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Trigêmeos que nasceram em três cidades diferentes

Oração: Graças te damos, Senhor, pela vida, a maior bênção que recebemos de ti. Nosso coração está cheio de alegria e gratidão porque nos sabemos cuidadas e amparadas por tua amorosa mão. Pedimos-te: dá-nos sabedoria para sempre fazer as escolhas certas e tomar as atitudes adequadas ao evangelho de Jesus Cristo, teu Filho, que nos ensinou a amar a nós mesmas e a amar nossos semelhantes e a transformar esse amor em atos e palavras. Deus todo-poderoso, aos teus cuidados recomendamos as pessoas infelizes e sofredoras. Envia-lhes teu Espírito Consolador; que ele aquiete seus corações e ilumine seus caminhos. Amém.

TRIGÊMEOS QUE NASCERAM EM TRÊS CIDADES DIFERENTES

No início da década de 1960, fui pastor na Paróquia Evangélica de Santa Isabel, em Santa Catarina, que era constituída por 13 comunidades. Certo domingo, era dia de culto em Perdidas (hoje Betânia). O caminho era longo – quase três horas em lombo de cavalo. No pátio da igreja, havia uma certa agitação ao redor da família Scheimann. Quando me aproximei, vi três meninos vestidos com “roupinhas de batismo” no colo de madrinhas, que vieram sorrindo ao meu encontro com os meninos, e uma delas disse: “Seu pastor, aqui em Perdidas aconteceu um milagre... A Sra. Scheimann teve trigêmeos”. Nesse momento a madrinha que trazia o menino da direita, na foto acima, mostrou seu afilhado e disse: “Este é o Leonídeo, ele nasceu em casa, aqui em Perdidas”. Logo veio a madrinha com o segundo menino da foto e disse: “Este é o Dilson, ele nasceu na maternidade de Angelina”. Nem tive tempo de respirar, quando veio a terceira madrinha com o terceiro menino da foto e falou: “Este é o Nilton, ele nasceu na maternidade de Florianópolis”. Nesse momento toda a comunidade explodiu numa grande salva de palmas e todos estavam alegres. Que milagre foi esse? Até o início da década de 1960, quase todas as crianças de nossas comunidades do interior nasciam em casa. Só em poucas regiões havia parteiras formadas; mas na maioria das comunidades viviam “Hecken-Hebamen”

Arquivo pessoal

Os trigêmeos Dilson, Nilton, Leonídeo

(“parteiras do mato”). Tratava-se de mulheres corajosas e líderes que tinham algumas experiências em parto e ajudavam as mães na hora do nascimento de seus filhos e filhas. Quando, na família Scheimann, nasceu, em Perdidas, o primeiro dos trigêmeos, quem dava assistência à parturiente era uma tal “Hecken-Hebame”. Concluído o parto, ela viu que lá no útero tinha mais um, mas ele não queria sair. Nessa hora alguém lembrou que ali perto havia uma caçamba do Estado que trazia macadame para a estrada. O motorista da caçamba se dispôs a levar a parturiente para Angelina, onde uma parteira formada atuava numa pequena maternidade. Rapidamente colocaram um “Strohsack” (colchão com palha de milho) na caçamba e nele deitaram a mãe com o primeiro dos trigêmeos. Os 12 quilômetros até Angelina foram percorridos rapidamente. Na pequena maternidade, a parteira conseguiu ajudar no nascimento do segundo menino. Ela então viu que “lá dentro” estava mais um e esse não saía de jeito nenhum. Na época, em toda a região não vivia nenhum médico e não existia nenhuma ambulância. O motorista da caçamba se dispôs a levar a mãe e os dois meninos até a maternidade de Florianópolis, que distava 50 quilômetros.

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