Jornal Evangélico Luterano - Ano 47 - nº 821 - Outubro 2018

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Jornal Evangélico Luterano | Ano 48 | Outubro 2018 | n o 821

Batismo é ação do Deus que perdoa e anseia pelo nosso compromisso Batismo é graça e, ao mesmo tempo, compromisso de anunciar a ação libertadora do nosso Deus e proclamar a Palavra da libertação, que custou a vida de Jesus Cristo. Compreender esse chamado é o desafio!

O Reino de Deus é a nossa esperança

Vida digna a todas as pessoas

Compromisso para uma nova vida

Aqui, nessa Igreja, nós temos lugar!

O tempo foge! O tempo voa!

Deus caminha ao seu lado no sofrimento

Presidência

Diversidade

Fé Luterana


Jorev Luterano - Outubro 2018

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REDAÇÃO

Batismo: ação do Deus que perdoa e anseia pelo nosso compromisso ‘Batismo não é um ponto de chegada, mas um ponto de partida’, afirma o Livro de Batismo da IECLB. O Batismo marca o início de uma vivência cristã, de um diário e constante apropriar-se da sua promessa, até a morte. A respeito da relação entre Batismo e vivência cristã, Lutero disse: ‘O Batismo é como o nascimento natural: é básico para tudo. No nascimento, somos apenas um feixe de potencialidades que continuam a se desenvolver e a desabrochar ao longo da vida. Do adulto, a Igreja exige, com razão, que demonstre a sua disposição de ser batizado e uma confissão de fé. Na maioria dos casos, essa fé não passa ainda de uma sombra daquilo que pode chegar a ser. A experiência e o conhecimento cristãos acontecem, em geral, do outro lado da pia batismal’. No Catecismo Menor, Lutero frisa que Deus foi generoso e derramou o seu Espírito Santo sobre nós, por meio de Cristo, o nosso Salvador, e o fez para que, pela sua Graça, ficássemos livres de qualquer culpa e recebêssemos a vida eterna que esperamos. O que significa este batizar com água? O Reformador responde: ‘Significa que, por arrependimento diário, a velha pessoa em nós deve ser afogada e morrer com todos os pecados. Então, deve sair e ressurgir nova pessoa, que viva em justiça e pureza diante de Deus para sempre’. A IECLB é o convívio de pessoas por ela batizadas ou admitidas, diferentes umas das outras, todas elas, no entanto, chamadas para viverem o seu Batismo, em que Deus nos dignifica para sermos membros do seu povo, pela obra salvadora do seu Filho, estabelece o Guia Nossa Fé - Nossa Vida: ‘No Batismo, em nome do trino Deus, nos é oferecida a Graça de Deus, que nos faz seus filhos e suas filhas e nos motiva a viver em Comunidade’. Sim! Desde o Batismo, somos chamados e chamadas para a tarefa de servir ao Senhor. Conforme o texto da Editoria Unidade, Batismo é ação desse nosso Deus, que perdoa, liberta, salva e anseia por nosso compromisso de fé: ‘Batismo é graça pura! É graça cara – não é graça barata! Batismo é chamado. Batismo é compromisso: ser Sacerdote e Sacerdotisa a anunciar a ação libertadora do nosso Deus e proclamar a palavra da libertação’. Pela fé, transformados e transformadas por essa cara graça, podemos assumir o compromisso, pois Ele diz: Eu sou o Senhor, teu Deus! (Ex 20.2a). Ótima leitura!

CAPA Há um mistério profundo que envolve o Batismo. Mistério que é graça pura! É graça cara – não é graça barata, por isso Batismo é chamado. Também é compromisso: ser Sacerdote e Sacerdotisa a anunciar a ação libertadora do nosso Deus e proclamar a palavra da libertação.

Jornal Evangélico Luterano | Ano 48 | Outubro 2018 | n o 821

Batismo é ação do Deus que perdoa e anseia pelo nosso compromisso Batismo é graça e, ao mesmo tempo, compromisso de anunciar a ação libertadora do nosso Deus e proclamar a Palavra da libertação, que custou a vida de Jesus Cristo. Compreender esse chamado é o desafio!

SUMÁRIO 2

REDAÇÃO

CARTA À COMUNIDADE EXPLICAÇÃO DA CAPA EXPEDIENTE

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Compromisso para uma nova vida

PRESIDÊNCIA

PALAVRA DA PRESIDÊNCIA RETROSPECTIVA AGENDA

FORMAÇÃO

EDUCAÇÃO CRISTÃ CONTÍNUA PROPOSTA METODOLÓGICA FACULDADES EST

DIVERSIDADE

DIGNIDADE DA VIDA EM TEMPOS LÍQUIDOS PRONUNCIAMENTO

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Fé Luterana

PALAVRA

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13

Deus caminha ao seu lado no sofrimento

Diversidade

GESTÃO MINISTERIAL COMPETÊNCIAS MINISTERIAIS TEMA DO ANO

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O tempo foge! O tempo voa!

Presidência

ENFOQUE

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11

Vida digna a todas as pessoas

Aqui, nessa Igreja, nós temos lugar!

VIDA EM COMUNIDADE CHARGE OFERTAS NACIONAIS INDICADORES ECONÔMICOS

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O Reino de Deus é a nossa esperança

UNIDADE

DEUS LIBERTADOR

FÉ LUTERANA

DEUS ESTÁ SEMPRE AO NOSSO LADO

PERSPECTIVA

Museu: espaço para reflexão e educação A PRESENÇA RELIGIOSA ESTÁ MUDANDO...

MISSÃO

PLANO DE AÇÃO MISSIONÁRIA DA IECLB PROJETOS MISSIONÁRIOS PLANEJAMENTO MISSIONÁRIO CAMPANHA DE MISSÃO VAI E VEM

PRIORIDADES

PROGRAMAS DE GESTÃO PUBLICAÇÕES

GESTÃO

GESTÃO ADMINISTRATIVA DOCUMENTOS NORMATIVOS GUIA PARA O PRESBITÉRIO

CONCÍLIO

OBRIGAÇÕES DAS DELEGAÇÕES NO CONCÍLIO

COMUNICAÇÃO

RECURSOS

Bem-aventuradas as pessoas pacificadoras, porque serão chamadas filhas de Deus. Mateus 5.9 EXPEDIENTE Pastor Presidente P. Dr. Nestor Friedrich Secretário Geral P. Marcos Bechert Jornalista Letícia Montanet - Reg. Prof. 10925 Administrativo Elizangela Basile ISSN 2179-4898 Cartas - Sugestões de pauta - Artigos - Anúncios Rua Senhor dos Passos, 202/5º 90.020-180 - Porto Alegre/RS Fone (51) 3284.5400 E-mail jorev@ieclb.org.br Proibida a reprodução parcial ou integral do conteúdo desta edição sem a prévia e formal autorização da Redação do Jorev Luterano.

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Jorev Luterano - Outubro 2018

ENFOQUE

Vida em Comunidade O que fazer para que aconteça a participação no Culto? Certo dia, a menina de quatro anos ora o Pai-Nosso na presença da mãe. ‘Onde você aprendeu esta oração?’, pergunta a mãe, toda feliz e surpresa. ‘Mãe, eu sempre vou ao Culto, né?!’, responde a filha. P. Dr. Romeu Martini | Assessor Teológico da Presidência da IECLB Vai-se ao Culto para participar – e não para assistir. Tratamos dessa temática no Jorev nº820 (setembro/2018). A participação ativa e consciente da Comunidade no Culto depende, em boa medida, da compreensão de que Culto é diálogo com partes que se repetem. O diálogo não é entre quem preside o Culto e a Comunidade, mas entre a Comunidade e Deus. É Deus quem nos fala por meio do que é dito pela pessoa que preside o Culto. Deus também fala pelo que não é dito. Sim, no Culto, cada pessoa ouve e sente o que o Senhor diz. Eu posso ouvir e sentir algo bem diferente de outra pessoa. Isso vai depender do que cada um de nós carrega no coração naquele momento. Certo é que, no Culto, dialogamos com Deus. Participamos! A participação no Culto depende também de repetições que a Liturgia oferece. Refiro-me àquelas pequenas frases cantadas ou faladas, como Gló-

INDICADORES FINANCEIROS

ria seja ao Pai, o pedido de perdão, o Amém, o Aleluia, a Intercessão, Santo, Santo, Santo, os hinos, etc. Ao querer inovar a Liturgia (o que é positivo), corre-se o risco de, em cada Culto, cantar melodias desconhecidas. Isso é um erro. A Comunidade merece conhecer melodias e letras novas, mas isto precisa ser dosado. A participação ativa, alegre, envolvente e marcante das pessoas no Culto depende da possiblidade que elas têm de repetir frases melódicas conhecidas. Portanto, o Culto não pode ser campo de testes! Repetir sempre a mesma frase melódica pode acionar um automatismo vazio. Isso é ruim para o Culto. Entretanto, inovar sempre pode causar irritação e apatia em quem está no Culto. A bonita tarefa de quem molda a liturgia consiste em encontrar o ponto de equilíbrio entre a repetição e a novidade, de tal modo que a Comunidade participe e a sua viva e alegre voz ecoe aos céus!

UPM Setembro/2018

4,5324

Índice Agosto/2018

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Acumulado 2018

Servi ao Senhor com alegria. Apresentai-vos diante dele com cântico. Salmo 100.2

OFERTAS NACIONAIS 7 DE OUTUBRO 20o Domingo após Pentecostes Acompanhamento no PPHM Após a conclusão do estudo de Teologia em um dos Centros de Formação conveniados com a IECLB, as pessoas inscrevem-se para realizar o Período Prático de Habilitação ao Ministério (PPHM). Após a inscrição, elas participam de uma avaliação realizada pela Comissão de Exame da IECLB. Uma vez aprovadas, são designadas para a realização do PPHM em uma das Comunidades ou Paróquias da IECLB. Durante o período, que tem a duração de 17 meses, Candidatos e Candidatas são acompanhados pela Mentoria de um Ministro Ordenado ou Ministra Ordenada. Além da inserção prática na Comunidade, as pessoas candidatas participam de Seminários e Encontros organizados pela Secretaria da Habilitação ao Ministério. 28 DE OUTUBRO 23o Domingo após Pentecostes Educação Cristã Contínua na IECLB Uma das tarefas imprescindíveis da Igreja é a Educação Cristã, por meio da qual a Igreja capacita para o exercício do Sacerdócio Geral. Esta tarefa está ligada ao Batismo e tem como base a ordem de Jesus Cristo de fazer discípulos e discípulas, batizar e ensinar (Mt 28.18-20). Em parceria com os Sínodos e o Conselho Nacional de Educação Cristã Contínua, a Coordenação de Educação Cristã articula o planejamento e a execução das ações de Educação Cristã. Em 2017, foram realizados encontros de formação, além da elaboração de materiais didáticos e o trabalho do Conselho Nacional de ECC.

2,85 %

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PALAVRA GESTÃO MINISTERIAL

Cooperação:

cuidado com as diferenças! (parte 2/2) P. Dr. Victor Linn | Pastor, Psicanalista e Coach Expressar diferença de opinião é difícil. Fomos educados e educadas para buscar a harmonia e evitar os confrontos. Isso tornou-se um ideal e uma máxima que regula as relações. Perdemos, assim, a possibilidade de articular e entender as diferenças como contribuições legítimas e necessárias para criar os consensos que dão sustentabilidade à vida em sociedade. É necessário esclarecer que acolher diferenças não significa identificar-se com elas, mas reconhecer que, para outrem, elas têm legitimidade. Entretanto, não acolher diferenças pode gerar uma agressividade tão intensa que é possível perder a empatia, a objetividade e o interesse pela busca de uma solução conjunta. No conflito que se instala, já não importa apenas a imposição da própria perspectiva, mas agredir o ou a ‘oponente’. O primeiro ataque visa à destruição da sua imagem, pela desmoralização pessoal. Não havendo contenção, um conflito e o ódio podem escalar até o ponto que exigem a destruição do ou da oponente, não importando mais as consequências, mesmo a própria destruição: Juntos para o abismo… Freud definiu essa energia destrutiva como pulsão de morte e a contrapôs à energia construtiva, agregadora, como pulsão de vida. Ambas constituem uma pessoa e atuam em grupos e sociedades. Elas são dinâmicas e podem ser influenciadas. Com um pouco de observação e autocrítica, é possível identificá-las. Lideranças têm aqui um espaço e um papel fundamental: incluir e contemplar diferenças como algo positivo é um bom recurso.

COMPETÊNCIAS MINISTERIAIS

As Competências e o CHA Cat. Dra. Haidi Drebes | Secretária da Habilitação ao Ministério da IECLB Psic. Leila Klin | Psicóloga Organizacional Em 2017, passamos a apresentar aos leitores e às leitoras do Jorev o conceito de Competência, considerando a sua importância para o exercício do Ministério com Ordenação. Descrevemos cada uma das 18 Competências elencadas pela IECLB e que têm sido foco na preparação de Ministros Candidatos e Ministras Candidatas. Agora, queremos olhar com mais cuidado para o CHA, entender o que significa e discutir as formas de aquisição e desenvolvimento. Começando pelo C – Conhecimento, é importante destacar que, quando o conceito de Competências passou a fazer parte da linguagem organizacional, entendia-se que ‘Competente era a pessoa que sabia’, ou seja, que detinha conhecimento. Assim, era comum considerar competente aquela pessoa que acumulava as melhores notas durante a sua formação educacional. Essa concepção foi revista e, hoje, é praticamente consenso que ‘Competente é aquela pessoa que sabe, sabe fazer e quer fazer. Ainda assim, é o conhecimento que garante a qualidade das entregas, o adequado dire-

cionamento das realizações das pessoas e dos grupos para o atendimento dos resultados coletivos. São fruto do conhecimento a compreensão do ‘porquê’ das situações e, consequentemente, o desenvolvimento do pensamento crítico, o aprimoramento e o crescimento contínuo. As entregas que se fundamentam apenas na Habilidade ou na Atitude têm um evidente prejuízo na qualidade. O enfoque prático e a disposição para fazer precisam estar sustentadas no Conhecimento. Esse Conhecimento é prioritariamente adquirido por meio da formação escolar, da apropriação teórica e do acesso à literatura de qualidade. O Conhecimento não é estático, mas transformado e se modifica a partir de estímulos internos e externos. A observação, os debates e todas as possibilidades de ampliar os horizontes, considerar novas perspectivas e olhar além também resultam em conhecimento e qualificam as entregas. Assim, buscar formação e manter-se atualizado e atualizada na sua área de atuação é essencial nesse processo.

TEMA DO ANO

O pão nosso de cada dia dá-nos hoje Martim Lutero | Catecismo Menor É uma palavra breve e singela, mas de largo alcance, pois, quando você pede pelo pão de cada dia, você está pedindo por tudo aquilo que é necessário para se conseguir e comer esse pão. Também está pedindo que seja impedido tudo aquilo que se lhe oponha. Portanto você precisa abrir bem a imaginação, incluindo não só o forno e a caixa de farinha, mas os vastos campos de toda a Terra a produzir o pão de cada dia e toda espécie de alimento, pois, se Deus não o mandasse crescer, abençoando e preservando-o na terra, jamais teríamos pão para tirar do forno nem para colocar na mesa. Resumindo, nesta prece fica subentendido tudo aquilo que é necessário para a subsistência sobre a Terra, único motivo pelo qual precisamos do pão de cada dia. Ora, para se viver não basta que o nosso corpo tenha alimento, roupa e outros itens necessários, mas precisamos poder conviver em paz e tranquilidade com as pessoas ao nosso redor, nas lides diárias e de um modo geral. Isso inclui o âmbito doméstico, a vizinhança e também o âmbito da cidadania e governo. Onde esses dois forem impedidos, não podendo funcionar como deveriam, também fica impedido aquilo que é necessário para se viver, acaba a sustentabilidade. Aliás, é muitíssimo necessário interceder pelas autoridades e pelo governo civil, uma vez que esses são o principal fator pelo qual Deus preserva o nosso pão de cada dia e todas as amenidades desta vida. Mesmo que recebamos de Deus todos os bens em abundância, não poderemos mantê-los nem usá-los com segurança e tranquilidade se Ele não nos garantir um governo durável e pacífico. Onde houver tumulto, conflito, guerra, logo vai faltar pão. Em todos os casos, ficará difícil consegui-lo. Para mais informações, acesse o Portal Luteranos


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PRESIDÊNCIA

Aqui, nessa Igreja, nós temos lugar! O Reino de Deus é a nossa esperança Pa. Sílvia Genz | Pastora 1a Vice-Presidente da IECLB

Domingo pela manhã, vindas de vários lugares, as pessoas se aproximam do templo para participar do Culto. Já em frente à Igreja, abraços e cumprimentos renovam as forças. As conversas sobre os sofrimentos e as alegrias do cotidiano fazem perceber que enfrentamos o andar da vida do mesmo modo. A Comunidade é o chão em que a semente para o Reino foi e é lançada. Cresce qual massa de pão com o fermento, como lemos nas Palavras de Cristo: O Reino do Céu é como o fermento que uma mulher pega e mistura em três medidas de fari-

nha, até que ela se espalhe por toda massa (Mt 13.33). Na Comunidade, estão as pessoas que, marcadas pelo Santo Batismo, participam da família de fé. A convivência entre irmãos e irmãs na fé em Jesus Cristo é um desafio vencido pelo apoio em meio às dificuldades e às alegrias que cada pessoa experimenta, de jeitos diferentes, no dia a dia da vida. A solidariedade praticada é o testemunho vivo para o convite de inclusão de mais membros. Sempre gostei da palavra do Reformador Martim Lutero: Graças a Deus, uma

Essa esperança não decepciona, pois Deus derramou o seu amor no nosso coração, por meio do Espírito Santo, que Ele nos deu. Romanos 5.5

criança de sete anos sabe o que é a Igreja, a saber: os santos e crentes e os cordeirinhos que ouvem a voz do seu pastor (Jo 10.3). Queremos e somos uma Igreja na qual, desde o começo da vida, temos lugar. Conheço pessoas que, em termos políticos, têm opiniões contrárias, mas convivem, se respeitam e querem a paz. Todos e todas estão em busca do melhor e o Reino de Deus é a nossa esperança. Faz a diferença o nosso testemunho ao próximo e às pessoas da nossa família. Acreditemos! Jesus rompe com a única via de ‘próximo’, relacionado a alguém perto de nós, amigo, amiga, parente... para além, incluindo o inimigo, que, pela nossa lógica, devemos odiar. Jesus diz amai o inimigo. Como IECLB, membros, lideranças, Presbíteros, Presbíteras, Ministros e Ministras, servimos em união, anunciando e experimentando a ação de Deus, a Boa Nova do Evangelho da Salvação. Façamos deste período conturbado da atualidade uma oportunidade para semear sementes de paz. Somente elas são capazes de fazer irmãos e irmãs em Cristo se respeitarem a ponto de um poder ouvir o outro com atenção e respeito. É importante lembrar que as sementes de paz precisam de cuidados e rega constante. Não desistamos com as tentativas frustradas de semear a paz. Cristo é nosso guia. A paz que ele dá, ninguém pode tirar.

AGENDA | OUTUBRO 17-21/10

XXXI Concílio da Igreja Curitiba/PR Presidência

RETROSPECTIVA

Outubro - Restruturação da IECLB A estruturação da IECLB passou por várias etapas. Começou com a organização das pessoas evangélicas luteranas em Comunidades. Estas se estruturaram em Sínodos em diversas regiões do Brasil. O passo final foi a unificação desses Sínodos sob uma estrutura jurídica nacional – a Confederação Sinodal. No Concílio Extraordinário realizado em Santo Amaro, em São Paulo/SP, em outubro de 1968, aconteceu a extinção formal dos antigos Sínodos. Uma nova Constituição foi aprovada e, para cele-

brar solenemente este acontecimento, os sinos fé, esperança e amor, instalados na torre da Igreja da Paz, soaram com toda intensidade. Começava uma nova fase na vida da Igreja. A nova Constituição estabeleceu uma nova estrutura organizacional para as Comunidades congregadas na IECLB. A Igreja foi, então, organizada em quatro Regiões Eclesiásticas e estas foram subdivididas em Distritos Eclesiásticos. Tal estrutura perdurou até o final do ano de 1997. Para mais informações, acesse o Portal Luteranos

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FORMAÇÃO EDUCAÇÃO CRISTÃ CONTÍNUA

Crianças na Ceia do Senhor Somos Corpo de Cristo Pa. Janaína Stahlhöfer | Ministra na Paróquia Bom Pastor de Canguçu/RS e representante do Sínodo Sul-Rio-Grandense no CONECC

Você ainda não pode!... Você já se sentiu excluído ou excluída de algum lugar ou momento especial? Com certeza, não é uma experiência interessante. Como Igreja de Jesus, buscamos sempre incluir. Todas as pessoas são bem-vindas na nossa comunhão. Não queremos excluir ninguém, muito menos as nossas crianças, que trazem sempre de novo a beleza e a graciosidade da vida. A Santa Ceia é momento pleno de comunhão e alegria. Para Jesus, as crianças são exemplos para os seus discípulos e são capazes de receber o Reino. Lembremo-nos das palavras de Jesus em Marcos 10.15 [...] quem não receber o Reino de Deus como uma criança nunca entrará nele. Assim, as crianças são muito bem-vindas à Ceia. Afinal, a Ceia é do nosso Senhor e é Ele quem convida todas as pessoas. Para Jesus, receber o Reino de Deus não

depende do intelecto ou da maturidade, mas, sim, da fé, que é dom de Deus, não obra nossa. Com o Batismo, somos o Corpo de Cristo. O Apóstolo Paulo, ao utilizar a imagem do corpo e seus membros, acentua a comunhão entre pessoas diferentes, também entre gerações diferentes. Fazer parte do Corpo de Cristo é estar em comunhão com Deus e com todas as pessoas. Em 1Co 10.17, o apóstolo diz: Mesmo sendo muitos, todos comemos do mesmo pão, que é um só, e por isso somos um só corpo. A aceitação de sermos um só corpo acontece quando as crianças são incluídas na celebração que dá vida ao corpo de Cristo. Na Ceia, há a manifestação da graça de Deus e também as nossas crianças vivem sob essa graça. A Santa Ceia é a presença amorosa e salvadora do nosso Deus. Ela quer nos alimentar, manter

em comunhão e dar ânimo para todos os momentos de nossa vida. Ceia é um presente de Deus. Portanto, há motivos teológicos para que as crianças participem da Santa Ceia. Crianças e adultos compartilham dos mesmos elementos na Ceia. Como acontece na sua Comunidade? As crianças são bem-vindas na Santa Ceia? Participar da Santa Ceia é um convite do próprio Deus para todas as pessoas. A Santa Ceia é um momento de partilha e comunhão que Deus tem nos ofertado para que a nossa vida se torne mais completa, bonita e alegre. É viver em união entre irmãos e irmãs na fé – de qualquer idade. A Ceia do Senhor quer ser o alimento pelo qual se nutre, restaura e fortalece a vida e o compromisso do Batismo. Vamos incluir mais e mais, abraçar e viver a comunhão em todas as nossas Comunidades.

CRIANÇAS | PROPOSTA METODOLÓGICA

Plaquinhas de anúncio Material necessário Um exemplar da Revista O Amigo das Crianças no78. Momento 1 Explicar que, antes de Jesus nascer, ocorreu mais um anúncio de grande alegria. Um anjo anunciou que Isabel e Zacarias, mesmo idosos, teriam um filho. Zacarias não acreditou, por isso ficou sem falar. Quando o filho nasceu, Isabel disse que o nome dele seria João. Zacarias ainda não conseguia falar, por isso escreveu em uma tabuinha: O nome dele é João. Depois disso, Zacarias voltou a falar e anunciou algo muito bonito sobre o seu filho.

nhas de papel. Cada criança pega uma plaquinha e lê para a outra da dupla a mensagem de Zacarias. Depois, as crianças levarão essa mensagem para casa e terão o compromisso de ler para outras pessoas. Mensagem Você será mensageiro de Deus. Fará que as pessoas procurem a paz e sigam o caminho da justiça. Também preparará o povo para a vinda do Senhor. Nosso Deus é misericordioso e bondoso. Ele fará brilhar sobre nós a sua luz, para guiar os nossos passos no caminho da paz (Lucas 1.76-79).

Momento 2 Em duplas, as crianças devem se aproximar das plaqui-

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Qualidade no EaD O Programa de Pós-Graduação da EST é reconhecido por sua excelência internacional na avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Em 2017, a EST iniciou uma nova etapa, com a autorização oficial do Ministério da Educação (MEC), pela Portaria n° 764,

Sugestão extraída da Proposta Metodológica para uso da Revista O Amigo das Crianças, nº 78. Leia a Proposta Metodológica completa e saiba como assinar a Revista O Amigo das Crianças no Portal Luteranos

para ofertar cursos de Graduação e PósGraduação Lato Sensu na modalidade EaD. O Decreto 9.057/2017, que regulamenta EaD, chegou junto com a necessidade de se reinventar, sempre visando à construção coletiva do conhecimento. “Essa aprovação é fruto de Planejamento Estratégico da EST, que, por meio da oferta de cursos em EaD, pretende consolidar e ampliar a sua missão no seu âmbito de atuação, em coerência com as transformações sociais, culturais e educacionais”, disse o Prof. P. Dr. Wilhelm Wachholz, Reitor da Faculdades EST. Os cursos Lato Sensu na modalidade EaD refletem dois pilares institucionais: tradição e inovação. No momento, são ofertados cinco Cursos de Especializa-

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ção a distância, dentro das principais áreas de conhecimento abordadas pela instituição: Docência no Ensino Superior e Profissional, Mobilização de Recursos e Sustentabilidade, Ensino Religioso, Bíblia e Aconselhamento Pastoral. Para 2019, estão previstos os Cursos de Especialização em Direitos Humanos e Religião, Ética, Hebraico Bíblico, Histórias em quadrinhos e Cultura Pop. A EST também está autorizada a oferecer Cursos de Graduação a distância, o que possibilita outro formato de oferta, ao lado do modelo presencial. “Estamos avaliando a possibilidade da oferta de Cursos em nível de Graduação a distância mantendo a excelência de ensino conquistada pela EST”, avaliou o Reitor.


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DIVERSIDADE

Dignidade da vida em tempos líquidos Precisamos assumir atitudes cristãs e cidadãs Cat. Maria Dirlane Witt | Coordenadora de Educação Cristã da IECLB

Tempus fugit é uma expressão latina que significa O tempo foge, mas que também pode ser traduzida como o tempo voa. Vivemos um novo período da história, sendo diversos os conceitos usados para descrever esse tempo. Um dos conceitos mais usados para definir esta fase histórica, este tempo, é ‘modernidade’ ou ‘pós-modernidade’. Há Pesquisadores e Pesquisadoras procurando compreender melhor este período. Mudanças de grandes proporções têm acontecido em curtos espaços de tempo. A sensação é que o tempo escorre pelas nossas mãos. O Filósofo polonês Zygmunt Bauman, já falecido, ocupou-se, nas suas pesquisas, sobre o assunto da fluidez do tempo atual. Ele

conceitua o tempo presente como ‘modernidade líquida’, pela incapacidade de manter a forma. As relações, as instituições, as crenças e as convicções mudam antes que tenham tempo de se solidificar. Nesse contexto que prioriza o lucro e o capital a qualquer custo, é possível perceber que vidas humanas são transformadas em objetos de consumo. O ser humano deixa de ser sujeito e passa a ser objeto na relação de compra e venda. Para o Filósofo, a liberdade obtida nos tempos atuais é ilusória. A pessoa vive na incerteza, pois parece existir sempre uma nova possibilidade de escolha. O pensamento não é mais denso e ordenado, mas leve e desordenado, para poder abraçar tudo o que a vi-

da pode oferecer ou parece oferecer. As relações devem ser estabelecidas a curto prazo, aproveitando as chances que a vida oferece, abandonando as anteriores rapidamente. Planejamentos a longo prazo parecem não encontrar espaço no cotidiano, pois sacrificam os desejos momentâneos em vista de algo posterior, no futuro. Há o risco da coisificação do ser humano. Quem está fora do mundo das escolhas e do consumo está à margem do sistema. Caso esteja dentro do sistema, é tragado pelo ‘monstro’ do consumo. Na comemoração dos 50 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, precisamos continuar nos perguntando pela dignidade da vida. A declaração constitui um ideal pelo qual todas as pessoas devem levantar bandeiras: o respeito dos direitos humanos e a liberdade, garantindo a dignidade da vida em toda a sua plenitude. Contra o ‘deus-mercado’, o ‘deus-dinheiro’, que escraviza e exclui vidas, a Bíblia nos chama a reafirmar a nossa conduta ética e a nossa fé no Criador. Lutar por vida digna é, acima de tudo, assumir atitudes cristãs e cidadãs. O direito à vida digna não pode ser privilégio de poucas pessoas. Jesus disse: Eu vim para que todas as pessoas tenham vida e vida em abundância (Jo 10.10). A Igreja Cristã, por meio das pessoas que dela fazem parte, é chamada a ser sal e luz no mundo. Uma Igreja missionária e inclusiva não se cala diante das injustiças e das ameaças à vida, mas busca, a partir da fé e da ética, um mundo com valores sólidos e mais próximos do Reino anunciado por Jesus.

PRONUNCIAMENTO

Ajuda-nos, Senhor, nosso Deus, porque em ti confiamos. 2Crônicas 14.11

Dignidade da vida A fé cristã entende a vida a partir da ação criadora de Deus. A vida é concessão, é presente, é dom de Deus. Porque criada e nutrida por Deus, a vida tem uma profundidade insondável. Esta profundidade misteriosa da vida não permite que ela seja transformada em coisa ou objeto que se possa manipular, vender ou comprar. O bem da vida é uma graça que rece-

bemos, mas da qual não podemos dispor. Porque é indisponível, a vida não pode ser consumida irresponsavelmente nem pode ser descartada levianamente. A vida é um bem sagrado. O testemunho da Escritura aponta para esta sacralidade da vida e nos convida a assumirmos uma atitude de profundo respeito. Manifesto sobre Bioética (2008)

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UNIDADE

UNIDADE

Série Especial

Eu sou o SENHOR, teu Deus

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Deus Libertador

Precisamos estar alertas para que a liberdade não nos aprisione a coisas fúteis. Do contrário, nos tornamos pessoas escravizadas outra vez. Cristo nos libertou para sermos livres, aprisionadas a ele somente. Aí está a verdadeira liberdade!

Culto de Libertação, Retiro de Cura e Libertação, Desafio da Libertação, Libertação Espiritual, Cura e Libertação da Alma, Campanha Libertação e Quebra da Maldição, Batalha Espiritual e Libertação, Terço da Libertação, Proclamar Libertação... Quanto anúncio de libertação! Sem dúvida, a palavra ‘libertação’ faz parte do vocabulário religioso atual. De alguma maneira, tornou-se um jargão, um modismo. Cada qual preenche essa palavra com um conteúdo que lhe convém ou, então, destaca algum elemento capaz de ser mais chamativo, dependendo do contexto e da situação vivencial. Libertar do quê? Ao se falar em libertação, vem a pergunta pela razão de ser dessa palavra: libertar de doenças, libertar do sofrimento, libertar da pobreza, libertar das ‘amarras’ do diabo,

P. Me. Claudir Burmann, Ministro na Paróquia de Massaranduba/SC

libertar da escravidão financeira, libertar da prisão, libertar da violência doméstica, libertar de amarras institucionais, libertar de caminhos espirituais errôneos, libertar de inumeráveis pecados, libertar do consumismo desenfreado... Libertação indica para alguma situação contrária ao que afirma. Falar em libertação é apontar para situações de aprisionamento e opressão. Esse aprisionamento, é claro, pode envolver questões materiais, emocionais ou espirituais. São servidões circunstanciais que envolvem o nosso existir e viver e nem sempre nos damos conta delas. No nosso dia a dia, quanta coisa nos aprisiona e oprime... O tempo, que parece ser pouco demais para fazer tudo o que desejamos. O dinheiro, insuficiente para comprar o que gostaríamos de consumir. A vaidade, que nos encurrala a ponto de nem sabermos ao certo como nos apresentar. Enfim, a própria tecnologia nos aprisiona e limita o encontro face a face... De quanta coisa precisaríamos ser libertados e libertadas! Descuido com a Criação A Criação divina também clama por socorro e libertação. Está aprisionada por interesses inescrupulosos e destruidores. Não é o zelo que predomina e move as ações. Entramos juntos nessa roda, com reações mínimas. Como abrir mão de tanta ‘coisa boa’, subproduto da natureza descuidada, maltratada, sofrendo e pedindo socorro? A lógica de vida do nosso cotidiano é: quem não tem é estimulado a ter, enquanto quem tem quer ter mais e quem tem mais diz que nunca é suficiente. Isso inquieta e apri-

que aprisionava. Não foi sem medo, julgando-se incapazes. Jeremias disse: Ó Senhor, meu Deus, eu não sei como falar.... Ao que Deus diz: Não tenha medo de ninguém, pois eu estarei com você para protegê-lo. Sou eu, o Senhor, quem está falando (Jr 1.6-8). A realidade dava medo. O mundo era perverso e continua dando medo, mas Deus também continua a nos encorajar para não desistirmos. Há tempo de ficar calado, mas também há tempo de falar. As nossas realidades, por mais que invoquem a Deus, parece que carecem dele. Há tanta falta de amor, falta de justiça, falta de paz. Há tantas necessidades, corrupção e perversidades. Quanta libertação de fato é necessária!

Desci para libertar No Antigo Testamento, em Êxodo 3.7ss, Deus fala com Moisés, dizendo que: viu seu povo sendo maltratado, ouviu o pedido de socorro, sabe que está sofrendo, por isso desceu para libertá-lo e levá-lo a uma terra boa e rica. Deus vê, ouve, sabe, desce e conduz... É Deus libertador! Não abandona o seu povo nem deixa de ser misericordioso. Moisés é o líder escolhido para estar à frente do povo. Estar à frente do caminho da liberdade traz receios. Afinal, é tão mais fácil permanecer seguro, aprisionado... Moisés tem esses receios, mas Deus lhe diz: Eu estarei com você (v. 12). Quer dizer, quando há decisão de fé pela libertação, Deus mesmo se torna o libertador. Deus mesmo conduz o andar na liberdade, fazendo de nós seus instrumentos. Qual é a ‘terra’ boa e rica que buscamos? É a mesma oferecida pelo Deus libertador? Precisamos buscar por um novo jeito de habitar a terra! Um novo jeito de nos relacionarmos com o que nos cerca e com o nosso próprio Deus.

Jesus, o libertador No Novo Testamento, Jesus corporiza os anseios por libertação. Ele vem para tornar realidade a esperança por uma nova vida. É reconhecido por alguns, mas, por outros, rejeitado. Para quem estava aprisionado a enfermidades e à miséria de vida, ele é o Libertador. Por quem se beneficiava da opressão, é perseguido. Jesus abrange o anseio pleno de libertação e de libertação plena. A sua pregação e a sua ação incluem libertação material ao saciar a fome e curar enfermidades físicas. Compreendem também libertação emocional e espiritual ao perdoar pecados e declarar que, pela fé, houve salvação. É a graça divina agindo. É o Deus Libertador revelando a sua compaixão e a sua misericórdia. O evento pascal é o ponto auge de Jesus, libertador e libertado. Nada o faz desistir do caminho da cruz, da sua pregação e da sua ação. A sua ressurreição o libertou da própria morte e aponta para um horizonte maior de vida – a nossa esperança. Porque não prestamos atenção nas coisas que se veem. Pois o que pode ser visto dura apenas um pouco, mas o que não pode ser visto dura para sempre (2Co 4.18), ensina o Apóstolo Paulo. Assim, podemos ter esperança em uma Criação reconciliada e redimida. Esperança em pessoas transformadas, novos sistemas de vida, um novo jeito de habitar a terra! Podemos crer no que não vemos. Deus tornará realidade. É a sua promessa!

Profecias de libertação Profetas e Profetisas também foram instrumentos do Deus libertador e denunciaram as falhas do povo – o povo tomava rumos distantes desse compassivo Deus. Assumiram a tarefa de apontar o pecado

Libertação e liberdade Correlacionadas são as palavras libertação e liberdade. São palavras de imenso valor para a nossa Fé Cristã e a nossa Confessionalidade Luterana. O Apóstolo Paulo orienta: Cristo nos libertou para que nós se-

siona... A ausência de limites nessa lógica do desejo traz sofrimento ao conjunto do nosso estar no mundo. Entretanto, há esperança... Sim, há esperança! Há muitos testemunhos de esperança em nosso Deus Libertador.

jamos realmente livres, por isso continuem firmes como pessoas livres e não se tornem escravos novamente (Gl 5.1). Sim, estar em liberdade nem sempre significa estar verdadeiramente livres. É justamente estando em liberdade que nos deixamos aprisionar... também em nosso pensamento, em nossas convicções, sejam políticas, econômicas, como também

A transformação integral impacta no mundo que nos cerca, nos nossos relacionamentos e nos nossos compromissos. Mais: nos liberta do consumismo, tão presente em nosso tempo, e nos torna cativos na preservação da Criação de Deus.

religiosas. É a partir da liberdade que experimentamos o que não deveríamos. Vamos além dos limites. Não é assim? Como pessoas libertas, precisamos estar alertas para que a liberdade não nos aprisione a coisas vãs e fúteis. Do contrário, nos tornamos pessoas escravizadas outra vez. Cristo nos libertou para sermos verdadeiramente livres, ou melhor, aprisionadas a ele somente. Aí está a verdadeira liberdade! É meio contraditório, mas é assim mesmo... Livres, mas cativos É muito conhecida a palavra de Martim Lutero sempre de novo repetida: ‘A pessoa

cristã é livre sobre todas as coisas e não está sujeita a ninguém. A pessoa cristã é uma serva prestativa em todas as coisas e está sujeita a todas’. É um binômio de contradição: livre, mas servo, a ninguém sujeito e liberto de tudo, mas submisso a Cristo – e dessa submissão decorre tudo o demais. É essa a verdadeira liberdade e é essa a verdadeira libertação. A liberdade que vem de Cristo, do seu perdão, da reconciliação que promove, da conversão, da transformação, da vida nova, da salvação... A partir disso, passamos a ver além do que vemos. Além do que vemos, percebemos, então, um horizonte que nos move, que nos faz andar. A liberdade que vem de Cristo nos movimenta em direção a outras pessoas, que precisam da gente. Disso tudo surgem atitudes de vida, compromissos de fé vivenciados no dia a dia. ‘Libertados por sua graça, nos dispomos a servir...’ diz a canção de um Pastor da nossa Igreja. O nosso Deus libertador nos quer comprometidos na transformação integral das vidas e não apenas material ou emocional ou espiritualmente. Quer transformação integral. Cativos para servir A transformação integral impacta no mundo que nos cerca e também nos nossos relacionamentos, nos nossos compromissos. Mais: nos liberta do consumismo, comportamento tão presente em nosso tempo e nos torna cativos na preservação da Criação de Deus. Cativos a Cristo, servimos ao nosso Deus libertador. Desde o Batismo, somos chamados e chamadas a essa tarefa. Batismo é ação desse nosso Deus que perdoa, liberta, salva e anseia por nosso compromisso de fé. Diz o Catecismo Menor: ‘Realiza o perdão dos pecados, livra da morte e do diabo e dá a salvação eterna a todas as pessoas que creem no que dizem as palavras e promessas de Deus. Há, pois, um mistério profundo que envolve o Batismo. Mistério que é graça pura! É graça cara – não é graça barata, por isso Batismo é chamado. Também é compromisso: ser Sacerdote e Sacerdotisa a anunciar a ação libertadora do nosso Deus e proclamar a palavra da libertação que custou a vida de Cristo. Compreender esse chamado é o desafio. Pela fé, transformados por essa cara graça, podemos assumir o compromisso. Deus diz: Eu sou o Senhor, teu Deus!

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FÉ LUTERANA

No sofrimento, Deus caminha ao nosso lado Diac. Vilma Linda Reinar | Diretora da Casa Matriz de Diaconisas, em São Leopoldo/RS Afirmar que Deus caminha ao nosso lado no sofrimento é reiterar a confiança que Ele escreve a história com pessoas e povos pela sua presença. Afirmar que Deus caminha ao nosso lado no sofrimento é crer que Deus Emanuel se manifesta de forma diaconal junto aos seus, em momentos de clamor e sofrimento. Mesmo assim, surge a pergunta Por que isso está acontecendo comigo? Podemos encontrar respostas em algumas histórias bíblicas, como a de Agar. Deus esteve ao seu lado quando ela estava chorando, sofrendo no deserto, sem saber qual seria o rumo da sua vida. Deus também acompanhou José, quando foi vendido pelos seus irmãos, preso injustamente e esquecido na prisão. José não se tornou uma pessoa amarga e revoltada, mas confiou que Deus estava ao seu lado neste sofrimento e que iria intervir em tempo oportuno. Assim, mais tarde, pôde reunir novamente a sua família. Deus viu o sofrimento do povo hebreu, que, longe da sua pátria, foi submetido a trabalhos forçados, designando Moisés a conduzi-lo pelo de-

serto até a terra prometida. Durante o dia, o guiou por uma nuvem e, durante a noite, por uma coluna de fogo. Também deu alimento e água a todos. Deus assistiu Davi em seu sofrimento, que, nos Salmos (3 e 4), o invoca como o Deus da justiça que fez aliança com seu povo. Nem sempre as pessoas mostram

No discipulado de Cristo, não podemos nos esquivar de ouvir o clamor pela prática da Diaconia, parte do desafio e do testemunho da Comunidade Cristã. aceitação ou resignação ante o sofrimento. Há situações que facilmente levam à rebeldia e ao questionamento, como podemos perceber em muitos Salmos ou na história de Abraão e de Moisés. Também Jó não esteve sempre conformado com a sua situação. Como, então, reagir ao sofrimento? Em Jesus, Deus revelou o seu amor,

que cria e mantém uma relação de comunhão com Ele e com os nossos semelhantes. Jesus foi o Diácono por excelência, que fez da luta contra o sofrimento a marca constante do seu Ministério. Quando olhava a multidão exausta (Mt 9.36), Jesus via os enfermos (Mt 14.14) e os que estavam com fome (Mc 8.2), compadeceu-se. Jesus também atendeu os gritos dos discípulos que estavam com medo (Mc 4.35-41). Ante a dor de uma viúva, Jesus chora (Lc 7.13) e, para aliviar o sofrimento, não se constrange em discutir com as autoridades sobre as leis do sábado, expondo a sua vida (Mc 2 e 3). Diante do próprio sofrimento Jesus mostra a sua fragilidade humana. No entanto, Deus o ampara. No discipulado de Jesus Cristo, não podemos nos esquivar de ouvir o clamor pela prática da Diaconia. Ela faz parte do desafio e do testemunho de toda a Comunidade Cristã. Se, de um lado, há sofrimento, do outro, temos Deus, que nos sustenta para que possamos prosseguir na vida. Para refletir, leia Isaías 41 e 51

Na liberdade, Deus nos compromete para uma nova vida Jorn. Martina Wrasse Scherer | Coordenadora do Conselho Nacional da Juventude Evangélica (Conaje) Outubro sempre teve significado especial para nós, pessoas luteranas. Em 2018, primeiro mês de outubro dos outros 500 anos, também demanda atenção, porque é um mês fundamental para o futuro do nosso país, que nos faz refletir e olhar – com comprometimento – para os próximos anos. É o mês em que poderemos, a partir das Eleições gerais, participar da construção do nosso Brasil. O nosso direito de escolha, de voto, é assegurado por lei. Para isso, temos liberdade: ter as nossas opiniões e escolher quem irá nos representar. A história mostra que a democracia e a conquista do direito ao voto foram processos que custaram caro a nós, cidadãs e cidadãos brasileiros. Por esse motivo, devemos levar essa liberdade a sério. Ela nos compromete com a busca por transformações positivas na nossa sociedade. Assim como a liberdade democrática, a liberdade a nós proporcionada por Deus também não veio de graça. O apóstolo Paulo nos ensina que, para a liberdade, foi que Cristo nos libertou (Gl 5.1a). Foi a partir da morte de Jesus Cristo na cruz e de sua ressurreição que nos tornamos verdadeiramente livres. Paulo, em sua carta, continua: ...por isso, continuem fir-

mes como pessoas livres e não se tornem escravos novamente (Gl 5.1b). O que nos reprime, deixa com medo e nos escraviza nos dias de hoje? As perseguições pelas quais passaram as primeiras pessoas cristãs? O medo e as repressões resultantes da venda de indulgências na Idade Média? Somos pessoas escravas de quê e de quem? A liberdade cristã, assim como a liber-

A liberdade cristã nos compromete com a pessoa próxima, pois um mundo todo lá fora carece de atenção, cuidado e amor de Deus. dade democrática, também nos compromete: a perceber e denunciar situações de injustiça, repressões e medos e a olhar a pessoa próxima com compaixão. Nos nossos dias, muitas pessoas são aprisionadas pelo preconceito, pela ganância e pelo ódio. Há quem viva preso a falsas imagens de um Deus opressor. Há quem sofra com a ausência de diversas liberda-

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des: são vítimas da omissão e da falta de assistência da esfera pública, que acarreta na supressão dos direitos básicos de cada ser humano e na ausência total de vida digna. A liberdade cristã, que nos compromete com a pessoa próxima, não deve ser argumento para pensarmos unicamente em nós, em nossos problemas e em nossos desejos, enquanto um mundo todo lá fora carece de atenção, de cuidado e do amor de Deus. Tanto a liberdade democrática quanto a liberdade dada por Deus nos comprometem com a mudança. É aí que elas se entrelaçam. Sejamos sinais do amor de Deus nesse mundo, marcado pela escravidão e por privações de liberdades, a partir da busca por justiça e por dignidade de vida para todas as pessoas, por meio de palavras e ações, inclusive, nas urnas. Não podemos usar da liberdade de Cristo para escravizar e oprimir. O Deus no qual cremos não é opressor, autoritário nem propaga ódio. Como pessoas justificadas por graça e fé, não fiquemos presas às amarras que, um dia, já nos prenderam e libertemos outras pessoas, a partir da dignidade de vida. Para refletir, leia Mateus 25.31-45


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PERSPECTIVA

Museu: espaço para reflexão e educação Herança cultural de uma sociedade Profa. Dra. Ema Marta Dunck Cintra | Docente no Instituto Federal de Mato Grosso A Lei 11.904/2009 diz que ‘Museus são instituições que conservam, investigam, comunicam, interpretam e expõem, para fins de preservação, estudo, pesquisa, educação, contemplação e turismo, conjuntos e coleções de valor histórico, artístico, científico [...]’. As várias definições encontradas sobre Museu têm aspectos em comum: a apresentação da herança cultural de uma sociedade e o papel reflexivo e educativo que ele proporciona. Isso é perceptível quando visitamos os diversos museus que há no país. Um exemplo é o que trata sobre a vinda dos imigrantes. Os registros das dificuldades e dos desafios enfrentados naquela época nos provocam a pensar na coragem de homens e mulheres que atravessaram oceanos para tentar a vida em um lugar totalmente desconhecido. Contemplar fotos e conhecer as histórias permite que viajemos no tempo e possibilita sentir um pouco do que viveram muitos daqueles que são nossos antepassados. Já as memórias do período escravocrata são mais perversas. Imagens e objetos que retratam como ocorria o tráfico de escravos, de como serviam aos seus donos, as condições de trabalho e de moradia são de arrepiar. Tratados como mercadoria e considerados animais, a vida deles não tinha valor nenhum e sobre eles tudo poderia ser feito. O que é pior: o trabalho árduo por

mais de 300 anos na construção do Brasil raramente é lembrado. Outros registros, como o da Ditadura e das atrocidades que ocorriam contra homens e mulheres que lutavam pela Democracia são cruéis. Se refletíssemos verdadeiramente sobre o que a Ditadura fez, não teríamos torturadores nos representando politicamente. Nessas duas categorias de Museu, as memórias são doloridas. Se Museus são espaços para reflexão e educação, se servem para se pensar no presente à luz do passado, podem nos ajudar a não repetir os erros cometidos. Então, sugiro, além desses dois últimos retratados, que se construa um sobre a corrupção. É hora de escancarar aquilo que nos acompanha desde a colonização, que continua nos assombrando e desviando recursos do país. Expondo essa vergonha em Museu, quem sabe sirva para despertar novas atitudes nas pessoas. Assim poderíamos pensar na construção de uma sociedade isenta dessa herança cultural nefasta, uma sociedade em que haja a correta aplicação dos recursos a favor de toda a população, garantindo a ela os serviços básicos, fundamentais para uma vida digna. Em Provérbios 13.16, temos a seguinte orientação Em tudo o homem prudente procede com conhecimento, mas o tolo espraia a sua insensatez.

É por meio de Cristo que somos aceitos por Deus, nos tornamos o povo de Deus e somos salvos. 1Coríntios 1.30b

O crente traficante A presença religiosa está mudando... P. Dr. Oneide Bobsin | Docente na Faculdades EST, em São Leopoldo/RS Senhor, eu lhe peço proteção para mim, mas para os meus amigos. Que os livre da morte, Senhor, que eles não sejam mortos covardemente e que não matem nenhum policia que venha atacar a nossa favela. Em nome de Ti, Senhor, é só o que peço. Agora vamos orar uma oração que todos conhecem e que serve para todas as religiões: Pai nosso que estais nos céus... Esta oração, feita por um traficante, começa pedindo ao Senhor que a sua vida ‘torta’ sirva para ajudar as pessoas a terem uma vida ‘direita’ e melhor. A Oração de Traficante é o título de um livro da Professora Christina Vital da Cunha, que esteve recentemente na Faculdades EST, em São Leopoldo/RS, fazendo uma palestra. O livro retrata igrejas e religiões em regiões pobres do Rio Janeiro e São Paulo. Ela teve um convívio intenso nestas regiões por mais de uma década. Conversou com moradores, lideranças religiosas e sociais, padre, freiras, pastores e pastoras evangélicos. Também entrevistou traficantes que dominam tais regiões, iguais as que temos em São Leopoldo e outras cidades brasileiras. O livro mostra como a presença religiosa foi se modificando. A presença católica já fora muito mais forte. A presença dos cultos de origem africana perdeu muito espaço. Centros de Umbanda são atacados por traficantes evangélicos. A presença da umbanda diminuiu bastante. Nas últimas décadas, a presença evangélica pentecostal cresceu muito.

A presença de evangélicos pentecostais e de outras ramificações mais recentes influenciaram os traficantes, alguns poderosos. Alguns se converteram. Outros vivem o dilema da oração que inicia esse texto: oram a Deus por todos, mesmo que vivam uma vida torta. A conversão não alcança a todos, mesmo assim estão nos cultos destas novas igrejas que vemos na nossa TV aberta. Há décadas, o mesmo processo aconteceu com o futebol. Nos anos 60, evangélicos pentecostais e outros protestantes viam no futebol a presença dos demônios. Ficar olhando jogo e não ir ao culto era considerado pecado mortal. Cinco décadas depois, temos os Atletas de Cristo. Eles estão nos grandes clubes brasileiros e ganham muito dinheiro. O que era do demônio, hoje é de Deus. A Pesquisadora soube daquela população que vive entre a repressão da Polícia e dos traficantes o ‘dízimo’ do traficante para a sua igreja (em torno de 2.400 reais). Em outras palavras, a igreja passa a ser uma lavanderia de dinheiro sujo (não só do tráfico). Na cruz, Jesus estava ladeado por dois criminosos. Aquele que reconheceu em Jesus o Justo, ouviu a promessa: hoje estarás comigo no paraíso. As pessoas que anunciam as palavras de perdão em nome de Cristo podem estar entre bandidos e traficantes, a fim que lhes seja anunciado o Evangelho. São os doentes que precisam de Médicos. Afinal, Jesus nos lavou dos pecados, mas não lavou dinheiro sujo. Judas é prova disso! Para mais informações, acesse o Portal Luteranos

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MISSÃO

Qualificação da Ação Missionária (parte 3/5) P. Dr. Pedro Puentes | Secretário de Missão Fundo de Solidariedade a Campos de Atividade Ministerial Até fins de 2017, era administrado o Fundo de Solidariedade a Campos de Atividade Ministerial (CAMs) com dificuldade de manutenção. O mesmo tinha sido aprovado no XXVIII Concílio da Igreja (2012), com previsão de duração máxima de cinco anos (2013-2017). Considerando o vencimento do prazo deste Fundo, o Conselho da Igreja, em julho de 2017, decidiu pelo seu encerramento. No período da sua existência, o Fundo auxiliou 55 CAMs em 13 Sínodos. Na reunião de novembro de 2017, o Conselho da Igreja decidiu que os recursos que constituíam o Fundo de Solidariedade a CAMs, formado com base em 2% do valor do Dízimo destinado ao Orçamento Central, pas-

Projetos Missionários Secretaria de Missão da IECLB Santa Fé do Sul/SP Paranapanema Santa Fé do Sul é uma cidade localizada no Noroeste Paulista, atualmente, com 31.578 habitantes, dos quais 92% residem em perímetro urbano. A base econômica do município, que faz divisa com os Estados do Mato Grosso do Sul, Goiás e Minas Gerais, é formada pela criação de peixes, pelo turismo de pesca e pela agricultura. A presença da Faculdades Integradas de Santa Fé do Sul faz circular uma população de 4 mil estudantes. Nesse contexto, surgiu uma Comunidade há 16 anos, por meio da Missão Zero. Após um período conturbado, a Comunidade está em um processo de revitalização. Hoje, no templo construído com a ajuda da Obra Gustavo Adolfo (OGA), ela promove ações pontuais de formação de lideranças, discipulado, desenvolvimento comunitário, evangelização, visitação, entre outras. Espera-se que essa maior presença na cidade traga resultados para o fortalecimento da Comunidade com vistas à sua autonomia.

sariam a compor um novo Fundo para o Fortalecimento da Ação Missionária. Área Missionária na Região Norte e Nordeste Em relação ao acompanhamento da Ação Missionária na antiga Região Missionária Luterana Nordeste a Belém (RMLNB), a Secretaria de Missão continua a acompanhar as Comunidades de Salvador/BA até Belém/PA, hoje organizadas como União Paroquial Norte Nordeste e que mantém vínculo com o Sínodo Espírito Santo a Belém (SESB), bem como a Área Missionária Luterana Sertão Nordestino (AMLSN), vinculada ao Sínodo Brasil Central (SBC). Em conjunto com os Sínodos, o Programa tem incentivado, acompanhado e

qualificado o Planejamento Missionário em cada uma destas instâncias. Em relação à AMLSN, o Programa promove a parceria entre a Missão Zero e o Sínodo Brasil Central, com vistas à maior cooperação. Há um crescente anseio desta região em dispor de um centro de reflexão e formação com vistas à implementação de uma Ação Missionária mais próxima e contextual à sua realidade.

Planejamento Missionário P. Altemir Labes | Secretário Adjunto para Missão e Diaconia da IECLB Os Dados Estatísticos são um retrato da Comunidade. Quando maior a exatidão na hora da coleta e do registro da informação, mais nítido este retrato se torna. O que fazer, então, com este conjunto de informações? É natural que haja resistências em analisar os dados, pois eles revelam desafios missionários importantes, como, por exemplo: o número de jovens geralmente é muito maior que o número daqueles envolvidos no grupo de jovens da Comunidade. O que fazer diante do dado estatístico? Uma opção é convidar os membros do grupo de jovens para uma reunião com

o Presbitério e levantar com eles opções para envolver mais jovens nas atividades da Comunidade e oferecer mais espaços para que se sintam acolhidos pela sua Comunidade. Dados Estatísticos, portanto, não são apenas dados para ficarem restritos a uma folha de papel. Eles desafiam. Eles clamam por tomada de atitude. Eles desalojam. Eles desinstalam! Deixemo-nos desafiar pela informação que os Dados Estatísticos nos trazem. Eles são subsídio importante para que nos tornemos Comunidades cada vez mais atrativas, inclusivas e missionárias.

Projeto Missionário São João Batista Campanha Nacional de Ofertas para a Missão Vai e Vem | Secretaria de Missão da IECLB São João Batista/SC Sínodo Vale do Itajaí O município de São João Batista tem uma população de mais de 30 mil habitantes e é conhecido como a capital catarinense do calçado. Distante 25 quilômetros de Brusque/SC, a Comunidade de São João Batista pertence à Paróquia Unidos em Cristo, de Brusque. Ela começa a sua história a partir dos anos 1990, com a chegada das primeiras famílias luteranas vindas da região calçadista do Rio Grande do Sul, quando celebrações e estudos bíblicos passam a acontecer em casas de famílias. Atualmente, a Comunidade reúne-se em uma sala comercial alugada. O objetivo do Projeto Missionário é a consolidação da Comunidade por meio do fortalecimento da mesma. Para tanto, a Comunidade de São João Batista, que vai ao encontro das pessoas luteranas e não luteranas, realiza a sua ação missionária pela proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, em palavras e ações. Também, pelo viver Comunidade como alternativa concreta para o exercício da espiritualidade e da vivência religiosa. Desta forma, ela espera alcançar o seu crescimento, o seu fortalecimento e a sua sustentabilidade.

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PRIORIDADES

Prioridades de Gestão: Programas de Acompanhamento Acompanhamento a Ministros e Ministras (parte 2/2) P. Marcos Bechert | Secretário do Ministério com Ordenação da IECLB O seminário O que é necessário para o Ministério na IECLB, com alegria e em boas condições, proporciona um espaço de reflexão sobre a construção da identidade Ministerial e sua relação com a biografia pessoal, bem como sobre diferentes noções e significados em relação ao exercício do Ministério na IECLB. Celebração A celebração do Jubileu de Prata de Ordenação de Ministros e Ministras oferece a possibilidade de convivência, reflexão, comemoração e reafirmação da vocação Ministerial. As pessoas participantes expressaram que foi importante perceber a Direção da IECLB presente e preocupada com Ministros e Ministras e as suas famílias. Formação Na área da Formação Contínua, o Programa ofereceu os seguintes Seminários: a) Período Probatório, b) MQF – Curso de Capacitação de Liderança, c) Curso Básico em Mentoria Ministerial, d) Vocação e a busca por equilíbrio entre o pessoal e o profissional no Ministério. Ministério como chamado de Deus e realização pessoal, e) Criado à imagem de Deus e chamado, chamada para ser Ministro e Ministra na IECLB e f) Biografia e a construção da identidade profissional. Mentoria Ministerial Quando perguntadas se acreditam que o Curso Básico em Mentoria Ministerial atendeu o objetivo específico do Programa em relação à formação contínua (Cuidar, fortalecer e qualificar o Ministro e a Ministra para o exercício do Ministério com vistas à Missão da IECLB, oferecendo possibilidade de formação contínua para desenvolver os dons e as competências requeridas do Ministro e da Ministra para que realize bem a Missão da IECLB), as pessoas participantes relataram

que o conteúdo do curso proporcionou conhecimento e capacitação para a Mentoria. Estas ofertas propiciaram formação e capacitação com vistas ao exercício de Acompanhamento Ministerial, objetivando o autoconhecimento, o desenvolvimento pessoal, o trabalho em equipe e oferecendo instrumentos para a melhor gestão do acompanhamento. Foram temas de estudo: a) A postura pessoal no exercício da liderança, b) O estilo de liderança em equipe, c) A mediação e resolução de conflitos e d) O planejamento e a organização na área pessoal e ministerial. Comunhão Na área da Comunhão, foram desenvolvidos os seguintes Seminários: a) Pré-aposentadoria – E agora, José? E agora, Maria?, b) Celebração de Jubileu de Ordenação, c) Após a Aposentadoria Ministerial e d) Meu tempo, minha vida e Ministério – falar e ouvir. Estes Seminários oferecem um ambiente para troca de experiências e espaços para reflexão teórica que ampliam o entendimento e auxiliam no manejo de situações difíceis.

PastoralKolleg A PastoralKolleg integra o programa de parceria entre Ministros e Ministras da IECLB com outras Igrejas. Em agosto de 2017, aconteceu uma nova integração com a Igreja de Hannover, na Alemanha, com a qual a IECLB mantém comunhão de púlpito e altar. O programa aprofundou temas da Reforma e propiciou a participação nos festejos dos 500 anos, incluindo visita à exposição mundial na Lutherstadt Wittenberg. Resultados O Programa está ampliando uma das Prioridades de Gestão, O cuidado com as pessoas que integram o Ministério com Ordenação da IECLB, e propicia a oferta de Seminários e Encontros Nacionais que não eram imagináveis até há pouco, sobretudo pelos custos. O espaço de reflexão construído nos Seminários permite a redescoberta de que somos parte de um plano maior na Missão de Deus e a percepção que é possível continuar sonhando e ter alegria e esperança no exercício do Ministério com Ordenação.

Publicações | O Amigo das Crianças Desde 1937, o periódico O Amigo das Crianças divulga o Evangelho de forma interativa e divertida. A partir de histórias bíblicas, histórias de vida e atividades, as crianças descobrem valores evangélicos importantes para a vida pessoal, familiar, escolar e comunitária. Para subsidiar Professores, Professoras, Orientadores e Orientadoras no trabalho com crianças, são disponibilizadas Propostas Metodológicas via Portal Luteranos. A Revista O Amigo das Crianças tem periodicidade bimestral e a sua elaboração tem como base o Plano de Educação Cristã Contínua da IECLB (PECC). Trecho de O Amigo das Crianças

Que todo o meu ser louve o Senhor e que eu não esqueça nenhuma das suas bênçãos! Salmo 103.2

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GESTÃO

Corpo IECLB | Gestão Administrativa Secretaria Geral da IECLB Como organização de direito privado, sem fins lucrativos, a IECLB dispõe de quatro órgãos, que são: o Concílio da Igreja, o Conselho da Igreja, a Presidência e a Secretaria Geral. Nesta edição, trataremos sobre o Conselho da Igreja. O Conselho da Igreja (CI) é órgão deliberativo e de fiscalização. Como tal, atua em caráter supletivo ao Concílio, exerce o controle das atividades administrativas da IECLB e, nos termos da Constituição, decide sobre os conflitos de caráter normativo, mediante consulta ou recurso por parte das instâncias inferiores da Igreja. É composto de um representante de cada Sínodo, eleito em Assembleia Sinodal, com Mandato de quatro anos, permitida uma reeleição nos casos em que não haja impedimento técnico em virtude da alternância. A Composição do CI se dá na proporção de dois terços de lideranças não ordenadas e de um terço de Ministros ou Ministras. O Pastor Presidente, os Pastores Vice-Presidentes e o Secretário Geral têm assento nas Reuniões Ordinárias do Conselho da Igreja e, nas extraordinárias, quando convidados, com direito a voz, porém sem direito a voto. O CI reúne-se ordinariamente três vezes ao ano, por convocação do seu Presidente, e funciona com a presença da maioria absoluta, tomando as decisões pelo voto da maioria dos presentes. O CI elege dentre os seus membros uma Diretoria, composta por um Presidente e um Secretário, além dos respectivos Vices, com Mandato de dois anos, podendo ser reeleitos. A nova Diretoria, eleita para o biênio 2018-2020, na Reunião realizada em 26 e 27 de julho de 2018, ficou assim composta: Presidente – Anelize Marleni Berwig (Sínodo Rio Paraná), Vice-Presidente – Roberto Boebel (Sínodo Vale do Itajaí), 1ª Secretária – Débora Eriléia Pedrotti Mansilla (Sínodo Mato Grosso) e 2ª Secretária – Marli Seibert Hellwig (Sínodo Norte Catarinense). As Resoluções do Conselho da Igreja são numeradas e publicadas no Boletim Informativo da IECLB. Para mais informações, acesse o Portal Luteranos

Guia para o Presbitério Todas as atribuições conferidas aos Presbitérios em todos os níveis da Igreja Cristã, previstas em Estatutos e outros Documentos Normativos, decorrem do mesmo princípio – o zelo pelo rebanho. Com isso, as lideranças têm a função de olhar para as pessoas da Comunidade, procurando perceber onde estão as aflições e as carências. O alvo é que a Comunidade no seu todo experimente a Boa Nova do Evangelho em todas as suas dimensões, desde a criança, que ouve as primeiras histórias bíblicas, até a pessoa idosa, que requer gestos e palavras de cuidado, consolo e ânimo. Presbitério que assim entende a sua tarefa é bênção para a Comunidade, pois essa percebe que existe direção, sensibilidade e disposição. Essa postura contagia positivamente os membros, que passam a sentir-se bem para ‘pegar junto’. Disposição para servir não é sinônimo de ausência de problemas. Mesmo o Presbitério mais engajado e unido os terá pela frente. Entretanto, para um Presbitério com disposição para servir, até os grandes problemas tornam-se menores.

Documentos Normativos Acima de todos os Documentos Normativos da IECLB está o Mandato de Deus, tendo como base a Bíblia e os Escritos Confessionais. A Constituição, o Regimento Interno, o Guia Nossa Fé-Nossa Vida, o Documento Justiça e Ordem, o Estatuto do Ministério com Ordenação da IECLB são normas nacionais, eclesiasticamente válidas para todos os Sínodos, as Paróquias, as Comunidades, os Ministros, as Ministras, as lideranças leigas e demais membros. Todas as normas adicionais são elaboradas a partir dos princípios constantes nesses documentos e a eles estão sujeitas eclesiasticamente. A Constituição da IECLB, por exemplo, estabelece que a Presidência é composta pelo Pastor Presidente (Pastora Presidente) e pelos Pastores 1º e 2º Vice-Presidentes (Pastoras 1ª e 2ª Vice-Presidentes), eleitos pelo Concílio, com Mandato de quatro anos, desde que tenham, no mínimo, dez anos de comprovada experiência no exercício do Ministério na IECLB, sendo permitida uma reeleição para o mesmo cargo. O Pastor Presidente exercerá o Mandato de forma compartilhada com os Pastores Vice-Presidentes e terá, entre outras, as atribuições de: a) coordenar a atividade eclesiástica da IECLB, zelando por sua unidade e identidade confessional, b) estar em sintonia com todas as áreas da Igreja, c) ordenar Ministros e Ministras da IECLB, podendo delegar esta atribuição, d) supervisionar os órgãos administrativos da IECLB, e) exercer as relações da IECLB com outras entidades religiosas e civis e com os órgãos públicos e f) acompanhar os projetos de missão entre as Comunidades ou Paróquias com outras Igrejas ou instituições.


Jorev Luterano - Outubro 2018

SÍNODOS

Especial Concílio 2018 Obrigações de Delegados e Delegadas no Concílio XXXI Concílio da Igreja | 17 a 21 de outubro - Paróquia Cristo Redentor de Curitiba - Sínodo Paranapanema

Conheça as obrigações dos Delegados e das Delegadas no Concílio, órgão deliberativo máximo da IECLB: - Fixar as diretrizes que assegurem, entre as Comunidades, as Paróquias e os Sínodos, a unidade doutrinária e a identidade confessional da IECLB: não é uma pessoa ou uma Diretoria que define o que determinam a unidade doutrinária e a identidade confessional da Igreja. É um Concílio inteiro, embasado nas manifestações dos Sínodos, das Paróquias e das Comunidades. Quem não concordar, pode se manifestar por meio dos canais competentes, os Conselhos e as Assembleias. - Estabelecer os Planos de Ação para atuação da Igreja no território brasileiro e para a sua atividade missionária no exterior: existem 18 Planos de Ação, um em cada Sínodo, decididos e votados pelas Assembleias Sinodais para a área do Sínodo. Os Planos Sinodais estão ligados uns aos outros, porque existe um Plano Geral, fixado pelo Concílio. Quando a decisão é tomada em Concílio, ela deve ser en-

globada em todos os Planejamentos Sinodais, caso do Plano de Ação Missionária da IECLB. - Promover o debate e a reflexão sobre os temas fundamentais de interesse da Igreja, visando a fortalecer e aprofundar a comunhão entre Comunidades, Paróquias e Sínodos na sua ação evangelizadora, missionária, diaconal e catequética: Setores de Trabalho, Instituições, Comunidades e Paróquias têm no Conselho e na Assembleia Sinodal a instância para levar as suas preocupações, expectativas e necessidades. Da mesma forma, Sínodos, Centros de Formação de Ministros e instituições de atuação nacional têm esta possibilidade no Conselho da Igreja e no Concílio. - Propiciar condições que facilitem aos membros das Comunidades o exercício dos seus dons na Missão da Igreja, na perspectiva do Sacerdócio Geral e do Ministério Compartilhado: uma dessas condições são os recursos aprovados, via Orçamento Geral, para a Formação. Outras são políticas e normas que promovam a participação na vida comunitária.

Eleições - Eleger o Pastor Presidente (a Pastora Presidente) e os seus (as suas) Vices, o (a) Presidente do Concílio e os seus (as suas) Vices e realizar as demais Eleições previstas nos Documentos Normativos da Igreja: Delegados e Delegadas elegem o (a) Presidente do Concílio e os seus (as suas) Vices, a quem cabe convocar e coordenar o Concílio. Delegados e Delegadas também elegem o Pastor Presidente (a Pastora Presidente) e os seus (as suas) Vices, que têm como missão coordenar a atividade eclesiástica da IECLB, zelar pela sua unidade e identidade confessional, manifestar-se a respeito de questões teológicas e da atualidade, ordenar Ministros e Ministras, supervisionar os órgãos administrativos da IECLB, exercer a representação da IECLB junto a Igrejas no Brasil e no exterior, com organismos ecumênicos, entidades civis e órgãos públicos, além de outras atribuições. Os assuntos votados no Concílio são publicados no Boletim Informativo. Os trâmites dos assuntos podem ser acompanhados pelos Boletins Informativos posteriores. As pessoas interessadas também podem solicitar informações à Presidência ou à Secretaria Geral da IECLB, de acordo com o assunto que lhes compete.

- Zelar para que a ordem e a disciplina evangélica sejam observadas por Comunidades, membros, Ministros e instituições da IECLB: a ordem e a disciplina que valem para toda a IECLB foram estabelecidas por Concílios. Observar esta ordem e esta disciplina é natural para quem optou por fazer parte da IECLB, seja como indivíduo ou como instância da estrutura. Elas não podem ser desobedecidas, pois a desobediência significa uma quebra de acordo, mas podem ser mudadas. Para esta finalidade, existe um caminho, via Conselhos e Assembleias, até o Concílio. - Criar condições para que Ministros, Ministras, colaboradores e colaboradoras recebam formação adequada: para fazer frente aos seus objetivos fundamentais de propagar o Evangelho de Jesus Cristo, estimular a vivência evangélica, promover a paz, a justiça e o amor na sociedade e participar do Evangelho no país e no mundo, a IECLB necessita investir (formação e capacitação) em colaboradores e colaboradoras, sejam Ordenados e Ordenadas para o Ministério Eclesiástico ou leigos e leigas. - Alterar disposições da Constituição e do Regimento Interno e demais Documentos Normativos da IECLB: as leis que regulamentam a vida da Igreja são dinâmicas e precisam ser aperfeiçoadas continuamente. A necessidade de mudança pode começar a ser discutida em qualquer instância da Igreja, mas não pode ser a bandeira de uma única pessoa ou de um movimento. É preciso entrar em consenso com os demais para levar a ideia adiante, como em uma Assembleia Sinodal. - Aprovar a criação e a extinção de Sínodos e estabelecer critérios gerais para subdivisões e alterações das áreas que os constituem: desde a reestruturação da Igreja, aprovada em 1997, a IECLB conta com 18 Sínodos. Como a alteração geográfica de um Sínodo implica na alteração de outro Sínodo, este assunto é de competência do Concílio. - Estabelecer critérios sobre a Política de Subsistência de Ministros e Ministras: não é uma Diretoria Paroquial, Sinodal ou Nacional que define o valor da Subsistência dos Ministros. É todo o Concílio. A IECLB tem uma Política de Subsistência dos Ministros e essa é válida para toda a Igreja. - Aprovar os Relatórios Anuais do Pastor Presidente (Pastora Presidente) e do Secretário Geral (Secretária Geral), o Balanço Geral e a Proposta Orçamentária para o exercício seguinte: os Relatórios para o Concílio são as Prestações de Contas sobre os dois últimos anos. Eles informam o que foi feito e o que pode ser feito melhor. Além disso, o Concílio aprova o Balanço Geral e a Proposta Orçamentária da IECLB, elaborada pela Secretaria Geral.

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COMUNICAÇÃO

Qualificação da Comunicação Recursos Núcleo de Comunicação da IECLB Informativo da Presidência Enviado via e-mail no primeiro dia útil de cada mês subsequente ao da agenda em questão, o Informativo da Presidência consiste em uma mensagem eletrônica, com cabeçalho institucional do Tema do Ano da Igreja, uma listagem com as datas dos eventos, seguidas do título e do início do assunto em questão, além do link para acesso ao Portal Luteranos, que convida a ler o restante do conteúdo, promovendo o Portal e destacando a intencionalidade da divulgação dos conteúdos na Igreja. O Informativo alcança Sínodos, Paróquias, Comunidades, Organizações Identificadas, Ministros, Ministras e lideranças, gerando aproximação e propiciando informação aos seus públicos de interesse sobre o que está acontecendo na IECLB, por meio da divulgação dos eventos em que Fundamental é avaliar o alinhamento a Presidência se faz dos recursos de Comunicação presente. A dinâmica envolcom a Visão e a Missão da IECLB, ve o acompanhamenbem como buscar o alcance amplo e to dos eventos com a qualificado dos diferentes públicos. presença da Presidência da IECLB e, quanção da Comunicação, que faz parte das do necessário, a elaboração e a publicação Prioridades de Gestão. Em julho, o Porda referida notícia no Portal Luteranos. tal Luteranos (luteranos.com.br), principal plataforma eletrônica de comunicaÁudios e Vídeos ção da IECLB, foi o assunto destacado. A Presidência da IECLB disponibiliza Na edição de agosto, o Jorev Luterano, áudios e vídeos para datas especiais do jornal impresso e eletrônico (luteranos. Calendário Litúrgico (Páscoa, Pentecostes, com.br/jorev), com alcance nacional, disReforma e Natal) e para as Campanhas Naponível para todas as Paróquias, as Cocionais da Igreja (Tema do Ano e Vai e Vem). munidades e os membros da IECLB, figuEstes recursos audiovisuais são usados rou nas suas próprias páginas! Na edição por Ministros, Ministras e lideranças em de setembro, foi a vez de levar aos leitoCultos, Encontros Comunitários, Reuniões res e às leitoras mais informações sobre de Presbitério, além de serem compartilhaa página oficial da IECLB no Facebook, das nas Redes Sociais e veiculadas em Proa nossa fanpage: (IgrejaEvangelicadegramas de Rádios. ConfissaoLuterananoBrasilOficial). As mensagens, que buscam apresentar Nesta edição, vamos abordar quatro três conteúdo teológico consistente, divulgam recursos de comunicação bastante utilizaa confessionalidade, reforçam a unidade e dos em âmbito nacional: o Informativo da o comprometimento com a IECLB e motiPresidência, os Áudios e Vídeos, além das vam à reflexão, aproximando a Presidência Pesquisas e das Campanhas. dos membros da Igreja. Quando iniciamos a reflexão sobre Comunicação, na edição nº 813 no Jorev, de janeiro/fevereiro deste ano, falamos sobre a ideia de compartilhar fundamentos a respeito da Comunicação, possibilidades de meios de Comunicação, orientações sobre como lidar com os principais recursos e como a IECLB tem se ocupado com esta demanda em nível nacional. Nesta primeira edição, apresentamos as Diretrizes para a Comunicação na IECLB (Política de Comunicação, Fundamentos Bíblico-Teológicos, além das características e dos objetivos da Comunicação na IECLB). Em março e abril, recuperamos o que o Plano de Ação Missionária da IECLB (PAMI) estabeleceu no âmbito da Comunicação. No mês de junho, falamos sobre o Programa de Qualifica-

Pesquisas A partir da motivação do Tema 2015: Igreja da Palavra - chamad@s para comunicar e da necessidade de obter subsídios para analisar a caminhada da comunicação na Igreja, unir esforços e propor melhorias, foi realizada uma pesquisa junto a diferentes grupos da IECLB, nomeada Sobre o que vocês estão conversando pelo caminho?, em função do Lema do Ano (Lc 24.17). A pesquisa foi aplicada durante o primeiro semestre de 2015 e a participação foi de 70%, sendo que, no grupo de Pastores e Pastoras Sinodais, foi de 100%, comprovando a importância do tema Comunicação, além do reconhecimento das iniciativas e dos resultados na Área de Comunicação da IECLB. Então, considerando os ótimos resultados em termos de envolvimento, foi decidido dar prosseguimento a este tipo de interação por meio de novas pesquisas, com novos grupos e novas temáticas e ações no âmbito da Igreja. Campanhas O Núcleo de Comunicação também participa do Tema do Ano, Campanha Nacional para a Unidade, lançada anualmente no Primeiro Domingo de Advento, e da Vai e Vem, Campanha Nacional de Ofertas para a Missão, cujo período, todos os anos, vai de Pentecostes ao último domingo de setembro. Embora o gerenciamento das Campanhas não seja da responsabilidade do Núcleo, este participa de todo o processo de elaboração e execução e avaliação. Tudo inicia com um olhar para o contexto da Igreja e as demandas que vêm das bases, bem como as tarefa da Presidência em relação à orientação teológica e missionária dos seus membros e das suas instâncias. Após pesquisas e definição do enfoque que as Campanhas vão receber, estão o acompanhamento da execução da arte, a análise dos materiais de estudo, além da posterior divulgação destes e das notícias sobre o andamento das Campanhas em toda a IECLB. Fundamental é avaliar o alinhamento dos recursos de Comunicação com a Visão e a Missão da IECLB, bem como buscar o alcance amplo e qualificado dos diferentes públicos.

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Caminhos Ibéricos (Portugal & Espanha) Caminhos Germânicos (Europa Central & Reforma Luterana) Caminhos Nórdicos (Países Escandinavos) Caminhos do Leste Europeu Caminhos Romanos (Amsterdã a Roma) Caminhos das Festas (castelos, tradições e cervejarias)

Embratur nº 23.028609.10.0001-5

viajar.plan@gmail.com

51 3762.2758 / 51 98515.6668

www.planviagens.com.br


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