CURSO DE ATENDIMENTO PRÉ- HOSPITALAR POLICIAL APH MARC 1

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CONHEÇA O: CURSO DE ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR POLICIAL – APH MARC 1 POLÍCIA CIVIL DE MINAS GERAIS ACADEMIA DE POLÍCIA CIVIL

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AUTORIDADES Governador do Estado de Minas Gerais Romeu Zema Neto Vice-Governador do Estado de Minas Gerais Paulo Eduardo Rocha Brant Chefe da Polícia Civil de Minas Gerais Dr. Joaquim Francisco Neto e Silva Chefe-Adjunta da Polícia Civil de Minas Gerais Dra. Irene Angélica Franco e Silva Leroy Diretora da Academia de Polícia Civil de Minas Gerais Dra. Cinara Maria Moreira Liberal

CURSO DE ATENDIMENTO PRÉ- HOSPITALAR POLICIAL APH MARC 1 Carga horária: 16 h/a Administração: Dra. Cinara Maria Moreira Liberal Belo Horizonte - 2021

Diretor-Adjunto da Academia de Polícia Civil de Minas Gerais Dr. Marcelo Carvalho Ferreira

EXPEDIENTE Elaboração: Coordenação Administrativa Coordenação dos trabalhos: Dr. Horivelton Cabral Ribeiro Denner Cássio Pereira Rosângela Egídia da Silva Barbosa Produção Fotográfica: Anderson Luiz Ferreira Fernandes Feitosa Arnaldo Gomes de Oliveira Filho Plínio Nunes Lacerda Cleiton Alves da Silva Produção de texto: Fabiane Jacqueline dos Santos Revisão de texto: Lívia Rocha Ferraz

Academia de Polícia Civil de Minas Gerais Rua Oscar Negrão de Lima, 200 Nova Gameleira - Belo Horizonte (MG) CEP: 30510-210

Design e Produção Gráfica: Marlon Leandro de Resende Silva Produção e impressão: Suamir Carvalho Chamone Filho ACADEPOL – 2021



A palavra da Direção A Academia de Polícia Civil ACADEPOL vem desenvolvendo com total dedicação um conjunto de iniciativas pedagógicas voltadas ao aprimoramento profissional, bem como o desenvolvimento de novas habilidades. Focados, então, nestes projetos que repercutem de forma incisiva na motivação dos servidores da Polícia Civil de Minas Gerais, vários cursos e treinamentos estão sendo realizados, entre eles o Curso de Atendimento Pré-Hospitalar Policial – APH MARC 1, que se traduz em uma aspiração dos policiais embasada na necessidade imperiosa do uso das técnicas táticas e comportamentais que possibilitem um atendimento mais profissional e seguro à sociedade.

COORDENAÇÃO ADMINISTRATIVA

Com a total observância das condições de segurança sanitária necessárias em razão do momento social vivenciado, a realização periódica deste curso coincide com a demanda que aporta nesta Casa de Ensino. A ACADEPOL procura trabalhar aliando no contexto educacional ideias modernas e processos pedagógicos bem planejados, ampliando seu portfólio de cursos que, atualmente, já são desenvolvidos nas modalidades presencial, remota e a distância. A nossa visão se estrutura na necessidade de uma renovação contínua do conhecimento. Desta forma, a Polícia Civil de Minas Gerais vem possibilitando que seus servidores, de todas as carreiras, observando a especificidade de cada uma, tenham maior acesso às novas tecnologias e metodologias inerentes ao trabalho policial, afinal o investimento no aprimoramento educacional é pilar básico ao sucesso institucional.

Novos cursos estão sendo formatados a cada dia! Conheça-os! Participe!

Cinara Maria Moreira Liberal Diretora da ACADEPOL

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Conselho Superior de Polícia:

Bicentenária na história da Segurança Pública de Minas Gerais A POLÍCIA CIVIL DE MINAS GERAIS - PCMG é órgão autônomo, permanente do poder público, essencial para a realização da justiça e defesa das instituições democráticas, sendo organizada de acordo com os princípios da hierarquia e da disciplina. Desde sua criação, vem passando por diversas reestruturações, priorizando, sempre, a investigação criminal de caráter técnico, jurídico e científico, sua principal competência institucional.

Dr. Joaquim Francisco Neto e Silva Chefe da Polícia Civil de Minas Gerais

Dra. Irene Angélica Franco e Silva Leroy Chefe-Adjunta da PCMG

Dra. Ana Paula da Silva Y Fernandez Corregedora-Geral de Polícia Civil

Dr. Márcio Simões Nabak

Superintendente de Investigação e Polícia Judiciária

A Polícia Civil tem atribuições e objetivos bem específicos, direcionados ao desempenho da função de polícia judiciária, conforme previsto na legislação, em especial nas Constituições Federal e Estadual, bem como na Lei Complementar 129, de 08 de novembro de 2013, sua “Lei Orgânica” (LOPC). Incumbe-se da apuração, no território do Estado, das infrações penais, exercendo ainda, de forma privativa, a função de polícia técnico-científica, o processamento e arquivo de identificação civil e criminal, além do registro e licenciamento de veículo automotor e a habilitação de condutor.

Dra. Águeda Bueno Nascimento Homem

Atualmente, a PCMG apresenta um quadro funcional estruturado em carreiras policiais e administrativas. São carreiras policiais: Delegado de Polícia, Escrivão de Polícia, Investigador de Polícia, Médico-Legista e Perito Criminal. Já as administrativas são instituídas na forma de lei específica e se dividem em: Analista da Polícia Civil, Técnico-Assistente da Polícia Civil e Auxiliar da Polícia Civil.

Superintendente de Informações e Inteligência Policial

A sua MISSÃO embasa-se na realização da “investigação criminal de forma eficiente e eficaz, impactando na redução da criminalidade, integrando a gestão coletiva da Segurança Pública e Justiça Criminal”. Como VISÃO, busca “ser reconhecida, por sociedade e governos, pela excelência na investigação criminal, no exercício das funções de polícia judiciária e como órgão essencial à construção das políticas de segurança pública, atuando na repressão qualificada e na mediação de conflitos”.

Chefe de Gabinete da PCMG

Dr. Eurico da Cunha Neto Diretor do Detran-MG

Dra. Cinara Maria Moreira Liberal Diretora da Academia de Polícia Civil

Dr. Felipe Costa Marques de Freitas

Dr. Reinaldo Felício Lima Superintendente de Planejamento, Gestão e Finanças

Dr. Rodrigo Macedo de Bustamante Delegado-Assistente da Chefia da PCMG

Thales Bittencourt de Barcelos Superintendente de Polícia Técnico-Científica

Luciene Cardoso Murta Vilela Inspetora-Geral de Escrivães

Breno Coelho Nepomuceno Inspetor-Geral de Investigadores

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A Academia de Polícia Civil de Minas Gerais ACADEPOL

A história da Academia de Polícia Civil remonta às primeiras décadas do século XX. No período republicano, com a transformação da Polícia Civil, viu-se a necessidade de capacitação do seu efetivo. Várias foram as tentativas de se criar uma escola para a devida formação e profissionalização dos servidores da Polícia Civil. A necessidade educacional, inclusive, foi chancelada pela Lei nº 380, de 27 de agosto de 1904, que instituiu a Guarda Civil e determinou a criação da “Escola de Polícia”. Contudo, somente por meio do Decreto 7.287, de 17 de julho de 1926, é que se iniciou, em Belo Horizonte, a implantação da Escola de Polícia, cujo objetivo era ministrar um curso de investigação criminal destinado a investigadores que compunham o quadro da recém criada Secretaria de Polícia. A metodologia utilizada era essencialmente prática e experimental, não havendo produção de material didático. As disciplinas que compunham a grade curricular eram: Noções de Criminologia e Direito Penal; Noções de Processo Criminal; Organização e Funções de Polícia; Técnica Policial e Investigação Criminal. Como naquela época a maior parte dos investigadores não possuía o nível básico de escolaridade, foi preciso readaptar a Escola, que passou a ministrar cursos de

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instrução elementar, permitindo inclusive a participação efetiva da população. Infelizmente, apesar de a medida ter sido salutar, o desvio de finalidade da Escola de Polícia motivou a interrupção de suas atividades até o ano de 1947. Somente com o Decreto-Lei nº 2.147, de 11 de julho de 1947, o então Governador do Estado de Minas Gerais, Milton Campos, institucionalizou efetivamente a Escola, permitindo sua reabertura. A Escola passou a ser denominada Escola de Polícia Desembargador Rafael de Almeida Magalhães, funcionando na rua 21 de Abril, no centro de Belo Horizonte. A partir desse marco, iniciou-se um processo de modernização da legislação específica que regia a Polícia Civil. Houve o aumento do grau de exigência para a seleção dos servidores que atuariam na função policial, bem como a reestruturação de cargos e carreiras. Em 1966, com o Decreto nº 9.761, de 12 de maio, daquele ano, a Escola de Polícia Desembargador Rafael de Almeida Magalhães passou a se chamar ACADEMIA DE POLÍCIA CIVIL – ACADEPOL, objetivando a formação, o aperfeiçoamento do efetivo funcional da Polícia Civil do Estado e a realização de pesquisas relacionadas, direta ou indiretamente, aos serviços policiais. Em 1969, com a edição da Lei 5.406, antiga Lei Orgânica da Polícia Civil, foi feita alusão a Minas Gerais no nome da Academia de Polícia Civil, nomenclatura que se manteve na atual Lei Complementar 129/2013. Após anos de evolução na busca pelo aprimoramento das técnicas, metodologias e práticas de ensino, a Academia de Polícia Civil de Minas Gerais vem realizando a capacitação e o aprimoramento dos servidores da Polícia Civil, proporcionando-lhes uma formação de qualidade para que levem um serviço de excelência à população mineira. No ano de 1976, a sede da ACADEPOL mudou para o bairro Nova Gameleira, tendo sido oficialmente inaugurada em 1978 no governo de Ozanan Coelho.

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Atualmente, a ACADEPOL possui um polo educacional formado por dois campus. O CAMPUS I continua situado no bairro Nova Gameleira, zona oeste da capital mineira; o CAMPUS II – CTA (Centro de Treinamento Avançado), na zona rural da cidade de Sabará, Região Metropolitana de Belo Horizonte. O Campus I – Sede Tem uma infraestrutura física composta por prédios de variados modelos arquitetônicos, que se classificam desde o estilo clássico do final da década de 1950 – a exemplo do “Prédio A”, que abriga a administração da Academia, o parque gráfico, a biblioteca, dois laboratórios de informática, dois auditórios, Centro de Formação de Condutores – até o estilo moderno do “Prédio J”, que foi inaugurado em 2010 e possui várias salas de aulas equipadas com quadro branco magnético, computadores e projetores multimídia. Ainda integram a estrutura física do Campus I: estande de tiros, refeitórios, capela, ginásio, academia de ginástica, piscina, quadras poliesportivas, campo de futebol, pista de atletismo, áreas de treinamento de ação policial e de defesa pessoal, além do Colégio Ordem e Progresso. O Campus II – CTA (Centro de Treinamento Avançado) Está estruturado em uma área de mais de 400.000 hectares, sendo considerado um dos maiores centros de treinamento tático policial da América Latina. O espaço é utilizado para treinamentos com armas de fogo de diversos calibres e de ações policiais especiais, como tomada de imóveis e sobrevivência policial. Administrativamente, a ACADEPOL possui a seguinte estrutura:

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• Direção-Geral: responsável por gerir todas as atividades administrativas e pedagógicas; • Divisão Psicopedagógica: promove os atos relacionados a preparação e execução de todas as atividades pedagógicas desenvolvidas, visando estimular a investigação e a criatividade do corpo docente; • Divisão de Recrutamento e Seleção: executa todas as atividades de recrutamento e seleção de candidatos em certames públicos, bem como promove todos os atos de secretaria escolar relativos aos cursos desenvolvidos; • Divisão Auxiliar: secretaria a Direção-Geral nos atos oficiais desenvolvidos, bem como promove o gerenciamento dos atos relativos ao efetivo funcional da ACADEPOL; • Inspetoria: assessora diretamente a Direção-Geral, especialmente no controle do efetivo policial e dos bens; • Coordenação Administrativa: controla as atividades que envolvem ensino e aprendizagem, estabelecendo uma ponte entre a direção, o corpo docente e o discente; • Instituto de Criminologia: elabora pesquisas e estudos, visando ao diagnóstico de fenômenos criminais, bem como promove a execução dos cursos de Pós-Graduação Lato Sensu oferecidos aos servidores da Polícia; • Colégio Ordem e Progresso: escola gerida pela PCMG e destinada a dependentes e parentes de servidores da Polícia Civil. Funciona atualmente nos três turnos, atendendo do 6º ano do Ensino Fundamental II ao 3º ano do Ensino Médio, e seu corpo discente é formado por mais de 1.500 alunos. Importante símbolo da Polícia Civil de Minas Gerais, a ACADEPOL conta atualmente com um corpo docente capacitado, integrado por servidores da PCMG, que foram aprovados em processo seletivo simplificado e atuando como coordenadores, monitores, instrutores e professores. Orgulhosamente, grandes expoentes da Polícia Civil de Minas Gerais integraram o corpo docente, a exemplo dos Delegados de Polícia Cid Nelson Safe Silveira, Ediraldo Brandão, Santos Moreira, Raul Moreira, Otto Teixeira Filho, Elson Matos da Costa, Renato Patrício Teixeira, Marco Antônio Monteiro de Castro, Oliveira Santiago Maciel, Wanderson Gomes da Silva, Wagner Pinto de Souza, entre tantos outros que, por falta de memória histórica, não nos é possível reverenciá-los com todas as honras que merecem.

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a característica principal que a distingue do infrator. A força legítima está ancorada no modelo de ordem sob a lei, onde a polícia tem O curso oferece a capacitação no função de manter a ordem, reprimindo crimes, atendimento pré-hospitalar de combate mas devendo atuar de acordo com a lei. Nesse para os policiais que porventura envolverem- sentido, toda ação policial tem como objetivo se em confrontos armados. O processo de precípuo a preservação da vida de todas as ensino e aprendizagem está fundamentado pessoas envolvidas em uma ocorrência. na importância de somente se recorrer ao uso da força quando todos os outros Nos tempos atuais, sentimos a necessidade meios legítimos para se atingir um objetivo de uma polícia eficiente e eficaz, que protege tenham falhado. Para tanto, os policiais são e socorre com qualidade e objetividade, incentivados a serem moderados e a agirem proporcionando à sociedade a tranquilidade em proporção à gravidade do delito cometido desejada. Considerando a necessidade da e ao objetivo a ser alcançado, observando-se capacitação continuada dos policiais a fim de os preceitos legais de sua atividade, bem como se desenvolver um trabalho de qualidade, o os princípios básicos de Direitos Humanos, curso aborda teorias e práticas do protocolo garantindo o respeito à vida e à integridade MARC 1, onde serão ensinadas técnicas capazes de salvar vidas, com a finalidade física dos cidadãos. de conseguir ganhar tempo até chegar em A atuação da polícia é pautada no uso da força um hospital para o tratamento definitivo do legítima, reconhecida pelo Estado, sendo essa policial ferido.

APRESENTAÇÃO

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Para que o policial possa então estar apto a cumprir prisões em ambientes confinados, deve, antes de tudo, desenvolver habilidades e competências necessárias para usar taticamente, ou seja, na ação policial, seu armamento. Protocolos simples e eficazes são ensinados aos alunos, com os quais os mesmos aprendem a oferecer os primeiros cuidados quando um policial for ferido. Sabe-se que o trabalho policial no Brasil é um dos mais arriscados do mundo. O número de policiais feridos ou mortos em serviço é superior às estatísticas de guerras declaradas, gerando dados alarmantes e que colocam em risco a própria sobrevivência do Estado Democrático de Direito, uma vez que o ataque a um servidor estatal é um ataque ao próprio Estado. As tentativas de retomada de territórios ou mesmo abordagens, à primeira vista tidas como simples, esbarram no poderio de fogo do crime organizado, voltado cada vez mais para o confronto com as forças policiais. Os últimos anos têm apresentado números preocupantes referentes à segurança pública. De acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (2018), em 2017 ocorreram 63.880 mortes violentas intencionais. Dentre essas, 367 mortes de policiais. Nesses números, não estão contabilizados os policiais que permaneceram vivos após tornarem-se vítimas de trauma em combate. Ou seja, o número de vítimas policiais é muito maior. É natural que exista no seio da classe policial uma ânsia em reduzir essa letalidade. Por conseguinte, a tentativa de evitar o óbito do policial atingido e/ou melhorar o seu prognóstico é uma das facetas do atendimento pré-hospitalar policial, já que a inexistência ou não-aplicação de um protocolo de atendimento adequado diminui as chances de uma boa evolução clínica para o policial atingido. Fato que é agravado quando há uma demora no atendimento, eis que o tempo de resposta dos serviços de emergência oficiais não atende à demanda necessária. Expliquese: o policial traumatizado, normalmente, se encontra em área classificada como de altíssimo risco pelos profissionais da área

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de saúde, considerando que a ameaça pode ainda estar presente ou novos conflitos podem ocorrer a qualquer momento. As equipes de socorro não alcançarão a vítima no tempo ideal, pois estão vinculadas a um protocolo que prevê uma cena totalmente segura para início do atendimento. Os ataques aos policiais são, certamente, uma afronta ao Estado e atingem a sociedade exatamente na barreira que a protege da barbárie. Apesar desse fato, nenhum esforço de estudo foi realizado até o momento. Porém urge que o sangue policial seja estancado e, nesse sentido, deve-se buscar a experiência de países que contam com esses dados e estudos. A exemplo do PHTLS (Prehospital Trauma Life Support ou Suporte Pré-Hospitalar de Vida no Trauma), amplamente utilizado no atendimento pré-hospitalar civil, existe também um comitê que estuda o atendimento das ocorrências de trauma em combate. Ao fazer uma analogia da confiabilidade do protocolo PHTLS e de seu comitê, com o TCCC (Tactical Combat Casualty Care), que também é idealizado por um comitê – CoTCCC, chega-se facilmente à conclusão de que o protocolo TCCC é o melhor a ser utilizado, sempre que presentes as hipóteses de combatentes com ferimentos por trauma no ambiente operacional. Destarte, esta matéria tem dentre os seus objetivos salvar vidas por meio do atendimento realizado por policial habilitado e prevenir outras perdas de vida em situação de combate surgido durante a atuação de equipes de profissionais que têm como missão garantir a aplicação da lei e da ordem, proteger e resguardar as vidas dos seus membros e da sociedade.

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OBJETIVO GERAL O curso capacita os policiais e agentes da segurança pública para atuação tática policial no atendimento de policiais feridos, priorizando sempre a segurança, empregando técnicas e habilidades físicas e psicológicas necessárias ao cumprimento de missões policiais operacionais. As vidas que podem ser salvas, ao utilizar os corretos protocolos, serão o caminho a ser atingido.

METODOLOGIA

O curso tem seu caráter metodológico alicerçado na aprendizagem ativa e participativa do aluno. O Ao final do curso o aluno: conteúdo envolve conceitos práticos, • Percebe uma situação de crise e, exercícios, oficinas e vivências mediante rápida análise das variáveis através de simulações. presentes, toma uma decisão pautada nos princípios da legalidade, São necessários 3 (três) professores, proporcionalidade, necessidade e por aula, para que a instrução ocorra de maneira mais segura e dinâmica. moralidade; O curso envolve exercícios/ simulados próximos da realidade, • Identifica pontos de insegurança, onde os alunos devem aplicar todo o no exercício da atividade operacional, protocolo MARC 1 para tentar salvar durante a ação policial, a fim de a vida de seus colegas feridos. preservar a vida do policial e a de terceiros;

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Materiais de uso obrigatório:

• Aplica, na prática, o conhecimento adquirido no treinamento voltado O aluno para realizar o curso deverá ao para o saber fazer no atendimento se apresentar ter consigo os seguintes pré-hospitalar; equipamentos/vestimentas: • Utiliza todas as técnicas e táticas do treinamento na vida real, diminuindo deste modo a possibilidade de ferimentos ou morte do próprio operador policial e de terceiros, no caso de um confronto armado; • Atua de forma técnica, balizada nos princípios legais, fazendo uso da expertise nos momentos que a discricionariedade o exigir; • Defende os direitos individuais, preserva a própria vida e a dos policiais envolvidos num confronto armado.

• calça tática adequada e camiseta preta da PCMG; • bota tática ou calçado adequado ao treinamento; • cinto tático; • coldre; • porta carregadores; • colete balístico; • torniquete; • atadura de crepom 12cm; • papel contact 1m; • 1 (uma) camisa velha que possa ser cortada/rasgada.

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ESTRUTURA CURRICULAR DISCIPLINA ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR POLICIAL - APH

DESCRIÇÃO Protocolo MARC1. Contenção de sangramento massivo, desobstrução de vias aéreas, respiração e calor. Oficinas práticas para fixação do protocolo, passando por todos seus níveis/letras. Aplicação do protocolo MARC1 individualmente. Simulados práticos envolvendo equipes de policiais. Aplicação do protocolo MARC1 em equipe.

CARGA HORÁRIA TOTAL 16 h/a

AVALIAÇÃO E CERTIFICAÇÃO A avaliação é formativa e somativa, e ocorre durante todo o curso, em função do desempenho do aluno, por meio de vários parâmetros, tais como: assiduidade, disciplina, capacidade de trabalho em equipe, exercícios práticos e níveis mínimos de conceito regular, obtidos nas provas/oficinas/simulados práticos ao final de cada conteúdo. Está habilitado a receber o certificado o aluno que for considerado apto em todos os conteúdos, tendo desenvolvido as competências pretendidas de acordo com os objetivos do curso, o que será demonstrado em relatório produzido pela coordenação técnica, além do aproveitamento mínimo de 70% de acertos na prova somativa escrita. A certificação é emitida pela Divisão de Recrutamento e Seleção da Acadepol.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS PROJETO 013/DPP/ACADEPOL - 2021 ALCÂNTARA, Lázaro Manoel – O Seqüestro e sua Investigação: principais aspectos / Lázaro Manoel de Alcântara, Osni Rômulo Barcelos de Brito, José Augusto Ferreira de Lima. – Monografia - Brasília: APC, 1990. ANDRADE, Fred – Segurança – Do Planejamento à Execução, São Paulo: CIPA Publicações, 2003. ARAÚJO, Jorge Heleno de – Segurança Pessoal de Personalidades – Rio de Janeiro: J. H. de Araújo – 2004 – contato com o autor: askayampopov@ aol.com AZAMBUJA, Jair Benites. Produção da Prova pela Polícia, Licitude da Atividade Policial. COSTA, Elson Matos da. COSTA, Marco Aurelio Matos da. Investigação na Extorsão Mediante Sequestro. Editora Impetus, Niterói-RJ, 2010. COSTA, Elson Matos da. COSTA, Marco Aurélio Matos da. Técnicas de Ação Policial. 2017. DOREA, Luiz Eduardo. As manchas de sangue como indícios em local de crime, Editora Sagra Luzzatto. DOYLE, Arthur Conan. Um Estudo em Vermelho; tradução Antônio Carlos Vilela, Editora Melhoramentos. Pós Graduação de Atendimento Pré Hospitalar Policial. Escola Superior de Polícia do Paraná. 2018 e 2019. QUEIROZ, Carlos Alberto Marchi. Manual Operacional do Policial Civil Polícia do Estado de São Paulo - São Paulo: Delegacia Geral de Polícia, 2002. Curso de Atendimento Pré-Hospitalar Policial – APH MARC 1

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HINO DA POLÍCIA CIVIL DE MINAS GERAIS

Samuel de Freitas Queles A Polícia Civil segue avante A virtude se torna o dever A coragem é o lema constante Tua lei é a lei defender. Do martírio dos Inconfidentes Das raízes de bravos heróis A essência da luta incessante Se espalhou sobre Minas Gerais. Secular teu passado de glórias! Centenária ao lutar pela paz Se renova porém a história Ao presente que a vida nos traz. Salve, salve! Gloriosa! Seja sempre fiel guardiã Nós não vamos temer Quando mal combater Seja a vida a nossa missão! Oh! Valentes erguei a bandeira O pendão da equidade alçai Perfilai bravamente as fileiras Pra que o mal não perdure jamais. Mesmo quando às portas da morte Teu guerreiro não torna atrás Prevalece o sentido mais forte Proteger o futuro da paz. Muito além das montanhas o feito De justiça e penhor varonil Muito além das fronteiras: Respeito O orgulho de todo o Brasil. Salve, salve! Gloriosa! Seja sempre fiel guardiã Nós não vamos temer Quando o mal combater Seja a vida a nossa missão! Salve, salve! Gloriosa! Seja sempre fiel guardiã Nós não vamos temer Quando o mal combater Seja a vida a nossa missão! Curso de Atendimento Pré-Hospitalar Policial – APH MARC 1


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