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Director Henrique Dias Freire • Ano XXVI • Edição 1125 • Semanário à sexta-feira • 13 de Junho de 2014 • Preço € 1 ÀS SEXTAS EM CONJUNTO COM O PÚBLICO POR €1,60
EM FOCO 2 TRIBUNAL DE FARO VAI FUNCIONAR EM CONTENTORES 3 PORTIMÃO QUER PAGAR SALÁRIOS SEM CORTES 4 ESCOLAS APOSTAM NA ÁREA DO MAR 5 POSTOS DE TURISMO GANHAM CERTIFICAÇÃO 6 AUTOCARRO 100% ELÉCTRICO ESTREIA-SE EM FARO 7 BOA MESA 8 CLASSIFICADOS 9
Tribunal de Faro vai funcionar em contentores
> Em breve o Tribunal da Comarca de Faro vai pas-
sar a funcionar em contentores. As obras de terraplanagem da área de terreno junto às piscinas da cidade que será ocupada pelo tribunal provisório já começaram. Está previsto que as obras no edifício da Rua 5 de Outubro, em Faro, tenham uma duração de nove meses, apurou o POSTAL. p. 3 d.r.
d.r.
Educação:
Algarve aposta na construção naval Ensino profissional: A região vai apostar já no próximo ano lectivo em formação na área da construção naval. A falta de oferta de profissionais para as necessidades do mercado de emprego do sector está na origem do reforço da oferta em cursos profissionais de construção e electricidade navais > 5 d.r.
TURISMO
Postos de Turismo com qualidade certificada
AMBIENTE
>2
d.r.
AUTARQUIAS
Minibus 100% eléctrico em Faro
>6
Loulé está na mira dos investidores em centros comerciais
> Move-se
apenas a electricidade e é absolutamente silencioso, mas passa despercebido na cidade de Faro. É o primeiro minibus de transporte colectivo 100% eléctrico do país e resultou de uma parceria entre várias empresas e a câmara liderada por Rogério Bacalhau. p. 7
Portimão quer cumprir restituição de salários
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2 | 13 de Junho de 2014 pub
NOTARIADO PORTUGUÊS JOAQUIM AUGUSTO LUCAS DA SILVA
em foco
NOTÁRIO EM TAVIRA Nos termos do Artigo 100.º, número um, do Código do Notariado, na redacção que lhe foi dada pelo Decreto Lei número 207/95, de catorze de Agosto, faço saber que no dia quatro de Junho de dois mil e catorze, a folhas vinte e três, do livro de notas para escrituras diversas número cento e setenta - A, deste Cartório, foi lavrada uma escritura de rectificação, na qual:
Centros comerciais de olhos postos em Loulé Câmara pede estudo à Universidade do Algarve sobre o impacto dos gigantes comerciais d.r.
Ricardo Claro ricardoc.postal@gmail.com
LOULÉ ESTÁ NA MIRA DOS INVESTIDORES da área das gran-
des superfícies comerciais e não é de agora, mas o que é facto é que neste momento os empreendimentos começaram a chegar às fases de discussão pública e a sociedade civil pretende, pelo menos em parte, discutir até à última consequência a instalação dos gigantes comerciais no concelho e os respectivos impactes, nomeadamente ambientais e económicos, sobretudo, no tecido comercial local. Depois do IKEA ter gerado recentemente reacções da Associação do Comércio e Serviços da Região do Algarve (ACRAL) e da Quercus, com posições negativas expressas durante a consulta pública à avaliação de impacte ambiental (AIA), a que se juntou a posição também negativa da Almargem, chega a vez de entrar em discussão pública o projecto Alma Plaza, integrado pelo Apolónia, um conhecido grupo de supermercados da região. À semelhança do IKEA previsto parcialmente para a freguesia de Almancil, o Alma Plaza Lifestyle Center quer instalar-se também em Almancil na zona junto ao Kartódromo local na saída da localidade em direcção às Quatro-Estradas de Loulé. Num investimento de 49 milhões de euros previsto pelo promotor, o novo gigante do comércio integrará um supermercado Apolónia, terá 5,5 hectares de área, mais de 21 mil metros quadrados de área de implantação e 17 mil metros quadrados de área bruta locável, destinada às lojas. Os promotores dizem que a construção do Alma Plaza criará 100 postos de trabalho directos e 250 indirectos e que a funcionar o novo centro comercial gerará 505 postos de trabalho
to na construção dos projectos que se encontram em fase de aprovação mais avançada, terá impacto em propostas futuras. Isto não obstante ser à autarquia que cabe a última palavra no licenciamento de estruturas como o IKEA ou o Alma Plaza e do facto dos respectivos licenciamentos não estarem ainda fechados.
ANTÓNIO MARTINS DOMINGOS, NIF 132.997.690 e mulher NATALINA MARIA CARDEIRA FERNANDES DOMINGOS, NIF 124.419.712, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, residentes no sítio do Graínho, Caixa Postal 20-Z, Cachopo, Tavira, declararam: Que, com exclusão de outrem, são donos e legítimos possuidores do prédio rústico, sito em Serro da Bica, freguesia de Cachopo, concelho de Tavira, composto por terra de cultura e pastagem, com a área de quinhentos metros quadrados, que confronta de norte com António M. dos Ramos, do sul e poente com caminho e do nascente com José Teixeira, inscrito na matriz sob o artigo 7.841, com o valor patrimonial tributável e igual ao atribuído de DOIS EUROS E OITENTA E TRÊS CÊNTIMOS, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Tavira. Que eles justificantes adquiriram o prédio, no ano de mil novecentos e oitenta e seis, em data que não podem precisar, por compra verbal e nunca reduzida a escritura pública, feita a Henriques Martins Teixeira, já falecido e mulher Ermelinda Maria Teixeira, residentes que foram no sítio de Fernandilho, freguesia de Vaqueiros, concelho de Alcoutim. Que desde esse ano possuem o prédio em nome próprio, usufruindo do mesmo, fazendo as culturas e recolhendo os frutos, pagando contribuições e impostos devidos, sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu inicio, posse que sempre exerceram sem interrupção e ostensivamente, com o conhecimento de toda a gente, sendo por isso uma posse pacífica, contínua e pública, pelo que adquiriram o prédio por usucapião. Vai conforme o original. Tavira, em 04 de Junho de 2014
A funcionária por delegação de poderes; Ana Margarida Silvestre Francisco – Inscrita na O.N. sob o n.º 87/1 Conta registada sob o nº. PAO 791/2014 Factura nº. 0805 (POSTAL do ALGARVE, nº 1125, de 13 de Junho de 2014) pub
CARTÓRIO NOTARIAL DE SÃO BRÁS DE ALPORTEL DE AMÉLIA DE BRITO MOURA DA SILVA ÔÔ Projecto Alma Plaza é da responsabilidade do grupo Apolónia directos e 210 indirectos, dados revelados no estudo de impacte ambiental (EIA) remetido à Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve (CCDR) para o processo de AIA, cuja consulta pública decorre até 2 de Julho. Em termos de impacte ambiental o problema maior do Alma Plaza está na existência de 176 sobreiros no terreno onde se prevê venha a nascer o projecto, uma espécie protegida.
ACRAL CONTRA Ao POSTAL Victor Guerreiro, presidente da ACRAL, manifestou-se “contra” o projecto do Alma Plaza. O dirigente associativo refere que a associação está “ainda a analisar o EIA que os promotores remeteram à CCDR” e que “sobre as questões ambientais vamos pronunciar-nos logo que a análise dos documentos e os contactos com parceiros da ACRAL na área do ambiente estejam concluídos”, mas realça que “sobre os impactes negativos no comércio local de Almancil e das zonas limítrofes não há dúvidas de que serão necessariamente negativos”. “A ACRAL não pode por isso apoiar um projecto que terá um efeito nefasto naqueles que
são os seus associados e o sector do comércio e serviços”, conclui Victor Guerreiro, acrescentando que “a região não suporta mais investimentos na área das grandes superfícies comerciais, sobretudo quando localizados, como é o caso, a curtas distâncias de projectos já existentes ou previstos da mesma natureza”.
CÂMARA DE LOULÉ MANDA FAZER ESTUDO Entretanto, o pre-
sidente da Câmara de Loulé, Vítor Aleixo, determinou a encomenda à Universidade do Algarve de um estudo “em que se possa de certa maneira antecipar o impacto na economia local da abertura de mais centros comerciais”, disse em declarações à Lusa. “Quando cheguei à Câmara de Loulé tinha vários processos já em andamento com alguns passos administrativos já concluídos e recentemente tenho recebido mais propostas”, afirmou o autarca, que não esconde a “convicção” de que o concelho não tem capacidade para tantos centros comerciais de grande dimensão. O autarca disse que o estudo poderá estar concluído dentro de pouco mais de três meses e mesmo que não vá ter impac-
CERTIFICA, para efeitos de publicação, nos termos do disposto do artigo cem, número um do Código do Notariado, que no dia catorze de Maio de dois mil e catorze, a folhas quarenta e seis e seguinte do livro de notas para escrituras diversas número trinta deste Cartório, foi lavrada uma escritura de Justificação Notarial, em que MARIA GABRIELA DE SOUSA UVA PESSANHA BARBOSA, casada com André Manuel Blanco Gomes Pessanha Barbosa, sob o regime da comunhão de adquiridos, natural da freguesia de São Sebastião da Pedreira, concelho de Lisboa, residente na Avenida Marginal, n.º 6836, União das Freguesias de Cascais e Estoril, concelho de Cascais, contribuinte fiscal número 132.089.157, é dona e legítima possuidora, com exclusão de outrem, dos seguintes prédios: I) Prédio rústico, sito em Bico Alto, freguesia e concelho de São Brás de Alportel, composto por terra matosa, que confronta de norte com Corga Funda de Irmãos Silvério, de sul com António Martins e outros, de nascente com José Mora Féria e de poente com Alberto Domingos Gonçalves, com a área total de dezassete mil duzentos e dezasseis metros quadrados, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 24487, com o valor patrimonial actual de mil seiscentos e vinte e seis euros e noventa e um cêntimos, que é o atribuído, não descrito na Conservatória do Registo Predial de São Brás de Alportel; II) Prédio rústico, sito em Bengado, freguesia de Santa Catarina da Fonte do Bispo, concelho de Tavira, composto por terra de cultura, que confronta de norte com Catarina Martinho e outros, de sul com Joaquim Gago, de nascente com António Martins Gago e de poente com António Dias, com a área total de cinco mil trezentos e setenta e cinco, vírgula, setenta e oito metros quadrados, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 49219, com o valor patrimonial actual de mil duzentos e noventa euros, que é o atribuído, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Tavira. Que desconhece quais os artigos que correspondiam aos identificados prédios na antiga matriz rústica, por não possuir elementos que lhe permita fazer essa correspondência. Que os identificados bens vieram à sua posse em data imprecisa do ano de mil novecentos e noventa e dois, por partilha meramente verbal feita por óbito da mãe da outorgante, Maria Antónia Uva Cansado de Sousa Uva, que também usava e era conhecida por Maria Antónia de Sousa Uva, casada com Francisco Sancho de Sousa Uva, sob o regime da comunhão geral, residente que foi na Rua Fialho de Almeida, n.º 11, 1.º Andar, Lado Direito, em Lisboa, partilha essa que não lhe foi nem é agora possível titular por escritura pública. Que desde essa data e sem qualquer interrupção, entrou na posse dos referidos prédios, pessoalmente e em nome próprio, tendo vindo desde então a gozar todas as utilidades por eles proporcionadas, neles praticando os actos materiais de fruição e conservação correspondentes ao exercício do direito de propriedade, nomeadamente cultivando e colhendo os frutos, procedendo assim, como sua dona e senhora, à vista e com o conhecimento de toda a gente e sem oposição de ninguém, pelo que exerceu uma posse pacífica, contínua e pública e isto, como se disse, por prazo superior a vinte anos. Que, dadas as enunciadas características de tal posse, adquiriu os ditos prédios por USUCAPIÃO, título esse que, por sua natureza não é susceptível de ser comprovado pelos meios extrajudiciais normais. São Brás de Alportel, catorze de Maio de dois mil e catorze. A Notária, Amélia de Brito Moura da Silva Conta Registada Sob o N.º 599/2014 (POSTAL do ALGARVE, nº 1125, de 13 de Junho de 2014
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13 de Junho de 2014 | 3
região
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Tribunal de Faro vai funcionar em contentores Obras devem durar nove meses e levam o tribunal para a zona das piscinas Ricardo Claro ricardoc.postal@gmail.com
O TRIBUNAL DA COMARCA DE FARO vai funcionar em conten-
tores junto às piscinas municipais da cidade devido a obras que implicam o encerramento das instalações actuais na Avenida 5 de Outubro e que, de acordo com o que o POSTAL apurou, deverão prolongar-se por nove meses. A mudança para as instalações provisórias está para breve e no local que vai acolher os pré-fabricados onde funcionarão os serviços, junto ao Pavilhão Desportivo Municipal da Penha, já decor-
rem obras de terraplanagem. As obras que vão afectar o edifício do tribunal estão previstas no âmbito das intervenções de requalificação de tribunais que o Governo vai levar a cabo por todo o país e destinam-se a melhorar as condições do actual edifício e dotá-lo de mais uma sala de audiências.
ricardo claro
TRIBUNAL DE FAMÍLIA E MENORES TAMBÉM VAI TER OBRAS Os planos do Governo abrangem também a requalificação, num projecto separado, do Tribunal de Família e Menores de Faro. A solução provisória en-
ÔÔ Obras de terraplanagem já estão a decorrer na Penha pub
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de Medicina & Cirurgia - CMC ı Centro Clínico Almancil ı Policlínica Eurosaúde (Quarteira) ı Idealclínica - (Vilamoura) ı Assoc. In-Loco (Salir) ı Olhão: Policlínica Etienne ı Portimão: Policlínica da Mó ı São Brás: Clínica S. Brás ı Silves: Xelclínica ı Clínica Osteoreuma (S.B. Messines) ı Tavira: Cruz Vermelha Tavira ı Parafarmácia Pharmaromus ı Farmácia
Tavares (Stº Estêvão) ı Clínica Santiago - Tavimédico ı Vila do Bispo: Parafarmácia MC Farma (Sagres) ı Vila Real de Sto. António: Clínica S. Cristóvão ı Clínica Stº António ı Baixo Alentejo: Farmácia Mil Fontes ı Casa do Povo Stª Clara-a-Velha E ainda em todas as Juntas de Freguesia do Algarve e Baixo Alentejo
contrada pelo Ministério da Justiça não foi um processo fácil. O POSTAL apurou que o ministério de Paula Teixeira da Cunha queria ocupar uma grande parte do Largo de São Francisco, na baixa da cidade, mas a Câmara de Faro não autorizou, “uma vez que reduziria para cerca de metade a capacidade do maior parque de estacionamento gratuito da cidade”, avançou ao POSTAL o vice-presidente da autarquia Paulo Santos. Recorde-se que com a entrada em vigor do novo mapa judiciário, o Tribunal de Faro passa a albergar, de acordo com o plano do Go-
verno, cinco juízos, dois colectivos criminais e três juízos locais. O Sindicato dos Magistrados do Ministério Público já se pronunciou sobre as obras a realizar em Faro, que considera necessárias dadas as dificuldades de espaço e funcionalidade do actual edifício, mas defende que a criação de uma terceira sala parece insuficiente para responder às alterações provocadas pelo novo mapa judiciário. O Distrito Judicial do Algarve passará, depois da reforma do mapa judiciário, a ter duas circunscrições, a do Sotavento e a do Barlavento. pub
4 | 13 de Junho de 2014 pub
região
(Elaborado nos termos do Artº 17º da Lei n.º 2/99 de 13 de Janeiro)
Portimão quer pagar salários sem cortes Autarquia pretende cumprir acórdão do Constitucional apesar do não ao PAEL A CÂMARA DE PORTIMÃO “pre-
vê pagar” os salários de Junho e os subsídios de férias aos trabalhadores, sem os cortes impostos pelo Governo, dando seguimento à deliberação do Tribunal Constitucional, disse a presidente da autarquia. De acordo com Isilda Gomes, apesar dos problemas financeiros, o município “tem assegurado o pagamento dos salários de Junho e dos subsídios de férias”, ressalvando que “está a ser estudada a possibilidade de os mesmos serem feitos na totalidade, sem qualquer corte”. “Vamos fazer todos os possíveis para que o pagamento seja efectuado sem cortes”, assegurou Isilda Gomes, acrescentando que a gestão “tem na primeira linha como preocupação os vencimentos dos funcionários camarários”. Com uma dívida de cerca de 150 milhões de euros, a Câmara de Portimão, liderada pela socialista Isilda Gomes, atravessa graves problemas financeiros, tendo apresentado a candidatura ao Programa de Apoio à Economia Local (PAEL), chumbada pelo Tribunal de Contas. O PAEL destinava-se ao pagamento de parte da dívida a fornecedores registada no final de 2012 e que ascendia a 133 milhões de euros, estando previsto que o restante valor de cerca de 39 milhões de euros fosse assegurado por um empréstimo a contrair junto de um sindicato bancário no âmbito do Plano de Reequilíbrio Financeiro. “Acreditamos que vamos conseguir ultrapassar esta situação difícil através do agora criado Fundo de Apoio Municipal já aprovado pelo Governo”, disse Isilda Gomes, acrescentando que acredita que o dinheiro necessário para o pagamento da dívida “será disponibilizado em breve”.
GESTÃO TEM SIDO FEITA COM MUITO RIGOR Segundo a autar-
ca, a gestão corrente “tem sido feita com muito rigor, com a prioridade para os pagamentos a credores, aos funcioná-
Estatuto Editorial
d.r.
1. O “POSTAL do ALGARVE” foi fundado a 4 de Junho de 1986. 2. O “POSTAL do ALGARVE” é um semanário regional de informação geral que tem como público alvo a população algarvia, sem prejuízo da informação veiculada a todos os leitores de outras regiões que beneficiam da amplitude da sua expansão. 3. Para cumprir o objectivo máximo de bem informar, o “POSTAL do ALGARVE” veicula a informação produzida na região, bem como a exarada com o âmbito nacional ou mundial e que seja importante para o universo dos seus leitores. 4. Rege a sua conduta pelo rigor informativo e com base nos princípios da liberdade de imprensa, no livre acesso às fontes de informação e no respeito pela dignidade humana. 5. As opiniões do “POSTAL do ALGARVE” são unicamente as emitidas através do Editorial. As restantes publicadas no jornal são da inteira responsabilidade dos autores. 6. O “POSTAL do ALGARVE” respeitará e assegurará a publicação de todas as opiniões desde que não originem, nem alimentem qualquer espécie de conflitos sociais, pressupondo sempre a boa fé dos leitores. 7. O “POSTAL do ALGARVE” prima pela independência, não mantendo qualquer vínculo ou subjugação com qualquer força ou corrente política, económica, religiosa ou ideológica. 8. O “POSTAL do ALGARVE” não se sujeitará a pressões ou censuras de qualquer origem e é respeitador da liberdade das forças e correntes referidas no número anterior, tratando-as com igualdade e isenção. 9. Assume-se como um jornal aberto e plural perante a sociedade e as matérias que lhe são facultadas com a finalidade de uma futura publicação jornalística, pese embora não prescinda dos direitos de: a) Aceitar ou recusar a sua publicação; b) Escolher a data que considere a mais propícia para a sua divulgação; c) Iniciar e prosseguir investigações jornalísticas; d) O “POSTAL do ALGARVE” compromete-se a divulgar os assuntos que entenda revestirem-se de interesse público, mesmo que haja oposição da parte de quem veiculou a informação. e) Denunciar todas as violações do direito de informar, incluindo aquelas que impeçam ou prejudiquem o normal exercício do jornalismo. 10. O “POSTAL do ALGARVE” obriga-se a salvaguardar a identidade das suas fontes, salvo nos casos de o jornalista estar a ser manipulado ou usado para canalizar informações falsas. 11. Em tudo o supra-referido e nas demais situações que possam ou não estar abrangidas pelos números anteriores, o “POSTAL do ALGARVE” orienta-se pelos princípios éticos e deontológicos que regem o jornalismo, respeitando a legislação vigente.
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RELATÓRIO DE GESTÃO ( Exercício de 2013) Registo na Entidade Reguladora da Saúde sob o nº E115161
Em cumprimento do Art.º 66 do Código das Sociedades Comerciais, a firma Postal do Algarve, Lda, com o número de pessoa
Rua Actor Nascimento Fernandes, nº1 – 1ºandar,8000-201Faro Telefone: 289 813 183 Telemóvel: 969 267 369 / 917 753 239 E-Mail: clinicapatris21@gmail.com (15h ás 19h)
colectiva 502 597 917, com sede social em Rua Dr. Silvestre Falcão, n.º 13 r/c, em Tavira, vem por este meio apresentar o Relatório e Contas do exercício findo em 31 de Dezembro de 2013. 1. Evolução da Economia Nacional A situação da economia nacional e internacional ao longo do ano de 2013, caracterizou-se pelo agravamento da crise financeira pub
Cartório Notarial em Tavira Bruno Filipe Torres Marcos
ÔÔ Isilda Gomes sublinha a actual gestão rigorosa da Câmara
rios que têm de gerir as suas casas e para o apoio às famílias com problemas financeiros, cuja situação se tem gravado com a crise”. “A área social é prioritária e estamos a conceder apoio ao pagamento de rendas de casa e a pessoas com necessidades de medicamentos”, destacou. A autarca disse ainda que “está confiante que os problemas financeiros do município sejam ultrapassados a curto prazo, até porque o Governo tem mostrado abertura para ajudar a ultrapassar a situação”. “A discussão [na Assembleia da República] da criação do Fundo de Apoio Municipal que visa apoiar as autarquias está agendada para o dia 18 de Junho, o que faz com que estejamos confiantes em encontrar uma resposta breve para Portimão”, frisou. Com um orçamento de cerca de 38 milhões de euros, a Câmara de Portimão tem um encargo de cerca de 15 milhões de euros por ano com os funcionários, e segundo a Direcção-Geral das Autarquias Locais, era, em 2012, a pior pagadora do país, demorando em média cerca de dois anos e meio a efectuar o pagamento aos fornecedores. Lusa
tendo-se verificado um abrandamento significativo em toda a zona Euro, com implicações óbvias no mercado. 2. Actividade da Empresa em 2013 A empresa tem como objectivo a edição de publicações periódicas e não periódicas, serviços de publicidade, comunicações, fotografia e serviços recreativos. 3. Análise Económica e Financeira
NOTÁRIO
O volume de negócios da empresa, expresso em termos de valor conjunto das Vendas e Prestação de Serviços, não evolui no
Extrato de Escritura de Justificação
O Resultado Líquido negativo do exercício de 2013 foi de -32.447,11 Euros. O Passivo da empresa situou-se, no respectivo
exercício. Ele passou de 97.448,83 Euros para 67.749,24 Euros. exercício, em 85,22% do total do Activo.
CERTIFICO, para efeitos de publicação, nos termos do artigo 100.º do Código do Notariado que, por escritura pública de Justificação outorgada em vinte e quatro de Maio de dois mil e catorze, exarada a folhas cento e cinco e seguintes do Livro de notas para escrituras diversas número Quarenta e sete – A, do Cartório Notarial em Tavira, do Notário privado Bruno Filipe Torres Marcos, sito na Rua da Silva, n.º 17-A:
4. Perspectivas de Futuro para a Empresa
- José Macário Custódio Correia, natural da freguesia de Santo Estêvão, concelho de Tavira, casado com Maria Elisabete Alves Simões Rolo Correia sob o regime da comunhão de adquiridos, residente na Rua Eduardo Vilhena Guerreiro, número 10, 8800-744 Tavira, contribuinte fiscal número 136622798, declarou:
tenha a seguinte proposta de distribuição:
A empresa a nível económico e financeiro encontra-se estável pelo facto de nos anos anteriores ter efectuado os respectivos ajustamentos, com perspectivas de melhorias nos próximos anos. 5. Proposta de Aplicação de Resultados É proposto pela Gerência da Empresa que o Resultado Líquido negativo do exercício de 2013, que se situou em -32.447,11 Euros, -
Resultados Transitados: -32.447,11 Euros
6. Dívidas à Administração Fiscal: A Empresa não tem em mora qualquer dívida à Administração Fiscal, Segurança Social e outras Entidades Públicas.
- Que é dono e legítimo possuidor, com exclusão de outrem, dos seguintes prédios, sitos na actual freguesia da União das Freguesias de Tavira (Santa Maria e Santiago), com origem na freguesia de Tavira (Santa Maria), do concelho de Tavira, não descritos na Conservatória do Registo Predial de Tavira:
Tavira, 30 de Março de 2013 O Gerente Henrique Manuel Dias Freire
Verba Um: prédio rústico composto por terra de cultura com amendoeiras, com a área de novecentos metros quadrados, sito em Serro dos Coelhos, que confronta a norte com Manuel do Nascimento, sul e a nascente com José António Carriço, e poente com António Domingos e outro, inscrito na matriz sob o artigo 539 (com proveniência no artigo 520 da anterior freguesia), com o valor patrimonial tributário de 8,61 €, igual ao atribuído; Verba Dois: prédio rústico composto por terra de pastagem, com a área de mil e duzentos metros quadrados, sito em Fonte Bonita, que confronta a norte com Marciano Rodrigues, sul e a nascente com Custódio Bento, e poente com Manuel de Jesus, inscrito na matriz sob o artigo 1421 (com proveniência no artigo 1249 da anterior freguesia), com o valor patrimonial tributário de 4,37 €, igual ao atribuído; Verba Três: prédio rústico composto por terra de pastagem e cultura, com a área de mil e duzentos metros quadrados, sito em Rocha dos Corvos, que confronta a norte com Custódio Viegas, a sul, a nascente e a poente com José Domingos, inscrito na matriz sob o artigo 533 (com proveniência no artigo 514 da anterior freguesia), com o valor patrimonial tributário de 12,98 €, igual ao atribuído. - Que esses prédios, com a indicada composição e área, vieram à sua posse por sucessão hereditária por óbito de seus pais José Armando Gago Correia e mulher Maria José Custódia, casados que foram sob o regime da comunhão geral de bens, falecidos, respectivamente, no dia cinco de Abril de dois mil e dois, e no dia sete de Abril de dois mil e onze, tendo sido declarado seu único herdeiro seu filho, ele justificante – como tudo consta de duas escrituras de habilitação lavradas, uma no Cartório Notarial de Tavira, em seis de Agosto de dois mil e dois, exarada a folhas cento e trinta e seis e seguinte do Livro de notas para escrituras diversas número Cento e sessenta e oito – A, e a outra neste mesmo Cartório, em seis de Maio de dois mil e onze, lavrada a folhas setenta e duas do Livro de notas para escrituras diversas número Dezanove – A. - Que, por sua vez, os seus pais adquiriram aqueles prédios, em data imprecisa do ano de mil novecentos e setenta e cinco, por compra meramente verbal e nunca reduzida a escritura pública, feita a João Manuel Fernandes e mulher Maria Gertrudes Rodrigues, já falecidos, com a última residência habitual nas Quatro Estradas, Santo Estêvão, Tavira; - Que, assim, justifica os referidos imóveis, porquanto há mais de vinte anos, primeiro os seus pais e depois ele, por sucessão na posse que eles já vinham exercendo, de forma pública, pacífica, contínua e de boa fé, ou seja, com o conhecimento de toda a gente, sem violência, nem oposição de ninguém, reiterada e ininterruptamente, na convicção de ele e os seus pais não lesarem quaisquer direitos de outrem e ainda convencidos de serem os únicos titulares do direito de propriedade destes imóveis, e assim o julgando as demais pessoas, os seus pais e depois ele justificante têm possuído aqueles prédios - cultivando-os, amanhando a terra, tratando das árvores, colhendo os respectivos frutos, nele pastando os animais, usufruindo dos seus rendimentos, suportando os encargos ou despesas com a sua manutenção –, pelo que, tendo em consideração as referidas características de tal posse, adquiriu por USUCAPIÃO os referidos imóveis, o que invoca. Tavira, 9 de Junho de 2014. O Notário, Bruno Filipe Torres Marcos Conta registada sob o n.º 2/1149 (POSTAL do ALGARVE, nº 1125, de 13 de junho de 2014)
Postal do Algarve, Lda DEMONSTRAÇÃO (INDIVIDUAL/CONSOLIDADA) DOS RESULTADOS POR NATUREZAS
Período findo em 31 de Dezembro de 2013 Rendimentos e Gastos
Euros
Vendas e serviços prestados ............................................................................................................. 67.749,24 € Subsídios à exploração ...............................................................................................................................0,00 € Ganhos/perdas imputados de subsidiárias, associadas em empreendimentos conjuntos ...............................................................................................0,00 € Variação nos inventários da produção ........................................................................................................0,00 € Trabalhos para a própria entidade ..............................................................................................................0,00 € Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas .....................................................................0,00 € Fornecimentos e serviços externos .................................................................................................. -29.081,35 € Gastos com o pessoal ..................................................................................................................... -55.680,16 € Imparidade de inventários (perdas / reversões) ...........................................................................................0,00 € Imparidade de dívidas a receber (perdas / reversões) .................................................................................0,00 € Provisões (aumentos / reduções) ................................................................................................................0,00 € Imparidade de investimentos não depreciáveis/ amortizáveis (perdas / reversões) ...............................................................................................................0,00 € Aumentos / reduções de justo valor ............................................................................................................0,00 € Outros rendimentos e ganhos ............................................................................................................. 6.860,21 € Outros gastos e perdas ..............................................................................................................................0,00 €
Resultado antes de depreciação, gastos de financiamento e impostos
-11.717,10 €
Gastos / reversões de depreciação e de amortização ........................................................................ -15.479,11 € Imparidade de investimentos depreciáveis/ amortizáveis (perdas / reversões) ...............................................................................................................0,00 €
Resultado Operacional (antes de gastos de financiamento e impostos) -27.196,21 € Gasto líquido de financiamento ............................................................................-5.250,90 €
Resultado antes de imposto
-32.447,11 €
Imposto sobre o rendimento do período ......................................................................................................0,00 €
Resultado líquido do período
-32.447,11 €
Resultado das actividades descontinuadas (líquido de impostos) incluído no res. líq. período Resultado líquido do período atribuível a: Detentores do capital da empresa-mãe Interesses minoritário..................................................................................................................................0,00 € Resultado por acção básico
O técnico oficial de contas Antero Arcanjo Mendes Romeira
A gerência Henrique Manuel Dias Freire
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13 de Junho de 2014 | 5
Autocarro 100% eléctrico estreia-se em Faro pág. 7
região
Escolas apostam na área do mar
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Região vai criar três cursos profissionais para este sector d.r.
ÔÔ Alunos ficaram a conhecer as saídas profissionais do sector do mar Ricardo Claro ricardoc.postal@gmail.com
A DELEGAÇÃO DE SERVIÇOS DA REGIÃO DO ALGARVE (DSRAlg)
da Direcção-Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGEstE) vai criar três novos cursos profissionais na área do mar, um de Profissional Técnico de Electricidade Naval, na Secundária Tomás Cabreira, em Faro, e dois vocacionais de Técnico de Construção Naval / Embarcações de Recreio, respectivamente nas Secundárias de Albufeira e Vila Real de Santo António. Os três novos cursos inserem-se numa aposta na formação na área do mar e vêm preencher uma lacuna total nesta área de ensino na região, devendo abrir já no próximo ano lectivo. A apresentação da nova oferta formativa nas áreas profissional e profissionalizante foi realizada no âmbito de um debate que decorreu na quinta-feira da passada semana na Escola Secundária Tomás Cabreira e que contou com a presença de empresas de sectores ligados às actividades que têm por base o mar na região. O debate foi a forma escolhida pela DSRAlg para levar as novas propostas de formação ao conhecimento dos alunos das escolas algarvias e contou com uma sala cheia para ouvir os profissionais do sector explicarem as várias possibilidades de saídas profissionais que o sector do mar oferece no Algarve. Na sessão estiveram ainda presentes docentes, o delegado regional da DSRAlg, Alberto Almeida, e o director regional de Agricultura e Pescas, Fernando Severino.
A FALTA DE PROFISSIONAIS Do debate da passada semana, realizado no encerramento da mostra de formação profissional e profissionalizante que decorreu na Alameda João de Deus, na capital da região, durante três dias, resultou clara a falta de profissionais qualificados nas áreas profissionais conexas com o sector do mar. A falta de pessoal qualificado, nomeadamente na construção naval e nas actividades marítimo-turísticas, é uma realidade e o mercado de trabalho tem nesta área um forte crescimento que a oferta de trabalhadores em definitivo não acompanha. A política de aposta no mar é um dos objectivos do próximo quadro financeiro comunitário para o Algarve, como tem sobejamente sido sublinhado pelo presidente da CCDR Algarve, David Santos, e esta é uma primeira resposta das autoridades de ensino naquilo que se entende como aposta no desenvolvimento inteligente, isto é, focado naquelas que são as efectivas necessidades da região. A iniciativa esteve integrada no roadshow nacional da Agência Nacional para a Qualificação e Ensino Profissional (ANQEP), que visitou a região no âmbito de um périplo nacional destinado a fomentar a escolha dos alunos por vias de ensino profissional. De acordo com declarações prestadas ao POSTAL por uma representante da ANQEP, o Governo quer subir o rácio de alunos nestes cursos profissionais no país que é de 48%, um valor abaixo dos números alcançados a nível dos países da União Europeia.
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6 | 13 de Junho de 2014
região
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Postos de turismo ganham certificação Qualidade foi reconhecida d.r.
ÔÔ Distinção resulta de um trabalho de sete anos
OS 21 POSTOS DE TURISMO DO ALGARVE acabaram de re-
ceber a certificação internacional de qualidade ISO 9001:2008 depois de um trabalho de sete anos que tornou os serviços mais eficientes tendo em vista aumentar a satisfação dos visitantes que procuram estas estruturas durante as suas férias na região. O certificado, atestado pela empresa acreditada SGS, foi atribuído no âmbito da prestação de serviços de informação turística, da comercialização de produtos regionais e de promoção do destino Algarve na rede dos postos de atendimento ao turista tutelados pela Região de Turismo do Algarve (RTA).
MAIOR RESPONSABILIDADE “Foi com grande alegria que recebemos a notícia da certificação, que não teria sido alcançada sem o envolvimento e o profissionalismo de todos os colaboradores. Temos agora mais responsabilidades perante os utilizadores dos postos e perante a entidade certificadora, com quem nos comprometemos a ter um programa de melhoria contínua dos nossos serviços”, afirma o presidente da RTA, Desidério Silva. A ISO (International Organization for Standardization) é uma organização não-governamental
que está presente em 162 países e que promove a normalização de produtos e serviços desde 1946, usando normas que visam melhorá-los. A ISO 9001 é precisamente uma delas. Esta norma internacional de referência para a certificação de sistemas de gestão da qualidade reconhece as organizações com serviços eficientes e empenhadas em garantir o aperfeiçoamento do seu sistema organizativo e a satisfação dos seus clientes. O processo de implementação da norma europeia na RTA começou em 2007 e culminou agora na conquista do certificado que “dá mais credibilidade a esta Região de Turismo que gere a promoção do maior destino de férias do país”, considera Desidério Silva. O objectivo que se segue é distinguir também, além dos postos, os serviços da sede da RTA com esta norma de referência, estando já em curso o alargamento do sistema de gestão da qualidade. O projecto integrou uma candidatura mais ampla ao PO Algarve 21, ao abrigo do QREN, que contou com uma dotação global de quase 290 mil euros, comparticipados em 65 por cento pelo FEDER. Lusa pub
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região
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Autocarro 100% eléctrico estreia-se em Faro
ricardo claro
Dia do Ambiente foi assinalado com apresentação de minibus inovador Ricardo Claro ricardoc.postal@gmail.com
O DIA DO AMBIENTE, 5 de Junho, foi assinalado em Faro com a apresentação aos jornalistas do primeiro e único autocarro 100% eléctrico do país, que integrou de imediato a frota dos transportes urbanos da capital da região denominada ‘Próximo’. A inovação consiste em ter um minibus de tamanho quase igual aos normais minubus dos transportes colectivos urbanos mas que funciona 100% a electricidade, um objectivo que foi conseguido através da união de vários parceiros, desde logo a IVECO, no chas-
sis, com a Irmãos Mota, na produção da carroçaria, a watt, no que respeita a beterias, e a PXM do Grupo Barraqueiro, enquanto concessionária do serviço de transportes colectivos farense. Com uma autonomia prevista de 100 a 120 quilómetros, o novo minibus teve um custo equivalente a dois minibus normais, isto é, entre os 160 e os 170 mil euros, avançou ao POSTAL o responsável do Grupo Barraqueiro presente na cerimónia. A mesma fonte acredita que as baterias utilizadas no autocarro terão a durabilidade prometida pela empresa que as produziu, quatro anos, mas
se tal não se vier a confirmar a watt já se comprometeu a substituir de imediato os componentes que não cumpram as estimativas. O consórcio de empresas que criou este minibus acredita, nas declarações que prestaram aos jornalistas, que o veículo poderá vir a ser comercializado no mercado nacional e internacional, uma vez que tenha provas dadas. “Os resultados que obtivemos em termos de inovação e contenção de custos na criação do projecto deixam-nos convictos de que o projecto pode passar à fase de comercialização sem problemas”, afirmou o responsável pela empresa Irmãos Mota. pub
APOSTA NO AMBIENTE Para o presidente da autarquia, Rogério Bacalhau, “esta é uma aposta do município na área do ambiente, que resulta do contrato de concessão dos transportes colectivos urbanos do concelho, que previu desde a sua assinatura o desenvolvimento deste projecto”. Na volta inaugural do veículo, em que o POSTAL participou, o que mais impressionou foi o silêncio do minibus. Quase inaudível, o motor eléctrico torna a viagem de um silêncio estranho para um percurso feito num autocarro. Quanto ao impacto da circular nas ruas da cidade, o minibus 100% eléctrico não causou-
ÔÔ Veículo ecológico é único no género e feito integralmente no país reacção nos transeuntes tal é a semelhança com um autocarro normal. De resto, o veículo dispõe de 14 lugares sentados, capacidade para transportar pessoas com mobilidade reduzida, wi-fi e ar condicionado, além de um piso rebaixado para facilitar o acesso
ao interior. O motor eléctrico recarrega em algumas horas e aproveita a energia cinética das travagens para carga das baterias, esperando-se que tal permita ao minibus substituir totalmente um seu ‘primo’ normal durante um dia inteiro de jornada. pub
8 | 13 de Junho de 2014
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familiar o que de melhor a costa dá para grelhar na brasa. Peixe até dizer basta num rodízio com dez variedades disponíveis e por apenas dez euros por pessoa. Há lá melhor do que a frescura do pescado acabado de sair da
lota a estalar na brasa com salada e batata cozida a acompanhar... Mas há mais, para os menos amigos do peixe, o Tintol também tem resposta e oferece uma selecção de pratos capazes de fazer até as delícias dos mais pequenos, enquanto os pais
disfrutam do melhor peixe que o mar pode dar. Almoços e jantares em conta e máxima qualidade todos os dias, excepto à hora de jantar no domingo. Venha e prove o melhor que o Algarve tem para oferecer.
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Prestação de Serviços de Manutenção do Sistema Multimunicipal de Abastecimento de Água do Algarve
SECÇÃO VI: INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES VI.1) O ANÚNCIO IMPLICA: Retificativo com Informação complementar
II.1.2) Breve descrição do contrato ou das aquisições (tal como estipulado no anúncio inicial)
ANÚNCIO DE INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR, INFORMAÇÃO SOBRE CONCURSOS INCOMPLETOS OU RETIFICATIVOS SECÇÃO I: AUTORIDADE ADJUDICANTE I.1) DESIGNAÇÃO, ENDEREÇOS E PONTO(S) DE CONTACTO Designação oficial: Águas do Algarve, S.A. Endereço postal: Rua do Repouso, n.º 10 Localidade: Faro Código postal: 8000 302
O contrato de fornecimento de serviços de manutenção do Sistema Multimunicipal de Abastecimento Água do Algarve tem como âmbito a realização de trabalhos que cubram todas as atividades de manutenção preventiva sistemática, manutenção de base condicionada, manutenção corretiva e pequenas modificações de equipamentos e de instalações, estando igualmente incluídas as calibrações de instrumentação em contínuo. O objeto do contrato diz respeito a todas as instalações e equipamentos associados à atividade operacional de abastecimento de água da Águas do Algarve, S.A., assim como edifícios e áreas vedadas das estações de tratamento de água, reservatórios, faixas das condutas e acessos aos respetivos órgãos de manobra, estações elevatórias e edifícios sede. II.1.3) Classificação CPV (Vocabulário Comum para os Contratos Públicos (tal como estipulado no anúncio inicial) Objeto principal Vocabulário principal: 50500000 - Serviços de reparação e manutenção de bombas, válvulas, torneiras, contentores de metal e equipamento
País: PORTUGAL Pontos de contacto: +351 289899070
SECÇÃO IV: PROCESSO
À atenção de: Drª Maria Isabel Fernandes da Silva Soares, Administradora IV.2) INFORMAÇÕES DE CARÁCTER ADMINISTRATIVO I.2) TIPO DE CENTRAL DE COMPRAS
VI.3) INFORMAÇÃO A RETIFICAR OU ACRESCENTAR VI.3.1) Modificação da informação inicial fornecida pela entidade adjudicante VI.3.2) No anúncio inicial Alterar no anúncio inicial VI.3.4) Datas a alterar no anúncio inicial Ponto onde se encontram as datas a alterar: IV.3.4 Em vez de Data: 23/06/2014 Hora: 18 :00 Ler Data: 07/07/2014 Hora: 18 :00 VI.4) OUTRAS INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES Trata-se de uma declaração de prorrogação de prazo relativa ao anúncio de procedimento, publicado no Jornal Oficial da União Europeia no dia 16/05/2014, pelo que se avisam os interessados que, devido a uma alteração fundamental das peças do procedimento, foi prorrogado o prazo para a entrega das propostas para o dia 7 de julho de 2014, nos termos do n.º2 do artigo 64.º do CCP.
Entidade adjudicante (Contrato abrangido pela Directiva 2004/18/CE)
IV.2.2) Referência do anúncio, no caso de anúncios enviados por via eletrónica
VI.5) DATA DE ENVIO DO PRESENTE ANÚNCIO: 27/05/2014
SECÇÃO II: OBJETO DO CONTRATO
Anúncio inicial enviado por: OJS eSender - Login: TED65
27/05/2014
II.1) DESCRIÇÃO
Referência do anúncio: 2014 - 164837 (ano e número do documento) (identificador)
II.1.1) Designação dada ao contrato pela entidade adjudicante (tal como estipulado no anúncio inicial)
IV.2.4) Data de envio do anúncio inicial: 13/05/2014
A Administradora, Maria Isabel Fernandes da Silva Soares (POSTAL do ALGARVE, nº 1125, de 13 de Junho de 2014)
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ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE TAVIRA
ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE TAVIRA
Edital
Edital
JOSÉ OTÍLIO PIRES BAÍA,
JOSÉ OTÍLIO PIRES BAÍA,
Presidente da Assembleia Municipal de Tavira.
Presidente da Assembleia Municipal de Tavira.
TORNA PÚBLICO, que em sessão ordinária da Assembleia Municipal de Tavira, realizada no dia 28 de fevereiro de 2014, foram tomadas as seguintes deliberações:
TORNA PÚBLICO, que em sessão ordinária da Assembleia Municipal de Tavira, realizada no dia 24 de abril de 2014, foram tomadas as seguintes deliberações: 1. Aprovado por unanimidade o Voto de Pesar pelo falecimento de Eugénia de Jesus Lima apresentado pelo Movimento por Tavira – Partido Social Democrata;
1. Aprovado por unanimidade o Voto de Pesar pelo falecimento de Manuel Domingos Guerreiro, apresentado pelo Partido Socialista;
2. Aprovada por maioria a Moção – Em defesa dos serviços de saúde do Algarve, apresentada pelo Partido Socialista;
2. Aprovado por unanimidade o Voto de Louvor ao Agente da Polícia Marítima, João Eduardo Durão de Matos Sadoc Pereira, apresentado pelo Partido Socialista;
4. Aprovada por maioria a Proposta de Recomendação à TaviraVerde - Empresa Municipal, EM. para a não obrigatoriedade de caução para contratos de consumidores não-domésticos;
3. Aprovado por unanimidade o Voto de Congratulação referente à instalação da nova versão da plataforma do Balcão do Empreendedor, na vertente do Licenciamento Zero, apresentado pelo Partido Socialista; 4. Aprovada por unanimidade a Proposta de Recomendação referente à intervenção urgente na Barra de Tavira e nos canais de navegação de acesso aos portos de pesca de Tavira, Cabanas e Santa Luzia, apresentada pelo Partido Socialista; 5. Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 12/2014/CM, referente à Alteração da composição do Júri para o procedimento concursal para provimento de cargo de Chefe de Divisão de Aprovisionamento, Trânsito e Equipamentos – 346-Div/13; 6. Aprovada por maioria a proposta da Câmara Municipal número 17/2014/CM, referente à Atribuição de apoio à Freguesia de Cachopo; 7. Aprovada por maioria a proposta da Câmara Municipal número 20/2014/CM, referente à Aquisição de combustíveis rodoviários com cartão eletrónico – Acordo Quadro Central de Compras da AMAL – Compromissos plurianuais;
3. Aprovada por maioria a Moção – Mais investimento para o Algarve e para Tavira, apresentada pelo Partido Socialista;
5. Aprovada por unanimidade a Ratificação do Regimento da Assembleia Municipal; 6. Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 40/2014/CM, referente à Estratégia de Reabilitação Urbana da Cidade de Tavira – Versão Final; 7. Aprovada por maioria a proposta da Câmara Municipal número 44/2014/CM, referente à Prestação de Contas de 2013; 8. Aprovada por maioria a proposta da Câmara Municipal número 47/2014/CM, referente à Doação do Palácio da Justiça de Tavira ao Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos de Justiça, I.P.; 9. Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 54/2014/CM, referente ao Regulamento de Atividades Diversas do Município de Tavira – Versão Final; 10. Aprovada por maioria a proposta da Câmara Municipal número 55/2014/CM, referente à Alteração ao Regulamento e Tabela de Taxas do Município de Tavira; 11. Aprovada por maioria a proposta da Câmara Municipal número 60/2014/CM, referente à 1ª. Revisão ao Orçamento e às GOP de 2014;
8. Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 21/2014/CM, referente ao Ajuste direto – Aquisição de serviços de publicitação das deliberações dos órgãos autárquicos – Compromissos plurianuais;
12. Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 61/2014/CM, referente ao Pagamento Mensal das Transferências às Freguesias, no âmbito da Delegação de Competências – 1º. Quadrimestre de 2014;
9. Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 22/2014/CM, referente à Aquisição de energia elétrica em regime de mercado liberalizado para as instalações municipais com contratos de energia em Baixa Tensão Normal (BTN) e Baixa Tensão Normal – Iluminação Pública (BTN – IP) – Compromissos plurianuais;
13. Aprovada por maioria a proposta da Câmara Municipal número 62/2014/CM, referente aos Acordos de Execução a celebrar entre o Município e as Freguesias do Concelho, no âmbito da Delegação Legal de Competências;
10. Aprovada por maioria a proposta da Câmara Municipal número 24/2014/CM, referente à Alteração da composição do Júri para o procedimento concursal para provimento de cargo de Chefe de Divisão de Ambiente, Desporto e Equipamentos Desportivos – 350 –Div/13; 11. Aprovada por maioria a proposta da Câmara Municipal número 25/2014/CM, referente à Alteração da composição do Júri para o procedimento concursal para provimento de cargo de Chefe de Divisão de Cultura, Património e Museus – 353 –Div/; 12. Aprovada por maioria a proposta da Câmara Municipal número 26/2014/CM, referente à Alteração da composição do Júri para o procedimento concursal para provimento de cargo de Chefia Intermédia de 3º grau para o Gabinete Jurídico – 356 –Div/;
14. Aprovada por maioria a proposta da Câmara Municipal número 63/2014/CM, referente aos Contratos Interadministrativos a celebrar entre o Município e as Freguesias de Santa Luzia e Conceição/Cabanas; 15. Aprovada por maioria a proposta da Câmara Municipal número 64/2014/CM, referente ao Contrato-Programa para a Limpeza de Praias; 16. Aprovada por maioria a proposta da Câmara Municipal número 68/2014/CM, referente Alteração da composição do Júri para o procedimento concursal para provimento de cargo de Chefia Intermédia de 3º Grau para o Gabinete Jurídico - 356-Div/13; Para constar e produzir efeitos legais se publica o presente Edital e outros de igual teor que vão ser afixados nos lugares de costume
13. Aprovada por maioria a proposta da Câmara Municipal número 29/2014/CM, referente à Ocupação de solos classificados com REN, em Vale Caranguejo, com estruturas de abrigo para produção de pequenos frutos frescos (estufas) – Declaração de Relevante Interesse Público Municipal;
Paços do Concelho, aos 24 dias do mês de abril do ano 2014
14. Aprovada por maioria a proposta da Câmara Municipal número 32/2014/CM, referente à Alteração da composição do Júri para o procedimento concursal para provimento de cargo de Chefe de Divisão de Planeamento, Turismo, Relações Públicas e Fiscalização – 354-Div/13.
(POSTAL do ALGARVE, nº 1125, de 13 de Junho de 2014)
Para constar e produzir efeitos legais se publica o presente Edital e outros de igual teor que vão ser afixados nos lugares de costume Paços do Concelho, aos 28 dias do mês de fevereiro do ano 2014 O Presidente da Assembleia Municipal, José Otílio Pires Baía
O Presidente da Assembleia Municipal, José Otílio Pires Baía
CÂMARA MUNICIPAL DE TAVIRA Edital n.º 27/2014
(POSTAL do ALGARVE, nº 1125, de 13 de Junho de 2014)
Jorge Manuel do Nascimento Botelho Presidente da Câmara Municipal de Tavira
A informação de sempre à distância de um clique
1. Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 80/2014/CM, referente à atribuição de apoio à Associação Oncológica do Algarve; 2. Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 81/2014/CM, referente à Atribuição de apoio - Associação de Animação Infantil e Apoio Comunitário da Freguesia de Cachopo; 3. Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 82/2014/CM, referente à Atribuição de Apoio à Associação Rock da Baixa Mar; 4. Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 83/2014/CM, referente a atribuição de apoio à Fundação Irene Rolo; 5. Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 84/2014/CM, referente a E35/10/CP - Parque Verde do Rio Séqua - Receção provisória parcial; Para constar e produzir efeitos legais se publica o presente Edital e outros de igual teor que vão ser afixados nos lugares de costume.
on-line
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TORNA PÚBLICO, que em reunião de Câmara Municipal, realizada no dia 27 de maio de 2014, foram tomadas as seguintes deliberações:
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Paços do Concelho, 27 de maio do ano 2014 O PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL, Jorge Manuel Nascimento Botelho (POSTAL do ALGARVE, nº 1125, de 13 de Junho de 2014)
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12-11-1937 / 08-05-2014
24-06-1922 / 27-05-2014
AGRADECIMENTO Os seus familiares vêm, por este meio, agradecer a todos quantos a acompanharam em vida e nas suas cerimónias exéquias ou que de algum modo lhes manifestaram o seu sentimento e amizade.
AGRADECIMENTO
AGRADECIMENTO
Os seus familiares vêm por este meio agradecer a todos quantos se dignaram acompanhar o seu ente querido à sua última morada ou que, de qualquer forma, lhes manifestaram o seu pesar.
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SANTA MARIA - TAVIRA SANTA MARIA E SANTIAGO - TAVIRA
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30-04-1927 / 05-06-2014
04-01-1926 / 05-06-2014
AGRADECIMENTO
AGRADECIMENTO
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O POSTAL
última
regressa no dia 4 de Julho
Tiragem desta edição:
9.037 exemplares
Algarve com segurança reforçada no Verão
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V.K.P.
Época alta conta com mais 206 militares da GNR O ALGARVE VAI TER UM AUMENTO, entre 15 de Junho e 15
de Setembro, de 206 efectivos da GNR para reforçar a segurança na época alta turística, segundo dados recentemente apresentados em Faro. “O dispositivo é suficiente, julgamos nós, mas estaremos atentos e a monitorizar tudo o que se vai passando e se for caso disso também estão previstas equipas de reforço”, explicou o ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, em Faro, à margem da apresentação do reforço de Verão. A região vai contar com mais 336 elementos daquela força de segurança para actuação em eventos de grande dimensão. De acordo com os dados
apresentados numa cerimónia, o dispositivo de segurança para o Verão no Algarve da GNR vai contar com 206 efectivos, ou seja, mais 56 elementos que em 2013, e para a actuação em eventos desportivos ou musicais de grande dimensão vão ser destacados 336 efectivos da GNR, mais 112 do que no Verão passado. No caso do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) o reforço vai ser igual ao de 2013, ou seja, a região vai contar com mais 16 funcionários. A PSP do distrito de Faro vai ter a sua Unidade Especial de Polícia, composta por 13 elementos, afecta em exclusivo ao Algarve durante o Verão assim como um reforço de 18 equipas, alternadamente de 15 em 15 dias, entre 12 de pub
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E-mail: vikopecas@hotmail.com ÔÔ Mais 336 efectivos na região
Praceta Infante D. Henrique, Lt. 8, r/c D - FARO
Julho e 14 de Setembro, em Lagos e Portimão. A par deste reforço, a PSP vai reafectar vários elementos para ciclo-patrulhas e postos de atendimento turístico. Lusa pub
Mensalmente com o POSTAL em conjunto com o PÚBLICO
JUNHO 2014 | n.º 70 9.037 EXEMPLARES
www.issuu.com/postaldoalgarve d.r.
Espaço AGECAL:
São Brás: 100 anos de Cultura
d.r.
p. 3
Aqui há espectáculo:
p. 6
d.r.
Uma ode à arte de representar
p. 4
Letras e leituras:
d.r.
José Saramago, as histórias p. 6 Espaço ALFA: d.r.
‘Cor e Criatividade’ em www.alfa.pt
p. 7
Sonoridades: Festival MED regressa a Loulé
p. 5
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13.06.2014
Cultura.Sul
Editorial
Espaço CRIA
Palcos insuspeitos
Missão formação!
Ricardo Claro
Editor ricardoc.postal@gmail.com
As cordas, os sopros e a percursão que constituem a Orquestra Clássica do Sul têm percorrido os mais variados palcos do Algarve, do Alentejo, do país e mesmo do estrangeiro, nomeadamente da vizinha Espanha. Aquela que é a nossa orquestra, herdeira da Orquestra do Algarve, tem levado o nome da região com elevado desempenho e mérito pela cena da música erudita, prestigiando o Algarve e os algarvios. Os palcos são espaços físicos onde se afirma a qualidade da orquestra, dos seus músicos e dos maestros que a dirigem e têm sido muitos e diversos, na mesma proporção em que o têm sido os públicos que se deleitam a ouvir as notas arrancadas aos inanimados instrumentos com dotes de mestria. A universalidade do direito à cultura, desidrato maior das sociedades ditas avançadas, é um esforço contínuo que a própria orquestra assume em pleno, mas não se faz sem riscos, sem desafios. Exactamente isso, correr o risco e encarar o desafio foi o que a Orquestra Clássica do Sul fez ao actuar pela primeira vez no país dentro de uma cadeia. O Estabelecimento Prisional Regional de Faro acolheu a estreia e no pátio interior da ala prisional o espaço encheu-se de reclusos para ouvir a orquestra dirigida por John Avery. Um palco insuspeito, um público insuspeito, para uma performance memorável. A estranheza do local e do público não arrefeceu o ânimo, nem desvirtuou a arte e provou que a música é universal e transversal. Não esquecerei tão cedo o misto de emoções que vivi, nem os pés de dezenas e dezenas de reclusos a darem nota do sentir da música. A alma não se enjaula, nem o espírito se aprisiona, e com a singeleza de quem se dá ao outro a Orquestra Clássica do Sul deu-se aos presos da cadeia de Faro e eles, também, se deram à arte numa experiência de rara humanidade.
Ana Lúcia Cruz Gestora de Ciência e Tecnologia no CRIA - Divisão de Empreendedorismo e Transferência de Tecnologia da UAlg
Qualquer empreendedor que esteja em fase de implementação da sua ideia de negócio, e inclusivamente já depois de a implementar, depara-se com algumas lacunas no seu conhecimento base. O que é perfeitamente normal. Gerir uma empresa exige um grande conjunto de competências, que muitas vezes se adquirem com o tempo (experiência) e para quem está apenas a começar, saber tanto em tão pouco tempo, é um verdadeiro desafio. Por exemplo, podemos saber muito de contabilidade, mas não perceber nada de vendas e marketing. O empreendedor poderá seguir três caminhos possíveis: 1) contratar a pessoa indicada, que preencha essa lacuna; 2) pagar a um consultor para o apoiar e 3) perceber a oferta formativa disponível para conseguir adquirir as competências em falta. A escolha, por norma, depende do tipo de
competências a adquirir e da disponibilidade do empreendedor, não só financeira como em termos de tempo. Na minha opinião, sempre que possível, e se justifique, o empreendedor/empresário deve optar pela sua formação, isto porque, para além de adquirir novas competências, tem igualmente a oportunidade de ampliar
Ficha Técnica: Direcção: GORDA Associação Sócio-Cultural
necessidade de ter uma formação mais avançada, falamos de um maior nível de exigência e nestes casos terá de existir disponibilidade financeira por parte do empreendedor. Antes de pensarem em qualquer formação pensem no que realmente precisam e qual a pertinência da mesma para o sucesso do vosso negócio. Ded.r.
a sua rede de contactos, o que também implica diretamente a partilha de experiências. Um simples workshop poderá em muitas circunstâncias fazer toda a diferença, em outras uma formação mais completa, o que significa maior carga horária e conteúdo programático, poderá ser o mais indicado. Quando falamos na
pois de identificarem que competências adquirir, percebam quais as ofertas disponíveis. Imaginem que têm três opções, tentem perceber qual das opções apresenta um programa mais adequado às vossas expectativas. Compreendam que por vezes um programa mais denso significa mais dedicação e mais recursos financeiros, mas que,
contudo, é esse preciso programa e método que vos permitirá uma melhor aprendizagem. Não questionando a qualidade da formação, uma determinada ação de formação pode funcionar para uns e não funcionar para outros, quer devido ao método da formação, quer devido ao conteúdo da mesma. Por exemplo, um formato b-learning será o mais indicado para vós? Para muitos é o ideal, especialmente quando a disponibilidade é limitada, no entanto, para outros o formato presencial será mais efetivo e adequado ao seu estilo de aprendizagem, permite-lhes assim adquirir as competências necessárias. Contudo, a aquisição de competências não tem de passar obrigatoriamente por workshops e formações avançadas, pois apesar das muitas vantagens que apresentam, a verdade é que muitos são também os empreendedores que se apoiam nas leituras e boas práticas para, de forma autodidata, adquirirem novos conhecimentos ou até mesmo os consolidarem. Resumindo, independentemente do formato escolhido, é importante que o empreendedor tenha sempre presente a missão de apostar de forma continua na sua formação, pois dela depende o sucesso da sua empresa e do seu projeto
Juventude, artes e ideias
Os que continuam a ‘nada fazer’
Mariana Ramos Estudante
Chega o Mês da Juventude e chega então o momento de dissertar, novamente, sobre esta curiosa faixa etária. O que nunca é fácil, visto que, apesar das infinidades de vertentes que o assunto tem, ainda corro o risco de me repetir, e voltar a dizer tudo aquilo que sempre tenho dito acerca dos jovens. Mas o miolo da questão é: são inovadores, talentosos, interessados, curiosos
e inteligentes - e ai de quem me venha contrariar baseado numa ínfima amostra populacional, ou nos cinco moços que lhe partiram a janela na semana passada. Por favor. Portanto, gostava antes de me debruçar sobre uma entidade de apoio a jovens que completa este ano os seus dez anos de actividade. Há meros quatro anos, era eu uma recém-nomeada adolescente. Uma pequenina jovem de flutuações de humor constantes e uma autoestima duvidosa. Interesses nulos, voz inaudível. A diferença entre antes e agora não é do mais contraste que poderia arranjar; a minha autoestima continua uma cordilheira escarpada. Mas sei que seria uma pessoa imensamente
d.r.
Editor: Ricardo Claro Paginação: Postal do Algarve Responsáveis pelas secções: • O(s) Sentido(s) da Vida a 37º N: Pedro Jubilot • Espaço ALFA: Raúl Grade Coelho • Espaço AGECAL: Jorge Queiroz • Espaço CRIA: Hugo Barros • Espaço Educação: Direcção Regional de Educação do Algarve • Espaço Cultura: Direcção Regional de Cultura do Algarve • Grande ecrã: Cineclube de Faro Cineclube de Tavira • Juventude, artes e ideias: Jady Batista • Da minha biblioteca: Adriana Nogueira • Momento: Vítor Correia • Panorâmica: Ricardo Claro • Património: Isabel Soares • Sala de leitura: Paulo Pires Colaboradores desta edição: Ana Lúcia Cruz Emanuel Sancho Gisela Gameiro Mariana Ramos Paulo Serra Raúl Grade Coelho Parceiros: Direcção Regional de Cultura do Algarve, Direcção Regional de Educação do Algarve, Postal do Algarve e-mail redacção: geralcultura.sul@gmail.com e-mail publicidade: anabelagoncalves3@gmail.com
on-line em: www.issuu.com/postaldoalgarve
Tiragem: 9.037 exemplares menos realizada se não tivesse, naquela tarde de quarta-feira, entrado pela porta daquele pequeno edifício. Durante anos, vi a juventude a crescer: vi músicos e artistas a descobrir do que são capazes, vi líderes empreendedores. Vi como eram apoiados
todos aqueles que queriam contribuir com a sua marca, e quantos teriam desistido ou se resignado ao sofá se não tivessem uma mão para agarrar. Eu incluída. Portanto, parabéns, Casa da Juventude! Que o vosso sucesso continue por muitos anos.
Cultura.Sul
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Grande ecrã Cineclube de Faro
Programação: cineclubefaro.blogspot.pt CICLO “A INVENÇÃO DA MEMÓRIA” IPJ | 21.30 HORAS | ENTRADA PAGA 17 JUN | MÃE E FILHO, Calin Peter Netzer, Roménia, 2013, 112’ M/12 FILME FRANCÊS DO MÊS BIBLIOTECA MUNICIPAL | 21.30 HORAS 27 DE JUN | LES PETITS RUISSEAUX, Pascal Rabaté, França, 2010, 94’ SESSÃO ESPECIAL 28 JUN | MUDAR DE VIDA – JOSÉ MÁRIO BRANCO, VIDA E OBRA, Pedro Fidalgo, Nelson Guerreiro, Portugal, 2013, 115’ (local e hora a designar) CINEMA E ARQUITECTURA ÀS QUARTAS 21.30 HORAS | MUSEU DE PORTIMÃO 18 JUN | MARK LEWIS: NOWHERE LAND, Reinhard Wulf, 82’, 2011, Alemanha 25 JUN | A CASA DO LADO – Luís Urbano, 17’, 2012, Portugal | ÍNSUA – Ana Resende, Miguel C. Tavares e Rui Manuel Vieira, 24’, 2013, Portugal | MERCADO – Carlos Machado, Ricardo Santos, 2013, Portugal | LUTO – Pedro Felizes, Pedro Loureiro, Rodrigues Dessa, Tiago Costa, 20’, 2013, Portugal | A LIMPEZA – Manuel Graça Dias, 20’ 2013, Portugal.
Junho recheado de documentários em Tavira Em Junho apostámos nos documentários, dois já apresentados logo no início do mês e mais dois que apresentamos nos dias 19 e 26. Todos bastante diferentes em termos temáticos e ao nível do tratamento. O terceiro é musical: por favor não percam Tropicália com Caetano Veloso, Gilberto Gil e muitos outros. E não se preocupem com os belíssimos filmes que ultimamente têm estreado entre nós, é apenas uma questão de tempo para poder trazê-los a Tavira. Muitos irão integrar o programa da nossa 14ª Mostra de Cinema Europeu e 9ª de Cinema Não Europeu neste Verão. Pois, estamos a trabalhar para que as Mostras se tornem mais uma vez grandes festas de cinema, com os melhores e mais sensíveis títulos disponíveis no mercado nacional de distribuição. Mantenham-se atentos às respectivas datas: 11 a 21 de Ju-
Cineclube de Tavira
Programação: www.cineclubetavira.com 281 971 546 | 965 209 198 | 934 485 440 cinetavira@gmail.com fotos: d.r.
SESSÕES REGULARES Cine-Teatro António Pinheiro | 21.30 horas 19 JUN | GLORIA, Sebastián Lelio – Chile/ Espanha (110’) M/12
26 JUN | TROPICÁLIA, Marcelo Machado – Brasil/Reino Unido/E.U.A. 2012 (87’) M/12
Destaque para o documentário “Gloria” lho e 1 a 11 de Agosto. O local será o mesmo dos últimos dez anos, os belos Claustros do Convento do Carmo. E, se quiserem
ajudar-nos durante os eventos ou na sua preparação, não hesitem em contactar connosco! Obrigado e até breve ou até lá!
Espaço AGECAL
São Brás de Alportel: 100 anos de Cultura d.r.
Emanuel Sancho Membro da Direcção da AGECAL - Associação de Gestores Culturais do Algarve
São Brás de Alportel comemorou no passado dia 1 de Junho a passagem de um século sobre a sua elevação a concelho. A efeméride é muito marcante para os que nasceram ou habitam naquele pedaço do interior algarvio. No longínquo ano de 1914, São Brás havia atingido a sua maioridade: apresentava uma saúde económica assinalável, a população aumentava e alguns dos seus filhos destacavam-se na política, nas artes e nas letras da região, capitalizando para a sua terra respeito e admiração. Olhando para trás, poderíamos resumir a génese sãobrasense em três palavras: cortiça, república e educação. Curiosamente, os termos sintetizam o conceito contemporâneo de sustentabilidade: economia, sociedade, cultura. Neste olhar de relance, o fator económico assume grande impor-
tância logo a partir de meados do século XIX com um pequeno grupo de famílias que “descobriram” na cortiça uma fonte de riqueza. Nas últimas décadas do século, certamente como reflexo do bem-estar económico vivido, chegam as ideias políticas que fazem fervilhar a aldeia. A escolaridade atinge valores muito acima da média do resto da região e do país. Cerca de uma centena de fábricas de cortiça atraem a São Brás de Alportel gente de fora em busca de trabalho. Nos primeiros anos do século, em apenas algumas décadas, a população
havia duplicado. A aldeia de São Brás de Alportel, por altura da revolução republicana de 1910, é conhecida como uma fortaleza da militância política republicana. Afonso Costa chama-lhe a “Barcelona Algarvia”. Uma geração culta e politizada atinge a sua maturidade e um dos seus filhos, João Rosa Beatriz, está presente no coração da revolução, na Rotunda, em Lisboa. Com os acontecimentos estabilizados, os sãobrasenses Júlio César Rosalis e Bernardo de Passos, ocupam em Faro os lugares mais elevados: Governador Civil e Admi-
nistrador do Concelho. Desta maneira, o caminho para a autodeterminação do território estava aberto. A consolidação decorre nas décadas seguintes por força da cultura. A potência gerada produz uma geração brilhante que extravasou o território durante a primeira metade do século XX. A contemporaneidade da pintura de Virgínia Passos (1881-1965) e da escultura de Rosalina (1880-1958) e Joaquim Passos (1912-1980?) são ainda hoje motivo de estudo. Estanco Louro (1890-1953) produziu uma reflexão sobre o território que
é ainda hoje uma referência para os estudos locais. Roberto Nobre (1903-1969), artista e pioneiro cinematográfico ocupa no país um lugar cimeiro no campo da crítica de cinema. José Dias Sancho (18981929), falecido aos 31 anos de idade, deixa-nos um corpus literário de grande qualidade que segue os passos de Bernardo (1876-1930) e Boaventura Passos (1885-1935). Inaugura então São Brás de Alportel, um ciclo comemorativo que se prolongará por um ano. Assim, o tempo que se aproxima, irá proporcionar homenagens e sinais de reconhecimento. Estão sendo preparadas exposições evocativas de personalidades e de momentos históricos. Um vasto programa de publicações irá arrancar nos próximos meses. A participação efetiva da população através de iniciativas individuais mas também do tecido associativo do concelho, são linhas fortes de um programa que se manterá aberto e em construção permanente durante todo o período comemorativo. Da máxima importância, deverá também surgir o centenário, como oportunidade de balanço do passado e reflexão para planeamento do futuro.
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Cultura.Sul
Aqui há espectáculo
Destaque Diogo Infante esteve imenso no Lethes em Faro
28 JUN | A Verdadeira História da Gata Borralheira, teatro, 21.30 horas, preço: 10 euros, 7 euros até aos 12 anos Era uma vez uma jovem chamada Cinderela que cresceu no campo, com o seu pai. Durante o dia montava a cavalo e à noite ouvia histórias fantásticas sobre magia
e castelos. Mas certo dia seu pai casou novamente e aí apareceu a madrasta com as suas duas filhas…
12 ABR | Ciclo Loulé Clássico – Orquestra Clássica do Sul, música, 21.30 horas, 70 min., preço: 8 euros A Orquestra Clássica do Sul e a Câmara Municipal de Loulé convidam-no para o Ciclo “Loulé Clássico”, um conjunto de concertos inédito, que o irão acompanhar de Feverei-
ro a Dezembro, em meses alternados. No Cine-Teatro Louletano, poderá desfrutar da música de grandes compositores do clássico ao contemporâneo.
TEMPO - Teatro Municipal de Portimão Programação: www.teatromunicipaldeportimao.pt
Destaque
apenas por João Gil à guitarra - encheu-o do agigantamento do personagem que foi um crescendo constante. O público refém de uma dicção perfeita e de uma expressão cénica acabou o espectáculo mudo e quedo até rebentar num aplauso sem reservas. As palavras de Álvaro de Campos encheram a sala mas, mais do que isso, encheram as mentes de quem escolheu o Lethes para um fim de noite com uma das referências maiores do teatro nacional da actualidade. A cada passo e sempre no momento certo a música original de João Gil marcou os ‘entrepassos’ de um espectáculo de cortar o fôlego. Diogo Infante levou-se ao limite, da voz colocada ao esforço desmesurado que enrouquece e torna a voz tábua rugosa cravejada de significado e emoção. A ninguém pode ser indiferente a mestria e a dedicação do actor numa peça que como o próprio disse à audiência lhe é “muito especial”. No saldo de uma noite farense de teatro fica a certeza de que ali mesmo onde se estreou há mais de duas décadas, no Lethes, Diogo Infante trouxe ao seu Algarve um presente de rara beleza, a sua arte feita monumento ao mister de representar. Ricardo Claro
espectáculo é definido numa narrativa atemporal em que se vai decifrando a complexidade das relações humanas, como habitantes de um passado efémero que revelam traços da sua história. Este espectáculo combina a imagem teatral, o teatro físico, a animação e manipulação de objectos e a música original que transportam o espectador para um universo intimista e próximo da realidade.
14 JUN | XII Encontro de Escolas de Música do Algarve, música, das 10 às 19 horas, entrada livre A Academia de Música de Lagos apresenta a 12ª Edição do Encontro de Escolas de Música do Algarve. O Encontro de Escolas apresenta-se como uma possibilidade de
ver e ouvir, ao vivo, alguns dos grandes talentos da música algarvia, assim como uma oportunidade de descobrir diversos instrumentos, compositores e estilos de música.
21 JUN | De mim para Mim, apresentação do livro de Carolina Tendon, 17.30 horas, entrada livre
Destaque
Dito assim talvez para muitos pouco ou nada signifique. Para outros, no entanto, será facilmente identificável a Ode Marítima de Fernando Pessoa, na persona de Álvaro de Campos. Para outros ainda, aqueles que assistiram às duas apresentações do espectáculo de Diogo Infante no Teatro Lethes, em Faro, será uma frase dificilmente olvidável. Ali o actor disse-a repetidamente enquanto olhava o porto, retratado em cena por amarras, descendo do alto para se enroscarem em enormes cunhos plantados nas tábuas do palco. Ali o actor a fez soar, troar e majestaticamente bradar num misto de oral e corporal inesquecíveis. Diogo Infante no seu melhor, imenso na ‘insanidade’ de um monólogo complexo, retorcido e de uma significância inaudita do homem que se quer diverso do que é e ao seu eu retorna depois do desvario. Há teatro assim, onde a riqueza do texto nos deixa siderados, mas só o há assim quando os actores o são, eles mesmos, excelsos. Diogo Infante foi memorável, irrepreensível, físico na expressividade levada ao limiar da exaustão. Por entre as palavras de Álvaro de Campos, Diogo Infante fez-se senhor absoluto de um palco inteiro - partilhado
Kokoro é sem dúvida uma nova e significativa página da história teatral da Casa del Silencio para o teatro Colombiano. Em homenagem ao cinema mudo, ao teatro silencioso, à infância e ao amor. Em japonês, Kokoro reúne os significados, de coração, mente, inteligência, alma, centro, núcleo. Kokoro narra a história de três personagens imersos num território de papel e cartão. Entre a realidade e a ficção, o
Cine-Teatro Louletano Programação: http://cineteatro.cm-loule.pt
Destaque
‘Fifteen men on the dead man’s chest. Yo-ho-ho and a bottle of rum!’
19 JUN | Kokoro, teatro / manipulação de objectos, 21.30 horas, 50 min., preço: 7 euros
21 JUN | REFLECT, música, 21.30 horas, 120 min., 2 euros
Destaque
d.r.
14 JUN | Escola da Companhia de Dança do Algarve (Espectáculo de encerramento do ano lectivo), dança, 21.30 horas, 120 min., preço: 10 euros
Destaque
Uma ode à arte de representar
Teatro Municipal de Faro Programação: www.teatromunicipaldefaro.pt
26 a 28 JUN | FOrA - Festival da Oralidade do Algarve, programa disponível em: www.teiadimpulsos.pt
Um ano após a estreia do seu mais recente álbum, Reflect regressa ao TEMPO com uma nova proposta musical. Num alinhamento com passagem pelos álbuns ‘Último acto’ (2008) e o homónimo ‘Reflect’ (2013), a aposta vai para uma noite de celebração não só da música, mas também da amizade. Para além de partilhar o palco com os convidados dos dois álbuns, Reflect
O FOrA – Festival da Oralidade do Algarve é uma mostra da tradição oral da região. Entre os dias 26 e 28 de Junho, o festival animará o centro da cidade de Portimão, promovendo performances, oficinas, concertos, bailes e palestras, tendo como mote o património oral do Algarve. Assim, marcarão presença os
apresentar-se-á acompanhado pela Orquestra de Câmara da Academia de Música de Lagos / Conservatório de Música de Portimão. À fusão entre o hip-hop e o rock, juntam-se novos arranjos para os temas que são a extensão perfeita do seu autor. Um espectáculo intimista à imagem de Reflect, onde a mensagem ganha nas palavras um papel de destaque.
provérbios, as adivinhas, as lengalengas e trava-línguas, as pragas, as lendas, as danças e cantares tradicionais, entre outras expressões da oralidade regional. Estas sessões serão interactivas e de curta duração, realizando-se sucessivamente em vários espaços do centro da cidade, inclusive no TEMPO.
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Panorâmica
Não há Verão sem MED Não há Verão sem MED e sem este, que é o mais importante festival de world music da região, não haveria, em muitos casos, possibilidade de se ouvirem por terras algarvias sonoridades raras, oriundas de terras mais ou menos longínquas, mas que nos trazem sempre performances originais. Mais de uma década de música a desafiar o Algarve e o país, porque o MED tem o condão de trazer a Loulé gente de todos os locais, o festival é hoje absolutamente incontornável na cena da world music nacional. A abrir este ano, dia 25, o primeiro dia tem entrada grátis e além de Drumsprojx by Silva Drums pode-se ainda ouvir nesta alvorada do MED Fernando Carvalho, sem esquecer o concurso de bandas, que abre o evento. Seguem-se os dias 26, 27 e 28, com razões mais do que muitas para justificarem um salto até terras louletanas. É que o MED é muito mais do que uma simples sucessão de espectáculos em ode festivaleira, é uma cidade inteira dedicada a um estado de espírito cravado de alma mediterrânica e de braços abertos para acolher sons
d.r.
franca no certame. Outras músicas
O Festival MED abre portas no dia 25 de Junho e prolonga-se até dia 28 de outras paragens e dentes de todos os cantos. O centro de Loulé transforma-se, ganha um pulsar próprio e uma mística especial a convidar a momentos únicos e prazerosos. Portugal marca
presença com nomes como Gisela João, Celina Piedade ou a Ala dos Namorados, entre outros e outras tantas portugalidades da música, mas também cá está a Jamaica e o Japão, o Mali e a Nigéria, bem como, Marrocos e Cabo-Verde, sem esquecer
a França e o Congo ou a Alemanha e a Espanha. Os preços Sem contar com a abertura, em estilo open day e, pois, grátis, o Festival MED vai custar 30 euros para ter
acesso aos três dias do evento, mas pode optar pelo bilhete diário familiar (dois adultos e duas crianças até aos 16 anos) por 25 euros. Quanto ao bilhete diário vai ter um preço de 12 euros, sendo que as crianças de idade até 12 anos têm entrada
Mas nem só de world music se faz o MED, há ali espaço para tudo, nomeadamente, para a música clássica. Assim, pode ouvir e deleitar-se com o Ensemble de Flautas de Loulé, no dia 25, ou com o duo ‘violiNOacordeão’, agendado para o dia 26. A 27, a Igreja Matriz, palco de todos os espectáculos de música clássica, recebe o quarteto Concordis e, no dia 28, fecha a porta do MED clássico o Clássic’s Quartet. Imperdível é o que se pretende daquele que é o momento maior do estio musical algarvio e para não deixar os créditos por mãos alheias a autarquia louletana preparou um cartaz invejável, apostado em trazer a terras algarvias exemplos do bom que se faz por cá e pelo resto do mundo em termos musicais. São quatro dias em que se promete um programa à medida de todos e cada um, desde os pequenotes aos mais crescidos, e que incluem artesanato, exposições, workshops, gastronomia e muita animação de rua. É que durante o MED há tempo para tudo menos para o enfado, que por Loulé, nestes quatro dias, a música é outra! Ricardo Claro
Destaques para o MED 2014 Dia 25 Open MED Drumsprojx
Dia 26 Debandeba
Celina Piedade
Ala dos Namorados
Agendar
Dia 27
“BELLY DANCE FEST” 28 JUN | 21.30 | Centro Cultural de Lagos O grupo “El Laff” apresenta um espectáculo de música e dança oriental/sufí. A instrumentação do grupo é a tradicional: alaúde, violino e nay como instrumentos melódicos
Dia 28 Gisela João
Dino Santiago
“REFLECT” 21 JUN | 21.30 | Grande Auditório do Teatro Municipal de Portimão Seguindo um alinhamento que passa pelos álbuns “Último acto” (2008) e o homónimo “Reflect” (2013), o artista partilhará o palco com os convidados dos seus dois álbuns
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Cultura.Sul
Letras e Leituras
José Saramago - A história acontecida, a revista e a recriada d.r.
Paulo Serra
Investigador da UAlg associado ao CLEPUL
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José Saramago de tal modo dispensa apresentações, que esta nossa escolha pode até provocar surpresa. Autor de mais de 40 obras, nasceu em 1922, na aldeia de Azinhaga, e viveu até 2010, em Lanzarote. José Saramago construiu uma obra incontornável na literatura portuguesa e universal, sendo certamente uma importante referência para o nosso país em termos internacionais, com obras traduzidas por todo o mundo, e outras como Ensaio sobre a Cegueira, O Homem duplicado, ou A Jangada de Pedra, adaptadas ao cinema. José Saramago recebeu o Prémio Camões em 1995 e o Prémio Nobel da Literatura em 1998, e continua presente na nossa memória, sendo inclusive referência no chamado “cânone” literário, nos programas curriculares do ensino do Português: o Memorial do Convento figurou nos programas de ensino secundário, sendo agora substituído por O Ano da Morte de Ricardo Reis, escolha aliás que parece fazer todo o sentido, na medida em que se interrelaciona com os conteúdos programáticos do secundário, que abrangem a poesia pessoana. O autor já tem sido dado a conhecer até aos mais novos, com o seu belíssimo conto, A maior flor do mundo, cujos excertos figuraram aliás numa prova de final de ciclo do ensino básico. Entre diversos títulos que nos deixou, como Caim ou A Viagem do Elefante, os seus livros mais recentes e, diríamos, mais “ligeiros”, o autor deixou ainda obras de grande fôlego (e polémica), como o controverso Evangelho segundo Jesus Cristo. São nove os títulos que regressaram neste último mês às livrarias, em edições revistas e com novas capas, que contam com o contributo de grandes figuras da literatura e cultura portuguesa: Siza Vieira, Baptista-Bastos, Eduardo Lourenço, Dulce Maria Cardoso, Gonçalo M. Tavares, Júlio Pomar, Lídia Jorge, Mário de Carvalho e Valter Hugo Mãe caligrafaram o título para a capa
O nobel da literatura, José Saramago de cada um dos nove livros. Mas cabe-nos, neste espaço, dedicar alguma atenção ao livro História do Cerco de Lisboa. O próprio título brinca com o leitor de forma irónica, ao jeito da pós-modernidade, ao anunciar uma História, quando não é, na verdade, um romance histórico embora seja o mais próximo de entre os romances de Saramago, aquele em que o discurso da História ocupa maior lugar. Problematizar o nosso conhecimento da História prende-se com a literatura pós-25 de Abril, numa subversão da verdade de uma História oficial pouco credível salazarista: «hábito de julgarmos tudo segundo ideias adquiridas, da nossa insaciável curiosidade apesar dos limites impostos ao nosso espírito, da inclinação que nos
leva a encontrar mais analogias entre as coisas do que as que realmente têm» (pág. 14). Contestar o discurso oficial da História instaurado por regimes fascistas, atacando as definições e verdades em que essas “instituições” assentam, criando novas versões da História. Esta rasura é o que Raimundo faz ao escrever o Não no rascunho de que era revisor: o deleatur de que se fala no primeiro capítulo surge como metáfora deste processo que cria uma obra aberta onde a própria História parece dobrar o tempo e desacontecer ou, melhor dizendo, reacontecer de forma diversa. Ao longo do romance, entrecruzam-se dois enredos: a versão romanesca que Raimundo Silva cria da História de Lisboa no século XII, que começa com
“MÚSICA MUNDI: HISTÓRIA(S) DE TANGO” 27 JUN | 21.30 | Centro Cultural de Lagos Sunita Mamtani (violoncelo), Emily McIntyre (fagote) e Ricardo Batista (guitarra), serão os guias neste concerto pelo mundo do tango, cujos caminhos percorrem vários estilos e formas de interpretação
um Não antes do verbo, baseada numa suposição errada, negando uma verdade histórica, ainda que a sua reconstrução histórica seja cuidada, realisticamente minuciosa, inclusive na linguagem da época, com exatidão histórica e detalhada; e noutro plano, o enredo que, no tempo presente, se centra no próprio processo da escrita e de como escrever História, instaurando um carácter profundamente metatextual da narrativa, onde se joga com três planos. Primeiro, a versão da História do Cerco de Lisboa criada pelo autor historiador apresentada na parte inicial, em que se conta a história do cerco de 1147, em que os cruzados ingleses chegaram a Lisboa, cidade ocupada então pelos mouros e que cinco meses depois se rendeu aos cristãos. Segundo, a Nova História do Cerco de Lisboa, criada pela personagem Raimundo Silva, onde se descobrem filões ou novas possibilidades, versões alternativas ou escondidas da verdade, na possibilidade de os cruzados terem ajudado o rei D. Afonso Henriques em troca do saque e do senhorio de terras conquistadas. O revisor pondera então a reação dos portugueses, do dito povinho (dos fracos e oprimidos) de que não reza a História. Por último, a nova versão da História instaura-se no próprio processo de escrita da mesma, devido ao peso da palavra; e a história de que o próprio narrador se apropria e recria, num palimpsesto e mise-en-âbime, que sintetiza as outras duas e que é aquela
que o leitor tem nas mãos: «A cidade murmura as orações, o sol apontou e ilumina as açoteias, não tarda que nos pátios apareçam os moradores. A almádena está em plena luz. O almuadem é cego./Não o tem descrito assim o historiador no seu livro. Apenas que o muezim subiu ao minarete e dali convocou os fiéis à oração na mesquita, sem rigores de ocasião, se era manhã ou meio-dia, ou se estava a pôr-se o sol, porque certamente em sua opinião, o miúdo pormenor não interessaria à história, somente que ficasse o leitor sabendo que o autor conhecia das coisas daquele tempo o suficiente para fazer delas responsável menção.» (pág. 8). O próprio revisor é incomum, à semelhança de outras personagens de Saramago, pelo gesto de infracção que comete, de rasura do passado, ao cometer um erro no seu trabalho, quando escreve o fatídico Não que altera tudo e dá propósito ao livro. O dito revisor, um homem na meia-idade, que vive à margem da sociedade, de forma simples, regrada, autómata, baça será, paradoxalmente, recompensado pela sua falha, tanto com uma promoção no trabalho, ao ser convidado a tornar-se autor, escrevendo a sua própria versão da história que antes revia, como pelo amor que esse ato de rebeldia chama à sua vida. E é desta forma que, por último, e a reforçar a inventividade de Saramago, surge ainda uma outra interpretação do título do livro, em que a palavra Cerco remete para o próprio ritual de corte, pois este revisor vai acabar por se apaixonar. O título e tema do livro remetem-nos assim para outro assunto tão antigo quanto o tempo ou a guerra: uma metáfora do amor por uma mulher, e da conquista amorosa, cercando-a através da escrita: «Aturdido pelo contacto, Raimundo Silva levantou a cabeça, queria olhar, ver, saber, ter a certeza de que era a sua própria mão que ali estava, agora sim, o muro invisível desmoronava-se, para além dele ficava a cidade do corpo, ruas e praças, sombras, claridades, um cantar que vem não se sabe donde, as infinitas janelas, a peregrinação interminável.» (pág. 190). O livro é, aliás, escrito na cama, e não no escritóri o onde habitualmente revia as provas, e é também na brancura dos lençóis por estrear que se dá a consumação do acto amoroso de Raimundo e Maria Sara.
“NOVOS CONTADORES DE HISTÓRIAS” Até 30 JUN | Biblioteca Municipal de Albufeira Nesta exposição, as crianças de 15 salas dos Jardins de Infância de Albufeira apresentam o seu “reconto” da história “O Ratinho Marinheiro”, de Luísa Ducla Soares
Cultura.Sul
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Momento
Sons do Atlântico Foto de Vítor Correia
Espaço ALFA
‘Cor e Criatividade’ em exposição em www.alfa.pt
Raúl Grade Coelho Membro da ALFA
Este foi o mês final da Mostra Fotográfica ‘Cor e Criatividade’, que reuniu no total 134 imagens sobre as seis cores primárias, nomeadamente, preto, branco, azul, verde, amarelo e vermelho. Para atingir este número significativo de fotografias foi necessária a participação de 35 fotógrafos aos quais agradecemos pelo seu contributo. Foi uma mostra fotográfica gratuita que permitiu a quem gosta de fotografar participar neste evento da ALFA - Associação Livre Fotógrafos do Algarve. Foi bastante simples a forma de participar, pois apenas era pedido
o nome do/a fotógrafo/a e o número de associado, caso fosse. Foi também escolhida a foto de cada mês. Conclusões a tirar deste evento. Foi uma adesão fantástica deste número de fotógrafos que, desta forma, exprimiram as suas ideias sobre a cor mensal em que participaram com as imagens retiradas pelas suas máquinas fotográficas que foram muitas e diferentes. Foram vários modelos da marca Canon, da Nikon, da Olympus e da Panasonic, bem como, as individuais Sony, a Casio, a Fujifilm, a Benq e o telemóvel fotográfico Nokia N73. Conforme podem verificar, as cerca de 30 máquinas fotográficas, desde as mais profissionais às mais amadoras, permitiram captar aquele momento especial que pretendíamos gravar subjacente à cor mensal. Pode sempre verificar as fotografias que estão expostas em www.alfa.pt. Fique atento a novas iniciativas. Boas fotos!
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Cultura.Sul
Na senda da Cultura
Orquestra Clássica do Sul actua para lá das grades O espírito não se aprisiona e não há grades que possam encarcerar a alma. Aquele e esta são indomáveis e insusceptíveis de serem domados sejam quais forem as circunstâncias e prova disso mesmo é o concerto que a Orquestra Clássica do Sul deu recentemente no Estabelecimento Prisional Regional de Faro (EPRF). Para lá dos muros da cadeia o mundo é outro, diverso, com outro compasso, arrastado, repetitivo e monótono e o que a orquestra conseguiu foi levar um novo ritmo aos homens que ali cumprem uma pena que pretende expiá-los da dívida para com a sociedade entendida nos termos da justiça dos homens. Entre quatro paredes e um recorte de azul No pátio da ala prisional
do EPRF, foram dezenas os reclusos que em duas sessões puderam ouvir a Orquestra Clássica do Sul a interpretar um programa escolhido ao pormenor para a ocasião. As paredes altas não foram suficientes para acanhar os músicos e a sonoridade única de uma orquestra fez-se ouvir a plenos pulmões contra o azul infinito recortado num quadrado a céu aberto que lembra, ali dentro onde a liberdade se vê coarctada, que há um mundo sem muros ali mesmo ao lado. Sob a batuta de John Avery a orquestra passou por “Te Deum” (prelúdio), de Marc Antoine Charpentier, “Amanhecer”, de Edvard Grieg, e “Adiemus”, de Karl Jenkins, até chegar à “España Valsa”, opus 236, de Émile Waldteufel. Por esta altura, descompres-
Aspecto geral da sala
são feita, já os pés dos reclusos davam sinal de acompanhar o compasso das melodias, mas “Blue Tango”, de Leroy Andersen, “Irish Tune de County Derry”, de Grainger, e “Trumpeter’s Lullaby”, de Leroy Andersen, foram as toadas que deram o mote para as mais conhecidas e trauteadas “Serenata à Chuva”, de Nacio Herb Brown, e “Os Sete Magníficos”, de Elmer Bernstein.
e que já levou a formação a hospitais de Almada, Beja,
EPRF passou por “um programa que seja adequado ao pú-
e desenvolva como um dos objectivos de trabalho da fotos: ricardo claro
Um dia diferente “Foi um dia diferente e isso faz diferença”, disse ao Cultura.Sul um dos reclusos do EPRF, enquanto outro tentava descobrir quais as melodias interpretadas com pontaria certeira para “Serenata à Chuva”. Alexandre Gonçalves, director do EPRF, não esteve muito longe da opinião dos reclusos, congratulando-se pelo facto de estarmos perante “um dia diferente na vida de um estabelecimento prisional”, ao mesmo tempo que afirmava que “do meu conhecimento esta é a primeira vez que se faz um concerto de uma orquestra dentro de um estabelecimento prisional em Portugal”. Carlos Ferreira, administrador da Orquestra Clássica do Sul, sublinhou “a aposta numa forma absolutamente inovadora de intervir na comunidade”, na sequência daquele que é “o programa Música em Comunidade desenvolvido pela orquestra
A Orquestra Clássica do Sul na prisão de Faro Faro e Huelva”. Para Cesário Costa maestro de director artístico da Orquestra Clássica do Sul, “a importância deste ciclo de concertos Música em Comunidade, é a de intervir no âmbito da responsabilidade social que cabe a todas as organizações culturais e passa por apresentar a orquestra em espaços onde normalmente a música clássica não marca presença”. Em termos de reportório a aposta para o concerto no
blico e às suas especificidades e que possa ser atraente para quem ouve”, um tratamento que em nada difere daquele que é sempre dispensado pela orquestra no processo de idealização de cada concerto, mas que, “neste caso, tem como acréscimo a responsabilidade de responder a um público com especificidades particulares”. Para o maestro, “o importante é que a ideia subjacente aos concertos Música em Comunidade se mantenha
orquestra”. Certo é que mais do que diferente, o dia no EPRF foi único e que a Orquestra Clássica do Sul provou que não há barreiras para a música. Não há muros suficientemente altos, nem realidades suficientemente longínquas e solitárias que sejam amarras suficientes para a vontade de levar a música clássica ao lugar onde deve estar, em todos os lugares sem reservas, nem limitações. Ricardo Claro
Sala de leitura
Com o devido espírito de contradição Paulo Pires
Programador cultural no Município de Silves esteoficiodepoeta@gmail.com
Numa entrevista dada em 2012 ao jornal Público o pintor Júlio Pomar afirmava: “Há uma necessidade que nos leva a determinado acto, a determinada parte, a determinados convívios. O que importa é essa necessidade e o reconhecimento dela. Muitas vezes as pessoas não
têm coragem para isso. Que isto de viver é difícil, não é brincadeira nenhuma. Não sabemos viver com as nossas contradições. ‘É um indivíduo cheio de contradições’, dizem as famílias. Ainda bem! Se não tem consciência das suas contradições, o bicho homem anda com as quatro patas no chão”. As conexões/diálogos que o tema da contradição pode estabelecer com conceitos como verdade, lógica, opostos, devir, apaixonaram inúmeros intelectuais, filósofos e artistas ao longo
de séculos, daí resultando princípios e teorias ainda hoje de pertinente reflexão. Bastaria pensar em Heraclito ou Aristóteles, entre outros. Pode existir verdade na contradição? Há elementos contrários que podem coexistir, interagir e fazer evoluir a realidade? Também na literatura e na música este tópico assume uma presença assídua e fértil em visões e atitudes. Pascal, numa posição mais aberta, relativista e “conciliadora”, escreveu que “nem a contradição é sinal de falsidade nem a falta dela
é sinal de verdade”. Já Paul Valéry preconizava que os pensamentos mais importantes são os que contradizem os sentimentos, ao passo que Jean-Paul Sartre definia a beleza como uma contradição velada. Na canção “Estou além”, António Variações, possuído por um turbilhão de sentimentos (solidão, insatisfação, ansiedade, medo), confessa mesmo que só está bem onde não está e só quer quem nunca viu/conheceu. Afonso Cruz, por seu lado, é escritor (para miúdos e
graúdos), ilustrador, músico (toca na banda The Soaked Lamb), realizador, fabrica a sua própria cerveja e tem na sua casa do Alentejo um olival com doze árvores em que cada uma tem o nome de um apóstolo (uma delas nasceu do lado de fora da cerca e foi baptizada como “Judas Iscariotes”). A versatilidade de registos/estratégias, a criatividade nos conteúdos, a originalidade de perspectivas e a inegável bagagem cultural/mundos fazem de Afonso Cruz uma referência incontornável da nova gera-
ção de imaginadores da palavra/imagem em Portugal. O pleno em A Contradição Humana N’A Contradição Humana, publicada em 2010, Afonso Cruz faz o pleno: uma obra tematicamente cativante, cuja mensagem atravessa, pela sua pertinência e intemporalidade/actualidade, crianças, jovens e adultos – materializada num objecto estético formalmente atraente, que assenta numa paleta tricolor (vermelho, preto e
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Espaço ao Património
Arquivos e museus: uma abordagem multidisciplinar
Entre as instituições ao serviço da memória das sociedades, os Museus, as Bibliotecas e os Arquivos representam historicamente o lugar de cruzamento de patrimónios, registo e destino do ciclo documental, dos sistemas de informação e intercomunicação orgânica das instituições, aos mais diversos níveis, permitindo a análise e a percepção dos processos de organização, das sociedades, ao longo dos tempos. O Centro de Documentação e Arquivo Histórico (CDAH) é um serviço público integrado no Museu de Portimão, assumindo-se claramente como um centro organizador de recursos documentais e arquivísticos, tendo por missão tratar, salvaguardar e divulgar a informação historicamente produzida, de modo a permitir e facilitar a apreensão global e cronológica das temáticas e realidades sociais, culturais, económicas e políticas de Portimão e da região algarvia. Com a abertura ao público em Junho de 2008, nas novas instalações do Museu de
Portimão, ocupando o antigo “shead” industrial, entretanto recuperado para as suas novas funcionalidades, e local onde se situavam os cozedores e secadores de peixe, do antigo edifício da fábrica de conservas, o Centro de Documentação e Arquivo Histórico (CDAH) do Museu de Portimão, constituiu-se desde logo como um espaço privilegiado para a consulta e a pesquisa públicas. Os seus fundos incorporam, para além do arquivo definitivo da Câmara Municipal de Portimão, a documentação de diversos arquivos pessoais e colectivos, ligados à indústria, comércio, construção naval e associativismo, entre outros, directamente relacionados com a temática histórica, política, económica, social e cultural, local e regional. Um outro objectivo do trabalho do CDAH é o de contribuir para a compreensão e interpretação dos fundamentos, instrumentos e processos do trabalho documental e arquivístico, gerindo, de forma articulada, a sua relação com as funções e objectivos do Museu. Esta faceta do CDAH representa um importante papel enquanto pólo e estrutura de apoio ao trabalho de investigação e de programação museológica da equipa técnica do Museu. Esta natural complementaridade interdisciplinar é uma
branco) que vai sendo manipulada e reinventada ao longo de 32 páginas (que sabem a pouco) e que produz no leitor um eficaz impacto visual. A partir do olhar atento e sensível de uma criança, e com um equilíbrio bem temperado entre a narração e a ilustração, Afonso Cruz desnuda/desmonta ludicamente e com argúcia e ironia juízos de valor e comportamentos sociais em que a contradição emerge como ingrediente central. Noutra linha, o autor apresenta também qua-
dros quotidianos, aparentemente banais, mas sob um olhar inusitado, menos convencional, com uma atenção sensível que os dota de uma terna poeticidade: um casal de namorados aos beijos, uma mulher grávida… (que, em ambos os casos projectam uma única sombra). Nesta contradição colectiva chamada sociedade desfilam, na versão de Afonso Cruz, domadores que não têm medo de leões nem de outros animais grandes, mas que têm pavor de coisas minúsculas (porque, se calhar,
Gisela Gameiro
Técnica Superior de Arquivo CDAH - Museu de Portimão
d.r.
Sala de leitura do Centro de Documentação e Arquivo Histórico constante, desde o início dos trabalhos preparatórios e prévios à instalação do Museu, tendo-se desenvolvido com particular incidência, ao longo do processo da constituição da equipa técnica e museológica, nos trabalhos de recolha, levantamento, classificação, tratamento e inventário de espólios, colecções, documentação e arquivos entre museólogos, arqueólogos, historiadores, conservadores/ restauradores, antropólogos, documentalistas e arquivistas. Esta dinâmica operatória em muito facilitou a desejável complementaridade dessa tão necessária relação entre o momento de recolha da peça e, simultaneamente, em inúmeras situações, dos documentos e fundos arquivísticos a ela
associados, para a preservação futura do seu quadro máximo de informação, com reflexo positivo na formulação da história das
colecções, seus descritores e inventários. Mas apesar da sua inclusão no mesmo edifício do Museu e da natural interacção técnica e profissional com a restante equipa do Museu, da qual é parte integrante, a missão especifica dessa vertente arquivística, direccionada para públicos específicos, obrigou a pensar e projectar o CDAH, como uma unidade espacial e funcional específica, compreendendo salas de consulta pública, leitura geral e pesquisa, serviço de reprodução e impressão, 16 pontos de acesso para pesquisa na base de dados informatizada (multibase), leitor de microformas, espaço internet e ligação Wi-Fi, gabinete de investigação, sala de higienização, registo, processamento, e área d.r.
Planta do barco Rio Odelouca
d.r.
Afonso Cruz, um mestre da contradição
“são as pequenas coisas que fazem a diferença”); amantes de pássaros que, afinal, os prendem em gaiolas; vizinhas que põem um açucareiro no café mas que são pessoas amargas; meninas de coxas firmes, mas que depois andam de elevador pois não aguentam uns lances de escadas; curiosos que sabem tudo o que se passa no céu, mas que não fazem ideia do que se passa na terra nem conhecem a língua que se fala nas suas casas; ou administradores de prédios que olham sempre para
de depósito para o arquivo histórico, documental, fotográfico e iconográfico. Para além de uma ligação directa e interna ao Museu, um acesso independente e um horário autónomo, em relação ao restante espaço museológico, esta opção veio a revelar-se de grande utilidade, ampliando a capacidade de atendimento aos seus utentes. Realizada a catalogação/ descrição em base de dados dos fundos documentais, a mesma é disponibilizada através de consulta digital, quer nos referidos 16 pontos de acesso informatizado das suas salas de leitura, quer através da consulta online em desenvolvimento no website do Museu e do Arquivo Distrital de Faro. Nestes três últimos anos (2011, 2012 e 2013), verificou-se uma frequência e atendimento a cerca de 6.000 utilizadores, os quais consultaram os diversos fundos estruturados e distribuídos em quatro grandes áreas: Biblioteca Especializada, Biblioteca João Tavares, Arquivo Histórico e Arquivo Iconográfico. O CDAH posiciona-se, deste modo, neste duplo relacionamento interno e externo, como um autêntico “CENTRO DE MEMÓRIA E INTERPRETAÇÃO DA COMUNIDADE” e como um importante factor para a percepção e reforço da matriz identitária e evolução histórica da sua envolvente humana e territorial.
o lado antes de atravessar a rua, excepto quando aparece um pobre (provavelmente porque nunca têm trocos – comenta ironicamente o narrador). Não falta também, como que recuperando a visão baudelairiana do Spleen de Paris, uma prima que vive, literal e metaforicamente, numa ilha, isto apesar de estar sempre rodeada de (um mar de) gente; ou um “estranho” pianista que passa o dia tocando músicas tristes e isso fá-lo feliz. Contraditório?
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Cultura.Sul
O(s) Sentido(s) da Vida a 37º N
Junho azul mediterrânico… Potássio, fósforo, cálcio, vitamina e, complexo b - num prato de figos frescos que faz o meu dia... e assim se prometem novos mundos no mesmo mundo de sempre…
Gira ao sol
Casa Álvaro de Campos – Tavira
‘Livro: passado, presente e futuro’
Pedro Jubilot
pedromalves2014@hotmail.com canalsonora.blogs.sapo.pt
Júlio Resende fotos: d.r.
o pianista natural de Olhão cumpriu no auditório municipal da cidade, uma data especial da digressão de promoção do álbum ‘Amália’ (edições valentim de carvalho, 2013), onde interpreta ‘Medo’ acompanhado pela voz da fadista. Em entrevista ao webzine ‘Bóia da Canal’ (nº 3 - a sair brevemente em http://canalsonora. blogs.sapo.pt/77637.html), Resende confessou: «Claro que tive medo, mas a coragem não é a ausência de medo, é fazer a coisa que se acha acertada mesmo em presença do medo».
Nestes dias de Canícula
Agendar
O dia vem tão cedo, tão claro e quente. Essas razões que o tornam difícil são as mesmas que o prantam grande e belo... nesta primavera boreal, para assumir o risco inconsiderado de viver a sul… O brilho do horizonte atlântico, a brisa que desliza junto à costa, a claridade baça que se mantém a este até mais tarde, a temperatura que sobe e aquece os ambientes interiores e exteriores… O crescendo destes fins de tarde faz acreditar que a vida, esta, é sempre melhor nos dias maiores. Da varanda atento o mar a tomar-se de um
A biblioteca Álvaro de Campos em Tavira recebe este mês mais três palestras com a marca de qualidade do CIAC - Centro de Investigação em Artes e Comunicação. A 6, Isa Mestre apresentou ‘Literatura 2.0 - do texto impresso à hipermédia’. 20 de Junho trará Sandra Boto, que falará sobre ‘Literatura e edição digital: que revolução?’. Pedro Ferré fechará o ciclo com o tema ‘Entre a cópia e a edição: alguns problemas do livro’.
Os girassóis estão sempre virados para o mar, porque é daí que o sol nasce, se ergue por cima dele, e se volta a pôr no mar sempre a pontos cardiais escritos de sul. Dobram-se sobretudo para a esquerda de quem olha para a faixa costeira, porque os ventos predominantes de sudoeste para aí os empurram. Os girassóis de aqui são mais amarelos devido à sua prolongada exposição à força positiva do sol. Decoraram a costa sul de alegria, orgulho e amizade.
‘Tamanqueiro’
Faro se anima
Quem negoceia com peixe mais cedo ou mais tarde vem parar a Olhão. Raul ‘Tamanqueiro’ Figueiredo (22.01.1903 - 3.12.1941) juntou o útil ao agradável e representou o Sporting C. Olhanense - campeão de Portugal na memorável época de 1923/24. Na final de 8 junho que venceu por 4-2 ao F.C.Porto, marcou de grande penalidade aos 40 min., na 1ªcompetição organizada pela F.P.F, no Campo Grande, onde o presidente algarvio Teixeira Gomes destacou a sua forma de jogar «juvenilmente obstinada, na sua ubiquidade inverosímil, caindo, erguendo-se, pulando com a elasticidade de uma péla, ou como se a terra lhe servisse de trampolim, sem deixar nunca de sorrir.» De seguida foi chamado a representar a selecção nacional, e logo aliciado a ingressar no Benfica.
A 7 de Junho aconteceu mais um Bivar, que nesta 4ª edição continuou a promover a arte, o design e a cultura na baixa da cidade. Apresentação do cd ‘Por Aí’ dos Vá-de-Viró, no renovado bar do Pátio das Letras, a 13 de Junho. Paulo Cunha referiu-nos a propósito deste regresso, que este: «Tem sido um colectivo onde tocar em conjunto “apenas” pelo prazer que isso lhes traz, conseguiu dar sentido à sua existência, independentemente de todas as «crises» que - involuntariamente - os têm afastado do contacto com o público!» Entretanto a associação Arquente, regressa aos seus concertos ao pôr-do-sol com nomes emergentes da música portuguesa, tendo já como os Stereoboy, num programa que traz este mês Galadrop e o guitarrista Filho da Mãe.
“O MUNDO DAS BONECAS” Até 3 OUT | Antigos Paços do Concelho de Lagos Em exposição uma colecção de família, onde podem ser apreciadas bonecas fabricadas em diferentes anos, como 1930, 1960 e, mais recentemente, 2014, feitas em papelão, porcelana, madeira, vinil, celulóide, borracha e algumas pintadas à mão
Traz um fim de semana de Stº António bem preenchido. A não perder dia 13 - ‘Contos e Cantos do Fado’, por José Alberto Lopes da Silva, com ilustração musical dos guitarristas Orlando Almeida e Pedro Antunes. No sábado, 14, pelas 18h decorrerá uma palestra ‘À Volta de Gil Vicente’. Inaugura pelas 18h de 15 de Junho a galeria da sua sede, com a exposição de pintura ‘Sombras de Verão’, de Isabel Botelho. Tudo com entrada livre.
Postais da Costa Sul ~ não me lembro se o dia primeiro era da criança. mas também o que é que isso podia interessar enquanto tal. junho era o mês em que acabavam as aulas e começavam as férias grandes de verão, os dias longos das idas para as ilhas. a rua da minha avó enfeitava-se para os dias e noites dos santos populares. só sei que vivia num mundo muito próprio. sonhava acordado. e não podia ser outra coisa que um ser assim livre. podia até ter um ar perdido, mas por dentro não podia ser mais feliz.
“XII ENCONTRO DE ESCOLAS DE MÚSICA DO ALGARVE” 14 JUN | 21.30 | Grande Auditório do Teatro Municipal de Portimão Encontro que se apresenta como uma possibilidade para ver e ouvir, ao vivo, alguns dos grandes talentos regionais, assim como uma oportunidade para descobrir diversos instrumentos, compositores e estilos de música
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Cultura.Sul
Da minha biblioteca
Mal Nascer, de Carlos Campaniço
Adriana Nogueira
Classicista Professora da Univ. do Algarve adriana.nogueira.cultura.sul@gmail.com
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Carlos Campaniço lançou em maio um novo romance (que foi finalista do Prémio Leya 2013), demonstrando vitalidade e vontade de prosseguir esta sua já premiada carreira de escritor. Tal como nas obras anteriores – provavelmente por gosto e formação do autor, dado que a história é a sua especialidade –, também este é um romance de época, desta vez passado no início do século XIX: a narrativa acompanha Santiago, um jovem médico, partidário de D. Pedro, que se refugia, durante as Guerras Liberais (18281834), numa vila longe de Lisboa, uma vila que é a terra que o viu (mal) nascer: «Olho a praça com um vagar que é ainda de saudade. Estes recantos e travessas, ruas e largos, continuam a ser os meus passos. (…) é aqui na vila que ouço o tambor do meu coração» (pp. 17-18). Naturalmente, ficamos com curiosidade para saber por que razão de lá saiu e por que se inibe em se fazer reconhecer diretamente pelos seus conterrâneos (apesar de não se esconder – sai da casa, expondo-se à vista de todos –, também não se identifica). Mas o motivo só nos é revelado no final. Até lá, vamos acompanhando, em capítulos intercalados, uns largos meses da vida de Santiago adulto e uns anos da de Santiago menino, de forma a ir construindo, paulatinamente, a sua história. Santiago não é propriamente um herói, um homem de altos padrões morais e de elevada consciência social, que luta e assume a consequência dos seus princípios e crenças. Não. Em Lisboa, Santiago teme pela vida e foge dos miguelistas;
d.r.
na vila, receia assumir quem é («Temo a reacção de Albano e de dona Odélia», p. 16;) e as consequências de ser acusado de herege («Fico aterrado com esta postura súbita do vereador», p. 53); no amor, enreda-se com duas mulheres casadas e não tem coragem quer para cortar com uma que o persegue, quer para declarar a outra que a ama; e aceita fazer a corte a uma terceira, que não é tida nem achada nestas demandas. Porém, todas estas fragilidades fazem-no parecer mais humano. Ao mostrar a infância sofrida de Santiago, durante a qual foi maltratado, exilado e até, pode-se afirmar, sequestrado, Carlos Campaniço consegue fazer-nos simpatizar e empatizar com as suas fraquezas de adulto e até admirar a compaixão que ainda tem dentro de si, depois de tudo o que se passou (as lágrimas chegam-lhe facilmente aos olhos, quando perante a miséria humana e a doença).
Passado presente, Igreja e poder
presenciar os acontecimentos com muito mais intensidade: «Deito-me em cima da cama e sinto uma paz que é de sono. Começa-me a anoitecer os olhos, lembrando-me o quanto cismei voltar a dormir na terra que é a minha. Agora é manhã clara, lavada por uma luz recente, que me deixa acordado logo cedo» (p.17). O uso do presente do indicativo permite outras interpretações: o passado está presente no presente de Santiago. E persegue-o, enquanto não for resolvido. Uma das consequências da infância que teve foi levá-lo a recusar entrar numa igreja e a frequentar a missa (tendo feito, por esse motivo, importantes inimigos). Assim, quando partiu da vila, da primeira vez (quando ainda pré-adolescente), disse: «A única coisa que penso, ao ver a luz da última cal, é que deus se esqueceu de ter sido o obreiro desta vila, porque nunca a visitou» (p. 183). Assim mesmo, «deus» com minúscula, num claro sinal da pequenez que atribui à divindade cristã, por metonímia com os seus representantes na terra, que, paradoxalmente, servem e dominam o poder político e judicial. Quando a mãe morre, vítima de violência doméstica, Santiago olha «nossa senhora da piedade, como se olha a uma pessoa a quem deixaremos de falar por ressentimento. A sua tranquilidade de santa agasta-me, mais o seu distanciamento imóvel para com a nossa dor. […] Terão os santos os corações de pedra ou de madeira, como as suas estátuas? Não me comovem as feições de compaixão que lhe lavraram no rosto, pois quem presencia a morte de uma mulher inocente e não a protege é cúmplice também» (p. 180).
O narrador é o próprio Santiago, que conta a sua história, ou melhor, as suas histórias, usando sempre o presente do indicativo, conseguindo um maior efeito dramático e levando o leitor a
Fiquei a pensar: no nosso quotidiano, quantas vezes somos cúmplices de tantas injustiças e nada fazemos, como os santos, de rosto compassivo e coração de pedra?
“Mal Nascer” é a obra mais recente do escritor
Pobreza, fome e doença A miséria é uma dura realidade que não muda de época para época: em criança, Santiago sabe o que é a fome, por experiência própria, mas vive-a
(vivem-na todos) com a dignidade possível («Ela olha-me e não tem coragem de me dizer que não tem comida para mim e finge não saber que eu nada comi. Também eu tenho vergonha de dizer que tenho fome
“LIBERDADE, IGUALDADE E FRATERNIDADE” Até 14 de JUN | Centro Cultural de Lagos Exposição de cartoons, onde o humor é uma arma poderosa contra as consciências cúmplices. A lucidez contra obnubilação. A arte contra a tragédia. O esplendor do riso contra a pompa da ganância
e esta noite dormirei de bucho vazio», p. 181); em adulto, lida, compassivamente, com a pobreza do povo («Ela agarra-me as mãos e chora uma confissão que me arrepia, aclarando que não comem quase nada há três dias. Chora-me as mãos e faz-me entupir os olhos de lágrimas», p. 19). Aliás, o povo é apresentado, na generalidade, como gente boa e trabalhadora. As poucas exceções são homens e nunca as mulheres: são os maridos que se embebedam e batem nas companheiras. A esta admiração pelo povo contrapõe-se a crítica aos senhores, que desprezam os pobres que exploram e tiranizam, que tratam pior que os animais,
para quem a vida de um miserável não tem valor, quando comparada com a sua. Mas a morte e a doença não escolhem pelo nome de família nem posição social, e estas, apenas estas, conseguem vergar alguma arrogância. E enquanto entre os mais poderosos há intriga e jogos de interesse, entre o povo há solidariedade e entreajuda.
“O AMOR DOS OUTROS” 14 JUN | 21.30 | Auditório Municipal de Olhão O grupo de teatro olhanense ‘A Gorda’ aborda, através da apresentação desta peça, a complexidade de certos temas, como o afecto, o sexo, a identidade sexual e como transmitimos essa postura e forma de viver com e nos outros
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Cultura.Sul
Leitura expressiva, aproximar as crianças ao património literário
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Real Marina Hotel & Spa Concurso visa fomentar o gosto pela leitura entre os mais jovens Teve lugar no dia 10 de junho, no Auditório da Fortaleza de Sagres, a 7.ª edição do concurso de leitura expressiva LER COM…, uma organização da Direção Regional de Cultura do Algarve, em parceria com a Direção de Serviços da Região Algarve da Direção-Geral de Estabelecimentos Escolares, com o patrocínio da FNAC Algarve Shopping e com os apoios do Plano Nacional de Leitura, da Câmara Municipal de Vila do Bispo e dos Agrupamentos de Escolas do Ensino Básico dos municípios das Terras do Infante. O concurso iniciado em 2007, conta agora com oito edições. Esta foi a fórmula encontrada em parceria regional da Cultura e da Educação para fomentar o gosto pela leitura entre os mais jovens e determina como objectivos principais promover, estimular o interesse pela leitura e conhecimento de obras e autores de língua portuguesa, premiar a excelência da leitura expressiva, contribuir para o Plano Nacional de Leitura e comemorar o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, estreitando as relações de proximidade das comunidades escolares com a Fortaleza de Sagres, monumento emblemático nas relações de
Portugal com o Mundo. Ler é compreender o mundo que nos rodeia. A leitura é um exercício de cidadania, é um instrumento fundamental do desenvolvimento humano. Nem sempre é tarefa fácil motivar as crianças para a leitura, sobretudo num mundo onde hoje o estímulo é sobretudo visual. Os tempos livres estão repletos de outras propostas. Para a empatia e envolvimento das comunidades escolares têm contribuído o trabalho de proximidade desenvolvido com as escolas na sua preparação e a orgânica simples do concurso. A final, que tem sempre lugar na Fortaleza de Sagres, consiste na leitura de textos surpresa, selecionados de obras de autores lusófonos indicados pelo Plano Nacional de Leitura para leitura autónoma, iguais para todas as crianças. As prestações dos alunos são avaliadas por um júri que integra um representante da Direção Regional de Cultura do Algarve, um representante da Direção de Serviços da Região Algarve da Direção-Geral de Estabelecimentos Escolares e um professor ou personalidade reconhecida pelo seu trabalho em prol da língua portuguesa. Outro fator de sucesso têm sido os prémios atribuídos aos
três primeiros classificados, que não visam apenas premiar o mérito mas também proporcionar às crianças a dotação de equipamento atualmente indispensável para a continuação da sua formação educativa: um tablet, uma máquina fotográfica digital e um conjunto de livros. Todos os participantes na final receberam livros, oferta do Plano Nacional de Leitura. Mas tem sido o apoio das diferentes entidades e empresas e o empenho de professores, encarregados de educação e alunos as principais garantias de continuidade deste concurso, que é já hoje uma referência no panorama cultural e educativo das Terras do Infante. Carlos Drummond de Andrade dizia-nos: “A leitura é uma fonte inesgotável de prazer, mas por incrível que pareça, a quase totalidade, não sente esta sede”. Este projecto tem procurado contribuir para contrariar esta evidência e este dia 10 de junho de 2014 voltou a demonstrar que vale a pena ouvir e assistir à riqueza e à beleza da nossa língua portuguesa, lida e interpretada na voz de crianças do 4º ano, em Sagres. Direção Regional de Cultura do Algarve
Criamos momentos únicos para si Real Marina Hotel & Spa - Olhão Info e reservas Spa: 289 091 310 - spa @realmarina.com