Jornal Evangélico - Edição Especial - Agosto 1988

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857X

Cz$ 200,00 Rua Epifânio Fogaça, 467

* São Leopoldo, RS * Ano C * Agosto de 1988 * N° 16

Um Século

de História da Bossa Imprensa


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Jornal Evangélico

Agosto de 1988

EDITORIAL

ÍNDICE

JOREV conta a história da imprensa evangélica 10 de junho de 1888 - esse é o verdadeiro dia de nascimento da imprensa evangélica no Brasil, quando foi editado o primeiro número do "Sonntagsblatt", constata o historiador Dr. Joachim Fischer, da Escola Superior de Teologia. Já para Guilherme Rotermund, neto do pastor Wilhelm Rotermund, o início da imprensa evangélica no Brasil ocorreu com o surgimento do jornal "Deutsche Post", em 18 de dezembro de 1880. Este tinha um caderno dominical chamado "Sonntagsblatt für die evangelischen Gemeinden in Brasilien". Independente dessa controvérsia, merece ser resgatada a história centenária da imprensa evangélica no Brasil. A esse desafio se lançou o JOREV no ano em que completamos os 100 anos do primeiro número do "Sonntagsblatt". Assim, mais uma vez, o JOREV cumpre seu compromisso com a história, dessa vez resgatando a memória da imprensa na IECLB. Após meses de exaustiva pesquisa e inúmeras entrevistas com pessoas, ainda vivas, que participaram dessa caminhada centenária, resultou uma edição de 80 páginas. Ao longo dessas 80 páginas o leitor ficará conhecendo os primeiros passos dados pela imprensa evangélica, os diversos jornais, almanaques e revistas que fazem parte dessa caminhada. Pela concretização dessa edição devemos agradecer à colaboração de pastores e leigos que enriquecemm a edição com artigos e informações e também às empre-

sas e poderes públicos que, mais uma vez, acreditaram em nossa iniciativa, dando seu apoio publicitário. O maior propósito da História é a construção de um mundo melhor. No caso da imprensa evangélica, poderíamos dizer que, a partir do resgate de sua história, podemos tirar algumas lições para o futuro na área de comunicação na IECLB. Depoimentos de ex-diretores e editores do JOREV e pastores presidentes da nossa Igreja nessa edição nos deixam pistas para buscar saídas para a difícil situação que o Jornal Evangélico atravessa no ano em que lembramos os 100 anos(ou mais) de imprensa evangélica no Brasil. Nesse momento histórico, o JOREV se vê seriamente ameaçado por causa da crise econômico-financeira que assola o país. Particularmente os jornais são profundamente afetados pela escalada nos custos de impressão. Nessa crise urge unir esforços para lutar pela sobrevivência. Afinal, o compromisso de preservar o jornal nacional da Igreja não é apenas dos jornalistas, mas de toda a IECLB. Para honrar o grande esforço que foi feito no passado em nossa Igreja para a publicação de jor:nais, revistas e literatura evangélica, cada geração de evangélicos precisa de novo assumir este compromisso, desafia o pastor presidente da IECLB, Dr. Gottfried Brakemeier em mensagem nesta página.

MENSAGEM DO PAS10R PRESIDENTE

Compromisso com palavra escrita cabe a cada geração de evangélicos A Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, a partir de seu compromisso com a Reforma do século 16, tem privilegiado o ensino, a educação e a formação de seus membros. Para tanto, a palavra escrita tem sido um dos mais importantes meios. Deste compromisso o jubileu centenário da imprensa evangélica no Brasil, enfocado nesta edição do Jornal Evangélico, é testemunho. Houve, em épocas passadas, um grande esforço em nossa Igreja pela pu_. blicação de periódicos, li-

vros,- revistas, enfim, de literatura evangélica. E este compromisso deverá ser assumido por cada geração de evangélicos de novo. A IECLB iria

prejudicar sua identidade, caso negligenciasse a comunicação escrita, a leitura e a comunicação em suas comunidades e entre elas. É de desejar que o Jornal Evangélico, juntamente com outros jornais congêneres, sejam sinais deste compromisso e contribuam para a edificação da Igreja de Jesus Cristo em nosso País. A Palavra de Deus, na Bíblia, deve ser lida. Da mesma forma, porém, precisamos da palavra pela qual comunicamos uns aos outros a nossa fé e os frutos da leitura bíblica.

fAPA Na década de '30, . o · ~IIJMiaasw· Somtagsblatt'' era composto' lflpresso na Tipografia Saile, em Hamburgo Velho, RS. :o-:- A foto da capa mostra uma das antigas máquinas em que o jor"~ foi impresso, jUltamente com Guido Benno Panitz, que, na época, R Mvisava··e imprimia, canf9rme matéria flesta edição, na página 76. (Foto de' VIlson e Egori) O JORNAL EVANGéLICO é uma publicação da Editora Sinodal, propriedade da Instituição Sinodal de Assistência, Educação e Cultura (ISAEC). Redação e Administração: Rua Epifânio Fogaça, 467 - Cx. P. 11 São Leopoldo - RS - Fone: (0512)92· 6366 Editor: Rui Jorge Bender (Reg. n: 4.203) Redatores: lngelore Starke Koch , Vilson Schoenell e Agnaldo Charoy Dias Correspondentes: Hugo Schmidt. (Região 3) e Cladimir Faller (Região 5) Promoção e Publicidade: Egon HHario Musskopf Arte: Marne - Assinaturas: Nadia de Carli Rocha 93001 -

Conselho de Redação: Mftton Gehrke, Otto HeRwig e pastores Silvio Schneider, Bertholdo Weber, Johannes Hasenack e Friedrich Gierus Assinatura anuat • . . • • . • • • . • • • • • • . • • . • • • • • • • • . . • • . Cz$ 3.350,00 Assinatura semestral: • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • . • • • • Cz$ 1.700,00 Serviço gráfico: Grupo Editorial Sinos S/A - Novo Hamburgo, RS. Artigos assinados são de responsabilidade de seus autores e não refletem necessariamente a opinião da Redação.

INfCIO DA IMPRENSA 1875: ano memorável para imprensa de língua alemã no RS ........... ............................ .4 Em Rotermund luteranos encontram um defensor .......... ......... .... ..... .......... ... ........... .4 Um acaso definiu nome do "Deutsche Post" ............. ... ...... ...... .. .... .... ... .. ....... ......... 6 Jornal foi forçado a tomar posição política... .. ................ ... .... ... .... .......................... 6 "Post" tornou-se parte do destino do fundador .................................... .......... ... ... .... 6 IMPRENSA EVANGÉLICA Neto de Rotermund diz que início foi em 1880................. ....... ........... ...................... 7 CADERNO DOMINICAL 10.6.1888: nascimento do "Sonntagsblatt" .... .. .... .................... .................. ...... .... .... .. 8 RIOGRANDENSER SONNTAGSBLATI 1917: nova roupagem, título e edição na capital.. ....................... .............................. lO Transtornos por causa das guerras mundiais ........................................................... 10 SURGIMENTO DO JOREV 1971: a fusão de três "menores" em um "grande'' .................................................... 12 Vai-se a "Folha" e nasce o "Jornal Evangélico" ..... .. ... ........................ .. .................. 13 IMPRENSA EM SC E PR Primeiro veículo surgiu há 92 anos ........ ............................................................... 14 O impacto das guerras .............. ......................................................................... 15 As fusões de 1963 e 1971 .............. .. .... .......... ....... ...... .. .... ................................... 15 DER HEIMATBOfE No ES, um dos veículos que originaram JOREV ..................................................... 16 A CRUZ NO SUL De jornal a boletim, um veículo que soma 52 anos ....... ........ ................................... 18 DEPOIMENTO DOS EX-PRESIDENTES Jornal nacional se impôs em 1968 .............. ................................................. . ..... . .. 20 Jornal Evangélico foi elo unificador da IECLB ............. ................................ ... ....... 21 Em 1974, Gottschald fala em 30 mil assinaturas ...................................................... 21 JOREV foi importante no esforço pela unidade ...................................................... 22 DEPOIMENTO DO ATUAL PRESIDENTE JOREV tem cumprido os anseios da Igreja .......... ......... ......................................... 23 Brakemeier atribui máxima importância à imprensa ... ...... .. ........ .............................. 24 Leitura permite formação de opinião própria .......................................................... 24 DIRETORES DO JOREV Concílio: editar um jornal nacional ....................•................................................. 26 Imprensa se entendia como a livre voz do povo ...................................................... 27 Equipe espelhava unidade e identidade própria ....................................................... 28 Idéia era maluca, mas tinha chance de dar certo ..................................................... 29 Por maior integração com IECLB e Comunidades ................................................... 30 EX-REDATORA DO JOREV Do JOREV para Alemanha. E a volta com a "quina" .............................................. 31 EDITORES DO JOREV JOREV, um espaço de resistência dos anos 70 ........................................................ 32 Jornal Evangélico é o retrato do João Teimoso ....................................................... 33 SECRETÁRIO DE COMUNICAÇÃO O JOREV é um termômetro da própria Igreja ... ......... ..... ..... .. .............. .................. 34 LOGOTIPO DO JOREV Gisela Schmeling é autora do logotipo atual.. ................................... ...................... 36 PÚBLICO ALVO Páginas específicas para as mulheres e os jovens .. .............. .. ................................... 37 A PALAVRA DO LEITOR Companheiro fiel e insepMável nas Novas Áreas ..................................................... 38 O que mais me agrada é sua postura democrática.,_................................................. 39 1° CONGRESSO WTERANO DE COMUNICAÇAO Comunicação deve ser prioridade da IECLB nos anos 90.................................... central A GRANDE IMPRENSA Membros capixabas pedem volta de "O Semeador" ................................................ .42 O Caminho: um jornal feito na base do mutirão .•................................................. .43 DEUTSCHSPRACHIGE PRESSE l.Juli 1875: Ein denkwürdiges Datum für die Presse ................................................. 44 Ein Zuffal bestimmte Namen der "Deutschen Post" ................................................. 44 JAHRWEISER Von Anfang an hatte er seine Besonderheit. .......................................................... .45 EVANGELISCHE ZEITUNG . Presse verstand sich als freie Stimme des Volkes ..................................................... .46 Kommunikation: Rückgrat der Organisation Kirche ................................................. .47 TREUER MITARBEITER n~~msRe~rr~1rf~~in jedem Haus sein ............................... ..................... 48 In fast 15 Jahren ungefãhr 350 Artikeln .... ..... ... .. ................................................. .49 A PEQUENA IMPRENSA Igreja sempre foi rica em número de publicações ..................................................... 50 Em 88, o "Amigo das Crianças" completa 50 anos .................. ................................ 50 SELEÇÕES EVANGÉLICAS Uma publicação insQirada em revistas de além-mar ...................... ............................ 51 ANUARIO EVANGELICO O sonho de Emil Dietz feito realidade em 1972....................................................... 52 Leitura "obrigatória" em todas as Comunidades .. ......... ................ ..... ......... ............. 53 A PEQUENA IMPRENSA SEI: para as lideranças ...... ... ... ........................................................................... 54 Da fusão de duas nasceu revista com nova imagem .................................................. 54 Em agosto de 79 surgia na IECLB o SID ........... .................. ........ ........... ... .......... .55 REVISTA DO CEM O propósito de frrmar-se com uma grande tiragem ................................... .............. .56 A PEQUENA IMPRENSA D~partamento de Educação e suas duas revistas ...................................................... 57 A ·Candeia: urp auxílio para orientar cristãos .......................................................... 58 Folha distrital: apenas onze edições ao todo ...... ...........................................: ......... 58 SIP: caminho ·aberto para o debate entre pastores ................................................... .59 Informativo da diaconia masculina ............................... ........ ........ ....... ........ ........ .59 Expansão geográfica do Encontrão motivou criação da revista ................................... 60 Catequistas têm um informativo: O Fermento ............................. ................. ...........60 EDITORA SINODAL Antigo Centro de Impressos foi fundado e 1927 ....... :. .... .......... .. .. ................ ...........62 Sur~em a IECLB e a ISAEC, mudam os planos .... ........... .. .....................................63 Mwto investimento, pouco retorno. E vem a crise ............................................ ........64 Livros de yso "obrigatório", o maior moyimento .................................................... .65 FUNDAÇAO ISAEC DE COMUNICAÇAO Presidente implantou administração empresarial ......... ..................... .... ............ ........ 66 Emissoras: um megafone da Igreja para o mundo .................................. .. ..... .......... 68 Comunicação cristã deve abrir espaço ao povo ................................................. ....... 69 PROGRAMAS EM TV E RADIO Programa de TV trans_mite mensagem de incentivo ....... ..... .. .................................... 70

~~~~E ~~~~~ional"

.. da nossa Igreja ........................... ............................ 71 Oito anos de Conselho de Redação ....................................................................... 71 HÁBITO DE LEITURA Nível de leitura é indicador de desenvolvimento ....... ............ ................................... 72 Só haverá leitor adulto se incentivada a criança ............. ....... .... .. ..... ............ ...... ... .. 73 PESQUISA DE OPINIÃO Em 76, quase 600!o preferiram suplemento alemão .... ...... ......................................... 74 ~~~~oria dos leitores morava nas cidades ...................................................... 75 Casal envolvido na composição até distribuição .................... .............. ........... ......... 76 SUPLEMENTOS DO JOREV Nova Paisagem desde 79; Regional 3 desde 81.. ............... ... ............. .. ..... ......... ....... 77 PROPAGANDA NO JOREV Por que veiculamos propaganda em nosso jornal.. ......... ... , ................................... .. 78 Problemas de ordem financeira e de fama adquirida .................................·............... 79


VOCÊ QUER CONHECER UMACIDADE? Olhe para o seu jornal. _ VOCÊ QUER CONHECER UMA IGREJ~? Olhe para o seu jornal. I

Um jornal é espelho que reflete a vida, o dia-a-dia daqueles a quem serve. Olhando, lendo, analisando um jornal, você conhecerá o povo a quem ele serve. Pelo jornal você saberá o que aqueles que o lêem .pensam, sabem, desejam, acreditam, esperam. Pelo jornal você pode conhecer e saber tudo, pois ele existe em função única e exclusiva dos seus leitores. E você, leitor, é a razão de ser do jornal. Sem você, ele nem precisa existir.

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Agosto de 1988

Jornal Evangélico

________________ (~_I_ N_ íC_IO__ DA__ IM_P_ RE_N_~__)________________ Nas páginas 4 e 6, cinco matérias extraídas do capítulo "Die Zeitung,, do livro "Dr. Rotermund - Ein Kampf um Recht und Richtung des

evangelischen Deutschtums in Südbrasilieu,,, do Dr. Erich Pausei. Tradução de l.nís Marcos Sander.

1875: um ano memorável Em Rotermund luteranos para imprensa de língua encontraram defensor alemã no Rio G. do ·Sul dos seus direitos O dia 1° de julho de 1875 é uma data memorável para a imprensa de língua alemã no Rio Grande do Sul. No mesmo dia, o até então redator do "Volksblatt" (Folha Popular) católico, Dillenburg, passou seu jornal para os jesuítas, e na mesma . cidade de São Leopoldo, a apenas algumas quadas de distância, o pastor evangélico Dr. Wilhelm Rotermund assumiu a redação do jornal "Bote" (Mensageiro}, em lugar do até então redator Curtius. Por ocasião deste acontecimento, o "Volksblatt" observou: "Na imprensa alemã local estarão representadas fundamentalmente três tendências diferentes: a jesuítica-ultramontana através do 'Volksblatt', a ortodoxo-evangélica através do 'Bote', a aconfessional dos livrespensadores através do 'Deutsche Zeitung.... Nisto consistia toda a imprensa teutobrasileira de então. Antes de 1852, nem sequer se publicavam jornais alemães independentes. Um certo desenvolvimento teve início quando,em 1864, Koseritz assumiu o "Deutsche Zeitung" (Jornal Alemão) em Porto Alegre. Mas, também em 1875, nenhum dos três jornais tinha uma tiragem superior a 500 exemplares. No entanto, como os jornais eram lidos por várias famílias em conjunto, sua influência era maior do que se poderia esperar a partir da baixa tiragem. ATAQUE PÚBLICO Desde que Koseritz havia se afastado dos evangélicos, estes tinham que aturar todo e qualquer ataque público dirigido contra eles. Mesmo que pudessem se manifestar a toda hora nas cartas de leitores estampadas no "Deutsche Zeitung", tais protestos partidos de uma cantinho tinham pouco êxito. "O 'Bote', porém", escreveu o Dr. Rotermund nos primeiros meses em São Leopoldo, "quase não precisa ser mencionado; leva uma vidinha miserável, restringindo-se, por causa da limitação do redator, a crimes e mexericos!' Antes de o Dr. Rotermund ser enviado ao Brasil, o pastor Wegel havia expresso, repetidas vezes, o desejo de que se criasse um semanário cristão no Rio Grande. O Comitê de Barmen considerava muito oportuna a fundação de tal publicação,

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e o Dr. Rotermund foi exortado a assumir a redação de tal revista assim que chagasse ao Brasil. Aqui, porém, ele reconheceu que a realidade colocava outras exigências. Era mais importante e mais promissor conseguir um jornal geral e já implantado e, com ele, conquistar a posição perdida. Este raciocínio estava perfeitamente correto. A folha dominical teria que se desenvolver a partir do jornal, e não este a partir daquela. Só se podia obter influência junto à opinião pública através do jornal, que se dirigia também aos indiferentes e aos inimigos, não apenas aos amigos da Igreja. - Portanto, também a atividade jornalística do Dr. Rotermund resultou de uma missão imediata, que ele apenas modificou de um modo sensato e correspondente à situação brasileira.

Quando publicou o primeiro número do "Bote'', o Dr. Rotermund escreveu seu programa bem no início, com uma frase: "Thdo o que apresentaremos aos leitores estará escrito no espírito da formação teuto-evangélica". O vizinho colega de ministério, o pastor Collrnann, de Porto Alegre, o ajudava a redigir o jornal. Após duas semanas, estava em andamento uma batalha total. O Dr. Rotermund tinha realizado o inesperado, e defendia seu pro-

POLÍTICA CULTURAL Em pouco tempo foi obrigado a reconhecer que um jornal não podia dirigirse unicamente aos membros da Igreja: ele tinha que lutar e fazer propaganda; tinha que ser utilizado na luta pela igualdade de direitos religiosos e, caso necessário, étnicos. Além de sua tarefa religiosa e de sua atitude evangélica fundamental - de que o Dr. Rotermund jamais se desviou -, o jornal tinha um incalculável significado étnico e de política cultural. O elemento germânico e o evangélico juntaram-se e formaram para ele, em grau crescente, uma unidade vital, por cuja existência era preciso lutar justamente no jornal. Deve ter sido muito doloroso para o Dr. Rotermund o insistente desejo que lhe foi expresso em 1904, por ocasião da filiação de sua comunidade ao Conselho Superior Eclesiástico, por parte de sua mais alta autoridade, no sentido de entregar a redação, "tendo em vista o caráter do mencionado jornal, que, ao que nos cons- · ta, é mais político do que religioso". É trágico quando um homem é incompreendido dessa maneira em todo o seu trabalho justamente pelas pessoas que mais deveriam tê-lo compreendido. Ele teve que perseverar, e só em 1912 pôde passar o jornal para um de seus fllhos.

Rotermund exibia uma fogosa combatividade em sua atividade jornalística

grama com agudo rigor. Os evangélicos não estavam mais encerrados em seu cantinho; em pouco tempo estavam envolvidos em tamanha luta por seus direitos adormecidos ou desprezados, que de modo geral se considerava o Dr. Rotermund o perturbador da paz, embora ele apenas tivesse posto subitamente fim à falsa paz. Colocou os católicos e os adeptos de Koseritz em seus devidos lugares e abordou em seus artigos quase todas as questões decisivas de sua época. Não obstante sua chamejante ira, porém, em geral o Dr. Rotermund se expressava de modo mais moderado do que seus dois adversários. O redator iniciante certamente estava à altura de seus adversá-

rios em termos de quantidade e qualidade dos artigos. De repente, Roterrnund setornara um dos homens mais conhecidos e controvertidos. Os evangélicos tinham encontrado um defensor de seus direitos tão brioso e inflexível que eles próprios ficaram com medo dos resultados de tudo aquilo, pois não haviam sido educados para lutar. FOGOSA COMBATIVIDADE O maior incômodo sentia o senhor Julius Curtius, proprietário do "Bote'', que já começou a temer por seu jornal. Por isso, contrariando o contrato, que previa um aviso prévio de três meses, Curtius demitiu seu redator "por razões que talvez esclarecesse mais tarde''. "Agora", escreve mais tarde o redator demitido, "nós, alemães e cristãos, não tínhamos nenhum órgão de defesa em meio ao grande público, e os pastores tiveram que continuar a se deixar tachar de idiotas, vigaristas e esfoladores!' · · Isto significou inicialmente um revés em relação ao qual Rotermund, com sua fogosa combatividade, não estava de todo isento de culpa. Mas os novos ventos por ele trazidos valiam mais do que excessiva cautela. Os evangélicos não deveriam ficar intimidados e medrosos, senão as sombrias profecias sobre seu naufrágio acabariam se cumprindo. Agora as frentes estavam mais claras do que nunca, embora por enquanto o Dr. Rotermund estivesse se condenado ao silêncio. O "Bote'' voltou aos velhos trilhos, foi fortemente mobilizado éontra Rotermund na briga da comunidade, mas acabou indo a pique em 1878 devido à sua insipidez e à falta de dinheiro. A gráfica foi deixada com o credor, que a colocou à disposição para imprimir a " Neue Zeit" (Tempo Novo), a folha sensacionalista do senhor Von Frankenberg. Essa " Neue Zeit" deixou de existir, apenas dois anos depois, e a gráfica rapidamente foi comprada por Rotermund, que, desta maneira, acabou voltando mais uma vez para o "Bote'', com cujos tipos começou a imprimir seu jornal independente, o "Deutsche Post" (Correio Alemão).

·INDÚSTRIA DE ENGRENAGENS E COMPONENTES MECÂNICOS

"NÃO TENHAJJI MEDO DE OLHAR PARA A FRENTE, DE CAMINHAR PARA O ANO 20001" (Papa João Paulo 11)

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Estas palavras devem ser repetidas para que calem fundo no coração das pessoas, enchendo-as de esperança e fé num mundo melhor. PARABÉNS, JORNAL EVANGÉLICO, PELOS 100 ANOS DE JORNALISMO CRISTÃO.


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Pastor Wllhelm Rotermund Fundador do atual Jornal Evangélico

Para combater o jornalismo ateu, fazendo-lhe uma forte oposição e respondendo aos horrores e difamações que eram jogados sobre os evangélicos, em 1880 o pastor Dr. WILHELM ROTERMUND feZ aquilo que entendia ser sua obrigação para aqueles tempos difíceis em que o cristianismo sofria ataques e sobre ele era lançado o descrédito: criou um jornal! E surgiu o DEUTSCHE POST. Anos depois, este um suplementQ, jornal publicou mesmo denominado SONNTAGGSBLATT. Nascia, assim, o atual JORNAL EVANGELICO, corno órgão de comunicação do Sfnodo Riograndense, criado por W. Roter'mund em 19 de maio de 1886. O fundador do Sfnodo Riograndense e criador do jornal que hoje se chama JORNAL EVANGELICO, aleiilava a seus colegas e comunidades a que servia: "Nosso trabalho enfrentará contínuos obstáculos e dificuldades, enqu.anto o jornalismo, ateu de Porto Alegre divulgar seus horrores e difamações sem que

possamos fazer qualquer opos1çao forte e respostas esclarecedoras. Nossa obrigação é lançar um jornal capaz de publicar e defender nossos pontos de vista..." O acerto da medida - um século o prova! - é inquestionável. O que talvez o pastor Dr. Wllhelm Rotermund não poderia prever era a longa vida da sua criação. Mas isso se justifica com a fé. Atividades, causas, vidas embasadas na fé aistã não perecem. Completam 100 anos. 200 anos. Duram o infinito, pois infinita é a Glória do Senhor. Deutsche Post, Sonntagsblatt, mais tarde Folha Dominical, CatecismOs, são apenas alguns tftulos éJê obras criadas por um homem que se colocou a serviço da causa evangélica. E falar na história da imprensa evangélica no Brasil começa, necesSariamente, pelo pastor Dr. WILHELM ROTERMUND. A ele, nossas maiores homenagens. Nossa gratidão e nosso reconhecimento.

ROl ERMUIID. ,,

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UM NOME LIGADO A HISTORIA DA IGREJA E DA IMPRENSA EVANGÉLICA.


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Agostõ de 1988

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INÍCIO DA IMPRENSA

Jornal Evangélico

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Um acaso definiu nome Jornai foi forçado a do ''Deutsche Post'' tomar posição política Foi uma ótima piada do momento o fato de que o primeiro número do "Deutsche Post" (Correio Alemão), que circulou em 18 de dezembro de 1880, teve que ser impresso na gráfica dos irmãos inimigos, os jesuítas, porque a nova gráfica ainda não estava funcionando plenamente. Um acaso também definiu o nome do "Deutsche Post". Se na caixa tipográfica estivessem à disposição os tipos certos, ele teria se chamado "Deutschbrasilianische Post" (Correio Teuto-Brasileiro). Não havia letras suficientes para um título de bitola tão larga, e assim se imprimiu "Deutsche Post". Quando, anos depois, puderam ser adquiridos novos tipos, o "Deutsche Post" havia se imposto em toda a parte e já não havia razão para mudar o nome do jornal. O "Deutsche Post" saía duas vezes por semana e começou com a tiragem bastante modesta, de 300 exemplares. Thdo ainda tinha que ser composto e i,mpresso manualmente, os exemplares tinham que ser empacotados e endereçados um por um. PESSOAS ESPEZINHADAS O Dr. Rotermund apresentou seu novo jornal e sua renascida atividade redatorial num jovial prefácio. O leitor que achasse que o novo empreendimento jornalístico seria uma nova especulação para encher o conhecido "saco dos clérigos" estaria redondamente enganado. Rotermund estava absolutamente convicto de que um novo jornal ainda tinha uma tarefa a cumprir, visto que ainda havia muitos alemães ou teuto-brasileiros no Brasil, cujos pontos de vista não só não eram representados e defendidos, mas muitas vezes até espezinhados.

A novà folha não seria um jornal político, nem teológico, nem do comércio. Mas o que então? "Isto, caro leitor", disse Rotermund - "nem eu mesmo sei ainda. Pretendo trazer muita coisa que possa ser de proveito e do interesse de nossa população teuto-brasileira. Ao 'Post' deve caber a tarefa de levar a todas as classes da população material de leitura interessante, para que o prazer da leitura seja despertado e o interesse pela formação do espírito e do coração seja avivado!'

De início, o Dr. Rotermund pensara no "Deutsche Post" como um jornal apolítico. Contudo, logo foi obrigado a reconhecer que isso não era possível. ''Aqui neste país" - disse ele - "todo o mundo é envolvido na política!' Mas, como a política no Brasil é um assunto que concerne aos partidos e seus líderes, também o "Deutsche Post" foi forçado a se posicionar em relação aos partidos. Ao fazê-lo, porém, sempre manteve seu caráter independente e, contra todas as afirmações em contrário, jamais se deixou ZOMBARIAS ACABARAM degradar no sentido de tornar-se um órgão de partido. O jornal defendia seu proO Dr. Roterrnund não se cansava de grama e apoiava os partidos ou homens apregoar a seus leitores, em seus artigos com cuja ajuda parecia que esse prograde ano novo ou em ocasiões especiais, que ma poderia ser realizado da melhor os teuto-brasileiros só estariam habilita- maneira. dos a colaborar na construção do Brasil Com pesar e ira, Rotermund via semapegando-se à religião e ao germanismo. pre de novo como a imprensa em língua alemã abria mão de sua independência, O "Deutsche Post" teria surgido do de- mas com isto também do direito a uma sejo de cultivar o caráter evangélico e de crítica livre e construtiva. Seu jornal não conservar a índole germânica; disto ele recebia dinheiro do governo nem verbas também não desistiria. da Alemanha. Ele podia rechaçar qualquer acusação de "estrangeirismo" e suO Dr. Rotermund trabalhou como re- blinhar o caráter de um jornal surgido no dator do "Deutsche Post" durante 32 anos próprio país. e acompanhou sua vida por 45 anos. E Já em 12 de agosto de 1914, o jornal foi jamais abandonou aquele primeiro pro- transformado em diário - desde 1899 hagrama, que estava fundamentado em seu via sido publicado três vezes por semana caráter pessoal e em todo o restante de seu -, sem que seu preço de compra de 1 miltrabalho. Por certo ele se perguntou, em · réis fosse aumentado. dúvida, se o "Deutsche Post" serviu de Em novembro de 1915, o "Deutsche Post" proveito imediato ao reino de Deus. Já foi publicado como primeiro matutino após os cinco primeiros anos, pôde res- alemão do Estado, infelizmente, porém, ponder a isto: "Em todo caso ele o fez teve que suprimir os suplementos devido muito indiretamente. O 'Kulturkarnpr ter- à escassez de papel. minou, as zombarias religiosas acabaram, o próprio Koseritz escreve de vez em quan- FONTE IMPRESCINDÍVEL do com respeito tanto sobre a religião cristã quando sobre seus clérigos!' Estes suplementos tinham crescido no decorrer dos anos e, em parte, até tinham continuado a desenvolver-se de maneira autônoma. O "Sonntagsblatt" (Folha Dominical) do Sínodo Rio-Grandense saiu

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Em 1914, "Deutsche Post" foi do em diário

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desde 1880 como suplemento do "Deutsche Post", alcançando em breve, contra toda expectativa, a mais ampla difusão entre todas as folhas alemãs no Brasil. Em junho de 1893, o "Sonntagsblatt", que tinha se implantado tão bem, foi assumido pela caixa das viúvas e órfãos de pastores. Esses artigos próprios de todas as épocas, as muitas reportagens dos correspondentes da colônia, os ensaios mais extensos de outros colaboradores e também as contínuas cartas da Alemanha dos correspondentes de além-mar faziam do "Deutsche Post" um importante documento cultural e uma fonte imprescindível da história teuto-brasileira. Até mesmo os peculiares anúncios de falecimento, com seus longos currículos e notícias familiares, são extremamente valiosos em termos de genealogia; eles também fornecem o melhor retrato da força da vida física e da significativa multiplicação própria dos teuto-brasileiros do século passado.

"Post". tornou-se parte do destino do fundador O "Deutsche Post" não teria se imposto sem a personalidade multifacetada, íntegra, clara e combativa do Dr. Wilhelrn Rotermund. Sua atividade literária só lhe foi possibilitada pelo mais rigoroso empenho de todas as forças, pelo mais precioso aproveitamento de todo tempo e pela completa clareza quanto a seu objetivo. Ele era, ao mesmo tempo, um pastor ocupadíssimo, diretor de urna escola secundária, presidente do Sínodo, chefe de urna livraria e de uma editora, autor de uma longa série de livros escolares, tinha aqui e no além-mar uma extensa correspondência a ser mantida, e e~ redator de um jornal para o qual escrevta quase regularmente um ou dois artigos por semana. Seus artigos não surgiram apenas na escrivaninha distante do mundo; percebese neles a linguagem viva do pregador e a singela clareza do professor. Ele conseguia falar com os leitores de modo que estes o entendiam, e ao fazê-lo não abandonava em nada suas opiniões. Jamais se tornou vulgar para ser melhor entendido. Em janeiro de 1881, apenas quatro semanas após o surgimento do "Deutsche Post", Rotermund foi obrigado a perceber que a direção de um jornal alemão no Brasil não era fácil. Cometeu aí a imprudência de criticar severamente a apresentação de uma comédia em São Leopoldo e, sobretudo, de apontar para o gosto condicionado pela diferença racial. Os jornais brasileiros baixaram o pau nele; contra isto contudo, havia como se defender. Um di~, porém, as vidraças da gráfica foram quebradas. Isto era obra da população, e a esta dificilmente se poderia domar se as coisas ficassem pretas.

AMEAÇA DE INCÊNDIO Vinte anos mais tarde, um extenso artigo contra o casamento misto entre etnias diferentes quase provocou um novo ataque ao jornal. E quando durante a guerra mundial, antes do Brasil ter entrado na guerra contra a Alemanlta, Rotermund sugeriu aos luso-brasilei.....,s que aprendessem o alemão ao invés do francês, todos os jornais partiram furiosos contra ele e se ameaçou incendiar o jornal. Só através de uma visita pessoal do então redator ao presidente do Estado, Borges de Medeiros, se obteve cobertura do governo para o "Deutsche Post". Em 13 de outubro de 1928 saiu, sob o número 7632, uma última edição especial do "Deutsche Post". O jornal - que por 48 anos havia constituído um centro cultural para a germanidade evangélica e cuja significação estava estreitamente vinculada à personalidade de seu fundador- tinha deixado de existir. Caíra fora uma das mais importantes vozes do polifônico concerto dos jornais teuto-brasileiros. Os tempos do "Kulturkampr• (conflito entre o Estado e a Igreja Católica, de 1872 a 1880, particularmente na Prússia) certamente tinham passado há muito, mas os da luta pela própria cultura não tinham terminado com a guerra mundial. Um jornal em tal época precisava de caráter; por esta razão, não podia ser criado a partir do acaso. O "Deutsche Post" tinha se tornado parte do destino de seu fundador, e também seu acaso foi, no todo, uma parte do aspecto trágico do trabalho e da realização dos alemães que viviam no exterior.

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Agosto de 1988

Jornal Evangélico

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Neto de Rotermund diz que início foi em 1880 Na realidade, o início da imprensa evangélica no Brasil se deu com o surgimento do jornal "Deutsche Post", em 18 de dezembro de 1880, em São Leopoldo (RS), e não somente em 1888, a partir da publicação da "Sonntagsblatt" (Folha Dominical), que surgiu como encarte do "Deutsche Post". Esta é a posição do Dr. Guilherme Rotermund, neto do pastor Dr. .Wilhelm Rotermund, fundador do "Deutsche Post", conseqüentemente, também do "Sonntagsblatt". Segundo o Dr. Guilherme, que, assim

como seu irmão Rolf, está na direção da firma Rotermund S/A, fundada pelo Dr. Wilhelm Rotermund em 1877, o "Deutsche Post" comprova que seu avô fundou este jornal justamente para defender os interesses dos evangélicos alemães. Estes vinham sendo atacados pelo "Deutsches Volksblatt" (Folha Popular Alemã), da Igreja Católica, e pelo "Deutsche Zeitung" (Jornal Alemão), de Carlos von Koseritz. DEMISSÃO Reportando-se ao que fiCou registrado

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·O "Sonntagsblatt" surgiu como encarte do "Deutsche Post" em dezembro d e 1880

Segundo Guilherme e RoVRotermund, seu cw6 .fUndou o ''Deut8che Pbst ''para df'J'ender bateresses dos eoongéliC08 alemães

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a respeito de seu avô, Guilherme Rotermund destaca que ele, por sua vez, também não ficava devendo nada aos editores destes dois jornais e respondia à altura aos ataques à Igreja Evangélica. Este contraataque o Dr. Wilhelm Rotermund já fazia de fundar o seu próprio jornal, utilizando-se para tal do jornalleopoldense "Der Bote" (O Mens.ageiro). Contudo, seu proprietário, Julius Curtius, temendo perder assinantes por causa dos artigos de Rotermund, o demitiu da condição de colaborador. Rememorando a atuação de seu avô em favor do crescimento da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, Rolf Rotermund destaca que Wilhelm Rotermund havia adquirido para si a área do Morro do Espelho, em São Leopoldo, que hoje pertence à Igreja. No entanto, cumprindo a vontade expressa por seu fundador, a firma Rotermund cedeu esta área

para a IECLB. ORGULHO Perguntados sobre como se sentem como netos de um homem que tanto contribuiu para sua Igreja, tanto Rolf como Guilherme Rotermund se manifestam. Rolf cita dois pensamentos do escritor alemão Wolfgang Gothe: "Was Du ererbt von deinen Vãtern hast, erwürb es, um es zu besitzen" (O que herdaste dos teus antepassados, conquiste-o para o possuíres) e "Nur in seinen Werken kann der Mensch sich selbst bemerken" (Somente em suas obras, o homem pode reconhecer a si mesmo). Dr. Guilherme, por sua vez, destaca: ·~ gente sempre fica orgulhoso de um antepassado, cujo eco vem ainda até hoje''. Acrescenta ainda que, quando vê tudo o que seu avô fez, se pergunta como ele pôde fazer tanto.

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Madeira dádiva de Deus, que o homem utiliza desde os primórdios da civilização, como produto Indispensável ao resguardo de sua própria sobrevivência e bem estar social. Inspirada neste aforisma é que a empresa Berneck & Cla., de ral'z genuinamente paranaense, vem desenvolvendo seu trabalho de reflorestamento, beneficiamento e comercialização de madeira. com o objelivo de atender a demanda nacional e Internacional em tão significativo segmento do setor produtivo. Os recursos naturais são limitados em nCtmero, POrém, existem os renováveis, Isto é, aqueles que poderão, desde que haja ação positiva do homem, perpetuarem-se na natureza. A madeira se irTclui nos renováveis. Assim, o Grupo Bemeck, engajado: neste esp(rito, não tem medido esforços no sentido de ampliar sua área de reflorestamento, para que a matéria prima que Industrializa permaneça perene, não somente como fator de produção, mas acima de tudo, como meio de preservar o equillbrio ecológico, tão necessário à sobrevivência da espécie humana e animal. A empresa Bemeck & Cla., criada sob a Inspiração de Bemardo Von MOiier Berneck e hoje administrada por seu filho Gilson Bemeck,conta com mais de 40 anos de experiência no ramo madeireiro, e vem contribuindo eficazmente com o aprimoramento tecnológico na industrialização da madeira e seus derivados.

O "Grupo Berneck" , constitu(do de seis empresas com um contingente de aproximadamente 1.900 empregados, se dedica às atividades de fabricação de painéis de madeira aglomerada, compensada, lambris, lâminas faqueadas, madeira serrada, portas e sarrafeado.

A Bemeck acredita firmemente que o pal's superarã suas atuais dificuldades econOmlco-fin~nceiras, e colaborará neste sentido ampliando sua capacidade de produção de aglomerados, de 4,7 mil m3 mensais para 15,0 mil m3 mensais, agregando mais 3 mil m3 mensais de madeira serrada proveniente de seus reflorestamentos. Como se observa, além do fator produtivo que é indiscutivelmente o aspecto finalrstico da empresa, sobressai um outro de relevância considerável que é o social. Isto posto, a Bemeck & Cla., voltada para o produtivo e social, vem reunindo esforços no sentido· de compatibilizar os dois segmentos, pois somente assim estará no caminho de seus reais objetivos. Criando mais empregos diretos e indiretos a Berneck está participando para o desenvolvimento de um Brasil melhor. Isso posto, contribuindo com o processo de in. dustrialização e desenvolvimento empresarial para um

Brasil melhor, está proporcionando, com sua quota de contribuição, para que os anseios dos brasileiros sejam alcançados a curto prazo.

Na mesma linha. o Grupo Bemeck se rejubila com o Jornal Evang~lico, pelo transcurso dos 100 anos de fundação, data expressiva que merece ser reverenciada como marco a determinar o espfrito fraterno e cristão de todos que estão engajados no trabalho de evangelizar e amar o próximoParabéns, pois, aos membros do tradicional periódico, na certeza de que o trabalho prosseguirá com o brilhantismo até agora alcançado.

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Jornal E vangélico

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10 de junho de 1888: nascimento do "Sonntagsblatt" P. Dr. Joachi m Fischer

No primeiro número do "Sonntagsblatt der Riograndenser Synode'' (Folha Dominical do Sínodo Rio-grandense) do ano de 1936, o pastor Hermann Dohms (18871956), presidente do Sínodo e redator do "Sonntagsblatt", escreveu:

in Brasilien" (Folha Dominical para as Comunidades Evangélicas no Brasil). Em pouco tempo, o "Sonntagsblatt", mais tarde editado em separado, tornouse o periódico com a maior divulgação entre os publicados em língua alemã no Brasil. No Arquivo Histórico da IECLB não possuímos mais o primeiro número. A edição mais antiga que temos é a de n° 4, que leva a data de 1° de julho de 1888. Como se tratava de um semanário, o primeiro número deve ter saído em 10 de junho daquele ano. Este, pois, é o verdadeiro dia do nascimento do "Sonntagsblatt".

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"A passagem do ano (de 1935 para 1936) desta vez tem um significado todo especial para o "Sonntagsblatt" e a comunhão à qual serve. O 'Sonntagsblatt' iniia com esta edição o seu 50° ano. O ínodo Riograndense comemora, em 20 e maio deste ano, os 50 anos de sua existência!'

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O aviso sobre o jubileu de ouro do Sínodo Riograndense era correto, pois o Sínodo fora fundado em 20 de maio de 1886. Mas para o "Sonntagsblatt" (Folha Dominical), na verdade, ainda não havia chegado o momento de comemorar seu jubileu de ouro. Em fins de 1936, o semanário completou 48 anos e meio de existência. Seu primeiro número saiu em 10 de junho de 1888. Completaria seu 50° ano em meados de 1938. Houve, pois, uma diferença de um ano e meio. Certapnente é um caso único que alguém comepnora seu 50° aniversário 48 anos e meio após seu nascimento. O verdadeiro dia do nascimento Segundo Erich Fausel, em seu livro sobre o pastor Dr. Wilhelm Rotermund (1843 - 1925), o jornal do Sínodo Riograndense inicialmente foi publicado corno caderno dominical do jornal "Deutsche Post" (Correio Alemão), que Rotermund editou em São Leopoldo. Durante muitos anos, seu nome era "Sonntagsblatt für die ev-ctngelischen Gemeinden

O quarto número do "Sonntagsblatt'~ datado de 1° de julho de 1888. É a edição mals antiga de que se tem conhecimento, e está arqulDada no Arquioo Hl8t6rlco da IECLB, na Biblioteca da Escola Superior de 'leologla, em São Leopoldo.

As primeiras mudanças A primeira pequena mudança no "Sonntagsblatt" aconteceu em 1890. Aparentemente, a redação quis iniciar a contagem de um novo ano do periódico sempre no início de julho. O n° 1 do ano 3 ainda foi editado normalmente, ou seja, em 8 de junho de 1890. Mas a publicação do n° 2 foi atrasada por cinco semanas. Só saiu em 20 de julho. Desde então, um ano do "Sonntagsblatt" se estendeu até junho do ano civil seguinte, como mostra a leitura atenta dos cabeçalhos. Outra mudança ocorreu em 1893. Thdo indica que estava relacionada com a renúncia do pastor Dr. Rotermund ao cargo de presidente do Sínodo Riograndense (abril de 1893). Até então ele tinha sido redator do "Sonntagsblatt", que editou e imprimiu em sua Livraria Evangélica, em São Leopoldo. Após a renúncia, o periódico continuou sendo impresso na gráfica de Rotermund. Mas o redator passou a ser o pastor Paul Dohms (1859- 1900), de Sapiranga, e a editora, a Caixa de Auxílio a Viúvas e Órfãos de Pastores.

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Região Eclesiástica 1 A Primeira Região Eclesiástica da IECLB participa com alegria e gratidão da Comemoração dos "1 00 Anos de Imprensa Esc~ita" na IECLB. Assim como as cartas do Novo Testamento orientam e edificam comunidades, também a mensagem através da Imprensa escrita exerce papel importante. Com todos os Evangélico-Luteranos "celebremos com júbilo ao Senhor"! Que Deus abençoe este trabalho também no futuro!

CAMPO BOM NAOPARA Adm. KOPITTKE/BRENO

O Conselho Regional RE 1 REGIAO ECLESIÁSTICA I Sede: R. Apolinário dos Reis, 64 - Parque Moscoso - Centro -

Fone: (027)223-7319- Cx. P. 1497 29000 - VITORIA - ES - Henrique Selck, Pastor Regional


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PERNAMBUCANAS. DE GERAÇÃO EM GERAÇÃO, FAZENDO PARTE DA FAMÍLIA BRASILEIRA.


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Agosto de 1988

Jornal Evangélico

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1917: nova roupagem, título e edição na capital Engano na contagem O grande engano no cálculo da idade do "Sonntagsblatt" se deu na passagem de 1893 para 1894. As edições semanais foram contadas como sempre, de 1 (com data de 2 de julho de 1893) a 52 (com data de 24 de junho de 1894). Mas até flns de 1893 colocou-se no cabeçalho ''Ano 6" e a partir de irucio de 1894, ''Ano 7". Desta meneira acrescentou-se, inadvertidamente, um ano à idade do periódico. Não sabemos mais se foi um lapso no manuscrito, na confecção ou na impressão do primeiro número (ou de um dos primeiros números) do jornal em 1894. Em todo caso, na época o engano aparentemente não foi percebido ou se esqueceu de corrigi-lo. Na edição de 5 de julho de 1896, quando o "Sonntagsblatt" iniciou seu 9° ano, a redação comunicou: "O 'Sonntagsblatt' começa agora o seu 10° ano". Na edição de 1° de janeiro de 1911 saudou o "25° ano" e aflrmou do jornal: "Já percorreu duas dúzias de anos". Está explicado, portanto, um ano de diferença de um ano e meio constatado acima. O restante da diferença O meio ano restante de diferença originou-se de uma decisão consciente da redação. O ano 21 na contagem do jornal (na verdade, foi o ano 20) começou normalmente, com a edição de 7 de julho de 1907. No entanto, já encerrou com a edição n° 26, de 29 de dezembro domesmo ano. A partir de 1908, o ano do "Sonntagsblatt" coincide com o ano civil. Mas, no cômputo geral há um ano que, na verdade, só durou meio ano. O aviso da redação, no último número de 1907, dizia: "A pedido de muitos leitores flzemos uma pequena mudança. De agora em diante, o novo ano da Folha Dominical não se deve iniciar, como tem sido até agora, em 1° de julho, e sim, em 1° de janeiro!'

Interessante, no mesmo aviso, é ainda a informação de que nos seis meses anteriores o número de leitores havia crescido um pouco; mas ainda houve comunidade em que poucos leram o jornal. A redação apelou aos amigos do "Sonntagsblatt", para que a ajudassem a aumentar a circulação do periódico. Pediu mandar-lhe relatórios das comunidades, pois seriam matérias preferenciais para a divulgação. "Então a redação terá condições de fazer da nossa Folha, mais ainda do que até agora, um órgão das nossas comunidades!'

Durante anos, a redação do "Sonntagsblatt" estava a cargo do pastor Friedrich Pechmann (1851- 1925), de Hamburgo Velho. No início de 1917, ele pediu liberação desta tarefa. A diretoria do Sínodo Rio-grandense, presidida pelo pastor Dr. Rotermund, atendeu o pedido. Ao mesmo tempo achou por bem que o jornal fosse editado na capital do Estado, como comunicou na edição de Páscoa (8 de abril) de 1917 {n° 14). Os dois pastores da nossa comunidade de Porto Alegre aceitaram o desaflo. O pastor Adolf Kolfhaus (nasc. 1883 e já fa-

lecido) assumiu a redação, o pastor Karl Eduard Gottschald (1882 - 1964), a tesouraria. A partir da mesma edição, o "Sonntagsblatt" mudou de título e recebeu roupagem nova. Passou a chamar-se "Rio Grandenser Sonntagsblatt. Nebs amtlichen Mitteilungen der Rio Grandenser Synode" (Folha Dominical Riograndense. Juntamente com o Boletim Informativo do Sínodo Rio-grandense). Diminuiu seu formato para mais ou menos a metade do anterior. Poucos meses depois, porém, estava diante de uma situação incomparavelmente mais difícil.

Transtornos por causa das guerras mundiais Uma parada e a mudança de língua A última edição de 1917 foi a de 28 de outubro (n° 42). Depois o jornal parou. Era a época da primeira guerra mundial. Navios de guerra alemães haviam afundado navios da Marínha Mercante do Brasil. Em 27 de outubro de 1917, o governo brasileiro reconheceu e proclamou o "estado de guerra, iniciado pelo Império Alemão contra o Brasil". Os membros das nossas comunidades, praticamente todos eles descendentes de imigrantes alemães, foram pressionados e hostilizados. Houve inclusive restrições ao uso da língua alemã, o meio de comunicação em seu dia-a-dia. Em novembro de 1917 foi decretado o estado de sítio. Não houve mais condições de continuar a publicação do "Sonntagsblatt". Os responsáveis não pouparam esforços, porém, para salvar o jornal até naquelas circunstâncias adversas. Em 1918 editaram três números (13 de outubro, 3 de novembro, 15 de dezembro) em língua portuguesa, sob o título "Jornal Dominical do Sínodo Riograndense". A administração avisou: "Graça a vós, e paz, da parte de Deus Pai, e de nosso Senhor Jesus Cristo~ Eis como de todo o coração saudamos os nossos leitores, depois duma interrupção de quase um ano. Tomando em conta as circunstâncias, a nossa folhinha dominical d'ora em

diante aparecerá em língua vernácula~· Em 1919 houve nova parada. Só em 2 tte novembro saiu o primeiro número daquele ano com a seguinte comunicação da redação: "Após a interrupção de exatamente 2 anos de duração, causada pelo estado de guerra entre o Brasil e a Alemanha, o Sonntagsblatt saúda seus queridos leitores e amigos, quer que estejam por perto ou longe, e espera poder sair novamente com regularidade, de agora em diante, para restabelecer o contato entre os membros do nosso Sínodo. Grandes trabalhos estão à nossa frente que tem que ser discutidos, examinados e realizados. Como antigamente, o Sonntagsblatt colaborará na edificação interior e exterior do Sínodo e deseja, para tal, um número bastante grande de leitores e colaboradores alegres~· O título passou a ser novamente o que foi introduzido antes da interrupção. As edições eram semanais e a língua usada, a alemã. Mais uma parada - e a ''Folha Dominical" A época da segunda guerra mundial (1939 - 1945) era mais difícil ainda do que a da primeira. Já em 1940, desde o n° 13 (de 31 de março), o "Sonntagsblatt" colocou seu nome em língua portuguesa na primeira página de cada edição, na parte superior, à direita: "Folha

Dominical. Órgão do Sínodo Riograndense". Em 1941, o jornal parou de novo, desta vez por vários anos. Na coleção do jornal que se encontra na Biblioteca da Escola Superior de Teologia da IECLB, em São Leopoldo, o último número existente antes da parada é o de n° 7., de 16 de fevereiro. Depois, a diretoria do Sínodo presidida pelo pastor Dohms, comunicou-se com as comunidades por cartas circulares. A publicação do jornal recomeçou em 6 de julho de 1947 (n° 1). O título passou a ser definitivamente "Folha Dominical", com o subtítulo "Sonntagsblatt der Riograndenser Synode" (Folha Dominical do Sínodo Riograndense). A primeira página de cada edição, às vezes também outras páginas trouxeram as matérias em língua portuguesa, mas nos espaços restantes usou-se o alemão. Nesta forma da "Folha Dominical", o jornal prestou seus serviços importantes e valiosos às comunidades até sua transformação no atual "Jornal Evangélico".

Joachim Fischer, pastor, é prqfessor de História Ecle:súístka na &cola Superior de Thologia da IECLB, em São Leopoldo (RS).

COLÉGIO BARÃO DO RIO BRANCO

- - - - -·CACHOEIRA DO S U L - - - - -

' AO LADO DE CADA IGREJA, UMA ESCOLN' O BERÇO DA TEOLOGIA Nossa Escola está completando 95 anos! Ela é fruto deste pensamento inteiramente voltado para a melhor fonnação de seus filhos, que sempre caracterizou os imigrantes alemães de quem herdamos o exemplo. O momento impõe que nossos olhos e pensamentos se voltem para o nosso passado. Ali encontramos idealismo, dedicação, determinação e, sobretudo, uma profunda fé em Deus, que tudo pode para quem nele crê. Nestes exemplos buscamos inspiração e ânimo para continuar esta caminhada e continuar dando testemt:Jnho da fé, da união e do idealismo. Grandes feitos têm marcado a história do Colégio Barão do Rio Branco. Para Cachoeira do Sul ele é sinônimo de qualidade no ensino. E a comunidade cachoeirense reconhece isso, fazendo com que as matriculas aumentem a cada ano. Para a IECLB o Colégio representa a propagação, nesta terra, da proposta evangélica levada a todos, indistintamente. E representa, também, um marco histórico na formação de obreiros para a própria Igreja, uma vez que foi entre as suas paredes que surgiu, em 1919, a escola teológica para a formação de pastores, o INSTITUTO PRÉ-TEOLóGICO.

Assim, nossa escola e nossa cidade tomaram-se berço da Teologia Luterana no Brasil. Temos muitos e bons motivos para dizer o quanto somos gratos a Deus e a todos que pennitiram ao COLÉGIO BARÃO DO RIO BRANCO construir sua grande e bela história de amor à formação e ao aprimoramento da criatura humana.

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Agosto de 1988

Jornal Evangélico

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1971: a fusão de três "menores" em um "grande" Johannes Hasenack

A fusão dos jornais sinodais "Voz do Evangelho", "Folha Dominical" e "Heimatbote'' aconteceu numa época (1971) em que era necessário dar força à IECLB para que se firmasse sua nova estrutura, também mediante um jornal de agrangência nacional. Depois, em anos mais recentes, seguidamente nos perguntamos, em círculos de comunicação da IECLB, em que medida a extinção dos jornais "menores" em favor de um jornal "grande" teve aspectos também negativos em termos de comunicação nesta Igreja. Sem quere.. ignorar as profundas mudanças no cenário dos meios de comunicação social, com o avanço da televisão, verdade é que os antigos periódicos contavam com um quadro de leitores tradicionais e fiéis, afeiçoados ao seu jornal, talvez porque também mais próximos à sua Igreja. Parece que houve uma quebra de relacionamento, porque não foi possível transferir a mesma afeição para um novo veículo de comunicação e uma nova estrutura de Igreja, para cuja imagem o jornal procurava contribuir. NOVA FASE Pessoalmente, nas várias reuniões, me espantei pelo projeto de criação de um novo jornal. Mas, diante da realidade atual, é preciso reconhecer que aqueles antigos jornais, tantas vezes redigidos de maneira empírica e improvisada, tinham a sua razão de ser e cumpriam uma importante função. Com o Jornal Evangélico, sem dúvida, inaugurou-se uma nova fase de jornalismo na IECLB; a do trabalho profissional, que é irreversível. Diante das promissões desta inovação me conformei também com o aparente retrocesso que consistia a periodicidade quinzenal, enquanto a Folha Dominical do Sínodo Riograndense fora um jornal

semanal. Em suas oito a 10 páginas predominavam matérias em língua alemã, colocadas nas páginas internas. Vejamos algo mais da vivência com este jornal. Sendo composto a quente e impresso em máquina plana, a fase de impressão e acabamento na Tipografia Rotermund, em São Leopoldo, era relativamente morosa, obrigando-nos ao fechamento de cada edição com três semanas de antecedência. Assumi o trabalho de redação, ao lado de outras funções na Editora Sinodal, após o falecimento do pastor Rudolf Becker, em 14 de abril de 1960. Sem qualquer preocupação com os aspectos legais e profissionais de um órgão de imprensa, fui orientado pelo pastor Wilhelm Nõllenburg, então secretário do Sínodo Riograndense. O fato de a Folha Dominical estar sendo redigida na própria Casa Sinodal, em contato freqüente com os dirigentes, fez com que a linha editorial estivesse quase sempre em boa sintonia com a orientação do Sínodo. Para um pesquisador talvez fosse até difícil detectar mudanças com a troca de redator. O jornal, como um todo, continuou com o mesmo padrão de conteúdo, composição e diagramação, porque em outras pontas deste empreendimento houve continuidade. A última edição da "Folha Dominical'' data de 7 de novembro de 1971. Com ela também deixaram de circular "Voz do Evangelho' ~ então com 8. 500 exemplares, e ''Der Heimatbo te'~ com uma tiragem de 2.100 exemplares. Neles está a origem do ''Jornal Evangélico'~ pensado como veiculo de abrangência nacional, surgido numa época em que era "necessário dar força à IECLB para que se ftrmasse sua nova estrutura'~

PREFEITURA IH\L DE

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TIMBÓ - Santa Catarina - através sua Administração Municipal, Prefeito, Secretários e Servidores Públicos, · com júbilo saúdam a famRia " Editora Sinodar' péJo apogeu alcançado ao concluir um centenário de trabalho na informação construtiva. A eficiente e perseverante dedicação do • Jornal Evangélico" transmitindo aos seus leitores durante um século a verdade e a propagação da fé no Criador Supremo, comprova o idealismo das pessoas que nele colocam - com seu trabalho todo o amor que cultuam ao jornalismo Cristão.

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Sio Leopoldo, 7 ele DOYembro de 1971 Pastor f ala IÕbre Ecumallsmo o pu\or Bchtlnemann co:'1u4eu rec:eot.tmeo\4 uma tnu ev LJta. ao procra.ma cSo Centro de tfi!.l,

"EM RITMO DE BRASIL GRANDE"

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.\Jemães visitam brullelnle Chfpram ao Rio o BDde do Sul, dia e de outul:lro, onde ptnnaoteeram at6 o d~.a 2t. wn JNpo alem lo de eatWSO.. A. h.oaJldade ela •iJl~ tot torUncat u ~ çla tntrt o BruU e a Alt m&Dh& e , DU·

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BLUMENAUENSE S.A.

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Seção espec iallzada em rótulos aut o-adesivos e etiquetas de nylon estampadas para Confecções, Papelari a, Artigos para escolares, Desenho, Escritório e Engenharia.

INGO FREDERICO ARTHUR GERMER PREFEITO MUNICIPAL

Fone: (0473) 22·9555 e 22·9012 Rua 15 de Novemb10, 819 89100 - BWPJENAU - SC


Agosto de 1988

Jornal Evangélico

~

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SURGIMENTO DO

13

JORE~

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Vai-se a "Folha" e nasce o "Jornal Evangélico" Merecem ser lembrados, neste aspecto, os parceiros da gráfica: o linotipista Jovelino Bernardes da Silva, que não dominava o alemão, mas pela experiência com a Folha Dominical até detectava erros no alemão; o diagramador Osmar Groth, os chefes de oficina, Sr. Menze e Egídio Müller, o eficiente Raul Scherer no setor de acabamento e o pessoal da expedição, sob o comando do Sr. Dauber, sem esquecer os amigos do correio, que semanalmente estavam a postos para dar destino aos 10 mil jornais. A par do trabalho de Redação, estes companheiros é que garantiram a estrutura da continuidade da Folha Dominical, e depois, com a mesma dedicação, serviram ao Jornal Evangélico. Internamente, no antigo Centro de Impressos (Editora), a Sr• Ruth Dietschi cuidou durante 24 anos do controle de assinaturas, do endereçamento e da cobrança de todos os periódicos e seus anúncios, também do Jornal Evangélico, até 1974.

Mas, em geral, as férias eram curtas, pois a publicação semanal exigia um pique de atenção e trabalho que só era possível atender com um expediente adicional à noite - do que ainda hoje minha fa-

mília me àcusa. Todas as demais atividades dependiam de prazos e compromissos ditados pelo jornal, pautando profundamente o ritmo semanal das atividades. E mesmo leituras em horas de lazer tendiam

O último logotipo da ".fOlha Dominical" foi criado pelo sr. Hannut Schulz, de Porto Alegre, e foi adotado com a edição de 14 de março de 1965. Com a .fusão de 1971, a redação adota o nooo logotipo do "Jomal Evangélico'~ agora um veículo de abranglncla nacional.

DISTRIBUIÇÃO

Assim, cabia a mim "somente'' a parte da redação, dentro de um esquema relativamente estável e confiável. Neste contexto, convém lembrar também as centenas de agentes distribuidores da Folha Dominical em secretarias paroquiais, em vendas coloniais, sapatarias, escolas etc. · A partir de 1%2, o pastor Bertholdo Weber, docente da Faculdade de Teologia, passou a trabalhar em tempo parcial na Editora Sinodal, dando também a sua contribuição à Folha Dominical. Durante os anos em que o jornal passou por nossas mãos, a maioria das meditações semanais na primeira página foram escritas por ele. Assim também em períodos de férias ou ausências tornou-se possível praticar um revezamento.

A partir de 1962, o pastor Bertholdo Weber, docente da Faculdade de 'leologia, passou a dar sua contribuição à .fOlha Dominical. Durante os anos em que trabalhou no jomal, a maioria das meditações semanais na primeira página foram escritas por ele.

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Jolaonnnes HotJenack é pastor e trabalha na Edltora Stnodal desde 1960.

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Visite

-U 5

a cidade

dos tecidos

Q CIDADE SOB -- u· MEDIDA. --- E (. Da unllo dessas ~ raças com a população nativa, surge o~ de Slo Luiz Gonzaga. em 1881. NeM ...,. cllpola. o nUiidplo niCiberla seu IIUal e ctell*vo nome. em hamenageru ao presldene da pnMncla na 'Poca de aaa llnd8çlo. o Collllllllro Frencllco c.ta. de Aradjo Brulque. 128 lnCII • J1 ETI '11111 desde que O vale do llajar recebeu eeua prlrnelro8 teares. t.t11ta coisa mudou. Os teares manuais aasceram. Muftos deles se lranstormaram em grandes lnd6slrfas têxteis, de lm· portâncla nacional. Mas, nem s6 de tecidos vive Brusque. Atualmente, a cidade acolhe mais de 200 Importantes lnd6slrfas em áreas variadas, como metalurgia~ e alimentação. Alêm da forte presença dos têxteis, a lnftuêncla dos europeus pode ser sen· tida em outros aspectos. A arquitetura especial, a

a ser feitas com vistas a um eventual compartilhar de conteúdos pela Folha Dominical. Via de regra, tínhamos em torno de 10 mil assinantes nos últimos anos. Pudemos constatar como o peso das assinaturas se deslocava com os movimentos migratórios dos gaúchos para colônias pioneiras no Alto Uruguai, para o oeste de Santa Catarina e Paraná e, depois, inclusive, para o Mato Grosso. Nestes Estados iam se estabelecendo novas comunidades e Paróquias, que faziam questão de se manter vinculadas ao Sínodo de sua origem, também através da Folha Dominical. l.OGOI'IPO O último cabeçalho da Folha Dominical foi criado pelo Sr. Harmut Schulz, de Porto Alegre. e foi adotado com a edição de 14 de março de 196S. Não é por acaso que as letras DOM aparecem vazadas na silhueta de uma igreja, porque formam o radical da palavra que significa "casa", presente ainda em DOMicílio, DOMéstico e conDOMínio, ou na palavra alemã "Dom", que significa catedral. Mas o termo "dominical,. sugere também o dono da casa, o "dominus", como acontece na locução "Oração Dominical", que é a Oração do Senhor, o Pai-Nosso. E, naturalmente, o nome Folha Dominical diz que se trata de um jornal para o domingo, nome proveniente de "dies". "Dominicus.., o Dta do Senhor. Com isso não quero dizer que o "Jornal Evangélico" seja um nome menos significativo, mas no aspecto de ele não acompanhar o ritmo de vida semanal e dominical ele fica em desvantagem à nossa antiga "Folha do Minigal" (assim escrito, certa vez, por um missivista que interpretou o nome à sua maneira).

Brusque é uma simpática cidade de 60 mil habitantes que nasceu, se criou e continua crescendo no Vale do ttajaf, em Santa Catarina. Conhecida como a "Cidade dos Tecidos", gr:aças aos Inúmeros teares Instalados desde o século passado, Brusque tem sua origem nos Imigrantes alemies, trazidos pelo Barão Maximiliano Von Schneeburg, em 1860. Algum tenipo depois, também Italianos e poloneses juntaram sua.força de trabalho, suas tradlç6es e sua gastronomia.

gastrohomla tfplca, os hábitos e cultura em geral e, princlpalmenta, a maneira alegre, festiva e hospitaleira de seus habitantes. Além,das Infinitas opções de compra, dls1rlbuklas entre o forte cornêrclo e os postos de vendas das lndlls1rlas, Brusque oferece a você lugares bo· nHos, gastronomia trplca e a natureza, preses:vada em toda sua beleza. O Parque caixa D'Água, o Vale de Azambuja, onde você pode conhecer a Igreja de Nossa Senhora do CaraWgglo, a Gruta e Capela de Cdnprtmeuto de usas, o Mano do Ros*lo. o t.beu de Me Saaa (carllidenldo o maia~ do Br8lll. com 4.000 peça), alo ..,.._ ....,_. des lllrllçl6es que Bn.teque derece.,. Ulllaa. AWm doa pona utslcos • das fi'V'8IIIaa, Brulque bflnda o visitante com a delcla de rastaura111es de carnlcta tfplca, em .mlentes acolhedores, de atet~Cimer*) carinhoso e familiar.

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EVENTOS Janeiro/Fevereiro FEIRA INDUSTRIAL DE BRUSQUE.

Exposiçfto e Venda do parque fabril local, que faz da cidade o maior centro de compras do Vale do itajar.

Julho FESTA DO TIRO Congregação de todos os praticantes de tiro ao alvo do sul do pafs, realizado no mais antigo Clube de

caça e Tiro da ArMrica Latina. Apto FESTEJOS DE BRUSQUE Showa, ballea, ..... fpicas, CCIIi11)81ç6es e evenbs

culknla carr•nor•11alindaçlo da cidade.

FESTA DE AZAMBUJA Maior ..... Nllgiala do Ealado de Sanla catarfna, local de CCIIIItanteS remarias.

Em todas as ápocas do ano, Brusque ~ um pedaço de boas surpresas, em meio ao V.W do fta/11. Venha ~ Todo o

Clllor tunsno htHdBdo dos antepassados tiUfOPIIUS eslf gullldlldo ,_. WJCI, na cidade de Brusque.

Outubro FESTA NACIONAL DO MARRECO (FENARRECO) Segunda maior festa trpica do Estado, onde a animação acontece com bandas alemãs, marreco e muito chopp.

.PREFEITURA MUNICIPAL DE BRUSQUE


Jornal E vangélico

_ _ _ _ _ _(IMPRENSA EM SC E PR ) _ _ _ _ __

HÁ lSANOS

COMPRAMOS

o

FRUTO DA TERRA. A Ceval é uma empresa

brasileira que há 15 anos compra soja e armazena soja, trigo e milho nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás e Brasília.

A FORÇA QUE VEM DA TERRA

Ao lado do " Sonntagsblatt" (Folha Dominical), criado pelo pastor Dr. Wilhelm Rotermund, em 1888, no então Sínodo Riograndense, outros quatro jornais foram criados nos diversos Sínodos existentes, ampliando, assim, os veículos da chamada "grande imprensa" já existente na Igreja Evngélica de Confissão Luterana no Brasil. Esta edição retrata, através de artigo do pastor Friedrich Gierus, a história do "Sonntagsblatt für die evangelischen Gemeinden in Santa Catarina" (Folha Dominical para as Comunidades Evangélicas em Santa Catarina), nascido em 1896; e do "Chistenbote'' (Mensageiro do Evangelho), que surgiu em 1905. A história do jornal "Der Heimatbote'' (0 Mensageiro da Pátria) - a folha de notícias das comunidades luteranas no Esprírito Santo -, que surgiu pela primeira vez em 1935, é relatada por lngelore Starke Koch (da redação do Jornal Evangélico) para o português, e pelo pastor Siegmund Wanke, ex-redator do "Heimatbote'', para a parte em alemão. Asclepíades Pommê, membro ativo da União Paroquial de São Paulo, conta sobre a vida do "Kreuz im Süden (A cruz no Sul), nascido em 1936 como Folha Paroquial Alemã-Evangélica da Comunidade Evangélica de São Paulo e Vila Mariana. A Folha Dominical, a Voz do Evangelho e Cruz no Sul seriam fusionados para a criação do jornal nacional da IECLB: o Jornal Evangélico.

Primeiro veículo surgiu há 92 anos P. Friedrich Gierus

Quando assumi, em dezembro de 1%9, junto com o pastor Nelso Weingaertner, a redação do então órgão oficial do Sínodo Evangélico Luterano Unido de Santa Catarina e Paraná, denominado "Voz do Evangelho", não sabia duas coisas: que os dias deste jornal regional estavam contados; e que o periódico já havia transcorrido uma história de aproximadamente 75 anos! O jubileu de 100 anos de imprensa evangélica nos motivou a vasculhar o passado em busca de informações sobre o trabalho jornalístico da nossa Igreja no passado, especificamente na área de Santa Catarina e Paraná. Graças à generosidade dos filhos do pastor Heinrich Bühler (pároco em lndaial, se, durante o período de 1923 a ·1953), que doaram toda a coleção de jornais e a biblioteca do pai à 2 • Re$ião Eclesiástica, tivemos condições de JUntar os dados que publicamos a seguir.

"Cbristenbote'' O primeiro jornal evangélico que circulou a partir de 1896, em Santa Catarina, foi a "Folha Dominical para as Comunidades Evangélicas em Santa Catarina" (Sonntagsblatt für die evangelischen Gemeinden in Santa Catarina). O redator responsável era o pastor de Brusque, Wilhelm Lange. Este jornal, editado em alemão, interligava as Comunidades evangélicas que posteriormente formaram o Sínodo Evangélico de Santa Catarina e Paraná. O periódico era conhecido sob a . denominação de "Folha Dominical Blumenauense'' (Blumenauer Sonntagsblatt), e foi editado sob os auspícios da "Conferência Pastoral Evangélica de Santa Catharina". A partir de janeiro de 1908 foi substituído pelo "Mensageiro Christão" (Christenbote), que se tornara o elo de ligação entre as comunidades evangélicas em Santa Catarina e Brasil Central de língua alemã. Os editores a partir de 1912 foram a "Conferência Pastoral Evangélica de Santa Catarina e o Sínodo do Brasil Central".

''Eva o geli se h-Lu tb e ri sebes Gemeindeblatt"

Sobre esta mudança tomamos conhecimento através de uma nota breve no periódico do Sínodo Evangélico Luterano de Santa Catarina, Paraná e outros Estados, denominado "Evangelisch-Lutherisches Gemeindeblatt". Este jornal publica na edição n° 8, de fevereiro de 1908, o seguinte: ·~Folha Dominical Blumenauense parou de existir com o término do ano passado. Em seu lugar, os seus pais editam agora uma folha mensal com o nome 'Der Christenbote' (0 Mensageiro Cristão). Esta folha, por um-lado, quer publicar tudo que é de valor e de conhecimento e serve aos interesses das Comunidades de seus autores e, por outro lado, quer ser uma orientadora no que diz respeito às perguntas importantes e referente aos acontecimentos na área da vida eclesiástica de cunho evangélico e à Igreja da antiga pátria". Com esta observação mencionamos a existência de um periódico eclesiástico

''Sonntagsblattj'ü.r die evangelischen Gemeinden in Santa Catarina'' (Folha Domunical para as Comunidades Evangélicas em Santa Catarina), o primeiro veículo evangélico a circular naquele Estado, a partir de 1896. que também circulava na área geográfica do "Christenbote'', ou seja em Santa Catarina e Paraná. Ele foi fundado em 1905 e teve sua primeira edição em julho do mesmo ano. A redação estava nas mãos do pastor Gottfried Riegel, de lnselstrasse (Joinville). Os motivos que levaram à edição deste periódico foram a necessidade de unir as comunidades luteranas e "edificá-las na fé e na doutrina luterana... Relataremos também sobre acontecimen-

tos importantes na Igreja ... e pretendemos recuperar a história esquecida da Igreja para que nossas comunidades reconheçam a rocha da qual foram esculpidas (Isaías 51.1) ... O meio mais poderoso que serve para edificação das nossas Comunidades é a pura doutrina da Sagrada Escritura. Promover esta será nossa tarefa principal ..!'

''Der Christenbote'~ precursor do ''Sonntagsblattfür die evangelischen Gemeinden in Santa Catarina'~ surgiu emjaneiro de 1908. Seroia de elo de ligação entre comunidades evangélicas em Santa Catarina e Brasil Central de língua uu~"''~·

Antes do surgimento do "Der Christenbote" (1908), já circulava na mesma área geográ.ficaJ Santa Catarina e Paraná, um outro veículo evangélico, chamado "Evangecisch-Lutherisches Gemeindeblatt'~ Foi fundado em julho de 1905, tendo como redator o pastor Gott,J'ried Riegel.


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Jornal Eva ngélico

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_______________(__I_M_PR_EN_~_E_M_S_C_ E_PR__)_______________

O impacto das guerras As -fusões de 1963 e 71 Thnto o "Christenbote'' do Sínodo Evangélico como a "Evangelisch-Lutherisches Sonntagsblatt" tiveram uma coexistência durante mais que meio século e refletiram a teologia assumida pelos referidos sínodos e a piedade praticada em suas comunidades. É amplamente conhecido que os dois sínodos nem sempre tiveram um convívio harmonioso. Os conflitos em diversas áreas, tanto em termos teológicos como no sentido geográfico, ficaram transparentes nos respectivos periódicos. Não obstante estes registros de contendas nos jornais, a existência de dois periódicos na mesma área geográfica contribuiu para o crescimento das respectivas Igrejas no sentido mais amplo. Em 1917 sobreveio a desgraça da 1" guerra mundial: as autoridades brasileiras proibiram a circulação dos dois periódicos. Somente em 1919, os sínodos receberam permissão para continuar suas atividades jornalísticas. A mesma dose repetiu-se por ocasião da 2 • guerra mundial. Enquanto o "EvangelischLutherisches Gemeindeblatt", redigido pelo pastor Hans Müller, de Joinville, teve que encerrar as suas atividades (naquela época tinha 2.626 assinaturas), no mês de junho de 1938, a redação do "Christenbote'' passou, no mesmo ano, às mãos da senhora Ema Deeke, es·posa do historiador blumenausense José Deeke. Em 1942, os editores foram obrigados a publicar parte do "Christenbote'' em língua portuguesa, denominando-se a partir do primeiro número de janeiro de 1942 "Mensageiro dos Christios". Mas isto não o salvou da proscrição no mesmo ano. Seu último número foi publicado em fevereiro de 1942 com uma tiragem de 3.700 exemplares (conforme notificação de J. Ferreira da Silva em seu livro ''A imprensa em Blumenau"). Fica a pergunta: por que o "EvangelischLutherisches Sonntagsblatt" parou de circular tão cedo, enquanto que o "Mensageiro" teve permissão para circular até fevereiro de 1942? Novos rumos após a 2• guerra Em 1946, o periódico do Sínodo Evangéli-

co recomeçou a circular. Ele reapareceu com a denominação "0 Mensageiro do Evangelho" e com um cabeçalho diferente. Durante 21 anos, este periódico foi redigido pelo Praeses Hermann Stoer, com a colaboração, durante muitos anos, do pastor Rolf "Dübbers, de Blumenau. O periódico do Sínodo Luterano foi reeditado em março de 1947 e denominou-se "Castelo Forte'', apresentando também um novo cabeçalho. No preâmbulo do primeiro número, o então Praeses F. Schlünzen escreve: ''Após uma interrupção involuntária de vários anos, mandamos agora de novo o nosso jornal sob a denominação "Castelo Forte", demonstrando assim que somos hoje os mesmos como antes. Queremos de novo cuidar da comunhão entre as paróquias do nosso sínodo; queremos cuidar da cooperação com os outros três sínodos no Brasil, baseados conosco na mesma confissão luterana, a fim de que seja realizada a Igreja Evangélica Luterana no Brasil. Este jornal, redigido pelo pastor Friedrich Wüstner, de Joinville, e sob a direção do senhor Julio Manteufel, teve, no inicio, 1.400 assinantes, número este que cresceu até o fim de 1947 à casa dos 4.300. Posteriormente foi redigido pelo pastor Hans Zischler.

Em 1963, o "Mensageiro do Evangelho" e o "Castelo Forte" foram unificados em conseqüência da fusão dos dois sínodos evangélico e luterano para o "Sínodo Evangélico-Luterano Unido", que ocorreu em outubro de 1962, em Curitiba. Os estatutos desta nova corporação eclesiástica se encontram no primeiro número do novo jornal com o nome duplo "Mensageiro do Evangelho Castelo Forte", que um ano mais tarde, na edição de agosto de 1964, recebeu um novo cabeçalho com o nome "VOZ DO EVANGELHO". Em outubro de 1968 ocorreu a incorporação plena e definitiva dos sínodos na IECLB através da aprovação da constituição no concílio extraordinário, em São Paulo. Em conseqüência desse evento surgiu a idéia de reunir todos os periódicos existentes num único jornal nacional da Igreja. A Fusão de 71 Para discutir este assunto, o então pastor presidente, Karl Gottschald, encarregou os responsáveis pelos diversos periódicos (que se reuniram nos dias 16/17 de setembro de 1970, em Indaial, SC) para elaborar um anteprojeto. Estiveram presentes, nesta reunião, os repre-

E SAGEIRO da EVANGELHO CASTELO FORTE

Impedido durante a guetTa, o periódico do Sínodo Evangélico recomeçou a circular em 19116, agora sob o nome "0 Mensageiro do Evangelho'~

A fusão de 63, entre "Mensageiro do Evangelho" e "Castelo Forte'~ jornal que no ano seguinte se chamaria "Voz do Evangelho'~ para, em 1971, se integrar ao "Jornal Evangélico."

sentantes dos seguintes periódicos: HEIMATBOTE - P. Jost Ohler; A CRUZ DO SUL - P. Ulrich Vesper; IGREJA EM NOSSOS DIAS- P. Egon Koch e a jornalista Eva Dürr; FOLHA DOMINICAL- P. Johannes Hasenack; PRESENÇA - Estudante de Thologia Martin Weingaertner; ESTUDOS TEOLÓGICOS - Estudante de Teologia Amoldo Maedche; VOZ DO EVANGELHO - P. Nelso Weingaertner e P. Friedrich Gierus. Este grupo, entre outras sugestões, propôs: - a formação de um Conselho de Imprensa; - a criação de um departamento jornalístico com a atribuição de coletar e distribuir notícias, documentos e artigos tanto em âmbito nacional como internacional a cargo de um diretor e secretária com tempo inte$ral; - a fusão parcial de "Folha Dommical" e "Voz do Evangelho" e eventualmente periódicos do Brasil Central, que seriam editados quinzenalmente por um redator com tempo integral; - a instalação do departamento jornalístico e da redação dos períódicos fusionados deveria ser promovida no início de 1971; - a sede do Departamento Jornalístico e a sede redatorial dos periódicos fusionados deverão ser no mesmo lugar. Houve opiniões que do lado prático argumentaram em favor de Porto Alegre e uma maioria, preocupada com a descentralização, optou por Blumenau (SC), que oferece ótimas condições de imprensa e comunicação. (Voz do Evangelho NoJO/Outubro 1970) Assim encaminhou-se a fusão dos jornais "Folha Dominical" (com 10.000 assinantes) e "Voz do Evangelho' (com 8.500 assinantes) para o "JORNAL EVANGÉLICO", que começou a circular, sendo redigido pelo pastor Jost Ohler, a partir de 15 de novembro de 1971, com sede em São Leopoldo, no Rio Grande do Sul. Pastor Friedrich Gierus é responsável pela redação do jornal "0 Caminho'~ daRegião 2, edita os folhetos evangelisticos da IECLB, o Anuárfo e o "Jahrweiser"

MALHARIA TAESCHNER LTÍ>A. R. Norberto Seara Heusi, 793 S. Asilo, ex. p. 1516 Fones: (0473)23-1900 23- 1026 23· 1731 89035 -: Blumenau - SC


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Jornal Evangélico

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~~~~~~~~~( DERHEIMMBffiE )~~~~~~~­

NO ES, um dos veículos que originaram o JOREV Em 1935 nasceria, no Espírito Santo, o jornal "Der Heimatbote" (O Mensageiro da Pátria), em língua alemã. Ele, no entanto, teria vida curta. Existiu apenas até 1938. Seu fundador foi o pastor alemão Hermann Roelke, a quem cabe o mérito de ter unido as Comunidades evangélicas da IECLB no Espírito Santo com as do Sínodo Brasil Central e de ter conseguid.o a elaboração do mensário recém fundado. Nestes termos escreve o pastor Sigmund Wanke, em 1951, no primeiro número da "Folha de Noticias das Comunidades Luteranas Espiritosantenses - Heimatbote", o sucessor do extinto e antigo "Heimatbote''. Wanke explica a razão da curta existência - de apenas quatro anos - do "Heimatbote'' do pastor Roelke e faz, ao mesmo tempo, a apresentação do novo jornal, agora também com páginas em português. QUJNTA-COWNA "Culpado de ser quinta-coluna simplesmente por seu traje alemão",escreve o pastor Wanke, •o 'Heimatbote' se tomou vítima da política internacional daquele tempo. Mudaram-se os tempos, muitos dos seus velhos amigos desejam o seu reaparecimento. Mas não mudaram somente os tempos, mudaram também as feições das nossas comunidades". O pastor Siegmund Wanke passou a ser o redator do novo jornal, cuja primeira edição, bimensal, é de janeiro/fevereiro de 1951. Na apresentação deste primeiro número, ele explica que, a esta altura, já não seria possível editar um jornal de comunidade totalmente em alemão, porque grande parte dos membros já passaram a preferir a língua nacional. Wanke não esquece, ao mesmo tempo, de mencionar que, por outro lado, também ainda existem aqueles membros que desejam um jornal apenas em língua ale-

mã. Assim, na tentativa de agradar a ambos os lados, o novo jornal das Comunidades Evangélicas do Espírito Santo passa a destacar alternadamente em suas edições um dos dois idiomas. Numa edição receberiam preferência os artigos em alemão, noutra, os em português. DE OITO A 20 PÁGINAS De oito a 20 páginas teve o "Heimatbote'' de 1951 a 1969. Prevaleciam, contudo, as edições de 12 páginas. Por falta de exemplares após 1969, não foi possível comprovar a data da extinção deste jornal capixaba. Sabe-se, no entanto, que isso ocorreu antes de novembro de 1971, pois na última edição da "Folha Dominical" do antigo Sínodo Riograndense, na edição de 7 de novembro de 1971, o pastor Jost Ohler, em seu artigo "Em ritmo de Brasil grande'', menciona também o "Heimatbote'' como um dos jornais que deram origem ao jornal nacional da ffiCLB, o Jornal Evangélico, cuja primeira edição saiu em 15 de novembro de 1971. Quanto ao conteúdo do "Heimatbote'', basicamente vai na mesma linha dos outros jornais regionais na ffiCLB da época: meditações, tanto em português como em alemão, anúncios familiares (de falecimentos, por exemplo), noticias familiares (de batismo, confumação, casamento), notícias de comunidades, matérias à base de histórias, palestras, testemunhos, pequenas notícias de todo o Brasil, bem como de outros países, textos de hinos, entre outros. Raramente havia alguma ilustração. Comprovantes contábeis mostram que a tiragem oscilou entre 1800 e 2500 exemplares. Ainda no artigo "Em ritmo de Brasil grande'', Jost Ohler coloca que o "Heimatbote'' encerrou sua circulação com 2.100 exemplares.

LEMA DO

A~O

1962

NAO VOS ENTRISTEÇAIS. PORQUE A ALEGRIA DO SENHOR e A VOSSA FORÇA Nccalas&.IO

JAHRESLOSUNG 1962

B-EKÜMMERT EUCH NICHT. DENN . DIE · FREUDE ,~M

HERRN 1ST EURE

STARKE N•"-&a

a. ao

(Extrrúdo do Trabalho de Conclusão no curso de Jornalismo de lngelore Starke, · ~ Imprensa Escrita naiECLB'~ de 1981)

MARMORARIA E FUNERÁRIA

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PREFEITURA MUNICIPAL DE TROMBUDO CENTRAL

UMA TRADIÇÃO DE 70 ANOS

ARTE MONUMENTAL E SERVIÇOS FUNERARIOS •SAUDAÇÃO• Que o JORNAL EVANGÉLICO seja sempre e cada vez mais mensageiro da esperança, da confiança e da fé. E que sua leitura seja sempre motivo para Louvar e Agradecer a Deus. São os nossos votos, ao se comemorarem 100 anos de imprensa evangélica no Brasil.

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Evangélico A Prefeitura Municipal de Trombudo Central . (SC), através dos funcionários, Legislativo e Executivo, sentem-se honrados em congratular os fundadores e colaboradores do Jornal Evangélico, pela passagem do Centenário da Imprensa Evangélica, desejando pleno êxito na continuidade deste importante meio de comunicação cristã.

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IECLB


18

Jornal Evangélico

Agosto de 1988

_______________(___A_C_RU_Z_N_O_S_U_L __)_______________

De jornal a boletim, um veículo que soma 52 anos mas a nossa proposta, no meu entender, estava esgotada. Afinal, dentro dos limites financeiros e operacionais a que estávamos sujeitos, concluímos um processo de modernização do jornal. As próprias condições de efervescência vividas pelas comunidades, com o surgimento de novas lideranças, novos serviços, possibilitavam a concretização de muitos desejos: o fortalecimento da língua nacional, com a distribuição da matéria em dois cadernos - oito páginas em alemão, oito em português; um novo projeto gráfico, mais arejado, no formato ta-

Asclepúules Pomme

A CRUZ NO SUL, nascida KREUZ IM SÜDEN, tem hoje 52 anos, embora o expediente assinale o ano XL, possivelmente considerando períodos em que a sua circulação teria sido interrompida. Apareceu em 1936 como "Folha paroquial alemã-evangélica da Comunidade Evangélica de São Paulo e Vila Mariana", e sua periodicidade, durante o maior tempo de sua existência até 1974, foi mensal. Hoje -desde 1975- circula trimestralmente,

ACRuzNoSuL l' , • .,, \i

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no formato boletim, como órgão informativo da União Paroquial de São Paulo. A língua alemã foi exclusiva até 1949, quando surgiu o primeiro cantinho em português. A medida em que o trabalho no vernáculo crescia dentro das comunidades, KREUZ IM SÜDEN, mesmo com a parte em alemão tendo prioridade, abria mais espaço para a língua nacional. O formato da publicação sempre tendeu à re-

19 71

·~ Cruz no Sul'' nasceu como "Kreuz im Süden'~ Apareceu em 1936 como "Folha paroquial alemãevangélica da Comunidade Evangélica de São Paulo e Vila Mariana''.

blóide; a introdução de colunas específicas para crianças e jovens; novos colaboradores; uma saudável abertura na discussão de temas que empolgavam os membros e, particularmente, uma ampliação do noticiário nacional, com o esforço de integração na IECLB e na Ecumene. NOVO PROJETO A publicidade, sempre presente nas suas páginas, avultou naquele período. Procu-

... E \

Assim como o conteúdo, que a partir de 19'19 foi cada vez mais sendo redigido em português, também o logotipo do jornal mudou em 1971. A Cruz no Sul chegou a alcançar tiragens de 5 mil exemplares.

vista, e o tamanho tablóide viria já na esteira das modificações que culminaram em 1971. Pelo que sei, A CRUZ NO SUL sempre foi editada por voluntários, não remunerados, na maioria pastores. MODERNIZAÇÃO Desagradável coincidência, minha despedida da editoria assinalou a última edição d~ CRUZ NO SUL como jornal. Era dezembro de 1974 e, após vários anos à sua frente, estava cansado e decidi deixálo, para não provocar o seu envelhecimento, o que fatalmente aconteceria se permanecesse no cargo. Não imaginava os rumos que A CRUZ NO SUL tomaria,

ramos, além do anunciante tradicional, que nos concedia as suas verbas por afinidades confessionais ou de língua, aquele outro que percebia as possibilidades de um veículo com cin:ulação dirigida, tiragem média de 3.500 exemplares e que chegou a tiragens de 5.000 exemplares. Angariávamos a publicidade através de um corretor comissionado! Em junho de 1982, houve uma tentativa de viabilizar um novo projeto; em formato de revista e a cores. 'Ii'azia duas ·

IOLETI" INFORMATIVO DI\ IGREJA EVANGl:LICA LUTEIWIA DE S.PAULO (IGREJA EVMGt.. ICA DE COftFISsAo LUTERMA 110 BRASIL • IÊCLI).

nf 2: Junho•Agosto-Set..-ro 1988 A mais recente publicação de

·~

MO XL

Cruz no Sul'~ em seu 52° ano de circulação,

luUe como boletim - fonnato revista - da lgn?Ja Evangélica Luterona de São lbulo

(IECLB)

ousadas novidades: queríamos profissionalizar a redação, com pelo menos um elemento em tempo integral e remunerado, além da publicidade que seria produzida e gerida por uma firma do ramo. Os custos fmanceiros, difíceis de serem cobertos pela publicidade que se pretendia angariar e a própria ousadia do projeto deixaram-no guardado para, quem sabe, retomar em momento mais oportuno... Existe uma lacuna muito séria no trato da informação na Igreja e a caminhada dessa publicação, como a de outras da IECLB, é pontilhada de altos e baixos. De toda a forma, nas suas muitas fa-

ses, A CRUZ NO SUL tem sido um repositório da vida na Igreja em São Paulo, com o seu registro dos acontecimentos familiares, da história eclesiástica, das reflexões, dos pensamentos e, por que não, dos seus sonhos e das suas esperanças.

Asclepfades Pommê, ex-redator de ·~ Cruz no Sul·~ é presidente de Conselho de Comunicação da IECLB.

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A prlmtllra colheita de arroz no Projeto Ouerlnc/a, em 1987. lAuro Arend, primeiro morador, estl hl dois anos residindo no Ouerlncla e para e/e••• "ESTE lt UM LUGAR DE Ft.mJROr

'

do começou com as dificuldades de sobreviência de pequenos agricultores de Tenente Portela - Rio Grande do Sul, causadas pela escassez de terras agricultâveis e a visão futurista de uns pou' cos homens corno Norberto Schwantes e do engenheiro agrônomo Orlando Roewer. Preocupados com os rumos que vinha tomando a agricultura no sul, fator que fatalmente levaria a curto prazo a um colapso total dos agricultores da região, trataram imediatamente de descobrir uma forma que viesse solucionar o eminente problema. Criou-se então a Cooperativa de Colonização 31 de Março ltda. - Coopercol. Apesar de todas as dificuldades encontradas, a Coopercol esteve a frente do projeto de colonização até 1975, quando por necessidade de uma estrutura mais voltada à produção, foi fundada a Cooperativa Agropecuária Mista Canarana ltda.- COOPERCANA. Na colonização, depois de participar de 20 projetos e assentar até 1978 mais de duas mil famRias, a COOPERCANA partiu para duas novas conquistas. Visando um melhor aproveitamento de imensas âreas ociosas do Estado de Mato Grosso, além de dar oportunidade aos pequenos produtores de adquirirem suas terras, a cooperativa resolveu implantar o projeto de colonização Querência e participar do Projeto Ana Terra. Em âreas que somam 200 mil hectares. Do solo de cerrados que tantos desacreditavam, os pioneiros fizeram brotar, de imediato, perspectivas de progresso, obtendo produtividades acima da média nacional. Na área de ação da COOPERCANA plantam-se e colhem-se: arroz, milho, soja, feijão, crotalária, entre outras. ConseqOência da agricultura, praticada com critérios técnicos atingindo altos rndices de produtividade, onde a conservação de solos em microbacias é uma recomendação e prática crescente-.

Surgiu também a apicultura no convMo do colono, como uma atividade alternativa, através do projeto COPERMEL. E atualmente, mais de duas centenas de agricultores exploram esta atividade, com urna produção anual de mais de 80 toneladas de mel puro. E os apicultores associados recebem todo apoio e a força do cooperativismo que oferece todas as condições para produção. Na agroindOstria, o maior sucesso de produção da cooperativa deveu-se à sua auto-suficiência-industrial conquistada nos Oltirnos anos. Primeiramente instalou-se a indCrstria de beneficiamento de sementes. Depois, com a implantação da usina de calcário, o produtor enfim conseguiu introduzir com maior intensidade o Incremento da soja na região. Em seguida vieram a usina de beneficiamento de arroz, a indC.stria de ração e concentrados e a indCistria de material aprecia. Estão previstos para 1988 a instalação do frigorffico e o encaminhamento de projetos para novas frentes na agroindústria, com recursos do Prodecer. Para avaliar as mais diversas culturas com vistas à introdução na região, a COOPERCANA instalou o seu Campo Experimental, com o apoio da pesquisa

Afonumento erguido na Praça Central de Canarana, . , homenagem aos pioneiros.

O Centro de Treinamento a partir de 1988 propiciará a melhor formação do pessoal Hgado a sua estrutura, como os associados e seus famiftares e o qua.dro de funcionârios. Este mesmo público participa de reuniões dos·nC.cleos cooperativistas, os quais funcionam como 6rgão auxiliar na administração da cooperativa, pennitindo a transparência ideal dos negócios. Os viveiros distriburdos em vários pontos de ârea de ação da cooperativa produzem plantas ornamentais, frutlferas e silvestres. A armazenagem, com quase duzentas mil toneladas de capacidade estática, está insuficiente para atender a demanda do mercado em sua ârea de ação e, conseqOentemente, garantir a estocagem das futuras safras. As lojas de peças e implernentos agrlcolas, de produtos agropecuârios e supermercados de pequenos pontos de vendas transformaram-se numa rede que atende os cooperados e terceiros, sendo mantida pela Central de Abastecimento. Na pecuária inicia o fomento à suinocultura, com um programa de apoio técnico, crédito, financiamento

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oficia~!.

O alimento brotando da

Atram do Projeto Copermel, oe apicultores produzem e comerc/a//zam o mtll do Mato Grosso, orlgiMdo da florada mt1ltrera do t:Mr8do nalltlo.

terra em NoVa Xavanttna. .

de matrizes e mercado organizado, com o frigorffico em Canarana. Há inseminação artificial de bovinos e assistência técnica especializada. Um laboratório de análises de sementes, dentro dos mais altos padrões de exigibilidade técnica. E visando uma maior e melhor agilidade de seus negócios administrativos e operacionais, a COOPERCANA implantou um moderno e ramificado Centro de Processamento de Dados. Além dos telefones rurais e energia, que também são preocupações da cooperativa, com. a instalação de postos em várias localidades e a construção da pequena Central Hidrelétrica do Garapú. Os cooperados, funcionários e diretores, unindo forças e objetivos, trabalham duro para atingir as conquistas via cooperação.


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Agosto de 1988

Os jornais regionais existentes por ocasião do desaparecimento jurídico dos Sínodos, em 1968, que eram a "Folha Dominical", do então Sínodo Riograndense, e "Voz do Evangelho", do Sínodo Santa Catarina e Paraná, foram fusionados em novembro de 1971 para dar lugar a um só jornal, o Jornal Evangélico, de circulação nacional. O Jornal Evangélico saiu com o seu primeiro número em 15 de novembro de 1971, e teve como seu primeiro diretor o Pastor Presidente da IECLB de então, Karl Gottschald, enquanto que o pastor Jost Ohler assumia o cargo de redator-chefe. Na seqüência, nesta edição especial, é registrada a posição dos Pastores Presidentes da IECLB desde 1968 até hoje sobre o desempenho do Jornal Evangélico e o papel que exerceu e que vem excercendo como jornal nacional da IECLB. Dão, pois, o seu parecer os pastores Karl Gottscbald, Augusto Ernesto Kunert e Dr. Gottfried Brakemeier.

"Se o pastor Jost Ohler - o primeiro redator-chefe e o segundo diretor do Jornal Evangélico- tivesse sido alguém que seguisse com obediência o que a direção da Igreja queria, certamente o Jornal Evangélico não teria evoluído tão rapidamente como evoluiu", reconhece o pastor Karl Gottschald, pastor presidente da IECLB por ocasião do surgimento, em 1971, do Jornal Evangélico e o primeiro diretor do veículo nacional da Igreja. "Ohler já tinha mais uma visão para o futuro e por isso defendia a idéia de que as bases tinham que ter espaço para se manifestar, enquanto que nós, da direção, éramos de opinião de que este jornal era instrumento da própria Igreja. O JOREV, contudo, foi se libertando desta função para ser realmente um órgão que reflete também as aspirações da base, de discussão e de diálogo", avalia o pastor Gottschald, pastor presidente de novembro de 1%9 a março de 1979, quando se aposentou.

Jornal Evangélico

----~EPOIMENTO

DOS EX-PRESIDENTES)

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Jornal nacional se impôs em 1968 Segundo ele, a necessidade de um jornal nacional na IECLB surgiu em 1968, mas não foi possível colocá-la em prática sem antes vencer certos obstáculos: tanto o jornal Folha Dominical, do então Sínodo Riograndense, como o jornal "Voz do Evangelho", do Sínodo Santa Catarina e Paraná, tinham suas tradições. ORIENTAÇÃO UNIFORME Contudo, prossegue Karl Gottschald, com o desaparecimento jurídico dos Sínodos, em 1%8, era necessário ter um órgão próprio que orientasse a Igreja toda de maneira uniforme e que, ao mesmo tempo, servisse como elo de ligação entre as diversas regiões para promover a troca de experiências entre elas. "No início", coloca Gottschald, "tudo foi bastante aberto, deixando-se inclusive a possibilidade para as regiões terem o seu suplemento dentro do Jornal Evangélico, mas importante era a orientação uniforme para que se criasse uma Igreja una, nacional:' Perguntado se ainda hoje defenderia a extinção de jornais regionais para a criação de um jornal nacional em termos de IECLB, o ex-presidente responde que, hoje, depois que a unificação deu certo, não vê mais como necessário a eliminação de um para o chamamento à vida de outro. "Os jornais reJZionais poderiam muito bem continuar existindo porque eram o porta-voz dos Sínodos", coloca Karl Gottschald. Ele confessa, porém, que havia um receio muito grande da unificação da IECLB não dar certo e que residiu aí uma das razões para que houvesse somente um jornal, cuja tarefa era de auxiliar na criação da Igreja una.

Gottschald: a necessidade de um jornal nacional na IECLB surgiu em 1968, mas não foi possível colocá-la em prática sem antes vencer cenos obstáculos

A tradição dos Sínodos também iria se fazer sentir no Jornal Evangélico, no que

dizia respeito à direção. Os jornais regionais tinham como seu diretor o respectivo "Prãses" (pastor regional), e o mesmo aconteceu com o jornal nacional: Karl Gottschald, como pastor presidente, também assumiu a direção do jornal. No entanto, somente por um período de pouco mais de um ano - do primeiro número (15 de novembro de 1971) até dezembro de 1972. A partir daquela data, por decisão do Conselho Diretor, a direção do Jornal Evangélico foi entregue ao pastor Jost Ohler, "porque queríamos valorizá-lo e encaminhá-lo, pois ele tinha os dons pa- ' ra esta tarefa", sublinha Gottschald. Segundo ele, Ohler se dedicou a esta tarefa não apenas com muito entusiasmo, mas também "com muito conhecimento de causa, com muita competência, como um verdadeiro profissional". Mas não eram raros os choques e as divergências entre Ohler e a direção da Igreja, admite o pastor Gottschald. As diferenças, conforme ele, surgiam porque a direção da IECLB tinha interesse num jornal orientador, que desse mais as diretrizes, que levasse a todas as Paróquias e Comunidades o que a IECLB pretendia ser, enquanto que Ohler defendia maior espaço às bases. Contudo Gottschald destaca que, apesar de todos os choques havidos, isto nunca afetou o relacionamento pessoal entre ele e Jost Ohler. Gottschald inclusive é de opinião de que é muito salutar quando um jornal de Igreja dá lugar a várias correntes e não se fixa numa linha só, sendo porta-voz de todo povo. "Ohler estava na linha certa", destaca. -

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Agosto de 1988

Jornal Evangélico

_ __ _ _ _ _(DEPOIMENTO DOS EX-PRESIDENTES)_

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Jornal Evangélico foi Em 1974, Gottschald fala elo unificador da IECLB em 30 mil assinaturas O Jornal Evangélico cumpriu com as duas funções: foi um elo unificador da IECLB e tornou-se mais e mais um jornal onde todos tinham possibilidade de se manifestar e dar suas opiniões, analisa o ex-pastor presidente da IECLB, Karl Gottschald. Na sua opinião, o Jornal Evangélico acompanhou a evoluçã~ havida nos seus 17 anos de existência. As vezes, porém, deu a impressão de ser mais porta-voz de uma determinada corrente da IECLB, "quem sabe em detrimento de outra corrente, o que não é bom porque deveria retratar o todo:• ''Às vezes" - acrescenta - ''a gente deprendeu de cartas de leitores que o JOREV defendia uma linha só, mas devo reconhecer que ele ultimamente relata sobre todos os eventos e acontecimentos dentro da IECLB. Acho também que tem sido criativo no seu relato ao retratar uma comunidade, por exemplo".

MAL CRÔNICO Um "dói-dói" do Jornal Evangélico é o seu número de leitores, mas isto é "um mal crônico" que já vem das folhas regionais, salienta o pastor Karl Gottschald. Ele lembra que, já no primeiro número do boletim do Sínodo Riograndense, em 1938, a direção do Sínodo já conclamava, apelava até aos pastores, para promoverem e divulgarem a Folha Dominical. "Hoje, naturalmente, o crescimento do número de leitores é bem mais difícil, porque a oferta de literatura é bem maior do que 50 anos atrás, e naquela época a Folha Dominical era o único jornal que os membros do Sínodo tinham e a meta era que pelo menos os presbíteros fossem leitores", recorda Gottschald. Ele também garante que sempre foi assim: havia os pastores com mais interesse e aqueles com menos interesse pela colocação da Palavra impressa.

Em seu relatório como Pastor Presidente da IECLB ao 7° Concílio Geral, em Curitiba, em outubro de 1970, Gottschald colocou que o Conselho Diretor havia reconhecido a necessidade da criação de um Departamento Jornalistico da IECLB; em seu relatório ao 8° Concílio Geral, outubro de 1972, em Panambi (RS), ele já fala em 26.000 assinantes do Jornal Evangélico. Dois anos mais tarde, em 1974, no 9° Concílio, em Cachoeira do Sul (RS), o pastor Gottschald aponta para os 30.000 assinantes e fala da "boa equipe de cinco colaboradores" da Redação Central, dirigida por Jost Ohler. Coloca, também, que o diagrama do Jornal Evangélico foi alterado para tomar sua leitura mais atraente. Quanto ao conteúdo - escreveu Gottschald em seu relatório -, procura-se dar mais ênfase às questões teológicas, tendo crescido consideravelmente o número de anúncios comerciais. O que faltou, entretanto, foi tempo e dinheiro para campanhas de propaganda em grande escala. CONTENÇÃO DE DESPESAS Sob o ítem "Redação Central", Karl Gotts-

chald escreve!J o seguinte em seu relatório ao 10° Concílio, no ano de 1976, em Belo Horizonte: ''Este setor de trabalho - Redação Central - foi assumido, a partir de 1° de abril de 1975, pelo pastor Hilmar Kanneuberg (em função do regresso do pastor Jost Ohler para a Europa). Para diminuir as despesas, foi reduzido o corpo redatorial e suspensa a publicação do SEI - Doe (Serviço Evangélico de Informação - Documentação) e SEI - Boletim. De resto, o trabalho continua o mesmo". No último concílio geral que presidiu, em Joinville (SC) em outubro de 1978, Karl Gottschald compartilhou com os conciliares que, desde junho de 1977, a direção do Jornal Evangélico foi assumida pelo pastor Johannes Hasenack. Havia, então, dois jornalistas de meio turno - Edelberto Behs e Rui Jorge Bender -, e com a intenção de obter notícias das bases foi criado um quadro de correspondentes distritais. Dos 30.000 assinantes citados em 1974, apenas 14.000 continuam fiéis quatro anos mais tarde, em 1978. A Redação Central passou a constituir ·um escritório comum para os setores de editoração, jornalismo e comunica~o em suas instalações próprias, no Morro do Espelho.

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22

Jornal Evangélico

Agosto de 1988

_ _ _ _ _ _ (DEPOIMENTO DE EX-PRESIDENTES)_ __ __ __

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JOREV foi importante no esforço pela unidade '~judar na formação e fundamentação de uma lgreja.a nível nacional" era a finalidade do Jornal Evangélico quando foi criado em 1971 com a fusão de outros jornais regionais, lembra o pastor Augusto Ernesto Kunert (hoje aposentado e morando em Novo Hamburgo, RS). Kunert foi pastor regional da Região Eclesiástica 4 de 1968 a 1978, quando assumiu a presidência da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB), à testa da qual permaneceu até sua

aposentadoria em agosto de 1985. Quando aconteceu a fusão dos diversos Sínodos, desembocando na IECLB, sentiu-se a necessidade de que na Igreja houvesse tambéfn um jornal a nível nacional, recorda Kunert. "0 Jornal Evangélico assumiu importância básica no esforço pela unidade'', constata o expresidente da IECLB. "Creio que contribuiu bastante para esse sentimento de unidade, superando regionalismos", frisa Kunert hoje. TROCA DE INFORMAÇÕES Todavia, o ex-presidente não quer com isso dizer que não há espaço para jornais regionais. Eles têm grande importância porque contribuem para que "haja uma maior troca de informações na base regional", entende Kunert. Por outro lado, um veículo de circulação regional não substitui um jornal a nível nacional, que possibilita troca de informações a nível mais amplo. Enfun, os dois devem coexistir sem prejuízo entre si. Kunert lembra que o Jornal Evangélico desempenhou um papel muito importante na IECLB na medida em que despertou a reponsabilidade entre os evangélicos luteranos pela participação na sociedade brasileira. A postura do Jornal "colaborou para que o membro saísse dos muros da Igreja para assumir sua corresponsabilidade para com a sociedade''.

Kunert: <~Jornal Evangélico colaborou para que o •embro assulftisse sua correspo~t~~abllldade para colft a sociedade''

Quando Kunert assumiu a presidência em 1978, nascia na IECLB uma nova compreensão teológica, com uma voz muito fq,rte. Essa tendência defendia que a IECLB deveria ser a Igreja corresponsável para com a sociedade. "O Jornal Evangélico bateu

muito nesta tecla", recorda Kunert, "para alguns até em demasia". Com essa postura o Jornal "correu risco de se tornar unilateral", observa o ex-presidente. MUITO RESPEITO "Mesmo correndo o risco de se tornar unilateral, o Jornal contribuiu para a caminhada de uma Igreja nacional", afiança Kunert. "E também ajudou a suscitar uma discussão teológica entre as linhas de pensamento na IECLB", acrescenta. Não obstante essa contribuição do Jornal Evangélico, Kunert afirma que também chegou a se incomodar com o jornal, quando "informações vinham com cheiro de fofoca". Fazendo um balanço do seu tempo na presidência, o pastor recorda que não houve grandes abalos entre ele ~ a Redação do Jornal Evangélico. "Ela sempre me respeitou muito", comenta. "É claro que houve algumas tensões, mas não as deixamos evoluir para a hostilidade'', lembra Kunert. "Pois havia franqueza e disposição para o diálogo!'

Kunert: "Jornal Evangélico contribuiu para a caminhada de uma lgNUa nacional''

Avaliando o Jornal Evangélico hoje, o ex-presidente constata-o "bastante mais equilibrado". "Todas as vozes da IECLB têm vez nele'', verifica. Através de suas páginas o jornal deixa transparecer o pluralismo existente na IECLB, observa o ex-presidente. Algo que Kunert considera muito importante é a iniciativa em "levantar a história das Comunidades e da própria Igreja". Com esse resgate da história "ajuda a refletir sobre a realidade de hoje'', arremata. Para construir um futuro melhor precisamos aprender da caminhada no passado, acredita o ex-presidente da IECLB.

Kunert: ·~través de suas páginas o Jornal Evangélico deixa trcua8parecer o pluralismo existente na IECLB"

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Jornal Evangélico

Agosto de 1988

( DEPOIMENTO DO ATUAL PRESIDENTE )

JOREV tem cumprido • da Igreja os anseios Analisando o Jornal Evangélico dentro de sua função corno jornal nacional a nível de IECLB, o pastor presidente Gottfried Brakerneier o classifica corno "nem oficial nem oficioso". Afirma que a IECLB faz questão de ter meios de comunicação desta natureza. Brakerneier espera que o Jornal Evangélico se considere corno sendo da IECLB, que vista a camiseta e sirva às Comunidades. Ressalta, por outro lado, que o JOREV é redigido em responsabilidade própria dos seus redatores e do seu. editor. Brakerneier afirma que a direção da IECLB não exerce nenhum controle sobre o Jornal Evangélico ou outro jornal, espera, porém, que ele- o JOREV - se integre nos propósitos da Igreja e de sua

igualmente que um jornal desta natureza jamais está definitivamente pronto. Sempre poderá ser melhorado, sem que isto signifique não estar cumprindo sua função. Dr. Brakerneier é do parecer de que também jornais regionais são importantes e valiosos, porque podem atender muito bem as necessidades regionais, mas não deveriam querer substituir um jornal que procura cobrir a área da IECLB como um tudo. Disse que uma das funções de um jornal evangélico nacional é promover a comunicação entre as diversas partes da IECLB e deve ser, assim, um instrumento da unidade. ,

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BIIIIJBSUS Nãlllill Pretensíes Ser modelo de ensino e exemplo de vida é uma proposta concreta. E acreditar na educação de um homem melhor. E perseguir a excelência em tudo que faz. E saber-se responsável pela preparação das gerações que passam pelas suas salas. Melhorar as relações entre as pessoas. das pessoas com as instituições, das pessoas e das instituições com Deus. Não são pretensões. São propostas concretas que fazem o dia-a-dia do Colégio BOM JESUS.

Brakemeier: "Jornal Evangélico jamais foi julgado como não cumpridor dos objetivos inerentes a um jornal evangélico''

missão. Entende o pastor presidente que o Jornal Evangélico tem cumprido os anseios da Igreja, e que este, mesmo tendo por diversas vezes recebido críticas, tanto das comunidades corno dos órgãos diretivos da IECLB, "jamais foi julgado corno não curnpridor dos objetivos inerentes a um jornal evangélico". FUNÇÃO IMPORTANTE

"O JOREV traz boa informação, mas poderia dar mais espaço a matérias meditativas. Contudo, cumpre a importante função de despertar o raciocínio crítico em nossa sociedade e Igreja, sem deixar de convocar para o engajamento evangélico", atesta o líder da IECLB. Entende

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COMUNICAÇÃO: PRIORIDADE Como, enfim, poderá ser colocada em prática a reivindicação do Congresso Luterano de Comunicação de maio deste ano, em Joinville (SC), de que a comunicação seja prioridade da IECLB na década de 90? Na opinião do pastor Brakemeier, comunicação poderá ser assumida como prioridade nos anos 90 pelo Conselho Diretor a ser eleito em 1990, mas ressalva que não existe apenas uma, mas sim várias formas de priorizar a comunicação. Como uma das formas já existentes, ele cita a Campanha de Leitura "É tempo de ler", promovida pela Editora Sinodal, e diz que imagina que também sejam elaborados programas que visem ao incentivo da comunicação na Igreja. Melhorar o espaço que os meios de comunicação da sociedade oferecem à Igreja, especialmente rádio e televisão, seria outro objetivo a ser perseguido, segundo Gottfried Brakemeier. Do seu ponto de vista, porém, priorizar a comunicação significa, sobretudo, desencadear um processo de reflexão na Igreja sobre o significado da comunicação cristã, sobre a prática de comunicação na sociedade e sobre o compromisso comunicativo da Comunidade cristã. "Isto, no entanto, deveria ser programado e detalhado", recomenda o Pastor Presidente.

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Jornal Evangélico

Agosto de 1988

( DEPOIMENTO DO ATUAL PRESIDENTE ) ----------------------------------------------------------------

Brakemeier atribui máxima importância à imprensa A "máxima importância" o pastor presidente da IECLB, Dr. Gottfried Brakemeier, atribui aos veículos de imprensa escrita existentes na IECLB. Isto não somente como veículos de informação, mas também como meios de meditação e de alimentação espiritual. "Thmo·s alguns bons meios de comunicação escrita em nossa Igreja, embora ainda em números insuficientes", avalia o Dr. Brakemeier. Ele vê com certa preocupação a falta de condições econômicas para implantar es-

tes veículos. A ele preocupa igualmente o decréscimo de pessoas habituadas à leitura. Entende que o livro e os jornais devem hoje competir com a televisão e os meios audiovisuais, o que normalmente desfavorece o livro. "Leitura sempre é trabalho e exige um gesto de reflexão, enquando que os meios audiovisuais favorecem uma postura meramente consumista", atesta o líder da IECLB. GOS10 PELA LEITURA Ele reconhece que a leitura não é sufi-

cientemente estimulada. Destaca que é preciso pegar o gosto pela leitura, o que exige um processo de aprendizagem e que este, por sua vez, tem início com a alfabetização do indivíduo. Olhar televisão, ao contrário, não exige nenhum aprendizado, desiaca Brakemeier. Salienta que a televisão é um meio alternativo ao livro e jamais deve ser visto como substituto do mesmo. Para o pastor presiden~e o melhor ins-

trumento-de formação e enriquecimento é de fato o livro. Isto porque uma biblioteca tem muitíssimos autores que informam e se comunicam sob os mais diversos aspectos, enquanto que uma rede de televisão tem um ou poucos autores. Somase a isto ainda a possibilidade de escolha de temas interessantes ser bem maior no caso dos livros do que nos programas de televisão.

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deformação é o livro,

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"É muito difícil existir autonomia de pensamento e capacidade de juízos próprios sem o hábito da leitura", afirmou o pastor presidente da IECLB, Dr. Gottfried Brakemeir, em sua palestra sobre "A leitura é um exercício de libertação", proferida na Escola Superior de Teologia da IECLB, em São Leopoldo (RS). Brakemeier desenvolveu sua palestra sob os aspectos cultural, religioso e político-social. Ao abordar o aspecto cultural, enfatizou que a leitura permite conhecer a tradição da sabedoria e de tesouros culturais através dos séculos e os preserva desta forma. "Quem não lê não tem acesso a estes tesouros", salientou. Falando sobre o aspecto religioso, o líder da IECLB afiançou que a fé cristã é a "religião de um livro (a Bíblia)". 'Thmbém foi categórico em sua afirmação que para a maturidade da fé a leitura da Bíblia é fundamental, a.t;gumentando que "isto nos ensinou a Reforma do século 16". VITAL E IMPORTANTE Na opinião do Pastor Presidente, ao en-

focar o aspecto político-social, a leitura permite a formação de opinião própria e liberta da manipulação das opiniões veiculadas através de outros meios de comunicação. "O cidadão responsável necessita de leitura", observa. Afiança, por outro lado, que a censura a livros é muito mais difícil de ser imposta do que, por exemplo, à televisão, e que, por isso, o livro é fundamental para o funcionamento da democracia. Especificamente para o pastor e para a pastora, para o obreiro e para a obreira, a leitura é vital como precaução contra o esgotamento espiritual e teológico, afrrma Brakemeier. A leitura - prossegue ele - é importante também para o desenvolvimento da comunicação oral, pois exercita o raciocínio e desenvolve a capacidade de formulação. "Quem não lê tem dificuldades para expressar-se. Em razão disto, preocupa o grande índice de analfabetismo em nosso país, bem como o fato da leitura estar caindo em desuso", arrematou o pastor presidente da IECLB.

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Jornal Evangélico

_______________(~_D_IR_H_O_RE_S_DO_J_O_RE_V__)_______________ Além do primeiro pastor presidente da IECLB, Kart Gottscbald, também os pastores Jost Obler, Hilmar Kannenberg e Jobannes Hasenack estiveram na direção do Jornal ~ngélko. Gottsdlald foi diretor desde o seu inicio (15 de novembro de 1971) até dezembro de 1972; Jost Ohler, de janeiro de 1973 até abril de 1975; Hilmar Kannenberg, de abril de 1975 até julho de 1977; e Johannes lüsenack, de agosto de 1977 até maio de 1985. A partir de junho de 1985, o Jornal Evangélico não tinha mais diretor, cabendo ao editor responder pelo veículo. Edelberto Behs esteve nesta função até maio de 1986, quando saiu do Jornal Evangélico. Foi sucedido por Rui Jorge Render, que continua exercendo a tarefa. Nas próximas piglnas, Obler, Kannenberg e Hasenack falam do periodo em que responderam pelo Jornal Evangélico, assim como Eva Dürr, Cbrista Berger e Edelberto Behs relatam sobre seu trabalho na redação do jornal nacional da Igreja. Por fim, o pastor Silvio Scbneider, Secretirio de Comunicação da IECLB desde outubro de 1980, di seu parecer sobre a Palavra impressa na Igreja.

Concílio: ·editar um jornal nacional ''A partir de julho de 1971 foi convocado, pelo Conselho Diretor, um redator com tempo integral para os periódicos Folha Dominical e Voz do Evangelho, que deveriam ser fusionados, conforme sugestão do Conselho de Imprensa Provisório, a partir do mês de novembro de 1971. Para os periódicos Presença e Igreja em Nossos ·oias já havia uma redatora que trabalhava em Porto Alegre. Resolveu-se formar uma redação só, juntando os dois redatores, do que surgiu a Redação Central em São Leopoldo, orientada por um redator-chefe, Jost Ohlef.' Desta forma o próprio pastor Jost Ohler inicia seu relatório sobre a fusão dos

Ohler diz neste relatório que o VII Concílio Geral da IECLB, realizado em Curitiba, de 22 a 25 de outubro de 1970, havia imposto tarefas no sentido da comunicação na IECLB. Entre estas tarefas estava a de "editar um periódico para todos os membros da IECLB". 25.700 EXEMPLARES

"Para isso contávamos, teoricamente, com uma base de 16 mil assinantes", relatou Jost Ohler em 15 de novembro de 1972. "Tivemos, no entanto,. que fazer uma série de modificações de coisas profundamente arraigadas nas comunidades, o que poderia significar uma queda de assinaturas". Este temor, contudo, não se concretizou, pois Jost explica mais adiante em seu relatório que o "Jornal Evangélico, bem aceito nas comunidades, conta com uma tiragem atual de 25.700 exemplares!!.-"Não se esperava um resultado tão bom assim", admite ele. ''A administração foi subestimada!'

Disse Jesus:

.... --

..

jornais Folha Dominical e Voz do Evangelho um ano depois disto ter acontecido, usando as próprias páginas do Jornal Evangélico de 15 de novembro de 1972.

Thmbém foi colocado, durante o VII Conc:;,ílio em Curitiba, a necessidade da "criação de um órgão eficiente, para uma melhor informação no campo ecumênico, dentro da IECLB e ao grande público". Thmbém foi colocado como tarefa, prossegue Jost, "apoiar as revistas mensais Presença e Igreja em Nossos Dias".

<<Ide por todo o mundo • eprega1 o evangelho ·a toda criatura>>

ATIVIDADE PIONEIRA Ohler considera em seu relatório que esta foi uma "atividade pioneira no âmbito da IECLB", onde foi necessária uma tentativa com "meios financeiros incertos" e sem "orientação teórica para este novo campo!'. Por isso, justificava ele "não foi possível um planejamento perfeito que visasse o futuro". Mesmo assim, considerou bom o desempenho do Jornal Evangélico neste primeiro período, "o que foi conseguido quase sem propaganda". "Certaoiente aconteceu isto graças a um

empenho extrao~o da parte dos pastores e leigos", explicou Jost, ao mesmo tempo em que expressava "profundo agradecimento".

Marcos 16.15

Simultâneo ao fusionamento da Folha Dominical e Voz do Evangelho no Jornal Evangélico, era formado na Redação Central o Serviço Evangélico de Informação (SEI), também sob responsabilidade do pastor Jost Ohler. As despesas com o boletim "SEI" foram cobertas, em parte, pela Secretaria Geral e o restante pela

Ohler considerou bom o desempenho

do Jornal Evangélico no inicio

Editora Sinodal, conta Ohler. O objetivo do SEI era informar a Imprensa Eclesiástica em geral sobre acontecimentos na IECLB, no luteranismo e na Ecumene. Naquela época, o boletim era publicado em português, alemão e sueco. "No país, o SEI teve eco apenas parcialmente, enquanto no exterior, totalmente'', avaliava Ohler em novembro de 1972. E o boletim do SEI apresentava vantagens em relação aos outros periódicos da Redação Central: ''A forma breve e acessível como orientação rápida; ajuntamento, na medida do nosso alcance, de documentação para uso interno; informação regular para o exterior; e a possibilidade de se tornar um serviço efetivo na comunicação inter-eclesiástica". EXTINÇÃO DE REVISTA J ost relata ainda a fusão das revistas Presença e Igreja em Nosso Dias, ocorrida junto com a criação do Jornal Evangélico. A nova revista passou a ter o nome de Presença. "Esta revista, no entanto, continua desconhecida por falta de propaganda e de uma coordenação bem planejada", avaliava Jost no mesmo relatório. Segundo ele, "para a solução do problema temos duas soluções: cancelar a revista, o que significaria uma grande perda espiritual para a IECL~ ou um novo planejamento de grandes traços para o futuro, subvencionado pelo orçamento da IECLB!' A alternativa foi, apesar dos esforços de Ohler, a extinção da revista Presença, em dezembro de 1974. O pastor Jost Ohler, hoje de volta à Europa, contava naquele relatório que, no passado, era muito difícil a comunicação interna da Igreja. "Hoje, com a recém formada Imprensa Eclesiástica, os instrumentos de ampla comunicação estão à disposição". E já naquela época lembrava: " Depende agora das Comunidades e dos pastores de fazerem ou não uso destes ótimos meios de comunicação para a proclamação, a instrução e a conscientização na seara do Senhor".

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Jornal Evangélico

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_______________(~_D_I_ RE_ ro_RE_S_D_ O_ JO_R_ EV__).________________

Imprensa se entendia como a livre voz do povo Jost Od. Ohler

A IECLB nem sempre foi aquilo que é hoje, quando vista de fora: uma Igreja que cumpre sua tarefa missionária e profética em todo o país, uma Igreja que, pelo visto, encontrou sua identidade. Neste processo, o Jornal Evangélico certamente teve uma participação que não deve ser subestimada, pois, sem meios de comunicação eficazes, o processo de tornarse Igreja teria avançado como um jipe em meio a um lamaçal. É preciso que se diga que todas as pessoas que, no início da década de 70, tinham alguma responsabilidade na Igreja merecem muita gratidão, pois possibilitaram, com perspicácia e generosidade, o trabalho com os meios de comunicação de massa. As "autoridades" tinham confiança e nervos para suportar também coisas incômodas; o dinheiro necessário fluía graças à Editora Si nodal; sobretudo, porém, a base, isto é, as comunidades, estavam por trás do nosso trabalho. COMO SE CHEGOU A ESSE PON10 É bom lembrar que foi só em 1968 que os sínodos regionais se uniram para formar a IECLB - com hesitação, mas também com coragem. Comunidades amplamente marcadas pela tradição alemã se puseram a caminho de uma maior inserção na realidade brasileira. O jipe começou a andar, embora a estrada fosse intransitável: os jovens se jogando para a frente, os velhos puxando o freio (e poderia ter sido de outra forma?). Quando a V Assembléia Geral da Federação Luterana Mundial foi transferida, em 1970, teve-se que trocar o óleo e os pneus, por assim dizer. Houve gente que se enganou nos cálculos e foi deixada sozinha. O jogo com cargas escondidas não tinha dado certo; também sob o comando dos generais o Brasil não era um paraíso, como muitos queriam se meter na cabeça. Era tempo de revisão, tempo de juntar forças. Então se andou para a frente: em 1971 se começou com o Jornal Evangélico, em 1972 aconteceu, em São Paulo, a abertura para o Norte do país. Houve crescimento em direção

à unidade, e os historiadores da Igreja terão muito que contar a respeito daquela época. A DIMENSÃO NACIONAL O problema era de fato este: como se vai ensinar ao Sul que o Norte é importante, é parte integrante? Como ensinar às tradicionais associações de comunidade que a realidade brasileira é diferente do que geralmente se crê nas bem ordenadas colônias de descendentes de alemães? O Jornal Evangélico contribuiu para isso. Seus padrinhos tinham sido as folhas regionais, principalmente a Folha Dominical (RS) e a Voz do Evangelho (SC, PR). É claro que predominou o Morro do Espelho (Folha) com sua estrutura bem desenvolvida. o dinheiro e a proximidade com a direção da Igreja. Eu tive a oportunidade de servir de padrinho, juntamente com muitos auxiliares de boa vontade: o pessoal do Morro do Espelho. Fui beneficiado pelo fato de me sentir totalmente como capixaba por opção. Nos primeiros anos que passei no Brasil, trabalhei no Norte do Espírito Santo, lá eu me sentia em casa, e amava a terra e as pessoas. O JORNAL FERMEN10U Por mais diferente, bonito e limpo que fosse o Sul, de algum modo ficou a saudade do outro Brasil. Isto fez com que me fosse fácil manter o olhar voltado para o todo com o Jornal Evangélico, não me deixar "comprar" pelos gaúchos junto com o jornal. A isso se acresciam a despreocupação dos meus colaboradores (da melhor espécie) e os muitos amigos no país. É a eles que se deve que a criança conseguiu se desenvolver. O jornal fermentou, e nós fazíamos parte do fermento, mesmo que isso não agradasse a algumas autoridades. Sobretudo, porém, tínhamos o apoio do "homem forte" do Morro do Espelho, o pastor regional, e também dos administradores da ISAEC (Instituição Sinodal de Assistência, Educação e Cultura). Do contrário, o nosso trabalho decerto teria sido rapidamente "regionalizado" de novo.

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Ainda que por razões compreensíveis, no fundo foi uma decisão equivocada situar a redação bem no Sul, ao invés de Blumenau ou São Paulo. Mas penso que a coisa foi bem mais uma vez. PON10 DE BALDEAÇÃO O que pretendia o nosso Jornal Evangélico, cujo suplemento alemão encolhia cada vez mais? Em primeiro lugar, havia necessidade de dar às comunidades uma consciência de união. Assim, o jornal tornou-se um ponto de baldeação de informações, relatos e opiniões. Além disso, era preciso introduzir as pessoas cautelosamente na realidade brasileira, de tal forma que as nossas comunidades se conscientizassem do seu papel de portadoras da tarefa missionária e profética da Igreja de Jesus Cristo. Trata-se de uma Igreja particularmente determinada pela herança dos reformadores, a partir da qual deveria ocupar importante posição que lhe cabe no cenário religioso brasileiro: uma Igreja que não quer congraçar-se com o sistema - como tentaram fazer certas pessoas-, mas segue seu próprio caminho em fidelidade ao Evangelho. Neste sentido, a imprensa se entendia como a livre voz do povo, e não como porta-voz ou instrumento de propaganda da direção da Igreja. É claro que isso trouxe continuamente tensões para a estrutura da jovem IECLB, de modo que, por fim, em alguns círculos as pessoas certamente não ficaram tristes quando regressei à Europa ... Mas já estava na hora de que um trabalho tão importante passasse inteiramente às mãos de brasileiros. NACIONAL -

que o Jornal Evangélico possa continuar a servir à estrutura interna de uma igreja nacional como porta-voz independente e livre do povo da Igreja. Isto não exclui a possibilidade de que, após um período de concentração, jornais regionais. voltem a tornar-se importantes. No entanto, eles só deveriam se desenvolver ao lado de um Jornal Evangélico de dimensão nacional. Aqui na Suíça floresce o regionalismo, e é doloroso que as igrejas, apesar de toda a prosperidade, ainda não tenham conseguido fundar um Jornal Evangélico. Faltam visão e vontade de fazer experiências, coragem e disposição para assumir riscos - coisas que caracterizaram a IECLB na minha época, apesar de todos os elementos que entravavam as coisas. DESEJOS PARA O FUTURO A comunicação é a espinha dorsal da organização "Igreja". Se lhe aplicarem um espartilho - um colete apertado -, a Igreja não pode se desenvolver. Espero que as pessoas com responsabilidade na IECLB reconheçam isso e continuem a proporcionar liberdade, meios financeiros e confiança ao seu trabalho de imprensa, não deixando que ela degenere ao ponto de tornar-se instrumento de propaganda da direção da Igreja. Espero que isto aconteça mesmo que então se tenha que contar com incômodos. Aos jornalistas desejo alegria no seu trabalho em prol do povo de Deus, bem como força para questionar de maneira independente e corajosa e para relatar sobre a realidade da Igreja e do povo. Às comunidades peço que apóiem o seu jornal nacional, pois ele cria vida.

REGIONAL?

Tanto quanto posso julgar daqui, isso foi bom. Pelo menos da perspectiva das igrejas do Velho Mundo, a IECLB brilha hoje como exemplo de um ser cristão responsável, de quem as pessoas daqui poderiam aprender alguma coisa. Por certo o desenvolvimento continuou também na imprensa. Espero, porém,

Jost Od. Oh ler foi chtife de redação do Jornal Evangélico desde o primeiro número 15 de novembro de 1971 -até a segunda edição de dezembro de 1972. A partir de então até abril de 1975, atuou como diretor do jornal. Auora,)á há vários anos, ~rce seu pastorado na Suíça (Leimackerstrasse 5, CH-8955 AADORF- TG).

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Jornal Eva.ngélúx)

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Equipe espelhava unidade e identidade própria "O que me impressionava no Jornal Evangélico quando eu estava na sua direção e do que lembro com saudades é a equipe jovem e com grande ideal de prestação de serviço e de construção de Igreja nacional, e isto em dois termos: a unidade interna e a identidade própria". A colação é do pastor Hilmar Kannemberg, que assumiu a direção do Jornal Evangélico com a saída do pastor Jost Ohler em abril de 1975. Nesta função ele permaneceu até julho de 1977, quando assumiu a implantação das rádios da Fundação ISAEC de Comunicação (FIC).

"nunca se produziu tanto como naquela época'', salienta Kannenberg. A produção baseava-se basicamente em duas séries: histórias bíblicas e temas do documento " Nossa Fé - Nossa Vida". Enfatiza, ainda, que " tudo isto foi produzido sem um

centavo de ônus para a IECLB e, muitas vezes, fora de hora, prejudicando vez por outra o próprio jornal em benefício da Igreja toda". O custo que o JOREV assumiu foi relativamente alto". faz questão de ressaltar.

Kannenberg lembra igualmente "com saudades" de dois outros aspectos do tempo em que era diretor do Jornal Evangélico: das reportagens que a equipe de redação fazia de concílios regionais, de comunidades e de jubileus - "as atividades eram tantas, que a equipe tinha poucos fins-de-semana livres", ressalta -, e do sacrifício que todos estavam dispostos a fazer pelo serviço em favor da Igreja nacional, o que não era de competência ime-diata do jornal.

cusro ALro Como diretor do Departamento de Audiovisuais da IECLB, Kannenberg também trouxe para a Redação Central como foi chamado o trabalho iniciado pelo pastor Ohler - a tarefa da produção de audiovisuais e de dois programas de rádio: "Crer Hoje" (diário) e "Nossa Fé Nossa Vida" (semanal), que ficaram ao encargo da mesma equipe que redigia o Jornal Evangélico. Além disso, lembra Hilmar, outro serviço que esta equipe prestou à Igreja foi a sua contribuição na criação, elaboração no início da execução do projeto da Fundação ISAEC de Comunicação. Em termos de audiovisuajs,

Kannenberg: Comunidades manifestavam seu descontentamento para com o Jornal Evangélico criticando o preço da assinatura

QUEDA DAS ASSINATURAS Falando de sua atuação es~ífica como diretor do Jornal Evangélico, Hilmar lembra que, ao assumir esta função, em abril de 1975, já tinha passado a primeira fase de euforia com a centralização da IECLB. Coloca que esta euforia, contudo, ainda existiu por um determinado tempo com a inclusão das folhas regionais no jornal Evangélico, mas, aos poucos, a tiragem elevada de 22 mil exemplares começou a cair. Esta diminuição no número de assinaturas aconteceu porque as Comunidades passaram novamente a se preocupar consigo mesmas e a criticar a centralização da IECLB, explica Kannenberg. Na sua opinião, havia um paralelismo muito acentuado entre a primeira fase da estrutura nacional da IECLB (e do Jornal Evangélico como defensor da bandeira da Igreja) e a segunda fase, onde começaram a surgir as críticas em relação à Igreja em geral. Havia expectativas muito grandes, e as críticas ao jornal eram no sentido de que ele não correspondia suficientemente aos interesses das Comunidades. Uma forma delas manifestarem seu descontentamento era criticar o preço do jornal, lembra o ex-diretor. Para chegar mais perto das Comunidades, o Jornal Evangélico passou a fazer, então, reportagens especiais, visando um duplo objetivo: ir até as Comunidades e trazer informações sobre elas para toda a IECLB e buscar recursos fmanceiros para diminuir o preço da assinatura. ''Alcançamos boa receptividade nas Comunidades, um equilíbrio muito bom entre receita e despesa e uma linha editorial crítica, mas, ao mesmo tempo, edificante'', avalia Hilmar.

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DESDE 1899

:

Desde 1899 o Colégio Evangélico Augusto Pestana trata desta questão. Milhares de alunos vêm atestando bons resultados e confirmam uma regra que virou tradição. Para o CEAP, o crescimento das cidades deve ser fruto do crescimento das pessoas. Por isso cuida tanto da preparação das gerações. Cuide você também da melhor preparação dos seus filhos. Confie no CEAP e no seu projeto educacional.

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Jornal Evangélico

Agosto de 1988

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DIRETORES DO JOREV )

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Idéia era maluca, mas tinha chance de dar certo No período em que Kannenberg estava à testa do Jornal Evangélico surgiu, pela primeira vez, a idéia de viabilizar esse veículo de comunicação para todas as famílias da IECLB. A proposta era subvencionar as assinaturas com um acréscimo nas contribuições para a IECLB. No início, isso representaria 50% do custo do jornal. Entendia-se que com 150 mil assinaturas o JOREV seria o maior jornal setorial do país e teria uma atração muito grande para as empresas, tão grande que em três anos a assinatura seria coberta somente com a publicidade. Hilmar reconhece que "a idéia era maluca, mas tinha todas as chances para dar certo". Thmbém o Conselho de Imprensa

da IECLB, que definia a linha editorial do JOREV, achara interessante a idéia de distribuir o jornal gratuitamente entre todas as famílias da IECLB. No entanto, prossegue Kannenberg, quem não aprovou a idéia foi a Secretaria Geral da IECLB. Por dois motivos: pela repercussão negativa que teria junto às Comunidades o aumento da contribuição e pelo sentimento de mal-estar que a Igreja sempre tem quando se trata da comercialização de alguma coisa a ela relacionada. CAMINHO ABERTO Hilmar afirma que hoje faria tal projeto completamente diferente. Em primei-

Pastor Hilmar Kannenberg (em primeiro plano) e seu sucessor na direção do Jornal Evangélico, pastor Johannes Hasenack, e mais ao fundo o pastor Bertholdo Weber, na redação do Jornal Evangélico, quando esta ainda estava sediada num prédio no centro de São Leopoldo

ro lugar, teria que ser definida a filosofia de comercialização - a partir da ética da Igreja. Um segundo passo seria constituir a equipe profissional para assumir esta filosofia e montar o departamento de marketing para colocar em prática a busca de publicidade. "Para executar este projeto, seria preciso o financiamento de apenas quatro edições", garante Hilmar. Hilmar Kannenberg garante, por sua vez, que sempre foi "muito bom" o seu relacionamento com a direção da Igreja, "porque foi crítico de ambos os lados". Também foi relativamente fácil "porque o Ohler tinha aberto o caminho", ressalta. "No meu tempo" - prossegue - "o JOREV também nunca usou linguagem muito agressiva, mas, independente disso, dizia as coisas". Mesmo assim, quando a direção da IECLB e a direção do Jornal Evangélico tinham algo a se dizer, conversavam francamente, atesta Kannenberg. Acrescenta, ainda, que o mérito da direção da Igreja era ser companheira e procurar o diálogo. "Imposições nunca são tão facilmente aceitas", sublinha. Destaca que a linha editorial era definida pelo Conselho de Imprensa da IECLB e que o maior censor nunca foi a direção da Igreja, mas, sim, foram os assinantes do Jornal Evangélico, que não escreviam muitas cartas, mas com uma tranqüilidade assustadora cancelavam as assinaturas. Neste particular, Kannenberg lembra que o JOREV perdeu 150 assinaturas de uma só vez por causa de uma matéria que envolvia as escolas evangélicas. WTA PEW PODER Perguntado sobre o que mais o desgostou durante o seu trabalho à frente do Jornal Evangélico -de abril de 1975 a julho de 1977 -, Kannenberg afiança que nada teria a destacar em relação a este período. Contudo, ressalta: "O que mais me

desgosta é uma dor contínua em relação ao jornal: a perda da bandeira da unidade da Igreja toda e, por conseguinte, do Jornal Evangélico como jornal dos membros desta Igreja". Deixou claro que nada tem contra jornais de Comunidades, Distritos e Regiões, mas destaca ser radicalmente contrário a que estes jornais, em vez de serem vistos como complemento para maior expressão local, passem a representar concorrência ao Jornal Evangélico. Kannenberg é desta posição porque entende que "justamente atrás desta atitude está a negação da idéia da IECLB como uma Igreja nacional, o que, sociologicamente falando, é a luta pelo poder". FORTALECER TENDÊNCIAS Hilmar Kannenberg, que exerce seu pastorado na Comunidade Evangélica de Hamburgo Velho e é presidente da Associação Mundial para Comunicação Cristã (WACC) na região América Latina e Caribe e, além disso, membro do Comitê Central e do Comitê de Finanças da WACC mundial, é de opinião de que nem o rádio, nem o jornal e nem outro sistema de comunicação vão criar novos membros. O que podem estes meios é unicamente fortalece tendências existentes. A atividade de aumentar o número de membros é das pessoas, dos próprios membros, das próprias comunidades. Por não criar novos membros, a comunicação sempre é vista com suspeitas. E uma das formas de expressar esta reserva é exigir a chamada comunicação objetiva, assegura Kannenberg. Ele esclarece, porém, que comunicação objetiva não existe, porque é uma pessoa de carne e osso que escreve, que fala, que lê e que ouve, sendo cada um obrigado a colocar o seu próprio sentimento. Caso contráro, não seria humano.

ue PIISSB lazer

Para Ajullar? S

ão palavras que se encontram em um cartaz elaborado pelas Irmãs da Casa Matriz de Diaconisas. E esta é.uma pergunta que com certeza, é feita por muitas pessoas. A vida está diante de nós. Cada ser humano tem a possibilidade de vivê-la de acordo como melhor lhe parecer. O cristão procura vivê-la em sintonia com a vontade de Deus. Mas não só a nossa vida está diante de nós, também a de milhares de pessoas que vivem ao nosso redor, ou seja, em nosso contexto mais amplo. Conhecemos bem ou menos bem a realidade que nos cerca, como também o contexto social e político no qual estamos inseridos. O empobrecimento da população de nosso pafs, como de quase todos os países da América Latina, é assustador. O que há de novo nisso? Todos sabem dessa realidade. Mas o que se faz com ela? Uns a ignoram, outros tentam reagir. Nós, Irmãs da Casa Matriz de Diaconisas tentamos reagir com uma proposta concreta. Apesar de humilde não deixa de ser uma tentativa. Por isso as mãos do logotipo expressam ação. Mãos a partir da cruz de Jesus Cristo, não são mãos estáticas. Elas se dispõem

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a agir dentro e fora da IECLB. Elas se sentem impulsionadas para fora de sua realidade pequena e própria, desafiadas pelo contexto que as cercam e motivadas pelo amor do próprio Cristo. Acreditamos que o amor de Jesus Cristo ·busca para levantar - envolve para proteger doa para fortalecer - arrisca para libertar aproxima-se para unir." Uma das oportunidades para preparar-se ao Servir é o Seminário Bíblico - Diaconal. Através dele a Casa Matriz de Diaconisas oferece cursos com duração de um ou três anos. Para maiores informações, conhecimento da casa e currículo, colocamos à disposição um retiro. O mesmo acontecerá na sede da Irmandade, nos dias 12-15 de dezembro de 1988. As(Os) candidatas(os) interessadas(os) podem informar-se no endereço abaixo.

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Casa Matriz de Diaconisas Caixa Postal 14 93001 - São Leopoldo - RS Fone: (0512)92-1250


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Jornal Evangélico

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Por maior integração com IECLB e comunidades P. Johannes Fr. Hasenack

Pode ter sido impressão subjetiva, motivada talvez pelo próprio distanciamento da tarefa. Mas, na época quando me coube assumir a direção do Jornal Evangélico, este jornal me parecia estar voando um tanto solto no grande espaço de liberdade da IECLB no Brasil. Parecia-me indicada uma maior integração com a IECLB e suas comunidades. Resultou daí uma meta de trabalho que caracterizei com o termo da aproximação, entendendo-a nos seguintes níveis e aspectos: a - Aproximação ao Evangelho: Esta meta se sugeria pelo próprio nome do jornal. A meu ver, convinha ressaltar no Jornal Evangélico a sua característica de jornal de Igreja, dando maior espaço à boa-nova, a estudo bíblico, a matérias sobre a fé e a vida, a notícias do âmbito da Igreja. b - Aproximação à direção da Igreja: Por não ser órgão oficial da IECLB, o Jornal Evangélico se encontra sempre em certa distância em relação aos órgãos diretivos da Igreja. Este distanciamento objetivo é sadio para um veículo de informação e formação de caráter evangélico-luterano e necessário para o desempenho de uma atividade jornalística profissional, responsável e participativa, que também implica conflitos e tensões. A distância, porém, deve ser sempre comedida, isto é, convenietemente regulada e avaliada, e, na medida do possível, não resultar em rompimento ou polarização polêmica. A aproximação neste nível podia acontecer, por exemplo, mediante a veiculação regular de notícias e informações do interesse da IECLB, fazendo esta maior uso do "seu" jornal também para pronunciamento e comunicações.

c - Aproximação às Comunidades da IECLB: Era preciso manter-se melhor relacionado com este "mercado cativo", onde o Jornal Evnagélico ainda detinha um quase que monopólio. A aproximação às Comunidades tornou-se uma questão de sobrevivência. Era preciso manter os aproximadamente 50 por cento de assinantes que o jornal ainda tinha em relação a

anos anteriores e, se possível, (re)conquistar desistentes e novos assinantes. A aproximação nete nível foi tentada com suplementos especiais para Paróquias/ Comunidades e Regiões, com a realização de seminários com agentes distribuidores do jornal, com a admissão de correspondentes regionais. Partiu-se para este esforço para que a grande área da IECLB ficasse

'-. 'Ji_l ~·~· ..~~~~uJ l rgc um modelo mais eficaz de Igreja para a realidade urbana

Na tentativa de aproximar mais o jornal das Comunidades o JOREV se lançou com mais qffnco afazer suplementos especiais para Comunidades, Paróquias e Distritos. Esta meta continua sendo perseguida ainda hqje.

melhor espelhada no JOREV, facilitando às leitoras e aos leitores a identificação com o "seu" jornal, com a "sua" Comunidade e Igreja. SETOR INDEPENDENTE Com dedicação apenas parcial, ao lado de outras terefas, não posso dizer que progredimos muito no sentido destas metas de aproximação. O período da minha gestão, também foi demasiado curto. Mas vi que, depois, os jornalistas fizeram esforços redobrados para continuar nesta caminhada de maior integração, por exemplo, multiplicando os suplementos "Comunidade em Foco". O funcionamento da Redação Central sob a direção da Editora Sinodal se revelou conflitivo, tanto para a direção e administração, como para a equipe de jornalistas. Após uma tentativa de demissão do então editor e jornalista Edelberto Behs e da jornalista lngelore Starke Koch por decisão do Conselho da Editora, revertida por ordem da direção da Igreja, o Conselho Diretor da IECLB determinou que, daí por diante, os jornalistas deveriam trabalhar numa Redação Central como setor independente da Editora, sendo eles próprios responsáveis pelo Jornal e pelos seus resultados. Com isso o meu mandato fmdou, e o jornal ficou sem diretor, porque o Conselho Diretor, após esta intervenção, não teve preocupação em redefinir de imediato a estrutura da Redação Central e da Editora. Posso relatar esses fatos com franqueza e isenção de ânimo, porque sempre tentamos colocar acima de divergências pessoais e dificuldades estruturais a causa maior que nos cabe como setores de comunicação e d~ serviço.

Johannes Fr. Hasenack, pastor, é diretor da Editora Sinodal e nela atua desde de 1960.

CENTRO EDUCACIONAL EVANGÉLICO ~gt MlOg'h ...-.....

CENTRO EDUCACIONAL EVANGÉLICO 81 anos voltados para a melhoria do ser humano e da qualidade de vida da população de Jaraguá do Sul. Nestes 81 anos Comunidade Evangélica e Escola unidas deram cumprimentos ã tarefa de educarem bem suas crianças. Assim foi construlda uma hist6ria dignamente a serviço da educação. desenvolvida num clima de vivência afetiva onde é fundamental que as pessoas se sintam bem. Esse processo educativo é continuo e faz parte de uma tecnologia educacional que tem na fraterna vivência a sua base. nos avanços

clentfficos os seus meios e na preparação_

de um homem melhor a sua meta. Com a graça de Deus. é por isso que lutamos. CENTRO EDUCACIONAL EVANGÉLICO Mantido pela Comunidade Evangélica Luterana JARAGUÁ DO SUL- SC


Jornal Evangélico

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EX-REDATORA DO JOREV

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)._ _ _ _ _ _ __

Do JOREV pm Alemanha. E a volta com a "quina" Eva Dürr

Meu envolvimento com a Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil começou cedo, aliás nela já fui batizada. Mas falando em termos profissionais, como jornalista, a experiência teve início logo que cheguei a Porto Alegre, no final da década de 60, vinda de uma das inúmeras colônias alemãs que caracterizavam Eva começou no jornalismo da o Estado do Rio Grande do Sul. Thdo começou quando o pastor Godo- IECLB através da "Hora fredo Boll, então orientador dos estudanEvangélica'~ em tes evangélicos, me perguntou da Porto Alegre. possibilidade de, juntos, fazermos a HoRedigiu as ra Evangélica aos domingos pela manhã revistas "lgnda numa das rádios da capital. Sem querer em Nossos Dias" e sem saber, eu praticamente estava não e "Presença'~ só selando meu vínculo com a IECLB coalém do "Jornal mo também a minha história com a imEvangélico'~ Após, foi à prensa falada. E foi a partir de uma Alemanha, entrevista para um dos programas que trabalhando passei a trabalhar na Quinta Assembléia inclusive como Geral da Federação Luterana Mundial, correspondente que deveria ter sido realizada em Porto do JOREV. Hoje Alegre em 1970. A situação política vigenmora em Siio te, todavia, fez com que o acontecimento· Paulo. fosse realizado na Europa. Frustrações à parte, pelos anos de traagradou, mas a timidez característica de balho pratiçamente perdidos, o contato quem vem do campo não me permitiu ir valeu pelo prosseguimento que houve. Ascontra todos os votos a favor da mudansumi a redação das revistas "Igreja em ça. Afinal, ela não só beneficiaria a maior Nossos Dias" e, junto com o pastor Marparte dos interessados, que já moravam tim Hiltel, a revista "Presença". Ambas esem São Leopoldo, como também permitavam até então sob a supervisão da tiria a ampliação do espaço e uma série jornalista Sybila Baeske, sendo que "Igrede facilidades técnicas para que o novo ja em Nossos Dias" foi extinta logo dejornal fosse bem feitinho. pois, e a idéia de um novo jornal começou O colega jornalista envolvido no caso a amadurecer. era o pastor Jost Ohler, que já residia no Lembro-me perfeitamente do dia em Vale dos Sinos. Ele seria encarregado da que, numa reunião com todos os interesparte alemã do periódico e eu, das matésados, na Senhor dos Passos, 202, ficou rias em português. estabelecido que a Redação Central não Pessoalmente, encarava as coisas com seria mais em Porto Alegre e sim em São um certo temor. Além do fato de ser solLeopoldo. Confesso que a idéia não me teira, com residência em Porto Alegre e

possuir todo o círculo de amizades decorrentes dos anos de faculdade, da Casa do Estudante Evangélico e outros, enfrentar diariamente uma "ponte rodoviária" com ônibus super congestionados, não era algo que me agradava de todo (na ocasião ainda não ouvira falar em trânsito paulistano!). Mas, afinal, gostava do trabalho e estava na profissão. O resultado foi ótimo, creio. Ohler e eu formávamos uma dupla afi'n ada e, não fossem as chances surgidas na ocasião, talvez ainda hoje estaria em São Leopoldo. Como todo começo, também aquele teve seus dias cinzentos, a começar pela própria instalação, passando pela organização interna, pauta, redação e em

parte propaganda. Thdo isso ficava quase que integralmente por çonta de duas pessoas. Só mais tarde contamos com a assessoria de uma secretária. O resultado, porém, deste corre-corre característico de qualquer redação foi bom, o que mais um_a vez comprova que todo o esforço, seja ele qual for, tem sua compensação não só imediata, mas também a longo prazo. O jornal evoluiu, aumentou a tiragem e eu, em parte graças a tudo isso, tive outras possibilidades. Em 1972, aproveitando uma chance e querendo abrir novos caminhos, fui a Munique para os Jogos Olímpicos. Da Alemanha, onde permaneci até o final daquela data, enviava matérias para o Jornal Evangélico, que continuava sob a batuta do pastor Ohler, sendo assim, talvez, a primeira correspondente no exterior. De regresso ao pago, assumi a redação de um telejornal da TV Gaúcha, onde fiquei até 1976, quando, mais uma vez, quis o destino, como diriam muitos, que eu conseguisse algo no exterior. Com a máquina de escrever e a cuia na mão, troquei a costa do Guaíba pela beirada do Reno onde, em Colônia, integrei a equipe de jornalistas da rádio Voz da Alemanha, a "Deutsche Welle", até 1981. A permanência prolongada naquele país como repórter, redatora e locutora da rádio e correspondente do jornal gaúcho Zero Hora resultou em duas grandes heranças: voltei a São Paulo, onde vivo hoje, com vasta experiência profissional e com marido e fl.lho. O que, diga-se de passagem, é o equivalente a uma quina acumulada, que, quando bem administrada, rende juros e correção monetária para o resto da vida. Eva Dürr, ex-redatora do JOREV, das revistas "Presença" e "lgnda em nossos dias'~ reside atualmente em São Paulo

Rua Rui Barbosa, 295, ex. p. 163

Fone (0478)22.0203 89160- RIO DO SUL- SANTA CATARINA

Grande é o Senhor e mui digno de ser louvado; a sua grandeza é insondável. Uma geração louvará a outra geração as tuas obras, e anunciará os teus poderosos feitos. (Salmo 145-3.4)

A Comunidade Evangélica de Rio do Sul, neste ano de 1988, comemora os 80 anos de sua fundaç4o, e os 40 anos de fundação do Colégio Evangélico •Ruy Barbosa"'. É com orgulho e satisfaç4o que registramos esta data, slmbolo da união, força e ftl de toda Comunidade. Recordamos com carinho e gratidão nossos antepassados, que nos legaram um Ideal de ftl e perseVflllJIJÇB, que nos anima para continuidade da luta em prol do engrandecimento das geraç6es futuras. As Diretorias

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Jornal Evangélico

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EDI~RESDOJOREV )~~~~~~~~

JOREV, um espaço de resistência dos anos 70 Christa Berger

Minha passagem pelo Jornal Evangélico - ainda que curta - é significativa como experiência profissional. Não era fácil ser jornalista e idealista no Brasil dos anos 70: recém formada, tendo trabalhado em alguns jornais diários de Porto Alegre, buscava um espaço em que pudesse exercer minha profissão com dignidade. O Brasil vivia sob o governo Geisel e a doutrina de Segurança Nacional, que garantia a repressão e a censura aos meios de comunicação. As pessoas e as instituições eram levadas a se posicionarem, in-

clusive a Igreja. Hoje, tantos anos passados, vejo o Jornal Evangélico como um espaço de resistência, como uma das tantas experiências alternativas que surgiram naqueles tempos. Com todas as limitações e deficiências nós denunciamos injustiças e descrevemos novas formas de organização que surgiam. O "Jornal Evangélico refletia o Brasil e a IECLB, e dar abrigo a posições inconciliáveis era nosso desafio a cada edição. Assim, receber cartas indignadas e pedidos de cancelamento de assinaturas era uma realidade freqüente. Uma imagem permanece em mim: três

salas ensolaradas, o pastor Ohler (com seu sotaque alemão e um "pique'' de jornalista brasileiro), sensível, respeitoso, atento, conciliador; a Margareth, de quem nada escapava na redação, a última a revisar os originais que vinham cheios de erros do Rotermund, para garantir uma edição perfeita; a Dornali e a lone, cuidando do arquivo que crescia em recortes e organização; o Behs, recém começando no jornalismo, mas já com um texto pronto e o faro do bom jornalista que demonstrou ser. E muitas visitas de todas as partes do Brasil.

SONHO DE JORNALISTA Nossas viagens para participar de concílios, expor o projeto do jornal, sensibilizar os pastores para a "causa do Jorev". E o respeito da direção da IECLB, que em

Helmuth Hanemann Cia. Ltda.

Chrlsta: O JOREV tem que trazer o social, o político na perspectiva da IECLB.

Comércio de Tecidos Confecç6es Arnrlnhos Cortlnados Tapetes Cama, Mesa e Banho. NOSSAS HOMENAGENS Sempre que recebemos o JORNAL EVANGÉLICO sentimo-nos mais próximos da nossa Igreja. Para nós, o Jornal já é um hábito que n~ queremos perder. Por tudo isso, ao comemorar 100 anos de imprensa cristA, sentimo-nos felizes em poder homenagear a todos que contrlbuiram para que este século se completasse. • E a todos que hoje se empenham para levar cada vez mais longe um jornalismo inspirado nas Leis de Deus. Awnlda Getdllo Varga., 51 • . Caixa Postal 16 Telefones: Credlblo: (OC73) 8M392 oertncla: (0473) 8M855 18120 -

111186 - se

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nenhum momento censurou ou sequer interferiu na linha editorial do jornal. Lembro, também, do trabalho quase artesanal de cada edição, tudo conversado, discutido. Para mim foi uma experiência de trabalho de equipe e a vivência do sonho de todo jornalista: ser sujeito e autor de seu texto. Estávamos envolvidos na produção de cada edição da pauta até a revisão final, e até a questão da distribuição não nos escapava. Olho para trás e vejo o que não fomos capazes de realizar, talvez até porque não nos colocássemos a questão. Hoje ela me parece fundamental: trazer o social, o político, desde a perspectiva teológica, desde a perspectiva da IECLB. O que fazíamos era uma página de realidade brasileira, uma página de reflexão cristã e outra de notícias da IECLB. Talvez reuni-las fosse um desafio grande demais para a época. Não sei avaliar o que o Jorev representa para os membros da IECLB nem para a vida das comunidades, mas sei reconhecer na história do Jorev uma experiência de jornalismo que abriu algumas brechas naqueles dias sombrios. De fato, o meu tempo de editora do Jorev já vai longe. Basta ver meu filho Tiago, hoje um adolescente, que, recém nascido, apresentei em meu primeiro contato com os leitores do jornal. Chrlsta Berger, jornalista, foi redatora-responsável do Jornal Evangélico 4ejunho de 197'1 até agosto de 1975. g professora na PUC (Porto Alegre) e Unisinos (SiW Leopoldo).

FORMATO E PÁGINAS

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Constante oscilação de números Com nove páginas em português e sete em .alemão, totalizando 16 páginas, iniciou em novembro de 1971 o "Jornal Evangélico", jornal nacional da IECLB. O JOREV naquela época tinha o tamanho semi-tablóide, um pouco menor do que atualmente, medindo 26,5 em de largura por 36,5 em de altura, em impressão tipográfica, feita pela gráfica Rotermund, em São Leopoldo. Em agosto de 197"2, o JOREV teve sua primeira tiragem com 20 páginas, o que, no entanto, não permaneceu como regra, acontecendo somente quando havia edições especiais. Thmbém não era regular o número de páginas em alemão. Somente em janeiro de 1973 o JOREV adota as 20 páginas definitivamente. Destas, seis eram para o "Evangelische Zeitung". No ano seguinte, seriam cedidas oito páginas para o alemão. TABLÓIDE Este quadro, con~udo, também não perma-

neceria. Na primeira quinzena de dezembro de 1984, o caderno em alemão seria reduzido para quatro páginas. Aliás, o suplemento alemão, em decisão tomada pela direção do JOREV em janeiro de 1978, passava a ser opcional, ou seja, era possível solicitar a assinatura do JOREV sem o "Evangelische Zeitung". Esta decisão, contudo, foi revista anos mais tarde. O tamanho do Jornal Evangélico também mudou com o passar dos anos. A partir da segunda quinzena de outubro de 1980, ele passava a ter o tamanho tablóide, ou seja, 29,5 em de largura por 42,2cm de altura, tamanho que permanece até hoje. A mudança no tamanho do Jornal Evangélico se deu quando passou a ser impresso no sistema offset, no Grupo Editorial Sinos, em Novo Hamburgo. Em termos de quantidade de páginas, o Jornal Evangélico não permaneceu nas 20 iniciais, mas tem variado de 16 a 32, dependendo da necessidade e das possibilidades financeiras. Edições especiais saíram inclusive com 72 páginas.

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Jornal Evangélico

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_______________(~~ED_Il_O_RE_S_DO __ JO_R_EV__)~·~------------

Jornal Evangélico é o retrato do João Teimoso Edelberto Behs Vocês conhecem o João Teimoso? É aquele boneco de plástico, com um peso na base, assim que, mesmo levando tapa e socos da criançada, sempre· se põe de novo na posição vertical. Pois é assim que vejo o Jornal Evangélico. É assim que o conheci e o vivenciei, algumas vezes com maior outras vezes com menor intensidade, nos 12 anos que nele trabalhei. Não me refiro tanto a questões editoriais, que, dependendo do tema abordado na edição entravam em ebulição, mas do ponto de vista financeiro-econômico. Relembro a palavra de dois pastores: um simpatizante do Jornal Evangélico (JOREV) e outro que preferiria ver o pe'Iiódico com uma linha editorial diferente, mais voltada aos assuntos celestiais. Disse-me o primeiro, certa ocasião: "Que o JOREV ainda vive é um verdadeiro milagre do Espírito Santo". E o segundo: "Se o JOREV não aumenta o número de seus assinantes, isso mostra que o trabalho de vocês não é abençoado por Deus". Ambos estavam por dentro da situação do jornal, com dificuldades fmanceiras e número de assinaturas estacionário. Vagava-se, então, segundo eSses conceitos, entre o milagre e a não bemaventurança. Mas será que é só isso? O milagre era e é possível na medida em que pessoas, nas comunidades, especialmente pastores, se colocam por detrás do jornal, o divulgam e se esforçam, ou, melhor ainda, delegam esta tarefa a agentes, na angariação de assinaturas. E cai-se no outro lado, onde este esforço não está presente. Acredito que a situação não tenha se alterado nos dias de hoje. BOM ESPAÇO O JOREV é, sem dúvida, o veículo mais

importante que circula pela Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB) e, ainda, o de maior abrangência, tanto física quanto editorial. A Igreja permite ao jornal um bom espaço de atuação e delega uma tarefa à Editora Sinodal (à qual o JOREV está vinculado): façam jornal e tratem de se automanter. É chamada, no entanto, a dar seu aval aos pedidos de socorro por verbas do exterior, que acontecem de quando em vez. A postura é boa. Acontece, porém, que é muito difícil, cá no Brasil, fazer um jornalismo eclesiástico - e nem vamos entrar no mérito de matérias - , pois jornal de igreja, parece ser o conceito, não vende o produto dos anunciantes. Muitos empresários anunciam para "colaborar", quando o jornal pretende, também para este segmento, ser um veículo de comunicação. Só com muita persistência e trabalho duro é que poderá demonstrá-lo. Até lá. terá que continuar o esforço concentrado - e desgastante - de deslocamentos ~lo país para uma comunidade em foco. É publicidade para uma· edição apenas, o que deixa um editor, com 24 edições anuais pela frente, intranqüilo. SITUAÇÃO DESGASTANTE Já houve tentativa de mudar essa relação do JOREV com a IECLB. Recordo que, no Concílio Geral de Cachoeira do Sul, um conciliar apresentou a sugestão de a Igreja se envolver mais na sustentação financeira do JOREV. A proposta não passou, talvez, por ser considerada um tanto paternalista. Mas há outras alternativas. Se as comunidades da IECLB se comprometessem a

a própria atuação do JOREV. Para não gastar, não se viaja- restringe-se a cobertura de fatos -, as fotos diminuem e o número de páginas fica mais magro. AÇÃO PRÁTICA

Belul: é tempo de todalgn:Jo somar etf(orpos em tomo do JOREV

assumir apenas dez assinaturas, o número de assinantes aumentará em 5007o sobre o existente na atualidade. Comunidades maiores poderiam arcar com bem mais exemplares. Recordo, também que, num determinado ano, o orçamento de um dos tantos jornais eclesiásticos na Alemanha Ocidental era maior que o orçamento de toda a IECLB. Coisas de país rico. Verdade é que toda essa insegurança financeira, ainda mais nesses tempos agudos pela qual passa a economia nacional, gera angústia e tensão na redação do JOREV, o que é ruim. Às vezes, não há tranqüilidade suficiente para trabalhar bem as matérias, pois existe sempre a preocupação do caixa. Essa situação também limita

Pela importância que o jornal conquistou na IECLB, ele poderia ser o desencadeador de campanhas, até de metas, na própria Igreja. A IECLB teria mais força de ação, assim como acontece no estudo de temas bianuais, se todos os Distritos se dessem as mãos e, por um determinado espaço de tempo, cuidassem, por exemplo, da boa Criação de Deus, desembocando numa campanha ecológica, de preservação de matas e de rios. Não seria apenas o "estudo" de um tema, mas uma ação prática. Mas o luterano, ao contrário do que se viu durante o movimento da Reforma no século XVI, se mostra tímido, avesso até, a manifestações políticas mais audazes. Seria lamentável, quando se comemora cem anos de imprensa evangélica na IECLB, cuja herança o JOREV acumula, que esse importante veículo se visse ameaçado na sua existência. Além de uma definição administrativa que precisa acontecer na Editora Sinodal, é tempo de toda Igreja somar esforços em torno do JOREV. Aquele metal, na base do João Thimoso, pode um dia se desgastar e o boneco teimar em ficar na horizontal. Edelberto Behs, jomall8ta e bacharel em Thologia, atuou no Jornal Eoongélico de 1974até 1986. De abril de 1974atéjulho de 1975, como redator estagiário; de setembro de 1975 até agosto de 1978, como redator responsável, e a partir de então até maio de 1986, como editor. Hqje é 088e880r de imprensa daiECLB.

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PEDROiSIMON


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Jornal Evangélico

~~~~~~~~( SECR~ruODE~UNl~)~~~~~~~~

O JOREV é um termômetro da ·própria Igreja "Um veículo extremamente necessário dentro da IECLB!' Desta forma o Secretário de Comunicação da Igreja, pastor Silvio Schneider, vê o Jornal Evangélico. "Ele é uma expressão de unidade dentro da Igreja e por isso as dificuldades de cunho econômico-fmanceiro, pelas quais ele passa, não deveriam desanimar ou desviar dos objetivos para os quais existe: de dar expressão de unidade a Igreja a nível nacional", destacou o Secretário. Ele frisa que é através do seu Conselho de Redação, composto por seus redatores, por pastores e membros de comunidades, que atravessa tanto o planejamento como a avaliação do Jornal Evangélico. "O Conselho de Redação é muito positivo,

pois não personaliza a autoria do jornal",. destaca Silvio. Coloca que o Jornal Evangélico pode ser entendido como uma tribuna muito democrática, modelar, para a prática de uma livre troca de opiniões e pensamentos sobre determinados assuntos. Por outro lado, também tem opinião formada quando se trata de confessar claramente a fé de confissão luterana. O Secretário de Comunicação não esconde, porém, que o que mais o preocupa em relação ao Jornal Evangélico é a diminuição de seus leitores e assinantes, e admite ser muito difícil ver as causas disso: "Estaria na diminuição do poder aquisitivo das pessoas, sujeito às crises econômicas do país? Ou na falta de em-

penho das comunidades para levar o jornal a um maior número de pessoas possíveis? Ou, ainda, no conteúdo e na forma de como se faz o jornal?" Ele faz questão de dizer que "o Jornal Evangélico é um termômetro da própria Igreja e de suas comunidades". Do ponto de vista de Silvio, a dificuldade maior está em articular o Evangelho a nível comunitário de tal forma que de fato seja compreendido e que resulte em Igreja viva. Silvio acredita que dos membros inscritos somente 10 a 150Jo participam ativamente dos cultos e de outras atividades em suas comunidades.

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Silvio: O JOREV é uma tribuna modelar para a prática da livre troca de opiniões e pensamentos.

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Silvio Schneider afirma que para manter um jornal é impossível fazê-lo somente através de assinaturas e incluí-lo no orçamento da Igreja é "algo impensável". "Considerando aspectos éticos e estéticos, não vejo nenhum problema em inserir anúncios comerciais no Jornal Evangélico", salienta. Qual, enfim, as expectativas da Secretária de Comunicação para com o jornal nacional da IECLB após o Congresso de Comunicação de maio de 1988, em Joinville (SC)? "Urge que o JOREV retome a participação e o trabalho dos correspondentes distritais e proporcione treinamento tanto para estes correspondentes como para os agentes de venda de assinatura", responde Silvio. Para ele, é importante e urgente que aumente o número de pessoas que participam no empenho pelo jornal e entende que a e.quipe de re~ação deve insistir numa maior mtegraçao com os outros setores de comunicação da IECLB, como, por exemplo, as emissoras da Fundação ISAEC de Comunicação, o Centro de Elaboração de Material, Curso Redescoberto do Evangelho. Silvio Schneider também insiste na proposta do Congresso de que os vogais leigos dos presbitérios sejam chamados a exercer a tarefa de correspondentes paroquiais para o Jornal Evangélico.

Igreja tem deficiências na área de comunicação

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A Edição de periódicos e de literatura; produção de material; edição de material elaborado sob a orientação das outras secretarias da IECLB; distribuição de material como livros, hinários, cancioneiros, audio-visuais, jornais, periódicos, prÕgramas de rádio, material didático, edição de veículos de comunicação social e de informação para a IECLB e o povo brasileiro. Com estas funções foi criada, em 1975, com a reestruturação da Secretaria Geral, a Secretaria de Comunicação da IECLB. No entanto, somente em julho 1977 ela foi ativada, e o pastor Hilmar Kannenberg foi o seu primeiro titular, permanecendo na função até ser sucedido, em 1° de outubro de 1980, pelo pastor Silvio Schneider. Este continua no cargo, em tempo integral, há quase oito anos. "Os objetivos descritos para a Secretaria de Comunicação são tão amplos, que mesmo com esforço sobre-humano não

conseguiria ex'ecutá-los isoladamente'', confessa Silvio. Por isso - prossegue foi criado o Conselho de Comunicação e assessorias especiais, como o Conselho de Redação do Jornal Evangélico, o Conselho de Folhetos, grupos de apoio do Centro de Elaboração de Material (CEM) e do Curso Redescoberta do Evangelho (CRE), e que se tornam mais e mais necessários para multiplicar esforços para conseguir realizar a proposta de comunicação cristã. Avaliando o desempenho da Secretaria de Comunicação à luz das funções a ela delegadas, Silvio Schneider reconhece que a Igreja tem enormes deficiências em pes" soas qualificadas e dispostas a trabalhar em comunicação. ·~ dificuldade de manter estes profissionais talvez seja um dos motivos destas deficiências", arrisca o Secretário de Comunicação.

O Jomal Evangélico, nos seus 1 00 anos de existência, teve o encargo de trazer uma verdade incontestável. Uma verdade que iá havia sido impressa antes.


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Administracão WaldirSchníidt/Hardi Leichtweis Seis AnosVoltados Para oProgresso de São Leopoldo

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Governo Waldir Schmidt-Harrli leichtweis têm sido apontado como uma das administrações que mais trabalha em prol do crescimento de São Leopoldo. Os objetivos estão sendo cumpridos, dentro das metas traçadas. A infraestrutura do município recebeu uma me;. lhoria expressiva nestes seis anos de mandato do prefeito Waldir Schmidt. Os pontos básicos foram e continuam sendo atacados. Ar estão a comprovar as obras de saneamento nas vilas Paim, Brás, Antônio leite e Chácara da Prefeitura, onde centenas de moradores passaram a 'receber condições dignas de moradia, graças a um trabalho coerente de recuperação das condições de habitação dessas localidades.

Outra realidade que demonstra a melhoria da . infra-estrutura de São Leopoldo é a série de cal. çamentos efetuados, beneficiando mais de 100 ruas de várias localidades do municipio com o calçamento de pedra irregular, eliminando nestas vias problemas que anteriormente eram crônicos, corno poeira e barro. O projeto Pró-Municfpio, elaborado pelo Governo Municipal corno uma forma de calçar a quase totalidade das ruas leoP91denses a longo prazo, após estar em pleno andamento, encontra-se paralisado para que possa ser resolvida a questão referente ao pagamento da benfeitoria realizada pelos contribuintes. A saúde e a educação também foram priorizadas na atual administracão. Apesar dos graves problemas enfrentados com a situação econômi-

ca do Hospital Centenário, devido a baixa remuneração paga pelo INAMPS para o atendimento de pacientes previdenciários, muitas foram as melhorias efetuadas no JlOSOCÔI'llio pela administração Waldir-Han::ti. Neste perfodo, o HC foi mo-

demizado, recebendo uma Unidade de Tratamento Intensivo, com _sete leitos e acompanhamento médico durante as 24 horas do dia A seguir vieram a Unidade Psiquiátrica e o 131oco Cirúrgico, este último equipado com sete salas de cirurgia O Centenário também ganhou urna Unidade Intermediária, que auxilia a UTI na prestação dos primeiros socorros de urgência, melhorias na Portaria, com uma ampla reforma e uma nova cozinha No ano passado, foi inauguraçja a· UTI Pediátrica, uma das poucas existentes no Rio Grande do Sul. Buscando sanar definitivamente o problema financeiro que sobrecarrega o Hospital, em maio deste ano, a Prefeitura lançou o Bônus da Saúde SOS Hospital Centenário, cuja arrecadação reverterá para uma ampliação e modernização ainda maior daquele estabelecimento. No campo da educação, mais de 40 novas salas de aula foram construfdas neste governo, beneficiando as escolas da rede municipal e até mesmo da rede estadual de ensino, casos especlficos das escolas Mário Sperb e Firmino Acauam. O Plano de Carreira para o Magistério e a eleição direta para diretores nas escolas municipais também foram conquistas pelos professores nesta administração. A responsabilidade de Governo Waldir Schmidt-Harcfi Leichtweis para com o ensino.de 12 grau em São Leopoldo fez com que além da ampliação do número de salas, a valorização dos professores e dos alunos também fossem metas prioritárias.

Asfaltamento: O Grande Marco nos, ·O atual governo municipal estabeleceu um .novo marco na cidade desde a sua posse. A partir de~~a administração, São Leopoldo entrou definitivamente na era do asfalto. Um fator que contribuiu decisamente para isso, foi a aquisição da Usina ~unicipal de Asfalto, em meados de 1985.

Desde então, a atual administração fez mais no que se refere a asfalto do que os outros prefeitos juntos. Somente agora, em seus 164 anos de existência, é que São Leopoldo está conseguindo ter uma infra-estrutura digna em seu sistema viário, graças ao asfaltamento de suas principais vias de tráfego. Mais de 45 quilômetros de artérias foram asfaltadas neste governo, salientando-se aí o trabalho efetuado pela Secretaria Municipal de Obras e Viação. Foram capeadas artérias na Scharlau, Campina, Centro, Feitoria, Duque, Arroio da Manteiga, Santos Dumont, Rio dos Si- .

São Miguel, Vicentina, .Octacflia e até na longfnqua Boa Saúde, mostrando que o lema da atual administração "Governar juntos e para seus bairros" continua firme. Avenidas como a Feitoria, Theodomiro Porto da Fonseca, Mauá, Arnaldo Pereira ' da Silva, Atatrbio Taurino de Rezende, Henrique Bier, 82 BC, Governador Roberto da Silveira, Tomás Edison, Imperatriz Leopoldina, João Carlos Hohendorff, Unisinos, Presidente Lucena, Jacy Porto e João Streit, todas de grande importância na malha viária do municfpio, receberam o asfaltamento nestes últimos seis anos. Todo um trabalho voltado para a comunidade garante para o Governo Waldir-Hardi um espaço reservado na galeria das administrações municipais como a que mais trabalhou em prol do crescimento e do progresso de São Leopoldo. PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO LEOPOLDO

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ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

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Jornal Evangélico

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Gisela Schmeling é a autora do logotipo atual Desde seu nascimento - 15 de novembro de 1971 - até hoje, com quase 17 anos de vida, o Jornal Evangélico mantém o seu logotipo inicial. A autora deste logotipo é Gisela Martha Schmeling, formada em Belas Artes pelo Instituto de Artes do Rio Grande do Sul. Gisela era secretária da ISAEC Gravações e Produções, em Porto Alegre, quando foi solicitada a criar o logotipo para o jornal nacional da sua Igreja. Embora o desenho do logotipo não tenha sido alterado, mudou-se o fundo sobre o qual estava impresso: inicialmente vinha sendo aplicado sobre uma retícula preta, depois sobre um fundo totalmente preto. No entanto, já em 1981 iniciou-se

um ensaio com o fundo branco, o que passou a ser norma a partir de 1982. A partir do jornal n° 13, de 1983 - primeira quinzena de julho - , foi alterada também a cor em que era impresso "Jornal Evangélico" no logotipo. Até o número 12 de 1983, a palavra "jornal" vinha sendo impressa na cor preta, e o "evangélico" em cor branca. A partir do número 13, a ordem seria invertida: "Jornal" ficou com a cor branca e o "Evangélico", com a cor preta. O tamanho também variou nestes 17 anos, assim como a localização na página. Durante 1971, 1972 e 1973 o logotipo foi impresso no alto da primeira página, de um lado a outro e na largura de 6 cen-

tímetros. Em 1974, no entanto, se iniciou variando tanto em relação ao tamanho quanto em relação à localização; em algumas edições saía no tamanho de 3,5cm por 14, e noutras, Sem por 19. Saía também uma vez do alto da página, outra vez, no meio da página e até no pé da página, uma sistemática que perdurou até a edição de número 6 de 1978. Já a partir do próximo número, o logotipo teria sempre seu lugar fixo: ao alto da página, porém em tamanho pequeno, de 3,5cm por 14. A variação de tamanho também teria seu fim com a edição de número 8 de 1981, quando se adotou um tamanho só, de 6cm por 26, o que continua sendo praticado até o presente momento. Gisela criou o logotipo do JOREV. Na época, era secretária da ISAEC Gravações e Produções, em Pbrto Alegre.

ualidade que se leva ' amesa.

Inicialmente, o logotipo era impresso sobre um fundo reticulado em preto. Até a edição 12183, a palavra ''Jomal" vinha sendo impressa em corpreta, e o "Evangélico'~ em branca. A partir da edição seguinte, esta ordem seria invertida, o que continua sendo praticado ainda hqje.

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Jornal Evangélico

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PÚBLICO ALVO

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PáginaS específicas pam as mulheres e os jovens Desde o seu surgimento, em 1971, o JOREV buscou sempre setorizar suas informações, seguindo uma tendência que hoje está ainda mais acentuada na imprensa. Seguindo esta linha, o JOREV já começou a circular em 1971 com o suplemento alemão, o "Evangelische Zeitung" (Jornal Evangélico). O suplemento alemão sempre conteve assuntos, de uma maneira geral, considerados mais "leves", em relação ao espaço em português. A primeira página do "Evangelische Zeitung" inicialmente era destinada a uma única meditação, mas hoje, via de regra, esta página contém vários assuntos reflexivos e meditativos, sem exclusividade de uma só matéria. As demais páginas são preenchidas por histórias ou narrativas de cunho evangélico, biografias e testemunhos de fé. O suplemento alemão também traz notícias do mundo, anúncios de falecimentos e bodas. Dentro do suplento alemão está inserida uma das colunas mais lidas do JOREV: o "Hunsrücker aus Rondon". ALÔ CRIANÇAS "Alô Crianças", como diz o nome, era uma página dedicada exclusivamente às crianças. Esta página apareceu, pela primeira vez, na edição de dezembro de 1972. "Alô Crianças" trazia histórias bíblicas, contos, breves meditações, instruções para trabalhos manuais, charadas, quebra-cabeças, entre outras matérias. O espaço ''Alô Crianças"· aparecia no JOREV a cada duas edições, uma vez por mês. Mas foi em janeiro de 1976 que a página destinada às crianças apareceu pela última vez no Jornal Evangélico. Em seu lugar, nos meses seguintes, apareceriam chamadas para a assinatura do jornalzinho "O Amigo das Crianças", elaborado pela equipe do Departamento de Catequese da IECLB e publicado pela Editora Sinodal. PÁGINA JOVEM Com matérias sobre congressos, encontros, retiros, olimpíadas, encontro com trabalhos específicos sobre jovens e estudantes, meditações e poemas, surge, na primeira edição de outubro de 1974 do JOREV, uma página dedicada à juventude. Na edição da segunda quinzena de junho de 1975, esta página passa a ser chamada "Página da Coruja", por usar esta ave COID:O logotipo. A partir daí também muda o conteúdo da página, que passa a ter contos, poemas, crônicas e artigos de autoria dos próprios jovens. Este material é selecionado pela Secretaria Geral da JE. No ano de 1977, na edição de dezembro, esta· página apareceu pela última vez . · Na edição da segunda quinzena de maio de 1984, contudo, uma página dedicada aos jovens é reati~da. ~constituído um gru.P.Q de

apoio, que começa a preparar o material a ser publicado, solicitando a colaboração dos jovens nas comunidades. O espaço dos jovens, contudo, ainda não tinha nome, o que foi acontecer somente na edição da segunda quinzena de outubro de 1984, passando a se chamar "Página Jovem", nome que se mantém até hoje. A Página Jovem é editada uma vez por mês, e hoje está na antepenúltima página do Jornal Evangélico. NOSSO ESPAÇO Saindo alternadamente

A ' 'Pagina Jovem'~ tal como hoje se apresenta, surgiu em 1984. Na mesma época, também as mulheres ganharam uma página específica, chamada "Nosso Espaço - Nossas Esperanças'~

com a Página Jovem, surgiu, na primeira quinzena de maio de 1984, a página das mulheres. Nesta edição, a Presidente Nacional da OASE, Lilian Lengler, informa aos leitores a criação deste espaço, que foi "acertado" no primeiro Congresso Nacional da OASE. Lilian explica que a nova página pretende auxiliar com notícias e outros assuntos de interesse dos grupos e das mulheres evangélicas "em sua vida de t' ' " 1e .

A exemplo da Página Jovem, a página das mulheres

no início não tem nome e é solicitado a elas que enviem sugestões ao JOREV. O nome irá surgir quatro edições depois, na primeira quinzena de agosto. "Nosso Espaço - Nossa~ Esperanças" foi uma suges· tão de Anna Lange, de Cu· ritiba, na época orientadora regional da OASE da Região 2. Nesta mesma edição, é sugerido que se mande material para suprir o espaço e que c que for publicado seja utilizado para debates e estudos nos grupos da OASE c nas comunidades.

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Jorna.l Evangélico

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A PALAVRA DO LEITOR

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Companheiro fiel e inseparável nas Novas Areas numa nova terra. O Jornal Evangélico ganhou terreno nas selvas de Rondônia. Em dois anos, o número de famílias evangélicas aumentou muito e a metade destas eram assinantes do JOREV. O Arnoldo até vendeu um casal de patos para fazer a sua primeira assinatura! Cada nova edição do Jornal era esperada com ansiedade. Muitos caminhavam quilômetros até a casa paroquial, só para saber se a "Folha Dominical" já havia chegado. Num mundo tão distante da terra natal, a notícia através do JOREV provocava sorrisos e lágrimas. Mexia com a vida. Fazia um bem danado ver a foto de alguma igreja que eles mesmos ajudaram a construir. No dia em que o JOREV publicou fotos dos primeiros cultos em Rondônía, a alegria foi geral. Uns diziam: "Agora os parentes vão ficar sabendo que as onças ainda não nos devoraram". Alguém disse: "Veja só, eu nunca pensei que um dia iria sair num jornal". Só quem viveu aquele isolamento sabe avaliar, mais de perto, o quanto de ânimo isto significou para esta gente humilde. VIDA DURA NA SELVA Foi naqueles primórdios da IECLB nas Novas Áreas de Colonização que o Jornal Evangélico publicou artigo do Pastor Presidente da IECLB. Karl Gottschald, desafiando comunídades e paróquias de todo o Brasil a apadrinharem comunidades em Rondônia. A

P. Geraldo Schach

Quem já ouviu falàr em Pimenta. Bueno? Em início de 1972, o Jornal Evangélico falava, pela primeira vez, d~ta ~esconhecid~ ~o­ calidade, no então Temtóno de Rondorua, onde se encontrava um punhado de fanu1ias evangélicas, vindas do Estado do Espírit? Santo. Elas vieram em busca de terra para SI e P!lra seus filhos e acamparam na barranca do no Melgaço, ao lado de cabanas de s«:ringueiros e pescadores, cercados de mata nat1va por todos os lados. Naquela época, o Jornal Evangélico, num artigo do pastor Jost Ohler, desafiava: "É a IECLB uma Igreja missionária? Evangélicos de Rondônia esperam por um pastor que os acompanhe na construção de um novo lar e uma nova comunidade. Até quando a IECLB vai esperar para ir até Rondônia?" Há muitas maneiras de se ler o JOREV. Para uns, o seu recado passa desapercebido; para outros, ele significa chamado ao engajamento, conscientização e até mudança de endereço. Para os primeiros evangélicos de confissão luterana nas Novas Areãs de Colonização (NAC), o JOREV sempre foi companheiro fiel e inseparável. Foi ele que motivou o primeiro pastor (na época, professor catequista) a solidarizar-se com os pomeramos capixabas que construíram as primeiras comunidades e capelas de tábua no então Território de Rondônia. Qual não foi a alegria dessa gente, quando, em 1972/1973, o Jornal Evangélico publicava as fotos dos pri~ meiros cultos, das primeiras comunidades, lavouras de arroz, de café e outras. UM CASAL DE PA10S , Novas levas de migrantes chegavam a cada dia. Os evangélicos cresciam em número e organização .A publicação de nomes como Braun, Hollander, Discher, Boone, Brandt. lesch, Kester, e de lugares como Pimenta Bueno, Melgaço, Espigão d'Oeste e Cacoal, ~pre­ sentavam para centenas de meeuos, agricultores sem-terra, do Espírito Santo, um sinal de esperança rumo a um futuro melhor

Comunídade de Lajeado, no Rio Grande do Sul, foi a única que respondeu ao apelo do Presidente. Na época, muitos de nós se perguntavam se valia a pena investir naquele sertão longínquo, sabendo que não se dava conta nem dos desafios nas antigas comunidades. Assim, o JOREV, talvez sem querer, tomouse instrumento de avaliação do espírito comunitário reinante em nossa Igreja como um todo. Mas, enquanto as comuni~ades _estavam preocupadas consigo mesmas, 1sso nao acontecia com muitos evangélicos isoladamente. A publicação de histórias da vida dura na selva fez brotar belos testemunhos de solidariedade e de comunhão à distância. Assim foi quando o Alberto fraturou a perna no mato e teve q ue ser carregado nas cos-

tas do irmão por diversos quilômetros, até encontrarem socorro. Este relato foi lido no Jornal Evangélico por um leitor no leito de um hospital em Santa Rosa (RS). Este leitor, que por coincidência estava hospitalizado também em razão de uma perna fraturada, fez uma significativa doação em dinheiro ao Alberto, de Rondônia. Ele, no entanto, não teve gesso, nem hospital, nem enfermeira. Dor partilhada gera vida e alegria! Creio que este tipo de solidariedade veiculada pelo Jornal Evangélico sensibilizou muita gente no caminho da fé em nossa Igreja. Assim também novos obreiros deixaram desa fiar-se a assumir o ministério na área da saúde, da educação, da agricultura, entre outros.

A famosa história do recorte Entre os fatos pitorescos que aconteceram com pessoas e Jornal Evangélico conto a mudança dos Vesper, que vieram do Paraná, e a localização do Joní, de 1àquara(RS), em Thngará da Serra, no Mato Grosso. Os Vesper encostaram seu caminhão de mudança em Pimenta Bueno, e com o Jo~al Evangélico na mão, pai, mãe e filhas batiam de casa em casa procurando o pastor local. Quando a gente se encontrou, conferiram, mais uma vez, o meu nome no jornal, e entre sorrisos de alegria, disseram: "Nós vamos morar daqui a uns 200 quilômetros, num lugar chamado Ouro Preto. Queremos cultos, sua visita e uma assinatura do 'Nosso Jornal'. Quando o senhor aparece por lá?" làmbém no Mato Grosso a IECLB engrossou suas fileiras na década de 70. Quem não lembra das estórias cheias de aventuras do Hildor Reincke no Jornal Evangélico? Ele mesmo se dizia "pastor caixeiro-viajante", e quando localizava um membro da Igreja, apresentava-se como comprador de arroz, borracha e· outros.

FAMOSO RECORTE Joní, que trabalhava no laboratório do hospital, não se conteve e mostrou o recorte ao primeiro cliente do dia. O ·~emãozinho" apertou as mãos do Joní, dizendo: "Rapaz, nós somos da mesma Igreja. Que legal! Os cultos são lá perto de casa.. Vê se comparece no domingo que vem!" A história do recorte do JOREV tornou-se famoso, e o Joni, tesoureiro da comunídade! Se, por um lado, estas matérias de conteúdo não comprometedor eram muito solicitadas, por outro, os artigos que questionavam o posicionamento da direção da Igreja ou que denunciavam arbitrariedades e a expulsão do pequeno agricultor da terra nem sempre tinham um espaço integral no Jornal Evangélico. No entanto, quando publicadas, geravam reações de protesto e ameaça de cancelamento de assinaturas por parte de "cristãos" anestesiados pelo sistema. Importa saber que. em seus primórdios nas Novas Áreas de Colonízação, o Jornal Evangélico muito contribuiu para gerar solidariedade e comunhão cristã.

Pois foi no Mato Grosso, na cidadezinha de 1àngará da Serra, onde o Joní. de 1àquara (RS), recebeu um recorte do Jornal Evangélico, via correio, que falava da presença da IECLB nesta localidade.

Geraldo Sclaach jól o primeiro ptUtor tü RoiUifmiG, tüpols ~rceu aeu JHUtorado em Culabd (MT); desde 1986 atua na Par6qui4 tü Morro Redondo (RS).

MEU DIÁRIO

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Jornal Evangélico

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A PALAVRA DO LEITOR

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O que mais me agrada é sua postura democrática Arno Glitz

ternacional das Organizações das Nações Unidas (ONU) para a Pessoa Portadora de Deficiência. Espelha o JOREV, assim, uma preocupação crescente de nossa Igreja para os pequenos (Mateus 25. 40-45), justamente os que o Senhor quer à sua mesa (Lucas

Está cabendo ao Jornal Evangélico completar, neste ano, os 100 anos de jornalismo evangélico em nossa Igreja, iniciados em 1888 com a publicação do "Sonntagsblatt" (Folha Dominical), como 14.21). órgão do então Sínodo Riograndense. O Jornal Evangélico, criaO JOREV, dentro da linha de do em 1971 como jornal nacional, nossa Igreja, e, aliás, da convicção é um jornal para evangélicos no expressa no preãmbulo da ConfisBrasil, que é, ainda, o maior país são de Augsburgo (de 25/ 6/ 1530), católico do mundo. é ecumênico. Não acredito que teDiante destes 100 anos de jor- nha havido uma melhor cobertunalismo em nossa Igreja, só pode- ra de um evento ecumênico como mos exclamar: "Obrigado, foi, através do Jorev, o da 6• AsSenhor". Porque ao prevalecer du- sembléia do Conselho Mundial de rante um século e continuar cada Igrejas (o organismo internacional vez mais forte, através do JOREV, do ecumenismo), em julho/agosDeus mostrou - conforme lemos to de 1983, em Vancouver, no Caem Atos 5. 38-39 - que este vei- . nadá, tanto antes como depois da culo é um instrumento seu para a Assembléia. O mesmo pode-se diconstrução da Igreja de Cristo em zer das duas Pré-Assembéias fOSSO pais. Latino-Americanas que a precedeO que eu gosto no nosso JOREV é que, nesta caminhada, esforçou-se para ser fiel ao Evangelho; contar a história da nossa Pátria e, paralelamente, a história de nossa Igreja, hoje IECLB, conta igualmente a nossa evolução como cristãos e como brasileiros, transformando uma Igr~a alemã para alemães ou seus fJ.lhos, no Brasil, para uma Igreja de Cristo no Brasil, para brasileiros, a maioria ainda que de origem alemã. Este "abrasileiramento", se assim o posso denominar, e a maneira democrática de ser é o que mais me agrada no JOREV. De um jornal evangélico alienado da realidade brasileira, saudosista do que é alemão, temos, hoje, um JOREV implantando na dura realidade do dia-a-dia de nossa vida como brasileiros.

ram e da divulgação do hino "Jesus Cristo, a Vida do Mundo", "o" hino brasileiro para a Assembléia. Poucas vezes, a mensagem ecumênica chegou tão forte e nitidamente às comunidades e bases da IECLB como em 1983 através do JOREV.

outubro de 1986; sobre a reunião de fevereiro de 1987, no México, convocada pela Igreja Luterana Americana; sobre o encontro em Sankt Augustin, Bonn (Alemanha), em março de 1987; e, recentemente, sobre o encontro das Igrejas brasileiras, em São Paulo, em março de 1988. O Jornal Evangélico vem mostrando que este assunto da dívida diz respeito não só à nossa vida econômica como cidadãos, mas também à textura moral da nossa Nação, que, pela corrupção, está sendo perigosamente corroída. Combater a corrupção é dever do cristão, porque a corrupção afronta a justiça (Mateus 6.33) e a verdade, portanto afronta Cristo (João 14.6). - Eu gosto da diversidade no JOREV. Há seções que não aprecio, mas as aturo porque sei que há leitores que as apreciam e eles também têm o direito (Mateus 7:12) de serem atendidos em

DÍVIDA EXTERNA Espelhando a realidade do contexto brasileiro, o JOREV noticiou e comentou encontros de igrejas para a discussão da temática divida externa, divida que não podemos pagar (o que até os nossos credores reconhecem) e da qual não sabemos, sinceramente, o .q ue devemos pagar. O impacto da dívida externa se faz sentir em todos os aspectos de nossas vidas. O Jornal Evangélico noticiou sobre os encontros de nossa e de outras Igrejas brasileiras com Igrejas alemãs, no Rio de Janeiro, em

seus desejos. BELO MUNDO Gosto da coragem do JOREV em abordar, inclusive através de informes e reportagens, assuntos referentes às experiências sociais em andamento na Nicarágua e em Cuba. Não concordando com aspectos políticos das duas experiências, sei apreciar, porém, a busca de justiça social naqueles povos tão sofridos, sobretudo o "nica". Estava em tempo de, como luteranos brasileiros, acordarmos - ou sermos acordados pelo JOREV - para outras realidades que existem nesse belo mundo de Deus, um mundo que só ele criou e que a ele pertence (Salmo 24.1), um mundo ecumênico. O JOREV busca o diálogo. A vivência na sociedade, nas Igrejas, nos mostra sempre e cada vez mais que só está disposto a dialogar

quem é firme em suas convicções. E o espaço ao diálogo o JOREV concede sempre. E isso é bom. Como membro ativo da IECLB, sinto-me imensamente gratificado que através do Jornal Evangélico a nossa Igreja possa comemorar os 100 anos de imprensa evangélica entre o povo de Deus em nossa terra. Glória. Aleluia. Louvado seja o Senhor! Que o Senhor continue abençoando o Jornal Evangélico como instrumento para divulgar a sua obra.

Amo Glitz é membro da Comunidade Evangélica de Curitiba, um dos representantes da IECLB no Conselho Mundial de lg~ e integrante do recém-formado grupo de apoio ao trabalho com dfificientes na IECLB.

TENSÕES INEVITÁVEIS Com artigos·e notícias voltadas, de um lado, para a herança e tradição pietista, ou para os conservadores, e inclusive os anti-ecumênicos de nossa Igreja, de outro lado atendendo também as exigências dos contextualista.>, dos ecumênicos e dos praticantes de urna leitura libertadora da Bíblia. É de admirar que tantas tendências caibam num mesmo jornal. As tensões são inevitáveis e muitas vezes acontecem. É diferente a maneira de pensar e reagir de um luterano vivendo no Sul do Brasil, numa cidade grande digamos, da de um luterano vivendo nas zonas rurais das Novas Áreas atendidas pela IECLB. O JOREV é, assim, um espelho fiel da diversidade teológica e contextu'al existentes na nossa Igreja, diversidade que encontra espaços e mentes abertas neste nosso jornal. Fico muito contente em ver os jovens, as mulheres, os diversos colunistas ganharem seu espaço. Na questão doutrinária, a coluna "O que significa ser de Confissão Luterana", do nosso Pastor Presidente, Dr. Gottfried Brakemeier, é uma das mais importantes inovações do nosso jornal. Pessoalmente, só me cabe agradecer ao JOREV o carinho com que sempre recebeu minhas contribuições e informações. Lembro, em especial, as notícias que o JOREV, corajosamente, veiculou em começos de 1981 sobre a Juta tremendamente desigual que nos foi imposta pela corrupta e mentirosa Neva/ANDRE (de Lausanne, Suíça), cuja impunidade foi e é garantida pela Cacex, Banco Central, Procuradoria da República, ltamaraty, Conselho de Segurança Nacional e outros órgãos da cúpula do Governo Federal. ENORME ALEN10

Isto significou-nos grande apoio e, sobretudo, enorme alento em momentos horrivelmente difíceis em nossas vidas. De repente, o apoio de nossa Igreja e do JOREV nos mostrou que não mais estávamos sós (Salmo 133.1), e deste apoio aspiramos forças e ânimo (Atos 18. 9-10) para perseverarmos, não descansando até que sejam desfeitas as injustiças propositalmente cometidas contra nós. Poucos jornais brasileiros deram e ainda dão, como o JOREV, cobertura para os eventos da Semana Nacional do Excepcional que ocorre sempre de 21 a 28 de agosto. Lembro, em especial, as edições do ano de 1981, Ano hi~.

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_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _(1° CONGRESSO LUTERAN

Comunicação deve se I - A comunicação cristã visa partilhar a boa notícia de Jesus Cristo com empenho em favor da vida desejada por Deus. Por isso deve promover e criar comunidade, ser participativa, libertadora e profética e ficar atenta para as relações interpessoais, grupais e comunitárias. 11 A comunidade deve sensibilizar-se para a importância da comunicação e repensá-la a partir de Deus que se comunica na história concreta e a partir do receptor, reconhecendo-o como sujeito no processo comunicativo. A linguagem do receptor, seus anseios e necessidades são referenciais na busca de clareza em benefício do anúncio da boa notícia, que promove vida digna. 111 -Quando a Igreja usa meios de comunicação de massa, deve fazê-lo consciente de que a fé e o testemunho dos recéptores acontecem na vida comunitária. Além do aspecto tecnológico, a Igreja precisa considerar o conteúdo de sua mensagem específica, cuidando para não ser cooptada pelo sistema existente na sociedade, pois está comprometida a promover vida digna para todos. IV - É compromisso da Igreja promover comunicação libertadora, isto é, que transforme situações de opressão e injustiça social. Por isso deve considerar a situação em que vive a grande maioria do povo brasileiro, marginalizado e empobrecido. Nesse sentido cabe à Igreja o papel de criar e apoiar meios alternativos a serviço das causas populares. Sugestões práticas: 1) Incluir Comunicação entre as prioridades da IECLB na década de 90. · 2) Investir tempo, dinheiro e pessoal na capacitação de comunicadores, profiSsionais ou não. 3) Descentralizar e democratizar a comunicação a nível local, regional e nacional. · 4) Buscar a colaboração de profiSsionais para a capacitação e produção junto a entidades e Igrejas com maior experiência.

5) Incluir Comunicação no currículo obrigatório de formação e atualização de obreiros, contando com a colaboração de profissionais da área.

6) Cadastrar e avaliar os meios existentes na Igreja, com ampla participação das bases; definir seus objetivos, a idéia de Igreja que estão comunicando e a clareza de sua linguagem junto ao receptor. 7) Desenvolver cursos de leitura crítica da comunicação nos diversos segmentos da comunidade eclesial.

8) Discutir o fluxo de informação interna da IECLB, visando maior transparência da instituição

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O Congresso reuniu em torno de 80 participantes. O professor Ismar de Oliveira Soares (acima) falou sobre " Tendências da Comunicação nos Anos 90 ' ~ enquanto que o painel com a Igreya Metodista e Católica tratou sobre "Os desaflos para

as Igreyas Anos 90'~ nos

riorirl

O Congresso Luteran(J Dido sob o tema ''Anos Testemunho", em Joinvi maio último, pediu que cluída como prioridade • Participaram do encontr dades que fazem comu11 de representantes de Dist:J se em quatro palavras-cbl pos, o Congresso el documento com propost bre como deve acon IECLB. Veja, na íntegn


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ERANODECOMUNI~·~~~~~~~~~~~~~~

ridade da IECLB nos anos 90 Luterano de Comunicação, reuaa "Anos 90 - Comunicação e !m Joinville(SC), de 19 a 22 de ediu que Comunicação fosse inioridade da IECLB nos anos 90. o encontro todas as áreas e entim comunicação na Igreja, além ~ de Distritos e Regiões. Com ballavras-chave e discussões em gru:esso elaborou, ao final, um n propostas e recomendações sove acontecer comunicação na na íntegra, o documento.

A professora Chrlsta Berger (acima) dissertou sobre "Indústria Cultural e Alt e rnativas Cristãs e Populares", enquanto que o pastor Oneide Bobsin falou sobre "Testemunho Cristão nos Anos 90'~

A MANEIRA CERTA.

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Com os equipamentos IEC, você obtém absoluta nitidez e reprodução perfeita. Esta é a maneira certa de fixar conceitos, transmitir idéias e informações, enfim, de projetar a sua criatividade e imaginação. Essa é a maneira que a qualidade internacionaiiEC garante para você e para a sua empresa. Projetores de filmes e si ides, retroprojetores, episcópios, leitoras e leitoras-copiadoras de microfilmes, leitoras de microfichas. E equipamentos revolucionários para escritórios - a linha FreeSpace. Tudo isso a IEC faz, e faz bem feito. Aí está a diferença. Usando tecnologia própria, já consagrada em vários países, a IEC conquistou posição invejável nos mercados brasileiro e internacional. E toda esta tecnologia, apoiada em rígidos padrões de qualidade e funcionalidade, está presente em órgãos públicos, escolas, indústrias, lojas, estúdios, escritórios e residências. Enfim, em todo o setor onde se procure soluções práticas e confiáveis.

em todos os seus níveis. 9) Tomar obrigatório o cadastramento dos presbitérios/ diretorias paroquiais, com duração de mandato indicado, num banco de dados da IECLB, para maior eficiência nas comunicações intemas. lO) Promover encontros e seminários nas diversas áreas da Igreja:. literária, jornalística, radiofônica, musical, grupal, audiovisual etc. 11) Incentivar empresários evangélicos, em especial detentores de meios de comunicação, a aliarem suas forças com o projeto de comunicação da IECLB. 12) Procurar medidas alternativas de subsistência dos meios de comunicação atualmente existentes na IECLB, para que possam praticar outras metodologias de comunicação, agora impossibilitadas pela dependência da atividade comercial. 13) Desenvolver projetos de comunicação em caráter ecumênico no Brasil e engajar-se naqueles já existentes. 14) Divulgar a função e os objetivos da Secretaria de Comunicação e a atribuição do Conselho de Comunicação. 15) Incentivar, num esforço interdisciplinar, a pesquisa e elaboração de uma Teologia da Comunicação. 16) Abrir espaços nos jornais da IECLB para compartilhar experiências sobre os jornais comunitários. 17) Incentivar, através da Secretaria de Comunicação, a criação de jornal mural impresso para uso junto aos murais das comunidades. 18) Comunicação comunitária: a) Reavaliar a comunicação existente nas comunidades: culto, prédica, liturgia, música e canto, boletins e programas. b) Publicar material de apoio para orientação na confecção de boletins informativos; um manual para correspondentes dos órgãos de imprensa e sugestões para uso eficiente de meios de comunicação simples como avisos nos cultos, mural, painel (out-door), cartões de felicitaçã<? de seus membros. c) Buscar com vigor a participação dos leigos nas comunidades para atividades de comunicação, proporcionando-lhes capacitação para isto. d) Fazer coincidir a distribuição do boletim informativo, dos cartões de felicitação e outros materiais do interesse da comunidade com a visitação aos membros.

Indústria de Equipamentos Cinematográficos SIA Rua do Ca/'1'00, 310 Caixa Posta/299 - 93020 - S6o Leopoldo - RS Fone: (05 12)92-6399 - Telex: 52-4025/ECIBR Facsimile: (0512)92-6587

19) Delegar ao Conselho de Comunicação da IECLB a atribuição de compor uma comissão com a tarefa específica de elaborar um projeto amplo que atenda as propostas e reivindicações colhidas neste Congresso. Que esta comissão seja constituída de profissionais das diversas áreas de comunicação e a proposta no projeto amplamente debatida nas bases da IECLB.


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________________(~__ A_G_RA_N_DE_IM_P_RE_N_~__).________________ Em tese, três jornais compõem a "grande imprensa" da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil. Afora o jornal nacional da IECLB, o Jornal Evangélico, e que já foi retratado nas páginas anteriores, integram este item o jornal "O Caminho", da Região Eclesiástica 2, "O Semeador", o "Jornal para as Comunidades Capixabas". "O Caminho" nasceu em abril de 1985, enquanto que "0 Semeador" circulou, pela primeira -vez, em dezembro de 1980. Tanto um como outro nasceram no tamanho tablóide (em torno de 28cm de largura x 36cm de altura), contudo, "O Semeador" te-ve seu tamanho diminuído para formato de boletim (22cm x 33cm) em 1986. Neste mesmo ano, ele entrou em recesso, que perdura até hoje. O pastor Henrique Seick, ao falar sobre este jornal, garante: "Ele não morreu. Todos esperam que 'O Semeador' continue prestando o seu ser-viço na edificação das comunidades e do po-vo evangélicoluterano no Espírito Santo".

Sempregue alguém fala em atendimento médico e saade acaba falando nosso

Membros capixabas pedem a volta de ''O Semeador'' P. Henrique Seick

O extinto "Heimatbote" (Mensageiro da Pátria) deixou muitas saudades entre as farru1ias luteranas no Estado do Espírito Santo. Pois este jornal, na época, era importante veículo de informação entre li$ famílias em migração neste Estado, aliás, uma característica viva entre as famílias luteranas até os dias atuais. O "Heimatbote'' era um importante meio para as famílias capixabas terem notícias de parentes e famílias amigas em todo o território do Estado. Por isso, após o desaparecimento do "Heimatbote'', o clamor por um jornal "doméstico" que assumisse essa função outra vez, já que o Jornal Evangélico não cumpria este papel. Um jornal que encurtasse as distâncias entre as famílias de norte a sul e leste a oeste, no Estado. Era o anseio por notícias familiares e eclesiásticas, artigos de edificação pessoal e comunitária, bem como sobre a confessionalidade. COLABORAÇÃO ESPONTÂNEA Observem, neste sentido, a nota da redação no primeiro número de "O Semeador": "Já faz muito tempo que alguns

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membros de diversas comunidades do Espírito Santo têm falado que sentem falta de um jornal capixaba. Um jornal de nossa Igreja. Que fala de nossas comunidades. Que deixa a gente ficar sabendo o que está acontecendo no lugar onde a gente nasceu. Com este 'número de natal' queremos iniciar este jornal. Esperamos dar a vocês, além de notícias, meditações da palavra de Deus:' A partir de então - dezembro de 1980 -, este jornal circulou entre as comunidades capixabas. Sua distribuição sempre foi gratuita. Os colaboradores faziam seu serviço de forma espontânea, e as despesas com material foram cobertas com coletas nas comunidades. A colaboração espontânea teve como conseqüência que o periódico não saísse regularmente. Houve intervalos maiores e outros menores. A proposta era que saísse quatro vezes ao ano. O último número saiu em agosto de 1986. Desde lá as comunidades clamam novamente pel(( seu jornal. Ele não morreu. Todos esperam que "O Semeador" continue prestando o seu serviço na edificação das comunidades e do povo evangélico-luterano no Espírito Santo e na IECLB. Henrique Seick é Pastor !regional da Região Eclesiástica 1 da IECLB, cu,ja sede é em Vitória, Espírito Santo.

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O jornal nasceu em 1980. Foi sempre elaborado na base da colaboração, o que fez com que não fosse editado regularmente. O último número saiu em agosto de 1986.

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_______________(~__ A_·G_RA_N_D_EIM_P_RE_N_~_ · _)_______________

"0 Caminho": um jornal feito na base do mutirão P. Meinrad Piske

Uma vez por mês reúnese a equipe responsável pela edição do jornal O CAMINHO para avaliar o último número e para planejar e elaborar o número seguinte. Neste dia acontece um verdadeiro mutirão. Leigos e pastores, representando todos os Distritos Eclesiásticos da 2 a Região Eclesiástica da IECLB e ainda os setores de trabalho Culto Infantil-Escola Dominical, Juventude Evangélica, Comissão de Música Sacra e Ordem Auxiliadota de Senhoras Evangélicas, analisam o que está acontecendo na IECLB, com ênfase especial para a Região 2. A partir daí preparam a matéria que deverá ser publicada na edição do mês seguinte de O CAMINHO. Cada um traz consigo sua máquina de escrever e põe mãos à obra. Alguns artigos já vêm escritos e devem ser revisados. Outros são elaborados na hora. Existe um clima excelente de trabalho em conjunto; cada um dá o melhor de si, com entusiasmo e dedicação. Não são jornalistas, mas apenas amadores que procuram fazer um jornal de 12 páginas e mais um suplento alemão de quatro páginas. Nesta reunião mensal da equipe responsável pulsa o coração do jornal. A reflexão sobre a situação em que vivemos, o estudo dos temas que devem ser abordados, a análise das notícias que devem ser publicadas, bem como a elaboração da matéria é feita em mutirão. Cada um contribui com os seus dons e com o seu tempo. Este "fazer o jornal em conjunto" gera o clima de comunhão e amizade, de dedicação e alegria entre os integrantes da equipe. ABELHAS OPERÁRIAS Discute-se o editorial e alguém encarrega-se da sua elaboração. Outro faz a revisão de algum artigo enviado. Outros descrevem acontecimentos que serão publicados em forma de

a

notícia ou coordenam pufácil recuperar a confiança CAMINHO', o que naqueblicidade. Assim todos trade pessoas que, por diver- la época identificava uma balham - como abelhas sos motivos, tinham deixa- maneira de ser, 'de crer e de do de ler regularmente um agir!' operárias! A jornalista Ana Maria Kovacs orienta a jornal de sua Igreja. Nos dois primeiros anos, Na área da comunicação o pastor Nelso Weingãrtequipe e assina como jornalista responsável. O resé de maior importância que ner, na qualidade de responsável pela redação a pessoa descubra a si mes- ponsável pela redação do coordena todo o trabalho e ma e a sua situação concre- jornal, coordenou o trabaainda responde pela diagrata naquilo que está lendo, lho. Esta tarefa foi assumimação, impressão e distriouvindo ou vendo. Por es- da em 1987 pelo pastor buição. te motivo, o noticiário so- Friedrich Gierus, que, além O jornal O CAMINHO bre o que acontece na área de editar os Folhetos Evanestá sendo editado desde o regional tem destaque. Isto, gelísticos, o Anuário e o mês de abril de 1985 pela 2a no entanto, não quer dizer Jahrweiser, coordena com Região Eclesiástica. Ao lanque apenas se transmite o muita competência e com que acontece na 2 a Região; entusiasmo contagiante a çamento antecederam muitos estudos e prolongados visa-se comunicar também equipe de redação de O debates sobre a pouca dio que está ocorrendo em CAMINHO. Atualmente, toda a IECLB e em outras este jornal conta com 6.200 vulgação de nossa Igreja nas comunidades. Sempre partes do mundo. assinantes. Ele é direcionade novo foi lembrado o ano A escolha do nome O do pelo compromisso assude 1971, quando houve a CAMINHO foi descrita da mido desde o primeiro fusão dos periódicos exisseguinte maneira no pri- número: "Estaremos semtentes nos antigos sínodos meiro número de 1985: pre apontando para aquele num só jornal: O JORNAL "Em 1985, o lema da· que é o único e verdadeiro EVANGÉLICO. IECLB é uma palavra de caminho: Jesus Cristo". 1 h · 8 500 ;Jesus: 'Eu sou o caminho, N O jornal da segunda Região Eclesiástica surgiu em a verdade e a vida'. Além .....l!!.rtoregrMioenalinraddaPisReg~~ asasqm·uaneetesannoa, áraeav1a da· 2 a 1985 e procura dar destaque ao que acontece na área Y"""..., 6UU Região Eclesiástica, um nú- regional. · disso, em Atos, os cristãos 2 e diretor do jornal 0 ameroquediminuiudeano ano até chegar a apenas r ===============~=====================--=fo~ram:=~c:ham~~ad~o~s~~~s~d~o--~~~~::o:_________~ 1.800 assinantes em 1984. Diversos acontecimentos no âmbito da Igreja, que envolveram diretamente a 2 a Região, fiZeram com que amadurecesse a idéia e se formasse uma equipe, nomeada pelo Conselho Regional, com a incumbência de editar um jornal mensal para as comunidades. A motivação para a edição deste jornal foi a preocupação pastoral de preencher a grande lacuna deixada por leitores que haviam desistido no decorrer dos anos. Apesar de incentivos e de campanhas realizadas, o As nossas máquinas e Unsere Maschinen stellen número de assinantes do JORNAL EVANGÉLICO equipamentos produzem Schrauben und Muttem na área da 2 a Região havia parafusos e porcas de alta von hoher QUlllitiit her. decrescido numa média de 500 leitores por ano. qualidade.

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ENTUSIASMO CONTAGIANTE Sentida â necessidádêde oferecer informação e a responsabilidade de comunicar o que estava acontecendo na IECLB, lançou-se o primeiro número de O CAMINHO em abril de 1985. A meta estabelecida foi a de alcançar no mínimo 8.500 lares com este periódico. Havia consciência de que esta tarefa seria difícil, pois não seria

Mas esse não é o nosso produto final. . Com uma equipe de profissionais dedicados buscamos acima de tudo manter e elevar a confiabilidade da marca CISER e garantir a satisfação dos nossos clientes. Por isso fazemos questão de ~izer que fabricamos serviços.

Aber das ist nicht unser Endprodukt. Mit eüíer Manschaft von Profitionellen, sind wir stiindig auf der Suche, damit das Zuvertraun der Marke CISER wiichst sowie auch die Zufriedenheit unserer Kunden. Deshalb sagen wir mit Recht, wir sind ein Unternehm .das' Arbeit leistet.

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~~~~~~~~~EU~CHSPR~HIGE PRESSE)·~~~~~~~~

1. Juli 1875: ein denkwürdiges Datum für die Presse

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Der 1. Juli 1875 ist für die deutschsprachige Presse in Rio Grande do Sul ein denkwürdiges Datum. Am gleichen Tag übergab der bisherige Schriftleiter des katholischen Volksblatts, Dillenburg, seine Zeitung an die Jesuiten, und im selben São Leopoldo, nur ein paar Quader entfernt, übernahm der evangelische Pfarrer Dr. Rotermund anstelle des bisherigen Redakteurs Curtius die Schriftleitung des "Boten". Das Volksblatt bemerkte bei diesem Ereignis: "In der hiesigen deutschen Presse werden also in Zukunft drei versçhiedene Richtungen vertreten sein: die :iesuitisch-ultramontane durch das 'Volksblatt', die ortodox-evangelische durch den'Boten', die freidenkende und konfessionslose durch die 'Deutsche Zeitung". Das war die ganze deutschbrasilianische Presse von damais. Vor· 1852 waren überhaupt keine selbstãndigen deutschen Zeitungen erschienen. Ein Aufschwung setzte erst ein, ais Koseritz 1864 die "Deutsche Zeitung" in Porto Alegre übernahm. Seit Koseritz seine Hand von den Evangelische~ gezogen hatte, mussten diese in der Offentlichkeit jeden Angriff über sich ergehen lassen; denn wenn sie auch im "Eingesandt" der Deutschen Zeitung sich jederzeit ãussern konnten, so hatte dieses Protestieren aus dem Winkel doch wenig Erfolg. "Der 'Bote', aber", so schrieb Dr. Rotermund in den ersten Monaten in São Leopoldo, "bedarf kaum der Erwãhnung; er fristet ein kümmerliches Dasein und beschrãnkt sich wegen Beschrãnktheit des Redakteurs auf Raub und Klatsch!' AN GLEICHGÜLTIGE UND FEINDE Ehe Dr. Rotermund ausgesandt

wurde, war von Pfarrer Wegel wiederholt der Wunsch ausgesprochen worden, man mõge in Rio Grande eine christliche Wochenschrift ins Leben rufen. Das Comité in Barmen hielt eine solche Gründung für sehr zweckmãssig und Dr. Rotermund wurde aufgefordert, die Redaktion einer solchen Zeitschrift sofort nach seiner Ankunft in Brasilien zu übernehmen. In Brasilien sah er, dass die Wirklichkeit andere Forderungen stellte. Es war wichtiger und erfolgversprechender eine ailgemeine und schon eingeführte Zeitung in die Hand zu bekomen und mit ihr die verlorene Stellung erobern. Einfluss auf die õffentliche Meinung war nur über die Zeitung zu gewinnen, die sich auch an die Gleichgültigen und Feinde, nicht nur an die Kirchenfreunde wandte. - Auch die Zeitungstãtigkeit Dr. Rotermunds ist aiso aus einem unmittelbaren Auftrag hervorgegangen, den er nur sinnvoll und den brasilianischen Verhãltnissen entsprechend umwandelte. Baid musste er ja sehen, dass eine Zeitung sich nicht nur an das Iarchenvolk wenden durfte; sie musste kãmpfen und werben; sie musste für den Kampf um die religiõse und, wenn es Not tat, die võlkische Gleichberechtigung eingesetzt werden. Ais Dr. Rotermund die erste Nummer des "Boten" herausgab, schrieb er sein Programm in einem klaren Satz an die Spitze: ''Alles, was wir den Lesem vorlegen, wird im Geiste deutsch-evangelischer Bildung geschrieben sein". Der benachtbarte Amtsgenosse aus Porto Alegre, Pfarrer Kollmann, haif ihm bei der Redaktion der Zeitung. FLAMMENDER ZORN Nach zwei Wqchen war der vollste

Kampf im Gang; denn Dr. Rotermund hatte das Unerwartete wahr gemacht, er trat für sein Programm mit schneidender Schãrfe ein. Die Evangelischen sassen nicht mehr im Winkel, ja sie waren bald in solch einem Kampf um ihre eingeschlafenen oder missachteten Rechte verwickelt, dass man Dr. Rotermund ailgemein für den Ruhestõrer hielt, obwohl er nur dem faulen Frieden ein plõtzliches Ende gemacht hatte. Die Leser müssten schon gespannt auf jede neue Zeitung gewartet haben, weil kaum eine Nummer erschien, in der nicht um Geltung und Recht gestritten wurde. Dass auf allen drei Zeitungen in der Kampfeswut auch persõnliche Beleidigungen nicht ganz ausblieben, gehõrte es bei den damaiigen Pressefehden beinahe zum guten Stil. Trotz seines flammenden Zornes drückte sich aber Dr.

Ein Zufall bestimmte Namen der Deutschen Post Die Druckerei der Zeitung "Der Bote", die 1878 zugrunde ging, wurde spãter vom Dr. Rotermund aufgekauft, der so doch noch einmal zum "Boten" zurückkam und seine selbstãndige Zeitung, die "Deutsche Post", zu drucken begann. Es war ein trefflicher Augenblickswitz, dass die erste Nummer der Deutschen Post, die am 18. Dezember 1880 erschien, auf der Presse der feindlichen Brüder, der Jesuiten, gedruckt werden musste, weil die neue Druckerei noch nicht ganz in Betrieb war. Ein Zufail hat auch den Namen der Deutschen Post bestimmt. Wãren nãmlich die richtigen Lettern zu finden gewesen, so hãtte sie Deutschbrasilianische Post geheissen. Für so einen breitspurigen Titel fehlten die Buchstaben, und so druckte man eben "Deutsche Post". Dabei ist es denn auch geblieben, und niemand wusste spãter etwas davon, dass der ursprüngliche Titel in ganz anderer Weise die Bodenstãndigkeit der Zeitung betonen wollte. Ais nach Jahren neue 'JYpen angeschafft werden konnten, hatte sich die "Deutsche Post" überall unter ihrem Zufailstitel durchgesetzt. RELIGIÕSE SPÕTIEREIEN

....... ,......... IRAIMtDICA liA

Rotermund im ailgemeinen massvoller aus ais seine beiden Gegner. Die Evangelischen hatten einen so schneidigen und unbeugsamen Verfechter ihrer Ansprüche gefunden, dass es ihnen selber Angst wurde, was daraus werden sollte; denn zum Kãmpfen waren sie ja nicht erzogen. Am ungemütlichsten war es Herrn Julius Curtius zumute, dem Besitzer des "Boten", der schon um seine Zeitung zu bangen anfing. Entgegen dem Vertrag, der einviertel jãhrliche Kündigung vorsah, kündigte darum Curtius seinem Redakteur "aus Gründen, die er vielleicht spãter klarlegen werde". Der "Bote" fiel in sein aites Geleise zurück, wurde beim Gemeindestreit schwer gegen Dr. Rotermund mobilisiert, ging aber doch an Geist- und Geldlosigkeit 1878 zugrunde.

Dr. Rotermund hat 32 Jahre lang ais Schriftleiter der Deutschen Post gearbeitet, 45 Jahre lang hat er sie durch ihr Leben begleitet. Dabei ist er nie von jenem ersten Programm abgesprungen, das in seinem persõnlichen Charakter und in seiner ganzen sonstigen Arbeit begründet war. Wohl fragte er sich zweifelnd, ob denn die Deutsche Post dem Reiche Gottes unmittelbar genutzt babe. Er konnte darauf schon nach den ersten fünf Jahren antworten: "Jedenfalls hat sie indirekt viel gewirkt. Der Kulturkampf ist aus, die religiõsen Spõttereien haben ein Ende, selbst Koseritz schreibt hie und da mit Achtung sowohl über die christliche Religion wie über ihre Geistlichen!' Verschiedene Beilagen waren im Laufe der Jahre in der Deutschen Post dazu gekommen und hatten sich sogar teilweise selbstãndig weiterentwickelt. Das Sonntagsblatt der Riograndenser Synode erschien ais Beilage der. Deutschen Post und hatte baid,

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Dle erste Nummer der " Deutschen Post" erschien am 18. Dezember 1880

wider Erwarten, unter ailen deutschen Blãttern in Brasilien die weiteste ·verbreitung. Im Juni 1893 wurde das Sonntagsblatt, das sich so gut eingeführt hatte, von der Pfarrwitwen - und Waisenkasse übernommen. In ãhnlicher Weise machte sich auch die "Lehrerzeitung" selbstãndig, die ebenfalls ais Beilage der Deutschen Post begonnen hatte und dieser ihre Lebensfãhigkeit verdankte. Seit 1899 erschien mit "Unterm südlichen Kreuz" eine wertvolle heimatkundige Beilage und von 1901 an wurde ein "Gemeinnütziger Ratgeber für Stadt und Land" mitgeliefert. Nach dem Weltkrieg kamen zwei" neue Beiblãtter: "Für Herz und Haus" und ''Aus Kirche und Schule'', in denen der aite Doktor immer noch die Sonntagsbetrachtungen und manch anderen Artikel beisteuerte. VÕLKISCHE MISCHEHE Dass die Führung einer deutschen Zeitung in Brasilien nicht einfach war, musste Dr. Rotermund schon nach den ersten vier Wochen im Januar 1881 merken. Da beging er die Unvorsichtigkeit, eine Lustspielaufführung in São Leopoldo scharf zu kritisieren und vor aliem auf den durch die rassische Verschiedenheit bedingten Geschmack hinzuweisen. Die brasilianischen Zeitungen fielen über ihn her; das liess sich abwehren. Aber eines Thges wurden an der Druckerei die Scheiben eingeworfen. Das war der Põbel. - Und der liess sich im Emstfail kaum bãndigen. Am 13. Oktober 1928 erschien mit Nummer 7632 eine letzte Sonderausgabe der Deutschen Post. Sie war ein Stück vom Schicksai ihres Gründers geworden, und auch ihr Untergang war, auf das ganze gesehen, ein Stück von der Thlgik ausl~nddeutscher Arbeit und '114t.


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JAHRWEISER

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Von Anfang an hatte er seine Besonderheit Die 28. Synodalversammlung, die am 20. - 21. April in São Sebastião do Caí (RS) tagte, beschloss die Herausgabe eines Kalenders und übertrug Herrn Pfarrer Rupflin die Leitung der erforderlichen Arbeit. In dem Geleitwort zum ersten Jahrgang (1922) schreibt der Herausgeber: "Ein neuer Kalender! Neu nicht allein, weil er die Zahl des Neuen J ahres, sondern sogar einen neuen Namen trãgt. Dieser jüngste unter seinen Brüdern tritt mit soviel Selbstbewusstsein in die Welt, dass er sich gar nicht erst beim Leser entschuldigt für sein Erscheinen. Sein Name ist seine Legitimation und deutet wie seine Herkunft auch seinen Zweck... Ais seine Aufgabe, die ihm seine Eigenart verleiht, betrachtet er es dem evangelischen Haus gesunde Kost ' für Geist und Gemüt zu bringen und über die Arbeit der Evangelischen Kirche- inner- und ausserhalb unseres Landes zu berichten!' Der Kalender, der bereits im 2. Jahrgang ais Untertitel seinen spãteren Namen "Jahrweiser" trãgt, sammelte bald eine immer wachsende Lesergemeinde um sich, der er jedes Jahr Wegweiser durch ruhige und friedliche, aber auch durch notvolle und schwere Zeiten war. Die fehlenden Jahrgãnge wãhrend der Kriegs- und Nachkriegszeit erinnern an diese Zeit .unserer Evangelischen Kirche, ihrer Gemeinden und Schulen, deren bewegte Geschichte sich in den vergilbten Blãttern der ãlteren Jahrgãnge verfolgen lãsst.

Jahrweisers in der Nackriegszeit und aus der Arbeit der Redaktion berichtete zum 50. Jahrgang Herr OKR (Oberkirchenrat) i. R. Pastor Wilhelm Nõllenburg, der wãhrend dieser Zeit ais Leiter der Schriftenzentrale auch Herausgeber des Buchkalenders in neuer Gestalt war, folgendes: "1948 kam ich mit einer Familie nach São Leopoldo. Dort waren wir Neulinge, wogegen der Jahrweiser schon 20 Jahre alt wurde. So begann ich mit dem Jahrweiser 1949. Das war der erste Buchkalender, der seit 1941 wieder erschien. Sein Nichterscheinen lag an dem Verbot fremdsprachlicher Verõffentlichungen. 1948 war die Beschaffung geeigneten Papiers noch sehr schwer, sodass der Jahrweiser nur mit 144 Seiten erschien; zwei Jahre spãter hatte er aber schon hundert Seiten mehr. 1949 trug der Jahrweiser noch das alte Schutzblatt mit dem Bild der Stadtkirche in Porto Alegre. Darauf stand noch 'Kalender für die Evangelischen Gemeinden in Brasilien', und etwas versteckt stand unter 'Kalender' das Wort Jahrweiser. Im folgenden Jahr hiess der· Kalender nur noch 'Jahrweiser'. Aber nicht lange, denn ab 1952 mussten alie Verõffentlichungen registriert werden. Da 'Jahrweiser' nicht zu übersetzen war, hiess er wieder 'A.lmanaque do Sínodo Riograndense' und an zweiter Stelle 'Kalender der Riograndenser Synode'. Nur auf dem Umschlag hatte sich der Jahrweiser gehalten, und hat es getan bis heute. Ab 1955 erschien der J ahrweiser unter dem Zeichen der 'Editora Sinodal"'.

BUCHKALENDER

TREUER MITARBEITER

P. em. Bertholdo Weber

Über das Wiedererscheinen des

Da

"Jahm>eiser" nlc'-t zu ilbersetzen war, hiess

er wieder

'~lmanaque

do Sínodo

Er sollte, wie sein Name sagt, die Leser in unseren Gemeinden an Hand des Wortes Gottes durch das Jahr hindurchweisen, was schon durch Jahreslosung, Monats- und Wochensprüche zum Ausdruck kommt.

1 9 6

2

Riograndense"

in seine Heimat, übernahm ich ais Mitarbeiter in der Schriftenzentrale von 1961 bis 1981 auch die Herausgabe des J ahrweisers. _Bei gleichzeitiger Tãtigkeit ais Dozent an der Theologischen Hochschule, Mitarbeit am Sonntagsblatt und an der Verõffentlichung evangelischen Schrifttums, wurde die übrige Zeit besonders der Gestaltung eines neuen Jahrgangs des Kalenders gewidmet. In Erinnerung an diese 20 Jahre blieb nicht nur Mühe· und Arbeit, sondern auch viel Freude und Dank. Da die Zahl derjenigen, die (noch) fãhig waren, etwas in Deutsch zu schreiben, nicht besonders gross war, begleitete mich stets die Sorge um gute allgemeinverstãndliche Beitrãge für den Jahrweiser. Doch fehlte es nicht an treuen Mitarbeitern, die mit mancherlei Artikel und Geschichten zu dem oft recht bunten Inhalt beitrugen. Ein Kalender soll ja volkstümlich sein und zur Belehrung und Unterhaltung seiner Leser dienen. Aber im Unterschied zu anderen Kalendern hatte der Jahrweiser von Anfang an seine Besonderheit, die er bis heute bewahrt hat.

EIN FENSTERLEIN Dem entsprach weithin auch der übrige Inhalt, der recht breit gestreut, jedem etwas bringen sollte. Denn lange Zeit war ja der Jahrweiser fast das einzige Buch, das in vielen Familien von alt und jung gelesen wurde. So war in ihm Besinnliches, Berichte und Geschichten aus unseren Gemeinden, aus dem Leben der Kirche und des Landes, auch heitere Kurzgeschichten, Gedichte und Humor nebeneinader zu finden. Aber so vielfãltig das Leben sich darin auch ãusserte, es stand doch im Zeichen dessen, der allein uns der Weg durch die Zeiten zu weisen vermag. Der Jahrweiser wurde dann ab 1982 -..: nach meiner Pensionierung - von P. Johannes Hasenack, dem Leiter der Schriftenzentrale, dem ich grossen Dank schulde, bis 1986 herausgegeben. Ab 1987 hat P. Friedrich Gierus, aus Blumenau (SC), diese Aufgabe übernommen. Wir wünschen unserem Jahreweiser auch weiterhin die freundlich Aufnahme, die er bisher bei den Lesern in unseren Gemeinden gefunden hat. Wie die erste Ausgabe, so zieht auch der nunmehr 60. Jahrgang hinaus mit "dem Wunsche, für viele ein Fensterlein zu werden, durch das die Ewigkeit in unsere Zeit hineinscheine: Ewigkeit, in die Zeit, leuchte hell hinein, dass uns werde klein das Kleine, und das Grosse gross erscheine, sel'ge Ewigkeit!'

~~ ""$$ -1 lial~a ~~o ia~~-~ oje cabe-nos, como descendentes do Pastor Heinrich W. HUNSCHE, buscar em ·seus exemplos e em sua fidelidade a Deus, o estímulo e a determinação para fa~er da nossa terra e da nossa Igreja, a continuação da sua própria história. Em sua honra e em sua homenagem.

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Jornal Evangélico

( EVANGELISCHE ZEITUNG )-:....____

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Presse verstand sich ais freie Stimme des Volkes Jost Ohler

Die IECLB war nicht immer das, was sie von aussen her gesehen heute ist: eine Kirche, die ihren missionarischen und prophetischen Auftrag im ganzen Land wahrnimmt; eine Kirche, die ihre Identitãt offensichtlich gefunden hat. Sicher hat daran auch das Jornal Evangélico einen nicht zu unterschãtzenden Anteil. Denn ohne effektive Kommunikationsmittel hãtte sich die Kirchwerdung wohl dahingequãlt wie der Jeep im Schlamm. Man muss es sagen: allen, die anfangs der siebziger Jahre irgendwelche Verantwortung in der Kirche trugen, gebührt grosser Dank. · Denn weitsichtig und grosszügig haben sie die Arbeit mit den Massenkommunikationsmitteln ermõglicht. Die ''Autoritãten" hatten Vertrauen und Nerven, auch Unbequemes zu ertragen; die nõtigen Geldmittel flossen dank der Editora Sinodal; vor aliem stand die Basis, die Gemeinden also, hinter unserer Arbeit.

wm ES DAZU KAM Man erinnere sich: erst 1968 vereinigten sich die regionalen Synoden zur IECLB, zõgernd, aber mutig. Weitgehend deutsch geprãgte Gemeinden machten sich auf den Weg in die Realidade Brasileira. Der Jeep kam in Fahrt, auch wenn die Strasse unwegsam war: die vorprellenden Jungen, eher bremsende Alt~ (- wie kõnnte es anders gewesen sem?). Radund Oelwechsel gleichsam, ais 1970 die 5. Vollversammlung des Lutherischen Weltbundes abgesagt wurde. Man hatte sich verschãtzt und wurde

allein gelassen. Das Spiel mit verdeckten Karten war nicht aufgegangen, Brasilien war auch unt.er den Generãlen keine "heile Welt", wte es sich manche einzureden versuchten. Zeit zur Revision, Zeit zum Krãfte sammeln. Dann ging es vorwãrts: 1971 wurde mit dem Jornal Evangélico . durchgestartet, 1972 in São Paulo dte Õffnung nach dem Norden. Man wuchs zusammen - Kirchenhist<?riker werden aus jener Zeit viel zu benchten haben. Dffi NATIONALE DIMENSION Das Problem war tatsãchlich: wie bringt man dem Süden bei, dass.. der Norden wichtig ist und dazugehort? Wie den traditionellen Gemeindeverbãnden, dass die brasilianische Realitãt anders aussieht, ais man in den wohlgeordneten deutschstãmmigen Kolonien gemeinhin glaubt. Das Jornal Evangélico leistete Hilfsdienste. Pate waren die regionalen Gemeindeblãtter gestanden, vor aliem Folha Dominical (RS) und Voz do Evangelho (SC, PR). Dominiert hat natürlich der Spiegelberg (Folha) mit seiner gut ausgesbauten Struktur, dem Geld und der Nãhe zur Kirchenleitung. Aus der Thufe durfte ich es zusammen mit vielen wohlwollenden Helfern heben: die Spiegelbergleute. Mir kam zugute, dass ich mich ganz und gar ais WahlCapixaba fühlte. Im Norden Espírito. Santos diente ich in die ersten J abre m Brasilien, dort war ich sehr heimisch und liebte Land und Leute. Dm "SAUDADE'' BLIEB So anders, scbõn und sauber es im

Süden war, irgendwie blieb docb die "saudade" nach dem anderen Brasilien. Das bat es mir leicht gemacbt, mit dem Jornal Evangélico das ganze im Auge zu behalten, micb mit der Zeitung nicht von den Gauchos "Kaufen" zu lassen. Dazu kam die Unbekümmertheit meiner Mitarbeiter (von der besten Sorte) und die vielen Freunde im Land. lhnen ist es zu verdanken, dass das Kind gedeihen konnte. BEWUSSTSEIN DER ZUSAMMENGEHÕRIGKEIT Es gãrte und wir gehõrten mit zur Hefe, auch wenn das mancher Autoritãt nicht passte. Vor aliem aber hatten wir die Rückendeckung vom "starken Mann" des Spielgelbergs, dem Regionalpfarrer, und dem ISAEC Manager. Anders wãre wohl unsere Arbeit schnell wieder "regionalisiert" worden. Auch wenn verstãndlich, im Grunde genommen war es eine Fehlentscheidung, den Sitz der Redaktion in den tiefen Süden zu legen, statt nach Blumenau oder São Paulo. Aber es ist noch einmal gut gegangen, denke ich. Was wollte unser Jornal Evangélico, dessen deutschsprachiger Teil immer mehr zusammenschrumpfte? Zuerst galt es, deó Gemeinden ein Bewusstsein der Zusammengehõrigkeit zu geben. So wurde es zum Umschlagplatz von Informationen, Berichten und Meinungen. Daneben galt es, behutsam in die "realidade brasileira" einzuführen, so, dass sich unsere Gemeinden als 'frãger des prophetischen und missionarischen Auftrags der Kirche Jesu Christi bewusst wurden. Einer Kirche, die durch das Erbe der

Ohler (mit seiner Frau Katherina) dient ais Pfarrer in der Schweiz

Reformatoren besonders bestimmt war und von daher ihren wichtigen Stellenwert im religiõsen Panorama Brasiliens haben sollte. Eine Kirche, die sich dem System nicht anbiedern will - wie es einige Persõnlichkeiten versuchten -, sondem in neue zum Evangelium ihren eigenen Weg geht. Die Presse verstand sich dabei ais freie Stimme des Volkes und nicht ais Sprachrohr oder Propagandainstrument der .. . Kirchenleitung. Das brachte naturbch immer wieder Spannungen ins Gefüge der jungen IECLB, so dass man am Schluss in manchen Kreisen wohl nicht traurig war, ais ich den Rückzug nach Europa antrat.:. A~er es w~ auch. Zeit, dass eine so w1cht1ge Arbe1t ganz m brasilianische Hãnde überging.

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De Gutenberg até nossos dias, a imprensa vem realizando a nobilíssima tarefa de disseminar o conhecimento humano. Mais ainda, leva a todos o conhecimento de Deus, a palavra do Senhor. No Brasil, o jornalismo evangélico vem há 100 anos se empenhando com vigor e eficiência no sublime labor de proclamar as verdades evangélicas. Entre as publicações que ao longo desse tempo foram se sucedendo, desponta hoje, . como legítimo e brilhante continuador da meritória obra, o Jornal Evangélico, a quem prestamos nosso tributo de admiração e reconhecimento.

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Jornal Evangélico

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~~~~~~~~( E~NGELISCHE ZEITUNG)~~~~~~~~

Kommunikation: Rückgrat der Organisation Kirche Soweit ich es von hier aus der Schweiz beurteilen kann, war das gut so. Jedenfalls aus der Perspektive der Kirchen der "alten Welt" leuchtet heute die IECLB ais Beispiel verantwortlichen Christseins, von dem man hier einiges lernen kõnnte. Sicher ist die Entwicklung auch in der Presse weitergegangen. Hoffentlich aber kann das Jornal Evangélico der inneren Struktur einer nationalen Kirche ais unabhãngiges und freies Sprachrohr des Kirchenvolkes weiterhin dienlich sein. Das schliesst nicht aus, dass, nach einer Zeit der Konzentration, wieder regionale Kirchenblãtter wichtig werden kõnnten. Aber sie sollten sich nur an der Seite eines nationalen

Jornal Evangélico entfalten. Hier in der Schweiz blüht der Regionalismos und man empfindet es schmerzlich, dass die Kirchen, bei · aliem Wohlstand, ein Jornal Evangélico noch nicht fertiggebracht haben. Es fehlen Weitblick und Experimentierfreudigkeit, Mut und Risikobereitschaft, die die IECLB zu meinen Zeiten, trotz aller bremsenden Elemente, ausgezeichnet haben. WÜNSCHE FÜR DIE ZUKUNIT Die Kommunikation ist der Rückgrat der Organisation Kirche. Wenn ihr ein Korsett angelegt wird, kann sich die Kirche nicht entwickeln~

Ich hoffe, dass die Verantwortlichen in der IECLB dies erkennen und ihrer Pressearbeit weiter Freiheit, finanzielle Mittel und Vertrauen entgegenbringen und sie nicht zum Propagandainstrument der Kirchenleitung verkommen lãsst. Auch wenn dann Unbequemlichkeiten vorprogrammiert sind. Den Journalisten wünsche ich Freude bei ihrer Arbeit für das Volk Gottes und Kraft, unabhãngig und mutig Fragen zu stellen und über die Realitãt von Kirche und Volk zu berichten. Die Gemeinden bitte ich, ihr nationales Jornal zu tragen, denn es schafft l.eben.

PS.: Herzlicbe Grüsse an die Firma Rotermund und ibre Mitarbeiter, obne die unser Vorbaben damals nur balb so gut biitte gelingen konnen und natürlicb - an alie Freunde, die sicb geme an micb erinnem. Auf Wiederseben! lbr Jost Pf. Jost Ohler war Cluifredakteur des Jornal Evangélico von der ersten Nummer -15. November 1971- bis zur zweiten Dezembernummer 1972. Von da an bis Aprll1975 war er der Direktor der Zeitung. Schon selt vielen Jahren übt er sein PfaJTamt in der Schweiz aus (Leimackerstrasse 5, CH-8355 AADORFTG).

_ _____:( DER HEIMATBOTE )_ __

Ein Verbindungsglied der Gemeinden in ES P. em. Siegmund WankE

Es ist schwer für mich über den "Heimatboten" zu schreiben, weil mir alie Unterlagen darüber durch ein Hochwasser hier in Santa Teresa (ES) verloren gegangen sind. Nur kurz folgendes: Der "Heimatbote" wurde, ais ich 1936 nach Espírito Santo kam, von Pastor Hermann Rõlke herausgegeben. Infolge des 2. Weltkrieges ging er ein. In den fünfziger Jahren, ais ich Pfarrer von Domingos Martins (ES) war, wurde ich von der Pastoralkonferenz des damaligen Kirchenkreises Espírito Santo beauftragt, ihn wieder

herauszugeben, und zwar zweisprachig. Sein portugiesischer Titel war "Folha de Notícias das Comunidades Evangélicas Luteranas de Espírito Santo". Sein Zweck war von Anfang an der gleiche: ein Verbindungsglied der espiritossantenser Gemeinden unserer Kirche untereinander zu sein. Den Zweck erfüllte es vor aliem auch dadurch, dass es fortlaufend aus allen Gemeinden die Amtshandlungen aus den Kirchenregistern verõffentlichte. Sicher wurden aber auch gern die Nachrichten über die Ereignisse in den einzelnen Gemeinden gelesen. Mein Nachfolger ais Herausgeber war, soviel ich in Erinnerung babe. Pastor Artur

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In den fünJ'ziger Jahren wurde der Heimatbote zweisprachig

Schmidt (der wieder nách Deutschland zurückgekehrt ist). Ais P. Schmidt die Herausgabe des "Heimatboten" übernahm, erliess er einen Aufruf, dass ihm Gemeindeglieder, die dazu in der Lage wãren, frühere Nummern des "Heimatboten" überliessen. Er bekam

auf die Weise eine vollstãndige Samrnlung aller damals herausgegebenen Nummern des Blattes zusammen. P. Siegund Wanke ist im Ruhestand und wohnha,ftln Santa Thresa (ES)

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~~~~~~~~( TREUERMI~RBEITER )~~~~~~~~

Wenigstens eine Zeitung soll in jedem Haus sein P. em. Erdmann Gõtz

Seit 1932 kenne icb das Evangeliscbe Sonntagsblatt. In unserem Elternhaus wurde es gleicb nacb der Ankunft in Brasilien abonniert. Es war das Verbindungsglied zwiscben Kircbe, Kircbenleitung, den Gemeindegliedern mit uns selbst. Icb sebe beute nocb meinen Vater vor mir, wie er erwartungsvoll das evangelische Sonntagsblatt in die Hand nahm und las. Er wollte wissen, wie es in anderen Gemeinden aussab, welcbe

Stellungnahme die ·Kircbenleitung zu diesem oder jenem Tbema ãusserte. Es war für uns Deutscbe, die von drüben ber es gewobnt waren, immer Kircbenblãtter ins Haus zu bekommen und zu lesen, selbstverstãndlicb, sicb dafür einzusetzen und sie verbreiten und zu vertreiben. Im Evangeliscben Sonntagsblatt wurde die Frobe Botscbaft verkündigt. Dieses Zeugnis wollte aucb icb lesen. Mein Vater scbrieb scbon geme das eine oder andere Mal für das evangeliscbe Sonntagsblatt. Icb gebe denselben Weg und tue es aucb geme. Es ist mir wicbtig. In den langen

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Jahren des Dienstes in den verscbiedenen Gemeinden war es mir immer ein ernstes Anliegen, mebr Leser zu werben. In vielen Hãusern wurde keine Zeitung gelesen. So meinte icb: es sollte wenigstens eine Zeitung in jedem Haus zu finden sein. Darum setzte icb micb für das evangeliscbe Sonntagsblatt ein. lcb babe immer versucbt, kurze Bericbte über Ereignisse unserer Gemeinden zu verõffentlicben. Die interessierten unsere Gemeindeglieder. Sie wollten, dass andere teilnabmen an ihrem Gemeindeleben, und zum andem, interessierte sie aucb, was sich wo anders zutraf. lcb babe beute noch, nach so vielen Jahren des Abonnierens und Lesens, immer nocb grosse Freude an unserem "Jornal Evangélico". Vielen Verãnderungen musste er sicb unterwerfen, sogar die Sprache, Aufmacbung, Druck und Preis ist schon viele Male geãndert worden. Das tut dem keinen Abbrucb, es ist immer nocb das Verbindungsglied zu unserer Kircbe und unsern Brüdern, sei es nah oder fem. lch bin dankbar, dass icb ab und zu etwas mitarbeiten kann. Geme schreibe ich meine Gedanken nieder über einen Monatssprucb, der dann in der deutscben Beilage erscbeint. So kann icb aucb nocb ais Rentner Gottes Wort weitersagen und damit einen kleinen Dienst tun.

Gõtz: "lch habe g1'088e Freude an unserem Jornal Evangélléo"

Seid Mãrz 1986 i8t Pfarrer Erdmann Gõtz eln pünktllcher und treuer Mitarbelter des Jornal Evangélloo und schrelbt elnmal lm Monat etne Medltatlon jflr dte deutsche Bellage.

Jeden Monat schrelbt P:farrer l. R. Erdmann Gõtz eine Meditation über d en Monats s pruch, die ar.if der ersten Sei te der deutschen B e ilage d es J ornal Evangélico erscheint

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~~~~~~~~( Ã~E~ER ~I~RBEITER )~~~~~~~~

In fast fünfzehn Jahren ungefãhr 350 Artikeln ·a••

Der Hunsrücker aus Rondon, dessen Name Arlindo Schwantes ist, gilt ais der dienstzeitiilteste Mitarbeiter des Jornal Evangélico. Selt Januar 1974 schreibt er ausnahmslos für jede Ausgabe einen Artikel. In diesen fast 15 Jahren sind es schon ungefihr 350 insgesamt. Für diese Sonderausgabe gewiihrte der Hunsrücker ein lnterview, in welchem er über seine fast 15jihrige Mitarbeit spricht.

Frage: Wie un wann is de "Hunsrücker aus Rondon" entstann? Hunsrücker: Im Joa 1972 is de Farre Pawelke bei mich komm un mennt ob ich fehich wea, fo de Kalenna ein hunsrickische Atickel se schreiwe. Ais gute Freind von ihm konnt ich das net absohn. So honn ich ihm zwoi Toch druf de Atickel ab~eb. Onfangs Janua 1974 hot die Evangelisch Ze1tung mich gebitt, in jede Zeitung se schreiwe, was ich mit viel Hin un Hea ongenomrn honn.

ich im zwett Joa iwe 300 Briefe kriefhonn von mei Lese. Enne Toch kam ein Mann zu mea un wolit honn, ich solit ihm die Zeitung bestelie. lch sot: Das Frage: Die l.eit lese zu wenicb. Was muss gemacb kannst du doch aliein mache. Geh in die Secretaria von de Gemeind. Dot werd das gemach. Ja, awe ich were, dass die l.eit meb lese? senn katholisch un weiss net Bescheid in eie Kerich. Hunsrücker: Dass die Leit heitzutoch so wenich lese Do honn ich ihm gleich die Zeitung bestelit. Das senn · schon viel Joa hea. De Mann lest die Zeitung heit kommt viel hea weche Radio un Televisão. Ich wa sogar veschrock, wie ich wusst, dass in unse Gemeind noch. so wenich die Zeitung lese. lch honn das sogar Frage: Un was bot das gresste Koppweb geb? unmechlich gefunn.

Frage: Viel sobn sie lese am liebste de Hunsrücker. Warom das un wie fieble Sie sicb dodruf?

Frage: Lese vielleicbt die l.eit liewe Witze ais etwas iwe die Wirklicbkeit?

3.

Hunsrücker: Ich senn stolz dodruf, dass die Lese genn mei Atickle lese. Das is weil die H unsrücker viel meh Wert uf Witze lehe wie uf ernste Sache, was mei Ansicht no falsch is. Viel honn zu rnea gesot: Ich lese nore die Zeitung weche dei Atickle. Ich honn denne gesot, sie solie alies lese, weils interessant is.

Hunsrücker: Wie gesot, wenn die Zeitung nore Witze brenge tet, tet se viel meh geles were. Vielieicht wenn die Pastore die Gemeinde bissche beeinflusse derre, derre viel meh lese.

3.

Frage: Warom seno die Witze uf Hunsrückiscb so lustig?

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wa. Das wa och bei uns de Fali. Awe heit mecht niemand meh lese. Die Televisão bringt doch soviel...

Hunsrücker: Die Witze uf Hunsrückisch senn net interessante wie uf Hochdeitsch. Vielieichet sieht das so aus, weil die Hunsrücker meist nore genn Witze lese. Hunsrücker: Was

Frage: Wobea bolt de Hunsrücker sei witzige ldee? i

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Hunsrücker: An jedem Witz is rneastens etwas Woaheit dron. Eichentlich senn ich von Natua aus kei Witzbold. Domit honn ich schon viel Leit enttãuscht wo mea fremd wore. Sie wore erstaunt, dass ich nore ernste Froche gemach honn, wenn mich jemand kenne lenne wolit.

mich am melste /XIrelt hot, dass lch lm zwette Joa lwe 300 Brlfife kriet

honn von mei Lese

Frage: Was bot dem Hunsrücker die gresst Freid gebrung in de ganze Jobre wo ea in de Zeitung scbreibt?

Frage: Oft tut de Hunsrücker de Pastore iwe die Obre baue. Hot das nocb kei Probleme geb? Hunsrücker: Wenn ich manchmol was sohn iwe Pastore, etwas Schlechtes, dann is das meist rnit de gewisse Pastore so abgemach. Ich honn och schon ein Farre schwea beleidicht, was rnich orich Leid getun hot, un henn mich dann entschuldicht bei ihm. Ein annre hot mei Atickel falsch vastann un hot dann de Knippel iwich mich runne geloss. lch honn rnich dann veteidicht un gesot, ea hett das falsch vastann, un aus Peter.

Humrucker:

Hunsrücker: Was mea arn meiste Koppweh geb hot wa in de Erntezeit, wann ich bis in die halb Nacht arweite musst so zwoi Monat durch. De Kopp wa dann so voli, dass ich net wusst, wo die Zeit heahole fo ein Atickel se schreiwe. Frage: Is es wicbtig das Hunsrückiscb se fleche? Viele sprecbe net meb Hunsrückiscb weil sie sicb scbebme. Hunsrücker: Schod, dass die Leit so ein Komplex honn weche dem Hunsrückisch. Friehe, wea meh sinn wollt hot keh Hunsrückisch gesproch. Fo mich war das ein gross Beleidichung fo unsre Voafohre. lch honn schon oft gesot: Das Hinkel wo im Schweinstall geboa is bleibt ein Hinkel un kei Schwein. Frage: Mit diese Entrevista werd de Hunsrücker nocb bekannte. Was mennt ea dozu? Hunsrücher: Ich senn stolz, dass ich doch noch etwas weat senn mit de 73 Joa un hoffe, dass die Leit och zufriede senn domit. Sie solie och meh Weat uf unse Zeitung lehe un alies was die brengt. Das Lese geheat eichentlich fo jede Mitglied von unse Kerich. Was ich noch sohn mecht: Wenn ich manchmol och Spass rnache iwe die Pastore, was ·och jede Farre vesteht, mache ich das net um de Pastore de Kopp voli se ranze. Ein Farre is genau so geboa von Vate

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Frage: Was find de Hunsrücker vakeat in de Kericb un wie kann das geennat were? Hunsrücker: In unse Kerich is nix direkt vakeat, nore dass zuviel Freiheit is. Die is heit so ingewurzelt, dass es schwea is, das gut se mache. Frage: Warom sprecbt de Hunsrücker so viel von sei Jucbendzeit?

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Hunsrücker: In mei Juchendzeit wa das schehne wie heit. Es hot meh Respekt geb un es wa viel gesunde wie heit.

Frage: W.S is die best Medlzin fo alte Leit wie de HIIIIJrãcker1 Hunsrücker: Die best Medizin is wenn de Mensch von 70 Joa on voran noch arweitsfehich is. Ea muss arweite, soweit ea noch fehich is, un sich net dehemm hinsetze un uf de Thd warte. De kommt ohne dass ma will. Frage: Was mennt eire Fro wenn de Hunsrücker aanre Frolelt scbelln find an lobt! Hunsrücker: In de Hinsicht is mei Fro Gold weat. Die wa noch nie eifesichtich wehrend de 13 Joa wo ich in de Coprative geschafft honn, hatt ich meastens drei ore via Med als Caroneiras. Ein Beispiel: enne Toch wa ein Medcbe on de WartsteUe un ich honn mich die besiehn un gemerkt, dass die net meh allein wa. Aro selwe Toch honn ich mit eim annre Medche dodriwe gesproch un mei Fro das vezehlt. Ach, sot sie, nemm se nore mit! Ja, un wenn die Leit dann sohn, die hot ein kleine Chofea im Panz. Nemm se weite mit, sot mei Fro. Das honn ich dann och getun. Awe heitzutoch is das nix Neies meh. Frage: Was mennt de Hunsrücker iwe die Evangeliscb Zeitung? Hunsrücker: Friehe wa das nechst Flicht, dass jedes h.. M,!!slied di;._~~-~n~~tell~ _h~t, sobald ea veheirat

DURABILIDADE, PERFEITA ENTONAÇAO, RJCA SONORIDADE •••.. •• • e exata resposta a todas as nuances da arte musical - eis as caracterfstlcas do Plano ESSEN FEL DER, que no próximo ano completará cem anos de convivência com o mundo artrstlco. Desde o seu lançamento, em 1890, por Florlan Essenfelder Senior, pioneiro da fabricação

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PianQ\)~felder TRÊS GERAÇÕES EM DEFESA DA MÚSICA NO BRASIL


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A PEQUENA IMPRENSA

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Igreja sempre foi rica em número de publicações

Sob o título de "Pequena Imprensa" pode ser inserida toda a gama de revistas e boletins existentes no passado e na atualidade dentro da IECLB. Citá-los um a um torna-se totalmente impossível, pois não há dúvida de que há muitos boletins que circularam no passado e que circulam ainda hoje, dos quais nem se tomou conhecimento na Secretaria de Comunicação da IECLB. A Secretaria de Comunicação deveria ser a "Biblioteca Nacional" da Igreja, para a qual deveria ser enviado um exemplar de todo e qualquer boletim e revista publicada nas comunidades, setores de trabalho e departamentos da IECLB, como

sublinhou o Congresso Luterano de Comunicação da IECLB, em maio deste ano, em Joinville (SC). Com base no livro "Die deutsche Presse in Amerika" (A imprensa alemã nas Américas), de Arndt e Olson, pode-se constatar que, desde as primeiras décadas deste século, muitas comunidades evangélicas de confissão luterana no Brasil tinham as suas folhas paroquiais e mais tarde viriam também as crônicas paroquiais. Em termos de "pequena imprensa", sem a menor dúvida, pode-se dizer que a IECLB sempre foi rica. Ao menos em se tratando de quantidade de publicações.

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UM JoRNAL DE 100 ANos ÉUMA QuESTÃO CuLTURAL

Também há muito existem os boletins informativos das regiões eclesiásticas da IECLB; vários distritos eclesiásticos possuem igualmente o seu próprio informativo, assim como acontece com o trabalho da Ordem Auxiliadora de Senhoras Evangélicas a nivel regional e nacional. Aqui e ali, também a Juventude Evangélica se comunica através dos seus próprios meios, mais comuns entre um grupo local. De um modo geral, é grande a lacuna no que diz respeito à comunicação para os jovens na IECLB. São raras as paróquias da IECLB que não têm o seu boletim informativo, colocado, geralmente, de forma gratuita à disposição dos paroquianos. Alguns destes boletins são mais sofisticados, outros, mais modestos. Não há dúvida de que estes meios poderiam ser aproveitados de forma muito mais criativa e de não servirem somente

como instrumentos para curtos e secos comunicados do que aconteceu ou vai acontecer. Constata-se, sempre de novo, porém, que, via de regra, estas limitações têm origem na falta de recursos financeiros e de pessoas com maiores conhecimentos sobre a tarefa a executar. Nesta edição especial sobre os 100 anos de imprensa escrita na IECLB há informações concretas sobre várias revistas e boletins que já existiram. Por exemplo "Igreja em Nossos Dias", "Presença", "SIP" (Serviço de Informação Pastoral), Folha Distrital do Distrito de Sª"ta Rosa, "Seleções Evangélicas", "Evangelischer Kinderfreund". Entre os que ainda existem estão "Informação IECLB", "Revista do CEM", "Revista Lições", "Revista Cristã" (do Encontrão), "A Candeia", "O Fermento", "0 Amigo das Crianças", entre outros.

Em 88, ''O Amigo das Crianças" completa seus 50 anos de vida Em setembro de 1930 surgiu, no então Sínodo Riograndense, o jornal infantil "Evangelischer Kinderfreund für Brasilien" (O Amigo Evangélico das Crianças do Brasil), destinado, de fato, para todas as crianças evangélicas de confissão luterana no Brasil. Ele era semanal e de 16cm x 23cm, característica que manteve até 1964, quando o término de exemplares no arquivo indicam o encerramento de sua publicação. Entrementes, no ano de 1938, surgiu este mesmo jornalzinho em língua ~ortu­ guesa e que seguia lado a lado com a edição em alemão. Com o término do "Evan$elischer Kinderfreund", o Amigo das Cnanças passou a ser o único jornal infantil da IECLB de circulação nacional, uma posição que ocupa ainda hoje, sendo editado também pela Editora Sinodal, a exemplo do "Kinderfreund". Em 15 de novembro de 1987, perto de 530 crianças até 13 anos e por volta de 200 acompanhantes adultos participaram do Dia Especial do Amigo das Crianças para comemorar os 50 anos de existência do jornal. O encontro foi realizado nas dependências do Colégio Sinodal, no Morro do Espelho, em São Leopoldo. A comemoração dos 50 anos do '~i­ go" esteve sob o tema "Justiça, Paz e Integridade da Criação", o tema do Concilio da Paz convocado pelo Conselho Mundial de Igrejas (CMI) para 1'991, em Camberra, Austrália. "Esperamos poder oportünizar a todos um dia de muito encontro, confraternização, criatividade e celebração entre leitores e amigos do Amigo das Crianças", disse, na abertura do Dia Especial, o diretor do Departamento de Catequese, Professor Remi Klein. A redação do Amigo das Crianças já

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Cumprimentamos o JORNAL EVANGÉLICO ·e a todos seus leitores pelos serviços que vem prestando às boas relações entre pessoas e comunidades luteranas de todo o Brasil.

Rua Dr. Frederico Wolffenbüttel, 256- Cx. P. 52- Fone: (0512) 92-1022 e 92-1023- Telex 1236 93020 - São Leopoldo - AS

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Ojornalzinho, que circula a nível nacional, tem uma tiragem de 8.300 ~m­ plares. esteve a cargo do antigo Centro de Impressos (hoje Editora Sinodal), durante um determinado período esteve a cargo do pastor Werner Dietz, e desde 1971 está sob a responsabilidade do Departamento de Catequese da IECLB, sediado também no Morro do Espelho, em São Leopoldo. Segundo Remi Klein, diretor do Departamento, a equipe de Redação do Amigo sempre procurou integrar colaborações e participações das próprias crianças, os assinantes do jornalzinho. Em 3 de novembro de 1983 foi criado o Conselho de Redação deste jornal, que se reúne quatro vezes ao ano para planejar, apreciar e avaliar todas as etapas e os conteúdos. Integram este grêmio representantes da Editora Sinodal, professores de Ensino Religioso, orientadores de Culto Infantil, mães de assinantes e a equipe do Departamento de Catequese.


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SELEÇ~ESE~NGeLI~S

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Uma publicação inspirada em revistas de além-mar o o

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P. Christoph Jahn

Discutia-se, no início dos anos 60, com muito entusiasmo sobre esta pergunta: Será que a Igreja Evangélica, surgida da imigração alemã no Sul do Brasil, poderá, passo a passo, aprender e manejar a língua do próprio país e substituir, assim, conscientemente, a língua de Lutero - o alemão - pelo idioma que os filhos das nossas famüias aprenderam na escola desde o primeiro ano? Hoje não compreendemos como se pôde discutir de tal maneira. Naqueles anos, a Editora Sinodal publicou, a cada ano, um almanaque "Jahrweiser'' e um calendário com meditações para cada dia na língua dos antepassados. Foi o Distrito Eclesiástico de Cachoeira, do então Sínodo Riograndense, hoje Região 4, que não se conformou com o debate. O concilio distrital de Cachoeira que decidiu preparar um calendário com meditações diárias, e nós chamamos este fllhote de nossa região nos primeiros anos de "A Palavra Diária". Hoje, dezenas de milhares de famüias acompanham a leitura da Bíblia através do devocionário "Castelo Forte", apoiado por diversas igrejas brasileiras e até exportado para países africanos de língua portuguesa. É difícil imaginar que, na primeira edição, tivéssemos mal e mal 3.000 exemplares. SELEÇÕES GÉLICAS

EVAN-

Foi um comerciante da vila Arroio do Tigre que perguntou-me, em determinada ocasião, por que a nossa Igreja não estava oferecendo um pequeno calendário com brinde, com xilogravuras cristãs, por exemplo. Graças ao Sr. Eugênio, um ano depois saiu o Calendário Wartburg, com 12 peças da arte cristã. Hoje, a Editora Sinodal oferece um número elevado de tais brindes. Pergunto: Será que o Sr. Eugênio ganhou tantos colegas que

gráfica de Sibyla Diehl. Fodistruibuem tais calendá- congregações. lheando naquela edição, verios aos fregueses'? Ano 4: Impulsos de fé . nho a reler o Finalmente, após o "diário" e o "mensal" faltou o praticados de Francisco de posicionamento do 3 o anuário na língua portu- Assis até Teófilo Otoni Congresso Regional, em guesa. Descobrimos no (MG). Contamos para esta Agudo (RS), sobre o testemercado alemão uma revis- edição com a cooperação munho cnstão na vida ta do tipo "Seleções", mas de cunho protestante brochuras com artigos e fotos para a família evangélica. Por que não imitar um bom exemplo? Com a licença de algumas editoras e revistas de além-mar começamos a compor o primeiro anuário da IECLB em português, chamando a nossa obrinha de "Seleções Evangélicas". Foi selecionado e traduzido o que podia ser útil e edificante. No primeiro ano foi um tipo florilégio composto de diferentes flores de diversas cores. Já no segundo ano (1964), nosso anuário tinha um tema: Christoph Jahn (à direita) foi redator das "Seleções "Ecumene - O povo de Evangélicas" desde o seu início, em 1963, até o ano Deus no mundo de Deus". de 1967, quando já residia na Alemanha. Para cada mês havia uma figura da história da cristandade mundial, como, por exemplo, o bispo Soederblum, da Suécia; Henri Dunant, da Suíça; Matilda Wrede, da Finlândia; o holandês Visser't Hooft bem como dona Kaete, esposa do reformador Lutero, e o bispo Azaria, da Índia. Os dados estatísticos daquele ano indicavam a existência de 854 milhões de cristãos no mundo inteiro. Horst Helmut Bergmann, Eberhard Sydow, Ernesto Fischer, Karl Seibel e Kurt-Benno Eckert foram alguns dos autores do "Seleções Evangélicas" em sua segunda edição. CIDADANIA RESPONSÁVEL A terceira edição dedicamos ao Livro dos Livros: Para os 12 meses de 1965 apresentamos 12 personagens ligados à Bíblia, de Jeremias até Johann Sebastian Bach. Os artigos, na sua maioria, não eram mais traduções. Os catedráticos da Faculdade de Teologia da IECLB compartilharam com os leitores o que sabiam sobre o documento principal de nossa fé. Pequenas dramatizações ajudaram para o uso da Bíblia nos grupos e

político-comunitária. O Congresso "sugere que as comunidades incluam na sua programação também a informação política e a preparação da futura geração para uma cidadania responsável, debate fraternal dos problemas que afligem a coletividade, sem distinção de credo, cor ou partido" - assim os termos de 1965! ANO ECLESIÁTICO O último número do anuário "Seleções Evangélicas" que eu tive o prazer de redigir foi o de 1967. Já em cooperação com muitos autores de nosso próprio meio-ambiente, esta edição destacou o Ano Eclesiástico. Há poucos dias, um visitante brasileiro, diretor de uma escola evangélica, afirmou-me que usou durante muitos anos esta edição como livro escolar do ensino religioso. Até hoje não sinto vergonha ao reler aquelas tenta-

tivas de fornecer às comunidades material edificante para a vida cristã, para a vida comunitária e para a participação efetiva na vida social do povo brasileiro. O tamanho da brochura de fato foi pequeno. Mas não é sempre assim com sementes? Da semente "Seleções Evangélicas" cresceram diferentes livros, publicações e, afinal, o "Anuário Evangélico". Aprendemos e manejamos a língua vernácula. Parabéns, Editora Sinodal, pela sua extensão atual.

Christoph Jahn trabalhou naiECLB com pastor em Arroio do Tigre (RS), de 1957 a 1967, retomando à Alemanha naquele mesmo ano. A partir de então atua no "Verla.g der Evangelisch-Lutherischen Mlssion Erlangen" (Editora da Missão Evangélica-Luterana de Erlangen), do qual é diretor.

7údo que você ouviu falar de 8/umenau e da nossa região está aqui.

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ANUÁRIO EVANGE(ICO

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0 sonho de Emil Dietz feito realidade em 1972 P. Heinz Ehlert Dizem os entendidos que sonhamos a noite inteira. Verdade é que, só às vezes, temos condições de nos lembrar nitidamente e contar o que sonhamos. Aconte-

ce também que um sonho é diferente de outros e ficamos intrigados ou contentes, conforme o conteúdo. Poucas vezes pensamos que o sonho possa ter um significado especial ou até ser uma mensagem de Deus a nós pessoalmente. A Bíblia con-

Com reboques Tu riscar você transporta cargas, leva o seu barco, moto, automóvel com toda facilidade ou ainda cães, cavalos ou gado com conforto e absoluta segurança.

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ta histórias de sonhos até de pagãos que tiveram significado dentro da história da salvação. Vejam o exemplo de José no Egito! . Mas eu queria referir-me a um outro tipo de sonho. Um sonho em dia claro, de olhos bem abertos e mesmo de mente bem desperta. Assim todos nós já sonhamos algum dia, sem dúvida. Muitas vezes, sonhos assim nascem de

A primeira edição, em 1972. uma situação de descontentamento, da percepção de uma necessidade premente. Eu me alegro quando encontro gente capaz de sonhar. Claro, se tiverem os pés no chão ou continuarem, ao mesmo tempo, com os pés no chão. O sonho de que eu falo foi de um homem de negócios. Um homem que ama a sua Igreja e com sensibilidade para certas necessidades. E isto no campo da literatura. Este homem se chama Emil Dietz. Lá por 1970171, ele sonhou com um almanaque em língua portuguesa. Sentiu que havia uma lacuna no mercado livreiro. A Igreja editava um almanaque em língua alemã, o tradicional "Jahrweiser". Mas faltava algo assim no vernáculo. Emil Dietz não se satisfez em sonhar. Do sonho partiu para passos concretos. Conversou com outros. Procurou motiválos. Vendeu a idéia. Procurou o Pastor Presidente da Igreja, Karl Gottschald, para conseguir uma autorização e levar adiante o seu plano. A esta altura já tinha contornos mais precisos para o que aspirava. Até nomes para o redator e diretor já foram mencionados. A firma FACE, de Curitiba, se dispunha a lançar e a distribuir o almanaque. Um dos donos da FACE era o próprio Emil Dietz. Thndo recebido "luz verde'' da direção da Igreja, podendo contar, portanto, com o seu apoio, o plano podia ser desenvolvido. PLANEJAMENTO CONCRETO O iniciador do projeto continuou a contactar pessoas. Assim fui procurado por ele, mais um sócio seu e por Henri-

que Wunderlicb, funcionário da FACE e, também membro da Comunidade Evangélica Luterana de Curitiba, onde eu trabalhava como pastor naqueles idos de 1970 (final do ano). E por que eu? Era então Pastor Regional da Região 2 em exercício, e além disso ocupava a segunda vice-presidência da IECLB. Havia-se concordado que todo o trabalho de planejamento e execução do almanaque a ser lançado devia acontecer na Região 2. O convite que me faziam era o de assumir a função de diretor responsável do almanaque. Já tinham consultado o pastor Friedrich Gierus, então pároco em lndaial (SC), sobre a possibilidade de ele ser o redator. Acabei aceitando o desafio. Convocamos uma reunião de planejamento para Camboriú (SC). Os representantes da FACE, o pastor Gierus como futuro redator, um representante da Editori Sinodal, de São Leopoldo, e várias outras pessoas para escrever artigos para o novo almanaque foram convidadas. Esta primeira reunião de planejamento realizou-se em Camboriu, em 11 de janeiro de 1971. A maioria dos convidados compareceu. O pastor Gierus foi confirmado como redator. Pela FACE estiveram presentes os senhores Zwiener e Wunderlich. A Editora Sinodal se fez representar pelo pastor Bertholdo Weber. DEFINIÇÃO DOS OBJETIVOS Antes de tudo foi definido o caráter e o nome do almanaque. Muito rápido se chegou a uma conclusão sobre o nome: ''Anuário Evangélico". Mais discussão trouxe a definição dos objetivos e do caráter do almanaque. Mas também aqui se chegou ao consenso de que deveria conter boa leitura para o lar cristão: informação, narração de fatos da vida real, acontecimentos pitorescos em nossas comunidades, contos, reflexão teológica, biografias leves. Aliás, todos os artigos deveriam ser curtos. O "Anuário Evangélico" seria um tipo de "Seleções Evangélicas". Os artigos deveriam ser, de preferência, originais para o ''Anuário", podendo entrar também adaptações ou traduções de artigos publicados no Brasil ou exterior. Nunca houve, até a presente data, a preocupação de ter uma edição temática. Antes seria uma variedade de temas, autores, opiniões, mas visando a informar, a estimular à reflexão, entreter e edificar os leitores. Os planejadores ainda acertaram que a edição de lançamento deveria ter uma tiragem de 20 mil exemplares. A FACE se encarregaria da publicidade e da distribuição em todo o Brasil.

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ANUÁRIO EVANGÉLICO

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Leitura "obrigatória" em todas as Comunidades

Cedo no s~ndo s~mestre de 1971, a IDlpressao ~tá pr.onta: Anuáno Evangélico 1972! A Empresa Gráfica Metrópole de Porto Alegre fora confiado o trabalho de impressão. Saiu .a contento. ,Um trabalho limJ?o. e bomto. Na capa, a eftgte de um caboclo nordestino em contraste coll!. a imagem d~ m.etrópole Sao Paulo: Edifíctos me;>demos. ao la~o da IgreJa em estilo gótico. O Pastor Presidente Gottschald escreveu o prefácio. Ele define: "O presente calendário procura ser um bom amigo de nosso lar e oferecer a pais e filhos literatura interessante, variada, instrutiva e, sobretudo, baseada na libertadora mensagem evangélica do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo". E variado mesmo é o ~onteúdo. Já existe a preocupação em informar sobre Igrejas irmãs e sobre o que se passa no mund.o, seja sob o aspecto políttco, social e religioso. A exemplo do irmão em língua alemã, o "Jahrweiser", o ·~uário Evangélico" contém propaganda ·para baratear os custos. Deve ser acessível a todos os lares! No final, é incluído o "Prontuário" da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, trazendo os endereços da IECLB,

.. . das ~egt.oes, dos Dtst~tos Eclesiásticos e dos obrerros. O ANUÁRIO OCUPA O SEU ~SP~Ç~ _ . . A dtstnbUiçao fot fetta pela FACE com todo carinho e empenho. Numa K<?mbi foram p~rcorridos milhar~s de <J.Utlom~tros a paróqUias mats longtnquas da IECLB, para fazer, em tempo. há~il, a entrega. O eco fot ammador, embora não se conseguisse colocar a tiragem toda. Mas valeu a experiência. . Hoje, na 17• edição, o sonhado almanaque para as nossas comunidades já tem história e tradição. Permaneceu fiel aos seus objetivos e ao seu caráter. É literatura de distribuição obrigatória das paróquias a cada final de ano para o ano seguinte. Digo "obrigatória" porque não pode faltar. Houve mudanças e . adaptações nesse meio tem- ' po. Uma vez implantado o Anuário, a FACE passou a responsabilidade de edição e distribuição à Editora Sinodal.

Desde o início, anualmente temos entre eles 0 pastor emérito Dr. Lindolfo Weingaertner, consagrado escritor e poe~. PATRIMÔNIO LITERÁRIO . . O pastor Dr. Joachtm Ftscher, professor da ~scola Supenor de Teologia da

IECL~ forneceu-no~ m~i-

tos artt~os sobre a Hts~óna da ~greJa ~ pastor regto~al Met~d ~~s~e, da R~gtao 2, e a trma Ltselot~ Kieckbusch também estao .entre os colaboradores mats antigos. Uma longa lista deveríamos estabe~ecer se quiséssemos menctonar .todos. Criou-se um respettável patrimônio literário ao longo da existência do "Anuário Evangélico". Conquistamos leitores além

Em sua 174 edição, o Anuário c 0 n ti nu a

~e,!, obj~t!-

008 e ao seu

caráter

O pastor Gierus, depois de vários anos, deixa a redação e é substituído pelo pastor João Pedro Brueckheimer. Desde 1988, Gierus novamente é o redator do almanaque, uma vez que o pastor Brueckheimer renunciou ao cargo. 1àmbém os colaboradores variaram.

dos muros de nossa Igreja. Quando deixei a função de pastor regional da Região 2, coloquei o car~o de diretor do Anuário à disposição Mas fui solicitado a conti~uar. Devo confessar que gosto do trabalho. Sou grato a todos quantos fielmente colaboraram para que 0 Anuário tivesse 0 seu espaço. Autores, redatores, Editora e, especialmente, os leitores e os pastores que fizeram, durante todos estes anos 0 papel de agentes. ' -Des--de-m_a_rço--de-_ _ _,_ 1988 0é pastor Heinz Ehlert coordenador de tempo integral da Comissão Nacional de preparação da 8 4 Assembléia da Fedemção Luterana Mundial, a ter lugar em 1990, em Curitiba.

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Agosto.de 1988

Jornal Evangélico

Também integrado à Redação Central do Jornal Evangélico, surgiu em agosto de 1971 o boletim "SEI" (Serviço Evangélico de Informação), que pretendia trazer informações aos líderes da Igreja. Como definia a revista "Igreja em Nossos Dias", num artigo de novembro de 1971, "ele se dirige, em primeira linha, aos membros bem engajados: pessoas líderes de toda a Igreja, das regiões, distritos, das paróquias e também aos redatores dos periódicos de comunidades". Nesta linha, o SEI tentava passar informações específicas para as lideranças, com informações sobre acontecimentos eclesiásticos, notícias ecumênicas e do

mundo. ''Além disso" - explicava o artigo -, "serão oferecidas sugestões para facilitar a solução de problemas existentes na Igreja e comunidades!' Com este nome, o SEI circulou até 1975, quando passou a ser chamado "SEI - DOC" (Serviço Evangélico de Informaç~o e Documentação). O boletim era publicado em tamanho ofício, com reprodução de mimeógrafo à tinta, com um número de páginas que variava, por alto, de cinco a 10, tendo, por algum tempo, inclusive um suplemento em alemão. Naquele mesmo ano em que mudava de nome- 1975 -,o SEI- DOC iria desaparecer, em dezembro.

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Herdeira da revista "Juventude Evangélica", surgida em 1954, começou a circular em 1970, também dirigida para os jovens da IECLB, a revista "Presença". A nova revista herdou a mesma equipe de redação da anterior, tendo como diretor o pastor Godofredo Boll, hoje secretário executivo do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (CONIC). Ernest Sarlet, então diretor da Fundação Evangélica de Novo Hamburgo e Secretário Geral da Juventude Evangélica da IECLB, afirmava, na apresentação da nova revista, que estava tentando "acertar o tom". "Esta tentativa nota-se através de seu novo nome:'Presença"'. Para ele, esta iniciativa "traduz a intenção autêntica de manifestar e testemunhar a preocupação de jovens evangélicos para com o mundo contemporâneo, seus problemas e desafios específicos". "Tomara que o esforço encontre eco entre os demais jovens", apelava ele. Presença iniciou com um tamanho d.e 15,5 em por 22,5 em e saiu de circulação com 21 em por 28 em, um tamanho que ela teve desde 1972. De impressão tipográfica e de três colunas, com ilustração regular, a revista viveu até 1974. Ciente de que iria terminar, a redação da revista, em sua última edição, lembra a crise vivida pela "Presença" um ano antes de sua recuperação. " Foi a última chance", sentencia.

Revista "Presença" surgiu em 1970 e tinha como alvo os jovens

EM NOSSOS DIAS

OUTRA EXPERIÊNCIA Outra experiência vivida dentro da IECLB em termos de revista foi a "Igreja em Nossos Dias". Por bastante tempo, "Igreja em Nossos Dias" havia sido um suplemento em português e alemão, alternadamente, da antiga "Folha Dominical". Mas é em julho de 1960 que ela torna-se uma revista independente, com o mesmo nome. "De nós e de nossas decisões hoje depende o aspecto do Brasil de amanhã. A nossa Igreja não pode fugir à sua responsabilidade. Dela e de sua atuação há de depender, em grande parte, o lugar que o Evangelho de Jesus Cristo terá futuramente neste país", justificava o então presidente da Federação Sinodal, pastor Dr. Ernesto Schlieper. ' A revista trazia meditações, histórias de fundamento bíblico, ~rativas, história eclesiástica, notícias da lgreja de todo o mundo e da própria IECLB e, também, artigos que na época já discutiam a realidade brasileira e latino-americana. Mas isto não bastou para manter a revista "Igreja em Nossos Dias" viva. Em novembro de 1971, então com 11 anos, a revista declarava o seu fim, mas ao mesmo tempo declarava um novo começo.

"lgr(ja em Nossos Dias" tomou-se revista independente em 1960

FUSÃO "Juntaremos 'Igreja em Nossos Dias' e 'Presença'. Vai nascer uma revista com nova imagem e nova direção!' Foi assim que a própria "Igreja em Nossos Dias" declarava na sua última edição o seu fim como revista independente e a fusão com a revista "Presença". O nome adotado pela nova revista ficava sendo o da segunda: "Presença". "Igreja em Nossos Dias" foi, durante seus 11 anos, impressa tipograficamente no tamanho 15 em por 22,5 em. Bastante ilustrada, a revista esteve sob a responsabilidade do então Centro de Impressos da IECLB, hoje Editora Sinodal. A "Presença" também "não resistiu à falta de hábito de leitura existente entre o povo brasileiro e nele inserido, obviamente, os membros da IECLB", afirma a jornalista lngelore Starke Koch em seu trabalho de pesquisa sobre ''A Imprensa Escrita na IECLB".

A marca da gente


Agosto de 1988

Jornal Evangélico

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Em agosto de 1979 surgia na IECLB o SID Em agosto de 1979 surgiu, na IECLB, o SID - Serviço de Informação e Documentação - , que veio substituir, de certa forma, o extinto SEI-DOC (Serviço Evangélico de Informação - Documentação). O SID sempre contou com um jornalista profissional: Tânia Krützka trabalhou no SID de 1979 até 1986, e a partir de julho de 1987 Edelberto Behs assumiu a tarefa. Uma das suas tarefas é a redação e coordena ção do "Informação IECLB", publicado mensalmente, numa tiragem de 2.500 exemplares. Sua distribuição é gratuita a todos os obreiros da Igreja - pastores, professores catequistas, obreiros diaconais, diâconos -. mas, sobretudo, aos presbíteros e lideranças das comunidades. Além disso, segundo o Secretário de Comunicação, pastor Silvio Schneider, o Informação IECLB é enviado aos parceiros ecumênicos da IECLB no país e no exterior. O Boletim visa retratar os assuntos que ocupam a direção da Igreja Conselho Diretor, Pastor Presidente, Pastores Regionais e Secretaria Geral -. e o jornalista responsável, que exer-

ce também a função de assessor de imprensa da direção, elabora ainda matérias para a imprensa eclesial e secular no país e para boletins eclesiais no exterior, como o boletim da Federação Luterana Mundial e o da Igreja Evangélica na Alemanha, por exemplo. Numa avaliação recente, feita pelo Conselho de Secretários (CONSEC) da Igreja, foi sublinhado que o Boletim deve ser melhor definido para que não duplique informações já publicadas. Segundo Silvio Schneider, no entender do CONSEC o Informação IECLB deve trazer mais os documentos da Igreja, análises conjunturais nacionais e internacionais que envolvem a IECLB, e subsídios de informação para a prática pastoral nas comunidades. A manutenção fmanceira do SID, conforme o Secretário de Comunicação, acontece com o aUXJ1io da Igreja Evangélica na Alemanha - "Evangelisches Missionswerk" e com doações da Igreja Luterana da Baviera, num total de cerca de 50 mil marcos anuais.

Desdejulho de 1987, o jornalista Ed.elberto Behs coordena e redige o " lnjormaçãoiECLB''

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A MALHARIA DIANA e o JORNAL EVANGÉLICO têm um ponto em comum: ambos realizam um trabalho de fé• E essa fé em Deus e na capacidade geradora do trabalho faz com que sejam alcançadas marcas incrfveis. Hoje é dia de saudar o JORNAL EVANGÉLlCO• Afinal, são 100 anos de um jornalismo de muita fé!

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Jornal Evangélico

Agosto de 1988

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O propósito de firmar-se com uma grande tiragem P. João Artur Müller da Silva As crianças adoram sonhar com a máquina do tempo. Sonham encontrar seus ídolos e junto com eles enfrentar aventuras, lutar com monstros, morar em castelos e cavalgar por florestas cheias de perigo. E, depois, ficam relembrando com saudades os momentos inesquecíveis. O mesmo vamos tentar fazer neste artigo. Nossa intenção é percorrer o túnel dos cem anos de jornalismo evangélico que nos lembra o ano de 1988. Vamos lá! A década de 70 assistiu ao falecimento de duas revistas na Igreja: em 1971 desaparecia a "Igreja em Nossos Dias"; em 1974 morria a "Presença". Ficou a saudade e o vazio. A IECLB prosseguiu no tempo, contentado-se com um jornal de âmbito nacional e os inúmeros boletins paroquiais e regionais. Em 1977, foi criado pelo Conselho Diretor da IECLB o Centro de Elaboração de Material, tendo como pano de fundo o Catecumenato Permanente. Não demorou um ano, e o Centro de Elaboração de Material - CEM -, com timidez e acanhamento, lançou a REVISTA DO CEM.

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Era o ano de 1978. acanhamento, então as iniciativas levam Os leitores viúvos das duas revistas fa- tempo para se desenvolver ou não vingam. lecidas podiam começar a se alegrar. Es- Thnto é verdade que, só em 1982, na Retava se apresentando uma nova candidata vista do CEM "Matrimônio em Debate'', para ocupar o lugar de uma revista na se procurou avançar na proposta original. Igreja. Num comercial de contra-capa daquela LEITORES VIÚVOS edição podia-se ler: "... mais um passo em Prosseguindo em nossa camiflhada pelo direção a uma revista de confiança para túnel dos cem anos de jornalismo evan- 0 trabalho nas bases". Este passo foi a gélico, vamos registrando fatos interessao- mudança do formato, o aparecimento das tes. Como este: a Igreja sempre embarcou colunas, a ilustração com desenhos e foem novas iniciativas, abarrotada de boas tos. E também se buscou a assessoria de intenções, mas desprovida de "know- um jornalista. No mesmo ano, 1982, a Revista do how". A Revista do CEM foi bem pensada, com objetivos definidos, com ótimo CEM recebeu um slogan: ''A Revista paconteúdo. Mas, sem garra, sem marketing, ra os líderes nas comunidades". Nas edicomo se fala hoje. O amadorismo marca ções seguintes, abandonou-se o slogan! Vem, então, a crise dos anos 83 a 85, profundamente o surgimento desta revista. Algumas tentativas falharam. Por que obriga o CEM a editar um número da revista por ano. No projeto original, exemplo, em 1980. A Revista do CEM Ano 3 - D0 1, ''A Grande Comunhão", em 1978, estavam previstas quatro edições anuais! Sem estrutura, sem condições, o abriu a secção "Cartas", desafiando os leiCEM prosseguiu oferecendo sua revista tores a se manifestarem. Já o próximo número saiu sem esta secção. O que aos leitores viúvos. aconteceu? Não sabemos! Outra marca do trabalho da Igreja tem sido a humildade. No entanto, quando a CARA E CORPO hurnildade é exagerada e se confunde com Em 1986 dá-se mais um passo em direA revista nasceu em 1978, tímida e acanhada (bem à esquerda). Cresceu em garra e formato, passando, em 1982, a ser ilustrada com desenhos e • fotos. Novo passo foi dado em 1986 (à direita) • quando ela ganhou mais cara e corpo

ção a uma revista mais moderna, mais agradável de ler. Com a edição n° 2 de 86 - ''A Natureza está gemendo" -ela ganhou mais cara e corpo de revista. E isto graças à determinação de se buscar assessoramento profissional e revisão nos ohjetivos da revista. Hoje, a Revista do CEM não traz somente subsídios sobre os temas da IECLB, sobre experiências comunitárias, sobre temas de cunho bíblico-teológico. Ela abriu espaço para assuntos do cotidiano, para assuntos da realidade, da vida, procurando sempre enfocá-los à luz da fé cristã. Os artigos procuram interpretar e reinterpretar fatos, valores e experiências, buscando assim contribuir para a formação de uma consciência mais evangélica. A revista continua ainda restrita a um público muito pequeno. Nossa propagaoda é tímida, nossa divulgação é precária. Quando lembramos os dez anos daRevista do CEM neste ano, reconhecemos que temos muitos desafios pela frente. Associando-nos aos cem anos de jornalismo evangélico, manifestamos nossa gratidão ao pessoal que lançou a revista. Hoje, a Revista do CEM sonha em aumentar sua tiragem de dois mil exemplares por edição. Sonha em firmar-se cada vez mais como uma revista na Igreja, com mais periodicidade. A Revista do CEM depende também de seus leitores. Por isso, apelamos para que os leitores divulguem e recomendem a re· aos seus amigos. · N · vista osso compromisso continuará sendo a permanente avaliação e auto-crítica. Quem sabe, assim a Revista do CEM não terá o mesmo destino que as demais revistas na IECLB tiveram!

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Jornal Evangélico

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~~~~~~~~( A PEQUENA IMPREN~ )~~~~~~~~

Departamento de Educação e suas duas revistas Idéias precisam de veículos. Informações precisam de mensageiros. Idéias e in-

formações - núcleo de uma escola exigem a presença de um meio de comunicação que estabeleça, mesmo à distância, um elo de contato entre os professores e entre as escolas. A Revista ESCOLA EVANGÉLICA A primeira revista na área do ensino, na IECLB, foi a "Escola Evangélica", cujo primeiro número saiu em 1951. Era editada pelo Departamento de Ensino do Sínodo Riograndense. Sob a direção do professor Willy Fuchs, a revista procurou levar informações legais importantes para as pequenas escolas, situadas em grande parte na área rural. Oferecia, com isso, segura orientação para os professores, que, na época, não possuíam outra fonte para obter essas informações. Além disso, oferecia reflexões sobre educação e, inclusive, material didático. Especial atenção chamam as partituras de canções ali publicadas. Sem uma circulação regular, os números eram publicados à medida em que as necessidades o recomendassem. Ao todo foram publicados, pelo que se conseguiu levantar, 15 números, sendo o último o de maio de 1956.

Igreja. A reflexão sobre o ser escola evangélica é importante para a permanente tarefa de definir a identidade da escola: de onde veio, o que é, para onde vai... Sem essa reflexão, o risco do ativismo é muito grande, pois, perdendo de vista a sua finalidade específica, pode passar a não se distinguir de outra escola qualquer.

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A abertura de espaço para a publicação da produção de professores parte da consciência de que muita coisa valiosa acontece nas escolas evangélicas e que merece ser compartilhada com outros professores. Além disso, é uma forma de a Igreja participar - com sua contribuição específica - da educação nacional como um todo.

A revista LIÇÕES conta com um corpo editorial composto por professores das escolas. É um grupo aberto, sem número definido de participantes e do qual pode participar qualquer professor que se sinta com vontade de colaborar com esse trabalho. A revista está em seu oitavo número, devendo, em 1988, ser publicados mais dois.

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A Revista LIÇÕES A revista LIÇÕES surgiu em 1985 como um programa do Departamento de Educação da IECLB, sucesor do Departamento de Ensino do Sínodo Riograndense. Em seu primeiro número, o editorial faz referência à Revista Escola Evangélica, dizendo desejar ser a continuação daquela, em nova forma e com nova proposta.

Escola Evangélica foi a primeira revista na área de ensino na IECLB, sucedida pela Lições

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A proposta da Revista LIÇÕES se constitui, basicamente, de três pontos: fixar a história da educação na IECLB, registrando pessoas e escolas; oferecer uma permanente reflexão sobre o ser escola evangélica; abrir espaço para a publicação de trabalhos de professores.

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A fixação da história é busca através de entrevistas com educadores que, na IECLB. deram uma contribuição marcante. Suas histórias, suas estórias caracterizam épocas e são relevantes para a compreensão do que é a escola evangélica, hoje. Da mesma forma, a história das escolas, que tantas vezes se confunde com a própria história da Comunidade Evangélica local, retrata uma forma de ser

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JORNAL EVANGÉLICO Ninguém cria nada se parar na primeira idéia. Quando o assunto é jornalismo é preciso tentar, persistil; pensar muito até chegar no melhor. O Jornal Evangélico pensa assim há um século. E foi assim que ele demonstrou o seu desempenho e chegou aos seus "100 anos" de jornalismo cristão. Nossos parabéns •

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Jornal Evangélico

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A Candeia: um auxt1io Folha Distrital: apenas pam orientar cristãos onze edições ao todo Está circulando desde o início deste ano uma outra iniciativa em termos dt; imprensa alternativa na IECLB.

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Trata-se da revista ''A Candeia", editada pelos pastores David Danker, de Brusque (SC), e Alcides Jucksch, aposentado e residente em Gramado (RS).

REVISTA EVANG2LlCA

A palavra do . homem tntormª A palavra de Deus •ransforma

A nova revista tem 15,5 em de largura por 22,5 de altura, com um acabamento muito bom para uma revista "alternativa". O objetivo de seus editores, que imprimem o material na Editora Conhecer a Bíblia, em Porto Alegre, é "ser um auxílio para iluminar e orientar o verdadeiro. cristão na procura de viver uma vida de obediência e do agrado do seu S~nhor", conforme justifica David Danker no editorial do primeiro número da revista, que saiu em fevereiro de 1988. CANTINHO PARA AS CRIANÇAS

"O segundo objetivo de nossa revista é o de contar as histórias da Bíblia de uma maneira interessante, porém fundamentada na Palavra de Deus", afirma, por sua vez, Alcides Jucksch também neste primeiro número. E avisa que "um cantinho queremos dedicar às crianças". Ele também quer "uma revista cuja linguagem é corriqueira e de fácil compreensão". A revista, segundo seus idealizadores, pretende colocar em circulação

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A Revista "A Candeia" começou a circular em fevereiro desse ano

quatro números neste primeiro ano, passando para seis já no ano que vem. ''A Candeia" tem como base o versículo de 11 Pedro 1.19: "Temos assim tanto mais confirmada a palavra profética, e fazeis bem em atendê-la como a uma candeia que brilha em lugar ~enebroso, até que o dia clareie e a estrela da alva nasça em vossos corações".

Quando se fala de imprensa "nanica" - ou -pequena imprensa - na IECLB, lembra-se sempre das várias iniciativas de distritos, regiões, paróquias, comunidades e movimentos dentro da Igreja que tentaram traduzir suas experiências para informativos internos ou até para toda a IECLB. E foi com a intenção de abrir a "possibilidade de formar certa base comum de reflexão e diálogo num Distrito Eclesiástico", conforme conta o pastor Heinz Wartchow, hoje em Sapiranga (RS), que surgiu a "Folha Distrital", no ex-grande Distrito Santa Rosa, na Região 3. "Era um periódico humilde, mas de intenções valiosas", conta Wartchow, acrescentando que ''pensando nas distâncias, na precaridade das estradas e telefonia, e que tudo isso impedia os encontros e contatos regulares entre as pessoas de interesses comuns, entendese a importância da Folha Distrital como meio de comunicação entre pastores e familiares das comunidades daqueles tempos".

11 EDIÇÕES A distância, um dos motivadores da criação da Folha Distrital, também foi um dos motivos do seu fim, em 1973, com 11 números editados. ''A falta de pessoas que assumissem a tarefa de elaborá-la e editá-la, como, também, a dificuldade em conseguir verbas", segundo conta o pastor Wartchow, fo-

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~lha Distrital no ex-grande Distrito Santa Rosa surgiu com a intenção de abrir a ''possibilidade deformar certa base comum de n:flexão e diálogo num Distrito Eclesiástico''

ram os motivos principais para a extinção da Folha Distrital. Além disso, a transformação do Distrito Santa Rosa em três teria sido o terceiro motivo. "O estacionamento dentro das programações tradicionais e pouco flexíveis como, também, o individualismo por parte dos obreiros das comunidades sempre foi e será uma das causas para desmotivar pessoas a encabeçarem empreendimentos deste gênero", avalia Heinz Wartchow. Para ele, estas iniciativas são barradas "pelos métodos usados nas tentativas de edificar Comunidades".

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A PEQUENA IMPRENSA )_ _ _ _ _ _ __

SIP: caminho aberto pam Informativo o debate entre pastores da diaconia masculina

"Um caminho aberto para o debate entre os pastores!'. Esta a definição dada para o Serviço de Informação Pastoral (SIP) pelo pastor Dario Schaeffer, redator-chefe deste caderno que circulou durante seis anos dentro da IECLB. O primeiro número do boletim tinha 48 páginas e media 21 em de altura por 17 em de largura, formato que foi mantido durante todo o tempo. O número de páginas, contudo, variava de 48 até 76, sendo que os números 22 e 23, que circularam juntos, tinham 150 páginas. Dario Schaeffer afirmava, no primeiro número do SIP, em seu editorial, que o boletim pretendia "preencher uma lacuna na comunicação entre os pastores". Sem vínculo oficial com a IECLB, o objetivo do informativo era trazer à discussão todos os problemas, opiniões e experiências dos pastores dentro da Igreja. ''Achamos necessário discutir todas as opiniões que formam a IECLB", afirmava Dario na edição inaugural do SIP. Numa consulta aos arquivos do Serviço de Informação Pastoral verifica-se que os objetivos do boletim foram alcançados. Ali se encontram posições das mais diversas, desde liberais, progressistas, pietistas ou nenhuma destas e todas ao mesmo tempo. Os artigos, muito deles pelo menos, vinham com o pedido de não serem publicados no Jornal Evangélico, sob o argumento de que "roupa suja se lava em casa''. EQUIPE A equipe do Serviço de Informação Pastoral era formada por Dario Schaeffer, redator-chefe; Reinhard Friedrich, redator adjunto; Ivo Lichtenfels, diretor

servico de informação pastoral OlGAO DE COMUNICA( AO DOS PAS'fOUS DA IECLI NOVEMUO DE 1911 -

AHO 6 • H. U

SIP pretendia "preencher uma lacuna na comunicação entre os pastores'' financeiro; e Hugo Solano Westphal, diretor administrativo. Um dos motivos que fez com que o SIP desaparecesse, em 1981, foi, conforme explica Dario, a não formação de uma equipe, já que com sua ida para o interior do Espírito Santo o jornal ficou sem pessoas para a sua elaboração. Uma das edições, inclusive, na falta de Dario, foi elaborada e preparada por estudantes da Faculdade de Teologia. Dario entende que o SIP deveria ser reativado exatamente por permitir que os · pastores coloquem sua posição teológica sem ferir os membros leigos. "O SIP poderia ter sido até o início de um sindicato de pastores", lembra Dario, explicando que aconteceram inclusive manifestações neste sentido, apesar de ele ser contra. "Seria uma coisa muito elitista, muito classista", justifica-se.

P. Ervino Schmidt

Em 1° de março de 1956 foi instalada a Escola Bíblica de Serra Pelada, no interior do Estado do Espírito Santo. Na velha casa pastoral, 12 jovens iniciavam seus estudos. O início foi difícil. As condições de trabalho eram precárias. Mas a escola se desenvolveu. E ela foi, posteriormente, transformada em instituição para a formação de diáconos. Como conseqüência disto, o círculo de amigos da instituição passou a editar, a partir de 1960, o informativo "Brasilianisches Brüderblatt" (Folha dos Irmãos Brasileiros), que até 1970 tinha atingido 20 números. Com o surgimento do novo informativo não se quis aumentar o "mar de publicações" no Brasil com mais um periódico. "Thata-se de um órgão de que necessitamos com urgência para a edificação da tarefa da diaconia masculina neste país. O informativo deve auxiliarnos na discussão em andamento sobre a 'diaconia masculina no Brasil"', escreveu o pastor Artur Schmidt em 1961 na apresentação do periódico, do qual era o editor e diretor. ElO DE LIGAÇÃO ''Além disso" - enfatizou Schmidt - , "o informativo servirá de material didático para nossos alunos e será importante elo de ligação com os nossos amigos no Brasil e na Alemanha". Sublinhou igualmente que "o 'Brasilianisches Brüderblatt' quer, portanto, ser um periódico especializado para questões diacônicas e missionárias", porém com ênfase para

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os assuntos pertinentes à diaconia masculina. O "Brasilianisches Brüderblatt" . teve continuidade na sua intenção básica de ser um· espaço .Para a discussão de questões de diaconia. Mudou, porém, de nome, passando a chamar-se "Mensageiro Diacônico", e a maior parte das contribuições passou a ser' publicada em português. Com este informativo procurou-se atingir principalmente os leitores da IECLB, e a intenção era de reforçar a consciência de que a Igreja é diacônica em todo o seu ser. Igreja que proclama e vive a libertação trazida por Cristo não pode existir para si mesma, mas se destina para o mundo. O "Mensageiro Diacônico" circulou até 1974.

Ervino Schmtdt, pastor, atuou de 1970 até janeiro de 1975 na Escola Bíblica de Serra Pelada. Em 1965, a instituição passou a ser denominada de Fundação Dtac6nica Luthemna, e em 1979, de Associação Diac6nica Luterana - ADL. Desde março de 1975, Ervino é professor na Escola Superior de Thologia da IEcLB, em São Leopoldo (RS).

Nota da redação: Um exemplar à disposição comprova que, em março de 1985, foi publicado novo número do Informativo Diaconal da ADL, constando, na capa: "Informativo Diaconal " (Brasilianisches Brüderblatt), março de 1985- n° 1.

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''Brasilianisches Brüderblatt' ' passou a ser editado a partir de 1960; mais tarde mudou de nome: " Mensageiro Diacônico" ·

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Sabemos que para chegar a bons resultados temos que lutar e nos sobrepujar a cada momento da vida. E agora, em época tão sorridente, para este vefculo de comunicação, nos sentimos gratificados em compartilhar o momento jubilar e externar votos de otimismo, esperando que possa ser sempre mais portador da boa nova de DEUS para os homens.

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Jornal Evangélico

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Expansão geográfica do Encontrão motivou a criação de uma revista Está em 5.500 exemplares a tiragem da "Revista Cristã" do movimento Encontrão, que surgiu em princípios de 1983 em forma de "Boletim do Encontrão". "O desejo de se criar um boletim, como o que acabou saindo, começou a ser manifestado com a expansão geográfica do Movimento Encontrão, o que resultou na regionalização dos encontrões", afirma Dieter Fertsch, da Paróquia Evangélica de Canoas (RS), um dos responsáveis pela coordenação da revista. O que se queria - conta ele - era algo que servisse de elo de ligação e que tivesse também meditações, notícias, estudos bíblicos. Hoje, a revista - que circulou como boletim até início de 1987 - traz inclusive uma agenda de oração e resenhas de livros recomendados à leitura. Segundo Fertsch, desde o início o boletim vem sendo distribuído gratuitamente, o que é possível graças às ofertas levantadas nos Encontrões regionais e, também, de alguns leitores individualmente. GRANDE PENETRAÇÃO A periodicidade da "Revista Cristã" do Encontrão não é rígida, mas está planejada para sair três vezes ao ano, e sua circulação ocorre praticamente no Brasil inteiro, "com uma penetração muito grande, inclusive entre outras denominações", relata Fertsch. A coordenação da revista é feita por uma equipe, com grande participação, desde o início do boletim, do pastor Reinoldo Frenzel, um dos líderes do Movimento Encontrão e um dos párocos da Paróquia Evangélica de Canoas. Segundo Dieter Fertsch, há. porém, a consciência de que o trabalho deva ser profissionalizado mais, esperando-se que isto também seja possível de forma voluntária. Doze a 16 páginas compõem, em média, cada exemplar da revista.

ENCONTRÃO REVISTA CRISTÃ O"u-(~t4u de Jtht~ • J ~J••:JP pr u .· ~u c: •H 'f• t.a.~i" d.ctd'r ult>l J t Jdcu.

ANO 6

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( 2/88 )

SOU UM DISCÍPULO DE JESUS..

A periodicidade da ''Revista Cristã''® Encontrão não é regular, mas prevêem-se trl!s edições anuais: ela circula em praticamente todo o país, inclusive entre outras denominações

Catequistas têm um informativo: O Fermento Desde abril de 1983, os obreiros catequistas da IECLB contam com o seu próprio informativo: O . Fermento. Inicialmente, nos dois primeiros números, ele era tido como o "informativo dos catequistas egressos do ISCET (Instituto Superior de Catequese ~ Estudos Teológicos)". Com o n° 3, de novembro de 1983, contudo, o Fermento passa a ser o informativo de todos os catequistas da IECLB. Wanda Zimmermann Sydow, da primeira turma do ISCET, assumiu a organização dos dois primeiros números. Já a partir do n° 3 esta tarefa foi assumida por uma comissão, desfeita em setembro de 1985, quando a equipe do Departamento de Catequese da IECLB assumiu O Fermento. DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

Esse veículo reúne informações e comunicações da Igreja, do Departamento de Catequese e traz também comunicações pessoais bem como reflexões dos próprios catequistas, descreve Remi Klein, diretor do Departamento de Catequese. O informativo nasceu do desejo manifesto num encontro de obreiros catequistas. Sua distribuição é gratuita, com uma tiragem de 200 exemplares e é publicado quatro vezes ao ano.

• DtsH Jesus: "TODO AQUELE QUE DENTRE VÓS NAo RE11U1C1A A TUDO OUANTO TEM, NÃO PODE SER IIEY DlsdPULO" - - 1Uit

A capa dos dois primeiros números foi ilustrada com a fachada do prédio do ISCET (antigo Instituto Pré-Teológico). A partir do terceiro número, a capa do Fermento traz duas mãos amassando massa de pão. De 12 a 20 tem sido o número de páginas do informativo dos catequistas da IECLB.

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ESTADO DO

RIO GRANDE DO SU GABINETE DO GOVERNADOR

No transcurso do Centenário de fundação do Jornal Evangélico, um dos mais antigos em circulação no Rio Grande do Sul, orgulha-se o Governo do Estado em associar-se a esta Edição Especial, formulando votos de cumprimentos à Instituição Sinodal de Assistência, Educação e Cultura por tão significativa efeméride.

É motivo de regozijo, para o Executivo gaúcho, o fato de o Jornal Evangélico ter contribuído, ao longo desses cem anos, para a informação e formação de importantes comunidades de nosso Estado, preponderantemente as de colonização alemã. Graças ao enfoque sempre cristão de suas matérias. dentro de uma linha editorial ecumênica, o Jornal Evangélico somou ao esforço do Estado em edificar uma sociedade rio-grandense mais fraterna e justa, em que os credos e as raças se confundiram e forjaram o cidadão gàúch~ · conte~porâneo. Ao ensejo do Centenário, o Governo Estadual faz votos de que o Jornal Evangélico dê continuidade ao seu proffcuo trabalho, pela relevância que tem para o Rio Grande do Sul como um todo e, de modo particular, para a expressiva comunidade da Igreja Evangélica de Confissão lutera_ na no Brasil.

PEDROSIMON GOVERNADOR DO ESTADO


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Jornal Evangélico

Antigo Centro de Impressos foi fundado em 1927 Johannes Fr. Hasenack Já houve certa polêmica em torno da contagem correta desses 100 anos de imprensa no âmbito da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil. Uma vez, porque o Jornal Evangélico está promovendo o centenário sem que ele próprio tenha essa idade, mas por ter assumido a heran-

ça de jornais sinodais, dos quais o mais antigo - a Folha Dominical do Sínodo Riograndense - estaria completando o seu centenário. Além disso, já antes de 1888 houve jornalismo e imprensa em comunidades evangélicas no sul do Brasil. Basta lembrar o fato de que o pastor que, em 1886, promoveu a fundação do

Sínodo Riograndense já em 1877 instalara em São Leopoldo uma tipografia e publicava livros e periódicos para as comunidades. 'frata-se do pastor Dr. Wilhelm Roterrnund e da hoje gráfica, editora e livraria Rotermund S.A., que não pode ser esquecida ao se tratar de imprensa para a Igreja evangélica. Naquela gráfica foram

impressas a última edição da Folha Dominical e a primeira do Jornal Evangélico, sem falar de livros e outros periódicos. Sob esse aspecto. estamos numa tradição realmente mais que centenária. Antes da Estrutura eclesiástica dos Sínodos já havia uma estrutura de Comunicação, e a eficácia da comunicação contribuiu para criar e con-

gelischer Volksdienst). Este serviço, sem sede própria, era dirigido por uma comissão e se empenhava pela criação de livra-_ rias e bibliotecas nas comunidades. A comissão era presidida, consecutivamente, pelos pastores Karl Oberacker, Ferdinand Schroeder, Rudolf Becker e Wilhelrn Pommer.

terna sob a orientação do pastor Wilhelm Nõllenburg, convocado para o Sínodo em 1948. Dedicado a campanhas evangelísticas, ele muito se empenhou também pela produção e divulgação de literatura e impressos cristãos, corno posteriormente o faria também o evangelista pastor Alcides Jucksch; porque na missão e evangelização a

Honestidade na-lnformacão A sociedade se rege por . três poderes: Executivo, LegisIativo e Judiciário. ~as cabe a· um quarto poder - a Imprensa! · uma responsabilidade tão grande ou maior para que a so- t ciedade viva e prospere em acordo com a vontade de Deus. ! Formando a opinião pública, a· imprensa cumpre o seu papel e dá a sua contribuição para que "todos tenham vida e a tenham em abundância" (João 1O, 10) . É oportuno aproveitar o ensejo do centenário da imprensa evangélica para perguntar se ela, comprometida com a causa do Evangelho, tem sido honesta e verdadeira na formação da opinião do seu público. Se assim foi, então este é um momento de júbilo e de eleva ção de Graças a Deus.

O Centro de Impressos foi assim denominado até 195'1, quando foi registrada a marca Editora Sinodal. Na época atuava como livraria, editora e locadora de audiovisuais. ADMINISTRAÇÃO: AlFREDO GUTJAHR lÍRIO ÉUO PIERDONÁ

TRABALHANDO PARA O BEM DE TODOS

Rio das Antas-se Agosto de 1988.

solidar uma estrutura de CENTRO DE IMIgreja - como ainda hoje PRESSOS acontece onde os serviços Em 1927 foi criado junde comunicação são valo- to ao Sínodo um Centro rizados. Editorial e Distribuidor sob Durante muitos anos, a a gerência de Gustav Voget. firma Rotermund cumpria Em 1932, adotou-se o noa missão de fornecer às co- me Centro de Impressos munidades evangélicas os (Schriftenzentrale). Passou materiais necessários para a ser gerente Willi Genner, o culto, o ensino e a vida que trabalhou sob a oriencristã nas farm1ias. Não pu- tação do pastor Dr. Herde dedicar-me a urna pes- mann Dohms, então quisa exaustiva, de modo diretor do Instituto Préque ficarão lacunas neste Teológico, e depois sob a apanhado histórico. Pelo orientação do pastor Erich que me consta, só em 1923 Knãpper, que ainda após a o Sínodo criou um órgão Segunda Guerra se dedicapróprio para cuidar da pro- va a esta tarefa, calcada na dução e divulgação de lite- distribuição de literatura ratura como tarefa alemã. missionária e evangelística, O trabalho foi reorganie isso através da Missão zado como um setor afeto Evangélica Popular (Evan- à Comissão de Missão In-

Igreja não pode prescindir da palavra impressa. Durante a gestão do pastor Nõllenburg, o Centro de Impressos teve uma fase de prosperidade e consolidação como livraria, editora e locadora de audiovisuais (diapositivos, filmes fixos e filmes de 16 mm). Foi ele também que providenciou o registro da marca "Editora Sinodal", que aparece desde 1954 e aos poucos foi suplantado o "Centro de Impressos". Como diretor de tempo integral veio assumir o trabalho no Centro de Impressos o pastor Ulrich Hees em 1957, sendo seguido por mim, em 1960. Na época, éramos seis funcionários.

Segurança e solidez: sinônimos de fé e trabalho. -

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EDITORA SINODAL

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Surgem a IECLB e a ISAEC, mudam os planos A Editora foi crescendo e ocupando cada vez mais espaço na Casa Sinodal, nos corredores, garagens e porões, onde foi instalada uma pequena gráfica sob a orientação do pastor Alcides Jucksch, em 1964. Desenvolvia-se a Editora prestando serviços também às comunidades dos demais Sínodos. A produção foi se diversificando, muitas vezes por iniciativas e impulsos de fora, por parte de pastores das comunidades, como Hans Wendt (Crissiumal e Estrela), Christoph Jahn (Arroio do Tigre) e Alcides Jucksch (São Leopoldo). Eles viam necessidades específicas e criaram os materiais de 9ue precisavam, que depo1s, via Editora, eram colocados à disposição da Igreja toda. Assim cabe ao pastor Jahn o mérito de ter realizado, no então Distrito Eclesiástico Cachoeira, o projeto de um calendário de devoções diárias {A Palavra Diária), que acabou sendo o "Castelo Forte'' de hoje, bem como o projeto "Seleções Evangélicas" como almanaque para leitura de informação e formação dos cristãos em nossos dias, além de outras publicações. A maioria dos livros era impressa nas gráficas Rotermund e Metrópole, que ainda hoje nos prestam tais serviços. (0 relacionamento da Igreja com estas gráficas mereceria um estudo à parte.) PROFUNDAS TRANSFORMAÇÕES As transformações mais profundas aconteceram na Editora Sinodal em conseqüência da criação da IECLB como Igreja nacional, sucessora dos Sínodos, no Concílio em outubro de 1968. O Sínodo Riograndense era a nossa pessoa jurídica e entidade patronal, e sob este guarda-chuva funcionavam a maioria dos estabelecimentos no Morro do Espelho em São Leopoldo. Com a extinção do Sínodo, fez-se necessária a criação de uma nova pessoa jurídica. Resolveu-se chamar a sucessora de Instituição Sinodal de Assistência, Educação e Cultura (ISAEC). Seus estatutos foram registrados em novembro de 1971, e esta nova sociedade civil passou a funcionar a partir de janei- · rode 1972 sob a presidência do então pastor regional (da Região IV) Augusto Ernesto Kunert e do secretário da RE IV, Bel. Eugênio Leonhardt, que assumiu também as funções de administrador da ISAEC. Deu-se à ISAEC uma estrutura centralizada, com administração firme e dinâmica, que aos poucos foi superando os problemas de implantação desta nova organização. Lembro que, na Editora, tivemos conflitos com muitos clientes que não queriam aceitar o sistema de gerenciamento empresarial, com cobranças por duplicatas etc. Os pedidos se tornaram mais escas-

sos, mas, por outro lado, nas uma livraria precaria- ciava o planejamento da mais pontuais os paga- mente instalada numa construção de uma casa mentos. garagem. própria em terreno já reserCom esta nova dinâmica CASA PRÓPRIA vado desde há alguns anos, na Igreja e na ISAEC, a Simultaneamente, se ini- ao lado da Casa Sinodal, Casa Sinodal, agora sede da IECLB-Região IV, se tornou pequena, além de precisar de uma reforma geral. A Redação Central, por falta de espaço, já se instalara num apartamento alugado. Agora também a Editora teve que se mudar para um prédio alugado na cidade. Para lá foram transferidos os escritórios, a Redação Central, o estoque e uma nova livraria, inaugurada em 13 de dezembro de Em 1977, a Editora Sinodal já em casa nova. 1974. Ficou no Morro ape-

que deveria abrigar também a administração da ISAEC e (temporariamente cogitado) da Região IV. O planejamento previa um centro multimedial para os serviços da comunicação escrita, audiovisual e radiofônica. Da entidade Gustav-Adolf-Werk, da Igreja Evangélica na Alemanha, foi obtido um auxílio e outro, após a conclusão, do Evangelisches Missionswerk. A construção foi realizada a partir de 1975 sob a administração de Eugênio Leonhardt, e o novo prédio ocupado em 18 de julho de 1977. Permaneceu na cida-

de apenas a livraria, posteriormente vendida à Livraria Cristã Unida, bem como foi vendido o posto de vendas no campus da UNISINOS. Assim a Editora deixou de perseguir uma meta que prevalecia temporariamente: a de instalar flliais. A nova orientação previa promover a distribuição através de livrarias de terceiros e por intermédio de agentes de literatura e vendedores comissionados. Para uma divulgação mais dinâmica foi criado o projeto da Livraria Volante, com o Sr. Luiz Artur Eichholz.


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Muito investimento, pouco retorno. E vem a crise Entre os departamentos da Editora Sinodal Musical da ISAEC foi a Editora Si- foram feitos contratos com nodal que mais apresenta- músicos e artistas, alguns va um potencial para ser de renome. Certa ocasião, desenvolvido comercial- tivemos a oportunidade de mente, motivo por que ela cumprimentar a atriz Sanestava na ordem do dia e no dra Bréa em nossa loja, onfoco do interesse de muitas de ela distribuiu autógrafos reuniões com a administra- -e beijinhos, e como bom ção da ISAEC. Mas a ân- promotor de vendas o passia da administração tor Brueckheimer lhe oferecentral em fazê-la crescer e ceu um exemplar de anexar-lhe novas atividades cortesia do Castelo Forteainda na fase de consolida- Devoções Diárias. ção da nova estrutura proRealmente houve uma vocou uma grave crise. intensa atividade de produInicialmente, já em agosto . ção: em dois anos saíram de 1972, foi incorporado à 72 discos, dando à ISAEC administração em São Leo- a liderança no Rio Grande poldo o setor ISAEC do Sul. Fizeram-se grandes Gravações e Produções, esforços para colocar os com seu estúdio em Porto discos em todo o território Alegre. nacional, com vendedores e Com o objetivo de apro- atos de lançamento nos veitar bem as boas instala- principais mercados, incluções da gravadora para sive em Manaus. Apesar gerar recursos, partiu-se pa- disso, o retomo dos invesra a gravação de discos, timentos foi insuficiente e principalmente de música mostrou-se impossível tradicionalista. Em nome competir, a partir da esta-

ca zero, com as multinacionais experientes no ramo. Com a crise do petróleo, encareceu a matéria-prima, acentuando as dificuldades. A produção de discos foi desativada em 1979, após ter gerado uma crise

financeira para a ISAEC toda. A MAIOR CRISE

Imagine-se que esta aventura corria paralela a outros desafios e compro-

Em dois anos saíram 72 discos, dando à ISAEC a liderança no RS. Mas não foi o su,jiciente para competir, a ponto que a produção foi desativada.

A eletricidade, há muito tempo já tem sua bandeira. Há mais de quatro décadas

H. Aeckerle, de punho firme, carrega esta bandeira. Provando que o desenvolvimento. se conquista através do esforço conjunto. muita determinação e vontade de vencer. Hoje, H. Aeckerle luta para fortalecer ainda mais a sua capacidade de trabalho. a qualidade em materiais elétricos e a tradição de empresa lrder no setor eletro-eletrOnico. Para H. Aeckerle. carregar esta bandeira é sinônimo de vitória.

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missos que exigiam recursos e pessoal, como a construção do "prédio da ISAEC", como vinha sendo chamada a sede da Editora, e a instalação e compra de emissoras de rádio. Esses projetos de rádio estavam sendo planejados sob a orientação do pastor Hilmar Kannenberg, desde 1975176, dentro da política de comunicação multimedial, que se desenvolvia na ISAEC. Esta, sendo sociedade civil, não pôde se habilitar para a obtenção de canais, motivo por que foi criada a pessoa jurídica da Fundação ISAEC de Comunicação (FIC), em 27 de dezembro de 1977, sendo também administrada na Casa Sinodal. A partir de então, as atenções e preocupações da administração ficaram principalmente voltadas para estes projetos de comunicação eletrônica. Foram requeridas verbas do exterior, aprovadas para virem em março de 1979, mas devido a alterações necessárias no projeto, começaram a ser liberadas só no fun de 1979. Entrementes, os cronogramas de implantação impostos pelo governo tiverem que ser cumpridos, isto é, os projetos tiveram que ser pré-financiados com recursos internos. Nesta situação, todo dinheiro ao alcance da ISAEC e da IECLB/RE-IV foi canalizado para a FIC. Com isso também a Editora Sinodal ficou descapitalizada, sofrendo a maior crise de sua história: perdeu o crédito com dezenas de fornecedores, pagou as duplicatas em cartório, ficou devendo às gráficas, teve altíssimas despesas financeiras com juros e desconto de duplicatas; a administração deixou de recolher Imposto de Renda e encargos sociais... E, na contabilidade sempre em atraso, não se podia ver quem devia a quem entre os departamentos ligados à ISAEC, cujos recursos estavam em contas comuns. Assim era fácil alegar que a Editora Sinodal era o pivô da crise, como o pastor presidente declarou perante o concílio da Região IV em Sapiran-

ga, em 1980, quando os conciliares questionaram o investimento de recursos da Igreja na ISAEC. De parte da Editora contestei as alegações, e os fatos começaram a ser apurados. AUDITORIA O presidente da ISAEC, pastor Rodolfo J. Schneider (desde setembro de 1979), mandou fazer uma auditoria no 1° semestre de 1980. A partir de então começou a tornar-se mais transparente como haviam sido aplicados os recursos comuns naquela situação de emergência. Depois, foi efetuada a separação física de ISAEC e FIC. A FIC devolveu à ISAEC o capital "emprestado" desde setembro de 1977. Fez-se um cronograma de liquidação para pagamento de juros e encargos sociais renegociados, e um acerto final, a grosso modo, em agosto de 1983, deixando cair em fundo perdido 47,18% de débitos remanescentes. Sobre este difícil período o pastor Kannenberg relatou em agosto de 1980: "O sofrimento e até o estremecimento temporário de relacionamentos é conseqüência lógica deste crescimento. Muitos saíram perdendo, mas quem ganhou com tudo isso foi a IECLB~' - Caberá aos historiadores averiguar. Depois, aos poucos e com mais alguns sobressaltos com as dimensões dos riscos que haviam sido assumidos, a casa foi posta em ordem. Tiveram grande mérito nisso Victor Rech, administrador da ISAEC a partir de junho de 1980, e, na parte da Editora, Renato R. Krohn, gerente desde fevereiro de 1981. Em virtude das experiências havidas com contas e competências demasiado centralizadas, resolveu-se "esvaziar" a ISAEC em sua estrutura central, ou seja, passar para os departamentos a administração de seus próprios recursos, a partir de janeiro de 1986, mantendo em condomínio apenas o setor de pessoal e a contabilidade.

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Livros de uso "obrigatório", o maior movimento Publicar livros e periódicos é apenas um lado da tarefa. Ela não faria sentido sem o complemento da divulgação, que leva o livro até o leitor, para que seja lido e refletido, resultando em crescimento de fé e comunhão, em ação transformadora de vidas e estruturas. Com este objetivo fizemos com a IECLB uma campanha de leitura sob o sloga É TEMPO DE LER, iniciado em dezembro de 1985. Entre as iniciativas constavam a implementação da Livraria Volante, seminários com agentes de literatura e melhorias no setor de promoções, que devem continuar como prioridade. Mesmo tendo aumentado a penetração no mercado nacional, por exemplo com uma boa variedade de

livros teológicos, o maior movimento se faz - e nisso a Editora corresponde à sua tarefa específica com as publicações de uso "obrigatório" nas comunidades da IECLB, como hinários, manuais de ensino, anuários e livros devocionais. A propósito, o bestseller com grande margem é o livro devocional Castelo Forte. Em suas primeiras edições lançávamos 5 a 6 mil exemplares, e nos últimos anos as tiragens se situam entre 40 e 50 mil. Com a maior abertura ecumênica, após o Concílio Vaticano 11, tomaram-se viáveis coedições também com editoras católicas, como Edições Paulinas e Editora Vozes. Temos publicado inclusive alguns livros em espanhol, e importa buscar maior fortale-

cimento da cooperação neste subcontinente latinoamericano. 1àl cooperação está sendo incentivada também por organismos internacionais como a Federação Luterana Mundial, Luteranos Unidos em Comunicação, Associação Mundial para a Comunicação Cristã, ''Evangelisches Missionswerk" (RF Alemanha), Conselho Mundial de Igrejas e entidades nacionais como a UCBC-União Cristã Brasileira de Comunicação Social, quer promovendo encontros e oportunidades de treinamento, quer facultando a p~cipação em eventos e feiras. Apesar de nos inserirmos neste amplo contexto ecumênico, não podemos negligenciar a tarefa imediata e específica: atender as co-

munidades da IECLB. Mas sentimos que aí os hábitos de leitura estão regredindo. Seja lá quais foram os motivos - dificuldades economicas, avanço da televisão - precisamos tomar-nos mais criativos tanto no planejamento editorial como nas formas de divulgação para servir melhor e poder concorrer com outros meios de comunicação. Com esta finalidade está por ser implantado na Editora Sinodal em regimento interno, já aprovado pelas direções da ISAEC e da Igreja e que deverá adequar a estrutura aos novos desafios. Neste apanhado puderam ser mostrados apenas alguns aspectos da história e da atuação da Editora Sinodal. Em outra oportunidade, o quadro histórico

Castelo Jihrt~ o best-seller que iniciou com 5 a 6 mil exemplares, e hoje alcança tiragens de IHJ a 50 mil. deveria ser completado lembrando setores como o Centro de Elaboração de Material, a ex-Editora Luterana, Literatura Evangelística, o projeto Crer e Viver, a Tipografia e as pessoas que, nas diversas etapas, se dedicaram à causa, não esquecendo amigos e irmãos que, a partir de entidades do exterior, sempre

de novo nos têm auxiliado com recursos para determinados projetos de publicação ou aquisição. Assim temos motivo para agradecer e encarar com fé e coragem a missão - esta missão comum que temos como cristãos e igrejas e que é sempre maior do que tudo que conseguimos realizar.

Hasenack, 28 anos na Editora Mesmo que os livros teológicos tenham aumentado na penetração do mei'CCJdo naclonal, o movimento maior corresponde 408 hinários, manuais de ensino, anuários e livros devoclonalB.

Johannes Friedrich Hasenack se formou na Faculdade de Teologia da IECLB no final de 1955, assumiu o pastorado em Porto dos Gaúchos, Mato Grosso, em 1957, e de lá retomou com a esposa e um filho dois anos e três meses depois, em abril de 1959, com a intenção de fazer o exame próministério. Em função das fortes chuvas na região, a

viagem de barco de Porto dos Gaúchos a Cachoeira do Pau demorou demais, e Hasenack chegou tarde para integrar a turma do pró-ministério em que estava inscrito. Por sugestão da direção do Sínodo Riograndense na época, não retornou a Porto dos Gaúchos antes de ter prestado o exame teológico e aceitou exercer seu pastorado neste meio-tempo na

Paróquia Esperança, de Montenegro (RS). Lá atuou de abril de 1959 a janeiro de 1960, e em dezembro de 1959 fez o próministério. Ainda em janeiro de 1960, iniciou seu trabalho pastoral na Editora Sinodal, onde continua após 28 anos de dedicação integral, com grande parte do tempo respondendo pela direção.

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o decorrer de seus 52 anos de atividades docentes o Colégio Sinodal tem sempre visado a propiciar um atendimento individualizado ao seu alunado, embasado nos seguintes objetivos: a) Promover a formação de personalidades capazes de discernir, acompanhar e atuar nas transformações da época, através da análise, da crítica e da responsabilidade; b) Valorizar a pessoa do aluno oomo elemento atuante em seu meio; c) Desenvolver a imaginação, o raciocínio lógioo, o pensamento crítioo e a criatividade necessários ao pleno desdobramento das potencialidades de cada aluno.

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Jornal Evangélico

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Presidente implantou administração empresarial Eleito, como o segundo mais votado, para o Conselho Diretor (CO) da IECLB, no Concílio Geral no Rio de Janeiro, em outubro de 1986, Genésio Kõrbes também foi eleito, em dezembro do mesmo ano, como presidente da Fundação ISAEC de Comunicação (FIC), que tem sua sede em Porto Alegre. Genésio é membro da Paróquia Martin Luther de Porto Alegre, onde já atuou como presidente, e exerce sua profissão de administrador de empresas no hospital Moinhos de Vento, na capital gaúcha. Perguntado sobre o que mudou a partir do momento que assumiu a presidência da FIC de fato, em 25 de maio de 1987, Genésio Kõrbes afirma categórico: "Mudou tudo"! O primeiro e único objetivo do novo presidente foi perseguir a implantação de uma ad-

ministração empresarial, "o que em momento algum se via anteriormente na FIC", garante Genésio. Ele já fazia parte, desde 1985, do Conselho Deliberativo da FIC, e junto com Vilson Baade e os pastores Silvio Schneider e Carlos R. F. Dreher, vinha integrando o grupo que examinou a viabilidade das rádios da FIC para a Igreja. Para conseguir viabilizar a intenção de dotar a FIC de uma estrutura empresarial, Genésio Kõrbes tomou algumas providências. Em primeiro lugar, implantou o sistema de administração por objetivos, e para tal forma eleitas várias áreas de resultados: recursos financeiros, clientela no sentido comercial (anunciante e ouvinte), produtividade e recursos tecnológicos. ADMI,NISTRAÇÃO INFLEXIVEL Como segundo passo

quer despesa pode ser feita somente com a sua autorização, desde a compra do pó de café para o cafezinho até urna máquina sofisticada para transmissão radiofônica. Como terceiro ponto da estrutura comercial implantada na FI C está o incremento nas vendas de anúncios comerciais, os patrocinadores dos programas das rádios da FIC. Como, afinal se faz uma administração cristã dentro do conceito capitalista? "Não há nenhum segredo", afirma Genésio. Para ele, "o lucro Genésio persegue implantação de uma administra- não é coisa feia, não é coição empresarial na FIC sa do diabo, não é opressor". Thdo é uma questão houve "enxugamento" da nários de junho de 1988, "e de como se aplica o lucro. máquina administrativa e sem qualquer prejuízo na . Deve haver coerência em funcional, o que significa qualidade geral", afirma o todos os sentidos, incluinracionalizar recursos hu- presidente da FIC. Ele tam- do o modo de vida, encaimanos. Dos 147 emprega- bém deixa claro que execu- xando aí também a dos da FIC em janeiro de ta urna "administração humildade tanto para reco1987, apenas 118 conti- inflexível" nas despesas, de nhecer erros como para reos resultados nuam no quadro de fu!lciO- forma tal que toda e qual- ceber

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positivos. "Estes, no momento, ainda são muito poucos na FIC", reconhece Genésio. SUJEITO OTIMISTA Ele faz questão de salientar que a FIC permanece a mesma entidade de antes, juridicamente autônoma, porém com participação direta da direção da IECLB. Afirma, inclusive, que "o que salvou a FIC foi a direção da Igreja tê-Ia assumido", também sendo aproveitadas todas as oportunidades para se dizer que a FIC é da Igreja. Kõrbes garante que pretende fazer uma administração transparente, e dentro desta proposta compartilha em toda reunião do Conselho Diretor as dificuldades da FI C. Entre elas se encontra a "herança" com causas trabalhistas ganhas por exfuncionários", o que atinge a cifra de aproximadamente 25 mil OTN's (Obrigações do Tesouro Nacional). Em função destas e outras dificuldades - relata Kõrbes - foi vendida a Rádio AM em Blumenau. A FIC conta, ainda, com quatro rádios FM - as de Blumenau e Florianópolis, em Santa Catarina, a União de Novo Hamburgo e a Imigrantes de São Leopoldo, no Rio Grande do Sul. Essa última está sendo vendida também. Afora disso, tem dois estúdios de gravação de discos, de 8 e de 16 canais, em Porto Alegre. "Por natureza sou um sujeito otimista e tenho expectativas realistas e muito positivas para a FIC", ressalta Genésio Kõrbes. Segundo seus planos, a previsão era usar os primeiros dois anos de sua gestão para o saneamento da situação da FIC, mas garante que, após o primeiro ano, já há alguns resultados concretos. Isto, por sua vez, permite que "operacionalmente já estamos caminhando com as próprias pernas, o que significa excluir as heranças trabalhistas", sublinha. Genésio, no entanto, garante: "No ano que resta, temos grandes chances para colocar a FIC novamente no caminho".


PREFEITURA MUNICIPAL DE MARECHAL CANDIDO RONDON ESTADO DO PARANÁ

UMA HISTÓRIA DE LUTAS E CONQUISTAS Dos atuais 80 mil habitantes, metade ainda estA no Interior.

Os pioneiros de Marechal CAndldÕÃÕndon, primeiros colonizadores, chegaram ao Oeste do Paraná em 1950. Aqui, as famnlas Weirich, Ritscher, Rockembach e Helrlch encontraram uma terra inóspita, coberta de mata densa, vislumbrando dlante de si o desafio de tomar habitável este lugar. As terras pertenciam a MARIPÁ, companhia de colonização, compondo a Fazenda Brttânia, adquiritias com capital gallcho e destinadas não s6 à extração de madeira como também à colonização. Com a chegada de novas famnlas, também oriundas do AS e SC, todas descendentes de alemães e Italianos, fundou-se um povoado, a Vila General Rondon, então pertencente ao munlcfplo de Toledo. A1ravás da atividade extrativlsta e agropecuária, com o aproveitamento das chamadas terras mais férteis do continente americano, toda a região Oeste do Paraná, fronteira com o Paraguai e a Argentina, prosperava em ri1rno acelerado. Foi assim que, em razão de seu desenvoMmento, a Vila General Rondon passou à condição de munlcrpio, no dia 25 de julho de 1960, a1ravés da Lei n2 4.245.

Os cuidados oom a COfiS6rvaçlo do solo do resporldvels pelos eiBVados fndlces d6 produtividade, com 2.200 kg por ha no trigo, 2.300 kg por ha na soja e 4.300 kg por ha no milho. Tanto em produçao como em produtividade, o dplo 11 e11emplo pera lodo o Brasil.

AGROINDUSTRIALIZAÇÃO, PARA FORTALECER A ECONOMIA A administração municipal de Marechal Cândido Rondon está incentivando a instalação de novas unidades industriais, Principalmente para o beneficiamento e industrialização doS produtos primários produzidos no próprio munlcrplo, além de oferecer condições de aperfeiçoamento e ampllaçllo às unidades já existentes. Entende a aclmlnlstraçAo municipal rondonense que o fato da economia do munlcfplo estar baseada na agropecuária, lmp6e dlverslflcar as formas de renda e geração de riqueza, e o melhor caminho ê a agrolndustrlalização. Assim, está em construção a maior fábrica de queijos da América Latina, que deverá entrar em funcionamento no final de 1-98a A fábrica rellne quatro grandes cooperativas de produtores na região e em seu pique máximo de produção beneficiará 200 mil litros de leite por dia. As unidades Industriais já Instaladas nos parques industriais 1 e 2 produzem móveis, artefatos' de cimento, piá-moldados, calçados, telas, rações, e produtos allmentrclos, corno massas, enlatados, café e derivados da mandioca, entre outros. O munlcl'pio possui um frigorfflco de abate de surnos, unidades de processemento de cereais e está em projeto um frigorfflco para o abate de frangos, cuja matéria-prima atualmente é levada a ou1ros centros industriais. Por outro lado, Marechal Cândido Rondon está tendo grande destaque a nrveis estadual e nacional com a dlvulgação e venda de produtos artesanais, principalmente de brinquedos. Os artesões são organizados por sua associação, sob a coordenação do Programa Nosso, encetado pelo governo do Estado e que no munlcrplo rondonense recebe todo o apolo da administração IImar/Ademir.

A1ravés da germanização. Marechai- Cándldo Rondon pretende firmar-se como polo turfstlco regional, a1raindo a atenção de milhares de visitantes, e, acima de tudo, assumindo suas caracterfstlcas de origem, cultura e tradlçAo.

UM POVO ALEGRE E SEUS EVENTOS FESTIVOS

O rondonense é alegre e sua alegria é contaglante. Anualmente as festas do munlcrplo rellnem milhares de pessoas junto ao parque de exposlç!Ses, TURISMO: ajudando a enriquecer ainda mais os costumes IoUMA POTENCIAL ALTERNATIVA cals, através de manifestações folci6ricas, culturais, além, é claro, do aspecto gastronOmico. De 21 a 25 de Julho, Marechal Cândido Rondon Alêm de suas festas e de sua caracterização como cidade gennànlca, Marechal Cândido Rondon in- realiza a sua festa de aniversário, com shows artrsticos, competições esportivas, desfiles aleg6ricos, veste firme na exploração turfstlca do lago de ltalpu. Com o enchimento do lago da hidrelétrica blna· apresentações folci6ricas, mCislcas e comidas trplcas ciona~ o municfplo perdeu terras da melhor qualida· alemãs, rodeio, exposição comercial, Industrial e de, em uma área total de 159,06 knf. Eram terras agropecuária, multo chopp, e, o ponto alto das codas mais férteis, cujos colonos foram indenizados de memorações, a FESTA NACIONAL 00 801-NOmaneira injusta pela ltalpu, muitos deles não conse- ROLETE, quando são assados dezenas de bois, guindo comprar novas áreas de terra com o mesmo inteiros, no rolete, e servidos ao pllbllco. dinheiro. Buscando amenizar as perdas em relação ao lago de ltaipu, Marechal Cândido Rondon, a exemplo dos demais munlcrplos ribeirinhos, tem no turismo uma potencial alternativa. A administração municipal Investe recursos junto OUTROS EVENTOS: ao Parque de Turismo e Lazer de Porto Mendes, Fevereiro: Festa de Nossa Senhora dos Nave' montando uma lnfraes1rutura capaz de oferecer opgantes. ções de lazer, comodidade e confol1o aos turistas. Abril: Concurso Mlss/Rondon. O local possui área para camping, ·churrasqueiMaio: Torneio de nro ao Alvo e BoiAozinho de ras, banheiros e sanitários, luz elêtrica, água encaMesa. nada. bar, a1racadouro para baroos e praia artificial. Junho: Festival Regional elo Vinho. O acesso ligando a sede municipal a Porto Men- Outubro: Festa Regional do Peixe e Festa de des é asfaltado, com um percurso de 30 quliOmetros. Kerb.

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NA AGROPECUÃRIA, MARECHAL CÂNDIDO RONDON EEXEMPLO PARA O BRASIL

UMA CIDADE GERMÂNICA

O munlcrplo de Marechal Cândido Rondon possui k!Tf, além· dos 159,06 Jan2 inundados pelo lago de ltalpu. Sua área agllcultâvel é de 80.000 hectares, com 9.400 propriedades rurais, cujo módulo rural médio ê de 13 hectares, caracterizando-se como minlfllndlos pro-

uma área terrlt>rlal de 1.049,36

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Em razão do programa de conservação de solos, abraçado pela atual administração municipal a1ravés da Sea"etarla Municipal da Agricultura e do Melo Ambiente; que já atingiu cerca de 70 por cento da área produtiva, os rndlces de produtividade no setor agropecuário rondonense são exemplo para todo o

Brasil O munlcrplo figura como o terceiro colocado nacional na suinocultura, com um rebanho de 165.780 cabeças; fonna a maior bacia leiteira do Oeste do Paraná, com uma produção mensal de 2.100.000 11lros; possui um rebanho de 71. no cabeças de gado, e 1.245.000 aves. O munlcrplo tambOOI produz sorgo, fumo, algodão, arroz e mandioca, estando Instalado em Marechal Rondon o maior parque de Industrialização de mandioca da Amêrk:a Latina, com capacidade de beneficiamento de 190.000 toneladas. Os cuidados com a conservação do solo são responsávels pelos elevados rndlces de produtividade, com 2.200 kg por hectare no trigo, 2.300 kg por hedar8 na soja e 4.3ÓO kg por hectare no milho: Tanto em produção corno em produtividade, o munldplo é exemplo pàra todo o Brasil.

Visando assumir a Identidade de seu povo, que descende em sua grande maioria de famftlas germânicas, Marechal Cândido Rondon está desenwlvendo o "Projeto de Germanização". Com Incentivos do Poder Pllbllco Munlcipa~ a1ravês da Isenção de Impostos, a arquitetura da cidade está sendo estilizada para o "enxalmel" e •casa dos Alpes". Novas construç6es são feitas no estilo germânico, e prádlos jã existentes têm suas fachadas também alteradas. Gradativamente, a cidade vai tomando caracterfsticas europêlas, associando-se à arqultetur.a os próprios costumes do povo e a OKTOBERFEST.

AdemirBier Vice-Prefeito

HOMENAGEM A administração municipal de Marechal Cândido Rondon, alrilvês do prefeito limar Prlesnltz e do vice- · prefeito Ademir Bler, deseja, em nome de tlda a comunlclade, parabenizar efuslvamente a IECLB pelos _100 anos de existência do Jornal Evangélico. Este

vebllo, durante um século, tem se constltuldo em inportante mensageiro da palavra de Deus, além de manter informados os membros da igreja sobre os programas e atividades. Auguramos que nesta data hist6rlca os ânimos sejam ainda mais revigorados, para que esta missão continue a produzir frutos bons para as famlllas evangélicas.


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Emissoras: um megafone da Igreja para o mundo As Rádios União FM de Novo Hamburgo e Imigrantes FM de São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, União FM de Blumenau e União FM de Florianópolis, em Santa Catarina, são os veículos da Fundação ISAEC de Comunicação (FIC), que iniciou suas atividades em dezembro de 1977 como projeto de comunicação radiofônica da Igreja Evangélica de Confissão IAlterana n·o Brasil. A qualidade de vida, a valorização do ser humano, a justiça social, a presenação do meioJOREV: O que as emissoras FM da FIC estão conseguindo fazer em termos de comunicação que interessa à IECLB? Dreher: Nossas rádios estão fazendo uma pequena parte do que poderiam fazer se tivessem o material humano necessário e não estivessem tão dependentes da atividade comercial. Isto significa, em primeiro lugar, que não temos investido recursos e atenção na formação de profissionais em comunicação dentre os próprios membros da IECLB. Em função disso, temos pouca gente trabalhando nas emissoras da FIC que tenham assimilado o

ambiente e a vida em comunidade são os objetivos das emissoras de rádio da FIC. Entre os seus 118 funcionários, a instituição conta também com um assessor teológico, o pastor Carlos F.R. Dreher, que está nesta função desde março de 1984. Para esta edição especial do Jornal Evangélico sobre os 100 anos de imprensa ewgélica, Dreher responde a uma série de perguntas relacionadas a FIC, uma instituição bastante controvertida no julgamento das comunidades da IECLB. que nos interessa em termos de participação na comunicação social em nosso país. Por outro lado, o fato de termos que sobreviver com recursos que são. gerados na exploração de comerciais nas emissora coloca toda atividade radiodifusora sob o prisma da atividade comercial. Isto significa que 95o/o da preocupação se relacionam ao fazer dinheiro, para não sucumbir, e os outros 5% são dedicados a coisas mais nobres, como programas religiosos, culturais e de participação na comunidade civil e eclesiástica. JOREV: Você acha que estes 5% justificam a existên-

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da destas emissoras e -todo o envoivfmento da Igreja? Dreher: De jeito algum estes 5% se justificam. Se a Igreja quisesse apenas investir capital a fim de conserválo e fazê-lo render, haveria outros empreendimentos de menor risco e com retorno mais garantido. Como a Igreja investiu a fim de cumprir uma missão, o retorno de rendimento não será em termos fmanceiros, mas em prestação de serviços, inclusive missionários, que, no entanto, também deveriam ser muitas vezes maior. E também é isto que faz com que muita gente com razão questione os investimentos. Mesmo assim, é importante que a Igreja esteja disposta a correr um risco tão grande, confiando na possibilidade de mais tarde haver uma participação maior de suas emissoras no processo de comunicação social. JOREV: Para quando você prevê este "mais tarde"? Dreher: Tenho a confiança de que, assim que a FIC estiver livre de compromissos financeiros da sua fase inicial e que ela inicie um período em que o "negócio" esteja dando certo, ela então possa criar um fundo que lhe permita fazer as duas coisas: capacitar comunicadores e criar espaços para uma comunicação mais comunitária. Somos a geração "sanduíche"(intermediária). Vivemos no momento de reverter a história. JOREV: O que as emissoras da FIC estão fazendo em termos de comunicação? Dreher: Além da atividade comercial e de geração de programas de lazer (principalmente música) com finalidade comercial, estamos veiculando mensagens evengélicas para reflexão. Estes programas, mesmo que tenham conteúdo abalizado e tendendo para estimular no ouvinte o raciocínio crítico, não são ainda o que se caracterizaria. como comunicação cristã. Eles são o resultado de uma prática de comunicação verticalista ainda dominadora. Além disso, nós dedicamos grande parte da programação ao serviço noticioso, mesmo não tendo grande equipe de reportagem. Procuramos repassar a informação que vem de diversas fontes noticiosas, usando o prisma da ética cristã. Também damos toda prioridade às notícias da Igreja que seriam de interesse do público amplo. JOREV: O que, enfim, diferencia as emissoras da nossa Igreja das emissoras seculares? Dreher: Em primeiro lugar, as emissoras da FIC são uma janela da Igreja para o mundo. Ou melhor que o exemplo da janela, um megafone. A nossa Igreja tem realmente estes canais de divulgação. Em segundo lugar, as nossas rádios estão entre pouquíssimas emissoras no Brasil que têm um objetivo de comunicação; a maioria das emissoras de rádio não se preocupa com a pergunta "para que e para quem existimos?"

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Comunicação cristã deve abrir espaço ao povo JOREV: Que prática de comunicação é essa que diferencia as rádios? Dreher: Comunicação social e m~ios de comunicação social devem ser entendidos como algo que pertence à sociedade como um todo. O que temos agora é que os meios pertencem a uma minoria privilegiada e que utiliza estes meios para agir sobre a sociedade em função de seus interesses próprios. A sociedade como tal não se comunica pelos meios de comunicação. Tentar fazer comunicação cristã neste contexto é como nadar contra a correnteza. Vai exigir de nós, no futuro, criar espaços em que realmente as necessidades de expressão do povo possam estar presentes. JOREV: De que forma as expressões do povo podem estar presentes? A FIC tem dois estúdios Dreher: Por exemplo, faço meditações pensando em res- de gravação em Porto Aleponder as perguntas e problemas das pessoas; neste mo- gre, um de oito e outro de mento, porém, me coloco acima das pessoas, julgando-me 16 canais capaz de decidir o que elas têm de ouvir. Poderia ser bem melhor se as pessoas viessem ao microfone e colocassem elas mesmas suas dúvidas e perguntas e que outras pes- perguntas e anseios da própria comunidade. Além disso, soas respondessem e contribuíssem na procura das res- a OASE contribui na busca de recursos para a transmissão radiofônica. O programa "Conversando com Você" postas. . JOREV: Se isto é possível numa rádio FM, por que não vai ao ar também em outras emissoras. Na União FM de Novo Hamburgo vai ao ar às 10h55; na União FM de Flose faz? Dreher: Porque precisa-se de bem mais recursos e de rianópolis, às 7h10; e na União FM de Blumenau, às llh. Vai ao ar também em Timbó (SC) e em Estrela (RS), e ~ma melhor equipe de trabalho. Houve épocas em que se falava muito em comunicação participativa - toda a em breve será veiculado nas cidades catarinense de Bruschave do projeto da Fundação ISAEC de Comunicação que, Joinville e Indaial. JOREV: Carlos, o seu discurso é da prática libertadoinclusive era a comunicação participativa - , onde a comunidade participaria na elaboração dos programas. Ho- ra, mas as rádios da FIC tem a maior parte da prograje, porém, a comunidade é apenas consumidora do que mação elitizante. Como você explica isto? Dreher: Até agora procurei não usar a palavra libertaos outros veiculam. Numa dinâmica de integração do rádio na comunidade, o próprio testemunho cristão será dora, porque ela já é interpretada erroneamente. Quanmuito mais autêntico e eficiente porque é o somatório do falo em libertação, as pessoas já ouvem com uma do testemunho de muitas pessoas e não apenas de um conotação ideológica. No entanto, tudo o que eu estava dizendo até aqui era, na verdade, uma crítica à elitização "profissional de testemunho". JOREV: Como você classifica a programação da OA- de todo o sistema de comunicação oficializado no Brasil. Como os próprios meios de comunicação no Brasil SE nas emissoras da FIC? Dreher: Este é um belo exemplo de comunicação co- não são sociais, porque pertencem ao Estado e são conmunitária. É uma parcela de contribuição muito valio- cedidos a uma minoria privilegiada, toda a atividade de sa, esta que nos vem da OASE das Regiões 2 e 4, que comunicação obedece obviamente aos interesses e intenajuda a produzir o programa "Conversando com Você". ções de uma minoria. Por outro lado, comunicação soE um programa de participação da comunidade, porque cial feita por cristãos convictos deve ter outros interesses, um grande círculo de pessoas expressa suas opiniões e dá não os do próprio comunicador e, sim, os do povo de seu testemunho. Este vem da comunidade e responde a Deus. Comunicação deve estar atrelada à idéia do reino

de Deus que nós buscamos concretizar em comunidade, e aí existem propósitos e necessidades que não são de competência de minorias, porque são as intenções de Deus para com o seu povo. JOREV: Como assessor teológico, até que ponto você consegue influenciar na linha editorial da FIC? Dreher: Eu represento, dentro da FIC, a nível de programação, os interesses da IECLB. Na prática, eu faço as vezes de um coordenador de programação, mas não estou aí para mandar e determinar a programação das rádios. Estou aí para elaborar com os profissionais desta área a programação. Isto é uma longa caminhada, porque é um processo de aprendizagem e medida em que se vai fazendo rádio, e se aprende errando. O meu problema maior é que sou, dentro da FIC - entre os mais de 100 funcionários, - a única pessoa destacada a se preocupar com o aspecto social religioso da programação. Obviamente temos outras pessoas que há anos trabalham conosco e que já assimilaram a nossa filosofia de trabalho. Como um destes exemplos cito Walter Mick, gerente da União FM de BJumenau. O problema é que estas pessoas têm que lutar no dia-a-dia com os problemas da administração prática e não lhes sobra tempo para se dedicar a coisas mais nobres na área da comunicação. É desgastante ter que lutar pelos recursos materiais, às vezes em detrimento de seus ideais.

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COMUNIDADE EVANGÉLICA DE SÃO LEOPOLDO A Comunidade Evangélica de São Leopoldo saúda o JORNAL EVANGÉLICO nesta passagem de 100 ANOS de imprensa evangélica Que o Jornal tenha fé e força e sabedoria para continuar a trazer, em palavras e fotos, mensagens e sinais do amor de Deus em nossa época e nosso

mundo, amor a nós pessoas e a toda a Sua criação! Que o Jornal tenha, também, liberdade para publicar nossos pecados, individuais e coletivos, para que possamos arrepender e converter-nos, sempre de novo, porque descobrimos a vida que vem da maravilhosa graça de Deus!

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Para uma vida na fé e em comunidade:

A ESCALADA DA VIDA. Para compreender e aceitar os idosos, liga Knorr A OPÇÃO DA AMIZADE. Relacionamento c/ o próximo, A. Me Ginnis .. O QUE MUITAS MÃES NÃO SABEM. Guia de Saúde, F. Tempel .•... COMO DESPERTAR O MELHOR DAS PESSOAS, Alan L Me Ginnis .. NOSSA FÉ- NOSSA VIDA. Vida comunit. em fé.e,ação ..•.••• : . •. PARA MELHOR CÓMPREENDER-SE NO MATRIMÔNIO, P. Tournier • TEMOS SÓ UMA VIDA, COMO VIVÊ-LA? Para Jovens, D. Wulfhorst •• VIDA NO LIMIAR DA MORTE, Trudi e Johann Tibbe •.••. • .•...... VIDA EM COMUNHÃO, Dietrich Bonhoeffer .•••••••.......••.•

Editora Slnodal

Caixa Postal11 Fone: (0512)92-6366 93001 - São Leopoldo - AS -

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Jornal Evangélico

_ _ ___;___ _ _ _(PROGRAMAS EM TV E RÁDIO)_ _ _ _ _ _ __

Programa de TV transmite mensagem de incentivo Desde abril de 1988, a IECLB está levando a mensagem cristã também através da televisão. Isto acontece, todas as segundas-feiras, às 8h15min, na TV Educativa gaúcha, através da Comunidade Evangélica de Porto Alegre. Os pastores Breno Dietrich, da Paróquia Matriz, e Adilson Stephani, da Paróquia São Lucas, assumiram a tarefa de produção e gravação dos programas para o espaço oferecido gratuitamente pela emissora. A própria direção da TVE contactou Breno Dietrich, como pastor da ParóquiaCentro, com o convite de a IECLB participar do programa "Encontro" com que a emissora diariamente- às 8h15min-abre a sua programação. Conforme Adilson Stephani, o programa "Encontro" conta com a participação das Igrejas do Evangelho Quadrangular, Brasil para Cristo, Metodista do Brasil, Batista gaúcha, Episcopal e Federação Espírita do Rio Grande do Sul. MENSAGEM DE INCENTIVO Cada uma destas igrejas é responsável pela programação de um dia por semana, cabendo à IECLB o programa da segunda-feira. À Igreja do Evangelho Quadrangular cabem os programas de sábado e domingo, conta Adilson. Ele e Breno Dietrich, por sua vez, se revezam na apresentação do programa da IECLB. Daniel Silva, coordenador da Confederação Evangélica do Brasil, é o coordenador do programa "Encontro". ·· A mensagem da IECLB é baseada num texto bíblico e é uma reflexão com vistas à realidade e a vida do cristão no dia-adia, relata Breno. Ele esclarece que não se pode, neste programa que tem a duração de cinco minutos, entrar em questões confessionais, cabendo se ater à mensagem

cristã. "O nosso objetivo é trazer uma mensagem de incentivo para o dia-a-dia das pessoas", acrescenta Adilson. Ele conta também que sempre inicia o programa com "Bom dia em nome da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil", enquanto que no fundo - como cenário - aparece o símbolo da IECLB. PROGRAMAS RADIOFôNICOS Afora esta experiência recente com a apresentação da Palavra através da televisão, Adilson Stephani há 18 anos produz e apresenta programas radiofônicos com a mensagem cristã. Entre os seus programas de rádio está "Respostas para a vida", na Rádio Educadora, emissora na capital gaúcha. Este mesmo programa é transmitido também pela Rádio Princesa, de Porto Alegre, Fandango, de Cachoeira do Sul, e Rádio Alto Taquari, de Estrela.

Os pastores Adilson Stephani(esquerda) e Breno Dietrich assumiram o programa televisivo "Enco'!:tro" na TV Educativa gaúcha

"Respostas para a vida" tem uma duração de 15 minutos, e na Rádio Educadora vai ao ar às 9h de sábado, e às 8h30 de domingo. Além disso, Stephani também participa da elaboração e apresentação do programa "Reflexi"\es" na Rádio Educadora, que vai ao ar diariamente, às 6h, às 18h e às 23h20, com programação alternada, de semana em semana, entre a IECLB e a Igreja Católica. ''A Rede Brasil Sul (RBS) e a Fundação Educacional Padre Landell de Moura (FEPLAN), se uniram para dar à Rádio Educadora um caráter exclusivamente cultural e educativo", explica Stephani. A convite da FEPLAN, ele passará a apresentar o programa "Reflexões" na TV Guaíba, a partir de 4 de setembro próximo, que irá ao ar dominicalmente, às 9h40.

CIDADE-MODELO • Feliz de um povo que tem na sua igreja o sfmbolo maior e que leva no seu próprio nome o testemunho da sua fé. Desde os primeiros tempos a Igreja Evangélica exerce papel importante na história de Igrejinha. Em 1863 foi inaugurada seu primeiro templo e a partir dali, sempre que tropeiros e viajantes vinham da serra gaúcha rumo à São Leopoldo e Porto Alegre para fazerem seus negócios, desciam a serra pelo Morro do Lajeadinho e avistavam a igreja que se erguia bem no centro do vilarejo de então, exclamavam: - "Chegamos! Lá está a Igrejinha!" E o nome ficou. Da felicidade sentida pelos cansados viajantes quando avistavam o seu abrigo até a "Cidade-Modelo" que se edificou em volta do seu templo, Igrejinha já completou 125 anos e prossegue na sua jornada de trabalho e fé. A Paróquia Evangélica que originou a cidade conta hoje com mais de 1300 famflias, identificadas pelo trabalho na indústria coureiro-calçadista. E Igrejinha, através da sua Administração Municipal, congratula-se com o Jornal Evangélico pela comemoração dos 100 anos de imprensa evangélica, consciente de que aos homens cabe fazer a história. À imprensa cumpre registrá-la e trazê-la aos lares para que todos tenham pleno conhecimento da verdade dos fatos. E assim, cada qual cumpre seu papel e contribui para que sejam espalhados na terra os sinais prometedores do Reino de Deus.

Quando um órgão de imprensa - que além de cumprir fielmente sua missão de informar também presta serviços de inestimável valor à Comunidade - completa 100 anos de existência, quem está de parabéns são seus leitores.

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Estado do Rio Grande do Sul PREFEITURA MUNICIPAL DE

Nom H1mhurgo Administração: Foscarini/Feltes

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- - - - - - - - - - - LAURI AURI KRAUSE Prefeito Municipal

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Jornal Evangélico

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_ _ _ _ _ _ _ _( A EQUIPE DE REDAÇÃO )._ _ _ _ _ _ __

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Quem faz o "Jornal Nacional" da nossa Igreja Desde o início do ano, a equipe de redação e o setor de promoção do Jornal Evangélico vinham se preocupando com a edição especial sobre os 100 anos de imprensa na Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil. A primeira reunião de pauta aconteceu em abril, e, a partir dali, também se fez a lista das pessoas que deveriam ser contactadas para escrever ou falar sobre o seu envolvimento com a imprensa na IECLB. Em maio foi expedida uma série de correspondências, para o exterior inclusive, feitos contatos telefônicos e pessoais e as entrevistas e pesquisas tiveram início. O mês de junho já veio infiltrando a preocupação de que urgia dedi·cação integral de ao menos uma pessoa da equipe de redação para com as matérias da edição comemorativa. Ao mesmo tempo estava claro que era preciso, mais do que depressa. as empresas serem convidadas a anunciar nesta edição. As primeiras contribuições históricas começaram a chegar no início de julho. As traduções que se faziam necessárias foram feitas, as entrevistas transformadas em matérias. Logo se concluiu, porém, que a data

marcada para a publicação da edição especial - 27 de julho - não poderia ser cumprida. Muitos artigos ainda estavam por chegar, grande número de empresas ainda por ser contactadas e os anúncios, por ser finalizados. Final de agosto ficou, pois, definido como o prazo definitivo. A partir deste mês até o ar que se respirava na redação cheirava à edição especial. EQUIPE Os jornalistas Rui Jorge Bender, Ingelore Starke Koch e Vilson Schoenell e o estudante de jornalismo Agnaldo Charoy Dias compõem a equipe de redação. Coube a eles, pois, a tarefa de produzir a edição festiva. Rui Bender, que é também bacharel em Teologia, se formou em jornalismo pela UFRGS, em Porto Alegre. Ingelore S. Koch é formada em jornalismo pela Unisinos, em São Leopoldo. Também Vilson Schoenell cursou jornalismo na Unisinos, onde fez especialização em Ciências da Comunicação. Agnaldo Charoy Dias está se habilitando em Comunicação, igualmente pela Unisinos. CORRESPONDENTES

des no Jornal Evangélico em março de 1975, e em junho de 1986, com a saída do jornalista Edelberto Behs, assumiu o cargo de editor. Ingelore está no jornal nacional da IECLB desde novembro de 1975, e Vilson, desde novembro de 1983. Agnaldo integra a equipe desde setembro de 1987. Além destes jornalistas, o Jornal Evangélico conta ainda com dois correspondentes regionais, função que é exercida desde setembro de 1986 pelo jornalista Hugo Schmidt na Região

Eclesiástica 3, e por Cladimir Faller, desde abril de 1987, na Região Eclesiástica 5. O jornalista Egon Musskopf, que era correspondente na Região 3 desde abril de 1981, assumiu o Departamento de Publicidade e Promoções do Jornal Evangélico em abril de 1986. Dentro da sua função atual, coube a Musskopf a busca de comerciais para a edição especial, uma tarefa que desempenha também para as demais edições do JOREV.

(Da esq. p/ dir.): Agnaldo Charoy, Vilson Schoenell, Egon Musskopf, Rui Bender e lngelore S. Koch.

Oito anos de Conselho de Redação Dia 4 de setembro de 1980 reuniu-se, pela primeira vez, o grêmio que passaria a ser o Conselho de Redação do Jornal Evangélico, idealizado pelo jornalista Edelberto Behs, editor do jornal na época. Como primeiro passo da reunião foram discutidas as atribuições que este Conselho teria. Quatro sugestões receberam atenção especial durante as reuniões que se seguiram desde então. Caberia ao Conselho fazer uma análise do próprium do Jornal Evangélico; uma análise das edições publicadas de uma reunião à outra; abordagem crítica quanto à linha temática; e uma análise do Jornal Evangélico dentro do

aspecto de comunicação na IECLB e a partir daí estabelecer uma política de comunicação a respeito do que os meios de comunicação da Igreja podem, conseguem e devem fazer. Avaliar o que foi publicado e planejar o que o Jornal Evangélico deverá abordar nas edições seguintes são os principais assuntos destas reuniões. Desde a sua criação até o início de 1988, o Conselho existiu sem qualquer regulamento ou regimento. Isto foi sanado, porém, a partir de março deste ano, quando foi aprovado o Regimento Interno do Conselho de Redação. O Regimento foi elaborado, em grande parte, a partir da

prática já existente. ''Avaliar as edições do Jornal Evangélico, tanto na apresentação gráfica como no conteúdo; planejar as edições, sugerindo temas e artigos; analisar e orientar a Redação em assuntos que envolvem polêmica; dar respaldo à Redação em decisões tomadas em reuniões do Conselho de Redação", é o que ratificou o Regimento como a finalidade do Conselho de Redação. Compõem o Conselho a equipe de jornalistas e o promotor de vendas do Jornal Evangélico, o Secretário de Comunicação da IECLB, o diretor geral da Editora Sinodal, cinco representantes de

comunidades da IECLB sugeridos pelas próprias comunidades -, dentre os quais deve estar um pastor ou uma pastora, e dois conselheiros escolhidos pelo próprio Conselho. Do mandato atual fazem parte - afora os jornalistas do Jornal Evangélico e seu promotor de vendas - os pastores Silvio Schneider (Secretário de Comunicação da IECLB), Johannes Fr. Hasenack (diretor da Editora Sinodal), Friedrich Gierus e Bertholdo Weber (como escolhidos pelo Conselho r~ Redação), e Milton Gehrke e Otto Hellwig (como representantes de comunidades).

Rui iniciou suas ativida-

VOCÊ PRECISA .DEFINIR SEU FUTURO! Já pensou nas alternativas que a Escola .Superior de Teologia (EST) lhe oferece'? 1. Faculdade de Teologia Formação teológica residencial, com estágio prático, voltada ao ministério pastoral. 2. Instituto de Educação Cristã Formação teológica e catequética, voltada para o ministério catequético. 3. Instituto de Pós-Graduação Curso de Mestrado em Teologia, voltado para a pesquisa e formação teoló-

gica 4. Instituto de capacitação Teológica Especial Formação voltada para a capacitação teológica de colaboradores leigos. 5. Instituto de Pastoral (em preparação) Fonnação contfnua de obreiros (pastores, catequistas, agentes de pastoral), voltada para a prática pastoral e comunitária. 6. Departamento de Música Curso de Música Sacra.

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________________(~_H_Á_B_ITO__ DE_L_E_ITU_R_A__)_________________

Nível de leitura é indicador de desenvolvimento comendava que, para uma boa leitura, dever-se-ja adotar uma boa postura e, segundo ele, dentre os vários elementos que compõem essa postura, estão a boa iluminação, o sentar-se em uma cadeira e colocar o livro apoiado sobre a mesa, o uso de um lápis para grifar as partes que mais nos interessam e outros tantos detalhes. No Brasil, discute-se muito o hábito de leitura e, ainda na,última década, criouse uma associação de leitura, reunin'do professores, escritores e especialistas na área, visando desenvolver-se esta atividade tão importante para o ser humano. Ao mesmo tempo, porém, constata-se clara-

Antônio Hoh(feld Segundo a psicologia, o hábito é uma "forma motora da memória, que se manifesta nas atividades facilitadas por sua repetição: os atos complexos, constantemente repetidos, tendem a ter execução automática e precisa. uma vez provocados, e provocam-se cada vez mais facilmente". Pode-se acrescentar que um hábito vira necessidade, especialmente quando pensarmos no tema deste artigo: o hábito de leitura. O escritor Mareei Proust, um dos grandes nomes literários do atual século, re-

OBRAS

FÉ Quem lê um jornal se insere no mundo e faz parte da ,história da humanidade. Há 100 anos existe um jornal espalhando sementes de esperança para que todos nós possamos colher um mundo meihor. É uma verdadeira

OBRA DE FÉ. Deputado HÉLIO MUSSKOPF Presidente da Comissão de Estudos Municipais

·- Parabéns, . JORNAL EVANGÉLICO, pelos 100 ANOS DE JORNALISMO CRISTÃO.

Como querer que a criança adquiro o hábito de leituro se, em vez de livros, enchemo-la de brinquedos. Ou, então, prol,bindo-a de manusear livros, para delxú-los empoeirar nas proteleiras. .. mente que o brasileiro continua afastado deste hábito, bastando comparar-se a população em relação com as tiragens de jornais e de livros, mínimas em relação a países mais desenvolvidos, de onde se pode afirmar, sem perigo de errar, que o nível de hábito de leitura é um indicador de desenvolvimento. MARGINALIZAÇÃO DO LIVRO Mas como formar um hábito, e no nosso caso, como formar especialmente o hábito de leitura? Se ouvirmos um brasileiro médio falar, imaginaremos que ele valoriza muito a cultura, aí compreendida a leitura. Ao mesmo tempo, na prática cotidiana. constatamos o evidente, que aquilo que valorizamos no discurso não praticamos de fato no nosso dia-a-dia. É isso se deve a um significativo índice de preconceitos que envolvem a leitura e os livros, preconceitos que se escondem, exatamente, na er·rônea valoriM9ãp e. ,e..:ii.rn~ marginalização do livro. "'' Observemos, por exemplo, que os pais, tios, avós, enfim, todos os parentes adultos - em relação a uma criança, pois hábitos se criam evidentemente desde a infância - que costumam dar presentes aos pequenos fazem-no geralmente através de brinquedos. Aliás, a associação dos fabricantes de brinquedos do Brasil ao que parece ainda não está satisfeita com tais índices e vem desenvolvendo, através da televisão, campanha institucional para aumentar o uso do brinquedo como presente. Mas, como dizíamos, dá-se à criança brinquedo, mas não se dá livro. Na verdade, mistura-se e se confunde o

conceito do objeto livro com o seu conteúdo, que é a literatura. CURIOSIDADE CRIATIVA E se, eventualmente, alguém quebra a prática comum e presenteia a criança com um livro, os pais apressam-se em cuidar para que a criança não o estrague, guardando-o na cristaleira, em um armário qualquer, com o célebre aviso: "Filhinho, cuida bem o livro, vamos guardá-lo, e quando você ficar grande, então vai poder lê-lo". Ou seja, afasta-se o livro da criança, preservando o objeto em detrimento do hábito e da relação com o seu conteúdo. O pior é que, hoje em dia, não se tem sequer a desculpa do material com que livros são feitos. Terno-los de plástico, de pano, de cartonado grossíssimo, enfim, de vários tipos, tamanhos, coloridos ou não... para usos variados, que agüentam o repuxo, sem se arrebentarem facilmente e, em todo o caso, jamais pondo a perder seu conteúdo, pois basta comprar um novo exemplar e lá está o seu texto integral e verdadeiro. Mas não, continuamos com nossos preconceitos. Se a pobre criança, em sua curiosidade criativa. risca o livro (que amor de risquinhos interessantes são as letras, por que eu não posso fazê-las também, deve ela pensar), a mãe reclama e recolhe o livro: vai estragar. Se a criança, na sua investigação científica, rasga a folha para ver o outro lado da figura (será que ficou lá dentrQ.;..d a.página?), o pai xinga e bate porque a criãnça'e destruidora·,- ras.. ~rum livro, ·onpu~jam::. ~ ...

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_______________ (~_H_Á_B_ ITO__ DE_L_E_ ITU_R_A~)_______________

Só haverá leitor adulto Os pais querem que seus filhos leiam, mas eles próprios não lêem. Eventualmente, como já registrou Ecléa Bosi, compram-se alguns metros de livros, de capa dura em determinada cor, para decorar a sala ou aquela estante nova ... leitura, no entanto, fica para a escola. Na farru1ia, adulto não lê porque não tem tempo ou, mais recentemente, talvez até com certa dose de razão, deixa de ler até jornal por causa do preço (o problema é não deixar de comprar aquela bijuteria que agradou a mãe ou beber aquele chopinho que faz feliz ao pai ...) FECHAR BffiLIOfECAS Com tudo isso, como vamos criar há-

bitos de leitura? Qual a farru1ia, hoje, em que pai, mãe, tio ou avó se dispõem a contar história para a criança, inventando-as ou lendo-as a partir de algum livro? Qual o adulto, hoje, que dispõe de tempo para, em determinada hora do dia, provocar a criança e ouvi-la em suas diversas fases de introjeção de estruturas narrativas; primeiro repetindo o que ouviu, depois compondo diversas histórias numa única, por ela inventada e, enfim, criando ela própria a sua narrativa? Muitas vezes, a criança que se desenvolve bem nesta área acaba sendo acusada ainda de mentirosa! E vira preocupação para pais e professores... Mais recentemente, esta situação absur-

se incentivada a criança da provocàda pelo titular da Secretaria de Educação do estado, professor(?) Bernardo de Souza, que, implantando o chamado QPE (Quadro de Pessoal por Escola), fechou as bibliotecas escolares, provocou um caos ainda maior: as bibliotecas escolares, que já não tinham grandes acervos e muito bem preparado pessoal, fechadas, impediram praticamente toda e qualquer iniciativa de professores bem intencionados: nem hora de conto, nem hora de leitura, nem hábito de conversar sobre o que se leu, etc. Aliado a isso tudo, os absurdos programas de literatura continuam sendo aplicados pelas Secretarias de Educação, de onde se pode concluir que é simples milagre um jovem, ao entrar para a universidade, ou ao deixála, ainda seja capaz de manter ou ter criado o hábito de leitura! Poder-se-ia dizer: apesar dos pais e da escola, ainda se lê neste país.

seres diferentes e fantásticos, sem sairmos de casa, sem gastarmos muito, sem nos envolvermos em grandes trabalhos... Ler, com humor. Eis como, em síntese, vejo a questão do hábito de leitura. E você, eventual leitor dessas linhas... o que acha do problema?

SERES FANTÁSTICOS

Qual o adulto, hoje, que tira tempo para contar histórias para seus filhos, ouvir suas narrativas e fantasias. O hábito de leitura passa, sem dúvida, por essa fase.

Eis porque, em síntese, nos anos mais recentes, ganha importância no Brasil a chamada literatura para crianças e jovens. Embora integrante da chamada "indústria cultural" - o que faz com que as editoras incentivem setores que · lhes dêem maior lucro - a verdade é que só a partir do desenvolvimento do hábito de leitura na criança é que teremos o hábito de leitura no adulto. E isso passa, obrigatoriamente, pelo despertar do prazer que a leitura possa provocar no leitor. E então entra esta bela fase que vive a nossa chamada literatura para crianças e jovens: textos alegres, inteligentes, despreconceituosos, capazes de provocar prazer, atenção, vontade de ler outro e outro, mais e Antonio Hohlfeld é escritor, jornalismais, por simples curiosidade, sem preconceitos, sem obrigações... ler, como se ta, prqféssor e vereador de Pbrto Alegre, brinca. Ler, como se estivéssemos em via- peloPT. gens maravilhosas, descobrindo coisas e

DE

·NAVEGANTES

100 ANOS DE JORNALISMO EVANGÉLICO E 89 ANOS DE OASE NO BRASIL (Rio Claro, 1899) Como uma ponte é lndspensável para maior rapiiez de comoolcaçAo entre as margens de um rio, - assin a Imprensa assemetia-se a uma lnclspensável ponte entre saber e Ignorar fatos determilantes em nossas vidas. - assim também a OASE 6 uma ponte entre a mulher, sua famllla e o próximo. Somos ambos pontes antigas da IECLB, Imprensa Evang61ca e OASE: a primeira completando 100 anos e nós, OASE, 89 anos, com o objetivo comum de SERVIR sempre. Como a Imprensa Evangélica, tivemos muitos nomes nestes anos todos, mas sempre cumprindo nosso propósito de realzar nossa tarefa; hoje somos OASE - 30000 mulheres dlst rlblldas em 900 grupos - como AuxiDadoras,

atuando nas Comunidades da IECLB. Sempre usamos esta ponte que é a Imprensa Evangê&ca, para chegar mais perto dos corações necessitados também de uma mensagem de fé e apolo. Nós todas, 30000 mulheres da OASE, congratulamo-nos pelo significativo evento dos 100 anos de Imprensa Evangélica IECLBI Nossos filhos, nestes 100 anos, usaram ~ua capacidade, persistência, dedicação, honrando seus antecessores ao levar avante, com a mesma átgnldade, o propósito de Informar de acordo com a ética cristA. Estamos todos de parabéns, neste 100: aniversárb da nossa IMPRENSA EVANG~­ LICA.

+

, DAGMAR S. TRISKA Presidente do Cooselho Na::ional de OASE

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Jornal Evangélico

~~~~~~~~( PESQUI~ DE OPINI~ )~~~~~~~~

Em 76, quase 600Jo preferiram suplemento alemão Nos anos de 1976 e 1983, o Jornal Evangélico realizou, entre seus leitores, duas pesquisas de opinião. Como diria o editorial da edição n° 2 de 1984, a pesquisa pretendia ser "uma tomada de pulso, necessária para a avaliação do próprio trabalho da redação". Ambas as pesquisas trabalharam no sentido de verificar o perfil do leitor do JOREV, como sua idade média, grau de instrução, renda média ou assuntos de seu interesse dentro do jornal. Um dos pontos das duas pesquisas, entretanto, estava na pergunta: o que mais gostam de ler no Jornal Evangélico? A pesquisa realizada em 1976, neste sentido, foi mais específica, pois apontava os assuntos e pedia o ''voto'' do leitor na ordem de preferência. O levantamento rea-

lizado ein 1983, por sua vez, apenas fazia a pergunta e deixava livre a resposta.

PREFEUNCIA Na pesquisa realizada em 1976, ganhou 56,920Jo da preferência dos leitores o suplemento alemão, enquanto na de 83 havia apenas algumas manifestações a favor do suplemento, não computadas percentualmente. As notícias das comunidades ficaram em segundo lugar, com 54,47% da preferência em 1976, enquanto os anúncios familiares ganharam 45,18%; a página "O Cristão e o Mundo", 42,38%; meditação, 28,55%; "A Palavra do Leitor", 24,69%; e Preto no Branco, 19,61%. Receberam votos ainda daquela vez artigos de fundo, com 17,51%; última pá-

UNIDAS INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE REFRIGERAÇÃO E SERRALHERIA L TOA.

EltiUtUIQI mctálical Rctrigcra~ão Comctcial

Na pesquisa de 83, os leitores puderam expressar suas opiniões sobre o que liam . no JOREV de forma mais critica

gina, com 16,29%; Página Jovem, com 14,71%; artigos em série, com 14,01%; editorial, com 11,91% e anúncios comerciais, com 4,90%. Já a pesquisa de 1983 apontava a coluna "O que vai pela IECLB" como a mais lida. Logo após seguiam "Notícias das Comunidades" e "Preto no Branco". Meditação, Nova Paisagem e Cartas ocupavam o quarto, quinto e sexto lugares, respectivamente.

Neste sentido, os leitores entrevistados em '983 entendiam que a Igreja e, por conseqüência o seu jornal, não deveriam "se meter tanto em política". Para eles, apesar do tema da IECLB em 1982 ter sido "Terra de Deus - Terra para todos", o jornal falou demais do tema "Terra". Os leitores em 1982 queriam mais matérias de cunho "edificante; de orientação, reflexão, assuntos com mensagens positivas". "Uma enormidade de pedidos pede mais espaço para os jovens dentro do JOREV", dizia a pesquisa de 1983. Da mesma forma, naquele ano, os leitores pediam mais matérias de suas Regiões, ampliação do suplemento em alemão emais notícias do mundo em geral. O suplemento "Nova Paisagem" foi um dos mais comentados pelos leitores naquela pesquisa, sugerindo, inclusive, a sua ampliação.

POLíTICA Se, por um lado, a pesquisa realizada em 1983 deixava a desejar no sentido da escolha dos leitores na preferência do assunto abordado pelo JOREV, ela levou vantagem em relação à pesquisa de 1976, porque permitiu aos leitores expressarem suas opiniões de forma mais crítica.

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~~~~~~~~( PESQUI~ DE OPINI~ )~~~~~~~~

Em 83, maioria dos leitores .morava nas cidades na época da pesquisa de 1983, estavam com 49 anos de idade, mesma média registrada na pesquisa de 1976.

A primeira pesquisa de opinião realizada pelo Jornal Evangélico, em 1976, foi feita envolvendo todos os seus leitores, que na época chegavam a 16.407. Dos questionários enviados, retornaram 571, ou seja, 3,4801o. A pesquisa de 1983, por sua vez, envolveu os 12.253 assinantes da época, dos quais 373 devolveram o questionário, ou seja, 3,28%, praticamente igual ao número de respostas dadas na pesquisa de 1976. A pesquisa de 1976 mostrou que a maioria dos leitores, pelo menos aqueles que responderam, morava nas cidades, mas com pequena margem. Residiam nas áreas urbanas 52,54% contra 46,9601o na zona rural. O êxodo rural também se fez sentir no JOREV. A pesquisa de 1983 apontava apenas 28,56% dos assinantes residindo na zona rural, enquanto a esmagadora maioria - 71,44% - morava nas cidades.

GRAU DE INSTRUÇÃO Provavelmente por falha na tabulação dos dados, a pesquisa de 1976 não ficou completa quanto ao ítem grau de instrução dos leitores. Assim, ela registrou que 1,4% não tinham nenhuma instrução, 33,63% tinham estudado até a 4 8 série do 1° Grau, 33,2% até o oitavo ano e 9,6% tinham o segundo grau incompleto. Somando aqueles que não responderam à pergunta ou a responderam de forma errada, sobra ainda um percentual muito alto, que não pode ser atribuído às pessoas que têm o segundo grau completo ou curso superior, frente a própria realidade do nosso país.

CLASSE SOCIAL Quanto a renda familiar e composição em classes sociais, fica difícil traçar um parâmetro entre as duas pesquisas, porque o levantamento feito em 1976 calculava sobre o número de salários mínimos recebidos, sendo que o máximo registrado era de quem ganhava salário superior a 7,86 salários mínimos, o que não chega nem mesmo a classificar como classe média, ou "B". Já a pesquisa feita em 1983 classificava exatamente desta forma: classe "N.', "B" e "C". Mesmo assim, os dados mostram que o JOREV se "eleitizou", já que, em 1976, 14,71% dos leitores ganhavam menos do que um salário mínimo; 16,64% entre um e dois mínimos; 15,59% entre dois e três; 7,88% entre três e quatro; 11,21% recebiam na faixa dos quatro e cinco mínimos; 9,8% entre cinco e oito mínimos; e

A pesquisa de 83 apontou que a esmagadora maioria dos leitores - 71, 4'1% - morava nas cidades, e sua idade média estava em 49 anos 15,24% acima de oito salários mínimós.

IDADE MÉDIA A pesquisa de 1983 apontava, por sua vez, 39,4% dos leitores que responderam ao questionário como pertencentes à classe A, 33,5% à classe B e 24,4% à classe C. Esta pesquisa mostrou, também, que a Região Eclesiástica mais "rica" era a Região 2, com 55,2% pertencentes à classe A, seguida de perto pela Região 1, com 47,6% dos elitores nesta faixa. Já a região mais "pobre", segundo a pesquisa, era a Terceira, com 34,4% dos seus leitores si-

tuados na classe C. Esta região, contudo, é uma das mais equilibradas, já que 30,1% são classe A e 33,3% da B. Outro tipo de equilíbrio é registrado na Região 5, onde 50% dos leitores são da classe B, enquanto 22,5% da A e 27,5% da C. · Em 1976, o JOREV era lido por 69,88% de homens e 29,60% de mulheres. Este quadro não mudou muito na pesquisa de 1983, pois ali foi registrada uma freqüência de 70% de leitores homens e 30% de leitores do sexo feminino. Quanto à idade média. os leitores do JOREV,

Enquanto isso, o levantamento realizado em 1983 registrava 43,6% com instrução primária, 25,3% com segundo grau e 24,3% com curso superior. A Região 1 foi a que mostrou, naquela ocasião, o maior número de leitores com instrução superior- 33,3%-, enquanto a Região 5 registrava apenas 10% de seus leitores neste nível.

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MEMÓRIA

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Casal envolvido na composição até distribuição Na década de 30, o Riograndenser Sonntagsblatt era composto e impresso em Hamburgo Velho, na Tipografia Saile. Em toda urna década seu preço de assinatura pouco se alterou, conforme pode ser comprovado na coleção encadernada que existe na Biblioteca da Escola Superior de Teologia. De 7$500 réis no começo da década a SSOOO réis no fim da década, descobre-se que a infla-

ção não assustava. E, mesmo naquele tempo, já havia "reclames", ou seja, anúncios de empresas patrocinadoras. Guido Benno Panitz recorda até mesmo com saudade daqueles tempos e se empolga ao começar a contar lembranças do tempo em que era impressor na tipografia que imprimia o Sonntagsblatt. Também lhe cabia fazer a revisão tipográfica dos tex-

tos, o que lhe dava urna importância maior no trabalho. Lembra que a própria tipografia adquiriu · equipamento novo para fazer aquele jornal que unia as famílias evangélicas, então ainda praticamente todas de origem alemã. FEITO EM FAMÍLIA Em 1932 saiu do seu emprego e foi servir ao Exército. E só retornou ao Saile em 1939, quando conheceu

Guido Benno Panitz e Wera Panitz, nascida Heberle, trabalharam na elabora-

ção do Rlograndenser Sonntagsblatt, na década de 30, quando ele ainda era com-

posto e impresso na Tipografia Saile, em Hamburgo Velho.

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uma moça que trabalhava na expedição do jornal, a Wera Heberle. Não demorou muito e o Sonntagsblatt passava a ser feito em família, pois Guido casou com Wera e, assim, composição, impressão, revisão e distribuição passaram a ser feitos pelo casal. "Na expedição - recorda dona Wera - eu era ajudada pelo Wilibaldo Enzweiler. A gente fazia os pacotes, de acordo com o número de jornais que cada pastor ou agente recebia:• Detalhe que seu Guido conta com

orgulho é que a sua namorada sabia, de cor, o nome de todos os assinantes do jornal, tanto do Brasil como do exterior. Mesmo com esta boa memória, hoje o casal não lembra mais dados como tiragem ou os nomes dos responsáveis pelo jornal. Alguns dados, sim. O pastor Theophil Dietschi era o responsável e só com a sua aposentadoria, lá por 1935, é que o mesmo veio a ser feito em São Leopoldo.

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PEÇA FUNDAMENTAL Em 1939, seu Guido e dona Wera se casaram. E toda sua vida esteve dedicada ao ramo gráfico. Em 1960, ele assumiu como professor de Artes Gráficas na Escola Vocacional Agro-Industrial, em Hamburgo Velho, hoje Escola Alberto Pasqualini. Hoje, o casal reside no bairro São Jorge, em NH, num isolamento que tem como conforto uma estreita convivência com a natureza, com as plantas, pássaros, cães e gatos e onde as horas são preenchidas com muita leitura, a visita dos familiares e amigos e a discussão sobre os rumos da humanidade. Da leitura, o Jornal Evangélico é peça fundamental. "Gosto, principalmente, das colunas, tanto de um pastor como de outro, até mesmo quando eles discordam entre si", comenta Guido Panitz. Já para dona Wera, o "Ouvido Aberto", a coluna do pastor Orlando Keil e "as notícias pequenas da última página (Preto no Branco)" são a parte preferida. E, é claro, o suplemento alemão e o Hunsrücker são leitura obrigatória.

Obom exemplo é a linguagem mais expressiva quando se trata da escola da vida.

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_ _ _ _ _ _ _ _(SUPLEMENTOS DO JOREV )_ _ _ _ _ _ __

Nova Paisagem desde 1979. Regional3 desde 1981

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Além do suplemento alemão, que acompanha o Jornal Evangélico desde o seu primeiro número, o JOREV conta, hoje, com mais dois suplementos. Em 1979, mais precisamente na segunda quinzena de dezembro daquele ano, foi incluído o suplemento Nova Paisagem. Dois anos depois, em 1981, foi incluído o suplemento Regional 3, na edição da segunda quinzena de abril. Nova Paisagem inicio.u sob a responsabilidade do Centro de Aconselhamento ao Pequeno Agricultor (CAPA), da Região 3 da IECLB, que tinha na coordenação o técnico agrícola Hélio Musskopf, de Santa Rosa (RS). Em 1o de julho de 1982, após a criação do CAPA da Região 4, o engenheiro agrônomo Elemar Wojahn, que coordena esse Centro, se integrou à equipe do Nova Paisagem. O Nova Paisagem é editado uma vez a cada dois meses. Seus primeiros números tinham oito páginas, mas, a partir da segunda quinzena de fevereiro de 1982, edição n° 4 do JOREV e 14 do Nova Paisagem, o suplemento foi reduzido para quatro páginas.

O Nova Paisagem trata de assuntos ligados à agricultura, incentivando os agricultores à organização como classe e na busca de novas técnicas alternativas -

ecológicas - para a agricultura e _pecuária. A independência do pequeno agricultor frente ao monopólio dos latifúndios, à política governamental para o campo,

aos altos juros bancários -e à dependência das multinacionais de venenos são os principais pontos enfocados por este caderno.

REGIONAL 3 · O suplemento Regional 3 surgiu sob responsabilidade do jornalista Egon Musskopf. O suplemento iniciou e se manteve até agosto desse ano com quatro páginas. "Há muito tem po vínhamos sonhando com a instalação de sucursais nas cinco Regiões Eclesiásticas", afi rmava no JOREV o seu editor Edelberto Behs, quando começou a circular o Regional 3.

O engenheiro agrônomo Elemar Wo-

jahn, coordenador do CAPA daRegião 4, produz com sua equipe e o pessoal do CAPA daRegião 3 o suplemento Nova Paisagem a cada dois meses

Saindo em edições alternadas, o Regional 3 esteve sob a responsabilidade de Egon Musskopf até a edição n° 17 de 1986, quando se transferiu a São Leopoldo para trabalhar junto à Redação do Jornal Evangélico. A partir daí, o Regional 3 passou para a responsabilidade do jornalista Hugo Schmidt, de Panambi.

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PROPAGANDA NO JOREV

Por que veic~lamos propaganda em nosso jornal De vez em quando, leitores do Jornal Evangélico comentam a veiculação de propaganda num jornal de Igreja. Nem todos já compreendem que a propaganda é uma necessidade do jornal. Porque ela subsidia o preço da assinatura. Para esclarecer os leitores do Jornal Evangélico sobre a importância da propaganda, fizemos uma entrevista com o jornalista Egon Hilário Musskopf, que é dentro da equipe do Jornal Evangélico o responsável pela área de promoção e publicidade. - Os leitores têm percebido que, de algum tempo para cá, o Jorn~ Ewngélico está incentivando a colocação de mais propaganda nas páginas. A

que se deve isso? Egon - Os custos gráficos e de produção se elevaram de uma forma tal, que seria injusto repassar todos esses custos para os assi-

nantes. Uma das saídas é a veiculação de propaganda. Optamos por este caminho por ser o caminho natural que todos os jornais, no mundo inteiro, seguem.

- Como você imagina que o leitor do Jornal recebe a propaganda no Jornal? Egon - Acredito que com naturalidade. Até mesmo imagino que ele a compreenda como necessidade do jornal. Além disso, é preciso levar em conta uma importância fundamental que a propaganda tem no

Jornal Evangélico: ela subsidia o preço da assinatura. Se não fosse a propaganda, teríamos que repassar todos os custos para o assinante, uma vez que não recebemos absolutamente nada em termos de receita que não venha das assinaturas ou das propagandas das empresas. Excepcional-

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mente, podemos encaminhar algum projeto de ajuda para alguma entidade do exterior. - Exitem limites para a propaganda no jornal? Egon - Determinados por um regulamento, não. Determinados por critérios técnicos e morais, sim. O Jornal não aceita anúncios de empresas que queiram vender o fumo, a bebida alcoólica ou algum veneno agrotóxico. É um princípio moral. O Jornal não excede normalmente 40% do seu espaço em propaganda, quando basta abrir qualquer publicação para perceber que ali existem mais P.ropagandas do que temas. E um critério técnico. - O Jornal não precisa disso? Egon - Pelo contrário, o jornal precisa e muito. Acontece que o Jornal Evangélico não é uma empresa que visa lucros. A sua proposta é ser um veículo com mensagens cristãs, com reportagens sob uma ótica evangélica. Então busca recursos para subsistir e não para enriquecer. - Os empresários que anunciam percebem isso? Egon - Podem perceber. Para eles, poder contribuir para que um jornal de proposta evangélica possa subsistir é importante. Por outro lado, todos os leitores do jornal são consumidores e isso eles também sabem. Como também sabem que o jornal seleciona seus anunciantes, o espaço neste jornal passa a ser igualmente importante. Além de tudo isso, é preciso considerar que em muitos lares o Jornal Evangélico é o único jornal lido pela fanulia. - A propaganda resolveu os problemas do jornal? Egon - Está ajudando a resolver. De momento, a situação do jornal é muito ruim e todos que nele trabalham estão empenhados para que ele não venha a morrer.

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PROPAGANDA NO JOREV

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Problemas de ordem financeira e de fama adquirida Dá para explicar melhor? Egon - Certamente. Nos últimos meses, os custos de um modo geral aumentaram assustadoramente. A cada nova edição temos novos custos gráficos. E geralmente acima dos índices da inflação. Aliás, em todo o Brasil muitos jornais estão parando. A crise que se abate sobre a sociedade brasileira se reflete com mais força no jornal, pois se uma família está lutando com enormes dificuldades para se alimentar, na hora da renovação da assinatura ela terá que cancelála por já não poder pagála. Muitas vezes são assinantes que há 20 ou 30 anos lêem o jornal. E, nos últimos meses, temos tido muitas desistências pela situação de empobrecimento a que está submetido o povo brasileiro. - O problema do jornal, então, é financeiro? Egon - É mais do que isso. A situação financeira é um dos problemas. Outro problema é de conceituação. É comum ouvir-se dizer que o Jornal Evangélico é muito "político". Isso precisa ser mais refletido. A imagem de ser um jornal "muito político" vem de anos passados, como conseqüência de uma estratégia editorial. Então o jornal ganhou a fama de "poütico", de "esquerda". E perdeu assinantes porque assumiu as bandeiras da sua Igreja. Quando a IECLB elegeu reforma agrária, questão indígena e outras de conotação sócio-

política, o Jornal Evangélico foi fiel à sua Igreja. Como ônus perdeu assinantes que não concordacom estes vam posicionamentos DA IGREJA. Nos anos em que a IECLB elegia prioridades menos controvertidas, menos polêmicas, como, por exemplo, "Homem e Mulher Unidos na Missão", o jornal já não era considerado mais tão "político". Hoje, o jornal perde assinantes por causa da situação sócio-econômica do Brasil e são raros os cancelamentos'que alegam ser ele "muito político". Estamos empenhados em fazer um jornal voltado para a família, que seja útil a todos e que trate das questões com isenção, ouvindo todas as partes envolvidas quando a temática foi mais polêmica. Acreditamos que haveremos de conseguir convencer as pessoas de que somos um jornal honesto e profundamente democrático. E que somos comprometidos com o Evangelho, que nos impõe que façamos anúncio e denúncia sempre que isso se fizer necessário. Então, basicamente, os problemas atuais são de ordem financeira e reflexo de uma fama adquirida. - Houve evolução nesta mudança de conceito? Egon - Sem dúvida. Temos recebido muitas manifestações de apoio ao jornal, principalmente após algumas inovações introduzidas há cerca de dois anos, quando foram criadas as colunas que hoje dão uma

nova dinâmica de leitura ao jornal. A dificuldade para mudar o conceito de quem já cancelou a assinatura é que é grande. Como alcançá-los e falar-lhes da nossa nova proposta? Estamos fazendo isso, incansavelmente, no corpo a corpo, mas precisamos avançar e para isso precisamos contar, mais uma vez, com a colaboração de pastores, agentes e dos assinantes em geral. - Os pastores ajudam muito na divulgação do jornal? Egon- Já ajudavam bem mais. Nos dias de hoje, os pastores têm bem mais preocupações do que em tempos passados. Então também lhes sobra menos tempo para a divulgação da Palavra escrita. Mesmo assim, temos em muitos pastores excelentes e decisivos colaboradores. E, sempre de novo, apelamos para eles. E na medida em que está nas suas possibilidades, eles atendem nossos apelos.

todo este trabalho, todos os da para cuidar, exclusivacustos advindos desta mis- mente, das assinaturas. Nas são, ·são cobertos pelo pre- próximas semanas, devereço das assinaturas e pela mos dar a arrancada para a reabilitação. Aliás, ela copropaganda do jornal. meça com esta edição, no - Existe algo em vista pa- apelo dirigido aos assinanra reabilitar a situação fi- tes através do encarte que está neste jornal. Estamos nanceira do jornal? Egon - Temos diversos diante de um grande desaplanos, que vão desde a re- fio e vamos enfrentá-lo. dução de custos até uma Grandes problemas, granagressividade maior nas des decisões. Afinal, não vendas, tanto de assinatu- apenas fazemos um jornal ras como de anúncios. Uma de fé, mas também somos pessoa está sendo contrata- pessoas de fé.

sentiremo~ algo bem diferente, pois as famílias entendem o J ornai Evangélico como sendo o "jornal da Igreja" e não se fala em oficial, oficioso ou outros termos. Muitos até pensam que a Igreja coloca dinheiro no jornal. É comum ouvir reclamações do preço em termos de "a gente já paga a Igreja e ainda precisa pagar o jornal". Não tem nada a ver. O jornal está aí para contar a caminhada da sua Igreja, e

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- A IECLB não exige nada dos pastores neste sentido? Egon -A IECLB apóia as iniciativas do jornal, e os pastores sentem isso. Mas as coisas não acontecem em termos de cobrança. Cada qual é livre para apoiar, deixar de apoiar ou omitir-se. Para a IECLB, o Jornal Evangélico é um órgão oficioso da Igreja, não um órgão oficial. Se formos para as Comunidades,

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