Igreja. O Concílio é realizado, ordinariamente, a cada dois anos, sempre em uma Comunidade.
Para mais informações, acesse o Portal Luteranos
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COMUNICAÇÃO
Qualificação da Comunicação Fanpage da IECLB no Facebook Núcleo de Comunicação da IECLB Lançada pela Presidência em julho de 2015, na Reunião do Conselho da Igreja com a participação da Presidência e da Secretaria Geral da Igreja, a página da IECLB na Rede Social Facebook é chamada de fanpage oficial da IECLB, para diferenciar de iniciativas de grupos que fazem uso do nome e da sigla da Igreja sem, no entanto, representar a instituição. A página da Igreja no Facebook não tem como finalidade a veiculação de notícias, tampouco ser ‘mini Portal’, por isso notícias ligadas à Direção Nacional da IECLB são criteriosamente veiculadas, bem como conteúdos de âmbito nacional. O objetivo principal é, de maneira simples, objetiva e consistente, mostrar o que pensa e quais são as principais ações missionárias da IECLB. Para isso, são apresentados conteúdos confessionais, manifestos,
oportuniza que Sínodos, Paróquias, Comunidades, organismos identificados, Ministros, Ministras, lideranças e membros possam: (a) conhecer mais e melhor a IECLB, (b) compartilhar informações sobre a sua Igreja nas suas páginas, com outras pessoas, divulgando a Missão, os Valores e a Confessionalidade da Igreja e (c) comentem sobre os conteúdos publicados no Portal, enriquecendo as postagens com sugestões. Nesse sentido, esta ferramenta de interação eletrônica também possibilita que a Igreja possa conhecer a opinião dos seus Ministros, das suas Ministras, das suas lideranças e dos seus membros sobre determinados assuntos. A entrada oficial da IECLB no ambiente das Redes Sociais aconteceu a partir de uma demanda vinda dos próprios membros, pela divulgação das publicações em larga escala e pela possibilidade A Igreja da Palavra tem o que comunicar: de alcançar diferentes a Palavra! Sentir-se parte dessa dinâmica públicos, até mesmo é fazer parte de uma comunicação de não membros da Igreja. Fato era que que fortalece a vida digna, este segmento carecia em Comunidade, em comunhão. da reflexão luterana. Os argumentos em motivações de campanhas e iniciativas naciofavor da presença da IECLB nas Redes aponnais, versículos bíblicos, frases de Lutero, orientavam que as pessoas e a forma de viver mutações do Plano de Ação Missionária da IECLB daram. Então, o modo de a IECLB se apresen(PAMI), canções do Livro de Canto da IECLB, tar como Igreja também deveria ir ao encontro temas da Ecumene, assuntos do momento, de algumas dessas mudanças. como foram os 500 anos da Reforma, etc. Embora apoiem o uso, os grupos manifesA programação de conteúdo segue uma tam preocupação com a qualidade da comugrade de duas semanas, com duas postagens nicação nas Redes, em função de opiniões, diárias. Assim, por exemplo, a cada duas semapor vezes radicais e/ou equivocados, serem nas, é postado um conteúdo relativo a deterdisseminadas com grande velocidade, preminado Manifesto da IECLB ou frase referente judicando as pessoas envolvidas e, especialao Tema do Ano ou à Vai e Vem. Também são mente, a imagem da Igreja diante dos seus feitas divulgações de Comunidades e Parómembros, das instituições das quais faz parte quias da IECLB pelo Brasil afora. As postagens e da sociedade em geral. sempre convidam a visitar o Portal Luteranos, Na época, foram três os principais desafios por meio da pergunta Quer saber mais?, que levantados: a) falar a linguagem deste meio de apresenta o link para o referido conteúdo, comunicação (Conseguimos comunicar com sempre publicado no Portal. poucas palavras?), b) promover a interação Como plataforma da Igreja da Palavra, ao positiva entre os diversos públicos e c) investir remeter as chamadas para conteúdos publicaem planejamento e acompanhamento para dos no Portal, a página da IECLB no Facebook garantir que seja feita Missão.
Lembramos a Carta Pastoral emitida pela Presidência aos Ministros e às Ministras da IECLB em julho de 2015. Para não cair na Rede é o nome do documento que conclama Ministros e Ministras desta Igreja da Palavra a avaliar a presença nas Redes Sociais. Daí que vem a pergunta: O que vocês, Ministros e Ministras da IECLB, estão conversando nas Redes Sociais? A Carta menciona questões como a figura pública do Ministro e da Ministra, o compromisso de manter a dignificação do Ministério, a liberdade individual, as consequências legais das informações, a responsabilidade quanto ao uso da logomarca da IECLB, além da responsabilidade com a veracidade da notícia. A Igreja da Palavra tem o que comunicar: a Palavra. Sentir-se parte dessa dinâmica é fazer parte de uma comunicação que fortalece a vida digna, em Comunidade, em comunhão (Tema 2015). Atualmente, a fanpage oficial da IECLB é seguida por 16.276 pessoas, sendo 65% de mulheres e 35% de homens. O maior grupo está entre as mulheres (29%) e homens (16%) com idade entre 25 e 44 anos, totalizando 45% do público. Geograficamente, os públicos numericamente mais relevantes estão localizados nas cidades de Blumenau/SC, Porto Alegre/RS, Joinville/SC, Curitiba/PR, São Paulo/SP, São Leopoldo/RS, Santa Maria de Jetibá/ES, Jaraguá do Sul/SC, Pelotas/ RS, Rio de Janeiro/RJ, Novo Hamburgo/ RS, Pomerode/SC, Santa Cruz do Sul/RS, Brusque/SC, São Lourenço do Sul/RS, Florianópolis/SC, Timbó/SC e Domingos Martins/ES, nesta ordem. Além da presença no Brasil, a página da IECLB tem seguidores em países como Alemanha, Estados Unidos, Argentina, Paraguai,Portugal,Angola,Moçambique, Noruega, Itália, Peru, Espanha, Reino Unido, Chile, Canadá, Uruguai, México, Suécia, Bélgica, França, Colômbia, Suíça, Bolívia,Áustria,Finlândia,Japão,Honduras, Venezuela, Irã, Nicarágua, Irlanda, El Salvador, Indonésia, Guatemala, Austrália, Holanda, Polônia, Namíbia, Índia, PapuaNova Guiné, Malásia, China, Ilhas Fiji, São Tomé e Príncipe e Nigéria. Considerando os diferentes tipos de publicações (vídeo, foto e link), o alcance médio é de 10.708 pessoas, com 592 cliques e envolvimento de 457 reações, comentários e compartilhamentos.
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