IECLB - Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil
Março e Abril de 2013
Ano 13 - nº 69
sinodal: A Igreja e o Mundo
***** Desafios para o ano que se inicia ............................................página - 02
reflexões: CALAR e SOSSEGAR! Que convite é este?
***** Dia Internacional da Mulher ..................................páginas - 04 e 05
geral: Culto de Advento na Comunidade da Ascensão .............................................página 06
geral: A chave da Ressurreição
***** Doutrina Espírita O que diz a Bíblia? ..................................páginas - 08 e 10
a d a r t s e A a o c s á P da ............................................página - 11
Páscoa é também uma festa das pessoas que seguem a religião judaica. Que se alegram e celebram a libertação da escravidão. Essa experiência pode ser buscada para refletirmos a nossa realidade ao perguntarmo-nos sobre como nós estamos vivendo hoje, vivemos como pessoas libertas ou escravizadas?!
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Periódico do Sínodo Paranapanema da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil - IECLB PASTOR SINODAL Jorge Schieferdecker PRESIDENTE SINODAL Hans Henning Günther CONSELHO DE REDAÇÃO Egon Adolfo Lohmann Hans Henning Günther Jorge Schieferdecker Luiz Alberto Eckel Renata Kraetz Werner Brunken INTERNET - FONE sinodo@sinodoparanapanema.com.br www.sinodoparanapanema.com.br Fone/Fax: (41) 3257 5571 e 3356 5017 CORRESPONDÊNCIA Sínodo Paranapanema Rua Cel. Temístocles de Souza Brasil, 282 Jardim Social Curitiba - PR CEP.: 82520-210 Horário de Funcionamento da Secretaria Das 8h às 12 h Das 13h às 17h FICHA TÉCNICA Diagramação Coordenação e impressão:
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A Igreja e o Mundo O Papa renunciou. Qual a relevância deste acontecimento? Fará alguma diferença para outras instituições cristãs? Que desdobramentos terão este episódio? O fato está relacionado a um tema caro para a instituição romana: a infalibilidade papal. Indica que a autoridade máxima não possui caráter divino. A renúncia aponta para a dimensão demasiadamente humana da pessoa de Bento XVI, talvez pela fragilidade física, ou pela incapacidade de conduzir a instituição de maneira adequada, diante dos enormes desafios impostos pelo mundo contemporâneo. Ou ainda, pode deixar transparecer a luta política interna, o que indicaria projetos muito mais mundanos que divinos do alto clero. A renúncia pode desencadear mudanças na autocompreensão da própria instituição romana, na
compreensão de mundo e, por conseguinte, poderá determinar mudanças na relação da Igreja Católica Romana com outras instituições cristãs. Para as igrejas protestantes esta questão foi resolvida por Lutero. O reformador compreendia que, teologicamente, há dois mundos: o reino de Deus e o reino do mundo e, por analogia, há duas Igrejas: visível e invisível. A igreja visível, para Lutero, não faz parte do Reino de Deus, ainda, mas sim, faz parte desta realidade mundana. A Igreja é como uma noiva adornada esperando o noivo, que está para chegar (Mateus 25.1-13). O mesmo vale para a pessoa cristã: simultaneamente santa e pecadora. Baseada nesta compreensão teológica muitas decisões foram facilitadas no protestantismo: casamento dos/as ministros/ as ordenados/as; funções de caráter episcopal não vitalício, mas sujeito a eleições. A igreja se assume mundana em busca da perfeição, a ser atingida somente diante da glória do Senhor da Igreja. Neste contexto cabe citar um trecho da oração sacerdotal, que diz: "... Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo" (João 17.18). Ao se abandonar o dogma da infalibilidade papal, talvez os cristãos romanos possam dar um passo significativo em direção a unidade cristã, fundamental para o progresso do Evangelho e essencial para a sobrevivência da humanidade.
Jorge Schieferdecker
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Desafios para o ano que se inicia Tiragem: 2.200 exemplares Assinatura Anual R$ 7,00 (seis edições) Anúncios Publicitários Cada 1cm em uma coluna (largura de 6cm) em página interna indeterminada custa R$ 13,00 Anúncio Familiar Cada 1cm em uma coluna (largura de 6cm) em página interna indeterminada custa R$ 6,00 PARA ANUNCIAR: contato@a5impressoes.com.br PRÓXIMA EDIÇÃO O fechamento da próxima edição será no dia 28 de março de 2013. Material entregue após esta, será publicado somente na próxima edição. Os artigos são de responsabilidade exclusiva de seus autores e realizadores. As opiniões em textos assinados não refletem necessariamente a opinião do Jornal. O Conselho de Redação reserva-se o direito de adequar o texto enviado ao espaço do Jornal.
Que bom, o carnaval foi mais cedo este ano e já tiramos as merecidas férias. Assim teremos mais tempo para arregaçar as mangas e por mãos à obra em nossas Comunidades e Paróquias!! O último Concilio, realizado em 2012, tomou algumas decisões importantes que, uma vez trabalhadas e implementadas em nossas Comunidades, trarão reflexos positivos na administração da Igreja. Portanto, precisam ser tratadas por Ministros, Dirigentes e Lideranças. Comunicação, formação/educação cristã e sustentabilidade são os três eixos com os quais devemos nos ocupar. É claro que para que isso funcione, o ideal é elaborarmos um plano de ação ou estratégico, assunto este já explicitado em reuniões de Conselho e nas Regionais do nosso Sinodo. Outro assunto decidido em Concilio, e já em vigor, é com relação à Subsistência Ministerial (SM), cujo valor de referência para todos os cálculos, será de 1.225 UPMs a partir de janeiro de 2013. Também, nós do Sinodo devemos nos pronunciar a respeito de uma proposta de política mais ampla de Subsistência Ministerial elaborada pelo Conselho da Igreja, até maio de 2013. Esta política tratará, dentre outros, dos valores da SM nos próximos anos, dos percentuais máximos para o abono local, do auxilio moradia, abono experiência, abono por filho, etc. Algumas Comunidades ou Paróquias poderão ter dificuldades para atender as determinações desta política. Para isso já foi criado na ultima reunião do Conselho da Igreja, o Fundo Central de Solidariedade (FCS) a Campos de Atividade Ministerial (CAM) com dificuldades de manutenção. Mas, para recebê-lo, faz-se necessário que o CAM forneça informações que provem sua necessidade, tais
como: orçamentos, balanços, etc. referentes aos últimos três anos. Outro assunto que está sendo aplicado em dois sínodos para teste, é um novo processo de avaliação dos Campos de Atividade Ministerial. É claro que para implantá-lo, necessitamos, antes de tudo, de uma "cartilha de qualidade" na qual constem os pontos a serem observados nas Comunidades, como: cumprimento dos aspectos legais, funcionamento da administração geral, atendimento às determinações da IECLB, existência de plano estratégico que atenda as quatro dimensões da vivência missionária: evangelização, comunhão, diaconia e liturgia devidamente apoiadas por atividades de educação cristã, comunicação e principalmente por uma gestão eficaz. Portanto, companheiros de jornada, coloquemos mãos à obra, pois, os desafios são muitos. Contem conosco, estamos prontos para auxiliá-los. "Tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como para o Senhor e não para os homens, cientes de que recebereis do Senhor a recompensa da herança. A Cristo, o Senhor, é que estais servindo!" Colossenses 3.23-24
Hans Henning Günther
Não deixe de colaborar com seu Jor nal.... Jornal.... Ele depende de você...!!! 3257 5571 e 3356 5017 Fone: (41)
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CRONOGRAMA DO SÍNODO PARA MARÇO DE 2013 DIA MUNDIAL DE ORAÇÃO 1 DE MARÇO ECUMÊNICA O Dia mundial de Oração faz parte do movimento ecumênico. Neste ano acontece no dia 1 de março, sexta-feira. A celebração foi preparada por mulheres que vivem na França. O tema principal do encontro está fundamentado no trecho de Levítico 19.33-37: "Era forasteiro e me hospedastes". Maiores informações em http://www.dmoracao.com. Participe. Promova em sua comunidade. 02 DE MARÇO CONFERÊNCIA TRÊS LAGOAS REGIONAL OESTE MINISTERIAL Pastores/as e Missionários/as que atuam em Comunidades no Oeste de São Paulo estarão reunidos no dia 2 de março para tratar de temas relacionados a missão da igreja. A Conferência acontecerá em Três Lagoas/MS. 02 DE MARÇO REUNIÃO CONSELHO CURITIBA SINODAL DE MÚSICA O Conselho Sinodal de Música estará reunido no dia 2 de março no Lar Luterano de Retiros, Campo Comprido. Em pauta estão as diversas atividades previstas para o ano de 2013. 06 DE MARÇO CONFERÊNCIA SÃO JOSÉ REGIONAL SUL MINISTERIAL, DOS PINHIAS Acontece também no dia 6, a partir das 08:30 horas a Conferência de Ministros/as que atuam nas comunidades da região metropolitana de Curitiba, incluindo Lapa e Paranaguá. 07 DE MARÇO CONFERÊNCIA IRATI REGIONAL CENTRO MINISTERIAL A Conferência dos/as ministros/as que atuam na região central do Sínodo, acontece no dia 7 de março, em Irati/PR. 09 DE MARÇO COORDENAÇÃO SINODAL CURITIBA SINODAL DE DIACONIA O primeiro encontro da Coordenação Sinodal de Diaconia acontece no dia 9 de março. Todas as paróquias devem se fazer representar. Local: Lar Luterano de Retiros, Campo Comprido, Curitiba. 12 DE MARÇO REUNIÃO DA CID ITAQUI A Comissão Interluterana de Diálogo da Região Metropolitana de Curitiba tem sua primeira reunião marcada para o dia 12 de março, na Comunidade Cristo Rei. Em pauta: atividades a serem desenvolvidas entre a IECLB e IELB, igreja luterana co-irmã. 12 A 15 DE MARÇO PASTORES SINODAIS E SÃO BENTO DO SUL PRESIDÊNCIA A presidência da igreja tem encontro marcado com pastores sinodais, nos dias 12 a 15 de março. A reunião acontecerá em São Bento do Sul/SC. 16 DE MARÇO REUNIÃO DE DIRETORIA CURITIBA A Diretoria do Conselho Sinodal se encontra no dia 16 de março (sábado), na sede do Sínodo. 19 E 20 DE MARÇO CONFERÊNCIA MINISTERIAL ROLÂNDIA A 1ª Conferência de Ministros/as da Regional Norte acontecerá em Rolândia, nos dias 19 e 20 de março.
ABRIL DE 2013 3 DE ABRIL CONFERÊNCIA MINISTERIAL CURITIBA A 2º Conferência Ministerial na Regional Sul do Sínodo, acontecerá no dia 3 de abril. O encontro será nas dependências do centro comunitário da Igreja de Cristo, na rua Inácio Lustosa. 4 DE ABRIL REUNIÃO DIRETORIA DA OASE MARINGÁ A diretoria da Associação Sinodal de Grupos de OASE tem reunião marcada para o dia 4 de abril, em Maringá. DIA 6 DE ABRIL SEMINÁRIO DE PRESBÍTEROS/AS CURITIBA O Seminário acontecerá em duas edições e tem como objetivo oferecer orientação para lideranças comunitárias que estão em funções administrativas nas comunidades e paróquias. O encontro terá início as 08:30 horas até as 17:00 horas, no Lar Luterano de Retiros, Campo Comprido. 11 DE ABRIL TARDE DE TALENTOS SÃO JOSÉ DOS REGIONAL SUL PINHAIS O evento é promovido pelos grupos de OASE de Curitiba e região metropolitana. São apresentados produtos confeccionados pelas mulheres. Neste ano o encontro será na Comunidade Concórdia, em São José dos Pinhais. 19 a 21 DE ABRIL 7ª OFICINA DE MÚSICA MARINGÁ A 7ª edição da Oficina de Música do Sínodo Paranapanema acontecerá em Maringá, nos dias 19 a 21 de abril. 19 A 21 DE ABRIL V PAIXÃO JOVEM CURITIBA O Paixão Jovem está na sua 5ª edição. Neste ano o retiro acontecerá nos dias 19 a 21 abril, no Lar Luterano, Campo Comprido, Curitiba. Maiores informações podem ser obtidas no facebook: luteranada paixão jovem. 20 DE ABRIL CONSELHO SINODAL CACHOEIRA A reunião Conselho Sinodal acontecerá no dia 20 de abril (sábado), nas dependências da Comunidade da colônia Cachoeira, Guarapuava, com inicio às 09 até às 17 horas. O Conselho Sinodal é uma instância deliberativa importante do Sínodo. Por isso requer que todas as paróquias e comunidades com funções paróquiais estejam representadas por seu/sua delegado/a, devidamente autorizado pela paróquia. 27 E 28 DE ABRIL FÓRUM SINODAL DE CURITIBA REFLEXÃO DA MULHER A representação sinodal do Fórum de reflexão da Mulher Luterana em parceria com a OASE sinodal promovem o seminário para tratar de assuntos relacionados ao universo feminino. O evento acontecerá nos dias 27 e 28 de abril, no Lar Luterano de Retiros, Campo Comprido.
Instalação do P. Flávio Luiz Peiter
A instalação do P. Flávio Luiz Peiter no Campo Ministerial da Paróquia Sul, Curitiba, aconteceu no culto da Comunidade Melanchton (Boqueirão), no dia 17 de fevereiro, às 10 horas. Nascido no ano de 1972, em Toledo/PR, P. Flávio Ingressou na Faculdade de Teologia no 1º semestre de 1991. O estágio curricular aconteceu no segundo semestre de 1994, na Paróquia Evangélica de Confissão Luterana de Ibirubá/RS. Em 1996, realizou intercâmbio em Cuba. O Período Prático de Habilitação ao Pastorado, foi na Comunidade Evangélica Luterana de Jaraguá do Sul/SC - Paróquia Apóstolo Pedro, no ano de 1998. Também é Formado em Licenciatura Plena no Curso Normal Superior pela VIZIVALI em 2006. Exerceu o pastorado na Comunidade Evangélica Floresta Imperial, Novo Hamburgo/RS, em 1998. Na Paróquia Evangélica de Céu Azul/ PR, em 2002 e, a partir de fevereiro de 2013, exercerá o pastorado no Campo Ministerial da Paróquia Sul de Curitiba. Rogamos a Deus para que abençoe o trabalho do Ministro em conjunto com os membros das Comunidades e Presbíteros, para que possam dar fiel testemunho do Evangelho de Jesus Cristo.
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Santa Maria: Onde estava Deus? "Onde estava Deus?" perguntaram, após a tragédia em Santa Maria-RS. A pergunta também foi feita a um repórter por ocasião do massacre em Newtown, final de 2012. Em outras palavras, ele respondeu: Nós nem temos o direito de reclamar da aparente omissão de Deus. Pois - nós banimos Deus de nossa sociedade; nós o agarramos pelos ombros e o conduzimos para fora... Fora com as cruzes nas repartições públicas; nada de ensino da Bíblia e dos mandamentos de Deus ("Não matarás" é um deles) nas escolas; não é politicamente correto falar de Deus". E, então ele concluiu: Deus esteve sim, presente naquele local: No socorro mútuo entre professores e alunos, nos policiais que arriscaram suas vidas, nos abraços e nas lágrimas, nas igrejas lotadas onde as pessoas se reuniram para orar, nas palavras do presidente Obama que citou a Bíblia em seu discurso à nação". O mesmo eu diria em relação à Santa Maria: quando, por exemplo, jovens retornaram ao local para salvar seus colegas e cultos públicos foram celebrados, além de toda a solidariedade que ali se manifestou! Às vezes nós também perguntamos: Por que Deus não intervém? Contudo, vejo que Deus intervém, sim, mas não do jeito como nós imaginamos. Certo é que Deus vem. Ele veio no Natal, no Pentecostes, prometeu vir de novo, no final dos tempos. E Deus vem a cada novo dia: Bate à porta e pede para entrar. Mas nós lhe abrimos? Rearranjamos a agenda ou o deixamos parado na soleira da porta? E é preciso estar atento! Pois Deus não vem para impressionar com fogos de artifício e efeitos especiais; não vem com milagres visíveis, não faz estardalhaço. Perceber sua presença implica aprender a dar atenção às coisas pequenas - que não chamam a atenção sobre si como os reclames na TV, o som a todo volume ou a sena acumulada. Afinal, tudo isso é passageiro e ilusório; é preciso aprender a dar atenção às coisas que tem valor eterno, contudo não aparentam poder, nem força; que são pequenas e frágeis como um bebê que, no entanto, é tudo para os seus pais. Deus vem silenciosamente. Nós esperamos coisas grandiosas de Deus: Maravilhas, poder, força. Mas no Natal ele se torna um pequenino bebê de colo. Ele quer que o amemos e admiremos pelo que ele é e não pelo que é capaz ou que impressiona. Quem quiser encontrá-lo, terá que se abaixar até a simplicidade de uma criança; abandonar-se nas mãos de Deus, o Pai, como Cristo o fez ao ser preso e crucificado. Onde estava Deus quando pregaram seu Filho na Cruz? Bem ali, junto a Ele, para ressuscitá-lo ao terceiro dia! Vence a graça, não a força: "Com recursos mínimos, num pequeno espaço, Deus realiza o maior evento"! E desde a Páscoa, uma única porta de emergência é necessária para escapar à morte: Jesus Cristo!
P. Egon A. Lohmann Curitiba/PR
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CALAR e SOSSEGAR! Que convite é este? 2013 já está a mil nos movimentando, nos atropelando. Não há tempo para calar e sossegar. As agendas profissionais já estão, a esta altura do ano, rabiscadas de compromissos. E com a agenda das participantes dos grupos de OASE de nosso Sínodo não é diferente. Chás, cafés, reuniões regulares, visitas, passeios, estudos bíblicos, ações de assistência social... tudo está planejadinho e em andamento. E quando a gente menos espera já estamos desejando a alguma pessoa amiga um "Feliz 2014!". O tempo corre e faz-nos corre. Transforma-nos em falantes ambulantes, sem sossego algum. O tema da 59ª edição de nosso querido "Roteiro da OASE" propõe para 2013 a reflexão sobre "Tempo de CALAR e SOSSEGAR a alma". Ele está embasado no Salmo 131 onde na tradução de Almeida consta assim: "Senhor, não é soberbo o meu coração, nem altivo o meu olhar; não ando a procura de grandes coisas, nem de coisas maravilhosas demais para mim. Pelo contrário, fiz calar e sossegar a minha alma; como criança desmamada se aquieta nos braços de sua mãe, como essa criança é a minha alma para contigo. Espera, ó Israel, no Senhor, desde agora e para sempre!" Mas alguém poderia dizer: "- Que coisa mais absurda para nossos dias atuais falar em "calar e sossegar"!". Na "Apresentação" do "Roteiro" a Srª Elsa Janssen, Presidente Nacional da OASE, faz a seguinte analise: "Vivemos numa época de muitas inquietações. Todos nós sofremos por alguma coisa. Experimentamos a dor, a dúvida, a insegurança. Buscamos respostas... Ficamos aflitos..."(pg.5). Ou seja, o "Roteiro da OASE 2013" acerta em cheio como recurso didático e por sua temática e vejo-o como um convite para pelo menos três diferentes ações: 1º) Pelo estudo e reflexão individual e pessoal, desafia a cada uma tirar um tempo para "calar e sossegar". Em meio a tantos compromissos que, pela graça de Deus, podemos assumir na família, na igreja, na OASE, no trabalho, na sociedade, precisamos nos disciplinar a
tirar um "Tempo de calar e sossegar a alma". Não se trata de silenciar e se alienar de tudo que está acontecendo ao nosso redor. Mas sim saber-se um/a filho/a de Deus limitado/a e carente de força, orientação e apoio de Deus, que nos abraça como Pai/Mãe amoroso/a. E que isto sim nos dará força para a missão. 2º) Pelo estudo e reflexão em nosso grupo de OASE o tema gerador de 2013 pode ser um subsídio mensal para o Estudo Bíblico-temático em nossos encontros. Seja com a presença e mediação do/a pastor/ a ou justamente quando ele/a não poder estar. Para cada mês há uma reflexão pronta sobre o tema, sempre com uma abordagem bíblica diferente, preparada por uma pessoa diferente. Um belo instrumento de edificação e educação cristã continua do grupo. 3º) Inspirado neste tema gerador a OASE, junto com seu pastor ou sua pastora, o grupo poderá preparar um culto. Com certeza este gesto, além de fortalecer a unidade do grupo, vai ser uma oportunidade de testemunho à Comunidade. Encontraremos muitos subsídios, tanto para a pregação quanto para a liturgia, nos 12 estudos temáticos do "Roteiro". Pois afinal, em 2013 nosso propósito na IECLB é "Ser, Participar, Testemunhar" e demostrar afirmativamente: "Eu vivo comunidade". P. Evandro Jair Meurer Orientador da OASE na Regional Sul do Sínodo Paranapanema
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Dia Internacional da Mulher - Fazendo a diferença na vida das mulheres Rosane Philippsen Fórum de Reflexão da Mulher Luterana no Sínodo Paranapanema
No dia 8 de março, mais uma vez será comemorado o Dia Internacional da Mulher. Não somente na sociedade em geral, mas também no âmbito das comunidades e paróquias da igreja. Por força da mídia, a data que marca a reivindicação de melhores condições de trabalho e a morte de mulheres quase passa despercebida em meio ao consumo. Não devemos esquecer o propósito deste dia, porém, como mulher inserida no contexto da IECLB, gostaria de relacionar esta data com o tema da igreja para este ano que é: "Ser, participar, testemunhar: Eu vivo comunidade". Ser. Ser mulher. Somos mulheres numa comunidade cristã. Participamos na igreja porque nos sentimos bem e nos sentimos acolhidas. Fazemos parte de um corpo, mas não deixamos de ser membro com nossas características próprias. Somos chamadas a testemunhar, a nos engajar no serviço. Como mulheres em geral, já fazemos isto há bastante tempo. Como mulheres organizadas também, basta ver a OASE em seus mais de cem anos pelo Brasil. Como diaconisas e diáconas a partir das irmandades vindas da Alemanha ou formadas na Casa Matriz em São Leopoldo. Como mulheres ministras, foram celebrados os trinta anos de mulheres no ministério ordenado da IECLB, um diferencial importantíssimo em relação às demais igrejas cristãs. Mas ainda temos muito espaço a preencher. Assim como em outras esferas da vida, seja nos órgãos políticos ou nas reuniões empresariais, também na igreja, as mulheres têm muito pouca participação nas decisões que as afetam. Faltam mulheres participando
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Abelhas... ciladas Na janela de nossa lavanderia tem umas pequenas teias de aranha. Estão cheias de bichinhos mortos: mosquitos, formiguinhas e até pequenas moscas. Você tira a teia e no dia seguinte já a aranha trabalhou e fez outra. Um dia desses uma abelha, talvez atraída pelo perfume de uvas, havia se perdido e ficou presa naquela teia. Tentei libertá-la, sem machucar, mas ela demorou até aceitar a minha ajuda. Pensei que tinha achado o caminho para fora, para a liberdade. Pouco depois, vi- a de novo lutando na teia. Engraçado: Um bicho relativamente grande, não conseguia nada. Logo em seguida observei um bichinho bem menor, uma mosquinha se debatendo. Não lhe prestei nenhuma ajuda. Ela mesma se livrou. A abelha, sim, pôde voar para a liberdade com meu apoio.
e assumindo a liderança nas comunidades, paróquias, sínodos e nas instâncias maiores da igreja. No XXVIII Concílio da IECLB foi possível ver que poderíamos ter mais mulheres atuando em cargos de direção, embora tenhamos pela primeira vez, uma ministra como 2ª Vice Presidente e uma diácona como Secretária Geral. Ainda assim, percebemos a falta de ministras atuando como Pastoras Sinodais. Ser, participar e testemunhar a Cristo a partir da vivência comunitária, este é o desafio de homens e mulheres. Para mulheres, sem esquecer sua especificidade, sabendo que cabe a nós participar ativamente das decisões que afetam também as mulheres. Resgatar o protagonismo das mulheres, que junto a Jesus, foram suas seguidoras. Mulheres que apesar de marginalizadas na sociedade da época, lutaram, resistiram, foram discípulas e líderes. Portanto, que esta data faça a diferença na vida das mulheres no sentido de motiválas a participar e a liderar em suas comunidades e demais instâncias, correspondendo aos valores do Reino de Deus, sabendo-se amadas por Ele através de Cristo Jesus.
Abelhas, tão boas e úteis para nós, são atraídas por algum perfume e inadvertidamente caem numa cilada. Tive que pensar nas pessoas que às vezes também se sentem fortemente atraídas por algo que despertou seu apetite ou sua cobiça e depois caem na mentira, na corrupção( p. ex. oferecendo gorjeta a um policial), pela atração do sexo, no adultério. Quem ajuda a estas pessoas quando caem numa cilada? Eu ajudei a abelhinha, pois a considerei útil no ecosistema, pois sem ela não teríamos frutas. Aprendi que para o cultivo de maçãs colocam colméias de abelhas no meio das macieiras na época da florida para que façam o seu trabalho de transportar o polen. E quem não gosta do mel que elas produzem? E as pessoas? Não valem elas mais do que as abelhas? Eu ajudei a abelhinha a se livrar porque é útil e deixei a mosquinha se debater, porque a julguei nociva. Será que com as pessoas também é assim? Estamos prontos a prestar auxílio aos melhores, aos que merecem, que consideramos dignos? - os maus que se virem?! E quem nos deu autoridade para julgar? Como cristãos aprendemos que Deus quer que todas as pessoas sejam salvas e que temos responsabilidade para com nossos semelhantes no sentido de dar apoio tanto moral como material. E isto a todos que sejam necessitados. Ao nos conscientizarmos disso, temos muito a aprender e nada de nos vangloriar, como se fôssemos melhores. E mais: "...aquele que sabe que deve fazer o bem e não o faz, nisso está pecando." E Jesus disse: "Em verdade vos digo que sempre que o deixastes de fazer a um destes mais pequeninos, a mim o deixastes de fazer." Elfriede Rakko Ehlert Curitiba /PR
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Culto de Advento e inauguração de vitrais na Comunidade da Ascensão Os membros, suas famílias e crianças da Comunidade, bem como o Coral Madrigal de Santa Felicidade reuníram-se no dia 16 de dezembro para inaugurar a colocação dos vitrais citados na entrevista concedida à Revista Paysage (abaixo) a qual consta na Edição de Setembro 2012 - nº 04 - páginas 16 e 17, bem como para comemorar a finalização do forro. A arte em madeira foi desenhada pelo Sr. Erich Nissen e o trabalho foi executado pelo marceneiro Josenir Escorsin, especialista em forros de templos religiosos. Parte do valor do forro foi doado pela Obra Gustavo Adolfo da Alemanha (GAW), através dos seus membros, a quem também estendemos nosso caloroso agradecimento. Agradecemos a Deus pela obra que está sendo executada com a colaboração monetária dos membros e familiares e pela dedicação da comissão de obras e de outras pessoas abnegadas cujo dom podemos ver nas fotos anexas. Ana Maria Brackmann Curitiba/Pr
Entrevista:
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Batatas à Grega
Ingredientes: 500 gr de Batatas em rodelas finas 1/2 colher (chá) de Sal 1 lata de Creme de Leite 1 tablete de Caldo de Galinha 1/2 xícara (chá) de Ervilhas 1/2 xícara (chá) de Uvas passas pretas 1/2 xícara (chá) de Cenoura em cubos pequenos 1/2 pimentão verde em cubos 1 xícara (chá) de queijo ralado (100g) 2 colheres (sopa) de queijo parmesão ralado Azeite para untar Modo de preparo: Cozinhe as rodelas de batata em água e sal até ficarem levemente macias (cerca de 20 minutos). Escorra a água e reserve. Aqueça o Creme de Leite em banho maria, sem deixar ferver. Retire do fogo e dissolva o Caldo esfarelado. Misture as ervilhas, as uvas passas, a cenoura e o pimentão. Reserve. Distribua metade das batatas em um refratário quadrado (22 x 22 cm) untado. Cubra com metade do Creme de Leite e o queijo prato. Coloque o restante das batatas e finalize com o Creme de Leite. Polvilhe o queijo ralado e leve ao forno médio-alto (200°C), pré-aquecido, por cerca de 30 minutos ou até gratinar. Sirva. Rendimento: 8 porções Receita Nestlé
Culto de Advento em Shangri-lá Realizado no dia 9 de dezembro de 2012 com a presença do Pastor Eder Weber, familiares e amigos. Jesus Cristo diz: Eu sou a porta. Se alguém entrar por mim, será salvo; entrará e sairá e achará pastagem. João 10.9.
“Agradecemos a Deus por esta oportunidade”
Próxima Edição: Orelha de Gato
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A chave da Ressurreição Contase que, certa vez, uma chave foi lançada numa cela. Os prisioneiros começaram a analisá-la e desenvolveram várias teorias a seus respeito. Um deles dizia: esta chave certamente não vale muito, pois foi fabricada com material frágil e ultrapassado. O outro examinou-a detalhadamente e retrucou: Ela não se adaptaria aos padrões modernos de eficiência e durabilidade. Disse o terceiro: Objetos antigos às vezes resistem mais às mudanças de tempo e às interpéries, pois o seu material é superior ao das produções em massa. Um dos prisioneiros chegou a pegá-la nas mãos e constatou: Depois de vê-la funcionando numa fechadura, eu até que poderia acreditar nela. Ainda outro pegou um trapo velho impregnado de óleo e passou a esfregar a chave, dando-lhe uma aparência bonita e lustrosa. Mas nenhum deles contou com a possibilidade de se livrarem do seu cativeiro e daquela cela escura, usando-a para destrancar a porta que os separava do brilho do sol, do ar puro e da alegria radiante de uma manhã de Páscoa. Mensagem de Vida Jesus ressurgiu para a vida e a morte perdeu seu poder! Porque chorais? Ele vive! Aleluia! Daí glória ao Senhor! Coloquem a mão na ferida que o cravo da cruz lhe causou. A pedra já foi removida do sepulcro. Dai glória ao Senhor! Quão doce é a mensagem de vida na aurora da ressurreição do Cordeiro de Deus, triunfante, Rei dos Reis e do nosso coração. Texto foi desenvolvido a partir de uma observação atribuída a Mathias Claudius. Hilda Triller Londrina /PR
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I Fórum de Musicistas da IECLB acontece em Porto Alegre
Com a presença de 52 musicistas de 14 sínodos, ocorreu o I Fórum de Musicistas da IECLB. O mesmo ocorreu em Porto Alegre, na Paróquia Matriz, de 02 a 04 de novembro de 2012. Refletir sobre o serviço musical na igreja foi o principal objetivo dos e das musicistas, entendendo que música não é um acessório na vida comunitária, mas parte integrante da Liturgia, com funções, papéis e lugar. Se cada vez mais a música se torna assunto relevante na vida comunitária, é pertinente perguntar sobre o/a musicista: seu papel, formação e profissionalização, vínculos, âmbito de atuação. Numa realização em parceria entre a Coordenação de Música da IECLB e o Conselho Nacional de Música da IECLB, o presente fórum era há muito desejado pelos musicistas da igreja. É o primeiro evento em âmbito nacional a reunir os musicistas que atuam na igreja para uma discussão dessa natureza. No fórum, música também aconteceu e permeou todo o trabalho: identidade, espiritualidade, liturgia, educação musical, ministério compartilhado e outros foram os assuntos mais relevantes. Foi um espaço de reflexão sobre a prática. O programa foi estruturado praticamente a partir das pessoas inscritas, que assumiram diferentes tarefas e responsabilidades no decorrer do fórum. Desde o culto de abertura, que contou com pregação de P. Oziel Campos de Oliveira Júnior, até a regência do Coral do Fórum, realizada pelo musicista Christoph Küstner, de São Luis - MA, praticamente todas as pessoas tiveram a oportunidade de se colocar a serviço, o que foi feito generosamente, em um clima de fraternidade. A presidência da IECLB foi representada, n abertura, pela P. Sílvia Genz, que trouxe importantes palavras de estímulo e valorização. O culto de encerramento
ocorreu juntamente com o culto comunitário da Paróquia Matriz, oficiado pelo P. Cláudio Kupka, e com pregação da Pa. Rosangela Stange, representando a Secretaria de Ação Comunitário da IECLB - palavras tocantes para as pessoas presentes! A partir de palestras (Ms. Cleonir G. Zimmermann, Dra. Soraya Heinrich Eberle, P. Cláudio Kupka e P. Dr. Martin N. Dreher) e de um painel, no qual três musicistas (Vinícius Ponath, Delmar J. Dickel e Ms. Marcell S. Steuernagel) relataram sobre o trabalho que desenvolvem, os participantes reuníram-se em grupos para relatar experiências e discutir assuntos pertinentes ao seu trabalho. Das discussões, vieram como resultados: - um documento com orientações e sugestões para o trabalho musical em contexto comunitário; - o sonho de um novo fórum, onde possam ser aprofundados aspectos mais específicos, em 2014; - a escolha de um grupo para elaboração de um simpósio, no qual se possibilite troca de experiências; - a formação da Rede de Musicistas na IECLB, com seis articuladores/articuladoras, escolhidos e oriundos de diferentes regiões do país. Lislie Koester - Curitiba /PR
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Após 2 anos de atuação, a Ama-Auxílio Fraterno vai bem Segundo pesquisa feita no arquivo histórico da IECLB, os colegas Rolf Droste, Osmar Witt e Wilfried Hasenack, encontraram uma carta, da qual foi extraído o seguinte texto: "Em 1902 um grupo de pastores criou uma 'Caixa de Solidariedade' para se ajudar mutuamente em casos de necessidade, especialmente em casos de doença". Portanto, está aí a origem da Caixa de Auxílio Fraterno - CAF, tão conhecida da grande maioria dos pastores da IECLB e precursora da AMA. Uma caminhada de 110 anos de história solidária, onde ministros e ministras da IECLB "carregaram-se" mutuamente em suas situações de doença. A CAF foi encerrada há dois anos, na forma como estava funcionando, para dar lugar à AMA. Fazemos esse registro com toda a força das letras para ressaltar, que, com o seu encerramento, não morreu o seu espírito solidário que continua presente com toda sua força na proposta da AMA-Auxílio Fraterno. Há mais de cinco anos a IECLB vinha alertando para o fato de que a CAF devia sofrer uma mudança na sua estrutura, pois, mesmo que ela se ocupasse com a prestação de serviços nos casos de doenças dos pastores/as da IECLB, ela apresentava questões legais que precisavam ser corrigidas. E, ao mesmo tempo, a Igreja tinha em mente a idéia de possibilitar a todos os ministros/as e suas famílias o acesso a um plano de saúde que pudesse dar-lhes toda cobertura necessária nos momentos de doenças. Ou seja, era necessário criar uma estrutura consistente, baseada em estudos profissionais da área, que fosse viável para atender essa demanda em longo prazo. Após um processo de mais de três anos de estudos de viabilidades e de pesquisa de mercado nesta área, foi criada a AMA, em junho de 2009, que passou a dar um respaldo jurídico à AMA-Auxílio Fraterno, com o seu Regulamento próprio. Em Janeiro de 2011, finalmente pudemos iniciar o processo de adesão de associados dispostos a contratar um plano de saúde conveniado com a UNIMED. Todo o processo de transição foi muito difícil, por muitas razões que sempre estão presentes na concretização de uma nova proposta que interfere na vida de pessoas, no caso, ministros e ministras da IECLB. Nos primeiros dois meses conseguimos 800 associados (vidas), que era o mínimo necessário para manter uma entidade deste porte. Mas o número ideal era de 1200, o
que alcançamos até o mês de julho de 2011 e hoje contamos com 1270 vidas, o que nos dá uma certa tranqüilidade no atendimento a toda demanda nesta área.. Somos uma associação sem fins lucrativos que fez um convênio com a UNIMED para um plano pós pago, ou seja, por serviços realmente prestados. Os saldos positivos são administrados pela AMA e servem para a formação de um fundo, que garante um bom atendimento a todos os associados em todas as suas necessidades. Podemos considerar-nos bastante satisfeitos com esses dados, pois eles nos sinalizam que estamos conseguindo construir a solidez financeira da AMA, tendo sempre a grande preocupação em bem atender a todos seus/suas associados/as nas suas expectativas para o tratamento de sua saúde. Admitimos que durante a caminhada vá surgindo dificuldades não previstas que às vezes ainda causam dificuldades e sentimentos de insatisfação de associados. Lamentamos profundamente tais situações, mas sempre trabalhamos com o firme propósito de eliminar tudo o que possa por em risco o tratamento de saúde de todos os associados, que são a razão de existência da AMA. Mesmo que o processo de aprovação do plano de seguridade ministerial no XXVII. Concílio, em 2010, não foi fácil, podemos dizer que quase todos os CAM estão contribuindo regularmente com os 2,1% sobre suas entradas mensais. Dessa forma mais de 600 ministros/as podem sentir-se amparados pelos seus CAM na contratação de um plano de saúde para sua família através da AMA. Agradecidos esperamos poder continuar esta parceria com a IECLB e suas Comunidades, mantendo o bom diálogo e respeito que sempre a caracterizou até aqui. Convidamos aqueles/as ministros/as que ainda não aderiram à AMA, que se unam à grande família da AMA, para que assim possamos não só carregar-nos mutuamente, mas também sermos carregados quando a situação assim o exigir. Se durante 110 anos - através da CAF - a força da solidariedade conseguiu resistir a todas as dificuldades, esperamos que através da AMA ela se fortaleça ainda mais e fortaleça também a comunhão entre todos os seus associados. Desejamos que o espírito natalino - de partilha do amor - continue a estar presente no Novo Ano entre todos Ministros/as e membros das Comunidades da IECLB. Em nome da Diretoria da AMA Rui Bernhard - Presidente
Casa de Apoio Ideal
Aqueles que necessitam de permanência em Curitiba para tratamento de saúde, podem fazer contato com o pastor de sua paróquia, que poderá fazer contato com a Pa. Vera Maria Immich em Curitiba pelos fones: (41) 3374-2554, ou (41) 9224-2383 ou pelo e-mail: veraodair@gmail.com, informando o dia da chegada e uma previsão mínima de permanência na casa. O custo de uma diária, no momento, é de R$ 39,00. Para aqueles que não têm plenas condições de arcar com tal valor, existe a possibilidade de auxílio. Pa. Vera Maria Immich
:: Carinho :: Respeito :: Solidariedade Av. Pref. Osmar Sabbag, 290 - Jardim Botânico Extensão do Viaduto do Capanema - Curitiba - Pr
Locais para Retiros no Sínodo Paranapanema No âmbito do Sínodo Paranapanema existem duas casas e uma chácara para retiros, uso de famílias e grupos, os quais estão à disposição para membros ou não da IECLB.
:: Lar de Retiros em Curitiba/Pr
Recanto Luterano Zauna (RELUZ): Hospedagem para 100 pessoas. Contato pelo telefone: (44)32642186 com Sr. Rolf - Estrada Zaúna, Km 2 - Maringá /PR Lar Luterano de Retiros em Curitiba: Hospedagem para 80 pessoas, com quadra de esportes coberta e banheiros.
Rua João Batista Chiarello, 340 - Fone (41) 3245-1714 -Curitiba /PR 81230-000 -Responsável: Sr. Darci Kohlrausch Chácara “Central do Aimoré” em Presidente Venceslau/SP: Local para acampamento. Estr. Vicinal - Campinal Km 07 - Presidente Venceslau Telefone: (18) 3271-2544
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Redescobrindo o Catecismo Menor (37)
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PAI NOSSO - Conclusão " Pois teu é o Reino, e o Poder, e a Glória, para sempre. Amém " O reformador Martin Lutero perguntou pelo valor das Petições e do Amém no Pai Nosso e respondeu: "Devo estar certo de que estas petições são agradáveis ao Pai Celeste e ouvidas por ele; pois ele mesmo nos ordenou orar desta maneira e prometeu atender-nos. Amém, Amém, isto significa: Sim, assim seja!" Em escritos mais antigos a oração do Pai Nosso termina sem a conclusão. No decorrer dos séculos a Igreja incluiu a conclusão que constava em escritos mais recentes. Esta conclusão é importante, pois o Pai Nosso começa com uma introdução e é justo que termine com a conclusão. Na Igreja Católica Romana ainda hoje o Pai Nosso termina sem a conclusão. Esta aparece em outra parte da Missa. Certo é que somente a Deus pertence o Reino, o Poder e a Glória para sempre. Assim sendo, podemos afirmar que a vitória não é nossa, mas unicamente de Deus. Também a oração é obra de Deus, embora seja praticada por nós. Em verdade, só ora o Pai Nosso quem é atingido pela graça de Deus. E quem é atingido pelo amor de Deus, perdoa, reconcilia, ama e serve com seus dons. "Por isso sejamos corajosos e cheguemos perto do trono divino" -Hebreus 4.16. Quem chega a esta conclusão, está consciente da importância do Pai Nosso com sua introdução, 7 petições e conclusão. Oração sempre será o resultado da intervenção de Deus na sua vida. "Amém" no final do Pai Nosso é um passo de fé, que aceita, sem duvidar, que Deus está ouvindo com todo o seu Ser e diz "sim" às nossas orações.
Werner Brunken Pastor Emérito Curitiba/PR
Doutrina Espírita O que diz a Bíblia? Muitos acreditam que a doutrina espírita é a resposta mais lógica, justa e racional para os questionamentos sobre Deus, a vida e a morte. Porém, esta doutrina bate de frente com a doutrina da Bíblia em, pelo menos, TRES ASPECTOS: O PRIMEIRO é com relação à pessoa e à missão de Jesus Cristo na terra. Além de não aceitar o Deus Triuno (Pai, Filho e Espírito Santo) apresentado na Bíblia, a doutrina espírita fala de Jesus Cristo simplesmente como um homem bom e caridoso que, através do processo de várias reencarnações, alcançou um grau elevado na escada da perfeição humana e, por isso, deve ser considerado "um mestre da luz" e "guia espiritual" para as pessoas. A Bíblia nos diz que Jesus é o próprio Deus (Deus-Filho) que, por amor às pessoas, se fez carne (ser humano) para que, sendo santo, viesse a morrer pelos pecadores e com o sacrifício da sua vida, fosse paga a dívida de culpa pelos pecados de todo aquele que nele crê (João 1.1-4; 11-14). Em 2º Coríntios 5.19 lemos: "Deus estava em Cristo, reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões". O SEGUNDO aspecto é a chamada "Mediunidade" (capacidade de se comunicar com "algum espírito" evoluído, que já "desencarnou" e hoje atua como "entidade de luz", o qual depois de incorporar no "médium" realiza curas miraculosas). Deus, através de leis, dadas a Moisés, proíbe seu povo de consultar os mortos - Deuteronômio 18.10-12: "Não se achará no meio de ti quem faça passar pelo fogo o seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro, nem encantador, nem quem consulte um espírito abominável ao Senhor". Deus sabe, que aqueles que invocam e consultam os mortos, são facilmente enganados, pois está determinado: os mortos não voltam e não se comunicam com o mundo dos vivos (Lucas 16.1931). Conforme a Bíblia, não existem espíritos de pessoas circulando por aí. Depois da morte, só resta aguardar o julgamento: vida eterna junto ao Criador para os que aceitaram o amor e o perdão através do sacrifício de Jesus ou morte eterna no inferno (afastamento de Deus) para os que rejeitaram a nova vida, conquistada por Jesus. O TERCEIRO aspecto é o mais sério, pois se refere ao caminho para a eternidade, isto é, as
obras e a reencarnação como meio de salvação. A reencarnação seria o processo, pelo qual o espírito da pessoa morta, retorna ao mundo dos vivos em outro corpo, com um novo nascimento físico. Dizem os espíritas, que pelo fato de ser Deus bom e justo, Ele proporciona através de contínuas encarnações, oportunidades para o ser humano conseguir melhorar cada vez mais seu caráter e comportamento neste mundo. Conseguirá tudo com seu esforço próprio. Em outras palavras - as pessoas não precisam do Salvador Jesus Cristo. Basta ter uma vida dedicada à caridade, realizando sempre boas obras e, se não conseguir perfeição, terá uma nova oportunidade com a volta de seu espírito à terra até alcançar a perfeição. Esta afirmação, no entanto, não tem nenhum respaldo bíblico. O que aprendemos na Bíblia é: "Aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo depois disto, o Juízo" - Hebreus 9.27. SE O SER HUMANO, POR SI SÓ, PODE FAZER ALGUMA COISA PARA MERECER O PERDÃO DE DEUS PARA OS SEUS ERROS E PECADOS, ENTÃO, CONCLUÍMOS QUE JESUS MORREU EM VÃO. Porém, as Escrituras afirmam: Que o homem é pobre, cego e nu e não tem poder, em si mesmo, para vencer a sua natureza humana, também chamada de carne, rebelde à vontade de Deus desde a desobediência do primeiro ser humano. Vencer o pecado só é possível pelo amor e pela graça de Deus. As boas obras não nos justificam diante de Deus. A pessoa humana é perdoada, justificada e salva somente pela fé no sacrifício remidor de Jesus Cristo. É preciso aceitar em confiança o presente salvador de Deus e glorificá-lo. Lemos em Efésios 2.8-10: "Pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus; não de obras para que ninguém se glorie. Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas". Apesar de a Bíblia estar entre os livros usados pelo Espiritismo, o caminho da salvação única e exclusiva através do sacrifício de Jesus na Cruz não é ensinado. No Espiritismo prevalecem os ensinamentos do livros escritos por Allan Kardec, fundador do Espiritismo: "O Evangelho segundo o Espiritismo" e "O livro dos Espíritos". Alexandre Fonseca de Melo Curitiba /PR
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A festa da Páscoa e a ¹¹ dignidade da vida A festa da Páscoa cristã mostra-nos, a cada ano, que somos pessoas dignas de ser amadas. A força criadora-Deus está entre nós conspirando para que a vida prossiga. É essa fé que me fortalece e impulsiona. Páscoa é também uma festa das pessoas que seguem a religião judaica. Que se alegram e celebram a libertação da escravidão. Essa experiência pode ser buscada para refletirmos a nossa realidade ao perguntarmo-nos sobre como nós estamos vivendo hoje, vivemos como pessoas libertas ou escravizadas?! Escravizadas pelos vícios, pelo trabalho, pelas necessidades burguesas que a sociedade impõe, pelas modas, pela razão...ou libertas para dizer não ao que prejudica a dignidade da vida humana e da criação. " A liberdade, característica mais profunda do ser humano, implica risco, implica assumir-se e não simplesmente seguir a autoridade." Acredito que o messias/mestre Jesus Cristo, como judeu praticante, deixou-nos também este princípio da libertação, quero dizer, de buscarmos a libertação, e isso pode acontecer através de duas atitudes na vida quando optamos em confiar e conviver. Atribuo a Jesus, também o título de mestre, por conta do significado mais amplo dessa palavra: ter um mestre, tal como um princípio, ou princípios de vida, que nos habilitam e motivam a viver e a conviver, uns com os outros, umas com as outras e, fundamentalmente a conviver com a criação, o que infelizmente estamos fazendo muito mal, porque não estamos sendo cuidadores mas depredadores dela. Um princípio é como uma
frase que norteia as nossas escolhas diárias. Um exemplo de frase norteadora encontrei neste pensamento de um existencialista francês, o Jean Paul Sartre, certa vez ele expressou o seguinte: " Eu posso sempre escolher, mas devo estar ciente de que, se não escolher, assim mesmo estarei escolhendo." Não escolher é aquela forma passiva de se portar diante dos fatos da vida e pode ser como um sentimento de impotência, como se não me sentisse capaz para tal. Mas esse sentimento aparentemente ruim esconde uma preciosidade: " Como cristãos olhamos para Jesus Cristo, que morreu na impotência da cruz. O poder de Deus em Cristo foi provado exatamente através da impotência da cruz. É o poder da ressurreição que nos ergue de nossa impotência, que se revela exatamente em nossa impotência com a força de Deus e não como nossa força. A fé, que nos confronta com nossa impotência, também mostra caminhos para podermos conviver com ela de forma criativa, em vez de nos refugiarmos na resignação ou na depressão, e para aceitarmos de forma ativa o desafio de nossa impotência e podermos moldar nosso mundo a partir da oração de forma comunitária e cristã. O caminho da fé pode nos ajudar a desenvolver um sentimento de auto-estima saudável e a conviver com nossa impotência de forma a fazer com que ela se torne uma fonte de fantasia e criatividade."² A base firme para um bom nível de convivência é a confiança, " sem confiança não existe vida... cinco aspectos da confiança: ela é uma aposta; precisa de investimento prévio; está ligada a uma ética maior; é uma dádiva e precisa estar informada." Essa opção por confiar é tão importante pois somos desafiadas a aprender a confiar em Deus, confiar que há uma força motora vital agindo em função da dignidade de vida à toda criação. Como vamos aprender a confiar na outra/ no outro, se não confiamos nem em nós mesmos?! Tem algo profundamente invertido no "andar da roda dessa carroça". Opss, essa figura de linguagem já está muito desatualizada; então, "tem algo de profundamente invertido no vôo dessa aeronave." Confiar em Deus e em si mesma, ser coerente consigo mesma e com a outra. Isso nos transformará em pessoas éticas, quer dizer, que têm atitudes altruístas de quem não pensa somente em si mesma, pensa o mundo a partir de si mesma, para si e para a outra, aqui não vale o dito popular: " faça o que eu digo mas não faça o que eu faço." Aqui vale a regra de ouro que está registrada em Mateus 7.12a "...faça às outras pessoas o que queres que façam a você." Aprender a conviver é aprender a confiar e viver a ressurreição do Cristo cada dia um pouquinho, desde já, mais ainda não plenamente, pois a
experiência/vivência da ressurreição coloca-se dentro de um tempo e desígnio do criador. "Quem não passa pelo fogo fica do mesmo jeito, a vida inteira" disse Rubem Alves, nos ajudando em mais um princípio de vida. Viver ressurreição é passar pelo fogo, dos sofrimentos, desafios, obstáculos e mesmo assim contemplar que há luz no final do túnel, que a vida encontra seus rumos, continuar vivendo mesmo em meio a perdas para que a morte não tenha a última palavra. Ressuscitar é encontrar fôlego quando tudo parece perdido. É perceber que o sofrimento nos amadurece como pessoas, humaniza, torna humildes e com o olhar mais atento ao que acontece diante de nós. E isso só se percebe vivendo com olhar crítico, não no sentido de criticar tudo e todos, mas no sentido de buscar respostas e não aceitar passivamente tudo o que se diz, esperando a resposta das outras pessoas, busque as suas respostas conecte-se com as outras pessoas e partilhem o bom e o bem. Que o tempo pascal nos seja tempo de transformações e renovações, que as nossas escolhas sejam pautadas pela sabedoria divinohumana que faz ressurgir em nós o novo. Busque o convívio com a força-criadora-Deus, que está em você, aprenda a jogar-se na vida, as mãos do criador, confiando no poder criador e mantenedor que tem conduzido a criação por milhões e milhões de anos. Finalizo este artigo citando, em homenagem a uma amiga querida, que muito refletia e de forma intensa vivia a vida: "Em comunidade, nosso jeito de ser, às vezes, exclui outras pessoas. Nossos gestos, nossas palavras nem sempre são aceitas automaticamente. Por isso mesmo, vida em comunidade é aprendizado de convivência. Não somos pele da mesma pele, carne da mesma carne. Somos diferentes. Comunidade é exercício de convivência. Mas, por isso mesmo, é lugar de se colher boas amizades. Nunca uma igual à outra. Sempre diferentes. Mas que levam a BoaNova da ressurreição adiante. Graças a Deus!" Pª Margarete Emma Engelbrecht Bibliografia: 1- Desenvolvi o que pensei sobre Páscoa e Ressurreição, neste momento, usando como subsídio o livro Confiança e Convivência Reflexões éticas e ecumênicas; Rudolf Von Sinner; por uma " convivência superando a mera coexistência." 2- Anselm Grün. Desenvolver a autoestima: superar a incapacidade - caminhos espirituais para o espaço interior. Pa. Carla S. Krüger São José dos Pinhais/Pr