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Tema: Quaresma e Páscoa, página

Quaresma e Páscoa O túnel e a luz no fi nal

“A luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz” (João 3.19).

Estamos cercados de luz e, na ausência dela, as trevas nos rodeiam. Tedros Adhanon, diretor geral da Organização Mundial da Saúde, falou de “uma luz no fi m do túnel”. Segundo ele, essa luz seria a vacina contra o novo Coronavírus. Depois do distanciamento social e de tantas iniciativas de cuidado com a saúde, temos, fi nalmente, luz; uma luz tênue, mas é uma luz que traz esperança e nos guia para sair dessa escuridão da pandemia!

Todo o sofrimento gerado pela doença da Covid-19 nos fez refl etir, e a Quaresma é tempo oportuno para arrependimento e mudança de atitudes. Afi nal, a pessoa cristã deve “tomar a forma de Cristo ou adaptar-se ao mundo”? (Romanos 12.1-2). Se o caminhar em direção à cruz mostra que Jesus não se calou diante das autoridades e nem recuou da pregação do Evangelho, mesmo que esse pudesse lhe causar perseguição, dor e morte, também este deve ser o caminho do discípulo e da discípula.

Os seguidores e as seguidoras de Cristo tiveram que passar pelo “túnel estreito e escuro da incompreensão humana”. Porém, a cruz não era o fi m, mas apenas a metade do túnel. Ainda era preciso passar pelas trevas da morte para que, enfi m, na Páscoa, a luz apontasse a esperança. Enfrentaram toda a angústia e a desilusão, próprias daqueles que defendem a verdade. Apesar da cruz, a Sexta Feira Santa não foi o fi m.

“Então Jesus afi rmou: — Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá” (João 11.25).

No caminho de Emaús, Jesus caminhou ao lado; dissipou as dúvidas, reavivou a esperança, apontou para a luz da vida, para a vitória sobre a morte (Lucas 24.13-35). Também nós temos difi culdade em ver essa luz, fraquejamos na esperança, nos conformamos com a escuridão, sucumbimos às tribulações, caímos em tentação. Diante do novo Coronavírus aconteceu exatamente assim: procuramos soluções onde não havia, desmerecemos até a Ciência e, quando surgiu uma luz, tivemos medo. Todavia, como cristãos, precisamos nos pautar pela verdade. Mesmo que leve ao sofrimento e à perseguição. É um caminhar de calvário, em que as cruzes do caminho nos tornam resilientes. Quem dera tenhamos algo a aprender com o sofrimento, a exemplo de Cristo, nutrindo empatia pelos que sofrem, pelos que perderam seus familiares e amigos para a pandemia.

A luz no fi m do túnel foi apontada pelo Cristo em meio à caminhada. Desta forma, a esperança foi novamente acesa e moveu os discípulos na ação do Espírito Santo, o Consolador (João

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