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O inventor do flash sincronizado
Mauro Rodrigues
Membro da ALFA
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- Associação Livre Fotógrafos do Algarve
Por volta de 1887, os inventores germânicos, Adolf Miethe e Johannes Gaedicke criaram uma forma de iluminar ou introduzir luz artificial, melhorando a exposição no geral da cena fotográfica à sua volta com literalmente uma pequena explosão, misturando dois pós químicos, magnésio e clorato de potássio. Esta mistura era acionada manualmente e colocada numa pá metálica, criando um som característico, fumo e muita faísca. Este tipo de utilização e explosão poderia correr mal se o material não estivesse em condições, e as pessoas que o operavam po- diam até correr risco de vida. Dado este facto, esta técnica foi transferida para uma lâmpada, o pó ficava contido e haveria menos risco para os fotógrafos e pessoas em redor. Joshua Lionel Cowen em 1899 patenteou uma forma de ignição do pó através de baterias e fio que atravessava a lâmpada. Diversas variações e alternativas, muitas delas amadoras prevaleceram até 1929, onde se distinguiu a lâmpada de arco voltaico, mas muitas destas variações apresentavam resultados insatisfatórios, pois a queima era inconstante e a vida útil muito curta, exigindo constante manutenção. O pó foi eventualmente substituído por um gás bem conhecido, o oxigénio e filamentos de magnésio. Estas lâmpadas eram eletricamente aciona- das através do mecanismo de disparo contido na própria máquina fotográfica, mas apenas funcionavam uma vez e ficavam extremamente quentes, não podendo ser manuseadas logo após o disparo. Mais tarde foi introduzido um plástico envolvente azul para simular a temperatura diurna do meio-dia, a famosa luz branca ou neutra e o magnésio substituído por zircónio de forma a produzir uma luz mais brilhante. O problema é que estas lâmpadas demoravam muito tempo a aquecer e a duração do flash era muito grande, o suficientemente para os fotógrafos serem obrigados a usarem tempos de exposição mais longos, tipicamente entre 1/10 e o 1/50 por segundo. Foi precisamente por volta de 1947 que o prolífico inventor
Artur Fischer, famoso por muitas outras invenções, pelo menos 1.100 invenções, como por exemplo a famosa bucha de plástico ou os brinquedos de construção Fischertechnik, parecidos com Lego, mas de uma complexidade muito maior, patenteou o tão famoso mecanismo sincronizado para flashes, permitindo assim que as câmaras fotográficas e o flash pudessem “conversar um pouco melhor” e adaptar a duração e momento preciso em que o flash disparava após carregar no botão.
Uma invenção que melhorou consideravelmente as condições e os locais, principalmente em interiores que se fotografava o que expandiu a criatividade de vários tipos novos de fotografia. O