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Direito de escolher, escolher direito
Reflexão
Em algum momento de sua vida você se sentiu abandonada por Deus?
Fale sobre o que sentiu. Quando, em sua necessidade, você buscou Deus, o que sentiu? Testemunhe ao grupo.
Oração: Cristo, querido Mestre, tu te revelaste a nós na Palavra. Permite que a entendamos sempre melhor. Fortalece-nos por meio de tua Palavra e ajuda para que também vivamos e atuemos de acordo. A ti louvor e gratidão com o Pai e o Espírito Santo para sempre. Amém.
Olga Kappel Roque Juiz de Fora/MG
DIREITO DE ESCOLHER, ESCOLHER DIREITO
A reflexão sobre esse tema é resultado da percepção das mulheres da OASE no Vale do Paraíba/SP. A partir da experiência delas, anotamos algumas contribuições: “Lembro minha mãe que estudou até o quarto ano do ensino primário. Meu avô lhe permitiu aprender corte e costura, mas para que pudesse trabalhar em casa e não na rua.” Assim como ela, muitas mulheres das nossas famílias e nas nossas comunidades não tiveram escolha. Era o que o pai ou o marido determinavam ou nada. “Ter o direito de escolher me lembra da liberdade que lutamos pra ter. E para escolher direito temos que ter acesso às informações corretas e saber discernir” – a liberdade é fundamental para exercer o direito!
Arquivo pessoal
Rosane Philippsen Coordenadora da OASE no Vale do Paraíba/SP
Direito de escolher
A vida é cheia de decisões. Desde muito jovens, precisamos fazer escolhas, e elas acompanham a rotina ao longo dos nossos dias. Decidir qual roupa vestir, o que será preparado para a refeição da família, qual estudo prosseguir ou qual profissão exercer. Escolher estudar, trabalhar, casar (e com quem casar), escolher quando e quantos filhos gerar, aprender a dirigir, sair sozinha, ter conta bancária própria, poder votar e poder concorrer a um cargo público são escolhas que hoje parecem bobas. Mas havia um tempo em que não era assim, essas conquistas são bem recentes na história das mulheres. E ainda há, em muitos lugares, mulheres que não têm acesso a esses direitos básicos. Para se ter uma ideia, no Brasil até 1890, se o marido aplicasse castigos físicos à sua esposa, aos filhos e às filhas, ele não era penalizado. O Código Civil de 1916 definia a mulher casada como incapaz de realizar certos atos e previa que ela necessitava da autorização do seu marido para exercer diversas atividades, como uma profissão ou receber uma herança. Não podiam ser testemunhas em testamento público e o poder sobre a família, filhos e filhas, era exclusivo do marido. Com o Estatuto da Mulher Casada, de 1962, essa situação começa a se modificar. Essa lei marcou o começo de muitas mudanças em relação aos direitos e deveres das mulheres. Mas somente com a Constituição Federal de 1988 foi alcançado, na Lei, um patamar de igualdade. Poder estudar, trabalhar fora de casa, votar são direitos que foram duramente conquistados pelas mulheres. Mulheres que sonharam, foram corajosas, lutaram e enfrentaram preconceitos e dificuldades para poder se aprimorar e exercer sua vocação, se sustentar de forma independente e participar da vida pública. A conquista desses direitos proporcionou uma grande liberdade para as mulheres na nossa sociedade.
A partir dessa reflexão inicial, convido a realizarmos a seguinte atividade:
Dinâmica: Suas escolhas
(Adaptado da dinâmica proposta por Leila Lança, disponível em: <https://meubaudeideias.wordpress.com/2016/09/29/dinamica-suas-escolhas/>. Acesso em: 29 abr. 2020.)
Material: Cinco balões e um brinde (por exemplo: um chocolate). Preparo: Coloque dentro de um balão um papel com a frase: VOCÊ GANHOU UM BRINDE, e marque o balão com um pequeno X. Nos demais balões ponha uma tarefa. Exemplos: dar um testemunho de bênção recebida, tirar uma “selfie” fazendo careta e postar, dançar uma
Arquivo pessoal
coreografia escolhida pelo grupo, recitar um versículo bíblico, cantar um louvor, fazer uma oração pelo grupo etc. O jogo: Jogar os balões para o grupo e tocar uma música. Dizer que, ao parar a música, poderão pegar o balão SE QUISEREM, SE ASSIM DESEJAREM. Quando isso ocorrer, chame todas as que têm balão e diga: “Vocês escolheram ficar com o balão. Mas todas as escolhas que fazemos têm consequências”. Peça que uma de cada vez fure o balão e realize a tarefa. Não force quem não quiser, mas deixe que passe um aperto. Deixe o balão marcado contendo o brinde por último, e então diga à pessoa que ela terá oportunidade Todas as escolhas que fazemos têm consequênciasde repensar por ser a última. Pergunte se quer dar o balão de presente para alguém ou assumir a consequência daquela escolha. Final: Após terminar a brincadeira, conversar sobre o que perceberam com a dinâmica quanto às escolhas feitas. Depois, traga a frase de Pablo Neruda: “Somos livres para fazer nossas escolhas, mas somos escravos das consequências”, e busquem lembrar textos bíblicos que tratam do mesmo tema como, por exemplo, 1 Coríntios 6.12 ou João 15.16.
A seguir, cantar o hino “Deus, teu amor é qual paisagem bela” (HPD 1, 176).
Escolher direito
A conquista de direitos legais proporcionou uma grande liberdade para as mulheres na nossa sociedade. Poder escolher é um direito e um privilégio. E como fazer a melhor escolha? Como fazer com sabedoria? No mundo atual há tantas opções e possibilidades... Qual é o critério? Para as mulheres e homens que seguem Jesus Cristo, o critério é claro: as escolhas devem ser feitas à luz do Evangelho. Poder seguir Jesus Cristo em condições de igualdade entre homens e mulheres (Gálatas 3.28) é prenúncio do seu reino. E por essa Palavra somos escolhidas, conforme João 15.16-17: Não foram vocês que me escolheram; pelo contrário, fui eu que os escolhi