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Sínodo Uruguai, página
Sínodo Uruguai
Reunião virtual do Conselho Sinodal da OASE. PAROQUIA ALTO BELA VISTA : Com sete grupos de mulheres (Alto Bela Vista, Entre Rios, Lajeado Paulinho, Linha Floresta, Nova Entre Rios, Peritiba e Rancho Grande), foi organizada uma doação de produtos de limpeza para a Fundação Hospitalar de Peritiba.
CONCÓRDIA Atividades programadas, inclusive a comemoração dos 70 anos do grupo não puderam acontecer. Mesmo em meio a tudo isso, pudemos vivenciar alguns momentos importantes.
Momento em que recebemos uma placa da Câmera dos Vereadores de Concórdia pelos 70 anos do grupo.
Encontro com a Liga Feminina de Combate ao Câncer.
JOAÇABA : OASE confecciona tocas e lenços para oncologia do Hospital Santa Terezinha. Entrega benefi ciará dezenas de pessoas. ERECHIM: Os grupos de Erechim tem desenvolvido atividades como cultos no hospital, visitas nos lares das pessoas idosas. Confeccionaram mantas de tricô e crochê com lã para doação em parceria com o Culto Infantil. OASE e comunidades em parceria fi zeram cestas de alimentos para doação. Comemoração dos 65 anos do Grupo de Gaurama. ERVAL SECO
Encontro de Advento do grupo Amigas na Fé de Erval Seco.
Encontro de Advento do grupo Marta e Maria.
Grupo Lídia, de Erval Seco, entrega alimentos e kits para crianças. Abaixo, o grupo entrega presentes de natal para as crianças do Culto Infantil.
GRUPO MARTA CHAPECÓ: “A minha alma anuncia a grandeza do Senhor. O meu espírito está alegre por causa de Deus, meu Salvador.” (Lucas 1.47). No ano de 2020 nossa alegria vem deste Deus que nos fortaleceu ainda mais neste ano. Nossa comunhão se deu através de estudos bíblicos, semanalmente postados. E conseguimos ouvir, todas as quintasfeiras, a Palavra de Deus e fazer orações. Talvez oramos muito mais... por cada mulher de nosso grupo que fi cou doente. Que superou a Covid. Pelas pessoas que faleceram. Mas também da Palavra vinha a força e a certeza da mão de Deus em nosso meio. Foi um ano muito difícil. Nosso planejamento, mesmo modesto, fi cou para trás. Em termos de envolvimento, foi possível ajudar as campanhas solidárias que nossa Comunidade promoveu. Mas queremos deixar registrado nosso testemunho que experimentamos algo maravilhoso: em meio a tanta dor, limitação e falta de comunhão, Deus caminhou conosco e nos carregou no colo. Como barro em suas mãos, fomos moldadas. Por isso, nosso espírito está alegre, por causa de Deus, nosso Salvador!
Diácona Nádia Mara Dal Castel de Oliveira e Alma Auler
PARÓQUIA DE FILADÉLFIA : Os grupos da paróquia de Filadélfi a tiveram seu primeiro e único encontro de 2020 no Dia Mundial de Oração. Ainda assim, nossos grupos encontraram meios de ajudar outras pessoas. O grupo de Filadélfi a confeccionou máscaras doadas aos postos de saúde; o grupo de Barra do Tigre, com a Liga Feminina de Concórdia, costurou e doou panos de limpeza.
MARCELINO RAMOS: No ano de 2020, a OASE de Marcelino Ramos completou 92 anos, comemorados de forma diferenciada. O desafi o foi proposto pela presidente Loeri Patzlaff e equipe onde cada família organizou um café para celebrar os 92 anos de OASE. O evento foi virtual e, para fi nalizar, todas as integrantes do grupo receberam um mimo e uma linda mensagem de gratidão. MENSAGEM
O salmo 100 nos pede: “Cantem hinos a Deus, o Senhor, todos os moradores da terra... pois o Senhor é bom; o seu amor dura para sempre, e a sua fi delidade não tem fi m”. Este salmo é reconhecidamente o salmo da OASE. Evidentemente que para a escolha deste salmo, estava presente na mente e coração daquelas mulheres – e em nosso coração está claro também – a mensagem contida no versículo 3 deste salmo, quando diz: “Lembrem que o Senhor é Deus. Ele nos fez, e nós somos dele; somos o seu povo, o seu rebanho.”
Sim, nossos grupos, todos eles, do Norte ao Sul, são frutos do Espírito Santo, que agiu em mulheres despertando-as para que fossem organizados grupos onde pudessem se reunir e em comunhão expressar a sua fé em Deus, seu comprometimento com a mensagem cristã e tornar prático, vivo, atuante as ações em favor do mundo e das pessoas. Sim, viver a fé será sempre junto. Por isso, há mais de 120 anos, como fruto de nossa fé em Deus, temos agido e colocado sinais concretos de nossa fé onde somos chamadas e onde julgamos ser importante colaborar como mulheres cristãs de confi ssão luterana. Nosso lema, Comunhão, Testemunho e Serviço, sempre nos chama a atenção para jamais esquecermos o pedido que Jesus Cristo fez: Sejam sal e luz para a humanidade. No entanto, o ano de 2020 foi um ano difícil, pois a forma como as mulheres se organizavam em grupos foi rompido devido a pandemia. Percebemos que o cuidado com as pessoas mais vulneráveis aconteceu para que a vida fosse preservada. Os meios de comunicação usados pela OASE Sinodal foram as redes sociais. Nosso tão esperado Dia Sinodal da OASE aconteceu de forma virtual com palestra e louvor. As mulheres foram presenteadas com o livro: O Legado de Mulheres da Bíblia, de Alcides Jucksch. Realizamos nosso Seminário e Assembleia de forma virtual pelo Zoom e tivemos conosco a Psicóloga Karin Wondracek que conduziu o tema: No tempo em que vivemos é possível ter uma espiritualidade sadia? Somos gratos a Deus porque até aqui o Senhor tem cuidado de nós! Cremos que em tudo Deus tem um propósito! Este é o tempo que Deus nos dá para repensarmos nossa vida e investir naquilo que realmente tem valor, pessoas e não coisas. Confi amos em Deus que sabe de todas as coisas e, por isso, queremos descansar Nele.
Sínodo Uruguai
PAROQUIA LUZERNA : Em 2020 nos reinventamos, com encontros on-line. Diferentes ações durante o tornado e enchentes aconteceram, como campanhas de arrecadação de alimentos, produtos de limpeza, roupas, colchões e ajuda humanitária a famílias do município. O Ministério Infantil foi auxiliado com a produção e venda de bolachas gerando recursos para o trabalho com crianças.
CUNHA PORÃ: O Dia Mundial de Oração foi celebrado no palanque ofi cial da praça, em Iraceminha. O coral da OASE cantou vários hinos. No fi nal da celebração foram formados pequenos grupos que reuniram-se numa sombra na praça e oraram pela paz e saúde. Após houve uma confraternização no pavilhão da comunidade local.
IRAI: As mulheres de Frederico Westfalen, da Paróquia de Iraí, não deixaram seus dons de lado e nem seu espírito de solidariedade. Foram confeccionadas e doadas máscaras, babadores, sapatos de lã, lembranças para os membros da Paróquia para a retomada dos cultos.
SEARA : Encerramento do ano de 2020 na PARÓQUIA DE SEARA – SC com chá de Advento e despedida da pastora Mônica B. Dahlke IPIRA : A OASE de Ipira realizou campanha junto à Comunidade para angariar alimentos, produtos de higiene, roupas para 26 famílias de um circo instalado na cidade vizinha de Peritiba. Também doou 200 quilos de alimentos do seu caixa.
PIRATUBA : A OASE de Piratuba trabalhou e estudou a Escritura Sagrada diariamente, via vídeos de refl exão lançados pela Paróquia. Estimulou a terapia ocupacional com exposição (virtual) de bordados, crochês, pinturas, ponto cruz, ponto russo, meio ponto, etc. Repaginou toda a frente e o jardim da Igreja e fi nalizou 2020 com uma ação solidária junto a Comunidade de Presidente Getúlio, arrecadando R$ 6.710,00, quantia simbólica para quem perdeu tudo, inclusive pessoas próximas e queridas.
OASE EM FOCO
Ano XXIII - Número 091 Ano
OASE - Ordem Auxiliadora de Senhoras EvangélicasOASE - Ordem Maio de 2021
Igreja Evangélica de Confi ssão Luterana no Brasil - IECLB
Pentecostes A Criação da Igre ja
m Pentecostes foi criada
Ea Igreja, que signifi ca “chamados para fora da casa para se reunir na praça” ou “reunião de pessoas”. Assim, os crentes em Jesus Cristo são chamados a sair do seu comodismo, do caminho pecaminoso, para serem santifi cados pelo Espírito Santo e dar testemunho, em palavras e atitudes, do amor ao próximo. Também em Pentecostes, a IECLB lança, anualmente, a Campanha VAI e VEM, que busca animar os seguidores e as seguidoras de Jesus a ofertar dinheiro e a orar pelos projetos missionários e diaconais desenvolvidos pela igreja. A missão é de Deus, mas o compromisso de colaborar é nosso se quisermos ser reconhecidos como cristãos e cristãs. A OASE é, desde sua origem, diaconal e missionária, e tem sido um grande instrumento nas mãos de Deus, cuidando de pessoas em situação de sofrimento, vulnerabilidade e exclusão. Saiba mais sobre o tema: página 4 e 5
Leia Também Editorial, página 2 Fórum de refl exão, página 2 Worms 500 anos, página 3 Tema: Pentecostes, página 4 Charada 13, página 5 Sínodos, página 6 a 11 História dos Grupos, página 12
Editorial Mil páginas
Com a presente edição deste estimado periódico, estamos atingindo a Edição de número 91 do OASE EM FOCO. Com isso, foram publicadas mais de mil páginas de conteúdo. É um denso material, que contribuiu para unir num único sentimento as nossas mulheres e os nossos grupos espalhados pelo vasto território nacional. Desde sua origem, o OASE EM FOCO construiu laços, lançou desafi os e revelou os perfi s de centenas de grupos, buscando relatar como cada um deles assume a tarefa do tripé da OASE, de “Comunhão, Testemunho e Serviço”.
Somos muito gratas a todas as colaborações que recebemos ao longo desta jornada de comunicação. Cada autor e cada autora ajudou a construir o perfi l do periódico e da própria OASE nacional. Somos muito gratas também por cada mulher que nos ajudou a distribuir o jornal às integrantes do seu grupo local. Somos especialmente gratas a você, que leu e se animou com os relatos e desafi os lançados nessas páginas por muitas mulheres que você nem conhece pessoalmente. Seguimos nosso caminho de comunicar, integrar e desafi ar. Obrigado pela parceria!
OASE EM FOCO
Periódico interno da Ordem Auxilia dora de Senhoras Evangélicas (OASE) da Igreja Evangélica de Confi ssão Luterana no Brasil (IECLB). Distribuição: Gráfi ca e Editora Otto Kuhr Ltda., Rua Erich Belz, 154 - CEP 89068-060 Blumenau/SC; Fone/fax: (47) 3337-1110. Correspondência: Wilhelmina Kieckbusch - wilhelminakieck@gmail.com; Rua Imperatriz Leopoldina, 244, apto. 604 / Velha / 89041-200 Blumenau/SC. Assinaturas: Centro de Literatura Evangelística da IECLB, Caixa Postal 6390 - CEP 89068-971 Blumenau/SC. Presidente: Wilhelmina Kieckbusch. Coordenação: OASE Nacional. Editor: P. Roni Roberto Balz - Fone/fax: (47) 3337-1110. Diagramação: P. Clovis Horst Lindner. Projeto Gráfi co e Produção: Mythos Comunicação / Blumenau/SC.
Mulheres Um espaço de refl exão e debate da mulher luterana
OFórum de Refl exão da Mulher Luterana tem uma caminhada de mais de três décadas. Ao longo de sua trajetória, o Fórum realizou dez encontros em âmbito nacional, com o nome de Fórum Nacional de Refl exão da Mulher Luterana. Nesse período, fi rmou-se como um espaço de atuação e de refl exão de mulheres de diferentes grupos e organizações na igreja e na sociedade.
O Fórum de Refl exão da Mulher Luterana é um espaço estratégico de articulação e atuação de mulheres de diferentes grupos da IECLB. Seu objetivo, de modo geral, é refl etir sobre o papel da mulher luterana na família, igreja e sociedade. Nesse sentido, além de ser um espaço de encontro e refl exão, quer ser também um lugar de fortalecimento da mulher luterana através de ações promotoras de justiça de gênero na igreja e na sociedade.
O impulso inicial para o surgimento do Fórum foi a VIII Assembleia da Federação Luterana Mundial-FLM, em Curitiba, em fevereiro de 1990. Ali, um espaço denominado “Recanto” deu voz às mulheres de muitas nacionalidades, que falavam sobre si e sua realidade. Ainda no mesmo ano, em maio, aconteceu a primeira reunião com os diversos segmentos femininos da IECLB, dando início a um debate sobre o papel das mulheres na igreja e na sociedade, e que levou à realização do primeiro Fórum.
Entre as temáticas debatidas nesses fóruns estiveram cidadania e autoestima; o que é ser mulher luterana; saúde integral; água; vida sem violência; espiritualidade; graça; culpa; transformação. Mulheres foram desafi adas a compartilhar e contar suas histórias e foram convidadas a construir relações justas e dignas, amparadas pelo amor e pela palavra de Deus, unidas em oração e carregadas pelo abraço das irmãs.
Como principais frutos dessa caminhada destaque-se a refl exão sobre a realidade da mulher luterana a partir das suas experiências e do seu cotidiano, bem como sobre seu papel na família, na igreja e na sociedade.
O Fórum também foi um espaço pioneiro para refl etir sobre a questão da violência contra as mulheres, produzindo materiais e refl etindo nos grupos com elas. O Fórum defendeu ainda a criação de um órgão aglutinador, que tratasse de todos os assuntos relativos às mulheres, o que levou à criação da Coordenação de Gênero, Gerações e Etnias da Secretaria da Ação Comunitária da IECLB. Após três décadas de atividade, o Fórum continua sendo um espaço para promover refl exão, partilha e fortalecimento do trabalho com mulheres na IECLB.
História Condenação de Lutero na Dieta de Worms completa 500 anos em maio
P. Clovis Horst Lindner, Blumenau/SC
ADieta de Worms completa 500 anos. Reunida de 28 de janeiro a 26 de maio de 1521, a Dieta (que não é regime alimentar, mas Assembleia) tomou várias decisões para todo o império de Carlos V. Ao longo desses cinco meses, a cidade de Worms, de cerca de sete mil habitantes, tinha mais de dez mil hóspedes. Eram príncipes, nobres, cléricos, assessorias e serviçais, além do Imperador e todo o seu staff.
Na cidade virada do avesso, Martim Lutero chegou em 16 de abril, ovacionado pela população e recebido como herói. As pessoas acenavam para ele nas ruas, iam aos balcões e as cortinas das janelas se afastavam para vê-lo e mostrar apoio.
Nos dias 17 e 18 de abril ele foi julgado. Pediram que renunciasse os seus escritos e, no dia 18, ele disse a famosa frase: “A não ser que eu esteja convencido pelo testemunho das Escrituras ou pela razão clara (pois não confi o nem no papa ou em concílios por si sós, pois é bem sabido que eles frequentemente erraram e se contradisseram) sou obrigado pelas Escrituras que citei e minha consciência é prisioneira da palavra de Deus. Não posso e não irei renegar nada, pois não é nem seguro e nem correto agir contra a consciência. Que Deus me ajude, amém”.
No último dia da Assem bleia, já sem a presença de Lutero, foi decretado o Édito de Worms. Escrito com a ajuda do núncio papal na Dieta, Girolamo Aleandro, o decreto outorgado em 26 de maio de 1521 pelo imperador Carlos V declarava criminosos todos os que, “seja por atos ou palavras, defendessem, sustentassem ou favorecessem o que foi dito por Martim Lutero”.
O Édito determinou ainda que Lutero fosse preso e levado até o imperador para ser punido como herege e estipulou uma generosa recompensa aos que ajudassem neste intento. Na prática, Lutero era um proscrito. Qualquer cidadão que o encontrasse podia prendê-lo ou até matá-lo.
O que salvou Lutero foi a proteção do príncipe eleitor Frederico da Saxônia, que mandou sequestrar o reformador na sua viagem de volta para casa, escondendo-o no Castelo de Wartburg. Lá, Lutero fi cou oculto por quase um ano com o codinome de Cavaleiro Jorge, e traduziu o Novo Testamento para o alemão em pouco mais de dez semanas.
Lutero se defende diante do Imperador Carlos V e da Dieta reunida em Worms
Quando Lutero saiu de sua reclusão, o imperador não pressionou para que ele fosse preso. Por conta do crescente apoio a Lutero entre os alemães e da proteção de alguns príncipes, o Édito de Worms jamais foi aplicado na Alemanha.
Já nos Países Baixos, o Édito foi aplicado contra os mais ativos defensores de Lutero. Em dezembro de 1521, Jacob Probst, prior do mosteiro agostiniano em Antuérpia, foi o primeiro a ser preso e processado nos termos do Édito de Worms. Em fevereiro de 1522, Probst foi compelido a renunciar publicamente os ensinamentos de Lutero.
Mais tarde, os monges Johann Esch e Heinrich Voes se recusaram a negar e, em 1º de julho de 1523, foram queimados vivos em Bruxelas.
O Édito de Worms foi temporariamente suspenso em 1526, mas foi reinstalado na Dieta de Speyer, em 1529.
Pentecostes
A torre de B abel e Pentecostes
Leitura: Gênesis 11.1-9
Com esta história, o povo de Deus explica por que há línguas diferentes no mundo: “Essa gente é um povo só, e todos falam uma só língua. Isso que eles estão fazendo é apenas o começo (construindo uma torre que alcance o céu). Logo serão capazes de fazer o que quiserem” (v. 6).
Por conta disso, o Senhor dispersou-os por toda a superfície da terra, por que a intenção deles não era boa. Babel vem do verbo balal, que signifi ca “misturar”, “confundir”, e lembra Babilônia.
Diante do pro jeto de fama e poder por parte da humanidade ao construir a torre de B abel, Deus os espalhou pelo mundo colocando línguas diferentes em suas bocas a fim de que não se entendessem mais.
O texto da torre de Babel é o testemunho de um povo que reconhece que apesar das pessoas quererem dominar a criação e querer governar o mundo, existe a mão de Deus que está acima de todos. Com isso, Deus também dá um sinal de que é a favor da diversidade cultural, mostrando que é perigoso o pensamento único. O desejo por uma cultura só facilita a opressão, o autoritarismo e a ditadura. E Deus que criou o mundo em grande diversidade, valoriza as diferenças que se relacionam em respeito e se complementam mutuamente.
M as esta diversidade precis a de uma ordem, de uma organização, senão vira confusão. E esta ordem na criação de Deus acontece em Pentecostes, quando vem o Espírito Santo, e as pessoas das diferentes línguas, cada qual fala em sua língua do mesmo e único Salvador Jesus. Leitura: Atos dos Apóstolos 2.1-13
Vinha gente de toda a parte: judeus saudosos que voltavam a Jerusalém, trazendo também pagãos amigos e prosélitos. Eram oferecidas as primícias das colheitas no templo. Era também chamada festa das sete semanas, por ser celebrada sete semanas depois da festa da Páscoa, no quinquagésimo dia. Daí o nome Pentecostes, que signifi ca “quinquagésimo dia”.
No primeiro Pentecostes, após a morte de Jesus, cinquenta dias depois da Páscoa, o Espírito Santo desceu sobre os seguidores de Jesus em Jerusalém na forma de línguas de fogo, e todos fi caram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas. Cada um falava sobre a maravilhosa salvação em Jesus na sua língua.
Em Pentecostes, restabelece-se a unidade desfeita com Babel. Porém, trata-se da unidade respeitando a diversidade. A vaidade e o orgulho humano em Babel anula a diferença, enquanto que o amor de Pentecostes une diferenças, sem uniformizar.
A cultura da paz anunciada nas bem aventuranças de Jesus supõe o respeito e o diálogo na diversidade, a partilha de experiências onde a ênfase não seja mais “este é maior e melhor do que aquele”, mas a ênfase seja “este é diferente daquele e ambos revelam o quanto nosso Criador é Criativo, Grande e Rico na diversidade de sua criação”.
Assim, a missão de Deus, confi ada à Igreja, é anunciar a Boa Nova, da vida em abundância em Cristo, a todos os corações através de Pentecostes, onde não há mais barreiras culturais, barreiras de preconceitos e discriminação que impeçam pessoas de terem comunhão no amor, na alegria e na fé em Jesus.
Em Pentecostes foi criada a Igreja, que signifi ca “chamados para fora da casa para se reunir na praça” ou “reunião de pessoas”. Assim, os crentes em Jesus Cristo são chamados a sair do seu comodismo, do caminho pecaminoso, para serem santifi cados pelo Espírito Santo e dar testemunho, em palavras e atitudes, do amor ao próximo.
Em Pentecostes, a IECLB também lança, anualmente, a Campanha VAI e VEM, que busca animar os seguidores de Jesus a ofertar dinheiro e a orar pelos projetos missionários e diaconais desenvolvidos pela igreja.
A missão é de Deus, mas o compromisso de colaborar é nosso se quisermos ser reconhecidos como cristãos e cristãs. A OASE é, desde sua origem, diaconal e missionária, e tem sido um grande instrumento nas mãos de Deus, cuidando de pessoas em situação de sofrimento, vulnerabilidade e exclusão.
Que movidas pelo Espírito Santo, as mulheres da OASE permaneçam fi eis a Jesus, servindo em amor e gratidão, vivendo em comunhão e testemunhando o Reino de Deus com alegria. Amém.
P. Roni Roberto Balz, Blumenau/SC
CHARADA 13
Pentecostes
Quantos dias depois da Páscoa é comemorado o dia de Pentecostes? As respostas concorrem a um livro surpresa, cortesia da Livraria Martin Luther. Enviar a resposta até 17/07/21 para um dos seguintes endereços: e-mail: ronibalz@yahoo.com.br, Whatsapp (47)991997584 ou carta: Editora Otto Kuhr, Rua Erich Belz, 154, Itoupava Central, Blumenau, SC, CEP 89068- 060.
Resposta da charada número 12: Qual é a data de fundação da tua Comunidade? Resposta da sorteada: A minha Comunidade, Evangélica São Paulo, de Três de Maio, RS, foi fundada em 29 de dezembro de 1918. A sorteada foi: Sidônea Block Tratsch, de Três de Maio, RS.
Sínodo Nordeste Gaúcho
Solidariedade e ação social
OASE Três Coroas: Trabalhos doados para crianças carentes e idosos em geriatria, no ano de 2020. OASE Santos Reis: As comunidades evangélica e católica, a OASE, Apostolado e Emater de Santos Reis arrecadaram leite e fraldas geriátricas para o Hospital Montenegro.
OASE Igrejinha participa da AMIFEST, com o lema: Doar faz bem. Foram doados alimentos e produtos de higiene e limpeza.
OASE Montenegro: Drivethru promovido pela OASE e Lelut da Comunidade de Montenegro, com arecadação de alimentos não perecíveis e artigos de higiene e limpeza destinados ao Hospital Montenegro. OASE Campo do Meio: Na véspera da Páscoa, com o apoio da OASE e orientadoras de Culto Infantil de Campo do Meio, entregaram pacotes com balas e chocolates para as crianças. Em gratidão cada criança foi motivada a trazer uma doação ao Hospital Montenegro 100% SUS. As doações foram entregues ao Hospital, pelo Diácono Dério Milke (acima).
Na OASE de Feliz/RS, um grupo de 8 mulheres desde julho de 2018 realiza visita aos enfermos do Hospital Schlater. Na Pandemia, desde fevereiro de 2021, se reunem diariamente para momento de oração no início da noite.
OASE Feliz:Celebração da Semana Nacional da OASE. OASE de Feliz, preparando cestinhas de Páscoa para profi ssionais de saúde do Hospital Schlater e entrega com confraternização. Grupos de OASE de Brochier arrecadaram doações de alimentos não perecíveis, produtos de higiene, álcool em gel, luvas e fraldas geriátricas, para o Hospital Montenegro
Os 12 grupos de OASE de Igrejinha fi zeram uma campanha e arrecadaram R$ 6.000,00 que foram doados ao Asilo Pella Betânia de Taquari/RS. Oase Igrejinha faz doação de máscaras para geriatria e doação de luvas para Hospital Bom Pastor. MENSAGEM
“Só eu conheço os planos que tenho para vocês, prosperidade e não desgraça, e um futuro cheio de esperança. Sou eu, o Senhor quem está falando. Então vocês vão me chamar e orar a mim, e eu responderei. Vocês vão me procurar e me achar, pois vão me procurar de todo o coração” (Jeremias 29.11-13).
Desde março de 2020, fomos confrontados com algo que, no primeiro momento, era desconhecido para nós, mas, com o passar dos meses, foi gerando sentimentos de angústia, medo, solidão e descrença. O ano passou e chegou 2021, acompanhado ainda deste, não mais desconhecido COVID-19, um vírus que se tornou mais forte, mais agressivo entre nós. Essa passagem bíblica faz parte de uma carta escrita pelo profeta Jeremias aos judeus da Babilônia, que foram levados de Jerusalém como prisioneiros pelo Rei da Babilônia, Nabucodonosor. Eles estavam sofrendo muito, mas Deus os animava para continuarem fi éis a ele e que em oração pedissem pelo bem da Babilônia, pois se ela estivesse bem, eles também estariam. Deus os avisou para que não se deixassem enganar pelos falsos profetas, por aqueles que dizem que podem adivinhar o futuro, pois eles dizem mentiras em nome de Deus. Deus diz: “Vocês vão me procurar e me achar, pois vão me procurar com todo o coração” (Jeremias 29.13).
Então vem a pergunta: Onde encontramos Deus? Onde vamos achá-lo? Algumas pessoas com certeza diriam: “Na igreja, afi nal, a igreja não é a casa de Deus?” E para alguém que pensa assim na pandemia, tempo de distanciamento, com a igreja fechada, o que será que estão pensando? Nos mais diversos cultos online, desde 2020, por várias vezes os ministros da IECLB nos disseram: “levamos a igreja para dentro de suas casas”. Quem sabe, muitos tiveram que encontrar Deus de todo o coração, não só na igreja, mas também em casa. Mateus escreve: “Jesus andou por toda a Galileia, ensinando nas sinagogas, anunciando a boa notícia do Reino e curando as enfermidades e as doenças graves do povo” (Mt.4.23). Como discípulas de Jesus, somo convidadas pelo Mestre, a seguirmos o seu exemplo. Como ele mesmo disse: “Vocês são sal da terra e luz do mundo” (Mt.5.13ss). Nós podemos também ensinar, anunciar a boa notícia do Reino e curar. Fazer a diferença.
A humanidade está clamando pela cura desta doença. A humanidade está procurando por Deus. Nós podemos ser esta ponte. Nós podemos trabalhar como mensageiros na vida das pessoas. A nossa igreja IECLB já está fazendo isso. A nossa OASE também está a nível nacional ajudando onde temos condições de ajudar. Temos Jesus Cristo como Senhor e Salvador e estamos de braços abertos, mesmo que em modo virtual, para acolher, ouvir e ajudar a todas aquelas que necessitam, nos variados grupos de OASE no país. Vamos praticar os ensinamentos de Cristo e servi-lo com alegria. Amém. Rosa Kauer, presidente da OASE Sinodal
Sínodo Vale do Taquari Saúde comunitária no Sínodo
OCentro de Apoio e Promoção da Agroecologia-CAPA é uma entidade da sociedade civil que faz parte da Fundação Luterana de Diaconia-FLD. O CAPA é um serviço da IECLB, sendo uma ação concreta e transformadora há 42 anos no território do Sul do Brasil. Está dividido em 5 núcleos Marechal Cândido Rondon (PR), Verê (PR), Erexim (RS), Pelotas(RS) e Santa Cruz do Sul(RS). O CAPA desenvolve ações comunitárias no campo, de agroecologia com famílias da agricultura familiar, comunidades indígenas e kilombolas; mulheres, jovens, crianças e público em vulnerabilidade social. Eixos prioritários de atuação do CAPA englobam a segurança e soberania alimentar, promoção da saúde, organização comunitária e cooperativismo.
Com essas premissas, o CAPA iniciou em 2003, em parceria com o Sínodo Vale do Taquari, o Projeto de Saúde Comunitária (PSC), para melhorar a qualidade de vida das pessoas. As atividades iniciaram com oito grupos de mulheres integrantes da OASE. Atualmente, o PSC está presente em Cruzeiro do Sul, Paverama, Teutônia e Westfália, com 24 grupos de mulheres, mas também com homens, crianças, jovens e por-
Há resgate dos hábitos alimentares e conhecimentos das mulheres em relação ao preparo dos alimentos, as hortas e os pomares para subsistência.
tadores de necessidades especiais. Desses grupos, três são exclusivamente de integrantes da OASE, Linha Catarina, município de Teutônia, Linha Schmidt e Linha Frank do município de Westfália. Existe também um número expressivo de integrantes da OASE nos demais grupos.
As atividades ocorrem nos salões das comunidades luteranas e as temáticas desenvolvidas partem da agroecologia, passando pela ação comunitária, segurança e soberania alimentar e nutricional. Há um trabalho importante no resgate dos hábitos alimentares e conhecimentos das mulheres em relação ao preparo dos alimentos, as hortas e os pomares para subsistência. Está presente também a valorização de seus conhecimentos sobre os cuidados com a saúde, plantas medicinais e farmácia caseira, promovendo o resgate de suas ancestralidades enquanto mulheres. Durante as reuniões a roda de conversa e a partilha estão presentes e ao fazer juntas uma receita seja ela de alimentação ou de farmácia caseira parte da vida das mulheres acontece ali. Ocorre também um encontro anual na Casa Sinodal com representantes de todos os grupos, com palestra, ofi cina, cine debate sobre assuntos de interesse das mulheres.
Nesses 18 anos de saúde comunitária observamos avanços na melhoria da qualidade de vida das mulheres e famílias por meio da troca de conhecimentos e capacitações.
Durante as reuniões a roda de conversa e a partilha estão presentes, bem como a valorização de seus conhecimentos.
Encontro anual de grupos.
Também houve a abertura de um espaço de comercialização de produtos agroecológicos da Cooperativa Regional de Agricultores Familiares Ecologistas-ECOVALE na sede do Sínodo, em Teutônia. Destaque cabe, ainda, à criação da Horta Comunitária em Teutônia, na comunidade luterana de Canabarro. Surgida na pandemia, a horta atende famílias em situação de vulnerabilidade social. Com o apoio e motivação da Pastora Cristiane Echelmeier, envolvimento das mulheres do grupo de saúde comunitária de Canabarro, da OASE local, do CAPA e de voluntárias, a horta fornece alimentos saudáveis a quem necessita. O CAPA presta assessoria técnica na produção agroecológica e desenvolve um modelo de horta urbana comunitária a ser seguido para além da pandemia.
O Projeto Saúde Comunitária tem contribuído positivamente e transformado a vida das famílias através da agroecologia. Ele tem sido espaço de escuta, trocas e fortalecimento das mulheres que juntas constroem caminhos na melhoria da qualidade de vida. Esse é o propósito do CAPA : promover a vida e autonomia de todas as pessoas de forma justa e igualitária.
Dividindo conhecimento com receitas e preparação de pratos. TRE-Técnica de Redução de Estresse
Muito refl etimos sobre a dignidade do ser humano, na igreja. A Bíblia afi rma que somos imagem e semelhança de Deus (Gênesis 1.27). Isso nos ajuda a entender que o Criador garante a dignidade e o valor de cada pessoa, não importando sua situação social, cultural ou econômica. A dignidade do ser humano requer cuidado de forma integral, respeitando suas dimensões. Jesus cuidava da pessoa em todas as suas dimensões: física, mental, social, psicológica, espiritual e cognitiva. Como Igreja de Jesus Cristo, somos chamados a cuidar e compreender o ser humano também na sua integralidade.
A neurociência também afi rma que o ser humano é um ser integral, que não pode ser fragmentado, que “funciona” através da comunicação dos neurônios entre o mundo externo e interno. Leva as informações através da corrente sanguínea, que são captadas pelas sensações, visão, audição, tato, paladar, sistema motor. O belo da criação, é que Deus colocou em nós a capacidade de cuidarmos de nós mesmos e uns dos outros. Todos/as passamos por problemas, sofrimentos, crises, adversidades, que podem ser oriundos de qualquer uma das dimensões, seja física, emocional, psicológica...
A técnica corporal TRE-Técnica de Redução de Estresse é uma ferramenta de auto-regulação do sistema nervoso. Tudo o que dói em nós: uma doença física; a má alimentação; a perda de uma pessoa querida; a falta de dinheiro; de alimentos; de amigos; o isolamento social, problemas de relacionamento, opressão, submissão, entre tantas outras dores, são agentes estressores. Tais dores deixam marcas, como medo, tristeza, ansiedade, angústia, desesperança, irritabilidade, traumas, insônia, dores físicas, depressões e outras doenças. Nosso organismo se defende dos agentes estressores lutando ou fugindo deles e, quando não dá conta de lutar ou fugir, o hormônio do estresse, o cortisol, se eleva na corrente sanguínea.
A TRE pode ser realizada individualmente ou em grupo, de forma presencial ou virtual. É composta por sete exercícios introdutórios de alongamento e a “boa nova”. Deitamos num colchonete e nosso corpo e mente começam a relaxar através da liberação de tremores, espasmos ou vibrações. É algo natural, não tem contraindicação. Esses tremores irão regular o nível de cortisol no sangue, trazendo relaxamento, alívio de dores crônicas, equilíbrio do sistema nervoso, melhora na qualidade de sono.
Quem desenvolveu a técnica foi o psicoterapeuta americano David Berceli num contexto de muito sofrimento, como guerras e desastres naturais. Atualmente é usada em diversos países. No Brasil, vem crescendo a cada dia e é um ótimo recurso a ser utilizado na pandemia.
A IECLB tem a preocupação de ir ao encontro das necessidades das pessoas, de ser igreja do cuidado, que oferece alternativas práticas para ajudá-las em seus processos de lutas e curas, assim como Jesus fazia. Por isso, através da Coordenação de Diaconia, a Secretaria Geral da IECLB formou pessoas para serem facilitadoras de TRE em contextos comunitários. Se o seu grupo tem interesse em conhecer a técnica, faça contato com a Coordenação de Diaconia.
Diácona Mariane Schneider
Diácona Carla Vilma Jandrey
Sínodo Vale do Taquari
XXI Dia Sinodal da OASE
Realizou-se no dia 17 de setembro de 2019, nas Comunidades de Palmas Norte e Palmas Sul da Paróquia de Arroio do Meio, o XXI Dia Sinodal da OASE do Sínodo Vale do Taquari, sob o tema “Construindo pontes de Comunhão, Testemunho e Serviço”. Participou como convidada a Pastora presidente Sílvia B. Genz. Estiveram presentes as mulheres dos 50 grupos de OASE, ministros e ministras do Sínodo e pessoas convidadas.
Na meditação inicial as mulheres foram desafi adas a construir pontes com palavras que aproximam. A pastora Sílvia fez a palestra sobre o tema, despertando em cada participante o desejo de se aprofundar e fortalecer na caminhada, assumindo os desafi os inerentes à missão como OASE na igreja. Durante o dia aconteceram várias atividades, como a apresentação do Grupo Instrumental da Escola Princesa Isabel de Rui Barbosa/Arroio do Meio, com muito canto coordenado pelo Conselho de Música do Sínodo, teatro de grupos da OASE, histórico e cantos da comunidade Quilombola e a apresentação do grupo de Harpas. O dia culminou com a celebração da Ceia do Senhor, onde experimentamos a gratuidade de Deus em seu fi lho Jesus Cristo, ao recebermos, com nossas mãos vazias, e corações esperançosos, o alimento da graça e do amor. Um depoimento de uma participante da Pella: “Achei muito bonito, aproveitamos bem. Reencontrei amigas, as pastoras, os pastores e o Pastor Sinodal. Apesar da chuva foi um dia maravilhoso”. Sínodo Planalto Rio-Grandense
Quem somos
OSínodo Planalto Rio-Grandense, com sede em Carazinho/RS, abrange 52 municípios e 24 Paróquias. A Associação dos Grupos da OASE conta com 79 Grupos com 2.308 mulheres participantes. O Pastor Sinodal é Ricardo Cassen e a Vice-Pastora Sinodal é Betina Schlittler Cavallin. Os pastores orientadores teológicos são Adi Pfeiffer e Daniela Lamb. A Diretoria Sinodal da OASE tem como presidente Liani Plegge, vice-presidente Loena Maria Hoffstaedter, secretária Veronice Wendland, vicesecretária Marli Horst, tesoureira Marlene Schneider e vice-tesoureira Lorena Schwiderke. Os grupos desenvolvem inúmeras atividades nas comunidades visando fortalecer o tripé Comunhão Testemunho e Serviço com amor e gratidão para engrandecer a Seara do Senhor.
Esta é a Diretoria Sinodal da OASE.
MENSAGEM
“Pedi, e vos será dado; buscai, e achareis; batei, e a porta vos será aberta. Pois todo o que pede recebe; quem busca acha; e, ao que bate, a porta será aberta” (Mateus 7.7s)
O ano de 2020 foi um ano atípico, onde praticamente não ocorreram encontros presenciais. Mesmo tendo que se reinventar os grupos fi zeram valer o tripé comunhão, testemunho e serviço. O trabalho da OASE tem sido comparado a um imenso jardim, onde cada uma contribui para que permaneça belo e fl orido. No ano que passou, outra fi gura pode melhor representar a OASE: o céu estrelado. Compartilho a mensagem da Estrela Verde para ilustrar essa fi gura.
Era uma vez em que havia milhões e milhões de estrelas de todas as cores: brancas, lilases, prateadas, douradas, vermelhas, azuis... Um dia, procuraram Deus e lhe disseram: “Senhor Deus, gostaríamos de viver na terra com os homens”. “Assim será feito”, disse Deus, “conservarei vocês todas pequeninas como são vistas e podem descer à terra”. Naquela noite houve uma linda chuva de estrelas. Umas desceram nas torres das igrejas, outras foram voar e brincar com os vagalumes no campo, outras se misturaram nos brinquedos das crianças e a terra fi cou maravilhosamente iluminada. Porém, passado algum tempo, as estrelas resolveram abandonar os homens e voltar ao céu, deixando a terra escura e triste. “Por que voltaram?”, perguntou Deus, à medida que voltavam ao céu. “Senhor, não nos foi possível permanecer na terra. Lá existe muita miséria, muita desgraça, fome, violência, guerra, maldade, doença!” E Deus disse: “Claro, o lugar de vocês é aqui no céu. A terra é o lugar do transitório, daquilo que passa, do imperfeito, daquele que caiu, que erra, que morre. Aqui no céu é o lugar da perfeição, o lugar onde tudo é bom e eterno”. Depois de conferir o número, Deus falou: “Mas está faltando uma estrela! Será que se perdeu no caminho?” Um anjo, que estava perto, retrucou: “Não, Senhor! A estrela resolveu fi car entre os homens. Ela descobriu que seu lugar é exatamente onde está a imperfeição, onde há limites, onde as coisas não vão bem”. “Mas que estrela é esta?”, voltou a perguntar Deus. “Senhor, era a única estrela verde, a do sentimento da esperança. Quando olharam para a terra, a estrela verde não estava mais sozinha. A terra estava iluminada porque havia uma estrela verde no coração de cada pessoa, porque o único sentimento que o homem tem e Deus não tem é a esperança. Deus já conhece o futuro e a esperança é própria da natureza humana, própria daquele que cai, daquele que erra, daquele que não é perfeito, daquele que ainda não conhece o futuro. (Autor desconhecido) Que o trabalho da OASE possa ser uma maneira de levar a esperança aos corações, fazendo com que a estrela verde, mesmo em meio a tempos difíceis, em meio a pandemia, possa manter-se acesa e brilhar, iluminar e guiar nossos passos. Amém.
História dos Grupos Grupo de Panambi celebra 110 anos de existência
Lançamento do livro de receitas da OASE Panambi
Depois de lançar um belo vídeo sobre os 110 anos da OASE Panambi Centro, foi realizado dia 14 de outubro de 2020 um pequeno encontro com as líderes dos grupos e a diretoria. Obedecendo todo o protocolo da pandemia, o grupo se reuniu para lançar um folheto comemorativo da data e tomou uma xícara de chá na caneca dos 110 anos. Foi uma tarde de reencontro onde o pastor Elton Klein dirigiu uma bela mensagem e com vários cânticos de louvor ao Senhor. No folheto, além de convidar todas para tomar um chá, consta o histórico do grupo Panambi em forma de poesia, uma mensagem do Missionário Élcio da Silva, da presidente Sonia Lohmann, do pastor Elton Klein e, no fi nal, uma poesia em alemão escrita pela fundadora Maria Faulhaber.
Acima o Livro de Receitas do grupo. Ao lado, as xícaras de chá para celebrar os 110 anos de fundação O tema do Roteiro da OASE de 2021 é sobre “escolhas”, o ano de 2020 que passamos, também tivemos que fazer muitas escolhas, após sermos surpreendidos com uma pandemia, muitos planejamentos tinham sido feitos, mas muitos tiveram que ser alterados de última hora. Uma dessas situações foi a comemoração dos 110 anos da OASE de Panambi-Centro, um marco que não poderia passar em branco, assim, foi feito um belo vídeo comemorativo contando um pouco da longa história da OASE- Panambi e também expondo uma série de fotos de diversos eventos realizados pela OASE ao longo do tempo. Em outubro realizamos um pequeno Encontro Paroquial somente com a diretoria e liderança para lançar um folheto comemorativo dos 110 anos, foi também confeccionada uma caneca referente aos 110 anos, que foi distribuída a todos os membros da OASE-Panambi e recentemente na reunião da diretoria foi feito o lançamento da 6ª edição do livro de receitas da OASE com um novo layout na capa, trazendo uma bela imagem do nosso templo, o livro que também é alusivo aos 110 anos da OASE Panambi encontra-se a venda na secretaria da Comunidade. Na foto em destaque, a presidente Sra. Crista Goecks e suas vices apresentam a 6ª edição do livro.
OASE EM FOCO
Ano XXIII - Número 092 Ano
OASE - Ordem Auxiliadora de Senhoras EvangélicasOASE - Ordem Agosto de 2021
Igreja Evangélica de Confi ssão Luterana no Brasil - IECLB
ASSEMBLEIA NACIONAL DE GRUPOS Eleita nova diretoria nacional
Com a presença da pastora presidente da IECLB, Sílvia Beatrice Genz , ministras orientadoras teológicas da OASE nacional, diácona Telma Merinha Kramer e pastora Louvani Kurt Hirt , pastora Carmem Michel Siegle da Coordenação de Gênero, Gerações e Etnias, e Sabrina Bolla, assessora da IECLB, juntamente com as representantes sinodais (presidente, secretária e tesoureira) dos 18 sínodos da IECLB, no dia 24 de junho, em assembleia, foi eleita e instalada a nova Diretoria e Conselho Fiscal da Associação Nacional dos Grupos da Ordem Auxiliadora de Senhoras Evangélicas – OASE , mandato 2021 a 2025.
Em sua saudação, a pastora Sílvia destacou que a mulher cristã, a mulher de fé, é a que se coloca em ação, servindo e cuidando. Enfatizou “que Deus sempre dá forças, orientação, sabedoria e, não se esqueça, sopra o seu Santo Espírito”. A presidente Wilhelmina Kieckbusch leu o Salmo 4.1: “Eu estava em difi culdade, mas tu me ajudaste. Tem misericórdia de mim e ouve a minha oração” e disse: “Nada impediu de nos encontrarmos nas janelinhas de forma eletrônica” e desejou abençoada Assembleia.
Após tratados os assuntos da pauta, foi realizada a eleição e instalação da nova Diretoria e Conselho Fiscal pelas pastoras Carmen, Louvani, Sílvia e diácona Telma. Agradecimentos especiais à Diretoria e Conselho Fiscal que encerram o mandato. Parabéns à nova diretoria e Conselho Fiscal, pelo desafi o e compromisso assumido. Palavras da Presidente da IECLB, Pa. Sílvia: “A fé leva ao serviço, com votos de ricas bênçãos. A IECLB conta com todas”.
Integram a Diretoria: Presidente Elfi Roedel (Santa Cruz do Sul/ RS, Centro-Campanha Sul); vice-presidente Noeli Maria Dunck Dalosto (Canarana/MT, Mato Grosso); secretária Nélvi Werkhäuser Herpich (Três de Maio/ RS, Noroeste Rio-Grandense); vicesecretária Liane Plegge (CondorRS, Planalto Rio-Grandense); tesoureira Clarisse May (Paraíso do Sul/ RS, Centro-Campanha Sul); vicetesoureira Nelci Person (Gravataí/ RS, Rio dos Sinos).
Integram o Conselho Fiscal: Lurdes Irene Gerhard (Novo Hamburgo/RS, Rio dos Sinos); Wilhelmina Kieckbusch (Blumenau/ SC, Vale do Itajaí); Dirce Semin Zang (Luzerna/SC, Uruguai); Vera Cristina Luckner Beling (Santa Maria do Jetibá/ES, Espírito Santo a Belém); Wilma Devantier (Guarapuava/PR, Paranapanema); Jane Janete Voigt Folador (Cascavel/PR, Rio Paraná).
Editorial Gratidão!
Temos muitos motivos para expressar nossa gratidão como Ordem Auxiliadora de Senhoras Evangélicas. Estamos presentes de Norte a Sul deste imenso Brasil, em paróquias e comunidades por toda a IECLB.
Isso fi ca evidente nos relatos das atividades sinodais nesta edição, que vão do Rio Grande do Sul, o Sínodo Centro Campanha Sul, a seus dois irmãos mais distantes, o Sínodo da Amazônia e o Sínodo Espírito Santo a Belém. Quê imensidão nesses extremos! E quanta coisa bonita brota das imagens e dos relatos de pessoas tão diferentes, mas unidas pela mesma fé, pela mesma esperança e pelo mesmo amor.
Também somos gratas pelas pastoras Gabrielly e Márcia, que assumem a orientação espiritual da OASE nacional. As paróquias das duas pastoras são enormes e exigem um esforço quase sobrehumano para cuidar de tudo. Ainda assim, as duas se animam a abraçar a causa nacional das mulheres com brilho nos olhos.
Nosso abraço grato estendese, igualmente, a cada uma das mulheres que assumiu o importante papel de dirigir a OASE Nacional. Que Deus as abençoe e inspire com seu Santo Espírito, para que sigamos sempre fi rmes.
OASE EM FOCO
Periódico interno da Ordem Auxilia dora de Senhoras Evangélicas (OASE) da Igreja Evangélica de Confi ssão Luterana no Brasil (IECLB). Distribuição: Gráfi ca e Editora Otto Kuhr Ltda., Rua Erich Belz, 154 - CEP 89068-060 Blumenau/SC; Fone: (47) 3337-1110. Correspondência: Wilhelmina Kieckbusch - wilhelminakieck@gmail.com; Rua Imperatriz Leopoldina, 244, apto. 604 / Velha / 89041-200 Blumenau/SC. Assinaturas: Centro de Literatura Evangelística da IECLB, Caixa Postal 6390 - CEP 89068-971 Blumenau/SC. Presidente OASE Nacional: Elfi Roedel. Coordenação: OASE Nacional. Editor: P. Roni Roberto Balz - Fone: (47) 3337-1110. Diagramação: P. Clovis Horst Lindner. Projeto Gráfi co e Produção: Mythos Comunicação / Blumenau/SC.
Orientação Espiritual Escolhidas as novas pastoras orientadoras da OASE Nacional
Anova diretoria da OASE Nacional escolheu sua orientação teológica, integrada pelas pastoras Márcia Helena Hülle e Gabrielly Ramlow Allende. As duas ministras atuam em Blumenau/SC, a pastora Márcia no Centro e a pastora Gabrielly no bairro Badenfurt. A pastora Márcia volta, depois de um tempo, para a orientação da OASE Nacional e continua como orientadora da OASE Sinodal do Sínodo Vale do Itajaí.
A pastora Gabrielly Allende atua ao lado do marido, pastor Gustavo Allende, no bairro de Badenfurt, na cidade de Blumenau/SC
A pastora Márcia Helena Hülle atua ao lado do marido, o pastor Milton Jandrey, e do pastor Flávio Peiter na Paróquia Blumenau-Centro
Ambas as pastoras estão felizes e animadas com a nova caminhada, como MULHERES da OASE Nacional, no viver Comunhão, no dar Testemunho e no colocar-se a Serviço de Deus. Que Deus as abençoe na tarefa de pastorear e orientar.
Publicação Escolhida a capa do novo livro da OA SE
Em 2012, a OASE publicou a quarta edição do livro OASE – Por quê? Como? Para quê? – Guia de Comunhão, Testemunho e Serviço. Este material tem sido de grande ajuda para a organização dos grupos e suas diretorias, com informações importantes para o bom funcionamento deste trabalho na Igreja. Este livro também traz um resumo da história da OASE no Brasil, valorizando o seu passado e balizando o seu futuro. Com a necessidade de fazer uma próxima edição, decidiu-se promover um concurso para a elaboração da capa, valorizando a diversidade e criatividade, dons e talentos das mulheres da OASE dos 18 sínodos. Assim, foram criadas e enviadas 17 propostas, uma mais linda do que a outra. Alguns sínodos enviaram mais do que uma, com isso, primeiramente, fez-se uma triagem, por meio de eleição, para haver apenas uma capa representando cada sínodo. Como foram oito sínodos a enviar suas propostas de capa, publicamos as mesmas ao lado, em formato menor, para fi car registrada esta riqueza de dons de nossas mulheres.
Assim, no dia 13 de julho, em ambiente virtual, a diretoria da OASE Nacional se reuniu para escolher a capa principal. O P. Roni Balz, diretor da Editora Otto Kuhr, organizou as capas em um PowerPoint e coordenou a eleição. Estiveram presentes 12 mulheres que, após apreciarem cada capa, davam uma nota de 1 a 10. A capa com a maior somatória seria a escolhida. Assim, foi escolhida a capa enviada pelo Sínodo Vale do Itajaí, elaborada por Adriana Rahn, de Pomerode/SC. A premiação é uma Bíblia da IECLB, publicação da foto-retrato no livro, breve histórico da vencedora e 10 exemplares deste livro.
Gratidão a todas as mulheres que refl etiram e enviaram suas propostas, dando testemunho da diversidade de dons a serviço de Jesus Cristo por meio da OASE. Deus permaneça ao lado de cada mulher da OASE, nesta caminhada, para que fi que fi rme na comunhão, testemunho e serviço. Quem ganhou com tudo isso? A OASE.
SÍNODO VALE DO TAQUARI SÍNODO PARANAPANEMA SÍNODO SUDESTE Ao lado, A capa escolhida é criação de Adriana Tribess Rahn, de Pomerode/SC, no Sínodo Vale do Itajaí As oito propostas fi nalistas:
SÍNODO NORDESTE GAÚCHO
SÍNODO MATO GROSSO
SÍNODO NORTE CATARINENSE
Liturgia
A simbologia e o tempo litúrgico
Com certeza, neste tempo de pandemia, coisas simples a que estávamos acostumadas, como, por exemplo, o culto presencial, os encontros de OASE, a ornamentação da sala para os encontros, aquele aconchego na igreja, no altar, os elementos litúrgicos, os paramentos com cores e símbolos... Já estamos sentindo falta de tudo isso. De repente, a gente nem percebia mais a beleza dessa dinâmica toda.
Fiquei surpresa quando uma pessoa, depois de algum tempo sem participar dos cultos, por conta da pandemia, chega à igreja e percebe admirada a beleza que envolvia o altar. Perguntoume se aquele espaço sempre era preparado assim com tanta delicadeza. Nunca tinha observado. Estava com saudades e agora estava percebendo a dedicação em cada detalhe.
Já nos questionamos o porquê de usar determinadas cores na mesa do altar, no púlpito e em outros espaços litúrgicos? Por que este ou aquele símbolo? Por que verde, roxo, branco, vermelho? Por que nesta ou naquela época do ano? Afi nal, o que é o tempo litúrgico? Ou calendário litúrgico, para que serve?
Símbolos Litúrgicos
Os símbolos litúrgicos representam algo que não podemos explicar só por meio de palavras. Eles falam mais do que as palavras. Deus nos fala através da sua palavra, da música, dos sacramentos, de gestos como a imposição de mãos, a bênção e de diversas formas. A cruz, as estolas, as vestes litúrgicas, os vitrais, os paramentos são partes da simbologia litúrgica. Todos esses símbolos querem nos dizer algo da realidade de Deus. A cruz, por exemplo, nos fala da morte e da ressurreição de Cristo. Os símbolos não são peças que decoram o ambiente do culto, mas estão ali porque têm uma mensagem a transmitir.
O tempo litúrgico surgiu com o ob jetivo de ajudar a comunidade a celebrar os acontecimentos mais importantes da fé cristã. Ele é organizado na forma de um calendário, que dá destaque às principais festas e datas celebradas pelo povo de Deus ao longo do ano. Através do tempo litúrgico, a comunidade cristã faz uma caminhada pela história da s alvação de Deus. Ela celebra o nascimento de Jesus, sua morte e ressurreição, sua ascensão, a descida do Espírito Santo e a vida da igre ja no mundo. Dess a forma, a comunidade cristã rememora o que Deus fez , o que ele faz e o que ele fará por nós. Portanto, o tempo litúrgico express a o tempo da igre ja no mundo, marcado pelas festas que celebram a história de Deus com o seu povo. Quais são as principais festas do ano litúrgico?
Domingo: Festa do Senhor Ressurreto ou Dia do Senhor
Os primeiros cristãos se reuniam no primeiro dia da semana para partir o pão, a Ceia do Senhor (Atos 20.7-12).
Justino, um fi lósofo grego e teólogo (100 -165 d.C) escreveu que os cristãos se reuniam nesse dia para celebrar a fé na ressurreição. O domingo foi o dia mais importante na vida das primeiras comunidades. E esse era o acontecimento mais importante para a fé cristã. Cada domingo celebramos uma pequena Páscoa. O domingo, como Dia do Senhor, foi a primeira festa dos cristãos.
Páscoa: a primeira festa anual da igreja
Até o fi nal do século l, havia uma festa anual da Páscoa. A partir do século 2, além da celebração semanal da ressurreição no domingo, foi se desenvolvendo uma grande celebração em torno da Páscoa. Essa festa era marcada pela vigília no entardecer do sábado, dando ênfase à passagem de Cristo da morte para a ressurreição. Nos três primeiros séculos, a paixão, morte e ressurreição de Cristo eram comemoradas em conjunto na Páscoa. A partir do século 4, a comunidade cristã começou a celebrar cada acontecimento dos últimos dias da vida de Jesus, em dias separados. Surge então, a Semana Santa, que a cada dia recebeu uma ênfase: Quinta-Feira - celebração da última ceia de Jesus com seus discípulos; Sexta-Feira - crucifi cação e morte de Jesus; Sábado Santo ou Sábado de Aleluia - vigília que culmina com a Páscoa.
Esta divisão da celebração da Páscoa é denominada de Tríduo Pascal. Esses dias são considerados os três dias mais santos do calendário da Igreja. Junto a estes dias está o Domingo de Ramos/ Paixão, marcando o início da Semana Santa e celebra a entrada de Jesus em Jerusalém.
Ao redor da Páscoa se desenvolveram dois outros períodos: Quaresma (quarenta dias antes da Páscoa), e Tempo Pascal (que corresponde aos 50 dias que se estendem desde a celebração da Páscoa até o dia de Pentecostes). Para a Igreja Antiga, esses dias após a ressurreição do Senhor formam um período de paz, alegria e louvor a Deus.
A cor litúrgica da Páscoa e do tempo pascal é o branco.
BRANCO: É o resultado de todas as cores juntas, simboliza pureza, paz, alegria, júbilo. Sendo assim, é usada no Natal e na Epifania. Usase em todas as festas de Cristo. Na Bíblia encontramos textos que nos ajudam a refl etir essa interpretação: Mc 16.5; Ap 19. 14 e Mt 17.2.
A cor litúrgica da Quaresma e da Semana da Paixão é violeta.
VIOLETA: Indica discrição, contrição, penitência e, às vezes, adquire uma conotação de dor e tristeza. É a cor que distingue as celebrações do tempo do Advento e Quaresma e da Semana Santa. Também é utilizada nas celebrações penitenciais, no aconselhamento pastoral e nas visitas hospitalares. Na Bíblia encontramos referências para a cor violeta, “púrpura” (Daniel 5.29) e “azul” (Números 15.38-41).
Pentecostes e Ascensão
A festa de Pentecostes ocupou o segundo lugar em importância na vida da Igreja. Pentecostes é uma data carregada de signifi cado e deveria ser comemorada com a mesma intensidade com que se festeja o Natal e a Páscoa.
A festa de Pentecostes celebra o que acontece cinquenta dias depois da Páscoa: o cumprimento da promessa de envio do Espírito Santo em At.1.8.
No relato de Atos 2.1-41, o Espírito Santo foi enviado aos discípulos e eles começaram a falar em outras línguas, espalhando a boa nova do Evangelho. A partir desse momento, surgiram as primeiras comunidades cristãs. Os cristãos, então, comemoravam o aniversário da Igreja.
Na origem, Pentecostes incluía a comemoração da Ascensão de Jesus. Mais tarde, e assim é hoje, essas festas foram separadas. O dia da Ascensão é comemorado quarenta dias depois da celebração da Páscoa, e o dia de Pentecostes cinquenta dias depois da Páscoa. A cor litúrgica de Pentecostes é o vermelho. A cor litúrgica da Ascensão é o branco.
VERMELHO: Nos traz à imaginação o fogo e o sangue. Seu simbolismo adapta-se ao sentido do amor ardente: uma paixão tão profunda que leva à doação da própria vida. É a melhor aproximação simbólica do sofrimento de Cristo. É usada em Pentecostes, na confi rmação, em casamentos e outras festas da Igreja. Textos bíblicos que nos ajudam a interpretar: Mateus 27.2729 e Apocalipse 19.11-13.
Epifania
Este foi o terceiro evento mais importante do calendário cristão. Surgiu antes da festa de Natal e é comemorado em 6 de janeiro. Epifania é uma festa que celebra a manifestação ou encarnação de Deus no mundo através da obra de Jesus Cristo. Com essa festa, a comunidade cristã lembra tanto o nascimento de Jesus (visita dos reis magos do Oriente) quanto o começo do ministério de Jesus aqui na terra, marcado por seu batismo. No tempo após Epifania (também conhecido como tempo comum), a Igreja lembra que Jesus se manifestou através de sinais, milagres e ensinamentos sobre o reino de Deus. A cor litúrgica de Epifania é o branco.
Natal
O Natal é a celebração da vinda de Deus ao mundo através do nascimento de Jesus. A primeira menção à festa de Natal é feita em 354 d.C., num documento romano que transformou o dia 25 de dezembro, data de uma festa não-cristã chamada Sol Invictus (sol invencível), em festa do aniversário de Cristo. Para os cristãos, Cristo é o verdadeiro sol invencível, o sol da graça, luz do amor, da justiça o resplendor, como bem expressa o hino 493, do Livro de Canto da IECLB: “Sol da graça, luz do amor, da justiça o resplendor, vem ao povo teu raiar, toda a terra iluminar, ó vem, Senhor!”(7 estrofes). Lembrando que essa festa cristã é o eco da Páscoa e
só tem sentido comemorá-la porque Cristo morreu e ressuscitou. A cor litúrgica do Natal é o branco.
Advento
Assim como a Quaresma surge como tempo de preparação, o Advento também tem caráter de preparação, de penitência. A comunidade, ao preparar-se para a vinda do Salvador, lembra que o Filho de Deus veio em pobreza e humildade (e foi morto na cruz para salvar o mundo). O Advento também é tempo de espera pela segunda vinda de Cristo. Inicia quatro semanas antes do Natal. É tempo de preparação e refl exão sobre a vinda do Salvador, época de agradecimento pela dádiva de Deus a nós em Cristo e, ao mesmo tempo, é expectativa pelo que há de vir, pela volta do Senhor. A cor litúrgica do Advento é violeta, a mesma da Quaresma. Também o azul pode ser usado no Advento, cor que representa a expectativa pela segunda vinda de Cristo.
Além das cores branco, verde, roxo, vermelho, temos o PRETO: É a negação da cor e nos lembra a escuridão, a falta de luz; é a cor do luto e da tristeza. Usado na SextaFeira da Paixão, em Finados e em sepultamentos. Textos bíblicos que nos ajudam a interpretar: Ester 4.3; Lamentações 4.8 e Jeremias 14.2-5.
Tempo comum
Este é o período mais longo do ano eclesiástico. Vai de Pentecostes até o início do Advento. Inicia com o Domingo da Trindade, no primeiro domingo após Pentecostes, e termina com o Último Domingo após Pentecostes, chamado de Cristo Rei ou, como é conhecido na IECLB, Domingo da Eternidade. A Trindade é a festa em que a igreja celebra o mistério de Deus, aquele que se manifesta ao mundo através do Deus Criador, do Filho Redentor e do Espírito Santo Consolador.
O tempo comum nos lembra a atuação da igreja no mundo, ou o seu peregrinar diário, movida pela ação do Espírito Santo. Dentro desse período comemoramos festas específi cas como, por exemplo, o Dia da Reforma em 31 de outubro. Nesse tempo também se incluem as festas de ação de graças ou da colheita, entre outras. A cor litúrgica para o tempo comum é o VERDE.
VERDE: É a cor da vegetação, do equilíbrio ecológico, da serenidade. Símbolo da esperança, dos frutos que o mistério pascal de Cristo deve produzir em nossa vida. Biblicamente o verde refere-se ao ambiente perfeito do Jardim do Éden: Gênesis 1.11-12, Salmo 52.8.
Para concluir, o ano litúrgico tem a fi nalidade de revelar, “reatualizar” toda a história da obra e redenção de Cristo, desde a vinda de Jesus a este mundo até sua morte, ressurreição, ascensão e o envio do Espírito Santo à sua comunidade. Diariamente Deus vem a nós dizer que nos ama. Por isso, como comunidade, como OASE, temos a tarefa de redescobrir o valor do tempo litúrgico e o signifi cado de cada festa, permitindo que nos aproximemos sempre mais e mais desse Deus que nos fala e se comunica conosco de tantas formas para nos revelar seu grande amor.
Cremos no Deus-Pai Criador; Celebramos e festejamos a esperança; Fortalecemos a comunhão, que antecipa, na nossa realidade humana injusta e pecadora, sinais de paz e da eterna beleza da vida. Amém.
Esses assuntos podem ser acessados no Portal Luteranos, na Revista Tear (material do Centro de Recursos Litúrgicos da EST) e, ainda, nas revistas O Ano Litúrgico, e A Linguagem dos Símbolos no Culto Cristão, pesquisa e materiais de estudo elaborados pela catequista Erli Mansk.
Diác. Telma Merinha Kramer, Gramado/RS
CHARADA 14
Nomes dos discípulos
Quais são os nomes dos 12 discípulos de Jesus? (Marcos 3.13-19). As respostas concorrem a um livro surpresa, cortesia da Livraria Martin Luther.
Enviar a resposta até 11/10/21 para os seguintes endereços: e-mail: ronibalz@ yahoo.com.br, Whatsapp (47)991997584 ou carta: Editora Otto Kuhr, Rua Erich Belz, 154, Itoupava Central, Blumenau, SC, CEP 89068- 060.
Resposta da Curiosidade Bíblica n° 13: Quantos dias depois da Páscoa é comemorado o dia de Pentecostes? Resposta: 50 dias depois da Páscoa. A sorteada foi: Nélvi Werkhäuser Herpich, de Três de Maio/RS.
Sínodo da Amazônia
Superar distâncias com amor
Os grupos se empenham na distribuição de cestas básicas Dois momentos da Semana de Oração por Unidade
Grupo Nova Esperança, durante o arraiá junino
A OASE Luz do Mundo (ao lado), investiu na Páscoa e na produção e distribuição de ovos de Páscoa. A habilidade das mulheres rendeu muitos rostos alegres
Sínodo Centro Campanha Sul Ser OA SE é bom e faz falta!
Saudamos a todas e todos com as palavras bíblicas de Romanos 12.2: “Não vivam como as pessoas deste mundo, mas deixem que Deus os transforme por meio de uma completa mudança das suas mentes. Assim vocês conhecerão a vontade de Deus, que é boa, perfeita e agradável a Ele”.
A tarde de 8 de junho foi especial para o Sínodo. A OASE Sinodal, em conjunto com suas orientadoras teológicas, Pa. Marli Daltein Schmidt e Pa. Janaína Wiegand Stahlhöfer, promoveu, de forma virtual, um seminário para coordenadoras paroquiais e presidentes de grupos sob o tema Ser OASE é bom!! Faz Falta?!. Para nossa alegria, contamos com 110 participantes, entre 18 ministros e ministras, mais 92 líderes leigas dos mais diversos Grupos de OASE do Sínodo.
A Presidente da OASE Sinodal, Liane Roos Friedrich expressou sua satisfação em poder rever tantas pessoas queridas da caminhada da OASE, desta vez num amplo mosaico de sorrisos, aconchego e aprendizado. O pastor sinodal Décio
Seminário virtual para coordenadoras paroquiais e presidentes de grupos
Weber fez sua saudação lembrando o cuidado que devemos ter com as palavras que utilizamos para nos comunicar, pois não conhecemos as dores e afl ições que cada pessoa leva no seu coração.
Deste modo, palavras bem colocadas, em momentos oportunos, revigoram nosso agir e fazem-nos perceber a importância que temos na caminhada da vida como fi lhas e fi lhos de Deus. Neste sentido, a Pa. Janaína lembrou a signifi cativa trajetória histórica da OASE, onde o servir, pautado no amor e no cuidado da vida, tem sido um marco norteador. Enfatizamos que a OASE tem objetivos claramente descritos e publicados, que precisam ser relembrados de tempos em tempos, para fortalecer o encorajamento e o comprometimento com o legado de 122 anos de Comunhão, Testemunho e Serviço. E com a pandemia têm surgido novos desafi os, novas demandas que requerem aprendizado e reformulação das nossas ações.
Assim, sempre sensíveis ao chamado de servir e preservar a vida acima de tudo, nossas mulheres estão reinventando suas ações. Dentro das condições e possibilidadades de cada lugar, muitas atividades estão ocorrendo, entre as quais elencamos algumas.
Os grupos têm contribuído com doações fi nanceiras para entidades assistenciais, realizam reuniões virtuais, campanhas de agasalhos e alimentos, confecção de máscaras, meias, toucas e mantas para doação, drive-thru de almoços, sopas, pães, cucas e cafés.
Alguns grupos realizam visitas isoladas, apenas para uma saudação
Café drivethru em comemoração aos 111 anos da OASE Centro de Santa Cruz do Sul/RS
cordial no portão, o que tem sido muito alentador (o som do bater palmas lembra que há alguém lá fora que se importa com ela.
O sínodo também participou do desafi o de criar uma nova capa para o livro OASE - Por quê? Como? Para quê?. Para isso, contamos com a criatividade e talento de um jovem rapaz, Eduardo Alberto May de Lima. Acostumado a vivenciar o envolvimento de sua avó Clarisse May nos trabalhos da comunidade, ele conseguiu expressar muito bem os novos rumos que o trabalho da OASE tomou nos últimos anos, retratando importantes elementos para o exercício da função, tais como a Bíblia, as novas ferramentas tecnológicas, as redes sociais e demais acessórios para animar nossos dias.
Também é motivo de grande alegria para o Sínodo CentroCampanha Sul, a eleição de Elfi Roedel e Clarisse May para os cargos de Presidente e Tesoureira, respectivamente, da Associação Nacional da OASE. É o reconhecimento de dedicados anos de trabalho para a OASE que as capacitou a aceitarem tão honroso desafi o. Cumprimentando nossas irmãs Elfi e Clarisse, parabenizamos toda Diretoria Nacional, desejando uma gestão abençoada.
Entendemos que ainda há muitos desafi os a serem abraçados e somos chamadas a continuar agindo pautadas no amor para o acolhimento ao pensamento diferente, ao fazer diferente, ao aprendizado constante sem desistir, ao ser sensível à dor de outras pessoas e tudo mais que visa o cuidado com a vida. Ser OASE é muito bom e faz falta, sim!
Elfi Roedel e Clarisse May, eleitas Presidente e Tesoureira da Associação Nacional da OASE Capa apresentada pela OASE Sínodo Centro-Campanha Sul, classifi cada em segundo lugar nacional.
Eduardo Alberto May de Lima, autor da capa.
Sínodo Espírito Santo a Belém Cuidado e ternura: A OA SE dando testemunho
Com gratidão e alegria queremos compartilhar com vocês o movimento da OASE, cheio de Cuidado e Ternura, que faz a diferença em várias paróquias do nosso Sínodo. Ao lermos o texto de Atos 9.36-43, descobrimos mais uma vez como amar a Deus nos compromete. “Na cidade de Jope havia uma seguidora de Jesus chamada Tabita. (Este nome em grego é Dorcas.) Ela usava todo o seu tempo fazendo o bem e ajudando as pessoas pobres”. Dorcas em grego e Tabita em aramaico signifi cam “gazela”, ou seja, um animal lindo, muito ágil e esperto, cheio de movimento e que consegue viver no deserto sem tomar uma gota de água por dias. Sentimos a força de Dorcas, essa mulher simples e cheia de atitudes.
Dorcas era costureira. Com este dom grandioso ela ajudava viúvas e pessoas empobrecidas a se vestirem de roupas feitas com muito carinho. “Todas as viúvas fi caram em volta dele (do corpo), chorando e mostrando os vestidos e as outras roupas que Dorcas havia feito quando ainda vivia”. Ali estava a mão de Deus costurando a Vida. O cuidado de Deus estava no agir da discípula. Seu testemunho fazia toda a diferença, pois exercia a diaconia, o servir com o coração e compromisso.
Viver em comunidade é servir, semear a esperança que nasce e renasce na convivência comunitária. Em meio aos tempos atuais de pandemia, Dorcas nos convida a sermos pessoas solidárias. Ela abre nossos olhos para sentirmos as dores do mundo e não fi carmos indiferentes com os braços cruzados. Podemos sim, cada uma com seu dom e doação, costurar com ternura
a vida tão frágil que estamos vivendo! Somos muitas mulheres que doaram horas de trabalho, tecidos e mais tecidos, o cuidado de cortar, lavar, arrumar a mensagem e as orientações a serem distribuídas.
Cada paróquia, de acordo com sua realidade, organizou o destino das máscaras doadas. Por exemplo, teve mulheres que costuraram máscaras para as pessoas hospedadas no Albergue Martin Luther; outros grupos distribuíram para as pessoas profi ssionais na área da saúde; outros doaram para as pessoas idosas, como gesto de valorizá-las. Trabalho em mutirão que movimenta muitas Dorcas, discípulas que pregam o Amor e o Cuidado com gestos simples e grandiosos. Ninguém tem mais amor pelos seus amigos e suas amigas do que aquela pessoa que dá a sua vida por eles e elas” (João 15.13).
Use máscara! Deus nos ensina a valorizar a vida, a sermos pessoas solidárias, discípulas assim como Dorcas! Campanha de Cuidado e Proteção em tempos de pandemia do Covid19 OASE SINODAL - Sínodo Espírito Santo a Belém. Grupos de Oase e mulheres luteranas costurando a vida em solidariedade e mutirão.
Pastora Elisabet Lieven, Orientadora teológica, e Pastor Rógerio Beling, Orientador teológico
Mensagem Gratidão e esperança
Jesus diz: “Eu sou a videira, e vocês são os ramos. A pessoa que está unida comigo e eu com ela, essa dá muito fruto porque sem mim vocês não podem fazer nada”.
Somos mulheres de diferentes idades, culturas, gingados e histórias. No Sínodo Espírito Santo a Belém somos 72 grupos de OASE, com 1.200 mulheres neste movimento.
Somos ramos desta videira verdadeira. A vida que pulsa em nós é bem expressa na música da OASE História e Gratidão, de Fábio Lahass, a canção vencedora do concurso dos 120 anos de testemunho, compromisso e comunhão da OASE.
A Primeira estrofe diz assim: “Há muito tempo mulheres se uniram pra juntas ouvirem a palavra de Jesus, Ele falava do projeto de seu Reino, anunciava ao mundo inteiro o amor de Deus na cruz. Ainda hoje as mulheres se reúnem e juntas testemunham a mensagem do Senhor, trazem vida à Palavra do Evangelho quando com seus dons diversos vivenciam o amor”.
Nessas palavras cantamos a fé no amor que cura. O que o amor não cura, não há remédio que cure. Uma pessoa que se sente acolhida e querida, terá forças para superar as difi culdades. Cristo nos ensina a sermos esperança umas para as outras.
E a canção continua: “As mulheres assumem o compromisso, se dedicam ao serviço em qualquer área e lugar, com a culinária alimentam multidões e alegram corações ao dançar, ao visitar. No bordado tecem toda a sua vida, fazem da arte terapia, são na luta resistência pelos direitos nesta nossa sociedade, por equidade e liberdade, dizem não à violência”.
Nessas palavras dizemos que somos ramos que produzem frutos de justiça e alegria. Com nossos dons tecemos a vida. O lugar de uma mulher é ali onde ela se sente bem e feliz. Aprendemos da videira que, enquanto uma mulher estiver oprimida ou sofrendo violência, todas estaremos de mãos dadas buscando dignidade junto dela.
Na Terceira estrofe cantamos: “São uma da outra companhia, lealdade, fortalecem a amizade no encontro e comunhão, com a Palavra alimentam sua Fé em Jesus Cristo que é seu exemplo e salvação. Até aqui Deus conosco caminhou, com sua Graça abençoou na alegria e no pesar. Ó Deus, a Ti é este canto de louvor, abençoe com teu amor sempre o nosso caminhar”.
Nessas palavras cantamos nossa confi ssão de fé. Somos mulheres da roça, da cidade; mulheres ecumênicas, solteiras ou casadas, viúvas ou divorciadas, que acreditam em sua força transformadora. Nossos sonhos são lindos, profundos e intensos. Com as asas da liberdade Jesus nos ensina a curar as dores e o cansaço, a enxugar as lágrimas e vivenciar a sororidade entre nós.
No refrão professamos: “Somos OASE: A Deus agradecemos, jubilamos com alegria e gratidão. Que entre nós continue abençoando o testemunho, o serviço e a comunhão”.
Isso nos convida a anunciar gratidão pela vida; pela amizade que fl oresce e cria vínculos; pelos frutos vindos de atitudes solidárias, amorosas e cheias de ternura para com a vida comunitária e apoiando causas e movimentos que curam e trazem vida em abundância. Através de nós, as mãos de Deus costuram a vida. Somos batizadas e chamadas a semear, fl orescer e dar frutos na fé.
Por cuidado e amor não estamos celebrando cultos presenciais da OASE, como nos anos anteriores. Estamos juntas nesta mensagem, para expressar a saudade do aconchego e carinho que fortalece. Desejamos, nesses tempos difíceis, a confi ança de Agar, a sabedoria das parteiras Sifrá e Puá, a astúcia de Raabe, a cumplicidade de Rute e Noemi, a força de Maria, a fé da Mulher hemorrágica, o esvaziamento da viúva Pobre, a coragem da Samaritana, o acolhimento de Lídia e a ternura de Dorcas.
Nossas mãos são as mãos de Deus, que semeiam, cultivam, fl orescem para que frutos e novas sementes venham em abundância. Assim, com fé e gratidão pedimos a bênção de Deus em nossas vidas, famílias, comunidades, grupos de OASE: O Deus de Ternura lhe abençoe, para que desperte a alegria de cultivar afeto, amizade sincera e cumplicidade que sustenta a caminhada. Deus de Consolo lhe ampare para sentir o manto da misericórdia que nos cobre, o calor que nos faz um só corpo.
O Deus Criador dos campos e fl orestas te revigore. Para proteger a Casa Comum, nossa Casa com tantas maravilhas divinas: a água, o ar puro, a terra fecunda, o alimento saudável que sustenta.
Deus Paciencioso te guie. Para escolher sempre o bom caminho. Caminho de partilha e simplicidade, de justiça e verdade. Caminho que nos ensina a cada dia que todas as vidas importam. Assim nos abençoe o Triúno Deus. Amém!
Diretoria OASE SINODAL; Pastora Elisabet Lieven, Orientadora teológica; Pastor Rógerio Beling, Orientador teológico
OASE EM FOCO
Ano XXIV - Número 093 Ano
OASE - Ordem Auxiliadora de Senhoras EvangélicasOASE - Ordem Novembro de 2021
Igreja Evangélica de Confi ssão Luterana no Brasil - IECLB
NATAL
Mais do que uma festa dos sentidos
ONatal é mais do que uma festa das emoções e dos sentidos. Música diferente, aromas especiais, cores de brilho e destaque, muita luz... Sim, tudo isso faz parte. Mas o Natal é especialmente a grande festa da esperança e do amor. No Natal, Deus abre as porteiras para um verdadeiro festival da esperança. No nascimento de Jesus, Deus revela sua gigantesca amizade e amor pela humanidade.
O Natal é também a grande festa em que pessoas de diferentes culturas e nacionalidades ao redor do mundo se irmanam e se unem. No Natal, Deus não veio ao mundo primeiro como alemão, americano, brasileiro ou africano. Ele veio ao mundo simplesmente como humano. Sua vinda não deixa indiferente nem mesmo quem nada tem a ver com religião.
O Natal é a festa da união. O ódio e a violência não deveriam ser o tom básico da nossa sociedade. No menino que nasce em Belém, vem ao mundo a contra-mensagem que supera todas as formas de ódio e violência. A história do nascimento de Jesus é a grande história do amor de Deus, que tudo supera.
Natal não é sentimentalismo em primeiro lugar, mas é o grande SIM de Deus à humanidade e o seu NÃO a tudo que destrói a vida. Por isso, o Natal nos enche de coragem e nos torna livres para moldar nosso mundo no espírito de Cristo. (CHL)
Um Feliz Natal!
Editorial
Não é normal
Esta é a última edição do ano de 2021, um ano (mais um!) repleto de anormalidade e caminhando para um “novo normal”, que de normal ainda não tem nada. Aos poucos as atividades nas nossas comunidades e grupos estão retornando, mas tudo indica que, se nenhum fato novo no trato da pandemia impedir, os encontros do jeito que eram antes devem fi car mesmo para 2022. Como fi ca evidente na pesquisa sobre depressão, as mulheres estão entre as principais vítimas desse tempo de apreensão e isolamento.
Tudo bem! Seguimos com fé e resiliência, convictas de que o chamado “anormal” também teve seu lado positivo, no sentido de despertar nosso lado criativo. Muita coisa diferente aconteceu nesse tempo, como testemunham, mais uma vez, os relatos dos nossos sínodos e grupos.
Cabe, nesta edição, um agradecimento muito especial à Wilhelmina Kieckbusch, que coordenou as edições do OASE EM FOCO até aqui. A partir desta edição uma nova equipe, liderada por Noeli Maria Dunck Dalosto, assume a tarefa. A partir do próximo ano, o OASE EM FOCO deve mudar de ares. Aguardem! Um abençoado Natal a todas vocês! Mulheres da OASE do Sínodo Vale do Itajaí escolheram ajudar outras mulheres que vivem em situação de risco, em decorrência da violência doméstica. Os grupos promoveram ações de conscientização, visitas e doações de produtos de higiene pessoal a instituições que acolhem mulheres, crianças e pessoas idosas submetidas e expostas a esses crimes. As iniciativas aconteceram durante os meses de setembro e outubro, e integraram a campanha “Um gesto de amor, uma ação diaconal”, promovida pelo Sínodo.
Para a coordenadora do grupo Mel, da Paróquia Blumenau Velha, Débora Grahl, os grupos de mulheres são pontos de apoio mútuo e espaços para diálogo.
Alguns grupos convidaram palestrantes para abordarem a temática em encontros. Em Timbó, a psicóloga Bianca Utpadel, da Delegacia de Polícia Civil, compartilhou informações sobre a Lei Maria da Penha. Equipes de Centros de Referência em Assistência Social visitaram grupos para falar sobre as políticas de acolhimento às pessoas em situação de vulnerabilidade. O Centro de Literatura Evangelística da IECLB produziu um folheto com a temática. Outras iniciativas também contaram com a distribuição do gibi “Valentina”, iniciativa da OASE nacional há dois anos.
Casas de acolhimento de diversas cidades do Vale do Itajaí receberam produtos de higiene pessoal e de limpeza, roupas íntimas e artigos para cuidado de crianças recém-nascidas. Os produtos serão revertidos para as pessoas cadastradas que precisam recomeçar a vida.
Deus está conosco nesta ação diaconal porque queremos participar da transformação de situações de violência em ambientes de paz, amor e cuidado mútuo. Como Igreja que segue o Evangelho de Jesus Cristo, o assunto da violência, especialmente contra as mulheres, precisa ser incluído em nossos diálogos. Não é um tema fácil, mas é preciso ter coragem para falar e denunciar se quisermos transformar esta realidade”, desafi ou a presidente da OASE Sinodal, Siegrid Hoeft.
OASE EM FOCO
Periódico interno da Ordem Auxilia dora de Senhoras Evangélicas (OASE) da Igreja Evangélica de Confi ssão Luterana no Brasil (IECLB). Distribuição: Gráfi ca e Editora Otto Kuhr Ltda., Rua Erich Belz, 154 - CEP 89068-060 Blumenau/SC; Fone: (47) 3337-1110. Correspondência: Noeli Maria Dunck Dalosto - pretadalosto@ hotmail.com. Assinaturas: Centro de Literatura Evangelística da IECLB, Caixa Postal 6390 - CEP 89068-971 Blumenau/SC. Presidente OASE Nacional: Elfi Roedel. Coordenação: OASE Nacional. Editor: P. Roni Roberto Balz - Fone: (47) 3337-1110. Diagramação: P. Clovis Horst Lindner. Projeto Gráfi co e Produção: Mythos Comunicação / Blumenau/SC. Ação Diaconal
OASE do Vale do Itajaí combate a violência doméstica
OASE Sínodo Vale do Itajaí
Entrega de materiais doados a entidades que apoiam mulheres vítimas da violência doméstica.
Reflexão
Vai passar!
Resiliência, superação, ousadia, coragem, fé, determinação, reinvenção, esperança, paciência... são algumas das muitas palavras que fi zeram e ainda fazem parte do nosso cotidiano, nesse tempo tão diferente que vivemos. Foram tantas lágrimas derramadas, tantas angústias... mas, por outro lado, tanta solidariedade, tantos gestos de amor, de compreensão, de vida... sentimentos que trouxeram alento ao coração.
Sim, cremos e confi amos num Deus misericordioso, que é o doador e mantenedor da vida. Por isso, não perdemos a fé e a certeza de que há um horizonte diante dos nossos pés, que somos chamadas e chamados a caminhar com passos fi rmes e, quando nossos joelhos vacilarem, dar as mãos às pessoas que estão conosco no caminho e, no estender as mãos, encontrar forças para dar e receber esperança.
Irmãs da OASE deem as mãos, fortaleçam a esperança. Estendam as mãos aos que choram e alegrem-se com cada pequena alegria que a vida proporciona. Cuidem bem umas das outras para que logo o abraço possa ser real e caloroso, para que o sorriso possa ser dado com o corpo todo e não apenas com os olhos. Amem e sirvam sempre com alegria.
Pastor Lauri Jackson Lenz
Pandemia e Depressão
Uma pesquisa publicada na revista científi ca The Lancet, em 8 de outubro, mostra que os casos de depressão aumentaram 28% e os de ansiedade 26% no mundo durante a pandemia. As mulheres e os jovens entre 20 e 24 anos foram os mais afetados.
O estudo liderado por Damian Santomauro, da Escola de Saúde Pública da Faculdade de Medicina da Universidade de Queensland, Austrália, envolveu 65 pesquisadores. A equipe se baseou em 48 relatórios publicados entre 1º de janeiro de 2020 e 29 de janeiro de 2021, com dados sobre a prevalência de transtornos depressivos ou de ansiedade antes e durante a pandemia. A equipe estima que ocorreram 246 milhões de casos de transtorno depressivo maior e 374 milhões de casos de transtornos de ansiedade em todo o mundo em 2020 – o aumento foi 28% acima do esperado se a pandemia não tivesse existido.
Cerca de dois terços desses casos extras de transtorno depressivo e de ansiedade ocorreram entre mulheres. Os jovens foram mais afetados que os adultos. A Unesco declarou a Covid-19 como a interrupção mais severa da educação global na história, estimando que 1,6 bilhão de alunos em mais de 190 países fi caram totalmente ou parcialmente fora da escola em 2020. Com o fechamento de escolas e restrições sociais mais amplas, os jovens foram impedidos de se reunir em espaços físicos, afetando sua capacidade de aprender e de interação com os pares.
Dia Mundial cde Oração 2022
Quem é a criadora do cartaz do DMO 2022
Angie Fox é Bordadeira e Designer de Paramentos. Crescendo em Norfolk , ela aprendeu a tricotar e costurar com sua mãe, mas continuou aprendendo novos bordados e outras habilidades artesanais ao longo da vida.
Angie é casada com Peter. Eles têm três fi lhos e dois netos e vivem em Castle Donington, perto de Derby, na Inglaterra. Como esposa de um Padre Anglicano, ela morou em muitos lugares, incluindo duas passagens por Papua Nova Guiné. Seu primeiro fi lho nasceu lá e, mais tarde, ela voltou para Papua Nova Guiné quando seu marido se tornou bispo de Port Moresby.
O amor pela adoração tradicional a inspirou a criar e fazer paramentos de igreja. A certa altura, junto com um grupo de esposas do clero em Port Moresby, ela enviava paramentos para a Austrália para arrecadar fundos para a igreja. Ela agora planeja e faz paramentos sob medida e sob encomenda. “Eu faço alguns dos meus melhores designs quando deveria estar ouvindo os sermões do meu marido!” ela ri.
Angie recebeu recentemente o Certifi cado de Bordado a Mão da Escola Real de Needlework. “Gostei da disciplina de aprendizagem de novas habilidades que pensava conhecer; e de compreensão de antigas técnicas de bordado à mão, transmitidas de geração em geração”.
“Estou emocionada por ser escolhida para representar, na arte, as orações das mulheres do meu país. Tenho tantas lembranças de organizar e participar dos cultos do DMO no meu país e no exterior e adoro o sentimento de união, sabendo que, em todo o mundo, as mesmas orações estão sendo oferecidas em muitos idiomas, culturas, igrejas e locais de reunião”.
Angie Fox e o cartaz que criou para o DMO Sobre o cartaz
Meios: Têxtil - Bordado, Aplicação e Metalúrgica
Seguindo o tema apresentado, usei várias imagens para descrever as palavras-chave da seguinte forma:
Liberdade: uma porta aberta para um caminho através de um horizonte sem fi m
Justiça: correntes quebradas
Paz e perdão de Deus: a pomba da paz e um lírio da paz rompendo a calçada
Acima de tudo, um arco-íris que vem a representar todas essas coisas, desde a história de Noé até os dias modernos. É um símbolo do amor abrangente de Deus.
As ofertas do DMO 2022 benefi ciarão:
Projeto Casa da criança e do adolescente Padre Marcello Quilici Castro/PR: Atende 300 crianças, adolescentes e jovens em situação de vulnerabilidade social com atividades socioeducativas, esportivas, artísticas e lúdicas. Grupos de convivência visam fortalecer as relações familiares e comunitárias e promover a integração e a troca de experiências, valorizando a vida coletiva. A instituição oferta 4 refeições diárias.
Associação Caminhar Juntos Balneário Piçarras/SC: Atende 60 crianças e adolescentes de famílias vindas de outros estados e sem capacitação profi ssional, atuando na construção civil e catação de lixo. O objetivo é melhorar a qualidade de vida, promover o desenvolvimento integral, espiritual, físico e mental.
Instituição Projeto Construir Educar para Vida, Canoas/ RS: Programa educacional, profi ssionalizante com valores e princípios cristãos para o resgate de adolescentes vulneráveis. O objetivo é atingir adolescentes fora da escola e reabilitá-los e socializá-los, proporcionando uma estrutura que os capacite encontrar um direcionamento para a vida, e os integre na sociedade.
Comunicação
Livraria Martin Luther completa 30 anos
ALivraria Martin Luther de Blumenau/SC está a serviço da boa literatura cristã há três décadas. No dia 30 de novembro de 1991, a Comunhão Martim Lutero inaugurava a Livraria, que passou a integrar o Centro de Missão com Folhetos Evangelísticos da IECLB.
O objetivo do novo empreendimento da CML era atender as comunidades e paróquias luteranas e a comunidade local com materiais confessionais, de papelaria e prestação de serviços. Com a estrutura, é possível apoiar com mais força as ações missionárias da IECLB, facilitando a produção e o acesso e distribuição de materiais da igreja para todo o Brasil.
A Livraria Martin Luther não se resume a um ponto comercial, mas se entende como uma colaboradora na missão de Deus. O complexo está atualmente sob a coordenação do Pastor Roni Balz , que expressa gratidão a todos os clientes e votos de bênçãos de Deus em sua vida.
A loja foi recentemente toda remodelada, para melhor atender os clientes
Assista à entrevista na íntegra, aproximando seu celular do QR Code acima.
O QUE FOI A REFORMA PROTESTANTE?
O Assessor da Presidência da IECLB, Pastor Dr. Emílio Voigt, concedeu uma entrevista para detalhar os acontecimentos importantes da Reforma Protestante do Século XVI. A entrevista, conduzida pela jornalista Martina Scherer, da IECLB, é uma importante contribuição para a história da Igreja. Nela, Voigt detalha os motivos e as circunstâncias em que aconteceu o movimento que mudou a realidade da Igreja e do mundo para sempre. O material, em vídeo disponível no Portal Luteranos, pode ser usado com grupos de estudo nas Comunidades ou, ainda, para crescimento pessoal. Acesse e divulgue!
Portal Luteranos é sucesso há 15 anos
No dia 13 de outubro de 2006, durante o 25º Concílio da Igreja em Panambi/ RS, foi lançado o Portal Luteranos. Nesta década e meia de existência, o Portal tornou-se referência no Brasil e no exterior sobre a IECLB. Documentos normativos, estatísticas, conteúdo teológico e litúrgico, notícias das comunidades e dos sínodos, nossos hinos e muito mais pode ser encontrado no endereço www.luteranos.com.br. O conteúdo do portal é construído de modo colaborativo por muitas mãos. Hoje, para saber qualquer coisa sobre a IECLB, basta acessar o Portal.
O portal começou em Belo Horizonte/MG, no ano de 2001, como página da comunidade local. Em 2003 torna-se Portal Luteranos da área do Sínodo Sudeste e, com crescente potencial, acabou sendo adotado como portal de toda a IECLB em 2006.
Nesses 125 anos, o Portal Luteranos publicou mais de 57 mil páginas, das quais quase 22 mil páginas de notícias e outro tanto de textos; em torno de sete mil meditações, 1,6 mil prédicas, dois mil auxílios homiléticos (subsídios para pregações) e 1,3 mil páginas com assuntos ligados à música. Na área de música o portal divulgou 1,7 mil cantos, com 2,1 mil áudios e duas mil partituras. A discografi a luterana está no portal com 225 CDs, LPs e fi tas K7.
Durante sua existência, o Portal Luteranos já foi visitado por mais de 26 milhões de vezes e teve 46 milhões de páginas visualizadas, com 360 mil visualizações do exterior, realizadas em 120 países.
Sínodo Centro-Sul Catarinense
Algumas imagens dos grupos
Alfredo Wagner
Dagmar Triska, incentivadora de muitas mulheres da OASE Renasce o grupo de Anitápolis
Grupo de Lontras
Grupo de Imbuia OASE de Aurora
Grupo de Lages
Grupo de Otacílio Costa
Grupo de Presidente Getúlio
D. Olga, fundadora do grupo de Bom Retiro
Grupo da OASE de Palhoça Grupo da OASE de Ibirama
Grupo de Pouso Redondo
Grupo de Atalanta
Grupo de Mosquito-Rio do Sul Mensagem
Um tempo diferente
Ogrande aprendizado desses tempos tem sido o de valorizar o momento presente. Um dia de cada vez e tentar reunir forças para incentivar, nos movendo e tirando do lugar o medo, reinventando-nos nesses caminhos e também incentivando nossas mulheres a continuarem e viverem nesse desconhecido mundo pandêmico que agora temos.
Penso que 2020 – e agora 2021 – quer trazer à tona um novo modo de viver. Novas ideias que permitem ver a realidade e, de certa forma, querem e podem transformar-nos, começando por pequenos gestos e ações. É preciso ter Esperança, mas ter esperança do verbo esperançar. Esperançar é levantar-se; é ir atrás; é construir; é não desistir. Cada grupo tem feito suas escolhas, sempre baseadas no Tripé da OASE, COMUNHÃO-TESTEMUNHO-SERVIÇO.
O que de fato é importante agora? Se o objetivo era sobreviver e cuidar da saúde, já estamos no caminho certo. Temos que ter a clareza de que precisamos aproveitar o tempo e as oportunidades que nos são dadas. O que Deus espera de nós? “Somos as bíblias que o mundo está lendo” (Billy Graham). A presença de Jesus no barco não signifi ca que não virão tempestades, e sim a certeza de que o barco não irá afundar. A vida é feita de atitudes.
Una-se em prol dos propósitos divinos. Rejeite o orgulho e tudo que o leve a insubordinar-se contra Deus. Somos o sal da terra e a luz do mundo. Demonstre, por meio de suas atitudes, que você foi salvo, é justo e herdeiro das promessas de Deus. Deus conhece cada uma de nós. O futuro a Deus pertence.
Sínodo Mato Grosso
O que levam nossas mãos?
ATITUDES, OPÇÕES E ESPERANÇA EM TEMPOS DIFÍCEIS
Apergunta “O que levam nossas mãos?” foi levantada pelas senhoras da OASE do Sínodo Mato Grosso para ser trabalhada no Encontro Sinodal da OASE. Nesses tempos em que todos fomos, em maior ou menor grau, afl igidos pela Pandemia do Coronavírus, isolados, com os corações cheios de pesares, luto e dúvidas, a OASE ocupa-se sobriamente em dar testemunho com ATITUDES, OPÇÕES e ESPERANÇA . Afi nal, continuar a caminhada como discípulas de Cristo é, de fato, AGIR, OPTAR, ESPERANÇAR.
O que levam nossas mãos? Temos muitas “pedras” que precisamos deixar de lado. Pedras que ocupam espaço, roubam nosso tempo; pedras que machucam quem chega perto: mágoas, rancores, ofensas, ideias de vingança, de preconceitos, de moralismos que julgam e excluem. Dessas pedras precisamos conscientemente abrir mão.
No entanto, precisamos de “ferramentas” de construção de vida em nossas mãos. Em Filipenses 4.47 temos algumas dessas preciosas ferramentas: Alegria, gratidão, paz do Senhor, moderação... A OASE pode (e precisa) ter este tesouro em suas mãos! No relacionamento de umas com as outras e com todas as pessoas, uma dica prática de Martim Lutero: “Ver Cristo em cada um, ser Cristo para cada pessoa”. Ver como Cristo e ser como Cristo também e especialmente nesses tempos difíceis.
Atitudes, Opções e Esperança em tempos difíceis: Em Mateus 12.34b Jesus diz que “a boca fala daquilo que o coração está cheio”. Parafraseando, podemos dizer que também as MÃOS fazem aquilo que está cheio o coração. Na OASE podemos conscientemente fazer esta opção de nos deixar preencher e de nos saber preenchidos do Amor de Deus. Se Deus me ama e te ama, quem somos nós para não transbordar isso adiante?
Lembramos de uma fala de Francisco de Assis: “Vocês precisam pregar o Evangelho. Se for preciso, usem palavras”. Ou seja, pregar o Evangelho de forma visível, palpável e concreta: isto é fazer missão de convivência.
Também Martim Lutero apontou nessa direção: O Evangelho se prega com a boca e com as mãos. Onde fazer isso? Em todo lugar, ali onde vivemos, com as pessoas da nossa família, na comunidade, seja presencialmente ou nas redes sociais. Porque SOMOS Igreja em todos os lugares! Também quando nos posicionamos nas redes socias (WatsApp, Facebook...). Precisamos levar as pedras preciosas da alegria, da moderação, da paz do Senhor.
Que nossas mãos possam levar adiante daquilo que recebemos do nosso bom Deus – a Esperança, a fé, o amor, a paz, a comunhão, testemunho e serviço, ali onde enxergamos que pessoas estão carentes de amor, carentes da gente, carentes de Deus.
(Colaborou P. Renato Creutzberg)
Relatório OASE Sínodo Mato Grosso apresentado Encontro da OASE Nacional e Presidentes Sinodais – 08 a 10 Novembro 2021 em Palmas – Governador Celso Ramos.
MÃOS
Mãos solitárias... Forçadas a experimentar pela primeira vez o distanciamento e unidas a orar tentando entender o invisível, o inimaginável, o vírus letal.
Que se juntaram angustiadas demonstrando medo, insegurança, sofrimento, secando lágrimas de dor e morte. Tecendo a máscara do cuidado, da prevenção para o enfrentamento do desconhecido. Sovando a massa e formatando o pão que alimenta, silenciosas, solidárias.
Minhas mãos, Tuas mãos e Nossas mãos. Que foram silenciadas do alvoroço e da comunhão dos encontros e seminários; da mesa posta, do burburinho festivo, da cantoria animada, dos sorrisos, abraços num mundo de esperanças, de bem viver, de amor fraterno.
Mãos convidadas no distanciamento. A ouvir mensagens de esperança, conforto e fé e praticar o distanciamento, mas também a Esperançar: Para a prática da diaconia de todas as formas, de muitos jeitos na solidariedade, empatia e no olhar amoroso. Que acenaram em encontros e despedidas, lançaram beijos de alegrias e em despedidas angustiantes.
A tocar e cantar hinos e canções que aqueceram corações. A entregar mimos e mensagens de carinho. Em buscar notícias que realmente orientassem sobre o cuidado e prevenção e evitar a desinformação. Sustentaram corações afl itos e os passos cansados. Que levaram conforto na ebulição do chá terapêutico, das gotas aliviando os corpos febris, cansados, debilitados. Que teceram esperanças ao doar e entregar cestas com alimentos e produtos de higiene para sustentar bocas famintas, mãos solidárias para sovar a massa, a formatar o pão, o biscoito, o bolo.
Quanta saudades de nossas mãos! Entrelaçadas novamente, retomando os encontros presenciais em nossas comunidades, comemorando a Semana Nacional da OASE. Planejando os encontros setoriais, Seminário e Assembleia sinodal na esperança do conviver presencialmente. Comemorando a VIDA de mãos dadas pela comunhão, serviço e testemunho da nossa fé.
Agostinho, um dos pais da Igreja Cristã primitiva disse: “O amor tem mão para ajudar outras pessoas. Tem pés para correr e acudir os pobres e necessitados. Tem olhos para ver a miséria e a pobreza. Tem ouvidos para ouvir os lamentos e as tristezas dos homens. As mãos podem consolar, curar, acolher, fazer o outro sentir-se feliz, abençoado e amado. Seja grata a Deus por nossas mãos que tem guiado e abençoado tantas vidas.
Em Isaías 41.10 e 13, lemos: “Não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou teu Deus; eu te fortaleço e te ajudo, e te sustento com a destra da minha justiça. ... Porque eu, o Senhor teu Deus, te tomo pela tua mão direita; e te digo: Não temas, eu te ajudo”. Que Deus continue orientando nossas mãos.
OASE Sínodo MT
Sínodo Rio Paraná
Momentos da caminhada
Seminário de Lideranças do Núcleo Girassol em 21/09/2021 Ato da instalação da nova Coordenação 2021/2023.
Realizou-se no dia 14/10/2021 Seminário de Lideranças do Núcleo Sol de Maio, na Paróquia de Santa Helena/PR.
Nos dias 13 e 20/09/2021 realizou-se a Ofi cina de Artesanato (Natal) no Grupo de OASE de Cascavel/PR.
Participantes do seminário de lideranças do Núcleo Sudoeste em 11/09/2021, na casa de retiros de Águas do Verê.
Nova diretoria eleita no seminário de lideranças do Núcleo Sol de Maio, em Santa Helena/PR em 14/10/2021. Ato da instalação.
Culto da Semana Nacional da OASE, na Comunidade de Serranópolis do Iguaçu, Paróquia de Medianeira. Diretoria da OASE Sinodal, presente na XVI Assembleia no dia 04/09/2021.
Lideranças dos grupos de OASE presentes na XVI Assembleia da OASE sinodal, no dia 04/09/2021.
No dia 08/09/2021, a OASE Marta e Maria da Comunidade São Lucas de Porto Mendes, Paróquia Esperança em Cristo de Iguiporã, teve a presença da secretária Daiane Stahlhofer e comemorou 68 anos de fundação.
Grupo de OASE da Paróquia de Dourados/MS. Celebração dos 55 anos da OASE de Cascavel, no dia 25/08/2021.
Doação de fraldas da OASE do Núcleo Sol de Maio para Cáritas, palavra que signifi ca “caridade” e se traduz na prática da solidariedade diante de situações em que a vida estiver ameaçada. A Cáritas é um organismo da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e atua no campo social da igreja.
OASE Nacional
Encontro Anual das Presidentes Sinodais e Diretoria Nacional da OASE em Santa Catarina
A temática central do encontro anual das lideranças da OASE foi “Mulheres a Esperançar”.
Entre os dias 07 e 11 de novembro aconteceu, na casa de eventos da Associação Wally Heidrich, localizada na praia de Palmas do Arvoredo, em Governador Celso Ramos/SC, o Encontro Anual das Presidentes Sinodais e Diretoria da OASE Nacional. Este ano, o encontro teve como tema “Mulheres a Esperançar”, que foi desenvolvido pelas Pastoras Orientadoras Teológicas da OASE Nacional, Márcia Helena Hülle e Gabrielly Ramlow Allende, a partir de uma perspectiva bíblica, com uma abordagem da vivência da fé de todas as mulheres da OASE – Ordem Auxiliadora de Senhoras Evangélicas da IECLB, neste tempo de pandemia.
Ao longo dos quatro dias houve partilha de experiências, apresentações dos relatórios das presidências das OASEs Sinodais, momentos de refl exão e troca de presentes de “amiga secreta”.
Depois de um longo tempo sem encontros presenciais devido à pandemia de Covid-19 foi possível que a reunião acontecesse, tomando todos os devidos cuidados.
Estiveram presentes dezesseis presidentes sinodais. A Pastora Presidente Sílvia Beatrice Genz participou. Também a Pastora Carmen Michel Siegle, Coordenadora de Gênero, Gerações e Etnias, na Secretaria da Ação Comunitária (SAC), e o Pastor Emílio Voigt, Assessor Teológico da Presidência, participaram. O encontro encerrou com a celebração do Culto de Tomé, destacando mais uma vez o “renovar o Esperançar”.