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Obedecer a Deus (Atos 5.29
JUNHO
Nós devemos obedecer a Deus e não às pessoas. Atos 5.29
Meditação
OBEDECER A DEUS
Sugestão de hino: Em tuas mãos – Livro de Canto da IECLB, nº 15
Escrevo esta meditação dentro de um contexto bem difícil, o contexto da pandemia do coronavírus. Estamos já há mais de dois meses em isolamento e distanciamento social. Muito temos ouvido, lido e vivido sobre este tempo. A palavra bíblica de Atos de Apóstolos cai como orientação neste período. As muitas informações vindas de lugares e setores diferentes nos causam confusão. Ora precisamos nos isolar, ora esse medicamento pode ser a solução, depois já não pode ser usado, pois causa graves sequelas, e assim vamos, e nossa confiança em um mínimo de direção e orientação é fortemente abalada. Aí voltamos à palavra bíblica que clama por obediência divina. Qual a vontade de Deus para nós? Qual desejo de Deus para a humanidade e sua criação? Eu creio ser vida, vida em abundância, vida plena. E nessa hora de insegurança, Deus me orienta e conduz no cuidado e na proteção da vida. Os apóstolos seguiam seu trabalho missionário. Anunciavam o Evangelho, oravam, curavam, louvavam, mas também admoestavam e denunciavam o pecado humano (Atos 5.16). Todo esse ministério causou mudanças significativas naquelas pessoas, muitas eram as que se juntavam a eles. Toda essa aglomeração, exaltação causou a inveja no sumo sacerdote e nos membros do partido dos saduceus, que solicitaram a prisão de Pedro e dos demais apóstolos que com ele seguiam (Atos 5.17). Porém, na prisão, durante a noite, um anjo do Senhor os liberta e lhes ordena: Vão ao templo e anunciem ao povo tudo a respeito desta nova vida (Atos 5.20). Ao tomarem conhecimento disso, o sumo sacerdote e os demais mandaram trazer Pedro e os apóstolos e os questionaram em julgamento: Por que vocês insistem em falar se nós lhes proibimos isso? Então Pedro respondeu: Nós devemos obedecer a Deus e não às pessoas (Atos 5.29).
A obediência a Deus e sua vontade pode nos colocar diretamente em confronto com todas as pessoas que discordam ou negam isso. A fé de Pedro e dos apóstolos não lhes permite duvidar. Eles sabem claramente a quem obedecer. E nós? Onde estamos? Nós conseguimos saber o que é certo a fazer? A sociedade preocupa-se excessivamente com a opinião e a vontade das pessoas: “Ah, mas se eu deixar de fazer isso, essa pessoa vai ficar brava; se eu disser isso, posso ser julgada; é melhor não me envolver, já tenho tanto com o que me preocupar...”. Preocupar-se com o que as outras pessoas pensam é perigoso, porque isso significa que facilmente nos esquecemos de fazer a coisa certa e fazemos aquilo que a maioria quer que façamos. A quem estamos agradando? Às pessoas ou a Deus? A pessoa que serve a Cristo nãopode agradar a Deus e às pessoas e ainda assim continuar na condição de seguidoradele. Quando agimos assim, estamos simplesmente negando nossa fé. Nosso viver diário deve ser coerente com a palavra de Deus, ainda que isso desagrade muitas pessoas.
Uma filha, um filho de Deus também é alguém cheio de amor e empatia. E em seu coração está a consideração por aquela pessoa que tem dificuldade de vislumbrar o que é certo, o que é bom, o que é justo. Cabe-nos, animadas e impulsionadas pelo Espírito Santo, manifestar, com empatia, com amor, o caminho a se tomar. Nunca com arrogância ou prepotência, mas com humildade e amor.
Formem duplas ou trios e reflitam: Você já deixou de tomar uma decisão importante baseada na frase:
“O que será que vão pensar de mim se eu fizer isso?”. Você já deixou de dizer algo importante para outra pessoa apenas para não se indispor com ela? Como grupo de mulheres, não concordamos com diversas coisas que acontecem ao nosso redor que estão distantes da vontade de Deus.
Temos conseguido denunciar isso? O que poderíamos fazer concretamente para manifestar nossa opinião, que está sustentada pela nossa fé e pela vontade de Deus?
Sugestão de hino: Tua vontade – Livro de Canto da IECLB, nº 321