POSTAL 1167 - 22 jul 2016

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Director Henrique Dias Freire • Ano XXIX • Edição 1167 • Quinzenário à sexta-feira • 22 de Julho de 2016 • Preço € 1,50 ÀS SEXTAS EM CONJUNTO COM O PÚBLICO POR €1,70

EM FOCO 2 FARO 3 PORTIMÃO 4 VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO, CASTRO MARIM, ALCOUTIM 5 TAVIRA 6 OLHÃO 7 SÃO BRÁS, LOULÉ 8 ALBUFEIRA 17 LAGOA, SILVES, MONCHIQUE 18 LAGOS, VILA DO BISPO, ALJEZUR 19 REGIÃO 20 CLASSIFICADOS 21 OPINIÃO 23

Portagens com descontos de miséria entre 6 e 30 cêntimos

> Para quem prometeu descer as portagens até 50%, a promessa pode dizer-se cumprida, mas não se salva da observação legítma de que se trata de uma redução de miséria. p. 20

d.r.

ricardo claro

Tavira:

Feira da Serra mostra potencial da inovação

Fruta fresca ‘ataca’ reinado das bolas de Berlim nas praias algarvias >6

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Na 25ª edição da Feira da Serra o destque vai todo para a inovação e para a associação do saber e da tecnologia com o saber tradicional serrano. Quanto à animação, Áurea e Emanuel a par dos Átoa fazem o destaque do cartaz num certame com mais três mil metros quadrados e integralmente acessível. p. 2 A não perder entre 29 e 31 de Julho.

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d.r.

FARO

Concentração rende 800 mil ao moto clube >3

d.r.

LAGOA

Fatacil cresce e renova-se para brilhar em Agosto

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Especial Semear Saúde nas páginas centrais PUB


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em foco

Homem aparece morto na ETAR da Companheira pág. 4

Ao fim de 25 anos de Feira da Serra a inovação é a aposta deste ano Descubra como a tecnologia aliada ao saber tradicional pode fazer toda a diferença Ricardo Claro ricardoc.postal@gmail.com

O MAIOR EVENTO da celebrada serra algarvia chega este ano à 25ª edição. São 25 anos a mostrar ao Algarve, d.r.

ao país e, porque não, ao mundo o melhor da serra algarvia, num certame que São Brás de Alportel realiza com o esmero que só o afinco e a vontade únicos das gentes são-brasenses consegue produzir. Não vale a pena ter grandes

UMA FEIRA PARA TODOS Pe-

quenos e graúdos, novos e menos viçosos, a Feira da Serra é um espaço para todos e mais do que todos estes a feira é este ano, pela primeira vez, 100% acessível para pessoas com mobilidade reduzida, fazendo assim cumprir a autarquia liderada por Vítor Guerreiro a promessa vincada há alguns anos. É a vitória da mobilidade, num concelho em que esta é uma aposta forte do município, naquele que é o maior evento do calendário anual de São Brás.

OFERTA VARIADA GARANTE DIAS DE GRANDE ANIMAÇÃO Não é preciso

Inovação é o tema central deste ano na Feira da Serra

d.r.

rodeios quando se trata da Feira da Serra. Este é um evento que há anos roça a perfeição e que sempre se supera reinventando a ideia de excelência. Ao cumprir 25 anos a feira ganha mais três mil metros quadrados de recinto para acolher os milhares de pessoas que fazem de São Brás destino obrigatório nos dias de Feira da Serra. Este ano, 29, 30 e 31 de Julho não vão desiludir e a feira mais genuína de terras serranas promete arrebatar todos os visitantes, a partir das 19 horas e até às 2 da madrugada (até à 1 hora no domingo, o último dia do certame).

fazer qualquer elogio de excepção para se dizer que a Feira da Serra é um dos certames algarvios com maior variedade de oferta de propostas aos seus vistantes. Comes e bebes, artesanato, exposições, artes e ofícios ao vivo, acompanham os animais da serra, vindos directamente da Quinta do Peral a passeio até ao centro da vila, e montarias que podem ser experimentadas no picadeiro, com o destaque este ano a recair pelos convidados da quinta pedagógica, os animais exóticos. No palco principal vão brilhar

ÔÔ Áurea é a estrela maior do cartz deste ano e actua no sábado 30 de Julho os ÁTOA, Áurea e Emanuel como estrelas maiores a par do sempre concorrido desfile do São Brás

DESTAQUES: ÔÔ SEXTA-FEIRA, DIA 29 23 horas | Feijão com Massa 00 horas | ÁTOA 01 horas | Baile Serrano animado por Vítor Alves ÔÔ SÁBADO, DIA 30 21.30 horas | São Brás Fashion 2016 22.45 horas | ÁUREA 00.30 horas | Baile Serrano animado por Valter Reis ÔÔ DOMINGO, DIA 31 21.30 horas | Veredas da Memória 23 horas | EMANUEL

Bilhetes:

Diário: 3,50 euros Diário familiar: 10,50 euros (4 pessoas) 3 dias: 7 euros

Fashion. Mas os palcos ‘Sonoridades’ e ‘Radical’ e ‘Calçadas’ vão determinar a variedade de uma serra que se mostra em toda a sua plenitude e pujança unindo modernidade e tradição.

INOVAÇÃO É O DESTAQUE DESTE ANO Uma feira assente no que a tradição serrana de melhor soube e sabe dar ao Algarve apresenta-se nesta 25ª edição, numa atitude de verdadeira reinvenção e olhar para o saber serrano, com uma perspectiva ‘fora da caixa’. É a inovação a rainha de todas as temáticas - e são muitas - que a feira aborda em 2016. Caviar de caracol, barras energéticas com composição de produtos tradicionais, reinvenção do aproveitamento da cortiça e conhecimento e tecnologia aplicados ao que a serra oferece a todos nós são argumentos de peso para uma visita que decerto espantará muito quem se atreve a descobrir as novas rotas da produção ‘made in serra do Algarve’, tanto mais que a Universidade do Algarve é parceira maior da Feira da Serra deste ano.


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faro

Parada de estrelas do desporto treina em Vila Real com os olhos no Brasil pág. 5

Concentração rendeu mais de 800 mil euros ao Moto Clube de Faro só com inscrições Este ano passaram pelo Vale das Almas cerca de 30 mil pessoas Ivo Neves ivon.postal@gmail.com

A 35ª CONCENTRAÇÃO INTERNACIONAL DE MOTOS DE FARO contou com mais de 18 mil inscrições, um resultado “muito positivo”, segundo José Amaro, presidente do moto clube farense, que estima terem passado pelo recinto cerca de 13 mil motos entre os dias 14 e 17 de Julho. O preço da entrada fixou-se nos 45 euros para os dias todos, o que gerou uma receita total superior a 880 mil euros. Num ano em que a concentração motard “superou as expectativas”, também o programa ZerOKilled foi “um sucesso”. “Não tivemos acidentes mortais nem considerados graves e para nós é um motivo de grande satisfação”, afirmou ao POSTAL José Amaro.

O presidente do Moto Clube de Faro destaca a animação que houve, não só no recinto e nas principais zonas envolventes - Praia de Faro e freguesia de Montenegro -, mas também na baixa de Faro e em várias partes do Algarve. “Houve um movimento fora do normal na baixa da cidade e basta passar, por exemplo, por Olhão, Quarteira ou Albufeira e ver as centenas de motos que circulavam”, disse José Amaro, não esquecendo o impacto que uma das maiores concentrações de motos a nível europeu tem para a economia local. Outro dos destaques desta edição foi Carminho, que levou o fado pela primeira vez a uma concentração motard. A surpresa do cartaz “proporcionou um grande espectáculo e, apesar do cepticismo de muita gente, no

ivo neves

ÔÔ Evento terminou com desfile encabeçado por José Amaro fim, todos gostaram”, garante o responsável, que deseja ver repetida a experiência. “Sendo o fado património mundial, foi uma mais-valia para a concentração”, conclui.

ÔÔ Amizade e diversão marcam todas as edições da concentração

O motard realçou o trabalho desenvolvido ao longo dos anos, “onde a concentração de Faro ganhou grande reputação internacional, sendo um dos eventos mais importantes da Europa”.

A 35ª edição da Concentração Motard de Faro terminou com o habitual desfile de milhares de motos pelas ruas da capital algarvia, o qual José Amaro considera “um agra-

decimento à cidade e um momento em que a cidade agradece também o facto de os motards voltarem sempre a Faro e ao Algarve durante os quatro dias”.

NOVO REGULAMENTO DE APASCENTAÇÃO ANIMAL DE FARO ENTRA EM VIGOR EM AGOSTO

Deixar o seu animal ‘à solta’ pode custar-lhe até 2.500 euros d.r.

Ivo Neves ivon.postal@gmail.com

A CÂMARA DE FARO APROVOU,

em Assembleia Municipal, o regulamento da apascentação de animais e da sua permanência em espaço público e privado, com coimas que podem ir dos 250 aos 2.500 euros para quem não respeite as novas regras. A criação do regulamento surge da necessidade de prevenir acidentes rodoviários causados por animais, bem como da criação de condições de bem-estar dos mesmos. “Temos inúmeras queixas de animais abandonados, que depois provocam acidentes rodoviários”, diz Marta Correia, coordenadora da PRAVI Faro (Projecto de Apoio a Vítimas Indefesas), uma associação de defesa dos animais. “Existem situações em que os

da apascentação de animais no município veio permitir que as denúncias dos farenses possam ter, a partir de agora, resolução à vista. “Por mais que as pessoas se queixassem, não havia qualquer regulamentação sobre esta situação. Agora já vai ser diferente”, garante. Contudo, Marta Correia, espera que esta medida não cause “alarmismo” e apela para que as denúncias sejam feitas “apenas em últimas circunstâncias”.

TRATAMENTO VETERINÁRIO É ‘ALTAMENTE DISPENDIOSO’ ÔÔ Criação do regulamento surgiu da necessidade de prevenir acidentes causados por animais cavalos estão mal presos, se soltam e vêm para a estrada e há o risco de apanharmos com um animal destes na EN 125”, alerta a coordenadora.

Assim, entre muitas outras medidas, passa a ser proibido abandonar gado ou equídeos na via pública, bem como ter gado ao ar livre em locais de domínio

privado sem que os mesmos estejam vedados, de forma a evitar a sua saída para a estrada ou terrenos vizinhos. A aprovação do regulamento

“Faro não tem capacidade para despender de dinheiro na captura e manutenção de animais. Para além da alimentação e da manutenção, o tratamento veterinário é “altamente dispendioso”, diz a responsável da PRAVI Faro, adiantando que cada ca-

valo pode rondar “os 70 ou 80 euros por dia”. A autarquia quer evitar “ao máximo” a captura animal e espera que os proprietários aceitem “bem” as novas medidas da autarquia. “Estamos em constante processo de evolução e temos de nos adaptar às normas para sabermos viver em sociedade e os animais fazem parte da sociedade e merecem o nosso respeito”, defende Marta Correia. “Não é aceitável animais cadavéricos que escandalizam o turismo que nos visita, nem acidentes rodoviários que acabam por ser fatais para pessoas, e dos quais não se conseguem apurar os donos dos animais”, conclui. O regulamento “está previsto” entrar em vigor em Agosto e a autarquia já pensa num que controle os animais de companhia.


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portimão

As bolas de Berlim que se cuidem agora as praias têm fruta fresca pág. 6

Homem aparece morto na ETAR da Companheira Polícia Judiciária assume investigação sobre as causas da morte de homem encontrado no passado sábado d.r.

UM HOMEM FOI ENCONTRADO MORTO na Estação de Tra-

tamento de Águas Residuais (ETAR) da Companheira, em Portimão, disse no passado sábado à Lusa o Capitão do Porto de Portimão, Santos Pereira. O alerta foi dado às autoridades por um segurança da ETAR ao início da manhã e o corpo da vítima já foi retirado, disse a mesma fonte adiantando que o

ÔÔ Ao centro da imagem as lagoas da ETAR da Companheira homem não tinha consigo do-

cumentos que permitam fazer a

sua identificação. A Polícia Marítima esteve no local a tomar conta da ocorrência porque a ETAR está localizada junto ao rio, ou seja, no domínio marítimo. Sem acesso a pessoas não autorizadas por terra, a ETAR é acessível pelo rio. A Polícia Judiciária já está a investigar as circunstâncias da morte.

FESTA

Aniversário da MTV ‘bomba’ na praia em Portimão d.r.

NÃO HÁ DUAS SEM TRÊS e a

MTV cumpre o ditado popular com a celebração do 13º aniversário em Portimão. Há três anos consecutivos que a estação de música mais conhecida no mundo celebra a sua presença em Portugal na cidade do Arade, desta vez a 23 de Julho, quando forem 23 horas, no NoSoloÁgua, o espaço escolhido para animar as hostes noite dentro, fazendo jus à tradição do canal televisivo. Muita música, praia e festa até ao raiar do sol é a promessa da MTV, com a presença dos VJs da MTV Portugal, Diogo Dias e Diana Taveira, de toda a família MTV Portugal e dos maiores

ÔÔ Estrelas do canal marcam presença

fãs do canal. Para garantir que os convidados possam dançar ao som da melhor música, quer seja na areia ou na pista de dança, na calha estão nomes como Neev, April Ivy, Virgul e Dj Overule. pub

O concurso destina-se à celebração de um acordo quadro: Não O concurso destina-se à instituição de um sistema de aquisição dinâmico: Não É utilizado um leilão eletrónico: Não É adotada uma fase de negociação: Não

Anúncio de procedimento n.º 4066/2016 MODELO DE ANÚNCIO DO CONCURSO PÚBLICO 1 - IDENTIFICAÇÃO E CONTACTOS DA ENTIDADE ADJUDICANTE NIF e designação da entidade adjudicante: 505176300 - Águas do Algarve, S. A. Serviço/Órgão/Pessoa de contacto: Dr.ª Maria Isabel Fernandes da Silva Soares Endereço: Rua do Repouso, nº10 Código postal: 8000 302 Localidade: Faro Telefone: 00351 289899070

4 - ADMISSIBILIDADE DA APRESENTAÇÃO DE PROPOSTAS VARIANTES: Não

9 - ACESSO ÀS PEÇAS DO CONCURSO E APRESENTAÇÃO DAS PROPOSTAS

1.1) Memória descritiva e justificativa do modo como o Concorrente se propõe executar a Aquisição de Serviços - 35%

9.1 - Consulta das peças do concurso

1.2) Meios materiais a afetar à operação e manutenção dos subsistemas de saneamento - 25%

Designação do serviço da entidade adjudicante onde se encontram disponíveis as peças do concurso para consulta dos interessados: Direção de Operações de Saneamento Endereço desse serviço: ETAR de Faro Noroeste Rua Professor Doutor Egas Moniz (Prolongamento da Rua) Motenegro Código postal: 8005 275

14 - IDENTIFICAÇÃO E CONTACTOS DO ÓRGÃO DE RECURSO ADMINISTRATIVO

Localidade: Faro

Designação: Águas do Algarve, S.A.

Telefone: 00351 289888190

Endereço: Rua do Repouso, nº10

Fax: 00351 289888199

Código postal: 8000 302

Endereço Eletrónico: geral.ada@adp.pt

Localidade: Faro

9.2 - Meio eletrónico de fornecimento das peças do concurso e de apresentação das propostas

Telefone: 00351 289899070

País: PORTUGAL Distrito: Faro

Plataforma eletrónica utilizada pela entidade adjudicante

Endereço Eletrónico: geral.ada@adp.pt

Concelho: Vila Real Sto Antonio

Vortal (http://portugal.vortal.biz/)

Prazo de interposição do recurso: 5 dias

Código NUTS: PT150

Preço a pagar pelo fornecimento das peças do concurso: 500,00EUR (quinhentos euros) acrescidos de IVA à taxa legal em vigor. O pagamento das peças do procedimento deverá ser efetuado por transferência bancária para a conta da ÁGUAS DO ALGARVE, S.A. com o IBAN: PT50 0035 0737 00004007430 19.

País: PORTUGAL Distrito: Faro Concelho: Alcoutim Código NUTS: PT150

Endereço Eletrónico: geral.ada@adp.pt

País: PORTUGAL Distrito: Faro Concelho: Castro Marim

2 - OBJETO DO CONTRATO

Código NUTS: PT150

Designação do contrato: Aquisição de Serviços de operação e manutenção do Sistema Multimunicipal de Saneamento do Algarve - Zona 1

País: PORTUGAL Distrito: Faro Concelho: Tavira Código NUTS: PT150

10 - PRAZO PARA APRESENTAÇÃO DAS PROPOSTAS OU DAS VERSÕES INICIAIS DAS PROPOSTAS SEMPRE QUE SE TRATE DE UM SISTEMA DE AQUISIÇÃO DINÂMICO

7 - PRAZO DE EXECUÇÃO DO CONTRATO

Até às 18 : 00 do 40 º dia a contar da data de envio do presente anúncio

Restantes contratos Prazo contratual de 30 meses a contar da celebração do contrato

Tipo de Contrato: Aquisição de Serviços Valor do preço base do procedimento 4843728.40 EUR Classificação CPV (Vocabulário Comum para os Contratos Públicos) Objeto principal Vocabulário principal: 90420000 Valor: 4843728.40 EUR 3 - INDICAÇÕES ADICIONAIS

13 - DISPENSA DE PRESTAÇÃO DE CAUÇÃO: Sim

Alcoutim, Castro Marim, Tavira e Vila Real de Santo António e que integram os subsistemas de Almargem, Cachopo, Santa Catarina da Fonte do Bispo, Vila Real de Santo António/Castro Marim, Quinta do Sobral, Furnazinhas, Alcoutim, Balurcos, Santa Marta, Cortes Pereiras, Santa Justa, Martim Longo, Pessegueiro, Vaqueiros, Pereiro, Giões e Odeleite, Azinhal, Montes do Rio e Santa Catarina da Fonte do Bispo.(A totalidade dos municípios do Algarve)

6 - LOCAL DA EXECUÇÃO DO CONTRATO

Fax: 00351 289899079

Descrição sucinta do objeto do contrato: A Aquisição de Serviços tem por objeto a contratação dos serviços operação, manutenção e conservação das instalações e infraestruturas de transporte, elevação, tratamento e descarga final de águas residuais do Sistema Multimunicipal de Saneamento do Algarve - Zona 1

2) Preço global da aquisição de serviços 40%

8 - DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO, NOS TERMOS DO N.º 6 DO ARTIGO 81.º DO CCP

11 - PRAZO DURANTE O QUAL OS CONCORRENTES SÃO OBRIGADOS A MANTER AS RESPETIVAS PROPOSTAS 90 dias a contar do termo do prazo para a apresentação das propostas

Fax: 00351 289899079

15 - DATA DE ENVIO DO ANÚNCIO PARA PUBLICAÇÃO NO DIÁRIO DA REPÚBLICA 2016/07/05 16 - O PROCEDIMENTO A QUE ESTE ANÚNCIO DIZ RESPEITO TAMBÉM É PUBLICITADO NO JORNAL OFICIAL DA UNIÃO EUROPEIA: Sim 17 - OUTRAS INFORMAÇÕES Nos termos e para os efeitos do disposto na alínea a) do n.º 1 do artigo 25.º do CCP, desde já se indica a possibilidade de adoção de um procedimento de Ajuste Direto para a celebração de um contrato de aquisição de serviços que consista na repetição de serviços similares abjeto do presente concurso público. Regime de contratação: DL nº 18/2008, de 29.01 18 - IDENTIFICAÇÃO DO AUTOR DO ANÚNCIO

O adjudicatário deve apresentar os documentos de habilitação previstos no n.º 1 do Art.º 81º do CCP.

12 - CRITÉRIO DE ADJUDICAÇÃO

Nome: Maria Isabel Fernandes da Silva Soares

O Adjudicatário deve apresentar uma certidão atualizada do teor de todas as inscrições em vigor respeitantes à empresa Adjudicatária emitida pela Conservatória do Registo Comercial correspondente.

Proposta economicamente mais vantajosa

Cargo: Administradora

Fatores e eventuais subfatores acompanhados dos respetivos coeficientes de ponderação: 1) Qualidade técnica da proposta - 60%

409705123 (POSTAL do ALGARVE, nº 1167, de 22 de Julho de 2016)


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vila real castro marim alcoutim

Festival do Marisco está à porta e mais barato pág. 7

Parada de estrelas do desporto treina em Vila Real com os olhos no Brasil Dezenas de atletas preparam-se para os Jogos Olímpicos nas instalações desportivas vila-realenses UMA VERDEIRA PARADA DE ESTRELAS do desporto interna-

cional está a preparar-se em Vila Real de Santo António para os Jogos Olímpicos que começam em breve no Rio de Janeiro, no Brasil. Só na modalidade de atletismo 35 atlestas e comitiva do Cazaquistão estarão por terras de Vila Real até domingo, a que somam atletas das selecções da Roménia, até dia 24, bem como da Polónia e Portugal. Os representantes das cores nacionais da Finlândia estão no Algarve até dia 31, tal como os colegas de Cabo Verde. A Estónia treina junto ao Guadiana até 1 de Julho e Luxemburgo até dia 18 de Agosto. O Centro de Alto Rendimento de Vila Real de Santo António recebe, ainda em Julho e Agosto, centenas de estágios desportivos, destacando-se a presença de medalhados europeus. Destaque ainda para a atleta internacional Ana Cabecinha, que irá participar nas

olimpíadas no Rio de Janeiro, em Agosto, onde procura conseguir uma medalha, depois de ter sido quarta classificada nos últimos mundiais, na modalidade de marcha. Também no lote de atletas portuguesas encontra-se Simone Fragoso, na modalidade de Natação Adaptada da Federação de Natação de Portugal. Além destes nomes de topo, Vila Real acolhe igualmente todos os elementos da selecção olímpica do Cazaquistão, que escolheu o Complexo Desportivo de Vila Real para os últimos treinos que antecedem a sua participação nos Jogos Olímpicos 2016.

COMPLEXO DESPORTIVO INTEGRADO NA REDE NACIONAL DE CENTROS DE ALTO RENDIMENTO De salientar, que o Complexo Desportivo de Vila Real de Santo António foi integrado, em 2015, pela Fundação do Desporto, na rede nacional de Centros de Alto Rendimento Desportivo, estando vocacionado para as modalidades de

D.R.

ÔÔ Infra-estrutura está vocacionada para as modalidades de atletismo, judo, futebol, triatlo e natação atletismo, judo, futebol, triatlo e natação. Actualmente, é um dos mais credenciados equipamentos a nível nacional e europeu e constitui uma referência para o estágio de equipas e atletas, recebendo anualmente perto de sete mil estágios desportivos. Integrando igualmente nas suas estruturas de topo um centro médico que dá apoio aos treinos de alta competição, promovendo a reabilitação de atletas e a maximização da performance das equipas. Veremos assim por terpub

Bruno Filipe Torres Marcos Notário

dele justificante, sob o artigo 2834, com o valor patrimonial tributário de 34.702,39 €, igual ao atribuído, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Tavira; tendo alegado:

Cartório Notarial de Tavira

- que o mencionado prédio, com a indicada composição e área, veio à sua posse, em data imprecisa do ano de 1989, por partilha meramente verbal, feita com os demais interessados e nunca reduzida a escritura pública, por óbito dos pais da justificante mulher, Manuel Gago e mulher Maria Teresa, residentes que foram no Sítio da Carrasqueira, Santa Catarina da Fonte do Bispo, não tendo deste modo título que lhes permita fazer o registo do imóvel em seu nome;

Extrato de Escritura de Justificação Extrato de Escritura de Justificação CERTIFICO, para efeitos de publicação, nos termos do artigo 100.º do Código do Notariado que, por escritura pública de Justificação outorgada em 20 de Julho de 2016, exarada a folhas 51 e seg. Livro n.º 82-A, do Cartório Notarial em Tavira, do Notário Bruno Marcos, sito na Rua da Silva, n.º 17-A, que: Manuel Florentino Viegas e mulher Elvira de Jesus Gago, ambos naturais da freguesia de Santa Catarina da Fonte do Bispo, concelho de Tavira, onde residem no Sítio da Carrasqueira, caixa postal 1071-Z, 8800-157 Santa Catarina da Fonte do Bispo; - declararam ser donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem do prédio urbano composto por edifício térreo com vários compartimentos, destinado a habitação, com a área total e de implantação de 125,53 m2, que confronta a norte, sul e nascente com José Gago Correia e outro e a poente com José Gago Correia, sito em Carrasqueira, na freguesia de Santa Catarina da Fonte do Bispo, concelho de Tavira, inscrito na respetiva matriz em nome

- que, porém, desde aquele ano, portanto, há mais de vinte anos, tem possuído aquele prédio – habitando-o, fazendo obras de manutenção, reparação e beneficiação no edifício, e pagando contribuições e impostos devidos – pelo que, tendo em consideração as referidas características de tal posse, adquiriram o referido prédio por USUCAPIÃO. Tavira e Cartório, em 20 de Julho de 2016. O Notário, Bruno Filipe Torres Marcos Conta registada sob o n.º 2/1898 (POSTAL do ALGARVE, nº 1167, de 22 de Julho de 2016)

ras do Brasil actuar atletas olímpicos que estiveram no Algarve a pôr corpo e mente em ordem para partirem rumo à conquista dos melhores lugares do desporto internacional, com o concelho de Vila Real a somar dividendos e rendimentos com esta capacidade acrescida de atrair turismo ligado ao desporto de alta competição. RC pub


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tavira

ZZZ pág. ##

Comerciantes contra complexo multiusos em Loulé pág. 8

ZZZ pág. ##

As bolas de Berlim que se cuidem agora as praias têm fruta fresca Empresário tavirense criou empresa de distribuição de fruta na praia mónica monteiro

Mónica Monteiro / Ivo Neves monicam.postal@gmail.com / ivon.postal@gmail.com

CAIXAS DE FRUTA CORTADA,

fresca e servida com um palito é a nova aposta em algumas praias algarvias. A empresa nasceu pelas mãos de Hugo Lopes, um tavirense que pretende criar uma alternativa saudável às tradicionais bolas de Berlim. “Isto começou de uma forma engraçada, um dia, a ver um fil-

me, apareceu uma imagem de umas pessoas na praia a comer palitos de cenoura e eu percebi logo: ‘é isto que nós temos falta nas nossas praias!’. Os primórdios deste projecto seriam legumes já preparados mas cedo percebi que funcionaria melhor com fruta”, contou ao POSTAL Hugo Lopes, fundador da Fruta Mar. A fruta que vem nas caixas é “da época”, garante o empresário. “Nesta altura será sempre

melão, melancia, laranjas, uvas, cerejas e depois temos as caixas tropicais com manga, abacaxi e kiwi”, explica. Cada caixa traz 200 gramas com três tipos de fruta diferentes e custa dois euros. A Fruta Mar está presente, desde dia 15 de Julho, em 12 praias algarvias cujos nomes Hugo Lopes não quer, para já, revelar. “Prefiro que as pessoas se vão apercebendo onde é que nós estamos”, afirma. Até porque a luta por mais pub

ÔÔ Cada caixa traz 200 gramas com três tipos de fruta diferentes e custa dois euros licenças de venda continua. Neste caso, nas praias da Ilha de Tavira, Terra-Estreita e Cabanas de Tavira, onde este ano não foi aberto concurso para a venda de fruta fresca. “A capitania alega que são praias com concessionários, mas a mesma Capitania autoriza a ir para outras praias que também os têm, como é o caso de Vila Real de Santo António (VRSA), frisou o empresário ao POSTAL, acrescentando que “a desculpa que dão para esta situação é uma ‘não-desculpa’”. “Como é que o mesmo comandante [da Capitania de Tavira] tem a jurisdição de 12 praias, cada uma dessas praias com dois ou três concessionários, e só nestas três é que não abriu concurso porque têm concessionários?”, indaga. Ao POSTAL, Pedro da Palma, capitão do Porto de VRSA e de Tavira, garante que os critérios para a abertura de concurso de vendas ambulantes “são válidos”. “Não abri concurso público para a venda ambulante nas três praias por três motivos. Primeiro, porque este serviço [de venda de fruta] já existia nas praias, segundo, porque são praias que morfologicamente são pequenas, e terceiro, porque a capacidade de pessoas é muito menor”. O

responsável pelas capitanias de VRSA e Tavira diz não ser “contra a venda de fruta na praia” mas considera “concorrência desleal” uma hipotética venda ambulante naqueles areais. “É importante manter um tecto máximo de vendedores ambulantes porque senão estamos a criar na praia um mercado”, alerta Pedro da Palma.

UM PROJECTO PENSADO PARA A BEIRA-MAR MAS QUE NÃO QUER “MORRER NA PRAIA” Apesar de

a Fruta Mar ter sido pensada para as praias, Hugo Lopes não quer deixar o projecto “morrer na praia”. “A nossa intenção agora é entrar nas escolas de forma a fazer com que as crianças comam mais fruta, porque muitas vezes não é a fruta que se dá mas a forma como é apresentada que faz a diferença entre os miúdos quererem ou não”, explica o empreendedor. Prova disso é que, segundo o responsável, “os melhores clientes nas praias são as crianças”. “Nós pensámos sempre que iam ser as senhoras, para manter a linha, mas não, as crianças é que dizem ‘pai olha o senhor da fruta’, o que faz com que 80% da fruta que nós vendemos seja para os mais pequenos”, refere.

“Sucesso entre os miúdos”, que já se reflectiu numa parceria com a Nutri Ventures, a primeira marca de entretenimento infantil no mundo a promover a alimentação saudável. Em cada país a Nutri Ventures faz parcerias com instituições cuja missão está alinhada com a promoção de uma alimentação saudável. É o caso dos Ministérios da Educação, da Saúde, instituições não-governamentais, distribuidores de produtos alimentares e produtores. Em Portugal a Fruta Mar é a única empresa de distribuição de fruta fresca que conta com o logótipo do movimento nas suas caixas. Primeira novidade deste ano que Hugo Lopes acredita que agradará ainda mais a criançada este Verão. Mais novidades estão por vir e farão a marca “ir muito longe”, garante o empresário, não podendo revelar, para já, do que se trata. O segredo para este sucesso? Hugo garante que é acreditar, “mesmo que mais ninguém acredite que é possível”. E acredite, este Verão pode estar sentado na sua toalha e vai aparecer alguém com uma geleira recheada de fruta, já pronta e que não fica esquecida no frigorífico lá de casa.


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olhão Festival do Marisco está à porta e mais barato Certame reduziu o preço dos ingressos para cinco euros mas mantém cartaz de peso O FESTIVAL DO MARISCO, um

dos principais cartazes do Verão algarvio, tem início já no próximo dia 9 Agosto. O Jardim Pescador Olhanense recebe o certame, que este ano apostou na redução de cinco euros nos ingressos. As entradas dos adultos, nos dias 9 (Áurea), 10 (Expensive Soul), 11 (Os Azeitonas) e 13 de Agosto (Camané) passam a custar cinco euros e nos dias 12 (C4 Pedro) e 14 (Xutos & Pontapés) oito euros. A organização pretende com a medida tornar o festival acessível a todos os públicos.

“Apesar de considerar que os preços praticados nos anos anteriores não eram exagerados – já que para além de permitirem acesso ao espaço onde decorre o festival possibilitam assistir a espectáculos que noutros locais custariam algumas dezenas de euros – pretendeu-se tornar o festival acessível a todos os públicos tornando-o, cada vez mais, um espaço para a família”, justifica a autarquia olhanense. Nesta 31ª edição, a aposta na qualidade dos produtos do mar e da Ria Formosa promete manter-se. “Aliás, esse é um dos pontos de honra deste evento

d.r.

desde a primeira hora: gastronomia confeccionada no local e no momento!”, afirma a autarquia. Os bilhetes já podem ser adquiridos através da Ticketline (lojas aderentes e/ou site). Nos dias do festival os pontos de venda estarão também abertos a partir das 18.30 horas.

MARISCO E MÚSICA PARA TODOS OS GOSTOS Sapateiras,

santolas, lavagantes, ostras, gambas, camarões, amêijoas, conquilhas ou berbigões fazem crescer água na boca a qualquer um, assim como as famosas açordas de marisco, cataplanas, arroz de pub

ÔÔ Festival já se tornou uma referência no Verão algarvio marisco ou paellas. Tudo para degustar ao som de um cartaz músical de peso que

abre em beleza com a cantora Áurea (dia 9) e encerra no dia 14 (domingo) com os clássicos dos

“reis do Rock” Xutos e Pontapés. As portas do certame estão abertas entre as 19.30 e as 1.30 horas. Refira-se que as crianças até aos seis anos não pagam entrada (devem estar acompanhadas por um adulto) e entre os sete e os 12 anos o bilhete custa apenas três euros em todos os dias do evento. O festival, que começou por ser um pequeno evento organizado por dois clubes olhaneneses – Sporting Clube Olhanense e Marítimo Olhanense – na Avenida da República, tornou-se num dos grandes eventos de gastronomia e de música a sul do país. pub


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8  |  22 de Julho de 2016

são brás loulé

ZZZ pág. ## ZZZ pág. ## Rua de Santo António, n.º 68 - 5º Esq. 8000 - 283 Faro Telef.: 289 820 850 | Fax: 289 878 342 dbf@advogados.com.pt | www.advogados.com.pt

Comerciantes contra complexo multiusos em Loulé Criação de um projecto comercial na cidade, para além do IKEA, não gera consenso d.r.

UM GRUPO IMOBILIÁRIO ALGARVIO QUER INVESTIR 300 MILHÕES DE EUROS na cons-

trução de um complexo multiusos em Loulé, focado em áreas como o turismo náutico e de negócios, mas cuja componente comercial já mereceu críticas da associação de comerciantes. Caso seja aprovado, o projecto deverá ocupar uma área de 60 hectares, na zona sul da área indus-

trial de Loulé (Campina de Baixo), prevendo-se que a sua construção demore três anos e permita a criação de milhares de postos de trabalho, disse à Lusa Reinaldo Teixeira, administrador do grupo Enolagest. Apesar de reconhecer que o projecto é positivo, sobretudo nas áreas do turismo de congressos e da saúde, o presidente da Associação de Comércio e Serviços da

Região do Algarve (ACRAL) defendeu que o Algarve já tem uma “oferta excessiva” na área comercial, dando o exemplo do complexo comercial onde se insere o IKEA, que está a ser construído a poucos quilómetros. “Há um desequilíbrio, já de há muitos anos, e que veio agora agravar-se com a construção do IKEA”, criticou o presidente daquela associação, Álvaro Viegas,a pub

considerando que a abertura de mais uma área comercial em Loulé é “desajustada e prejudicial”, até para os próprios investidores do complexo multiusos. Reinaldo Teixeira referiu, por seu turno, que “não é fácil encontrar um projecto com uma localização tão próxima a Loulé litoral e interior e que tenha a diversidade e complementaridade” das várias áreas que o complexo pretende agrupar: serviços, comércio, parque temático, centro de eventos e congressos e polo de saúde. De acordo com aquele responsável, um dos objectivos é que a área comercial se assuma como um centro de venda e distribuição de produtos regionais, fugindo ao conceito que caracteriza as grandes superfícies. “Não acredito, porque não é viável criar uma área comercial com dimensão razoável só para a comercialização de produtos regionais”, contrapôs Álvaro Viegas. O empreendimento deverá, ainda, reservar uma zona para a instalação de um cen-

ÔÔ Reinaldo Teixeira, administrador do grupo Enolagest tro de inovação de empresas vocacionadas para as tecnologias de informação e conhecimento, investigação e indústria não poluente.

PROJECTO PRETENDE LIGAR O LITORAL AO CENTRO E INTERIOR DO CONCELHO O parque

temático vai estar associado ao turismo náutico e, apesar de o local de implantação do complexo estar a seis quilómetros do mar, Reinaldo Teixeira lembrou que a água não é um recurso exclusivo d.r.

ÔÔ Instalação do projecto está prevista numa área contígua à zona industrial de Loulé no eixo Loulé-Quarteira

do mar e que este projecto tem potencial para ligar o litoral ao centro e interior do concelho. O centro de congressos foi projectado para dar resposta ao turismo de negócios e o seu auditório terá capacidade para 3.500 lugares sentados, acrescentou. Em termos de impacto económico, o grupo espera criar milhares de postos de trabalho directos e indirectos e dar consistência a uma segunda frente de turismo que complemente o sol e praia e contribua para esbater os efeitos da sazonalidade turística. Actualmente, o grupo promotor está a elaborar o plano de pormenor do projecto “Algarve cluster multiusos”, que carece ainda de aprovação da Câmara de Loulé e da Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve, para poder passar do papel para o terreno. Esta é a segunda versão do projecto que, inicialmente, incluía no seu recinto uma loja do IKEA e um hipermercado, que acabou por não prosseguir quando o grupo sueco optou por um projecto mais alargado localizado nas proximidades do Estádio Algarve. Lusa


Semear Saúde Edição nº 2 | Julho 2016

Este caderno faz parte integrante da edição n.º 1167, de 22 de Julho, do Jornal Postal do Algarve e não pode ser vendido separadamente.

Sónia Remondes Costa:

Conversa informada sobre o cancro da mama em Tavira A especialista da UTAD vem a Tavira falar com a voz da experiência científica. Assista também ao workshop da Associação Laço. ps. 4 e 5

Termografia

Check-up indolor e não evasivo permite despiste de doenças de forma antecipada sem contra-indicações p. 7

Naturopatia: uma resposta particular para as mulheres e crianças

Cada caso é um caso e a Semear Saúde reforça a resposta especializada

ps. 2 e 3


2 22.07.2016

Semear Saúde editorial

Associativismo contra o cancro: uma batalha de todos Querido(a) amigo(a), Infelizmente, anualmente milhares de novos casos de cancro são diagnosticados em Portugal. Porém, a boa notícia é que o avanço científico da última década tem possibilitado tratamentos menos agressivos, aumentando a sobrevida do paciente oncológico. Por outro lado, a investigação científica, sobretudo estrangeira, demonstra-nos que uma panóplia de terapias complementares (hipnose, acupuntura, reiki, meditação e outras), cuidados na dieta alimentar, apoio emocional e psicológico, podem aumentar significativamente a qualidade de vida das pessoas no geral e dos pacientes oncológicos em particular. A Associação Semear Saúde foi fundada em 2015 porque acreditamos que unindo os nossos esforços, experiências e conhecimentos, conseguimos contribuir para que todos os pacientes oncológicos possam receber, além dos tratamentos convencionais, apoio para aumentar a sua qualidade de vida. Nesse sentido, a associação tem vários terapeutas que o podem ajudar. Além disso, com o objectivo de empoderar o paciente oncológico, a Associação Semear Saúde realiza regularmente palestras, conversas informadas e grupos de partilha de forma gratuita e partilha diariamente informação útil na sua página do facebook “Oncologia Integrativa”. Depois de realizado um ciclo de palestras na nossa associação em parceria com a Associação ADOT (Associação de Doentes Oncológicos de Tavira) e a SOS Oncológico, nos meses de Abril, Maio e Junho, vamos, no próximo dia 23 de Setembro, em parceria com a Associação Laço, realizar

mais um encontro – Conversas Informadas sobre o cancro da mama: da prevenção à intervenção – com a Dr.ª Sónia Remondes Costa. Porém, a Associação Semear Saúde tem como missão não só o apoio ao paciente oncológico, mas também a promoção da saúde, a prevenção de doenças e o apoio a pessoas com muitas outras patologias. Uma das nossas preocupações passa pelo elevado número de diagnósticos de crianças e adolescentes com TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperactividade). Para apoiar famílias com filhos com esta patologia vamos realizar no dia 19 de Novembro uma palestra, com a naturopata Vera Belchior, que fará uma abordagem naturopática como complemento à saúde da criança hiperactiva, discutindo os seguintes tópicos: o impacto da alimentação na saúde da criança hiperactiva; o papel da plantas medicinais no TDAH e a importância de uma abordagem multidisciplinar.

Cláudia Brito

Presidente da Associação Semear Saúde associacaosemearsaude@gmail.com

(Método Oxigenesis), que para além de serem bastante eficazes, não apresentam contra-indicações. Além destas, um dos nossos terapeutas, Rui Coelho, utiliza a termografia para fazer uma avaliação do estado de saúde e, se necessário, trata consoante as necessidades de cada pessoa através da naturopatia e osteopatia. Também o naturopata e acupuntor (Medicina Chinesa) João Beles está uma vez por mês na nossa associação para consultar os nossos utentes. Mais recentemente, a naturopata Vera Belchior, especialista na saúde da mulher e da criança

A Associação Semear Saúde tem como “missão não só o apoio ao paciente oncológico, mas também a promoção da saúde, a prevenção de doenças e o apoio a pessoas com muitas outras patologias. Terapias complementares Sob uma perspectiva holística, ou seja, que considera a pessoa não apenas na sua vertente física, mas também como resultado de desequilíbrios energéticos e emocionais, a Associação Semear Saúde tem ao seu dispor terapias energéticas como o Reiki e a Cura Reconectiva, para aumentar o bem-estar, reduzir a dor no geral e nos sintomas induzidos por tratamentos de quimioterapia e radioterapia, reduzir os níveis de stress, etc. Também realizamos tratamentos faciais, corporais e capilares com oxigénio puro

(inclui tratamento do Transtorno do Deficit de Atenção com Hiperatividade), disponibilizou-se para fazer consultas mensais na nossa associação. Duas outras colaboradoras, a nutricionista Teresa Lourenço e a enfermeira Gisela Lavadinho, estão disponíveis para consultas de nutrição e enfermagem, respectivamente. Este é o momento de testemunhar que as dificuldades económicas e políticas são oportunidades de colaborar e inovar na área da saúde. Infinita gratidão a todos os que colaboram com a nossa causa. Unidos somos mais fortes e saudáveis! Nós acreditamos! Abraço carinhoso.

Naturopatia: uma abordagem terapêutica em ascensão A naturopatia, entre as terapêuticas não convencionais, é uma das mais utilizadas pela população portuguesa, encontrando o seu enquadramento legal na Lei 71/2013. A naturopatia consiste num sistema de cuidados de saúde primários e continuados que actua na prevenção, manutenção e tratamento das doenças que assolam a sociedade, promovendo o processo natural de auto-regeneração ao qual o naturopata se refere como “vis medicatrix naturae,” ou “o poder curativo da natureza”. Enquanto técnico de saúde, o naturopata, tem como princípio base o respeito pelos recursos da natureza, utilizando e valorizando as propriedades terapêuticas e nutritivas de diversos constituintes que servem de ferramentas básicas numa consulta de naturopatia. A utilização de plantas medicinais, dietoterapia, suplementação e hidroterapia são exemplos de práticas clinicas de apoio que, devidamente assentes em evidências científicas, acompanham o naturopata durante a sua intervenção, sem negligenciar o acompanhamento paralelo pela medicina convencional. Este sistema terapêutico, encara o paciente como ser único, sendo os tratamentos personali-

d.r.

Plantas , hidroterapia e dietoterapia estão entre as ‘armas’ da naturopatia zados pois são estabelecidos em sintonia com as necessidades intrínsecas do individuo.

Não se dá destaque à doença, mas sim ao doente A abordagem terapêutica incentiva a auto-responsabilidade e o envolvimento do paciente no processo de recuperação da saúde, cuja validade tem sido posta à prova sucessivamente ao longo do tempo. No entanto, com o aumento do uso da fitoterapia

e nutrição clínica, apoiado numa maior optimização do conhecimento das ciências da saúde, a naturopatia está-se a tornar cada vez menos um termo genérico para uma variedade de modalidades e cada vez mais numa terapêutica fortemente impulsionada pelas práticas, anteriormente referidas, colocando-a no âmbito da ciência moderna e da medicina. Não é assim de espantar, que a prática da naturopatia tenha vindo a evoluir firme- Ä mente, pois além de clinicamente eficaz, procura que a

A atenção devida à mulher e à infância As especificidades dos problemas de saúde com que cada um de nós se debate dependem em muito de quem somos e das características fisiológicas inerentes. Exactamente por isso, o tratamento além de individualizado deve ser também especializado e diferenciado face a cada paciente.

A aposta da Semear Saúde passa pelo tratamento e acompanhamento de uma saúde vista de forma global e integrada, recorrendo à pluridisciplinaridade da oferta que temos para cada uma das pessoas que nos procura. Simultâneamente, a individualização caso-a-caso é a chave do sucesso na resposta aos problemas de cada pessoa e por isso passamos a disponibilizar, com a presença

na associação da naturopata Vera Belchior, um atendimento espcializado para as mulheres e para as crianças desde a mais tenra idade. As patologias típicas da mulher requerem conhecimento especializado, saber e capacidade de resposta adequada às problemáticas em concreto, além de uma relação terapeuta -doente que se quer próxima, clara e assente numa confiança inabalável. Ä


22.07.2016  3

Semear Saúde fisioterapia

naturopatia

O efeito do exercício físico nos indicadores cardiovasculares sua abordagem seja rigorosamente evidenciada por investigações assentes em metodologias científicas e é aqui que se converge o conhecimento empírico com o científico. No decorrer da minha prática clínica, fui direccionando o foco para a saúde da mulher e da criança. E porquê? Porque no caso das mulheres são elas que tomam a maioria das decisões de saúde e principalmente porque os corpos das mulheres, pensamentos, atitudes e perspectivas são diferentes dos homens. O sexo feminino, consciente ou inconscientemente, tem uma maior propensão para acumular tarefas, resultando num enfraquecimento da saúde. Como geralmente são as mulheres que cuidam do próximo, existe uma tendência para menosprezarem a sua própria saúde, deixando-as cada vez mais debilitadas. É aqui que entra a naturopatia, pois de forma básica, celebra a simplicidade através da promoção de hábitos que facilitam os processos de recuperação e empoderamento dessas mulheres, com melhorias surpreendentes na sua qualidade de vida. No entanto, o foco na saúde da mulher não estaria completo sem que envolvesse a saúde da criança, pois

Já o tratamento de patologias associadas à infância, e muito em particular à Perturbação de Hiperactividade com Défice de Atenção, requer uma abordagem específica, capaz de garantir o sucesso da resposta encontrada em cada momento para cada um dos nossos pequenos infantes. A experiência aliada a uma sólida preparação são o

Sabe-se que a cardiotoxicicidade é um efeito secundário grave quando se é submetido a quimioterapia.

Vera Belchior

Naturopata Perturbação de Hiperactividade com Défice de Atenção verabelchior@gmail.com

ambos encontram-se intrinsecamente relacionados e apostar no desenvolvimento adequado das crianças é apostar numa saúde promissora desses futuros adultos. Por último, acrescento que embora a característica fundamental da naturopatia seja a simplicidade isto não implica que a sua abordagem seja simplista. A beleza desta terapêutica é a audaz inteligência por detrás dessa simplicidade, pois os naturopatas são frequentemente confrontados com numerosos desafios terapêuticos que implicam um raciocínio clínico informado e uma boa gestão dos casos que surgem, de forma a garantir um atendimento responsável e eficaz ao paciente e essa gestão tem tanto de complexa como de bela perante a missão que encabeçamos de ajuda ao próximo.

garante de que a naturopata Vera Belchior responde de forma cabal a estes desafios que têm tanto de especial como de específicos. A Semear Saúde reforça assim a sua equipa de terapeutas e já no próximo dia 19 de Novembro, uma palestra sobre o transtorno do défice de atenção com hipeactividade é o pontapé de saída para conhecermos melhor esta especialista.

Entre os eventos lesivos dos agentes/fármacos quimioterápicos no sistema cardiovascular, destaca-se, pela sua maior frequência e gravidade, a ocorrência de insuficiência cardíaca com disfunção ventricular sistólica. Outros efeitos tóxicos cardiovasculares incluem hipertensão arterial, doença tromboembólica, doenças pericárdicas, arritmias e isquemia miocárdica. As pessoas com cancro da mama sofrem de muitas comorbilidades, como a diabetes, a DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica), doenças cardíacas, artrites e hipertensão. A presença de condições crónicas depois dos tratamentos para o cancro da mama, predispõem as mulheres à cardiotoxicicidade e aumenta o risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Passados nove anos dos tratamentos, é mais provável que a pessoa sofra com problemas associados às doenças cardiovasculares do que com a recorrência. Têm sido desenvolvidas estratégias clínicias no sentido de dar resposta a estes eventos cardíacos adversos após a quimioterapia, essas estratégias incluem a monitorização dos sintomas, ecocardiogramas, e subsequente modificação na dose ou tipo de quimioterapia administrada. No entanto, apesar de se ter vindo a melhorar o tratamento a nível farmacológico com vista ao combate de todos os efeitos adversos dos tratamentos a este nível, estes produzem alguns efeitos secundários, como a hipotensão, a fadiga, o ganho de peso, náuseas, diarreia e dores musculares. Como tal, são necessárias terapias alternativas que reduzam o impacto da cardiotoxicicidade induzida pela quimioterapia. Uma potencial estratégia é o exercício físico, amplamente falado e com inúmeros efeitos benéficos discriminados. A aptidão física é um preditor para a disfunção do ventrículo

esquerdo induzida pelas antraciclinas e pelo transtuzumab e também um preditor das doenças cardiovasculares na população com cancro da mama. Esta aptidão/capacidade física (VO2max) é, em parte, determinada pela função cardíaca, output cardíaco e é afectada pelo exercício físico. A disfunção endotelial é um evento inicial das doenças cardiovasculares e é influenciada por um conjunto de alterações e mecanismos que, muitas vezes,

ta população em específico. A função vascular é muito afectada durante o tratamento de quimioterapia, pela antraciclinas, inibidores de tirosina quinase, agentes alquilantes, anti-metabolitos, e outros agentes biológicos. As tabelas mostram os efeitos da implementação de um programa de exercício na função cardíaca e nas variáveis cardiovasculares durante e após os tratamentos para o cancro da mama. d.r.

A quimioterapia sobrecarrega o funcionamento do coração com efeitos tóxicos colaterais

Somos o resultados das nossas “escolhas. Esteja informado para escolher bem. Informe-se em fontes seguras. Opte por si, opte pela sua saúde e nunca se esqueça que a sua saúde também está nas suas mãos. podem ser controlados com o nosso estilo de vida. Está a ser reconhecido que os danos nas células endoteliais pelos agentes citotóxicos cria uma disfunção que aumenta o risco de doenças cardiovasculares nes-

As alterações verificadas na pressão sanguínea sistólica com o exercício físico correspondem a uma redução em 20% do risco de eventos cardiovasculares em pessoas em tratamento (tabela 1). A motivação para a mu-

Sara Rosado

Fisoterapeuta especializada em oncologia sararosado.fisio@gmail.com

dança do estilo de vida concentra-se no período após o diagnóstico e antes do tratamento, é nesta fase que a maioria das pessoas prefere receber informação sobre exercício físico. É importante que a informação chegue! Que o doente esteja informado ou, pelo menos, alertado, de modo a procurar informação. Quatro semanas de exercício físico melhoram significativamente a função cardíaca e vascular em pacientes com condições cardiovasculares como hipertensão ou doença da artéria coronária. Alguns estudos demonstram uma redução da frequência cardíaca em repouso após programas de exercício físico. Por exemplo, Fairey et al. observou uma redução de 5,5 batimentos por minutos na frequência cardíaca de repouso em mulheres com cancro da mama após a menopausa e um aumento significativo da frequência cardíaca de reserva, em quinze semanas de exercício físico. Índices de parâmetros de frequência cardíaca têm sido correlacionados com a mortalidade e são indicadores muito importantes da função cardíaca. Posto isto, o exercício opera como uma opção não-farmacológica de prevenção da cardiotoxicicidade provocada pelos tratamentos de quimioterapia, tendo inúmeros efeitos na função cardíaca e vascular. Texto adaptado pela fisioterapeuta Sara Rosado, do artigo: Sturgeon, K., Boonie., Libonati, J., Schmitz, K. The effects of exercise on cardiovascular outcomes before, during, and after treatment for breast cancer. Breast Cancer Res Treat. 2014; 143 (2) : 219-226


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Semear Saúde psicologia / oncologia - O cancro da mama

Sónia Remondes Costa traz a Tavira a ciência e o saber sobre cancro da mama A formação de excelência, o percurso académico e clínico e a experiência acumulada fizeram de Sónia Remondes Costa um dos nomes de relevo da psicologia-clínica, em particular quando se trata de matérias relacionadas com o cancro e muito em especial com o cancro da mama. Autora de livros e inúmeras publicações científicas, a especialista que faz carreira académica na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), atravessa o país para vir ao Algarve partilhar conhecimento científico e experiSEMEAR SAÚDE (SS): O cancro da mama é uma das patologias oncológicas com maior histórico de políticas de prevenção no nosso país, mas continua a ser o cancro com maior prevalência com mais de seis mil novos casos anuais. A prevenção não é suficiente? Sónia Remondes Costa (SRC): O cancro da mama é o mais prevalente no sexo feminino e segundo mais frequente entre todos os tipos de cancro no mundo ocidental. Em Portugal é o cancro com maior incidência (DGS, 2014). As previsões apontam para que uma em cada dez mulheres venha a ser diagnosticada. Contudo, nem tudo são más notícias, a par do aumento das taxas de incidência, decresce a taxa de mortalidade, e isso é muito positivo. Para tal, muito têm contribuído as campanhas de prevenção, designadamente, a sensibilização para a adesão aos exames de rastreio e realização do auto-exame. Há um longo caminho a percorrer e muitas investigações estão em curso com o objectivo de identificar causas mais específicas. SS: Mais de 1.500 mulheres sucumbem ao cancro da mama anulamente em Portugal. Em termos comparativos internacionais, como é que vê a situação nacional? SRC: As taxas de mortalidade portuguesa não andam muito longe das taxas europeias e mundiais. É o cancro onde a sobrevivência mais aumentou cá e no mundo. A chave é o diagnóstico precoce, que em estádios iniciais, geralmente, permite um bom prognóstico. SS: As mulheres portuguesas ainda têm a ideia de que o cancro da mama é um problema das outras mulheres e não uma questão que deve ser encarada na primeira pessoa enquanto preocupação com a saúde?

SRC: Acredito que essa ideia, gradualmente, tem vindo a mudar. Os números estão aí, a informação circula, o cancro torna-se um acontecimento cada vez mais próximo e conhecido das pessoas. Há sempre alguém na família, no ciclo de amizades, no trabalho, que experienciou a doença.

ência prática numa conversa informada sobre o cancro da mama e a acção da psico-oncologia preventiva e pós diagnóstico, que inclui um workshop da Associação Laço sob o tema ‘Cuide de si!’. Numa parceria entre a Associação Semear Saúde, a Laço, o Monte-pio Arístico Tavirense, a Associação de Doentes Oncológoicos de Tavira e o SOS Oncológico, o próximo dia 23 de Setembro oferece a todos uma oportunidade única de ouvir e intervir numa conversa descontraída mas carregada nos há maior oferta pública e privada para a realização de exames de rastreio, comparativamente com o interior, onde a oferta é menor, e pesam a distância e os tempos de espera mais longos. É uma realidade, apesar dos avanços que têm sido feitos e que não podem ser ignorados.

tipos de cancro por inexistência de especialistas em determinadas áreas. Sendo necessário referenciar para os institutos de oncologia. Nestes casos, os doentes vêem-se obrigados a receber tratamentos, de si já difíceis e dolosos, longe da sua área de residência e dos seus en-

de saber sobre o cancro da mama. As inscrições já estão abertas através dos contactos da Semear Saúde em Tavira, que aolhe nas suas intalações Sónia Remondes Costa nesta intervenção única da especialista sobre uma temática que afecta em particular as mulheres, mas que tem efeitos colaterais extensos para companheiros, famílias e sociedade em geral. Compreender melhor o cancro da mama e como lidar com os desafios que se colocam em cada momento a caminho da superação é a proposta. soa lhe vai reagir depende de um conjunto de factores e recursos internos e externos. A comunicação da (má) notícia é um factor externo de grande relevância. Na medida em que determina significativamente o processamento da informação transmitida, forfotos: d.r.

A especialista Sónia Remondes Costa e a capa da sua última obra As figuras públicas partilham o seu testemunho de experiência, acredito que tenha possibilitado essa tomada de consciência e despertado para maior preocupação com a prevenção da doença.

A resposta à doença em Portugal SS: Ainda persistem assimetrias relevantes no acesso à prevenção do cancro da mama entre as periferias e os grandes centros populacionais mais próximos das unidades diferenciadas e de maiores recursos em termos de saúde? SRC: Nos grandes centros urba-

SS: Como vê a mesma questão no acesso e eficácia ao nível do tratamento? SRC: Apesar dos esforços, e da situação ter melhorado substancialmente, claro que persistem ainda algumas assimetrias no acesso aos cuidados de saúde, em prejuízo das populações do interior. Sendo a distância e a escassez de profissionais de saúde em número suficiente os principais obstáculos, e não tanto a qualidade dos serviços prestados. Actualmente, todos os hospitais distritais oferecem cuidados de oncologia e seguem os mesmos protocolos de tratamento. Todavia, nem todos tratam todos os

tes queridos, agravando-se assim a experiência de sofrimento com a doença.

O peso do diagnóstico SS: O momento do diagnóstico tem um peso incontornável. Considera que o apoio à doente é no quadro nacional imediato e suficiente? SRC: Ter cancro é um acontecimento de vida significativo, tanto para quem o teme, como para quem se vê a braços com o seu diagnóstico. A tomada de conhecimento da doença é sempre um momento emocionalmente impactante. A forma como a pes-

ma de lidar, ajustamento à nova realidade e adesão aos tratamentos. Por isso, o apoio à doente deverá começar nesse instante, por parte do médico que comunica o diagnóstico. Para tal é impreterível que a comunicação da notícia se processe de forma empática, num ambiente físico e relacional apropriado (consultório médico, sem interrupções, fornecendo informação lentamente, dando espaço à pessoa para assimilar, compreender e levantar as questões que considere pertinentes). Esta deve ser a primeira intervenção de apoio preventiva. Contudo, esta permanece ainda, como

uma área vulnerável, apesar de mais acautelada e desenvolvida em algumas instituições de saúde, comparativamente com outras. No meu livro dedico um espaço ao tema da comunicação de más notícias e explico como a comunicação eficaz pode aliviar em muito o sofrimento da doente e auxiliar no ajustamento à trajectória processual da doença. Após a comunicação do diagnóstico, a doente e família devem ser informados dos serviços de apoio psicossocial especializados existentes. SS: O que deve a doente procurar no momento imediato pós-diagnóstico? SRC: Não se pode generalizar. Cada pessoa é um caso, e por isso tem uma vivência da experiência diferente, necessidades e formas de lidar particulares. Nós não reagimos às coisas como elas são, mas como somos. Por isso, as reações pós diagnóstico são distintas. Algumas pessoas passam por uma fase de “choque”, não conseguem processar informação; outras reagem como se fosse uma sentença de morte; outras procuram logo conhecer bem o “inimigo”, para o enfrentar e vencer; outras ainda, isolam-se socialmente, refugiando-se junto dos seus significativos. É importante dar espaço à pessoa para reagir, aceitar e compreender que a reação é expectável. Respeitar o seu tempo de processamento da informação, principalmente, sem “psicopatolizar”. O apoio dos profissionais de saúde assistentes e dos entes significativos (família e/ou amigos) é fundamental. É importante que a doente saiba que não está na luta sozinha, mas que se respeite quando ela precisa estar só.


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Semear Saúde psicologia / oncologia - O cancro da mama SS: A revolta, a dor psíquica e a auto-comiseração são quadros psíquicos padrão face ao diagnóstico de cancro da mama. Como descreveria aquilo que é o quadro norma na doente diagnosticada? SRC: Pelas razões que expliquei há pouco, não podemos, nem devemos falar em respostas padrão, mas sim em respostas emocionais, mais ou menos, frequentes. Todo o diagnóstico de cancro se acompanha de sofrimento, marcado por experiência psicológica suscetível de variar entre as respostas emocionais de medo, tristeza, raiva e revolta, ansiedade, irritabilidade, que podem ser transitórias e normativas da adaptação à doença, ou evoluir para problemas de maior severidade e incapacidade como depressão, ansiedade, pânico, isolamento social. A forma como as doentes enfrentam a experiência varia em função dos recursos internos (psíquicos) e dos recursos externos (apoio social, características clínicas da doença). Algumas, com os seus recursos internos e externos conseguem suportar e aliviar o seu sofrimento e encontrar forma adaptativa de lidar com o processo de doença, outras não. Casos onde os recursos internos e/ ou externos são mais vulneráveis necessitam de atenção psicológica especializada. O que não se deve é generalizar, e dizer que todas as doentes com cancro ficam deprimidas e necessitam de apoio psicológico e/ou psiquiátrico, pois tal não é verdade. Cada vez mais as doentes desenvolvem resiliência. SS: Que peso considera ter a psicologia na resposta ao quadro psíquico tipo da doente a quem foi confirmado o diagnóstico de cancro da mama? SRC: A psicologia tem um papel fundamental no atendimento aos aspectos psicológicos decorrentes do diagnóstico, no sentido de atender às necessidades psicossociais das doentes e promover a qualidade da saúde mental durante o processo de doença. Como área disciplinar integra (em alguns contextos hospitalares ainda não) as equipas de psico-oncologia, constituídas por oncologistas, enfermeiros, técnicos de serviço social, psiquiatras, terapeutas ocupacionais, entre outros, que actuam numa vertente multi e interdisciplinar, desempenhando um importante papel no âmbito da oncologia, na medida que intervém de forma específica com todos os protagonistas do processo de doença: doentes, família/amigos e profissionais

de saúde. E oferece intervenções conceptualmente e clinicamente bem sustentadas, desde a consulta psicológica individual, grupal, de casal e familiar; passando por formação dirigida aos profissionais de saúde (por exemplo, no âmbito da comunicação de más noticias, como lidar com doentes difíceis); até à prevenção e intervenção do burnout nos profissionais de saúde.

uso das suas faculdades mentais para tomar essa decisão. Caso as faculdades mentais estejam preservadas, importa averiguar se a pessoa compreendeu e está consciente das implicações da sua decisão no seu estado de saúde. Na ausência de dano mental e compreensão de toda a informação clínica acerca da doença, por mais que possa custar aos profissionais, e eventualmente aos familiares,

rios relacionados com mal estar físico, dor, fadiga e cansaço. Estes, por sua vez, causam sofrimento psico-emocional, podendo ser caracterizado pela presença de ansiedade, tristeza, irritabilidade, hiperactividade e agitação psicomotora, distúrbio do sono, dificuldade de concentração, afecção da memória. Poderão ainda ocorrer sintomas de ansiedade, stress e depressão de maior relevância clínica, que merecem atendimento por parte dos profissionais de saúde mental.

Respostas complementares SS: Como é que vê a integração de tratamentos alternativos (fora da chamada medicina tradicional) no quadro da resposta ao cancro da mama? SRC: A evidência científica tem

deve ser estruturada a interacção entre a doente e o seu seio familiar? SRC: O cancro é uma doença familiar. Quando um elemento da família fica doente, a família adoece. A família enquanto sistema é afectado em seu funcionamento (dinâmica, papéis, interacção, liderança) e rede de relacionamentos. A família é a fonte de suporte social mais valorizada pelas doentes com cancro da mama na adaptação à doença e alívio do sofrimento emocional. Por isso os familiares são considerados os “pacientes de segunda ordem” e “agentes de extensão da prestação de cuidados”. Neste sentido, a família tem um importante papel no acompanhamento da doente em todas as fases processuais do curso da doença, por um lado; e também

Momento da apresentação do último livro A conciencialização SS: A recusa de consciencialização face ao problema e mesmo a recusa de tratamento são realidades recorrentes? SCR: A negação, enquanto resposta cognitiva, emocional e comportamental que visa reduzir a intensidade da angústia face à gravidade da situação, é relativamente frequente, mas não recorrente. A recusa em realizar os tratamentos é pouco frequente. Embora cada vez mais doentes questionem a eficácia dos tratamentos oncológicos protocolados e demonstrem interesse por tratamentos menos convencionais, mais associados às medicinas denominadas alternativas. SS: Como é que se pode fazer-lhes face? SRC: No caso da negação, conforme referido, trata-se de um mecanismo protector. Por conseguinte, desde que não interfira com a adesão e administração dos tratamentos (e geralmente não interfere), respeita-se, compreende-se a forma de lidar da pessoa. Caso interfira, é necessário encaminhamento para intervenção psicológica especializada. Em caso de recusa à realização dos tratamentos, é impreterível a avaliação do estado da saúde mental, no sentido de perceber se a pessoa se encontra em pleno

sob assinatura de consentimento informado, a decisão da pessoa deverá ser respeitada e aceite.

O tratamento SS: O tratamento do cancro da mama tem custos físicos importantes, que cenário considera o quadro típico? SRC: O cancro é temido por duas principais razões: pela ameaça à vida e pela severidade percebida dos tratamentos, sob prejuízo significativo da qualidade de vida. São conhecidos os efeitos colaterais da quimioterapia: náuseas e vómitos, diarreia, febre, dores musculares, fadiga, cansaço, cefaleias, perda de apetite, perda de peso, alopécea (entre outros). A mastectomia, se acompanhada de esvaziamento axilar, poderá representar a perda até 70% da mobilidade do braço. A radioterapia é realizada diariamente, e apesar das doentes reportarem menos efeitos secundários, poderão ocorrer queimaduras cutâneas na área intervencionada. SS: E ao nível psicológico qual é o cenário norma nos problemas associados ao tratamento? SRC: A fase dos tratamentos, acarreta sempre sofrimento físico, devido aos efeitos secundá-

Sónia Remondes Costa numa sessão de autógrafos vindo a reportar benefícios na qualidade de vida de doentes em tratamento oncológico, quando aos tratamentos clássicos se associam tratamentos no âmbito das denominadas terapias “alternativas” (cada vez mais entendidas como complementares). Recentemente, o Hospital de S. João autorizou a utilização da terapia de Reiki com doentes oncológicos. No caso concreto do cancro da mama, um estudo publicado este ano na revista BREAST, tendo como autora a doutora Maria João Cardoso (Unidade Clínica da Mama da Fundação Champalimaud/Mama Help), recomenda, com base na evidência, o uso da medicina complementar e integrativa no tratamento do cancro da mama. SS: A mulher diagnosticada e a relação com a família, como

para ela está disponível a oferta de prestação de cuidados.

A sexualidade e a reconstrução mamária SS: A sexualidade sofre directamente com os tratamentos? Como responder a um quadro de desgaste da doente? SRC: Pelas razões já apresentadas, os tratamentos afectam o bem estar físico e psicológico, comprometendo assim a líbido e o funcionamento sexual. Contudo, durante esta fase, os problemas sexuais não são, de uma forma geral, fonte de preocupação para as doentes. As preocupações neste domínio, tendem a colocar-se após a finalização dos tratamentos. SS: A mastectomia coloca problemas pessoais de grande

relevo, como responder-lhes? SRC: A perda da mama constitui para a mulher uma perda significativa, por razões compreensíveis. A mama é um símbolo sexual e cultural do feminino. E, por isso, nenhuma mulher lhe fica indiferente. A sua amputação representa, ainda que mais num primeiro momento, uma ameaça à feminilidade. Muitas mulheres conseguem elaborar essa perda dentro de si, com base nos seus recursos; outras poderão necessitar de recorrer a ajuda profissional. Já outras, resignificam a perda como um mal necessário para preservar a saúde. A reconstrução mamária, para outras, é a reparação dessa perda. SS: A sexualidade pós-mastectomia é uma nova realidade como devem as doentes conviver com ela? SCR: A perda da mama tem efeitos significativos na imagem corporal. Apreciados, avaliados e valorizados por cada mulher de forma singular. A relação com o próprio corpo reflecte-se na relação íntima e sexual. Quando o corpo é desgostado, existe pudor em colocar o corpo em relação com o outro. Os prejuízos são ainda mais significativos se a mulher, previamente ao diagnóstico de cancro da mama, já manifestava descontentamento com a sua imagem corporal. Nestes casos, o descontentamento tende a agudizar-se. Mulheres com dificuldade em solucionar as dificuldades nesta área podem solicitar ajuda especializada. A oncosexologia é uma especialidade da psico-oncologia destinada à resolução deste tipo de problemas. Intervenção de casal é aconselhável. SS:A reconstrução mamária tem um atraso considerável em Portugal. Isto coloca problemas do ponto de vista da recuperação das doentes? Estes problemas são reversíveis? SRC: Daquilo que conheço, os institutos de oncologia têm conseguido dar resposta. Os restantes serviços de saúde poderão estar mais condicionados. Contudo, já escutei de doentes e profissionais de saúde, que em resultado da crise económica, esse procedimento parecer ter resultado mais comprometido. Não obstante, importa acrescentar, que nem todos os casos reúnem critérios para a reconstrução; o pós-operatório é mais delicado e existe o risco de rejeição. Motivos pelos quais muitas mulheres optam por não fazer.


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Semear Saúde Oxigenesis

Da pele ao cabelo, as múltiplas respostas do sistema OXIGENESIS d.r.

O oxigénio é a fonte da vida. Elemento gasoso elementar para a sobrevivência do ser humano, mais do que simples necessidade respiratória é na resposta a patologias diversas que a sua aplicação tem demonstrado nos últimos anos a excelência deste gás poderoso. A aplicação do oxigénio através do Método OXIGENESIS - patenteado -, cujos tratamentos se baseiam em estudos científicos credenciados e autenticados, em grande parte pelo Food & Drug Administration (autoridade responsável pelas autorizações de entrada em aplicação de métodos terapêuticos nos Estados Unidos da América) - “faz a activação celular natural das células, o que permite que essas mesmas células fiquem auto-imunes e se desenvolvam sozinhas por elas próprias, com resultados imediatos no rejuvenescimento da pele”, refere Ilda Mota, o rosto por detrás da introdução desta resposta terapêutica em Portugal.

quer tecido em 45 minutos”. Um dos resultados mais surpreendentes na Semear Saúde “aconteceu-nos com um paciente oncológico septuagenário. Apesar dos efeitos devastadores bem visíveis na sua pele devido aos tratamentos da quimioterapia, os resultados visíveis foram imediatos com apenas uma aplicação”, salienta Cláudia Brito.

Uma resposta premiada

O Método OXIGENESIS, agora disponível no Algarve na Semear Saúde em Tavira Sem contra-indicações na sua aplicação, o Método OXIGENESIS, totalmente não invasivo, gera, segundo a responsável, um “renascer celular natural e inofensivo e é tão eficaz para o rosto, olhos, rugas, flacidez e acne, como em casos

de manchas, poros dilatados, celulite e estrias, por exemplo”. A especialista é clara ao afirmar que “tudo o que for problema de pele, nós resolvemos através deste método”, acrescentando que “não temos casos de insucesso”.

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Uma resposta muito esperada à sua espera na Semear Saúde A eficácia e versatilidade da resposta desta solução terapêutica às mais variadas patologias foi o que levou a presidente da Semear Saúde, Cláudia Brito, a fazer uma aposta ponderada, consciente e firme no Método OXIGENESIS. Esta é uma “escolha acertada”, refere Cláudia Brito, enfantizando que “o uso indiscriminado de cremes, séruns e outros tipos de activos causaram uma tal habituação nas peles e a sua progressiva intoxicação que o resultado são peles que não trabalham eficientemente e se tornaram preguiçosas”. Face a uma pele que cada vez mais carece de ajuda para se regenerar, a nossa escolha assenta num processo não intoxicante, que recorre a um elemento elementar, cuja activação celular natural ajuda a reeducar as nossas células, obrigando-as a passar de um estado passivo para um estado activo, o oxigénio puro”, remata a responsável da associação sediada em Tavira. “Estimulando a produção natural dos nutrientes em falta como o colágeno e a elastina, além de potencializar a penetração dos princípios activos, os resultados obtidos não deixam margem para dúvidas na função regeneradora profunda que conseguimos atingir através do sistema OXIGENESIS”, conclui.

Utilizando uma linguagem mais acessível, a presidente da Semear Saúde relembra que “o corpo humano pode suportar um tempo relativamente longo sem nutrientes (alimentos), pode resistir a um tempo mais curto sem hidratação (água), mas não pode levar mais de quatro minutos sem oxigénio (ar), que é a sua a fonte de energia, sem o qual as células não poderiam regenerar-se”. E exemplifica com a seguinte constatação: “Já reparou que quando se vai para a montanha a nossa pele fica

As valências do método OXIGENESIS não passaram despercebidas à comunidade internacional e o meio terapêutico foi prémio Melhor Produto Inovação da Europa em 2014 e 2015. Agora disponível na Semear Saúde em Tavira e à distância de uma consulta, este método permite resolver qualquer problema de pele, mas, como realça Cláudia Brito, também ao nível do cabelo o desempenho da terapia é notório. Os resultados são espantosos no tratamento de problemas associados ao cabelo e ao couro cabeludo, onde o Método OXIGENESIS permite a obtenção de respostas adequadas para um número infindável de patologias, sem os custos exorbitantes tantas vezes associados a tratamentos para estes problemas que tardam em mostrar a d.r.

O antes e o depois de um tratamento OXIGENESIS com uma cor, textura e tom diferentes? Agora imagine que em vez desses cerca de 3% de enriquecimento do que o habitual, com o Método OXIGENESIS estamos a aplicar um oxigênio puro de 99%, juntamente com alguns ingredientes activos. A resposta é imediata sem necessidade de recorrer a sofisticadas máquinas cujos efeitos secundários são desconhecidos. Este método inofensivo consegue rejuvenescer qual-

sua eficácia e muitas vezes nem todos conseguem gerar resultados credíveis. Sem dramas, nem complicações, sem aplicações repetitivas e que nos obrigam a alterar as nossas rotinas diárias, também nos problemas do cabelo a resposta passa pelo recurso ao Método OXIGENESIS, assente numa avaliação prévia de cada problema específico, paciente a paciente e com uma resposta individualizada e adequada a cada um.


22.07.2016  7

Semear Saúde termografia

Check-up indolor e não evasivo permite despiste de doenças em tempo real Fazer o despiste de doenças oncológicas, e não só, através de um check-up indolor, não evasivo e sem efeitos secundários é possível em Tavira, na Associação Semear Saúde. A associação, em conjunto com o naturopata Rui Coelho, disponibiliza este sistema de avaliação funcional - conhecido por “Electro Intersticial Scan” ou termografia - “que permite diagnosticar patologias antes da doença aguda”, disse à Semear Saúde o naturopata e osteopata Rui Coelho. “O maior benefício deste exame é que mesmo numa fase muito inicial de um problema de saúde o sistema diz logo que há uma disfunção e isso permite, muitas vezes, que não se desenvolva a doença”, explicou o especialista responsável por esta terapia na Semear Saúde. O funcionamento do aparelho é simples: são quatro placas metalizadas e um adesivo colocados, respectivamente, nos pés, mãos e testa, ligados a um computador, que através de um sistema informático apresenta um corpo humano em 3D, dividido por cores, identificando a vermelho

d.r.

as áreas que estão com valores “anormais”. No momento do exame são necessárias quatro informações da pessoa: a data de nascimento, a altura, o peso e o tipo sanguíneo. É a partir destes dados e através da análise do organismo que se torna possível despistar possíveis patologias que vão desde lesões ósseas, quistos, pedras nos rins, problemas no fígado, no cérebro ou até mesmo alergias alimentares.

Ferramenta eficaz na prevenção de doenças Rui Coelho, com uma experiência firmada nesta abordagem terapêutica de cerca de 14 anos, afirma ter sido “um dos cinco primeiros a fazer uso desta tecnologia em Portugal”. “Actualmente o sistema está actualizado tecnologicamente mais desenvolvido e utiliza imagem 3D, antigamente era uma coisa muito básica, mesmo que tenha sido considerada desde o início uma tecnologia bastante avançada”, contou. Hoje em dia, “continua a ser uma ferramenta muito eficaz na prevenção e isso é que é importante, porque mónica monteiro

O despiste das patologias faz-se através de imagens térmicas depois da doença instalada é muito mais complicado de a resolver”, garante Rui Coelho. Ainda assim o naturopata defende que este “é um meio de despiste correcto, mas que não pode nem deve ser substituto de exames auxiliares”. “Claro que chega a haver vezes em que tenho 100% de certezas de qual é o diagnóstico, mas encaminho sempre para um especialista na área que efectue análises e exames complementares”, frisou. “Imaginemos, se for uma pessoa que tenha um problema na coluna o sistema não diz definitivamente que é uma tendinite ou um desvio da coluna, diz que a coluna naquele sítio está em pressão e é por isso que é necessário fazer mais do que este check-up”, acrescentou.

Check-up está disponível na Associação Semear Saúde por marcação

O naturopata Rui Coelho junto ao sistema de termografia

O check-up pode ser efectuado nas instalações da Associação Semear Saúde através de marcações via telefone ou email e dura poucos minutos a ser realizado. Quem mais o procura são pessoas “com dores”, referiu o naturopata. “As pessoas procuram muito este check-up na esperança de descobrirem a causa do problema que lhes causa dor”, referiu o terapeuta, acrescentando que “apesar de eu saber que só esta análise não basta, considero-a

essencial para me auxiliar a estudar o

paciente no caso concreto numa abordagem individualizada, afinal, o que eu quero é ajudar as pessoas”. E foi na ânsia de “ajudar as pessoas a ter mais qualidade de vida” que se uniu à Associação Semear Saúde. “Trabalho com a Semear Saúde porque esta Associação, tal como eu, quer ajudar as pessoas e essa é a minha forma de trabalhar e de estar na vida”, afirma o naturopata Rui Coelho. Na associação o naturopata afirma que tem recebido e prestado ajuda através da termografia “a muita gente”. Como uma verdadeira jogada de antecipação face à doença, a termografia é um passaporte para uma atitude preventiva e profilática face às mais diversas patologias. Fiabilidade, confiança e segurança numa terapêutica que aposta em saber hoje o que pode estar na base do mal de amanhã, um valor fundamental quando se sabe que a resposta às patologias em tempo útil é a arma fundamental de uma saúde que se deseja duradoura e plena. pub



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albufeira

Lagos mostra origens remotas do Algarve pág. 19

Castelo de Paderne convida à descoberta do passado Monumento foi construído no século XII durante o domínio Almóada “À DESCOBERTA DO CASTELO DE PADERNE” é o nome do pro-

grama que vai permitir a todos os interessados conhecer melhor, por dentro e por fora, o castelo do período almóada situado numa altiva colina de Paderne, com a Ribeira de Quarteira ao lado. Assim, todas as quartas-feiras, durante os meses de Julho e Agosto, são o momento certo para visitar o Castelo de Paderne. As portas do monumento abrem-se às 10 e fecham às 18 horas, sendo uma excelente oportunidade para conhecer um dos mais interessantes monumentos da História da região e que, por razões várias, esteve fechado à população. Agora, numa iniciativa do Município de Albufeira e

da Direcção Regional da Cultura, o Castelo de Paderne promete aguçar curiosidades, conhecer melhor a História e fazer sonhar os mais novos. O Castelo de Paderne, a cem metros de altitude, marca bem a sua presença na paisagem. Situa-se numa espécie de península formada pela Ribeira de Quarteira e por vales férteis, com abundante produção agrícola, numa zona estratégica, entre o litoral e o barrocal algarvio e entre Loulé e Silves. Foi construído no século XII durante o domínio Almóada, um período no qual os árabes organizaram um forte sistema defensivo por forma a tentar impedir a política expansionista dos cristãos. Política iniciada com D. Afonso Hen-

d.r.

ÔÔ As portas do castelo abrem-se às 10 e fecham às 18 horas riques e seguida pelos seus sucessores. No entanto, a primeira refe-

rência escrita sobre esta construção data precisamente de 1189. Com efeito, os trabalhos

de arqueologia realizados demonstraram que a ocupação humana daquele “hisn” re-

monta a meados do século XII. No ano de 1189, D. Sancho I ataca, em duas grandes expedições, o Algarve e conquista a fortificação de Paderne. Porém, os muçulmanos de imediato recuperam o castelo, que só viria a ser conquistado, definitivamente, pelos cavaleiros da Ordem de Santiago liderados pelo seu mestre D. Paio Peres Correia, em 1240, ainda no reinado de D. Afonso III. No início do século XVI, mais concretamente no ano de 1506, a povoação transfere-se do interior do recinto fortificado para a actual sede de freguesia, com a construção da nova igreja matriz, a de Nossa Senhora da Esperança. pub

PRAIAS

Câmara alerta para os perigos das falésias O MUNICÍPIO DE ALBUFEIRA MOSTRA-SE “PREOCUPADO” com os turistas e pretende “criar todas as condições para continuar a ser um destino seguro”. Uma das medidas passa por “consciencializar os banhistas para os eventuais perigos associados às falésias”, diz a autarquia em nota de imprensa. A campanha de sensibilização já arrancou e prolonga-se até dia 26 de Agosto em todas as praias do concelho. Todos os anos, durante os meses de maior concentração de turistas – Julho e Agosto – o Serviço Municipal de Protecção Civil (SMPC) de Albufeira promove uma campanha de sensibilização sobre os perigos e os cuidados a ter com as arribas. A campanha, que teve início

no dia 1 de Julho, prolonga-se até 26 de Agosto, conta com os apoios da Autoridade Marítima, Polícia Marítima e Associação de Nadadores-Salvadores de Albufeira (ANSA). A iniciativa consiste na distribuição de folhetos bilingue (português/inglês), destinados a informar os banhistas sobre os principais perigos associados às arribas e as melhores formas de os prevenir. O objectivo passa por promover o conhecimento dos riscos e chamar a atenção de todos para a necessidade de evitar a permanência em locais considerados instáveis, respeitando a sinalização existente nas praias. Paralelamente, os banhistas são aconselhados a frequentar somente praias vigiadas.


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lagoa silves monchique

Protesto contra portagens marca desfile motard pág. 20

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Fatacil renovada prepara-se para receber 170 mil pessoas Câmara de Lagoa investe trezentos mil euros na reformulação do espaço Ivo Neves ivon.postal@gmail.com

IMAGEM RENOVADA E CARTAZ PREDOMINANTEMENTE PORTUGUÊS são os destaques para

a Fatacil 2016, que se realiza entre os dias 19 e 28 de Agosto e que este ano é organizada pela primeira vez pela Câmara de Lagoa, na sequência da extinção da anterior organizadora Fatasul. D.A.M.A., Anselmo Ralph, The Gift, Agir, Miguel Araújo, Quim Barreiros, Rita Guerra, Mickael Carreira, Ana Moura e Rui Veloso são os nomes convidados para fazer parte desta edição, que pretende ser “a maior montra de Lagoa no Algarve e do Algarve no país e no mundo”. Francisco Martins, presidente da autarquia, garante que quem visitar o certame este ano irá encontrar uma “nova Fatacil”. O município fez alterações ao nível estrutural do espaço de forma a conseguir potenciá-lo. Dentro das várias alterações realizadas, a autarquia destaca

a demolição do antigo pórtico da entrada, que agora “vai ser tubular com um ecrã gigante e iluminação LED”. Já no interior do Parque Municipal, a câmara optou por desmontar a nave central por ter “pouca utilidade” e ser “muito fria no Inverno e muito quente no Verão”, para dar lugar a uma estrutura metálica decorada com luzes e que irá receber o “Amar a Terra”. Esta “zona nobre” da feira pretende ser a montra dos produtos e produtores regionais do Algarve. Dentro destas mudanças a autarquia decidiu ainda retirar o palco da zona da restauração, por não ter a “acústica e capacidade técnica suficientes para acolher concertos”, explicou o presidente. “Esta mudança permitiu que os expositores da área da restauração fiquem virados para a feira e não de costas como estavam alguns no ano passado”, acrescentou o edil. Estas intervenções são as prin-

d.r.

ÔÔ Francisco Martins, autarca de Lagoa, garante que os visitantes vão encontrar uma ‘nova Fatacil’ cipais novidades da Fatacil para 2016, tendo custado à autarquia cerca de 300 mil euros. Contudo, esta é apenas a primeira fase de requalificação de um projecto que Francisco Martins espera conseguir apresentar na íntegra ao público durante o certame e cujo investimento total ainda não está quantificado, apesar de ser “certamente” mais avultado do que o despendido até agora,

frisou Francisco Martins. Este ano, e porque Lagoa é “Cidade do Vinho 2016”, a feira integra as comemorações no âmbito da distinção, sendo que as actividades e os conteúdos do programa vão dar um particular destaque ao vinho e à cultura, nas suas mais variadas vertentes. Entre a zona do artesananto e a zona da restauração os visitantes poderão encontrar uma área

dedicada ao vinho, onde estarão 10 produtores oriundos de todas as regiões do país, um por cada dia de certame.

PARQUE MUNICIPAL DE FEIRAS E EXPOSIÇÕES TRANSFORMADO NUM GRANDE PARQUE URBANO A autarquia vai transformar, ao longo dos próximos três anos, o espaço até agora utilizado apenas para a realização da Fatacil

durante o mês de Agosto, num “grande parque urbano”, onde se possam desenvolver outros eventos ao longo do ano. Esta será uma tentativa de evitar que o Parque Municipal de Feiras e Exposições seja “um espaço morto como tem sido até agora”, diz o presidente. “O Parque Municipal de Feiras e Exposições onde se realiza a feira é um espaço que era unicamente utilizado pela Fatacil e que consideramos ser um espaço nobre na cidade de Lagoa para ter uma utilização tão pequena durante o ano”, justifica o autarca. A Câmara de Lagoa espera receber cerca de 170 mil pessoas na feira durante os dez dias, com o preço das entradas a manter-se nos 3,50 euros. As portas do certame abrem às 18 horas e encerram à uma da manhã, com os concertos a ter início por volta das 22 horas. Os bilhetes já podem ser adquiridos através da Ticketline e lojas aderentes. pub


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lagos vila do bispo aljezur

Lagos mostra origens remotas do Algarve Exposição imperdível para pequenos e graúdos no Centro de Ciência Viva local

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d.r.

Ricardo Claro ricardoc.postal@gmail.com

AS ORIGENS MAIS REMOTAS DO REINO DOS ALGARVES mos-

tram-se em Lagos, no Centro de Ciência Viva local. Uma viagem convidativa é o que se propõe por eras imemoriais desta que é a nossa terra comum e por um passado que deixou por paragens do Sul da Península Ibérica uma herança patrimonial que ainda hoje pode ser visitada, além de se manter em investigação, nomeadamente pela mão da Universidade do Algarve e das autoridades nacionais e regionais responsáveis pelas áreas da cultura e do património. Sob o nome “As Origens Pré-Históricas do Reino dos Algarves”, a exposição patente até 31 de Agosto é resultado do trabalho do Interdisciplinary Center for Archaeology and Evolution of Human Behavior (ICArEHB) da Universidade do Algarve (UAlg) e do Centro de Ciência Viva do Algarve, onde esteve já patente. Esta exposição apresenta uma retrospectiva do conhecimento arqueológico da região do Algarve, que resulta de quase 150 anos de investigação. Apresenta uma panorâ-

ÔÔ O Centro de Ciência Viva de Lagos é o lar desta exposição imperdível por terras do extremo sudoeste da Península Ibérica

mica geral da Pré-História do Algarve, do Paleolítico Inferior (estimando-se a sua idade em cerca de 500 mil anos) à Primeira Idade dos metais, período conhecido como Calcolítico (há cerca de 5.000 anos). O conjunto de materiais arqueológicos expostos inclui artefactos feitos em pedra e cerâmica, bem como exemplos dos recursos minerais e

Assine o

animais utilizados pelos nossos antepassados. O ex-libris da exposição é uma placa paleolítica, descoberta no sítio arqueológico de Vale Boi (Vila do Bispo), onde se encontram gravadas várias figuras de animais. Grande parte destes materiais resulta de trabalhos de investigação realizados ou coordenados pela Universidade do Algarve.

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região

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Portagens descem entre 6 e 30 cêntimos para a classe 1 A descida por pórtico a partir de 1 de Agosto é vergonhosa e foi decidida pelo Governo que prometeu descidas de até 50% Ricardo Claro / Lusa ricardoc.postal@gmail.com

O GOVERNO ANUNCIOU na pas-

sada terça-feira a aplicação de 15% de desconto a todos os veículos que circulem, a partir de 1 de Agosto, em algumas autoestradas, vias maioritariamente localizadas no interior do país e no Algarve. Segundo um excerto da portaria que entra em vigor a 1 de Agosto, o Governo aponta critérios de convergência económica e de coesaõa territorial para a tomada de decisão. No caso da A22 o POSTAL fez as contas e a redução de portagens por pórtico varia entre os 6 e os 30 cêntimos, para veículos

da classe 1 ( a maioria dos veículos) e entre os 14 e os 68 cêntimos para a classe 3 (a maioria dos veículos de mercadorias não TIR). Percorrendo o total da Via do Infante um veículo classe 1 pode poupar 1,50 euros e um classe 3, 3,44 euros. No mesmo documento a que a Lusa teve acesso, o Ministério do Planeamento e das Infraestruturas anuncia o alargamento horário e de descontos especiais a veículos pesados de mercadorias nas referidas autoestradas, para “mitigar os efeitos das portagens na actividade económica e exportações e concretamente nos custos do transporte de mercadorias”.

O regime em vigor desde 2012 de descontos adicionais de 10% no período diurno e 25% em período nocturno e fim-de-semana para os pesados de mercadorias passa para 15% e 30%, respectivamente, e é alargado à autoestrada A4 e Túnel do Marão. O período nocturno também é alargado, em mais duas horas, tendo sido fixado entre as 20 e as 7.59 horas (sensivelmente 12 horas), quando até aqui a sua duração estava fixada entre as 21 e as 7 horas. De acordo com o Governo, o novo regime de descontos nas portagens leva em conta critérios de poder de compra da população - baseando-se no indicador per capita de poder de compra

mónica monteiro

ÔÔ A partir de Agosto as portagens descem 15% concelhio (IpC) - tendo sido “seleccionadas autoestradas com um IpC igual ou inferior a 90%

da média nacional”. Outro critério utilizado diz respeito à acessibilidade territo-

rial agregada (ATG), “que relaciona a condição geográfica de cada município e as suas acessibilidades rodoviárias” e “traduz os custos de contexto provocados pelo afastamento aos restantes centros de consumo e produção nacionais”. Foram “seleccionadas autoestradas com ATG igual ou inferior a 60% da média nacional”, explica. A Via do Infante é considerada no regime de descontos dado possuir um índice de acessibilidade territorial integrada de 43 - abaixo dos 60 definidos como critério -, embora possuindo um índice per capita de poder de compra concelhio de 97, o valor mais alto de todas as vias consideradas.

Protesto contra portagens marca desfile motard As próximas manifestações da CUVI estão marcadas para os dias 23 e 31 deste mês Ivo Neves ivon.postal@gmail.com

A LUTA PELA SUSPENSÃO DAS PORTAGENS na Via do Infante

(A22) foi tema de destaque no último dia da 35ª Concentração Internacional de Motos de Faro, que se realizou entre 14 e 17 de Julho, com um protesto organizado pela Comissão de Utentes da Via do Infante (CUVI) entre o desfile de milhares de motos e motards oriundos de vários países. “A ideia era continuar a dar visibilidade à luta e correspondeu às expectativas”, disse ao POSTAL João Vasconcelos, deputado do Bloco de Esquerda e membro da CUVI. Estas acções de protesto levadas a cabo pela CUVI durante os desfiles das concentrações de motos de Faro têm sido

recorrentes nos últimos anos, sempre com o apoio do moto clube farense, cujo presidente, José Amaro, tem participado em manifestações da comissão, “até porque alguns motards já foram vítimas das portagens”, afirmou João Vasconcelos. “Acho que seria de bom-tom suspender imediatamente as portagens, tendo em conta o mês de Agosto”, disse o bloquista, fazendo referência ao grande número de famílias que escolhem o Algarve para passar férias, inclusive as emigrantes. Recorde-se que o actual Governo decidiu congelar a redução das portagens na A22 e nas restantes auto-estradas do interior por tempo indefinido. “O ministro do Planeamento e das Infraestruturas diz que tem a ver com dificuldades

mónica monteiro

ÔÔ A CUVI tem contado, nos últimos anos, com o apoio do Moto Clube de Faro na luta contra as portagens na renegociação com a A23. Não quero duvidar mas acho estranho esta demora e espero que as reduções não se concretizem só no final do Verão”, atira o deputado.

PRESIDENTE DA REPÚBLICA E PRIMEIRO-MINISTRO SÃO PRÓXIMOS “ALVOS” “Se eventual-

mente o Presidente da República ou o primeiro-ministro resolverem passar férias no

Algarve, desde que seja em locais em que a CUVI se possa manifestar, porque não?”, questiona João Vasconcelos que, juntamente com os restantes membros da comissão,

prepara acções de protesto anti-portagens junto das principais entidades responsáveis pela política governativa do país. Caso Marcelo Rebelo de Sousa e/ou António Costa não optem pelo clima algarvio este Verão, “o objectivo final mantém-se, que é tentar abolir as portagens no Algarve”, garante o deputado do Bloco de Esquerda. Ainda para este mês estão agendadas duas marchas lentas de protesto. A marcha lenta de 23 de Julho tem início às 17 horas, com partida junto ao Moto Clube do Guadiana, em Aldeia Nova, Vila Real de Santo António, até Conceição de Tavira. A 31 de Julho, a marcha vai realizar-se entre Almancil e a Fonte de Boliqueime, a partir das 11 horas.


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classificados

Farmácias de Serviço SEXTA

SÁBADO

DOMINGO

SEGUNDA

TERÇA

QUARTA

QUINTA

ALBUFEIRA

Santos Pinto

do Mar

do Mar

do Mar

do Mar

do Mar

do Mar

ARMAÇÃO DE PÊRA

Sousa

-

Sousa

Central

FARO

Baptista

Helena

Alexandre

Crespo

Palma

Montepio

Caniné

LAGOA

Vieira Santos

Vieira Santos

José Maceta

Lagoa

Lagoa

Lagoa

Lagoa

LAGOS

Ribeiro Lopes

Lacobrigense

Silva

Telo

Neves

Ribeiro Lopes

Lacobrigense

LOULÉ

Chagas

Pinto

Avenida

Pinheiro

Martins

Chagas

Pinto

MONCHIQUE

Hygia

Hygia

Hygia

Moderna

Moderna

Moderna

Moderna

OLHÃO

Pacheco

Brito

Rocha

Olhanense

Da Ria

Nobre

Pacheco

PORTIMÃO

P. Mourinha

Moderna

Carvalho

Rosa Nunes

Amparo

Arade

Rio

QUARTEIRA

Algarve

Mª Paula

Mª Paula

Mª Paula

Mª Paula

Mª Paula

Mª Paula

SÃO BART. DE MESSINES SÃO BRÁS DE ALPORTEL

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Dias Neves

São Brás

São Brás

São Brás -

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Algarve Dias Neves -

Edite

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Acordos com:

Multicare, C.G.D., Allianz Acordos com:

Medis, Multicare, C.G.D., Allianz

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São Brás

Dias Neves

João de Deus

Cruz Portugal

TAVIRA

Mª Aboim

Central

Central

Felix Franco

Sousa

Montepio

Mª Aboim

VILA REAL de STº ANTÓNIO

Carrilho

Carmo

Carmo

Carmo

Carmo

Carmo

Carmo

SILVES

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Algarve

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Cruz Portugal

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Bruno Filipe Torres Marcos Notário Cartório Notarial em Tavira

MUNICÍPIO DE TAVIRA EDITAL nº 35/2016 Jorge Manuel do Nascimento Botelho Presidente da Câmara Municipal de Tavira TORNA PÚBLICO, que em reunião ordinária de Câmara Municipal, realizada no dia 12 de julho de 2016, foram tomadas as seguintes deliberações: 1. Aprovada por unanimidade a proposta número 133/2016/CM, referente a Atribuição de apoio à Associação da Academia de Música de Tavira - Audições de dança; 2. Aprovada por unanimidade a proposta número 134/2016/CM, referente a Atribuição de apoio à Associação Rock da Baixamar - Festival Sérgio Mestre; 3. Aprovada por unanimidade a proposta número 135/2016/CM, referente a Atribuição de apoio á Associação Jardim Escola/Infantário de Tavira O Pimpão; 4. Aprovada por unanimidade a proposta número 136/2016/CM, referente ao Atribuição de apoios em espécie a associações do concelho, no âmbito dos Santos Populares de Tavira - Ano 2016; 5. Aprovada por unanimidade a proposta número 137/2016/CM, referente a Revogação parcial de apoio atribuído á Clinica do Outeiro S.A - Vila do Conde; 6. Aprovada por unanimidade a proposta número 138/2016/CM, referente a Aquisição de serviços para o fornecimento de refeições escolares ao abrigo do Acordo Quadro AQ/RC (refeições confecionadas) Lote 5 para os estabelecimentos de ensino público (1.º ciclo e pré escolar) do Município de Tavira - Aprovação de minuta de contrato; 7. Aprovada por maioria a proposta número 139/2016/CM, referente ao Concurso Público n.º 4 – Cpce/16 – Concessão de Exploração de Estabelecimentos Existentes no Parque de Campismo da Ilha de Tavira - 2.º Relatório final; 8. Aprovada por maioria a proposta número 140/2016/CM, referente a E65/09/CP - Empreitada de construção do Centro Escolar da Horta do Carmo - Conta financeira; 9. Aprovada por unanimidade a proposta número 141/2016/CM, referente a Receção definitiva das infraestruturas - Alvará n.º 3/2006 - Construtores Associados Udisac, Lda. (Horta do Carmo – Tavira). Para constar e produzir efeitos legais se publica o presente Edital e outros de igual teor que vão ser afixados nos lugares de costume. Paços do Concelho, 12 de julho de 2016 O Presidente da Câmara Municipal, Jorge Manuel Nascimento Botelho (POSTAL do ALGARVE, nº 1167, de 22 de Julho de 2016)

Extrato de Escritura de Justificação CERTIFICO, para efeitos de publicação, nos termos do artigo 100.º do Código do Notariado que, por escritura pública de Justificação outorgada em 14 de Julho de 2016, exarada a folhas 51 e seg. Livro n.º 82-A, do Cartório Notarial em Tavira, do Notário Bruno Marcos, sito na Rua da Silva, n.º 17-A, que: Maria Luís Baptista do Livramento Martins, viúva, natural da freguesia de Tavira (Santiago), concelho de Tavira, residente na Rua da Silva, n.º 8, 8800-331 Tavira; - declarou ser dona e legítima possuidora, com exclusão de outrem do prédio urbano, composto por edifício de um piso com várias divisões e quintal, destinado a habitação, com a área total de 56 m2, sito na Rua da Silva, n.º 8, na freguesia da União das Freguesias de Tavira (Santa Maria e Santiago), concelho de Tavira, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 771, que teve origem no artigo 958 da extinta freguesia de Tavira (Santa Maria), com o VPT de 18.130,00 €, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Tavira; tendo alegado: - que o mencionado prédio, com a indicada composição e área, veio à

sua posse, por doação meramente verbal, em data imprecisa do ano de 1976, e nunca reduzida a escritura pública, feita pelos seus pais Marcelino Tomé do Livramento e mulher Elisa de Jesus Baptista, já falecidos, residentes que foram na citada Rua da Silva, n.º 8, não tendo deste modo título que lhe permita fazer o registo do prédio em seu nome; - que, porém, desde aquele ano, portanto, há mais de vinte anos, de forma pública, pacífica, contínua e de boa-fé, ou seja, com o conhecimento de toda a gente, sem violência nem oposição de ninguém, reiterada e ininterruptamente, na convicção de não lesar quaisquer direitos de outrem e ainda convencida de ser a única titular do direito de propriedade sobre o referido prédio, e assim o julgando as demais pessoas, tem possuído aquele prédio – habitando-o e tendo nele a sua residência permanente desde aquele ano de 1976, tendo nele já chegado a fazer obras de manutenção, reparação e beneficiação, e pagando contribuições e impostos devidos – pelo que, tendo em consideração as referidas características de tal posse, adquiriu o referido prédio por USUCAPIÃO. Tavira e Cartório, em 14 de Julho de 2016. O Notário, Bruno Filipe Torres Marcos Conta registada sob o n.º 2/1850 (POSTAL do ALGARVE, nº 1167, de 22 de Julho de 2016)

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NOTARIADO PORTUGUÊS JOAQUIM AUGUSTO LUCAS DA SILVA NOTÁRIO em TAVIRA Certifico:

TAVIRA Rua Dr. Miguel Bombarda n.º 25 Tel. - 281 323 983 - 281 381 881

Que no dia 08-07-2016, a folhas 130, do livro de notas para escrituras diversas número 184–A, deste Cartório, foi lavrada uma escritura de JUSTIFICAÇÃO, na qual: a) MARIA DO CARMO MARTINS COSTA, NIF 123.322.065, viúva, natural da freguesia de Santo Estêvão, concelho de Tavira, residente na Aldeia dos Gatos, freguesia de Castelo, concelho de Sesimbra;

LUZ DE TAVIRA EN 125, n.º 32 – Tel. - 281 961 455 VILA REAL STO. ANTÓNIO Rua 25 de Abril n.º 32 – Tel. - 281 541 414 FUNERÁRIA PATROCÍNIO Tlm. - 968 685 719 Rua João de Deus, n.º 86 – Tel. -281 512 736 IDALÉCIO PEDRO Tlm. - 964 006 390

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b) CLARINDA MARIA MARTINS DOS SANTOS CACHÃO, NIF 146.012.178, natural da freguesia de Santiago, concelho de Tavira e marido JAIME DA SILVA CACHÃO, NIF 112.441.084, natural da freguesia de São Lourenço, concelho de Setúbal, casados sob o regime da comunhão geral de bens, residentes Rua César de Andrade, lote 11, 1.º Dto., Almoinha, Sesimbra; c) MARIA DA FÉ MARTINS DOS SANTOS CEREJEIRA, NIF 137.817.703, natural da referida freguesia de Santo Estêvão e marido DANIEL ALVES DUARTE CEREJEIRA, NIF 137.817.690, natural da freguesia de Santa Maria do Castelo, concelho de Alcácer do Sal, casados sob o regime da comunhão geral de bens, residentes na Fonte de Sesimbra, freguesia de Castelo, concelho de Sesimbra; e d) FRANCISCO JOSÉ MARTINS DOS SANTOS, NIF 123.322.545, natural da freguesia de Castelo, concelho de Sesimbra e mulher ANABELA SANTOS GRAÇA MARTINS, NIF 184.941.369, natural da freguesia do Castelo, concelho de Sesimbra, casados sob o regime da comunhão geral de bens, residentes no lugar das Pedreiras, freguesia de Castelo referida, declararam ser donos e legítimos possuidores, em comum e sem determinação de parte ou direito, de um sexto indiviso no prédio urbano, sito em Igreja, União das Freguesias de Luz de Tavira e Santo Estêvão, concelho de Tavira, inscrito na matriz sob o artigo 392 (anterior artigo 96 da extinta freguesia de Santo Estêvão); descrito na Conservatória do Registo Predial de Tavira sob o número mil seiscentos e oitenta e oito, de cinco de Maio de dois mil e cinco, da freguesia de Santo Estêvão, registada a aquisição dos restantes cinco sextos a seu favor, em comum e sem determinação de parte ou direito, pela apresentação vinte e dois, de dezanove de Janeiro de dois mil e seis. Que a outorgante da alínea a) e seu marido Daniel Pedro dos Santos, adquiriram o restante direito a um sexto, no ano de mil novecentos e setenta e nove, por compra verbal e nunca reduzida a escritura pública, feita a Joaquim do Nascimento Costa e mulher Lucinda da Conceição Martins Costa, residentes que foram em Almada, já falecidos. Que adquiriram o direito a um sexto do prédio por usucapião.

BENFICA – LISBOA

Tavira, em 08 de Julho de 2016 A funcionária por delegação de poderes; Ana Margarida Silvestre Francisco – Inscrita na O.N. sob o n.º 87/3 Conta registada sob o nº. PAO950/2016 Factura nº.0956 (POSTAL do ALGARVE, nº 1167, de 22 de Julho de 2016)

RICARDO JOSÉ FERNANDES COSTA 62 ANOS

CONCEIÇÃO - TAVIRA CONCEIÇÃO E CABANAS DE TAVIRA

AGRADECIMENTO Sua querida família cumpre o doloroso dever de agradecer reconhecidamente a todas as pessoas que assistiram ao funeral do seu ente querido, realizado no dia 29 de Junho, para o Crematório dos Olivais, bem como a todos os amigos que manifestaram o seu pesar e solidariedade. Agradecem também a todos que rezaram Missa do 7º Dia, pelo seu eterno descanso.

“Paz à sua Alma” “Serviços Fúnebres efectuados pela Agência Funerária Pedro & Viegas, Ldª” Tavira • Luz • V.R.Stº António Telm. 964 006 390 - 965 040 428

Rua Soledade 19 OLHÃO Tel. 289 713 534

JOAQUIM GREGÓRIO DOS MÁRTIRES 22-09-1923 /15-07-2016

AGRADECIMENTO

Bruno Filipe Torres Marcos Notário Cartório Notarial em Tavira

Extrato de Escritura de Justificação CERTIFICO, para efeitos de publicação, nos termos do artigo 100.º do Código do Notariado que, por escritura pública de Justificação outorgada em 1 de Julho de 2016, exarada a folhas 114 e seguintes Livro n.º 81-A, do Cartório Notarial em Tavira, do Notário Bruno Torres Marcos, sito na Rua da Silva, n.º 17-A, que: Constança do Rosário da Luz Brás, e marido Rui Canelas Brás, ela natural da freguesia e concelho de Almodôvar, e ele da freguesia de Faro (São Pedro), concelho de Faro, residentes na Estrada da Palmeira, caixa postal 895-G, em Palmeira, 8800-116 Luz de Tavira; - declararam ser donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, de uma área de terreno com a área de cinquenta metros quadrados que integra o logradouro ou quintal do seu prédio urbano composto por moradia térrea com logradouro, com a área de implantação de 91,865 m2 e área descoberta de 150,135 m2, a confrontar do Norte com José Agostinho Romeira, do Sul com Travessa da Fonte Santa, do Nascente com Luciano Martins da Conceição Ventura e do Poente com estrada da Palmeira, sito na Estrada da Palmeira, em Luz de Tavira, na freguesia da União das Freguesias de Luz de Tavira e Santo Estêvão, concelho de Tavira, inscrito na matriz predial urbana da citada freguesia sob o artigo 1445, com proveniência no artigo 1526 da extinta freguesia da Luz, a qual já contempla aquela área descoberta de cinquenta metros quadrados, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Tavira; - tendo alegado para o efeito que adquiriram a referida parcela de terreno por compra meramente verbal e nunca reduzida a escritura pública, feita a José do Nascimento Evangelista e Maria dos Mártires Evangelista, no ano de 1969, em data que não sabem precisar, para aumento de logradouro daquele seu prédio urbano, que à data tinha apenas a área total de 192 m2, a mesma do lote de terreno, destinado a construção urbana, que haviam adquirido também àqueles José do Nascimento Evangelista e Maria dos Mártires Evangelista, mas por escritura de compra e venda celebrada em 23 de Agosto de 1966, no Cartório Notarial de Tavira, lavrada de folhas oitenta e quatro verso a folhas oitenta e seis do Livro B – Vinte e sete, e sobre a qual edificaram a referida moradia; razão pela qual não têm título suficiente da aquisição da referida área de cinquenta metros quadrados – igual à diferença de área entre a matriz e o mencionado título – estando, por isso, impossibilitados de comprovar a referida aquisição pelos meios extrajudiciais e de efetuar o registo do mesmo a seu favor. - Que tanto a parcela de terreno com a área de 50 m2 quadrados, que ora se justifica, como aqueloutra de 192 m2, foram destacadas do prédio rústico denominado por Fonte Santa, sito em Palmeira, Luz de Tavira, actualmente na freguesia da União das Freguesias de Luz de Tavira e Santo Estêvão, concelho de Tavira, descrito na Conservatória do Registo Predial de Tavira sob o número dois mil oitocentos e sete, ainda da freguesia da Luz. - Que desde aquele ano de mil novecentos e sessenta e nove, portanto, há mais de vinte anos, eles justificantes, possuem o dito prédio urbano com aquela área descoberta de quintal ou logradouro de cento e cinquenta vírgula cento e trinta e cinco metros quadrados, incluindo, obviamente aquela parte de cinquenta metros quadrados que ora justificam, mantendo desde sempre aquele seu prédio urbano a mesma área, devidamente delimitado e murado, em nome próprio e sem oposição de ninguém, reiterada e ininterruptamente, na convicção de não lesarem quaisquer direitos de outrem, e ainda convencidos de serem titulares do respectivo direito de propriedade e assim o julgando as demais pessoas, pelo que tendo em consideração as referidas características de tal posse, adquiriram a diferença de área do indicado quintal ou logradouro (de cinquenta metros quadrados), por USUCAPIÃO, o que invocam. - Que atribuem a esta área de logradouro o valor de quinhentos euros.

Os seus familiares vêm por este meio agradecer a todos quantos se dignaram acompanhar o seu ente querido à sua última morada ou que, de qualquer forma, lhes manifestaram o seu pesar. Agência Funerária Santos & Bárbara, Lda.

Tavira e Cartório, em 1 de Julho de 2016. O Notário, Bruno Filipe Torres Marcos Conta registada sob o n.º 2/1730 (POSTAL do ALGARVE, nº 1167, de 22 de Julho de 2016)

AGÊNCIA FUNERÁRIA

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22 de Julho de 2016  |  23

> > SOLUÇÃO da edição passada

> > ASSINALE A FRASE CORRETA

A – A foto-reportagem vencedora foi a de Mário Cruz. B – A foto reportagem vencedora foi a de Mário Cruz. C – A fotorreportagem vencedora foi a de Mário Cruz. D – A foto reportagem vensedora foi a de Mário Cruz.

A – O Tiago comprou um auto-rádio excelente para o seu carro. ;; B – O Tiago comprou um autorrádio excelente para o carro. C – O Tiago comprou um autorrádio escelente para o carro. D – O Tiago comprou um autorrádio excelinte para o carro.

Sobe & desce

Esta é uma iniciativa das Bibliotecas Paula Nogueira do Agrupamento de Escolas Professor Paula Nogueira (Olhão) em parceria com a Casa da Juventude de Olhão e o POSTAL, que semanalmente divulga os problemas e as soluções deste jogo. VáriasescolasdoAlgarve jáaderiramàiniciativa:AEProfessorPaulaNogueira(Olhão)/AEdaSé(Faro)/AED.AfonsoIII(Faro)/AEDr.AlbertoIria(Olhão)/ColégioBernardetteRomeira(Olhão)/AEDr.JoãoLúcio(Fuseta)/AEdeEstoi(Faro)/AEJoaquimMagalhães(Faro)/AEdoMontenegro(Faro)/AEdeCastroMarim (Vila Real de St. António) / AE Professora Diamantina Negrão / (Albufeira) / Agrupamento de Escolas José Belchior Viegas (Mega Agrupamento de São Brás de Alportel) / Escola Secundária João de Deus (Faro) / Agrupamento de Escolas D. Paio Peres Correia (Tavira) / Casa da Juventude (Olhão) / Postal do Algarve. Convidamos todas as escolas e bibliotecas, interessadas em aderir ao Jogo da Língua Portuguesa e receber os materiais para o mesmo, a contactar: biblioteca.epnogueira@gmail.com ou jornalpostal@gmail.com.

Feira da Serra

Desconto de tostões

Pujante, única e imperdível está de volta a Feira da Serra de São Brás de Alportel. Aquela que sempre inova escolheu este ano como tema central a inovação e promete ser uma rota obrigatória de 29 a 31 de Julho (Ler pág. 2).

Uma vergonha de cêntimos é o que baixam as portagens na Via do Infante. É caso para se dizer a montanha pariu um rato. A vergonha não cai sobre quem decidiu as portagens, as implantou e quem as prometeu reduzir até 50% (Ler pág. 20).

E-mail da redacção:

A ameaça de um futuro sem emprego

jornalpostal@gmail.com

ficha técnica

Sede: Rua Dr. Silvestre Falcão, n.º 13 C - 8800-412 Tavira - Algarve Tel: 281 320 900 | Fax: 281 023 031 E-mail: jornalpostal@gmail.com On-line: www.postal.pt Director: Henrique Dias (CP 3259). Editor: Ricardo Claro (CP 9238). Redacção: Cristina Mendonça (CP 3258), Humberto Ricardo (CP 388), Ivo Neves e Mónica Monteiro (estagiários). Design: Profissional Gráfica. Colaboradores fotográficos: José A. N. Encarnação “MIRA” Colaboradores: Beja Santos (defesa do consumidor), Nelson Pires (CO76). Departamento Comercial, Publicidade e Assinaturas: Anabela Gonçalves, José Francisco. Propriedade do título: Henrique Manuel Dias Freire ( mais de 5% do capital social) Edição: Postal do Algarve Publicações e Editores, Lda. Contribuinte nº 502 597 917. Depósito Legal: nº 20779/88. Registo do Título (dgcs): ERC nº 111 613. Impressão: Naveprinter Distribuição: Banca - Logista, à sexta-feira com o Público/VASP - Sociedade de Transportes e Distribuição, Lda e CTT. Estatuto editorial: disponível em http://www.postal.pt/quem-somos/ Membro: APCT - Associação Portuguesa para o Controlo de Tiragem e Circulação; API - Associação Portuguesa de Imprensa.

Tiragem desta edição:

8.186 exemplares

opinião

Beja Santos

Assessor do Instituto de Defesa do Consumidor e consultor do POSTAL

Desconheço inteiramente a importância que os cientistas sociais, os economistas e os políticos conferem ao livro “Robôs, A ameaça de um futuro sem emprego”, por Martin Ford, Bertrand Editora, 2016. É um olhar desassombrado sobre o nosso tempo, as inovações à nossa volta e as que emergem. Civilização tem absoluta afini-

dade com disrupção. Foi assim com a mecanização da agricultura, foi assim com a automatização e a globalização, está a ser assim com a tecnologia digital no sector dos serviços. Até ao passado recente havia desemprego de curto prazo, era o preço da transição, depois surgia novos empregos e novas oportunidades, e com uma curiosidade: os novos empregos eram frequentemente melhores do que os anteriores. A sociedade de consumo é o esplendor de bons salários, de muitíssimos novos bens de consumo e serviço, de um pleno emprego, de mais saúde e mais educação. Martin Ford fala quase sempre dos EUA, é o seu estudo de caso. É um país grandioso que cria pouquíssimos postos de traba-

d.r.

lho, em que acelera a desigualdade na distribuição da riqueza (a quota-parte do rendimento bruto destinado ao trabalho, por oposição ao capital, caiu abruptamente e parece estar em contínua queda livre). Mas os EUA são um farol para perceber a alteração fundamental na relação entre trabalhadores e máquinas. Há poucas dúvidas de que a automatização é uma

ameaça declarada para os trabalhadores com pouca formação académica. Mas na esfera da alta qualificação também se irão registar baixas tremendas. O autor fala nos radiologistas, médicos especialistas na interpretação da imagiologia médica, recordando que os computadores estão rapidamente a tornar-se mais eficazes na análise das imagens – pode muito bem acontecer que

a radiologia virá a ser exclusivamente assegurada por máquinas. A tecnologia de automatização perturba praticamente todos os sectores do emprego. Este livro formula algumas das questões mais prementes do nosso tempo: quais são os empregos do futuro? A inteligência artificial será devastadora no universo dos “bons empregos”, tornando-os obsoletos, na medida em que jornalistas, funcionários judiciais, empregados de escritório e até programadores informáticos irão sendo substituídos por robôs e por software inteligente? De uma forma viva e eminentemente didáctica, o autor desvela o estado actual da automatização e as ameaças que pela robótica tocam todas as actividades produtivas.

Virar à direita (não, não estou a falar de política)

Ana Amorim Dias - Escritora

www.anaamorimdias.blogspot.com anamorimdias@gmail.com

- Ricardo… - a minha voz soou como a das sereias, imagino - emprestas-me a rebarbadora, amor? O Tomás começou logo a rir. - A rebarbadora?!? Para quê? Olha que aquilo é muito

perigoso para ti! Momentos antes tinha entrado na nacional 125 com o meu filho mais velho ao meu lado. Quem conhece o perigosíssimo local (o cruzamento central de Altura - para norte, o Barrocal e para sul, a rua da Igreja), há-de reconhecer que, na impossibilidade de haver ali uma rotunda (seria o ideal), pelo menos quem vem de norte para entrar na estrada nacional devia ser obrigado a virar à direita pois existe uma rotunda pouco depois. Além do mais, tentar ir em frente ou virar à esquerda, nestes meses de verão, é estar mesmo a pe-

dir para levar com um carro em cima. - Aqui vira sempre à direita e vai à rotunda, está bem, filhote? - Já me disseste isso o ano passado, mãe. E é o que faço quase sempre. - Que raios, mas porque é que ninguém põe aqui um sentido obrigatório para a direita? Terei que ser eu a fazê-lo uma noite destas? Pus aquele olhar que o meu filho tão bem conhece… - Mãe, por favor, diz-me que não eras capaz… Isso até deve dar prisão! Fitei-o de novo, muito séria,

e ele percebeu logo. - Filho, por ti eu mudaria sinais de trânsito, não duvides. Além do mais sempre achei que uma noite na choldra deve originar crónicas fantásticas… Só preciso de uma rebarbadora e de um sinal de sentido obrigatório para a direita que não faça falta… Calma. Não estou a dizer que o vá fazer. Antes, prefiro que quem de direito resolva estes pontos de manifesta perigosidade. No entanto isto leva-me a pensar que, infelizmente, as pessoas não pensam e nem cuidam da sua segurança: se é permitido fazer,

fazem, como bons cordeiros irracionais. Se se pode virar para qualquer lado, vira-se, independentemente de se criarem filas e situações de extremo perigo. Além de lamentar o mau estado das estradas e a sua lastimável e, por vezes, perigosa sinalização, acho que ainda lamento mais que haja tanta gente que se demite de usar essa faculdade maravilhosa (e que potencia a sobrevivência) que é pensar. A todos os “vizinhos” que me lerem, por favor, partilhem e, pelo menos durante os próximos dois meses, optem por se proteger e virem à direita.


O POSTAL

regressa no dia 5 de Agosto Tiragem desta edição:

8.186 exemplares

última Feira do Livro está de volta a Faro Certame deste ano destaca o festival ‘Fronteiras Perdidas’ d.r.

O JARDIM MANUEL BÍVAR volta

a acolher, a partir desta sexta-feira (22 de Julho) e até ao dia 7 de Agosto, a 40º edição da Feira do Livro de Faro com inúmeras propostas para os amantes da leitura. O evento conta, uma vez mais, com a organização da câmara local e terá como destaques a presença das escritoras Inês Pedrosa e Lídia Jorge, a mais recente medalhada de honra do município de Loulé, que nos dias 23 de Julho e 6 de Agosto, respectivamente, estarão disponíveis para autografar as suas mais recentes obras, “Desnorte” e O Amor em Lobito Bay”. Com um vasto programa de animação esta edição da feira conta ainda com apresentações de livros e a presença de

ÔÔ Feira conta com um vasto programa de animação

autores, sempre às 22 horas, bem como de um conjunto de concertos. No dia 28 de Julho, quinta-feira, Fernando Esteves Pinto apresenta três livros dos autores Adão Contreiras com o livro “Mostruário de Títulos para Poemas”, Adília César com a obra “O que se Ergue

do Fogo” e ainda as “Escaras” de Vítor Gil Cardeira. Esta edição está recheada de música para acompanhar as leituras. No dia de abertura há Terraxama, pelas 23.30 horas. No dia 27 de Julho a noite é de Fado, com Luís Manhita pelas 22 horas, continuando na mesma linha no dia 31, com Fad’Nu, à mesma hora. Nanook, The Miranda’s, Miguel Martins Samadhi e Amar Guitarra, são os restantes nomes convidados. Na 40º edição da Feira do Livro de Faro o destaque vai para o festival “Fronteiras Perdidas”, um festival de oralidades, com narradores de histórias e cantadores de palavras musicadas oriundos de Portugal, Espanha e Marrocos, nos dias 22 e 23 de Julho, pelas 21.30 horas. pub


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