POSTAL 1191 - 15 SET 2017

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postaldoalgarve

NESTA EDIÇÃO COM O CADERNO CULTURA.SUL

Director Henrique Dias Freire • Ano XXX • Edição 1191 • Quinzenário à sexta-feira • 15 de Setembro de 2017 • Preço € 1,50 ÀS SEXTAS EM CONJUNTO COM O PÚBLICO POR €1,70

DESTAQUE 2 ROTA DE TAPAS ESTRELLA DAMM PÕE FARO A PETISCAR 4 ACADEMIA DE BILHAR DE TAVIRA JÁ É UMA REFERÊNCIA REGIONAL 5 CLASSIFICADOS 6 ESCOLHA QUEM QUER VER GANHAR OS GALARDÕES ALGARVE - PRÉMIOS EXCELÊNCIA 8 CEMITÉRIO PARA ANIMAIS EM LAGOS É PIONEIRO NO ALGARVE 10

ESPECIAL AUTÁRQUICAS

Autárquicas decidem-se a 1 de Outubro

> O POSTAL arranca esta semana com a cobertura noticiosa das autárquicas

de 1 de Outubro. Neste especial analisamos as duas cidades mais importantes da região a sotavento e barlavento, Faro e Portimão. Siga tudo sobre as eleições no POSTAL on-line em www.postal.pt ps. 11 a 18 d.r.

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Centro comercial:

Mar Shopping abre portas a 27 de Setembro > 19

L CIA I F PA O A A M OT OR R DA NTERI I NO

Faro:

Rota de Tapas Estrella Damm regressa em grande

d.r.

LAGOS

Cemitério de animais já é uma realidade

> p. 4

ALGARVE - PRÉMIOS EXCELÊNCIA

Escolha quem ALGARVE quer ver nomeado para PRÉMIOS > 10

os prémios

d.r.

EXCELÊNCIA

NESTA EDIÇÃO: LEIA O CADERNO DE ALCOUTIM

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Trabalho temporário • Recrutamento e selecção • Outsourcing


2  |  15 de Setembro de 2017

destaque

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Cátia Marcelino / Henrique Dias Freire

Fotos: Cátia Marcelino / D.R.

Algarve é a região do país mais procurada pelos autocaravanistas Em 2016 o Algarve registou mais de 40% do número de dormidas de autocaravanas em parques de campismo e de caravanismo no território nacional O ALGARVE É A REGIÃO DO PAÍS MAIS PROCURADA PELOS AUTOCARAVANISTAS E O POTENCIAL DESTE “TURISMO ITINERANTE” AUMENTA DE ANO PARA ANO na região, que

somou um total de 712.859 dormidas de autocaravanistas em 2016. Até Abril do ano corrente, as 26 áreas acompanhadas pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve (CCDR Algarve) somam já um total de 322.585 dormidas e Março foi, até agora, o mês que

registou um maior pico, com 90.810 dormidas de autocaravanistas no Algarve. De acordo com os dados mais recentes da CCDR Algarve, a região regista mais de 40% do número de dormidas no país, somando somente os dados dos parques de campismo e caravanismo que integram a Rede de Acolhimento ao Autocaravanismo na Região do Algarve (RAARA), um projecto que envolve quatro entidades: a CCDR Algarve, a Comuni-

dade Intermunicipal do Algarve (AMAL), a Região de Turismo do Algarve (RTA) e a Associação Turismo do Algarve (ATA). Para Desidério Silva, presidente da RTA, “o autocaravanismo é claramente um potencial na região algarvia que pode contribuir para o desenvolvimento e crescimento do Algarve, principalmente se for desenvolvido nas zonas mais interiores, potenciando também o crescimento da economia dessas zonas e dos pequenos comerciantes que aí se encontram”.

REDE DE ACOLHIMENTO QUER CRESCER NA REGIÃO E EM ESPECIAL NO INTERIOR Actualmente,

a RAARA é composta por 26 espaços divididos entre parques de campismo e caravanismo, parques de campismo e caravanismo rurais e áreas de serviço para autocaravanas. Alexandre Domingues, um dos responsáveis da CCDR pela RAARA, disse ao POSTAL que um dos objectivos passa por “expandir a rede para o interior da região, criando uma rota que depois também se irá ligar ao Alentejo”. Mas o Algarve continua a não estar preparado para receber este tipo de turismo e a CCDR Algarve não tem dúvidas em afirmar que “é preciso diversificar ainda mais a oferta na região, sendo para isso necessário criar mais espaços para acolher os autocaravanistas. Já existem alguns parques de campismo e caravanismo com excelentes condições, como o Camping Turiscampo (em Lagos) ou o Parque de Campismo Ria Formosa (em Tavira), mas ainda há muitos que estão mal adaptados e precisam de tornar-se mais atraentes para os

turistas”, afirma José Brito, também responsável da CCDR pelo projecto. Ao POSTAL, o funcionário mais antigo do Parque de Campismo da Ria Formosa, garantiu que a RAARA trouxe imensas vantagens ao parque que este ano esteve esgotado no Verão, de 22 de Julho a 2 de Agosto, e já esgotou também as reservas para os meses de Janeiro, Fevereiro e Março. “A procura tem subido de ano para ano e estamos sempre com uma média de 80% de ocupação”. Para os lados do Barlavento o entusiasmo está mais contido e no Parque de Campismo TurisCampo, em Lagos, consideram que “os resultados vão notar-se mas a longo prazo. A RAARA é importante para diminuir o autocaravanismo clandestino e com a criação da rede sentimo-nos mais apoiados”.

POTENCIAL ECONÓMICO PODE FAZER TODA A DIFERENÇA NO COMBATE À SAZONALIDADE Apesar da monotorização feita pela CCDR, o estudo mais recente que existe data de Julho de 2008, “Caracterização do Autocaravanismo na Região do Algarve e Proposta para Definição de uma Estratégia de Acolhimento”, onde se estimava que as receitas dos parques geradas exclusivamente pelos autocaravanistas atingiam 1 milhão e 88 mil euros. No mesmo estudo foi possível apurar que a despesa média diária efectuada pelos autocaravanistas varia entre os 34,6 e os 46,7 euros e, tendo em conta que permanecem na região durante uma média de cinco/seis dias, deixam no Algarve entre 207.6 e 280.2 euros por estadia. E a CCDR garante

que “isto são dados gerais e há muitos autocaravanistas que permanecem no Algarve durante vários meses”. É um turismo que contribui para a diminuição da sazonalidade da época baixa no Algarve, começando a subir a partir do mês de Novembro e tendo o seu ponto alto entre Janeiro e Março. No Inverno, a maioria dos turistas tem em média idades iguais ou superiores a 65 anos e no Verão verifica-se um aumento de turistas mais jovens e de famílias que procuram essencialmente a praia como destino de férias.

AUTOCARAVANISTAS CONTRIBUEM DE FORMA GRATUITA PARA A PROMOÇÃO DA REGIÃO Os autocaravanistas interagem com os habitantes locais e integram a comunidade onde estão inseridos, utilizando, por exemplo, os equipamentos que estão disponíveis na sociedade, sendo que muitos deles estariam sem utilização. “Se as condições forem boas, os autocaravanistas acabam por regressar à região e trazem consigo a família ou alguns amigos”. Através de vídeos, fotografias ou impressões trocadas, estes turistas promovem os locais que visitam e trazem mais gente à região, “alguns até organizam uma espécie de excursões e vêm todos juntos com várias caravanas”. O presidente da RTA considera que este é um contributo importante para a promoção da região. “As redes sociais e o boca-a-boca acabam por promover o Algarve e isso pode ser muito positivo para a região, mas para que assim seja é necessária uma maior fiscalização e regulação por parte das autarquias e das autoridades competentes”.


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Turismo: A importância do autocaravanismo e a aposta regional no segmento

Rede de autocaravanismo do Algarve é única no país RAARA é a única rede do género existente no país mas para organizar o autocaravanismo no Algarve é preciso dotar a região de capacidade de resposta O AUTOCARAVANISMO É UM TIPO DE TURISMO QUE EXISTE DURANTE TODO O ANO NO ALGARVE, principalmente na

época baixa, e o problema maior é a falta de resposta da região relativamente às áreas de acolhimento. Até ao momento, a RAARA é a única rede do género que existe no país e isso “é ainda muito insuficiente”, refere um dos responsáveis. José Pires, presidente da Federação Portuguesa de Autocaravanismo (FPA), considera que o “Algarve é ainda uma região bastante sensível relativamente ao autocaravanismo” e acredita que a solução passa pela “criação

O autocaravanismo em números no Algarve: ÔÔ 712.859 dormidas na região em 2016; ÔÔ 90.810 dormidas na região até Março deste ano;

CASO REAL

Família espanhola passa férias na Manta Rota e promete regressar

ÔÔ Turista espanhol mostrou-se satisfeito com condições do parque da Manta Rota de mais espaços dedicados a este tipo de turismo, já que as pessoas tendem a ir para os locais onde se sentem mais confortáveis”. Da mesma opinião partilham os responsáveis da RAARA, que verificam que “sempre que há uma área de serviço, cerca de 80% dos

autocaravanistas vão para lá em vez de irem para os locais clandestinos”. O problema é que é bastante difícil conseguir a aprovação da construção das áreas de serviço, “um espaço extremamente simples que necessita apenas de um terreno em terra batida que assegure os serviços

ÔÔ Algarve representa mais de 40% do número de dormidas do segmento no país; ÔÔ 26 áreas fazem parte da rede regional de acolhimento; ÔÔ 5 a 6 dias é a estadia média no Algarve; ÔÔ Jovens e famílias são a maioria dos autocaravanistas no Verão, enquanto na época baixa a faixa etária sobe para idade igual ou superior a 65 anos. ÔÔ FPA considera o Algarve uma ‘região sensível’

mínimos”, como água, luz e o despejo que pode ter um grande impacto ambiental se for escoado indevidamente.

SILVES É UM EXEMPLO A SEGUIR PELOS MUNICÍPIOS DA REGIÃO Em Junho deste ano, o concelho de Silves tornou-se no primeiro município do Algarve com um regulamento municipal que contempla o autocaravanismo. “A diferença é notória”, refere José Brito, “as autocaravanas estão organizadas e isso é um aspecto muito positivo tanto a nível ambiental como de ordenamento do território, segurança e ordem pública”. Rosa Palma, presidente da Câmara de Silves, disse ao POSTAL que o município decidiu regulamentar o autocaravanismo “porque o concelho é muito procurado para este tipo de turismo, não só para o autocaravanismo como também para o campismo e o caravanismo”. A CCDR reconhece a iniciativa da Câmara de Silves

Um turista estacionado no parque de estacionamento da Praia da Manta Rota disse ao POSTAL estar muito satisfeito com as condições do local, apesar de não se encontrar numa zona oficialmente criada para o autocaravanismo. “Até agora não tive qualquer problema aqui. Estive aqui neste sítio há alguns anos atrás e agora decidi voltar com a minha esposa. Aqui estamos bem instalados, a praia é muito boa, o local é muito limpo, as pessoas recebem-nos bem e estamos a gostar muito da zona. Temos as condições mínimas e quando é necessário despejar os resíduos vou a um sítio apropriado e faço a limpeza”. Esta família espanhola promete voltar mais vezes ao Algarve e à Manta Rota. “já fazemos autocaravanismo há cerca de dez anos e com certeza que vamos voltar. Vivemos em Sevilha e começamos sempre a nossa volta por Lisboa. A partir daí vamos descendo o país, parando em vários locais, e agora vamos de certeza voltar aqui porque gostámos muito desta zona.

e pretende que este regulamento sirva de protótipo a outros municípios da região. Rosa Palma garante que se sente “uma grande diferença. As autocaravanas estão muito mais organizadas, há uma maior segurança na zona onde estão a pernoitar e é

uma grande vantagem para a economia local porque os autocaravanistas compram tudo nas lojas do concelho e usufruem dos espaços que aqui temos”. No concelho de Tavira existem actualmente dois parques para autocaravanismo, um na PSP e outro junto ao Centro de Saúde e, segundo Jorge Botelho, presidente da Câmara de Tavira, “estão previstos novos espaços em Cachopo e Santa Catarina da Fonte do Bispo”. Para os próximos quatro anos, o objectivo da autarquia relativamente a este tipo de turismo passa por “ordenar o autocaravanismo no concelho e eventualmente regulamentar a modalidade”.

NÃO HÁ NENHUMA LEI ESPECÍFICA PARA O AUTOCARAVANISMO Agnès Isern, vice-presidente da Associação dos Parques de Campismo do Alentejo e do Algarve, disse ao POSTAL ainda não ter nenhuma resposta relativamente à proposta de uma nova lei para o sector, apresentada pelos empresários dos parques de campismo à Secretaria de Estado do Turismo, em Abril deste ano. “Saiu entretanto um decreto-lei que faz algumas referências à modalidade mas ainda não há nada específico para o autocaravanismo. Para desenvolvermos os nossos negócios precisamos de ter condições para o fazer e neste momento não temos nenhuma lei que nos ajude realmente”. Sobre a RAARA, Agnès Isern refere que a diferença já se começa a notar, “começa a haver fiscalização e agora temos mais contactos com as autoridades”.


4  15 de Setembro de 2017

região Rota de Tapas Estrella Damm regressa a Faro com os melhores petiscos Experiência gastronómica pode ser vivida de 21 de Setembro a 8 de Outubro na capital algarvia

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os galardões Algarve - Prémios Excelência pág. 8

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MUNICÍPIO DE FARO EDITAL Nº 105/2017 PUBLICITAÇÃO DAS DELIBERAÇÕES DA CÂMARA MUNICIPAL COM EFICÁCIA EXTERNA Rogério Conceição Bacalhau Coelho, Presidente da Câmara Municipal de Faro, TORNA PÚBLICO, nos termos do n.º 1 do artigo 56.º da Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro, que na reunião de Câmara realizada no dia 4 de setembro de 2017, foram tomadas as seguintes deliberações com eficácia externa: - Proposta nº 693/2017/CM – Protocolo de colaboração com a Sociedade Columbófila de Faro para realização do evento “Derby Internacional de Faro 2017”: Deliberado aprovar a realização de um protocolo de colaboração a celebrar entre o Município de Faro e a Sociedade Columbófila de Faro, ao abrigo do quadro legal em vigor, para atribuição de um subsídio no valor de 2.500,00€ (dois mil e quinhentos euros), para a organização do Derby Internacional de Faro 2017. - Proposta nº 694/2017/CM – Atribuição de apoio financeiro pontual à Associação New loops - Nutrients, Energy and Water Loops: Deliberado aprovar a proposta de atribuição de um apoio pontual à Associação New loops - Nutrients, Energy and Water Loops, no valor de €1.500,00 (mil e quinhentos euros), ao abrigo do quadro legal em vigor, no âmbito do apoio a atividades de educação ambiental, dinamizadas através de um vasto programa de “oficinas ambientais” a realizar no concelho de Faro; - Proposta nº 697/2017/CM – Atribuição de apoio financeiro ao Associativismo Desportivo do Concelho de Faro – Verbas de Capital: Deliberado ao abrigo do quadro legal em vigor e do Regulamento de Apoio ao Associativismo de Faro, aprovar a realização de Contratos Programa para a de atribuição dos apoios financeiros ao Associativismo Desportivo, nas despesas de capital, no montante de €111.297,78 (cento e onze mil, duzentos e noventa e sete euros e setenta e oito cêntimos), de acordo com o seguinte quadro: Total – Capital

ÔÔ Número de restaurantes aumentou para 23 na 10ª edição do evento Cátia Marcelino / Henrique Dias Freire

catiam.postal@gmail.com

A ROTA DE TAPAS Estrella Damm está de volta a Faro com os melhores petiscos que prometem fazer as delícias dos amantes da gastronomia, do convívio e da cerveja. De 21 de Setembro a 8 de Outubro, a capital algarvia prepara-se para receber esta experiência gastronómica de fazer crescer água na boca. O formato mantém-se depois do sucesso estrondoso da primeira edição e por três euros é possível experimentar uma tapa, sempre acompanhada de uma fresca cerveja Estrella Damm, disponíveis nos restaurantes aderentes que aumentaram de 18 para 23 nesta 2ª edição da rota em Faro, a 10ª em Portugal. Vanessa Germano, Brand Manager da Estrella Damm, revela que a decisão de voltar a Faro já estava tomada depois do sucesso alcançado em Maio e da “forma como fomos recebidos pelas gentes de Faro. A excelente adesão dos restaurantes, com tapas de qualidade, serviço apurado e atenção ao detalhe atraiu os algarvios e os turistas, que circularam nas ruas de mapa na

mão a descobrirem, não só os restaurantes e a sua oferta gastronómica, mas também o nosso património histórico e os recantos desta bela cidade que tem história a cada esquina”.

23 RESTAURANTES ALGARVIOS PREPARAM AS MELHORES TAPAS COM OS PRODUTOS DA REGIÃO Os melhores sabores da

gastronomia local aliam-se à frescura das cervejas Estrella Damm e formam o prato perfeito para residentes e turistas da região algarvia saborearem. “É um motivo de orgulho vermos as origens e ingredientes algarvios tomarem forma num prato que se serve com emoção e muito convívio”, refere Vanessa Germano. As diversas iguarias dividem-se pelos 23 restaurantes algarvios participantes: 3Points Sports Pub, Aperitivo, Boheme, Chelsea Pizza & Pasta, Cinderela Farense, Columbus cocktail & wine bar, Costa Algarvia, Faz Gostos, Innocent bar & restaurant, Mezzanine Bar & Vinoteca, O11ZE Tapas, O Castelo, Pé de Copos, Portas de São Pedro, Restaurante Académico, Restaurante Chelsea,

Adversários do Mar - Ass. Cultural e Recreativa

3 051,23 €

Altimetria Associação Desportiva

4 000,00 €

Saudade em Português, Sushi Ya Fusion, Taberna Zézé, Taska Algarvia, Tertulia Algarvia, Travessa e Vila Adentro.

Asssociação Recreativa e Cultural do Rio Seco

4 348,01 €

Associação Clube BCF

2 520,00 €

PODE GANHAR UMA VIAGEM A BARCELONA COM A ESTRELLA DAMM Além de poder sabore-

Casa do Benfica de Faro

ar todos os petiscos desta rota absolutamente imperdível, a Rota de Tapas Estrella Damm dá-lhe ainda a oportunidade de ganhar uma viagem a Barcelona, com jantar incluído, para duas pessoas. Só precisa de tirar a melhor fotografia original e criativa da Rota de Tapas Estrella Damm, e partilhá-la nas redes sociais com a hashtag #ROTADETAPAS. Deixe o mapa na tômbola de um dos restaurantes e se a sua foto for uma das dez mais votadas da galeria pode ir passear a Barcelona com a Estrella Damm. “A Estrella Damm quer aumentar este sentimento de descoberta, mas também de partilha e descontracção com todos os que possam vir à cidade de Faro, entre dia 21 de Setembro e 8 de Outubro, para conhecer os 23 restaurantes seleccionados”, sublinha Vanessa Germano.

4 000,00 €

Associação Desportiva do Centro de Ténis

10 000,00 €

Associação Farense 1910 Associação Portuguesa de Kempo Associação UrbanExpression

5 400,00 € 668,50 2 950,50 € 10 000,00 €

Casa do Povo de Estoi Clube Educativo e Desportivo de Faro

2 000,00 €

Clube de Futebol "Os Bonjoanenses"

6 000,00 €

Clube de Rugby da Ualg

1 000,00 € 2 000,00 €

Clube de Surf de Faro

10,000,00€

Clube Desportivo do Montenegro Clube União Culatrense

6,677,04 €

Futebol Clube S. Luís

5 127,19 €

Gimnofaro Ginásio Clube

2 000,00 €

Ginásio Clube Naval

5 697,40 €

Judo Clube do Algarve

8 000,00 € 687,33

Karaté Clube de Faro

Moto Clube de Faro

2 326,12 €

Moto Malta de Faro

6 000,00 €

Núcleo Sportinguista de Faro

1 300,00 €

São Pedro - Futsal Clube de Faro

1 578,25 €

Sport Faro e Benfica

1 169,45 €

Temívels da Atalaia

1 950,00 € 1 250,00 €

União dos Amigos da Pesca

111,701,01 €

Totais

- Proposta n.º 719/2017/CM – Designação do Bairro Social da Av. Cidade Hayward: Deliberado atribuir a designação “Bairro Presidente João Negrão Belo” à urbanização sita na Av. Cidade Hayward, composta pelos blocos de habitação social municipal em cerimónia a agendar para o momento da inauguração das instalações requalificadas. O conteúdo integral das deliberações supra identificadas constará na respetiva ata. Para constar e legais efeitos se publica o presente edital e outros de igual teor, os quais vão ser afixados nos locais públicos do costume. Paços do Município, 6 de setembro de 2017 O Presidente da Câmara Municipal, Rogério Bacalhau Coelho (POSTAL do ALGARVE, nº 1191, de 15 de Setembro de 2017)


15 de Setembro de 2017  |  5

região

Cemitério para animais em Lagos é projecto pioneiro no Algarve pág. 10

Academia de Bilhar de Tavira já é uma referência regional na modalidade

OPINIÃO De corpo inteiro

Equipas da formação somam vitórias em vários torneios regionais e nacionais cátia marcelino

Cátia Marcelino / Henrique Dias Freire

catiam.postal@gmail.com

COM POUCO MAIS DE UM ANO DE EXISTÊNCIA, A ACADEMIA DE BILHAR DE TAVIRA é já uma

referência na região. As várias equipas da formação, constituídas por um total de 26 jogadores, somam várias vitórias em torneios de nível regional e nacional. José Ribeiro está satisfeito com o espaço que criou e faz um balanço positivo deste projecto. Organizou oito torneios, recebeu a fase final do Torneio do Sindicato dos Bancários da Zona Sul e Ilhas, e vai ainda realizar um encontro de jogadores da Caixa Agrícola, de 28 a 30 de Setembro. Mas José Ribeiro, responsável pela academia, não se dá

ÔÔ José Ribeiro revela que os jogos de bilhar vão começar a ser transmitidos por youtube pub

MUNICÍPIO DE TAVIRA EDITAL Nº 43/2017 Jorge Manuel do Nascimento Botelho Presidente da Câmara Municipal de Tavira TORNA PÚBLICO, que em reunião ordinária de Câmara Municipal, realizada no dia 22 de agosto de 2017, foram tomadas as seguintes deliberações: 1. Aprovada por maioria a proposta número 139/2017/CM, referente à 12.ª Alteração ao Orçamento e às Grandes Opções do Plano/2017; 2. Aprovada por unanimidade a proposta número 140/2017/CM, referente a Atribuição de Bolsas de Estudo a alunos Universitários do Município de Tavira; 3. Aprovada por unanimidade a proposta número 141/2017/CM, referente ao Protocolo no âmbito da constituição do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais – DECIF 2017 Algarve; 4. Aprovada por unanimidade a proposta número 142/2017/CM, referente a Atribuição de apoio à Fábrica da Igreja Paroquial da Freguesia de Cachopo – Festa em Honra de Santo Estêvão; 5. Aprovada por unanimidade a proposta número 143/2017/CM, referente à Dissolução da Anas – Associação de Municípios do Algarve e de Huelva; 6. Aprovada por unanimidade a proposta número 144/2017/CM, referente à Isenção de entradas e alargamento do horário de abertura ao público no Museu Municipal de Tavira durante a V Feira da Dieta Mediterrânica – 2017; 7. Aprovada por unanimidade a proposta número 145/2017/CM, referente ao Regulamento interno de duração, horário de trabalho e controlo de assiduidade e pontualidade dos trabalhadores da Câmara Municipal de Tavira; 8. Aprovada por unanimidade a proposta número 146/2017/CM, referente à 04-Emp/17 – Reabilitação do Cine Teatro António Pinheiro – Análise de Erros e Omissões de Projeto – Ratificação de despacho. Para constar e produzir efeitos legais se publica o presente Edital e outros de igual teor que vão ser afixados nos lugares de costume. Paços do Concelho, 22 de agosto de 2017 O Presidente da Câmara Municipal, Jorge Manuel Nascimento Botelho (POSTAL do ALGARVE, nº 1191, de 15 de Setembro de 2017)

por satisfeito e as ambições ainda são muitas para este sonho que ganhou vida há cerca de um ano. No final de 2017, os jogos de bilhar na academia vão começar a ser transmitidos por um canal aberto do youtube, através de quatro câmaras, e a partir de Janeiro do próximo ano, a Academia de Bilhar de Tavira promove todos os meses dois torneios da modalidade.

PRINCIPAL OBJECTIVO É PARTICIPAR EM MAIS PROVAS DA FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE BILHAR O principal objectivo da

Academia de Bilhar de Tavira é continuar a formar jogadores e equipas para participar em mais provas da Federação Portuguesa de Bilhar, de forma a ganhar prestígio e destaque nesta modalidade. Nas provas nacionais realizadas pela Federação, dois elementos da academia foram apurados para a fase nacional, depois de se sagrarem campeão e vice-campeão regionais, conseguindo alcançar um 12º e um 13º lugar no Campeonato Nacional da 1ª Divisão realizado em Coimbra, em 64 jogadores. No Campeonato Nacional de Veteranos, a academia conseguiu um 6º lugar em Soure. De destacar também a participação da academia, com dois jogadores, no Eurotour de Portugal que se realizou em Abril deste ano, no Algarve.

A nível dos torneios regionais, “ganhámos o torneio do Guadiana por equipas e fizemos um 4º lugar com uma segunda equipa. A nível individual conquistámos os 2º, 4º e 6º lugares, e em parcerias, uma vertente jogada a dois jogadores, ficámos em 2º lugar. No torneio geral com apuramento para uma fase nacional, que está ainda a decorrer e engloba os municípios de Loulé, Faro, São Brás e Tavira, temos uma equipa em 2º e outra em 4º lugar”. Nos dardos, a academia, conquistou o título de vice-campeã nacional em Peniche, o que constitui mais uma marca do sucesso da academia e dos jogadores que integram as suas fileiras.

FORMAÇÃO DOS JOVENS É IMPORTANTE PARA A MODALIDADE “Há muita adesão para a

modalidade mas a actividade está num impasse porque Tavira esteve muito tempo sem nenhum espaço dedicado ao bilhar”. A maior dificuldade é a adaptação às novas regras da Federação Portuguesa de Bilhar que diferem em vários aspectos das anteriores. Para que o processo de adaptação seja mais eficaz, José Ribeiro disponibiliza na academia alguns manuais com as novas regras que as pessoas podem levar para casa e ler com atenção. A grande adesão por parte dos jovens é um dos pontos positivos que faz questão de referir, “chego a ter a casa cheia de jovens e é muito importante que eles tenham a formação adequada para dar seguimento à modalidade. Realizei este ano seis opens para juniores e quatro jogadores foram apurados para integrar as equipas da academia”. No geral são necessários três anos de formação para conseguir ter evolução. “No primeiro ano aprende-se a dominar as fases da tacada e inicia-se a integração dos jogadores nos torneios. No segundo ano estudam-se as técnicas defensivas e ofensivas e o terceiro ano é o culminar da formação”. Neste momento estão abertas inscrições gratuitas para aulas de formação para jovens

Ricardo Mariano Jovem empresário

Vais mesmo continuar a viver assim? É dessa forma que queres continuar a viver, não é? O que é que fizeste pelos outros, por quem precisa mais do que tu, a quem a tua ajuda pudesse fazer a diferença, nos últimos tempos? E qual foi a última vez que conseguiste fazer alguém verdadeiramente feliz? Daquela felicidade que traz o melhor de nós ao de cima, que irradia e contagia toda a gente. E até por ti, o que tens mesmo feito? Nada… admite! Estás a viver ou na verdade apenas a sobreviver?! Nenhum problema pode ser grande o suficiente para te fazer desistir, quer seja de ti ou de alguém. E a ideia de que as desilusões e as lições da vida te obrigaram a ser uma pessoa mais fria e distante, também é uma valente treta. Pura ilusão! Se esta reflexão encaixa em ti na perfeição, por favor acorda para a vida, antes que chegue a tua hora e adormeças sem voltar a acordar. Aí será tarde para reagir, portanto o melhor é agir. Já! dos 12 aos 18 anos, até dia 29 de Setembro. As inscrições são feitas na academia, na Rua Dr. Silvestre Falcão, em Tavira, e para mais informações pode visitar o novo site da Academia (www.academiabilhartavira.com) ou enviar e-mail para academiabilhartavira@gmail.com.


6  |  15 de Setembro de 2017

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A sua família vem por este meio agradecer reconhecidamente a todas as pessoas que assistiram ao funeral do seu ente querido, realizado no dia 22 de Agosto, para o Cemitério de Tavira, bem como a todos os amigos que manifestaram o seu pesar e solidariedade.

AGÊNCIA

FUNERÁRIA

MARIA CÂNDIDA DOS MÁRTIRES 23-05-1928 / 19-08-2017

AGRADECIMENTO Tavira

969 003 042

Emergência 24 horas

965 040 428

Vila Real Sto. António

962 406 031

Os seus familiares vêm, por este meio, agradecer a todos quantos a acompanharam em vida e nas suas cerimónias exéquias ou que de algum modo lhes manifestaram o seu sentimento e amizade. Agência Funerária Santos & Bárbara, Lda.

SANTO ESTÊVÃO – TAVIRA SANTA MARIA E SANTIAGO - TAVIRA

MARIA JUSTINA BEATRIZ 19-07-1922 / 21-08-2017 23

AGRADECIMENTO Os seus familiares vêm por este meio agradecer a todos quantos se dignaram acompanhar o seu ente querido à sua última morada ou que, de qualquer forma, lhes manifestaram o seu pesar. Agência Funerária Santos & Bárbara, Lda.


15 de Setembro de 2017  |  7

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SANTO ESTÊVÃO – TAVIRA LUZ E SANTO ESTÊVÃO - TAVIRA

JOSÉ SEBASTIÃO DE JESUS 09-09-1925 / 22-08-2017

JOSÉ MANUEL COSTA DO CARMO 15-03-1957 / 22-08-2017

JOSÉ ZACARIAS NETO VICTÓRIA 05-11-1934 / 25-08-2017

AGRADECIMENTO

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Os seus familiares vêm, por este meio, agradecer a todos quantos o acompanharam em vida e nas suas cerimónias exéquias ou que de algum modo lhes manifestaram o seu sentimento e amizade.

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SANTA MARIA - TAVIRA SANTA MARIA E SANTIAGO - TAVIRA

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SÉ – FARO SANTA MARIA E SANTIAGO - TAVIRA

MARIA CUSTÓDIA DE JESUS AMARO 05-09-1928 / 26-08-2017

MARIA VITALINA DA CONCEIÇÃO 25-11-1941 / 28-08-2017

JOSÉ ÂNGELO MESTRE GARCIA 23-08-1964 / 02-09-2017

AGRADECIMENTO

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CORUCHE SANTA MARIA E SANTIAGO - TAVIRA

SANTA MARIA – TAVIRA SANTA MARIA E SANTIAGO - TAVIRA

JOSÉ MANUEL FRANGOLHO DE JESUS 13-09-1942 / 03-09-2017

ARMINDA MARIA DE OLIVEIRA VISEU 02-07-1934 / 05-09-2017

LAURINDA MARIA DE JESUS ROMEIRA 08-11-1923 / 05-09-2017

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8  |  15 de Setembro de 2017

algarve - prémios excelência ZZZ pág. ##

es eaçõ m o N até ro utub O e 31 d

Escolha quem quer ver ganhar os galardões Algarve - Prémios Excelência Os algarvios têm uma palavra a dizer na atribuição destes galardões que marcam os 30 anos do POSTAL do ALGARVE O POSTAL continua a assina-

lar ao longo deste ano 30 anos de presença no Algarve e junto dos algarvios a trabalhar em prol da informação. Neste contexto o POSTAL vai distinguir 25 personalidades e cinco entidades ligadas à região que pelo seu mérito e excelência marcaram os últimos 30 anos da história do Algarve. Os galardões “ALGARVE PRÉMIOS EXCELÊNCIA” serão entregues às personalidades e entidades seleccionadas numa noite de gala que será o corolário de mais esta iniciativa do POSTAL.

ALGARVIOS CHAMADOS A NOMEAR QUEM QUEREM VER RECONHECIDO PELOS “ALGARVE - PRÉMIOS EXCELÊNCIA” Para

a escolha das personalidades e entidades a distinguir o POSTAL conta com o apoio de todos, e muito em particular dos algarvios, que podem nomear duas personalidades e uma entidade que desejem ver distinguidos com estes galardões (ver caixa).

A selecção final das personalidades e entidades a distinguir no âmbito destes prémios será feita com base nas nomeações e anunciada na noite de gala que culminará com a entrega dos galardões

DAR RECONHECIMENTO A QUEM DÁ AO ALGARVE A SUA GRANDEZA Sem bairrismos maiores

ALGARVE PRÉMIOS EXCELÊNCIA

do que aqueles que o Algarve e os algarvios merecem de facto, esta distinção pretende dar publicamente o devido reconhecimento a quem, personalidade ou entidade, ÔÔ Escolha quem deseja ver nomeado para os prémios faz do Algarve uma região excepcional com a excelên- o seu empenho e dedicação MIOS EXCELÊNCIA” querem cia da sua actividade e do fazem do Algarve onde vive- ver tornado realidade. percurso que trilha dia após mos uma terra de mérito e Porque é de pessoas e endia em prol do Algarve e dos com futuro para todos. tidades de excelência que se algarvios. trata, não há lugar à modésO Algarve é o resultado do RECONHECER A EXCELÊNCIA SEM tia nem à vaidade, tão só o muito que todos os dias pes- FALSAS MODÉSTIAS E COM ME- justo reconhecer daqueles soas e entidades fazem no RECIDO ORGULHO Todos co- que mais e melhor fazem em desenvolvimento das suas nhecemos uma pessoa ou prol da região. actividades. uma entidade cujo inegável Apostar na auto-estima Pessoas, associações, enti- mérito consideramos dever dos algarvios e na visibilidadades públicas e privadas, e ser publicamente reconheci- de merecida daqueles que se empresas que todos os dias do e é exactamente isso que destacam de entre todos nós dão o seu melhor e que com os galardões “ALGARVE - PRÉ- é o grande objectivo de mais

esta iniciativa do POSTAL. Aceite o desafio e nomeie quem acha que verdadeiramente merece O desafio está lançado a todos e conta com a participação de todos para dar a estes galardões a grandeza que as pessoas e entidades nomeadas merecem. Não deixe de participar com o seu contributo e de passar a palavra a todos numa corrente que se quer tão grande como o reconhecimento que se pretende dar a todos os que acreditamos serem merecedores do título de excelência. O Algarve merece destacar aqueles que de entre todos os que fazem a grandeza da região com o seu contributo mais se destacaram e mais são merecedores da nossa estima e do reconhecimento público da valia do seu contributo. Não deixe de se juntar a nós nesta iniciativa que pretende dar valor ao melhor de todos nós e ao melhor que o Algarve tem.

COMO PARTICIPAR: Pode nomear duas personalidades e uma entidade pública ou privada até às 24 horas de 31 de Outubro. Basta indicar o nome das duas personalidades e da entidade que deseja nomear e, sucintamente, a razão da nomeação. As nomeações podem ser feitas através: • Do cupão abaixo através dos correios • Do e-mail algarve.premios excelencia@gmail.com • Da página do POSTAL no facebook - facebook.com/ postaldoalgarve/ - enviando uma mensagem privada. Para informações adicionais pode contactar o POSTAL através do telefone 281 320 900.

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ALGARVE PRÉMIOS EXCELÊNCIA

NOMEAÇÃO PARA PERSONALIDADES E ENTIDADES Personalidade: Razões da nomeação:

Personalidade: Razões da nomeação: NOME:

Entidade: Contacto:

Razões da nomeação:

E-mail: ESTE CUPÃO DESTINA-SE A ENVIO POSTAL PARA: Jornal Postal - Rua Dr. Silvestre Falcão, 13 C - 8800-412 Tavira | Os dados recolhidos estão sujeitos a confidencialidade e destinam-se exclusivamente à nomeação para os galardões Algarve - Prémios Execlência não podendo ser utilizados para qualquer outro fim.


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10  |  15 de Setembro de 2017

NOTARIADO PORTUGUÊS JOAQUIM AUGUSTO LUCAS DA SILVA NOTÁRIO em TAVIRA

região Certifico:

OPINIÃO Táxis 0 - Uber 3 d.r.

Hugo Moreira Director-geral da Golden Properties

Realmente não tenho tido as melhores experiências nas últimas vezes que andei de Táxi. Será apenas comigo ou generalizado? E estou a falar de situações não só no Algarve como em Lisboa. A maior parte dos senhores taxistas estão sempre maldispostos, resmungam e alguns chegam a ser malcriados, como se estivessem a trabalhar obrigados... Uma das últimas vezes que andei de Uber, além do rapaz ter sido super-simpático, ainda nos perguntou que tipo de música queríamos ouvir. Grande parte dos táxis, além de serem veículos antigos, muitas vezes não andam muito bem tratados. O último táxi que andei, pedido pela seguradora, pois tinha tido uma avaria no carro, cheirava todo ele a suor e um desodorizante bastante desagradável. Gostos não se discutem, mas prefiro uma viatura lavadinha e em bom estado. A aplicação da Uber é bastante prática e com a mais valia de podermos escolher o prestador do serviço, avaliar a prestação e normalmente há sempre algum na zona, inclusive já utilizei noutros países. O MyTaxi não deve ter muitos adeptos, pois as vezes que tentei utilizar, não havia prestadores disponíveis na zona... Resumindo, se os vários prestadores de serviços na área de transporte de passageiros fossem avaliados pelo seu desempenho há muito tempo, possivelmente a qualidade seria mais equilibrada e o empenho redobrado.

Cemitério para animais em Lagos é projecto pioneiro no Algarve Investimento total da obra está avaliado em 49 mil e 848 euros d.r.

Que no dia 28-08-2017, de folhas 60 a folhas 61 verso, do livro de notas para escrituras diversas número 191–A, deste Cartório, foi lavrada uma escritura de JUSTIFICAÇÃO, na qual, NATÉRCIA MARIA DA CONCEIÇÃO VIEGAS, NIF 140.337.172, solteira, maior, natural da freguesia de Santa Catarina da Fonte do Bispo, concelho de Tavira, residente no sitio das Várzeas do Vinagre, Caixa Postal 201-F, Santa Catarina da Fonte do Bispo, Tavira, declarou: Que, com exclusão de outrem, é dona e legítima possuidora do prédio rústico, composto de terra de cultura com oliveiras, sito em Várzea do Vinagre, freguesia de Santa Catarina da Fonte do Bispo, concelho de Tavira, com a área de mil e oitocentos metros quadrados, a confrontar do norte com ribeira, do sul com Gregório P. Caetano e outros, do nascente com José Caetano e do poente com António Jesus de Sousa, inscrito na matriz sob o artigo 47.239, com o valor patrimonial tributável e igual ao atribuído de vinte e quatro euros e quarenta e três cêntimos, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Tavira. Que adquiriu o prédio por meio de compra verbal e nunca reduzida a escritura pública, feita no ano de mil novecentos e setenta e sete, em data que não pode precisar, a seus tios José Domingues Viegas e Maria Barba, casados que foram sob o regime da comunhão geral de bens e residentes que foram no dito sitio de Várzeas do Vinagre. Que adquiriram o prédio por usucapião. Tavira, em 28 de Agosto de 2017 A funcionária por delegação de poderes; Ana Margarida Silvestre Francisco – Inscrita na O.N. sob o n.º 87/3 Conta registada sob o nº. PAO1299/2017 Factura nº.01299 (POSTAL do ALGARVE, nº 1191, de 15 de Setembro de 2017)

MUNICÍPIO DE FARO EDITAL Nº 99/2017 PUBLICITAÇÃO DAS DELIBERAÇÕES DA CÂMARA MUNICIPAL COM EFICÁCIA EXTERNA Rogério Conceição Bacalhau Coelho, Presidente da Câmara Municipal de Faro, TORNA PÚBLICO, nos termos do n.º 1 do artigo 56.º da Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro, que na reunião de Câmara realizada no dia 28 de agosto de 2017, foram tomadas as seguintes deliberações com eficácia externa: - Proposta n.º 684/2017/CM – Protocolo de cooperação a celebrar entre o Município de Faro e a I7 GO, Lda. detentora da marca Eating Algarve Food Tours

ÔÔ Cemitério é o terceiro projecto do género no país

LAGOS JÁ TEM UM CEMITÉRIO PARA ANIMAIS, um projecto

que é pioneiro no Algarve e o terceiro do género a nível nacional, existindo apenas um no Jardim Zoológico de Lisboa e outro em Santa Maria de Feira, no distrito de Aveiro. A obra, com um investimento total avaliado em 49 mil e 848 euros, é para Maria Joaquina Matos, presidente da Câmara de Lagos, “um sinal da evolução humana, uma homenagem e um sinal de respeito para com os nossos animais de companhia, proporcionando-lhes uma digna última morada”. A autarca revela ao POSTAL que o Regulamento Municipal respeitante a este cemitério, que define as regras de funcionamento e os preços do mesmo, já foi aprovado em reunião de Câmara e da Assembleia Municipal, e estará brevemente disponível no balcão virtual do site da autarquia.

CECÍLIA DO CARMO É A AUTORA DO PROJECTO A primeira

obra inaugurada no âmbito do Orçamento Participativo, uma iniciativa que o município implementou em 2015 e à qual pretende dar continuidade, é uma proposta da autoria de Cecília Paula do Carmo, presidente da Associação Cadela Carlota,

uma das mais importantes associações para a defesa dos animais. “Daqui em diante, todos os que amamos os nossos animais como sendo da nossa família e que lhes tentamos proporcionar o melhor em vida, também teremos agora um local digno onde podem ser enterrados com todo o respeito que nos merecem”, refere Cecília do Carmo.

CEMITÉRIO FOI INAUGURADO A 8 DE SETEMBRO O Cemitério

para Animais foi inaugurado a 8 de Setembro, depois de uma obra que contemplou a construção de um módulo de inumação aeróbia com 39 unidades de dimensões diferenciadas para animais de grande, médio e pequeno porte, bem como o arranjo de espaços verdes exteriores, nomeadamente mobiliário urbano e a construção de uma arrecadação. Em fase posterior, e considerando a procura, o número de unidades poderá, eventualmente, duplicar, dentro da área disponível para o efeito. Com este projecto pioneiro na região, a autarquia de Lagos dá corpo ao princípio consagrado no artigo 13.º da Declaração Universal dos Direitos dos Animais, segundo o qual “o animal morto deve de ser tratado com respeito”. CM

Deliberado aprovar a minuta de protocolo referida em título, tendo como objeto regular as condições de acesso ao Museu com benefício de 50% nas entradas, com vista à divulgação do património deste por parte da entidade; - Proposta n.º 687/2017/CM – Protocolo de colaboração para obras de remodelação do Presbitério da Igreja de São Pedro de Faro Deliberado autorizar a concessão de um apoio financeiro, no valor de 13.958€ (treze mil novecentos e cinquenta e oito euros), à Fábrica da Igreja de São Pedro de Faro, para a realização de obras de remodelação do Presbitério da Igreja de São Pedro de Faro, de acordo com a minuta de protocolo aprovada, nos termos da alínea o) do n.º 1 do art. 33.º da Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro; - Proposta n.º 691/2017/CM – Protocolo de colaboração entre o Município de Faro, o Ginásio Clube Naval e a Associação de Moradores da Ilha da Culatra para a criação de uma Escola de Vela na Ilha da Culatra Deliberado aprovar a realização de um protocolo de colaboração entre o Município de Faro, o Ginásio Clube Naval e a Associação de Moradores da Culatra para atribuição de subsídio no valor de 5.000,00€ (cinco mil euros), que visa contribuir para a criação de uma Escola de vela na Ilha da Culatra, de acordo com a minuta de contrato aprovada, ao abrigo do quadro legal em vigor; - Proposta n.º 695/2017/CM – Atribuição de apoio financeiro pontual à PRAVI (Projeto de Apoio a Vítimas Indefesas) Deliberado aprovar a atribuição de um apoio pontual à PRAVI no valor de €2.000,00 (dois mil euros), ao abrigo do quadro legal em vigor; - Proposta n.º 696/2017/CM – Protocolo de colaboração para aquisição de veículo operacional de proteção e socorro a celebrar entre o Município de Faro e a Associação Humanitária de Bombeiros de Faro Deliberado autorizar a concessão de um apoio financeiro, no valor de 32.700,00 euros (trinta e dois mil e setecentos euros), à Associação Humanitária dos Bombeiros de Faro, destinado à aquisição de veículo operacional de proteção e socorro, correspondente a 20% do valor aprovado ao abrigo da candidatura n.º POSEUR-02-1810-FC000312, conforme minuta de protocolo aprovada, nos termos da alínea j) do art. 23.º da Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro, conjugado com o disposto nas alíneas o) e u) do n.º 1 do art. 33.º da citada Lei; - Proposta n.º 698/2017/CM – Protocolo de colaboração para obras de remodelação da Igreja da Culatra Deliberado autorizar a concessão de um apoio financeiro, no valor de 38.683,50€ (trinta e oito mil, seiscentos e oitenta e três euros e cinquenta cêntimos), IVA incluído à taxa legal de 23% a conceder à Fábrica da Igreja Paroquial da Freguesia de Olhão, para a realização de obras de remodelação da Igreja da Culatra, de acordo com o protocolo, cuja cópia se anexa, nos termos da alínea o) do n.º 1 do art. 33.º da Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro. - Proposta n.º 699/2017/CM – Atribuição de apoio financeiro ao Associativismo Juvenil do Concelho de Faro – Verbas de Capital Deliberado atribuir um apoio financeiro no valor de €10.000,00 (dez mil euros) à Associação Académica da Universidade do Algarve, ao abrigo do quadro legal em vigor e do Regulamento de Apoio ao Associativismo de Faro aprovado no âmbito do juvenil. O conteúdo integral das deliberações supra identificadas constará na respetiva ata. Para constar e legais efeitos se publica o presente edital e outros de igual teor, os quais vão ser afixados nos locais públicos do costume. Paços do Município, 1 de setembro de 2017 O Presidente da Câmara Municipal, Rogério Bacalhau Coelho (POSTAL do ALGARVE, nº 1191, de 15 de Setembro de 2017)


15 de Setembro de 2017  |  11

dossier autárquicas

Mais de 379 mil eleitores chamados a votar nas autárquicas no Algarve A decisão quanto ao futuro do poder autárquico na região está na mãos de todos com data marcada para 1 de Outubro O PAÍS VAI A VOTOS A 1 DE OUTUBRO Para eleger todos

os titulares de cargos no poder local. 40 anos de poder local trouxeram aos municípios e freguesias um desenvolvimento que teria sido impossível de outra forma e ajudaram em muito a vencer as deficiências de uma gestão geralmente centralista do país.

NÚMERO DE ELEITORES SOBE NA REGIÃO No apuramento

feito pela Comissão Nacional de Eleições (CNE) para efeitos de atribuição de mandatos o sufrágio terá um universo de 379.930 eleitores no Algarve. Os eleitores são assim mais nesta eleição do que na última vez que os algarvios foram às urnas para as autárquicas, em 2013, em que estavam inscritos nos cadernos eleitorais 374.696 eleitores.

d.r.

PARA QUE SERVEM OS VOTOS O

acto eleitoral conta com 413 candidaturas a todos os órgãos autárquicos, isto é, às Assembleias Municipais (AM), às Assembleias de Freguesia (AF) e às Câmaras, uma vez que a escolha dos membros das Juntas de Freguesia não se faz por sufrágio directo, resultando os mesmos das Assembleias de Freguesia e dos resultados para estas apurados. Ao todo serão eleitos 16 executivos camarários, correspondentes aos 16 concelhos do Algarve e 67 executivos de Junta de Freguesia. A composição de cada um deles depende, no que respeita ao número de mandatos, do número de eleitores de cada Câmara ou Junta de Freguesia. No Algarve as Câmaras com mais mandatos são Faro e Loulé, com nove mandatos, e Al-

as AM dos concelhos com menos população - todos os restantes - contam com 15 deputados cada. Nas AF o número de deputados varia entre os sete e os 19 em cada freguesia.

ONDE É QUE ESTÃO OS ELEITORES Na região o concelho

ÔÔ Algarve tem mais eleitores do que nas autárquicas de 2013 bufeira, Olhão, Portimão, Silves, Tavira e Vila Real de Santo António, cada uma com sete mandatos. Todas as restantes autarquias do Algarve têm executivos compostos por cin-

co mandatos. Para exactamente os mesmos concelhos as Assembleias Municipais contarão, respectivamente, com 27 e 21 deputados municipais, sendo que

com mais eleitores é Loulé com 59.554, seguido de Faro (56.399) e de Olhão (48.380). Já na fundo da tabela do maior número de eleitores, estão os concelhos de Alcoutim (2.536), Aljezur (4.261) e Monchique (4.841).

SÓ VILA REAL TEM MESMO DE MUDAR DE PERESIDENTE DE CÂMARA De todas as 16 Câ-

maras da região, apenas a de Vila Real de Santo António terá mesmo de ver alterado o seu actual autarca, Luís Go-

mes, que atingiu o limite de mandatos sucessivos admitidos pela lei. Todos os outros actuais presidentes de Câmara do Algarve podem ainda renovar os mandatos, sendo que em todos os casos os actuais autarcas são recandidatos nesta ida às urnas, que regressa novamente ao mês de Outubro, depois de em 2013 se terem realizado pela primeira vez desde o 25 de Abril eleições autárquicas em Setembro. A Câmara mais concorrida neste acto eleitoral é Albufeira, que soma sete candidaturas, enquanto as menos concorridas são as Câmaras de Alcoutim, Aljezur e São Brás de Alportel, todas com três candidaturas. A campanha eleitoral está à porta e até domingo, 1 de Outubro, tudo está em aberto.

ROBUSTEZ DO PS POSTA À PROVA

PS quer manter a maioria das autarquias e presidência da AMAL infografia postal

O PSD QUER REGRESSAR AO DOMÍNIO DA MAIORIA DAS AUTARQUIAS DA REGIÃO PERDIDO EM 2013. Para tanto,

David Santos, responsável regional do partido, apostou em coligações em muitos concelhos e mesmo na corrida com candidatos oriundos de outras cores partidárias. Em 2013 o PSD somou apenas cinco autarquias, com Faro a ser uma delas e conquistada em coligação. Um resultado fraco face a 2009, as autárquicas anteriores, onde o partido tinha conquistado nove Câmaras e detido a presidência da AMAL - Comunidade Intermunicipal do Algarve. Quem se opõe à pretensão social-democrata é António Eusébio, líder regional do PS e candidato à presidência da Câmara da capital de distrito. O PS

mapa autárquico regional.

O QUE MUDOU EM 2013 E O QUE TEM MAIS PROBABILIDADES DE MUDAR EM 2017 Em 2013 o PS

ÔÔ PSD quer recuperar as Câmaras perdidas em 2013 procura melhores resultados do que em 2013, onde conquistou 10 das 16 autarquias do Algarve (mais uma do que em2009), ga-

nhando a presidência da AMAL e entregando-a a Jorge Botelho, presidente da Câmara de Tavira. A CDU, que une PCP e PEV,

quer naturalmente manter a presidência da Câmara de Silves, conquistada por Rosa Palma, e que voltou a colocar a CDU no

somou dez Câmaras com a conquista ao PSD das Câmaras de Lagoa e Alcoutim, um dos resultados menos esperados da noite eleitoral. Já o PSD cedeu terreno a favor da CDU que conquistou Silves e a favor do PS naquelas duas autarquias. Muito, aliás tudo, pode acontecer na noite eleitoral que se avizinha, mas a análise do quadro de candidaturas regionais e da forma como a pré-campanha tem decorrido dá sinais sobre quais os concelhos onde a situação pode mais facilmente alterar-se em termos da detecção do poder nas presidências das Câmaras. Olhão com a dissidência

de Luciano de Jesus do PS e o apoio do PSD, CDS-PP, MPT e PPM será um dos resultados mais incertos da região. Em Vila do Bispo a coligação encabeçada pelo PSD quer retirar da cadeira do poder Adelino Soares (PS) e para tanto chamou à lista muitos nomes sonantes do concelho e do poder autárquico local. Finalmente em Castro Marim a luta de José Estevens, Francisco Amaral à direita e da candidata do PS Célia Brito, deixa tudo em aberto numa disputa renhida. Finalmente, Faro, a cidade capital de distrito, pode sempre reservar surpresas já que a repetição de presidentes de Câmara na cidade é algo a que os farenses foram até agora avessos. Exactamente por isso a aposta de Rogério Bacalhau é a de pedir a maioria aos eleitores.


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autárquicas • faro

ZZZ pág. ##

Seis candidatos na disputa por Faro Faro é conhecida por não repetir presidentes de Câmara mas coligação no poder pede reeleição com maioria SEIS PARTIDOS CONCORREM À PRESIDÊNCIA da Câmara faren-

se. A coligação Faro no Rumo Certo (PPD/PSD, CDS-PP, MPT e PPM) e a CDU (PCP, PEV) são as únicas coligações a concorrer à autarquia, sendo que às eleições se candidata também um grupo de cidadãos eleitores sob o nome Campanha do Amor (CA). A saber, António Mendonça pela CDU, António Eusébio pelo PS, Humberto Correia (CA), Paulo Baptista pelo PAN. Rogério Bacalhau pela coligação Faro no Rumo Cer-

to e Maria Eugénia Taveira pelo BE, são o nome dos candidatos que querem chegar à presidência dos destinos da capital de distrito.

CANDIDATOS RESPONDEM A QUESTÕES DO POSTAL O POS-

TAL ouviu todos eles e traz-lhe nas páginas seguintes uma súmula das respostas dadas por cada um dos candidatos às questões colocadas. A versão integral das questões e respostas dos candidatos à Câmara de Faro pode ser lida no site do POSTAL em www.postal.pt.

d.r.

ROGÉRIO BACALHAU PEDE MAIORIA E ANTÓNIO EUSÉBIO QUER CONQUISTAR A AUTARQUIA MAIS IMPORTANTE DA REGIÃO Enquanto o deputado socialista António Eusébio aposta na experiência como autarca de São Brás de Alportel para reconquistar a Câmara de Faro para o PS - há dois mandatos que os socialistas não ganham em Faro -, Rogério Bacalhau dá contas da obra feita e da gestão rigorosa do orçamento autárquico para pedir aos farenses maioria que lhe garanta poder governar os destinos do concelho

ÔÔ BE, Candidatura do Amor e PAN procuram entrar para a vereação sem negociação permanente com a oposição.

Num concelho cuja “tradição” é a de não repetir o mes-

mo autarca duas vezes, luta pelo poder será certamente acesa, em particular durante a campanha eleitoral. A CDU quer renovar pelo menos o mandato de António Mendonça e PAN, CA e BE desejam votos que garantam acesso à vereação. Até ao fim da campanha não pode haver descuidos numa autarquia que já teve presidentes eleitos por pouquíssimos votos de diferença face a quem ficou no segundo lugar na escolha feita pelo eleitorado.

A voz aos candidatos António Mendonça volta a erguer a bandeira da habitação social POSTAL do ALGARVE (PA): Na sua opinião, quais são os problemas fundamentais do concelho? António Mendonça (AM): Falta habitação em Faro a custos compatíveis com os rendimentos das pessoas e das famílias, em particular habitação cooperativa e social, como outras gerações de farenses já tiveram durante vários anos, depois do 25 de Abril. Precisamos de erradicar as barracas e cuidar dos que vivem sem um teto que os abrigue. Toda a comunidade farense deve empenhar-se na integração progressiva de

tantos seres humanos a viver em situação de precariedade extrema, integração que se deseja não guetizada, a concretizar em ambiente de respeito pela multiculturalidade, e com forte cariz social e económico. Todo o espaço público municipal - na cidade, nas aldeias e nos pequenos aglomerados urbanos -, assim como todas as estradas e caminhos municipais, tantos anos sem investimento e sem manutenção suficientes, revelam incúria excessiva, até mesmo demasiado desmazelo, da parte de quem tem

estado à frente da Câmara Municipal de Faro nos últimos anos. PA: A sua candidatura é a melhor opção para dirigir os destinos da Câmara porquê? AM: O projecto autárquico da CDU é um projecto de equipas, lideranças e muito trabalho colectivo, que se pauta por uma gestão e aplicação de recursos ao serviço das populações, em estreita ligação a elas e contando com a sua participação na resolução dos problemas que as afectam. A esta gestão que desejamos fortemente participada

- um dos pilares essenciais do Poder Local Democrático -, acrescentamos o modo como na CDU julgamos dever assumir as responsabilidades autárquicas que contraímos com os eleitores. Isto é, os comportamentos, as atitudes e os desempenhos dos eleitos da CDU vão continuar a pautar-se pelas nossas três grandes referências, das quais não abdicamos, nem pretendemos ter o exclusivo: TRABALHO, HONESTIDADE E COMPETÊNCIA. Como primeiro candidato da lista da CDU para a Câmara Municipal de Faro estou

Nome: António Manuel Dias Mendonça

Idade: 69 Profissão: Engenheiro electrotécnico

ÔÔ António Mendonça é o cabeça-de-lista pela CDU naturalmente convicto que esta candidatura e este projecto autárquico da CDU são

a melhor opção para dirigir os destinos da Câmara Municipal de Faro.

António Eusébio quer aposta decisiva na estratégia de desenvolvimento Nome: António Paulo Jacinto Eusébio

Idade: 50 Profissão: Engenheiro civil

ÔÔ O PS quer ver António Eusébio na presidência da Câmara POSTAL do ALGARVE (PA): Na sua opinião, quais são os problemas fundamentais do concelho?

António Eusébio (AE): Faro como capital de distrito não se afirma regional ou nacionalmente. A falta de pen-

samento estratégico e de planeamento afecta Faro e contribui para o seu desenvolvimento casuístico e para a fraca capitalização de fundos comunitários, por isso subsistem graves problemas de mobilidade, acessibilidade e equipamentos. O principal instrumento de ordenamento do território – Plano Director Municipal – está em revisão há oito anos! A falta de visão integrada aumenta a desigualdade de oportunidades, falta políticas de habitação para os mais jovens e uma habitação social a necessitar de intervenção, a população escolar a preci-

sar de mais transportes, de alimentação de qualidade e jovens e idosos a necessitar de políticas activas de apoio. A falta de cuidado no espaço público traduz-se na inexistência de espaços verdes, Jardim da Alameda sem condições de fruição pública, Mata do Liceu e Parque Ribeirinho ao abandono e inexistência de via ciclável e pedonal entre Faro e Universidade/Praia de Faro. PA: A sua candidatura é a melhor opção para dirigir os destinos da Câmara porquê? AE: Sim, é a melhor opção! Uma opção que garante aos

farenses uma gestão autárquica forte, implicada, actuante. Uma gestão que estará ao lado dos cidadãos para ajudar a resolver os problemas e que não se refugiará em frases como: “isto não é da nossa competência”, porque para nós gerir um concelho é ser o impulsionador, o mediador e o dinamizador para fazer acontecer, tenho provas dadas nesta forma de actuar, criando parcerias, sinergias e congregando vontades para um desenvolvimento integrado. Por isso, a minha liderança assentará na sustentabilidade, competitividade e governança. Sus

ao empreendedorismo; social nas políticas habitacionais e apoio às famílias, na educação, cultura e saúde. Competitividade num ordenamento territorial gerador de valor e captador de investimentos. Governança na promoção da participação cidadã, geradora de processos de corresponsabilização e transparência, de que fui pioneiro no país.


15 de Setembro de 2017  |  13

autárquicas • faro

ZZZ pág. ##

Retrato do concelho: EMINENTEMENTE UMA CIDADE DE SERVIÇOS que acumula a

fatia de leão de todas as instituições públicas de carácter regional do Algarve e a Universidade do Algarve e ainda soma o Hospital de Faro e o Aeroporto Internacional de Faro, a capital de distrito é a sede de um concelho com 201,85 quilómetros quadrados com uma população de 61.117 habitantes que decresce desde 2009, segundo os dados do INE/Pordata. Área: 201,85 Km2

Habitantes: 61.117 Eleitores: Total: 56.399

d.r.

Nacionais: 56.105 União Europeia: 187 Não U.E.: 107 Freguesias: União de Freguesias de Faro (Sé e S. Pedro), Montenegro, União de Freguesias de Conceição e Estoi, Santa Bárbara de Nexe. Candidatos à Câmara: CDU: António Mendonça • PS: António Eusébio • PAN: Paulo Baptista • PPD/PSD, CDS-PP, MPT, PPM: Rogério Bacalhau • BE: Maria Eugénia Taveira. Actual presidente da Câmara: Rogério Bacalhau eleito pela coligação PPD/PSD, CDS-PP, MPT, PPM

ÔÔ A zona histórica de Faro é um dos ex-líbris da cidade

Humberto Correia quer dar eco à voz e preocupações dos eleitores POSTAL do ALGARVE (PA): Na sua opinião, quais são os problemas fundamentais do concelho? Humberto Correia (HC): A Campanha do Amor observou como fundamentais problemas do concelho de Faro os seguintes: - baixa taxa de natalidade; - falta de casas sociais conjugada com o elevado custo da habitação; - apoio social insuficiente às crianças e idosos; - precariedade do emprego devido à sua sazonalidade, dada a predominância do sector terciário de actividade

no concelho; - falta de manutenção nas vias rodoviárias e bermas; - inexistência de saneamento básico em algumas habitações sem ligação à rede de esgotos; - abandono dos espaços verdes.

Nome:

lhe transmitiu verbalmente, ao longo de meses, as suas dificuldades, as queixas apresentadas ao município pelas pessoas não têm sido resolvidas. A minha candidatura existe para dar eco aos cidadãos em tempo útil e com eficiência.

Humberto Raimundo Joaquim Correia

Idade: 56 Profissão: Pintor de arte

PA: A sua candidatura é a melhor opção para dirigir os destinos da Câmara porquê? HC: A candidatura da Campanha do Amor resultou de um contacto directo e permanente do cabeça-de-lista com a população do concelho que

ÔÔ Humberto Correia quer ser eleito sob o lema do amor

Paulo Baptista quer aproximar os cidadãos da Câmara com medidas sensatas Nome: Paulo Sérgio de Jesus Baptista

Idade: 39 Profissão: Consultor imobiliário

ÔÔ Paulo Baptista é o rosto do Pessoas, Animais, Natureza

POSTAL do ALGARVE (PA): Na sua opinião, quais são os problemas fundamentais do concelho? Paulo Baptista (PB): Há tanto por fazer em várias áreas. Podemos começar pela questão da poluição. Faro é uma das seis cidades mais poluídas, de Portugal, de acordo com a Organização Mundial de Saúde. Este problema afecta directamente a qualidade de vida e saúde dos farenses. Deve ser tratado com a máxima responsabilidade e urgência. É tanto um problema global como local. O PAN propõe a elabora-

ção de um Plano de Adaptação às Alterações Climáticas que passará por reforçar as áreas da mobilidade suave, através da criação de redes de ciclovias e percursos pedonais, permitindo que cada vez mais pessoas possam circular livremente pela cidade sem o recurso à utilização do automóvel. Faro tem condições óptimas para circular a pé ou de bicicleta. O município deve apostar forte nesta área e ao mesmo tempo reforçar os transportes públicos e trabalhar na descarbonização do concelho, fazendo a transição

para energias renováveis limpas nos edifícios públicos e renovando o seu parque automóvel, optando por veículos eléctricos. PA: A sua candidatura é a melhor opção para dirigir os destinos da Câmara porquê? PB: As medidas que o PAN propõe, são medidas de bom senso. Iremos trabalhar em medidas que possam aproximar os farenses dos processos de tomada de decisão autárquica. Faro teve 56% de abstenção. Não abordar esta questão é como ter um ele-

fante em cima da mesa ao jantar, e não falar sobre ele.


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autárquicas • faro Rogério Bacalhau pede maioria para continuar a liderar Faro com estabilidade POSTAL do ALGARVE (PA): Na sua opinião, quais são os problemas fundamentais do concelho? Rogério Bacalhau (RB): A incapacidade de estabelecer projectos de médio/longo prazo. Em 40 anos, Faro teve dez autarcas. Uns bons, outros nem tanto. E nenhum deles conseguiu implementar um projecto, uma visão sustentada e alicerçada. A cada quatro anos, o que costuma acontecer é o eleitorado castigar quem está no poder, penalizando a continuidade e cerceando, de algum modo, ambições do concelho em

prosseguir um rumo. Com isto, surge sempre uma dose grande de desilusão e um certo desencanto. Uma das coisas que espero ter restaurado neste mandato é a auto-estima dos farenses e o seu orgulho naquilo que é nosso. PA: A sua candidatura é a melhor opção para dirigir os destinos da Câmara porquê? RB: Os anos que estão para trás falam por nós. Provámos ser capazes de implementar um projecto que é, ao mesmo tempo responsável, ambicioso e coerente. Temos efecti-

vamente ideias e sabemos o que queremos para cada zona do concelho. Mas também sabemos o que custa ter as contas em ordem e manter incólume o bom nome e o prestígio do Município que, durante tantos anos, andou pelas ruas da amargura em razão da sua incapacidade em honrar compromissos. Este ano, desconheço propostas sérias de outros candidatos. Limitam-se a prometer baixar impostos, a dar isto e a dar aquilo, sem cuidar de saber se, por um lado, é o Município quem deve proceder a essa oferta e, por ou-

tro, que consequências essas promessas fáceis terão. Faro já mostrou que não precisa de demagogia e promessas fáceis. Temos um rumo que é o rumo certo e do qual não nos devemos agora desviar.

Nome: Rogério Conceição Bacalhau Coelho

Idade: 55 Profissão: Professor

ÔÔ Rogério Bacalhau quer Faro no Rumo Certo

Bloco quer pôr fim à alternância entre a direita e o PS no concelho Nome: Maria Eugénia Fernandes da Fonseca Neves Taveira

Idade: 67 Profissão: Professora aposentada

ÔÔ O Bloco aposta em Maria Eugénia Taveira POSTAL do ALGARVE (PA): Na sua opinião, quais são os problemas fundamentais

do concelho? Maria Eugénia Taveira (MET): A exemplo do que se

passa a nível nacional, há uma fraca resposta aos múltiplos casos de emergência social, associados a situações de carência, desemprego e precariedade, que atingem também trabalhadores de empresas privadas (aeroporto, hipermercados, banca e seguros, empresas de transportes, CTT, EDP, MEO/Altice,...). Continua a ter um peso significativo no conjunto das preocupações das pessoas, sobretudo casais jovens, o problema da falta de habitação, paradoxal com a existência de demasiados imóveis desocupados e degradados. Há a necessidade de defesa do espaço público, de que é

exemplo, o parque de campismo da ilha de Faro, que deve, de uma vez por todas, ser reabilitado, para permitir que possam usufruir dele as/os farenses e quem nos visita; e o passeio ribeirinho, que está praticamente ao abandono. A melhoria da acessibilidade a Faro e da mobilidade, sobretudo na cidade, são problemas a resolver. Quanto à falta de respeito pelos direitos dos animais, Faro não foge ao padrão nacional. PA: A sua candidatura é a melhor opção para dirigir os destinos da Câmara porquê?

MET: Qualquer que seja o presidente, é um facto que não possui uma “varinha mágica” capaz de resolver de imediato todos os problemas do concelho. Também não tenho essa veleidade, para mais não ignorando o peso que as diferentes forças políticas têm em Faro. A situação a que se chegou em Faro é resultado da alternância da direita e do PS na gestão do município. Um presidente de Câmara deve estar disponível para ouvir os munícipes e envolver as instituições no sentido de dar resposta adequada aos seus

justos anseios por uma melhor qualidade de vida. Tem de também estar aberto a um diálogo franco com os executivos das juntas de freguesia do concelho, os quais, mais próximos das/dos cidadãs/ãos, têm um melhor conhecimento dos problemas que as/os afectam. Considero que somos uma boa opção, uma vez que temos uma equipa com vontade política para, de acordo com a matriz do BE, defender o direito das/dos munícipes a viver num concelho em que o progresso seja compatível com a solidariedade e a inclusão.

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Este caderno faz parte integrante da edição n.º 1191 de 15 de Setembro de 2017, do jornal Postal do Algarve e não pode ser vendido separadamente.

alcoutim, um segredo por descobrir


Festa de Alcoutim volta a encher zona ribeirinha de som e cor 66ª Festa de Alcoutim não deixou os créditos por mãos alheias e voltou a ser de arromba de manhã até à noite d.r.

SESSENTA E SEIS EDIÇÕES, SIM 66! ESTE ANO, UMA VEZ MAIS, ALCOUTIM FEZ-SE FESTA PARA CELEBRAR MAIS UM DIA DO MUNICÍPIO, A DATA MAIOR DO CONCELHO EM CADA ANO. Três dias de animação marcaram a tradicional Festa de Alcoutim que atrai, ano após ano, milhares de pessoas às margens do Guadiana e anima a vila desde a Praça da República até à beira rio com propostas para todos os gostos. A autarquia apostou, uma vez mais, na qualidade e na diversidade das iniciativas durante os dias da Festa de Alcoutim e garantiu assim que, sem fugir à regra, estes foram dias de animação e de atracção de visitantes ao concelho. Numa programação recheada e apostada em mostrar a identidade alcouteneja, a tradição de bem receber, e o orgulho de todos os que fazem de Alcoutim uma terra carregada de grandeza, o Dia do Município, 8 de Setembro, marcou o arranque das celebrações e contou com as cerimónias oficiais, presididas pelo autarca Osvaldo Gonçalves, e com vários eventos.

Medalhas de Mérito:

Concerto de Matias Damásio foi um dos momentos altos do programa Autarquia atribui medalhas de mérito municipal O dia iniciou-se na Praça da República com o içar das bandeiras, acompanhada pela Banda Musical Castromarinense, seguindo-se a Sessão Solene, onde foram atribuídas Medalhas de Mérito e de Bons Serviços e Dedicação. Depois, espaço para a festa maior de todos os alcoutene-

jos, com desporto, lançamento do livro “Tradições Poéticas Alcoutenejas”, animação de rua, bailes, concertos, discoteca e o irrecusável cacau no rio a marcar o nascer do sol e muito mais durante um fim-de-semana de arromba. António Zambujo, Ganda Banda, Sunlize, Virgem Suta, La Banda Brallan, Alem Carrom, KX Connections, Matias Damá-

sio e os DJ Two Xplod, foram as estrelas dos palcos nesta edição da Festa de Alcoutim. A marcar as noites de forma absolutamente inesquecível estiveram ainda os espectáculos de pirotecnia e de fogo de artifício que uma vez mais espelhou mil cores nas águas mansas do Guadiana frente a Alcoutim. Há dias para recordar, há momentos assim!

Álvaro José Pina, Ana Teixeira, Artur Moura, GNR - Postos Territoriais de Alcoutim e Martim Longo, Bruno Conceição, João Mestre Lúcio, João Manuel Baptista, João Portugal Ramos, João Silvestre Martins, José Hermógenes do Rosário, Rui Agostinho Anselmo.

Medalhas de Bons Serviços e Dedicação: Armando Gregório Baltazar, Casimiro M. Conceição Lopes, Dalila Manuela da Costa Barros, Henrique Gomes Martins, José Domingos Luz Bárbara, Paulo de Jesus Fernandes Pereira, Sérgio M. Colaço Domingues.

Câmara investe no espaço público em Martim Longo Melhoria das acessibilidades e requalificação dos espaços públicos A AUTARQUIA INAUGUROU NO INÍCIO DE SETEMBRO TRÊS NOVOS ESPAÇOS PÚBLICOS EM MARTIM LONGO QUE PRETENDEM DOTAR A FREGUESIA DE MAIS E MELHORES CONDIÇÕES PARA A POPULAÇÃO.

2 SET 2017

O município deu por concluída e inaugurou oficialmente a Avenida dos Almocreves, uma artéria fundamental da freguesia que dá assim seguimento ao reforço da estrutura rodoviária local. Para o autarca Osvaldo Gonçalves, “trata-se de manter o investimento naquelas que são as necessidades fundamentais da rede viária dentro do perímetro urbano de Martim Longo, melhorando as acessibilidades para toda a população e aproveitando a intervenção para melhorar a qualidade dos espaços públicos”.

d.r.

Espaço Gerações e Cantinho da Memória reforçam qualidade de vida em Martim Longo A freguesia de Martim Longo conta também a partir de agora com dois novos espaços que prometem dar resposta a algumas das necessidades mais prementes da população local. O Espaço Gerações e, lado-a-lado, o Cantinho da Memória passam a estar à disposição das gentes de Martim Longo depois do investimento feito pela Câmara Municipal que, além de dotar a localidade de novas valências e áreas de uso público, aproveitou as intervenções para requalificar o edificado da sede de freguesia. As duas novas infra-estruturas implicaram a demolição de duas edificações em muito avançado estado de degradação e que assim dão lugar

O descerrar da placa inaugural do Espaço Gerações a uma nova realidade com áreas integralmente renovadas. À inauguração não faltaram a população e as autoridades da freguesia que, em conjunto com o

presidente da Câmara Municipal, abriram à utilização de todos estes dois novos espaços da autarquia. “Estes são investimentos fundamentais para melhorar a quali-

dade de vida dos cidadãos e para dotar as freguesias do concelho de espaços de verdadeira utilidade pública”, refere o autarca Osvaldo Gonçalves.


Alcoutim - Capital do Figo-da-Índia promove os recursos do concelho Um incentivo à inovação e ao empreendedorismo d.r.

O CONCELHO DE ALCOUTIM VOLTA A REFORÇAR O DESTAQUE QUE CONFERE ÀQUELES QUE SÃO OS RECURSOS NATURAIS ENDÓGENOS E A CRIAR CONDIÇÕES PARA O FOMENTO DA ECONOMIA DE BASE LOCAL COM BASE NO FIGO-DA-ÍNDIA. Há muito que a autarquia alcouteneja decidiu que o aproveitamento das riquezas naturais do concelho é uma das pedras angulares do desenvolvimento. Assim, uma vez mais, o município dirigido por Osvaldo Gonçalves realiza várias iniciativas enquadradas no evento que assume a capitalidade deste fruto dotado de enorme versatilidade e de características tão especiais. Da união se faz mais do que

Concurso “Aromas e Sabores com Figo-da-Índia” já tem vencedores

Autarquia aposta no figo-da-Índia a força, o sucesso, e exactamente por isso a Câmara Municipal uniu-se à Junta de Freguesia de Martim Longo, em estreita colaboração com a CGFI – Confraria Gastronómica do Figo e da

Figueira-da-Índia, a ADECMAR – Associação de Desenvolvimento Etnográfico Cultural de Martim Longo, a APROFIP – Associação de Produtores de Figo da Índia de Portugal e o CRCL – Centro

Vaqueiros já tem extensão do centro de saúde d.r.

TRÊS ANOS DEPOIS E SEM NUNCA SE DAR POR VENCIDA A AUTARQUIA LIDERADA POR OSVALDO GONÇALVES DEVOLVEU A VAQUEIROS A EXTENSÃO DO CENTRO DE SAÚDE.

Extensão do Centro de Saúde estava encerrada desde 2013 O fecho da extensão de saúde no ano de 2013, ainda antes da entrada em funções do actual

As actividades vão estender-se até Novembro, mas o 7º Concurso “Aromas e Sabores com Figo-da-Índia”, já realizado, ditou que na modalidade Bolos / Doces / Sobremesas o primeiro classificado fosse Maria Regina Rita com uma geleia de figo-da-Índia, seguindo-se no segundo e terceiro postos, respectivamente,

a charlote de figo-da-Índia de Salomé Gonçalves e o pitacolé de figo-da-Índia e coco de Felicidade Melo. Na área das bebidas, os prémios distinguiram por ordem de atribuição em primeiro lugar a limonada de figo-da-Índia, de Felicidade Melo, seguida do granizado de figo-da-Índia, de Salomé Gonçalves, e do batido de figo e framboesa, de Michaela Joaquim. Na calha está ainda a realização do 2º Concurso Fotográfico WorldLand Opuntia Ficus-Indica, cujos concorrentes podem entregar as fotografias até dia 2 de Novembro, a exposição das fotos vencedoras decorrerá a 11 e 12 do mesmo mês, e as terceiras Jornadas Técnicas “Opuntia Ficus-Indica de Alcoutim”, a realizar em Martim Longo no dia 11 de Novembro, durante a Feira da Perdiz. Momentos a não perder.

33ª Subida e Descida do Guadiana à Vela

Luta de três anos leva autarquia a uma vitória que é de todos

“Trata-se de repor a justiça no acesso à saúde e é um dos objectivos traçados pela Câmara Municipal de que mais me orgulho de ter atingido”, refere o presidente Osvaldo Gonçalves. “A saúde deve estar ao alcance de todos e de quem em cada momento necessita de cuidados. É um serviço indispensável e com a reabertura da extensão de Vaqueiros muitos são aqueles que deixam de fazer dezenas de quilómetros para acederem a um direito fundamental que assiste a todos os portugueses”, realça o autarca. Os esforços da autarquia junto dos vários patamares da Administração Regional e Central devolveram aos alcoutenejos aquilo que justamente lhe era devido

Recreativo e Cultural do Laborato, e contando com o alto patrocínio do Restaurante São Gabriel, do Hilton Vilamoura As Cascatas Golf Resort & Spa, do Hotel Apartamento do Golfe, Fun River Animação Turística Lda e da LIMITE Zero, avançou para mais esta edição do evento.

terminou com festa da espuma noite adentro

d.r.

A SUBIDA E DESCIDA DO GUADIANA À VELA ATINGIU ESTE ANO A SUA 33ª EDIÇÃO E CONTOU COM A PRESENÇA DE MUITOS ATLETAS.

A extensão de saúde serve cerca de 350 pessoas executivo camarário, implicou que os utentes, maioritariamente idosos, passassem a deslocar-se à unidade mais próxima, que chegou a distar mais de 40 quilómetros, implicando perdas de tempo e de eficiência dos cuidados de saúde. Exactamente por isso o autarca destaca que “a assinatura do protocolo com a ARS Algarve que viabilizou a reabertura é a

vitória de quem não desistiu e antes persistiu”. O Pólo de Saúde de Vaqueiros abrange cerca de 350 utentes e passa a funcionar na antiga Escola Primária da localidade, cedida gratuitamente pela autarquia, para o efeito, que assumiu também a reconversão do edifício, suportando a totalidade das obras de adaptação do espaço, tendo investido cerca de 50 mil euros.

O percurso que uniu Ayamonte, na vizinha Espanha, e Vila Real de Santo António, ambas na foz do Guadiana, e Alcoutim gerou, uma vez mais, uma forte adesão de quem é amante e praticante desta modalidade desportivo. Assim, foram dezenas as embarcações que se fizeram às águas do rio para percorrer o traçado da prova em mais uma iniciativa da Associação Naval do Guadiana que contou com o apoio da Câmara Municipal de Alcoutim. Trata-se de mais um momento desportivo realizado no concelho com o apoio da Câmara Municipal local com vista à promoção da actividade desportiva, bem como ao fortalecimento da procura turística do

Prova disputou-se nas águas do Guadiana concelho, aproveitando a sua beleza natural e em particular o Rio Guadiana. A iniciativa contou na noite do dia da prova com uma festa da espuma realizada à beira rio, que serviu para unir os atletas, equipas e visitantes à população local, num momento de descontracção depois do esforço de um dia dedicado à vela.

3 SET 2017


Alcoutim: o Dia do Munícipio em fotorreportagem A Câmara de Alcoutim celebrou, uma vez mais, o Dia do Município com um conjunto de eventos e iniciativas destinadas a toda a população. d.r.

4 SET 2017


15 de Setembro de 2017  |  15

dossier autárquicas

ZZZ pág. ##

Saiba como e onde votar nas autárquicas através de SMS ou na internet Por SMS no telemóvel, internet ou junto das Juntas de Freguesia saiba onde deve ir votar e qual o seu número de eleitor d.r.

e a data de nascimento escrita com os quatro dígitos do ano em primeiro lugar seguidos de dois dígitos para o mês e finalmente dois dígitos referentes ao dia (exemplo19781122 para quem nasceu a 22 de Novembro de 1978, ou 19950904 para quem tenha nascido a 4 de Setembro de 1995).

pub

Bruno Torres Marcos Notário Cartório Notarial em Tavira Extrato de Escritura de Justificação

CERTIFICO, para efeitos de publicação, nos termos do artigo 100.º do Código do Notariado que, por escritura pública de Justificação outorgada em 07.09.2017, exarada a folhas 145 e seguintes do Livro n.º 106-A, do Cartório Notarial em Tavira, do Notário Bruno Marcos, sito na Rua da Silva, n.º 17-A, que: A) Maria Hortênsia do Rosário Ramos Conceição, e marido Manuel Custódio da Conceição, residentes na Rua Brigadeiro Eduardo José dos Santos, n.º 4, 1.º Direito, 8800-698 Tavira;

E-mail da redacção: jornalpostal@gmail.com

B) Ilda Maria dos Ramos Martins, e marido Manuel Custódio Martins, residentes na Rua Álvaro de Campos, n.º 56, r/c direito, 8800320 Tavira; - declararam ser donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, e em comum e partes iguais dos seguintes prédios rústicos, todos sitos na freguesia da União das Freguesia de Tavira (Santa Maria e Santiago), concelho de Tavira, não descritos na Conservatória do Registo Predial: - prédio rústico, composto por terra de cultura, que confronta a norte e poente com António Ramos, a sul com José Pereira e a nascente com ribeiro, com a área de 1470,00 m2, denominado por Corgo do Gato, sito em Cascas, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 7459, que teve origem no artigo 6635 da extinta freguesia de Tavira (Santa Maria), com o valor patrimonial tributável de 17,23 €; - prédio rústico, composto por terra de cultura, que confronta a norte com Manuel António e outro, a sul com João Pereira, a nascente com

ficha técnica

António Ramos e a poente com António Martins, com a área de 1400,00 m2, denominado por Courela da Eira, sito em Serro Grande, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 7413, que teve origem no artigo 6589 da extinta freguesia de Tavira (Santa Maria), com o valor patrimonial tributável de 17,23 €; - Prédio rústico composto por terra de cultura, que confronta a norte e sul com Manuel António e outro, a nascente com António Ramos e a poente com Luís Martins, com a área de 2260,00 m2, denominado por Pinhão Monte, sito em Valinhos, inscrito na respetiva matriz sob

Sede: Rua Dr. Silvestre Falcão, n.º 13 C - 8800-412 Tavira - Algarve Tel: 281 320 900 | Fax: 281 023 031 E-mail: jornalpostal@gmail.com On-line: www.postal.pt

ÔÔ Consulte os seus dados e local de voto através de SMS

MUITOS ELEITORES, MESMO OS QUE VOTAM REGULARMENTE PARA OS VÁRIOS ACTOS ELEITORAIS, deparam-se

amiúde com dúvidas sobre qual o local da Assembleia de Voto onde devem votar ou sobre qual o número de eleitor. A memória não é chamada a recordar-se constantemente destas informações e por outro lado a ainda recente alteração das freguesias com a fusão de muitas delas deixaram ainda mais confundidos alguns daqueles que ainda assim não querem deixar de exercer o seu dever cívico de votar.

NÃO OBSTANTE AS POSSÍVEIS DIFICULDADES O CERTO É QUE EXISTE UM CONJUNTO DE MEIOS PARA AJUDAR OS ELEITORES Se

não preparar o seu dia de eleições e a informação de que necessita para poder votar antes do próximo domingo dia 1 de Outubro, nomeadamente indo à sua Junta de Freguesia saber qual o número de leitor onde deve votar, pode sempre contar com algumas ajudas

de última hora.

INFORME-SE NA SUA JUNTA DE FREGUESIA Para resolver estas

questões foi criado todo um sistema de informação. A começar desde logo pelas Juntas de Freguesia que fornecem todas as indicações necessárias a quem quer votar.

CONSULTE A INTERNET Para os

internautas o sítio www.recenseamento.mai.gov.pt, responsabilidade da Direcção-Geral da Administração Interna, informa o número de eleitor e a freguesia a que se pertence desde que se introduzam o número de identificação civil (bilhete de identidade [BI] ou cartão do cidadão [CC]) e a data de nascimento.

USE O SEU TELEMÓVEL Já para

quem prefere o telemóvel, com um SMS consegue obter a mesma informação. Basta enviar a mensagem para o número 3838 escrevendo RE (em maiúsculas) seguido de um espaço, nº de BI ou CC, novamente um espaço

Director: Henrique Dias (CP 3259). Editor: Ricardo Claro (CP 9238). Redacção: Cátia Marcelino (estagiária), Cristina Mendonça (CP 3258), Humberto Ricardo (CP 388). Design: Profissional Gráfica. Colaboradores fotográficos: José A. N. Encarnação “MIRA” Colaboradores: Beja Santos (defesa do consumidor), Nelson Pires (CO76). Departamento Comercial, Publicidade e Assinaturas: Anabela Gonçalves, José Francisco. Propriedade do título: Henrique Manuel Dias Freire ( mais de 5% do capital social) Edição: Postal do Algarve Publicações e Editores, Lda. Contribuinte nº 502 597 917. Depósito Legal: nº 20779/88. Registo do Título (dgcs): ERC nº 111 613. Impressão: Naveprinter Distribuição: Banca - Logista, à sexta-feira com o Público/VASP - Sociedade de Transportes e Distribuição, Lda e CTT. Estatuto editorial: disponível em http://www.postal.pt/quem-somos/ Membro: APCT - Associação Portuguesa para o Controlo de Tiragem e Circulação; API - Associação Portuguesa de Imprensa.

o artigo 7620, que teve origem no artigo 6768 da extinta freguesia de Tavira (Santa Maria), com o valor patrimonial tributável de 25,84 €; - prédio rústico composto por terra de cultura, que confronta a norte e poente com Manuel António e outro, a sul com Manuel Jacinto Valente e a nascente com António Ramos, com a área de 1450,00 m2, denominado por Soalheira Valinhos, sito em Bosque, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 7270, que teve origem no artigo 6446 da extinta freguesia de Tavira (Santa Maria), com o valor patrimonial tributável de 17,23 €; - prédio rústico composto por terra de cultura, que confronta a norte com Estrada Nacional, a sul e poente com António Ramos e a nascente com João Pereira, com a área de 2500,00 m2, sito em Portela do Bosque, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 7382, que teve origem no artigo 6558 da extinta freguesia de Tavira (Santa Maria), com o valor patrimonial tributável de 28,67 €; - prédio rústico composto por terra de cultura, que confronta a norte com Ilda Ramos, a sul e nascente com João Pereira e a poente com Manuel do Carmo, com a área de 3200,00 m2, denominado por Parreiras, sito em Corga do Cigano, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 7431, que teve origem no artigo 6607 da extinta freguesia de Tavira (Santa Maria), com o valor patrimonial tributável de 37,41 €; - prédio rústico composto por terra de cultura com uma oliveira e vinha de vinho, que confronta a norte com Manuel Jacinto Valente, a sul e poente com João Pereira e a nascente com Manuel Pereira, com a área de 4200,00 m2, sito em Corga do Cigano, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 7437, que teve origem no artigo 6613 da extinta freguesia de Tavira (Santa Maria), com o valor patrimonial tributável de 159,42 €; - prédio rústico composto por terra de cultura e vinha de vinho, que confronta a norte e nascente com João Pereira, a sul com Celestino Ramos e a poente com Manuel do Carmo, com a área de 3600,00 m2, sito em Corga do Cigano, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 7432, que teve origem no artigo 6608 da extinta freguesia de Tavira (Santa Maria), com o valor atribuído de 150,00 €; - prédio rústico composto por terra de cultura, que confronta a norte e poente com José Pereira, a sul com Manuel Jacinto Valente e a nascente com ribeiro, com a área de 1480,00 m2, denominado Portela dos Porcos, sito em Cascas, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 7461, que teve origem no artigo 6637 da extinta freguesia de Tavira (Santa Maria), com o valor patrimonial tributável de 17,23 €, que é o atribuído; - prédio rústico composto por terra de cultura, que confronta a norte com Manuel Pereira, a sul e nascente com João Pereira e a poente com Ilda Ramos, com a área de dois mil duzentos e cinquenta metros quadrados, sito em Corga do Cigano, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 7434, que teve origem no artigo 6610 da extinta freguesia de Tavira (Santa Maria), com o valor patrimonial tributável de 25,84 €; - Que estes prédios chegaram à sua posse, em data imprecisa do ano de 1979, por compra meramente verbal e nunca reduzida a escritura pública, feita a Celestino Ramos, solteiro, maior, residente no Sítio de Água dos Fusos, em Tavira, e a Manuel Joaquim e mulher Custódia Maria, casados sob o regime da comunhão geral de bens, residentes que foram em Campina de Santiago, em Tavira. - Que, porém, há mais de vinte anos, têm semeando a terra, amanhando-a e limpando-a, tratado das culturas, colhido os respectivos frutos, neles pastando os animais, dele retirando os respectivos rendimentos e pagando os devidos impostos e contribuições, agindo com a convicção de serem comproprietários daqueles imóveis, nas respectivas proporções e como tal sempre por todos foram reputados. - Que aqueles prédios foram possuídos dentro de um espírito de compropriedade, participando nas vantagens e nos encargos dos mesmos na proporção da quota de cada um e respeitando reciprocamente o uso a que os consortes têm direito, verificando-se assim uma situação de composse. - Que nos termos expostos, os primeiros outorgantes vêm exercendo a composse sobre os mencionados prédios, com a indicada composição, ostensivamente, à vista de toda a gente, sem oposição de quem quer que seja, em paz, continuamente, há mais de vinte anos, pelo que a propriedade dos mesmos foi por eles adquirida por usucapião, nas referidas proporções. Tavira e Cartório, em 7 de Setembro de 2017. O Notário, Bruno Filipe Torres Marcos

Tiragem desta edição:

6.209 exemplares

Conta registada sob o n.º 2/2837 (POSTAL do ALGARVE, nº 1191, de 15 de Setembro de 2017)


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Portimonenses têm cinco opções de voto Bastião do PS conta com uma coligação de direita para tentar vencer Isilda Gomes É NAS MARGENS DO ARADE QUE SE ERGUE O MAIS FORTE BASTIÃO SOCIALISTA DO ALGARVE, PORTIMÃO. ‘Feudo’ do PS é o que lhe chamam alguns, mas a verdade é que foi nas urnas que o PS conquistou em 40 anos de poder autárquico todas as eleições em Portimão, ganhando sucessivamente a presidência da Câmara. Mesmo perante uma dívida capaz de fazer corar qualquer político socialista, o PS repetiu a vitória nas últimas autárquicas com Isilda Gomes a arre-

batar a vitória. O PS não deixou então por mãos alheias uma batalha que se avizinhava difícil, chamou para a luta uma mulher portimonense de créditos firmados e que é um peso pesado regional do partido. Recandidata-se certa de que endireitou as contas do concelhos e susteve a dívida desenfreada que herdou, mas contra si Isilda Gomes tem uma coligação de direita que é encabeçada pelo líder regional do CDS-PP, José Pedro Caçorino. Unindo CDS-PP, PPD/PSD,

MPT e PPM o rosto da coligação Servir + Portimão tenta assim lograr o supostamente impossível, acabar com a sucessão socialista nos comandos da autarquia. A ajudar à luta estão outros partidos que esperam também obter bons resultados e onde estão João Vasconcelos, um político hábil do Bloco de Esquerda e actual deputado à Assembleia da República, a coligação CDU que une PCP e PEV e conta com Isidro Vieira como cabeça-de-lista e o Nós, cidadãos!, que aposta em Má-

d.r.

ÔÔ O PS conquistou, em 40 anos, todas as autárquicas em Portimão rio Cintra para liderar a respectiva candidatura.

Num concelho onde de longe o maior problema continua

a ser a dívida e as suas implicações, nomeadamente, ao nível da carga fiscal, são estes rostos que se apresentam a votos a 1 de Outubro conhecedores dos enormes desafios que significa a gestão de uma Câmara fortemente endividada. O que se pede a qualquer destes candidatos, caso vença, é no mínimo, muito engenho e arte para conseguir levar a bom porto uma autarquia delapidada e fortemente condicionada no que toca a política fiscal e a capacidade de investimento municipal.

A voz aos candidatos José Pedro Caçorino quer devolver aos portimonenses o orgulho na sua terra POSTAL do ALGARVE (PA): Na sua opinião, quais são os problemas fundamentais do concelho? José Pedro Caçorino (JPC): O principal problema do concelho continua a ser a dívida esmagadora que impede o investimento público, afasta o investimento privado e obriga, devido ao empréstimo do FAM, a uma pesada carga fiscal sobre as famílias e as empresas. Estes serão os problemas mais prementes! Mas temos outros problemas que afectam de forma negativa a qualidade de vida dos nossos concidadãos. A

degradação e falta de manutenção do espaço público, a ausência de espaços verdes, o abandono e desertificação do centro histórico de Portimão, o definhamento do comércio tradicional, a excessiva dependência do turismo, com os problemas resultantes da sazonalidade na actividade económica, as questões associadas à mobilidade, transportes e trânsito, sem esquecer o enorme problema do estacionamento tarifado no centro da cidade e na Praia da Rocha, a ausência de participação cívica dos Portimonenses, são problemas gravís-

simos que afectam o nosso concelho. PA: A sua candidatura é a melhor opção para dirigir os destinos da Câmara porquê? JPC: A composição das nossas listas, formadas por pessoas de diferentes idades, origens e experiências profissionais, é a que melhor garante aos Portimonenses uma mudança segura nos destinos do nosso concelho. Por um lado, temos candidatos com a experiência política e o conhecimento dos problemas e realidades do concelho, que são os mais bem preparados para devolver a esperança aos

nossos concidadãos. Por outro lado, temos pessoas com a visão e a formação técnica indispensáveis à construção de um concelho moderno, virada para as pessoas, em que a garantia da qualidade de vida dos munícipes, a criação de condições para que os Portimonenses voltem a ter orgulho na sua terra serão as nossas preocupações permanentes. Propomo-nos mobilizar todos os recursos e pessoas, sem discriminar ninguém! E fazer com que o Município seja um parceiro activo dos privados na criação de riqueza, de emprego e

Nome: José Pedro da Silva Caçorino

Idade: 56 Profissão: Director de seguros

ÔÔ José Caçorino é líder da coligação Servir + Portimão no desenvolvimento do concelho. Tenho a experiência e as capacidades para colocar o

Município verdadeiramente ao serviço dos cidadãos e das empresas.

Renegociar o FAM é fundamental para o alívio fiscal segundo João Vasconcelos Nome: João Manuel Duarte Vasconcelos

Idade: 61 Profissão: Professor

ÔÔ João Vasconcelos é deputado do BE e agora candidato à autarquia POSTAL do ALGARVE (PA): Na sua opinião, quais são os problemas fundamentais

do concelho? João Vasconcelos (JV): A nível social, torna-se imperioso

reforçar os apoios sociais às famílias em dificuldades; implementar um programa de habitação social e uma bolsa municipal de habitação para arrendamento a preços controlados; uma maior inclusão social das pessoas com deficiência no acesso à educação, à habitação e na mobilidade; criar bancos de manuais escolares e a gratuitidade dos manuais escolares para os alunos do 2.º ciclo; melhorar os serviços públicos do transporte público Vai-Vem. A nível fiscal começar pela devolução dos valores cobrados injustamente a todos os

que pagaram a Taxa Municipal de Protecção Civil; renegociar os empréstimos do Fundo de Apoio Municipal (FAM), baixando assim as elevadas taxas de IMI, água, saneamento e outros impostos e tarifas municipais. No âmbito do emprego e desenvolvimento, acabar com a precariedade laboral nos serviços municipais, falta apostar na reabilitação urbana, requalificação do porto de cruzeiros e na recuperação do pequeno comércio. PA: A sua candidatura é a melhor opção para dirigir os

destinos da Câmara porquê? JV: Eu e a equipa que está comigo, do Bloco e muitos independentes colocamos sempre as pessoas em primeiro lugar. A experiência é uma mais-valia, tenho provas dadas como vereador, como deputado e na actividade cívica, e os Portimonenses conhecem-me, sabem que tenho estado sempre ao seu lado. Uma das grandes lutas que se travaram em Portimão ocorreu no início deste mandato autárquico, em 2014, quando a Presidente de Câmara impôs a ilegal taxa municipal de proteção

civil aos Portimonenses, já duramente atingidos pela crise com as taxas e impostos no máximo. Orgulho-me de ter estado à frente dessas lutas, juntamente com muitas outras pessoas. A situação atingiu tal amplitude que a Presidente se viu compelida a acabar com a taxa, quando era para durar durante 27 anos, o tempo de duração do Fundo de Apoio Municipal. Também tenho provas dadas nas lutas contra as portagens na Via do Infante, nas lutas em defesa do SNS no Algarve, nas lutas contra a pesquisa e exploração de petróleo, etc.


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Retrato do concelho: A MAIOR CIDADE DO BARLAVENTO é em grande medida

dominada pelo sector do turismo, sendo, aliás, o único porto de cruzeiros do Algarve. Segundo os dados do INE/ Pordata, relativos a 2015, Portimão conta com 55.334 habitantes que se distribuem em três freguesias, que no todo do concelho somam 182,08 quilómetros quadrados. A importância de Portimão não conseguiu fazer resistir a Câmara local a um acúmulo de dívida que a colocou no top das autarquias mais endividadas do país. Área: 182,08 Km2

d.r.

Eleitores: Total: 48.380 Nacionais: 47.817 União Europeia: 353 Não U.E.: 210 Freguesias: Mexilhoeira Grande, Portimão e Alvor. Candidatos à Câmara: PPD/PSD, CDS-PP, MPT, PPM: José Caçorino • BE: João Vasconcelos • Nós Cidadãos!: Mário Cintra • CDU: Isidro Vieira • PS: Isilda Gomes. Actual presidente da Câmara: Isilda Gomes eleita pelo PS.

Habitantes: 55.334

ÔÔ A Praia da Rocha é uma das mais belas paisagens do concelho

Mário Cintra quer pôr fim ao vazio de ideias do PS POSTAL do ALGARVE (PA): Na sua opinião, quais são os problemas fundamentais do concelho? Mário Cintra (MC): Trata-se de um concelho com muitas assimetrias, nomeadamente em infra-estruturas e no âmbito social. Portimão vive, actualmente, um momento crítico da sua existência. A difícil situação económica que afecta a autarquia e a economia local, a dificuldade em captar investimento privado, o vazio de ideias do Partido Socialista em projectos visando a criação de novos empregos e o pagamen-

to do empréstimo concedido pelo Estado à Câmara (FAM), são alguns dos problemas fundamentais que enfrentamos. PA: A sua candidatura é a melhor opção para dirigir os destinos da Câmara porquê? MC: Portimão tem grandes potencialidades para um desenvolvimento económico sustentável. Possui pontos fortes, nomeadamente: energia barata (solar e eólica) e condições ambientais únicas; cultura urbana milenária; convívio e enorme capacidade de acolhimento; acessibilidades externas excelentes (aéreas e

marítimas); dinamismo demográfico; dinâmica micro-empresarial; universidade; capacidade de atracção e fixação de grupos de animação cultural e reconhecimento externo positivo da cidade. Existem igualmente alguns pontos menos fortes que o “Nós” quer transformar em desafios, a saber: possibilitar um acréscimo no dinamismo económico; implementar programas para o desenvolvimento tecnológico e a internacionalização das empresas, bem como de formação profissional adequados às necessidades do concelho, além de

contribuir para a descentralização de centros de decisão para a região do Algarve. Considerando que existe um número significativo de Portimonenses que vive abaixo e nas proximidades do limiar de pobreza e que os meios financeiros alocados ao concelho são escassos, entendemos que é fundamental definir prioridades e aplicar esforços no desenvolvimento de acções que conduzam, simultaneamente, ao desenvolvimento e à solidariedade, entre os quais a inversão do desemprego e da pobreza existente e a implementação

Nome: Mário José Ferreira Cintra

Idade: 63 Profissão: Professor

ÔÔ Mário Cintra é o candidato do Nós, Cidadãos! de um plano estratégico de desenvolvimento sustentado e capaz de gerar riqueza, o qual

deve ser fruto da participação activa de todos os actores do concelho.

Isidro Vieira aposta num projecto alternativo com o timbre da CDU Nome: Isidro Manuel Ramires Vieiras

Idade: 44 Profissão: Enfermeiro

ÔÔ A CDU aposta no enfermeiro Isidro Vieira na corrida à Câmara POSTAL do ALGARVE (PA): Na sua opinião, quais são os problemas fundamentais

do concelho? Isidro Vieira (IV): A rotura financeira da Câmara e a de-

cisão errada para solucioná-la, que foi a adesão ao Fundo de Apoio Municipal, que serviu como colete-de-forças, cuja factura é paga pelo povo através da aplicação das taxas e tarifas municipais máximas, pela redução do investimento local, pelo corte nos apoios às associações recreativas e culturais e ainda pelas limitações à contratação de pessoal para fazer face às necessidades do município. A degradação contínua das estradas do município, a falta de ordenamento no trânsito e dificuldades de estacionamento dentro da cidade, com

um trânsito caótico durante todo o ano (particularmente no Verão), bem como o desleixo ao nível da paisagem urbanística, bem notório na falta de manutenção das rotundas, passeios e calçadas e no abandono de jardins públicos e de parques infantis. A degradação dos cuidados de saúde aos Portimonenses pela perda de autonomia da unidade hospitalar de Portimão e pela perda de valências e serviços essenciais ao seu bom funcionamento. PA: A sua candidatura é a melhor opção para dirigir os

destinos da Câmara porquê? IV: Considero a minha candidatura como a melhor opção para a Câmara de Portimão porque se alicerça no projecto alternativo e distintivo da CDU, projecto em que me revejo plenamente, projecto em que a acção autárquica dos seus eleitos se tem pautado pela execução de um poder local efectivamente ao serviço da população, projecto que tem nos valores de trabalho, honestidade e competência a sua pedra basilar. A presença da CDU ao longo do último mandato no

executivo municipal impediu que o PS fosse mais longe nas opções que levaram a Câmara à rotura financeira. Nas próximas eleições o povo de Portimão terá a oportunidade não só de impedir que PS e PSD fiquem com as mãos completamente livres dentro da Câmara, mas sobretudo a possibilidade de abrir caminho a uma política alternativa para o concelho, dando mais força à CDU.


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Isilda Gomes confiante no reconhecimento de um caminho difícil mas vitorioso POSTAL do ALGARVE (PA): Na sua opinião, quais são os problemas fundamentais do concelho? Isilda Gomes (IG): O primeiro dos grandes problemas é, sem sombra de dúvida, a degradação do espaço público. Ao longo dos últimos anos não foi possível investir nesta área, fruto de uma lei dos compromissos cega que não permitia qualquer despesa. Torna-se agora urgente recuperarmos o orgulho dos portimonenses na sua cidade. Em segundo lugar identificaria a falta de amplos espaços verdes que permitam a frui-

ção por parte das famílias, por último, identificaria alguns constrangimentos na área da mobilidade e do estacionamento que serão necessariamente alvo da acção do novo executivo. Urge, só a título de exemplo, criar novas condições de circulação na entrada da cidade. PA: A sua candidatura é a melhor opção para dirigir os destinos da Câmara porquê? IG: Estou absolutamente convicta de que assim é. Quando ganhei as eleições há 4 anos com maioria relativa, chamei todos os vereadores

da oposição e propus-lhes um pacto de regime. A gravidade da situação e o meu sentido de responsabilidade a isso me obrigava. Tirando o vereador Pedro Xavier todos os outros recusaram a responsabilidade de governarem Portimão. Demitiram-se das suas responsabilidades quando a sua terra mais deles precisava. Presumo que se soubessem o que hoje sabem teriam tido uma opção diferente, mas é nos momentos difíceis que se vê o grau de compromisso de quem está para construir ou de quem apenas serve para criticar.

A experiência dos últimos quatro anos deu-nos uma bagagem e uma experiência que estou certa será reconhecida e valorizada pelos portimonenses. É esta experiência que me deixa tranquila relativamente às outras candidaturas.

Nome: Isilda Maria Prazeres dos Santos Varges Gomes

Idade: 66 Profissão: Professora

ÔÔ A actual presidente Isilda Gomes é a candidata socialista

Sotavento pode ter a primeira presidente de Câmara mulher As mulheres chegaram ao lugar de presidente nas primeiras autárquicas, desta vez pode ser Vila Real de Santo António pelo BE a Faro, Elsa Cordeiro pelo PPD/PSD a Tavira, Célia Brito pelo PS a Castro Marim e Conceição Cabrita pelo PSD a Vila Real de Santo António. Qualquer destes quatro rostos femininos poderá ser a senhora que se segue na pre-

sidência das Câmaras a que concorrem. Mas Conceição Cabrita é que está mais próxima de ganhar a presidência de uma autarquia, uma vez que integra a equipa de Luís Gomes em Vila Real e este já não pode recan-

didatar-se ao lugar por limite de mandatos. Exactamente por isso, o POSTAL entrevistou a candidata à autarquia vila-realense, podendo a entrevista em vídeo ser visualizada no site do POSTAL em www.postal.pt. pub

MUNICÍPIO DE TAVIRA EDITAL Nº 48/2017 ÔÔ Conceição Cabrita pode ser a primeira mulher a liderar uma Câmara no sotavento, com Luís Gomes sem poder recandidatar-se à autarquia de Vila Real, a social-democrata pode ser a mulher que está mais próxima da cadeira do poder no sotavento

ODETE ISABEL foi a primeira

mulher a conquistar em Portugal uma presidência de Câmara, na Mealhada, em 1976, acabando à partida com a hipotética expectativa machista de que estes lugares estivessem reservados a homens, como era ainda hábito, infelizmente em algumas profissões à época. As mulheres também no Algarve conseguiram com o tempo alcançar o mais alto lugar de uma autarquia e nomes femininos conseguiram aos poucos fazer com que hoje a região tenha

três autarcas mulheres, Maria Joaquina Matos em Lagos, Isilda Gomes em Portimão e Rosa Palma em Silves. Coincidência ou não todas as actuais autarcas mulheres são apoiadas por partidos de esquerda, PS, PCP e PEV e exercem funções no barlavento algarvio.

SOTAVENTO NUNCA TEVE UMA PRESIDENTE DE CÂMARA MULHER Já o sotavento do Algar-

ve nunca conseguiu ver uma mulher conquistar a cadeira da presidência numa Câma-

ra Municipal. Uma realidade que valendo o que vale não deixa de ser um facto indicador de que há ainda em termos de igualdade de exercício de funções este caminho por percorrer nas Câmaras.

QUATRO MULHERES CANDIDATAS À CADEIRA DO PODER NO SOTAVENTO Certo é que nesta eleição de 1 de Outubro, no sotavento candidatam-se a presidente de Câmara quatro mulheres, Maria Eugénia Taveira

Jorge Manuel do Nascimento Botelho Presidente da Câmara Municipal de Tavira TORNA PÚBLICO, que em reunião extraordinária de Câmara Municipal, realizada no dia 12 de setembro de 2017, foram tomadas as seguintes deliberações: 1. Aprovada por unanimidade a proposta número 153/2017/CM, referente ao Alteração do Plano de Urbanização de Santo Estêvão - Aprovação final; 2. Aprovada por maioria a proposta número 154/2017/CM, referente à Atribuição de topónimos; 3. Aprovada por unanimidade a proposta número 155/2017/CM, referente a Atribuição de apoio à Freguesia de Tavira (Santa Maria e Santiago). Para constar e produzir efeitos legais se publica o presente Edital e outros de igual teor que vão ser afixados nos lugares de costume. Paços do Concelho, 05 de setembro de 2017 O Presidente da Câmara Municipal, Jorge Manuel Nascimento Botelho (POSTAL do ALGARVE, nº 1191, de 15 de Setembro de 2017)


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região

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Mar Shopping abre portas a 27 de Setembro com loja da Starbucks Até ao momento já são conhecidas 42 lojas das 220 que vão abrir no novo centro comercial de Loulé O MAR SHOPPING Algarve abre

portas no final deste mês, a 27 de Setembro, e a Starbucks é a mais recente presença confirmada no novo centro comercial de Loulé, juntando-se assim às 42 marcas reveladas pelo gigante comercial. A marca americana faz assim a sua estreia no sul do país no Mar Shopping, em Loulé, mas revela à comunicação social que também o Fórum Algarve, em Faro, receberá uma loja da mais famosa cadeia de “cafés” do mundo. Em Loulé, a Starbucks será assim uma das 110 lojas presentes no centro comercial Mar Shopping, que contará ainda com uma zona de restauração e serviços e salas de cinema. Lado a lado, também no complexo comercial situado junto ao Estádio do Algarve, onde já está aberta a loja IKEA, abrirá a breve

trecho o Designer Outlet Algarve com mais 110 lojas e uma mega store da marca Leroy Merlin.

NOVO CENTRO COMERCIAL JÁ RELEVOU O NOME DE 42 MARCAS O novo centro comercial do Algarve já revelou o nome de 42 marcas que vão ter um espaço no Mar Shopping, e das lojas já conhecidas encontram-se marcas do Grupo Inditex: Bershka, Lefties, Massimo Dutti, Oysho, Pull & Bear, Stradivarius, Zara e Zara Home; e do Grupo Corefiel: Springfield e Woman’s Secrets. A estes dois grandes grupos juntam-se também marcas como A Loja do Gato Preto, Aromas, Centros Único, Cinemas NOS, C&A, Deichman, Flying Tiger Copenhagem, José Luís Jóias, Joshua’s, McDonald’s, Mike Davis, Pingo Doce, Primark, Punto

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Roma, Salsa, Talho Burguer, Vitaminas, Wok to Walk, Worten, Zippy e 100 Montaditos. O Grupo IKEA investe no total cerca de 200 milhões de euros num projecto que afirma “criar três mil postos de trabalho directos e indirectos na região algarvia”.

CENTRO COMERCIAL APOSTA NUM NOVO CONCEITO DE LAZER O Mar Shopping Algarve aposta também num novo conceito de lazer e propõe uma área com oito mil metros quadrados ao ar livre, que pretende elevar o conceito de ‘shopping familly friendly’. Ana Machado, directora de marketing da IKEA Centres para o mercado europeu, salienta que “a zona de lazer ao ar livre representa, acima de tudo, um projecto de elevação da oferta de solupub

MUNICÍPIO DE TAVIRA EDITAL Nº 47/2017 Jorge Manuel do Nascimento Botelho Presidente da Câmara Municipal de Tavira TORNA PÚBLICO, que em reunião ordinária de Câmara Municipal, realizada no dia 05 de setembro de 2017, foram tomadas as seguintes deliberações: 1. Aprovada por unanimidade a proposta número 147/2017/CM, referente ao Programa Municipal “Tavira – Férias Ativas” 2017 – Atribuição de bolsas de participação aos jovens; 2. Aprovada por unanimidade a proposta número 148/2017/CM, referente à Semana da Juventude de Tavira 2017 – Atribuição de apoios; 3. Aprovada por unanimidade a proposta número 149/2017/CM, referente a Atribuição de Bolsa de Estudo a Isabel Maria de Jesus Martins; 4. Aprovada por unanimidade a proposta número 150/2017/CM, referente a Aquisição de software de gestão documental serviços Online e BPM – Assunção de compromisso plurianual; 5. Aprovada por unanimidade a proposta número 151/2017/CM, referente a Aquisição de combustíveis rodoviários a granel (3-CPu/17) – ratificação de despacho do Presidente da Câmara Municipal e aprovação da minuta do contrato; 6. Aprovada por unanimidade a proposta número 152/2017/CM, referente à Dissolução da Anas – Associação de Municípios do Algarve e de Huelva – Aditamento à proposta nº. 143/2017/CM. Para constar e produzir efeitos legais se publica o presente Edital e outros de igual teor que vão ser afixados nos lugares de costume. Paços do Concelho, 05 de setembro de 2017 O Presidente da Câmara Municipal, Jorge Manuel Nascimento Botelho (POSTAL do ALGARVE, nº 1191, de 15 de Setembro de 2017)

ÔÔ Starbucks estreia-se no sul do país com loja no Mar Shopping

ções de entretenimento durante a visita ao centro comercial, assegurando aos nossos visitantes tempo de qualidade. Tubos de som, pontes suspensas, bombas de água, caminhos de pedra, moinho de água, túneis nas árvores, cavernas, slides ou escalada são algumas das actividades que concretizam, do ponto de vista das infra-estruturas, um projecto que o grupo sueco garante ser “único a nível nacional e um dos mais modernos projectos da IKEA Centres a nível mundial”. pub


última

O POSTAL

regressa no dia 13 de Outubro Tiragem desta edição:

6.209 exemplares

Marco Pereira atravessa país a pé em caminhada solidária pela EN2 Quarteirense vai percorrer mais de 700 quilómetros para dar a conhecer a endometriose, doença que afecta as mulheres O QUARTEIRENSE MARCO PEREIRA, HABITUADO A GRANDES CAMINHADAS EM AUTONOMIA,

entre elas a peregrinação ao Santuário de Fátima, vai percorrer 738 quilómetros da EN2, entre Chaves e Faro, de 27 de Setembro a 21 de Outubro, para dar a conhecer a endometriose. O objectivo é chamar a atenção para esta doença silenciosa que afecta muitas mulheres. A

doença caracteriza-se pelo crescimento de tecido endometrial fora do útero, sendo que quase metade das mulheres afectadas sofre de dor pélvica crónica e, em 70% dos casos, a dor ocorre durante a menstruação. O sofrimento durante as relações sexuais também é comum e a infertilidade ocorre em até metade das pacientes. Há algum tempo que Marco

Festival de Aves volta a Sagres Este ano o ‘cabeça-de-cartaz’ é o chasco-cinzento

d.r.

Pereira tinha o desejo de aliar a sua paixão a uma causa solidária e por isso criou a Endocaminhada. As Endoguerreiras vão aproveitar a ocasião para realizar acções de esclarecimento sobre esta doença em vários pontos do trajecto.

QUARTEIRENSE VAI PERCORRER UMA MÉDIA DE 30 QUILÓMETROS POR DIA A EN2 ganhou

recentemente o estatuto de roteiro, o que a torna um desafio à altura, sendo que Marco Pereira é o primeiro a atravessar os seus 32 concelhos a caminhar, num projecto que está a ser preparado há muito tempo. A preparação física para os 24 dias de caminhada, numa média de 30 quilómetros percorridos diariamente de mochila às costas, já teve início, com um teste ao percurso entre Almodôvar e Faro. O treino é feito em longas

ÔÔ O atleta ao lado de Vítor Aleixo, presidente da Câmara de Loulé caminhadas com apoio do fisioterapeuta/preparador físico Cristino Rodrigues e uma cuidada alimentação. A travessia do país a pé é uma aventura que requer uma preparação adequada, não só na componente física, como também na logística (alojamento, alimentação e equipamento). O apoio para a pernoita e a recuperação da jornada vem dos

diversos quartéis de bombeiros ao longo da rota EN2.

ETAPAS COMEÇAM DE MADRUGADA PARA TORNAR A CAMINHADA MAIS SEGURA As etapas

têm início de madrugada, o que permite um bom avanço na caminhada antes que o trânsito e o calor obriguem a abrandar o passo. A estrada não está totalmente adaptada a caminhantes,

sem bermas e com algum trânsito em determinados sítios, o que obriga a um cuidado redobrado e a uma constante concentração para que seja uma caminhada segura. Em vários pontos do trajecto, Marco Pereira vai ser acompanhado por membros da Associação MulherEndo, com sede em Leiria, que vão fazer, em conjunto com ele, os últimos quilómetros dessa etapa. Fica também o convite a todos quantos se queiram juntar à Endocaminhada, em qualquer etapa do percurso, quer seja por 500 metros ou 10 quilómetros. A Endocaminhada tem o apoio de Água de Faro - Fagar, Associação Mulherendo, Associação da Rota EN2, Só Moda, David Miller, DuoDoce, Fisiodesporto, Free Challenge, Ideias Aventura, Jota Sports Letra 7, Município de Faro e Município de Loulé. pub

d.r.

ÔÔ Festival dedica cinco dias inteiramente à natureza

O PRÓXIMO FESTIVAL DE OBSERVAÇÃO DE AVES & ACTIVIDADES DE NATUREZA acontece

entre 4 e 8 de Outubro. Este ano, o ‘cabeça-de-cartaz’ é o chasco-cinzento, uma espécie migradora fácil de observar em Sagres na altura de migração. Este passeriforme vem a Portugal reproduzir-se em meados de Abril e por cá fica até ao fim do Verão. No Outono ruma para terras mais quentes, em África. O evento terá cinco dias inteiramente dedicados à natureza de Sagres e arredores, com actividades de observação de aves, passeios para

conhecer a flora e a geologia local, passeios no mar para observar mamíferos marinhos, iniciativas para crianças, entre outras surpresas. Entre as principais actividades destacam-se as saídas de campo, as saídas de barco, a anilhagem de aves, atividades para crianças, mini-cursos, exposições, monitorização de aves planadoras, palestras, fotografia, entre outras. Trata-se de uma iniciativa promovida pela Câmara de Vila do Bispo, que tem como co-promotores a Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves e a Almargem.


Mensalmente com o POSTAL em conjunto com o PÚBLICO

SETEMBRO 2017 | n.º 107 6.209 EXEMPLARES

www.issuu.com/postaldoalgarve

Letras e leituras:

As potencialidades do património no meio rural

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d.r.

p. 6

A estrada subterrânea

p. 3

Artes visuais:

d.r.

A arte urbana tem uma duração limitada?

p. 4

Espaço AGECAL:

d.r.

d.r.

Italo Calvino:

Se numa noite de inverno um viajante

Gestão cultural em Espanha

p. 5

Quotidianos poéticos: d.r.

Miguel Godinho

p. 8

p. 7


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15.09.2017

Cultura.Sul

Editorial

Missão Cultura

Joaquim Guerreiro: um adeus antes de tempo

A Feira da Dieta Mediterrânica na sua vertente pedagógica d.r.

Direção Regional de Cultura do Algarve

Ricardo Claro

Editor ricardoc.postal@gmail.com

AGENDAR

Não raras vezes, para infelicidade de todos nós, tenho utilizado este editorial para 'dizer' um último adeus a pessoas cujo relevo na área da cultura é incontornável e que nos deixam, nesta terra de passagem breve, sempre cedo de mais. Desta feita, é de Joaquim Guerreiro que nos despedimos em nome da cultura do Algarve e do país. Ficámos todos mais pobres e a cultura, enquanto actividade, particularmente desfalcada no Algarve com a partida de um reconhecido programador cultural da região. Para Joaquim Guerreiro pensar a cultura, programá-la para usufruto de todos nós era mais do que uma mera actividade quotidiana ligada ao trabalho. Algumas das ideias que gerou e fez realidade no Algarve, em particular em Loulé e Faro, são alguns dos melhores momentos culturais da agenda regional anual. Indissociável, do Festival MED, da Noite Branca, da renovada programação do Teatro das Figuras, ou do Festival F, Joaquim Guerreiro deixa em termos culturais obra feita e mais do que isso uma marca na forma como se deve programar cultura. Espaço para todos era o que a mestria do programador criava, espaço para todas as artes e para todos os públicos, num percurso que trouxe às artes novos e mais alargados espectros de público. Importa o qu fez, mas importa mais o que dele herdámos todos e que permanecerá, assim se espera, por muito tempo. Falo dos festivais e dos espectáculos, falo da cultura como a pensava, mas falo acima de tudo da qualidade com que os fazia. 

A “Dieta Mediterrânica” Património Cultural Imaterial (PCI) da Humanidade tem Tavira como comunidade representativa de Portugal desde 4 de Dezembro de 2013. No mês em que decorreu, nesta cidade, a 5ª edição da Feira da Dieta Mediterrânica e assumindo Portugal, ao longo deste ano, a presidência da coordenação deste património, reforçamos a importância deste tema. A Direção Regional de Cultura do Algarve (DRCAlg) apresentou-se nesta Feira com dois projetos culturais relacionados com o PCI da região algarvia. Direcionada para crianças, a partir dos cinco anos, e suas famílias, a “Oficina dos Alimentos Incríveis! - Arte, criatividade e gastronomia” é um projeto educativo concebido e orientado por Marina Palácio (Teatro Experimental de Lagos) que se realizou no "Largo do Brincar", no sábado, das 10.30 às 12.30 horas. Uma oficina de nutrição criativa, poéti-

Dieta Mediterrânica reúne à mesa pessoas que partilham uma herança cultural ca e sensorial sobre alimentos mediterrânicos, temperada com música aromática, escrita criativa e tipografia caligráfica, que tem como objetivo explorar os alimentos em toda a sua forma, desde a degustação alimentar, musical até à literária, a partir de livros. Já no Palácio da Galeria pôde assistir-se aos documentários “Algarve em Festa”, em língua portuguesa mas legendados em inglês, que deram a conhecer três festividades da região - a Festa das Tochas Flo-

ridas (São Brás de Alportel), a Festa da Pinha (Estoi), a Festa das Chouriças (Querença) - e a Confeção da Doçaria Tradicional Algarvia, que, tal como a Dieta Mediterrânica, são parte do PCI da região. Pensar a Dieta Mediterrânica na Cultura do Algarve Mais do que um regime alimentar, a Dieta Mediterrânica é uma forma de estar que reúne à volta da mesa pessoas que partilham uma herança

cultural, o que envolve o respeito pelas crenças de cada comunidade, a manutenção das suas tradições e a valorização da sua identidade. Pelo que é importante pensar a Dieta Mediterrânica nas suas várias dimensões, que incluem: - contextos domésticos - ambiente, produção e consumo; - contextos comunitários - celebrações e festividades; - contextos regionais - contrastes e complementaridades - do

familiar ao tradicional - da casa ao restaurante. Numa região habitualmente referida pelos turistas que atrai, é relevante pensar na proteção e salvaguarda; tradição e inovação; autenticidade; deslocalização e outras problemáticas (auto-representação, identidade, performance, mercantilização, estilos de vida e mudança social). A participação nesta Feira é um dos meios que a DRCAlg utiliza para dar a conhecer o PCI da região. Para além desta participação, é membro de diversos grupos regionais e nacionais no âmbito da salvaguarda da Dieta Mediterrânica e desenvolve a vertente da edição e apoio à publicação de obras que, entre outros temas, versam sobre Lendas, Provérbios e estudos sobre a alimentação no Algarve. Outro dos propósitos da DRCAlg, no sentido de salvaguardar o PCI da região, tem sido o apoio às comunidades que pretendem registar e salvaguardar a sua herança cultural através do registo e inventariação, para que as gerações vindouras se sintam parte integrante de uma comunidade com passado, presente e futuro. •

Juventude, artes e ideias

AID - Associação Igualmente Diferentes

Jady Batista Coordenadora Editorial do J

A Associação Igualmente Diferentes – AID é uma associação RENAJ, fundada a 28

de dezembro de 2016, com “o intuito de responder às necessidades específicas da população com deficiência, que o tecido institucional do Algarve não (ou nem sempre) consegue corresponder”. Com atuação em diversas áreas, como Reabilitação/Habilitação, Desporto, Cultura, Lazer e Formação, a AID é composta por “uma equipa jovem, de profissionais

de diversas áreas (Educação Social, Desporto, Psicologia, Fisioterapia, Terapia da Fala, Terapia Ocupacional, Farmácia,…) e, na sua grande maioria, com experiência efetiva na área da deficiência. Neste momento desenvolvem trabalho no âmbito do Programa Geração Z e do Plano Nacional de Desporto para Todos, em resultado de duas candidaturas do IPDJ e na área

“ELOS” Até 30 de SET | Biblioteca Municipal de Olhão Rebeca Porto Martins apresenta um conjunto de 35 fotografias que tirou em vários países entre 2009 e 2015, com registos de gente, espaços, ambientes e locais visitados

da formação, “onde a parceria com a empresa MDC – Formação & Psicologia, se tem revelado importantíssima”. A AID esteve presente na festa de encerramento dos VII Jogos de Quelfes, no Festival do Marisco de Olhão e na Fatacil (Lagoa). Para o próximo ano civil, os objetivos “já serão mais ambiciosos, perspetivando-se uma intervenção mais concertada e regular, de modo a conseguir

apresentar com segurança e mais frequência à comunidade local e regional, desenvolver novos projetos e atividades, submeter mais candidaturas, angariar financiamento e assim crescer, com vista àquele que é, em última instância, o objetivo maior: o desenvolvimento e a criação de respostas sociais concretas, em estruturas físicas adequadas, para a população com deficiência!”. •

“CONCERTO POR CAPICUA” 16 SET | 21.30 | Cine-Teatro Louletano Rapper regressa a Loulé para apresentar o seu novo espectáculo, em absoluta estreia algarvia, com uma nova banda completa, novos arranjos e um novo conceito de concerto


Cultura.Sul

Ficha Técnica: Direcção: GORDA Associação Sócio-Cultural Editor: Ricardo Claro Paginação e gestão de conteúdos: Postal do Algarve

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Letras e leituras

A estrada subterrânea, Colson Whitehead: a emancipação de um destino fotos: d.r.

Responsáveis pelas secções: • Artes visuais: Saul de Jesus • Da minha biblioteca: Adriana Nogueira • Espaço AGECAL: Jorge Queiroz • Espaço ALFA: Raúl Grade Coelho • Espaço ao Património: Isabel Soares • Filosofia dia-a-dia: Maria João Neves • Juventude, artes e ideias: Jady Batista • Letras e literatura: Paulo Serra • Missão Cultura: Direcção Regional de Cultura do Algarve • Panorâmica: Ricardo Claro • Quotidianos poéticos Pedro Jubilot Colaboradores desta edição: Rafael Morales Astola Parceiros: Direcção Regional de Cultura do Algarve e-mail redacção: geralcultura.sul@gmail.com e-mail publicidade: anabelag.postal@gmail.com on-line em: www.postal.pt e-paper em: www.issuu.com/postaldoalgarve

facebook: Cultura.Sul Tiragem: 6.209 exemplares

Paulo Serra

Doutorado em Literatura na Universidade do Algarve; Investigador do CLEPUL

Cora é uma jovem escrava que nasceu numa plantação de algodão e apesar de nunca o ter ponderado é confrontada com a possibilidade de escolha quando Caesar lhe propõe fugir. Cora diz que não à primeira, sendo essa recusa automática a voz da avó dela, Ajarry, a falar em si. Lemos depois como Ajarry viu o mar pela primeira vez, quando é levada para as masmorras onde mulheres e crianças raptadas nas aldeias de África esperavam pelos barcos que as levariam para as Américas. Durante o seu percurso Ajarry será vendida por várias vezes, passando de uns negreiros para outros; tenta matar-se por duas vezes, na travessia do Atlântico; é marcada por várias vezes, como uma peça de gado; e o seu preço vai flutuando ao sabor do mercado, até porque há excesso de raparigas na altura, até ser vendida por duzentos e noventa e dois dólares. Três semanas mais tarde, quando Caesar lhe volta a falar num caminho de fuga Cora acaba por dizer que sim, e dessa vez sente que é a voz da mãe, Mabel, a falar por ela, a única escrava que terá conseguido fugir da plantação. Cora é uma personagem intrigante. Se ao início julgamos que é louca, como os restantes escravos a consideram, assistimos depois a um crescendo da personagem. Cora, aliás, percebe claramente a verdadeira razão por trás do convite de Caesar para o acompanhar na sua fuga: «- Achas que sou uma sortuda encantadora porque a Mabel fugiu. Mas não sou. Já me viste. Já viste aquilo que nos acontece quando temos ideias na cabeça.» (p. 64). Cora guarda rancor à mãe que para poder fugir a terá abandonado aos dez ou onze anos (pois todos sabem que os pretos não faziam anos, simplesmente escolhiam um dia

Romance de Colson Whitehead venceu o Prémio Pulitzer e o National Book Award para celebrar o seu aniversário) e procura agarrar-se à única coisa que tem: um pedaço de terra de três metros quadrados onde a avó cultivava nabos e inhames. Fuga a um destino imposto Mas as ideias são perigosas e infiltram-se, levando Cora a querer conhecer o mundo para lá da plantação. Essas ideias remetem

para um idealismo rebelde que a leva a impôr-se contra as injustiças e a crueldade da escravatura, enquanto os restantes escravos sabem que é inútil. Em dois momentos, ainda na plantação, Cora tem gestos de uma bravura desmesurada, aparentemente inexplicáveis, quando reivindica à machadada o seu terreno e quando defende uma criança com o próprio corpo.

Obra reconstrói um retrato da América no séc. XIX

A estrada subterrânea está dividida em doze partes, intituladas com nomes de personagens e de estados, numa alternância entre partes muito breves, de um só capítulo, onde o leitor toma contacto com personagens secundárias do romance que mais tocam a vida de Cora, e partes mais extensas, de vários capítulos, que narram a fuga de Cora ao longo de vários estados: Geórgia, Carolina do Sul, Carolina do Norte, Tennessee, Indiana e o Norte... Cora revelar-se-á uma mulher de força e de sentido prático, tanto que quando lê para ocupar os interregnos da sua fuga prefere os Almanaques aos romances. Contudo, não será por acaso que, além da Bíblia, um dos romances encontrados por Cora é As Viagens de Gulliver, como uma alusão à história mítica de um périplo arriscado por territórios desconhecidos, à semelhança desta jovem que vai fugindo do Sul para o Norte da América por um caminho de fuga que aqui se transfigura numa linha férrea subterrânea. São também, apesar de tudo, as histórias e fantasias que impelem Cora, numa viagem mais movida pela sobrevivência (e apesar do remorso, enquanto deixa atrás de si um rasto de sangue e morte) do que por um horizonte de esperança, apesar de achar improvável que exista um local onde os escravos pos-

sam ser verdadeiramente livres (o final em aberto é emblemático). Mesmo que enquanto isso o povo americano comece a recear as consequências da escravatura: «A América importara e criara tantos africanos que, em muitos estados, estes já eram mais numerosos do que os brancos.» (p. 153). Talvez por isso num estado onde até os escravos fugitivos pensam ter encontrado um porto seguro se começa a aventar a hipótese de esterilizar as mulheres. Colson Whitehead, nascido em 1969 em Nova Iorque, reconstrói através de uma escrita enganosamente simples um retrato da América no séc. XIX em que a história individual de Cora (onde confluem ainda as dos índios e emigrantes irlandeses) representa a condição do escravo e da sua luta pela liberdade e uma vida digna. Vencedor do Pulitzer e do National Book Award, este romance impossível de pousar surge como resposta necessária aos tempos incertos que se vivem na América e no mundo, onde o racismo ainda impera e os emigrantes são olhados com rancor: «E foi esta mistura enorme que veio para a América nos porões dos navios negreiros. (...) Os filhos e filhas deles apanharam tabaco, cultivaram algodão, trabalharam em propriedades gigantescas e em pequenas quintas. Somos artífices, parteiras, pregadores e vendedores ambulantes. Foram mãos negras que construíram a Casa Branca, a sede do Governo da nação. A palavra nós. Nós não somos um povo, mas muitos povos diferentes.» (p. 346). •


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Cultura.Sul

Artes visuais

A arte urbana tem uma duração limitada? fotos: d.r.

Saul Neves de Jesus

Professor catedrático da UAlg; Pós-doutorado em Artes Visuais pela Universidade de Évora

A arte acompanha o desenvolvimento da sociedade, sendo uma expressão desta, tanto que se considera que as obras artísticas devem procurar ser compreendidas no contexto histórico-social em que são produzidas. Numa época em que predomina uma atitude consumista e imediatista, em que quase tudo parece ser feito para consumir e descartar, surgem também formas de arte visual que se enquadram neste paradigma. Numa perspetiva de democratização da cultura, de permitir o acesso de todos às manifestações culturais, a arte tem “saído” dos museus e galerias, vindo para a rua, para junto das pessoas. A arte urbana ou “street art” traduz esta aproximação da arte às pessoas. Esta forma de expressão diz respeito a manifestações artísticas realizadas no espaço público, coletivo ou urbano, distinguindo-se das manifestações de caráter institucional ou do mero vandalismo. No penúltimo número fizemos referência a alguns trabalhos de Banksy, em grafite, e no último número analisámos alguns trabalhos de Bordalo II, a partir de “lixo urbano”, os quais podem ser encontrados em ruas,

Imagens de grafites em Olhão pontes e muros de cidades de todo o mundo, procurando expressar mensagens visuais de crítica política, ambiental e social. Os grafites são um exemplo de arte urbana, distinguindo-se do vandalismo dos riscos muitas vezes feitos nas paredes. A título de curiosidade, em Portugal não temos nenhuma expressão para distinguir os grafites dos riscos nas paredes, mas os brasileiros utilizam o termo “pichação” para designar estes últimos. Dizendo respeito às formas de arte encontradas em meios urbanos, para além dos grafites e instalações, a arte urbana integra as performances artísticas a que assistimos quando passeamos numa cidade, sejam as que impliquem mais movimento (por exemplo, músicos ou malabaristas), sejam as próprias estátuas vivas, tão em

moda na atualidade. Assim, a arte urbana tem vindo a tornar-se cada vez mais popular, havendo até algum aproveitamento turístico nalgumas das grandes cidades europeias, contribuindo para a animação e embelezamento das mesmas. Em Portugal, temos manifestações de arte urbana em muitas cidades, incluindo as de menor dimensão, como seja Olhão, em que podemos encontrar expressões artísticas nas fachadas de vários edifícios. No entanto, neste artigo gostaríamos de destacar o trabalho feito em Loures que se vem afirmando como uma referência nacional e internacional em termos de arte urbana. Tendo começado na Quinta do Mocho, uma zona da cidade ainda há poucos anos marginalizada, as manifestações artísticas propagaram-se a todo o concelho de Loures, havendo grafites em empenas de prédios, muros de escolas, paredes de viadutos, depósitos de água, postos de trans-

formação da EDP e autocarros. No verão de 2016, cerca de 100 artistas portugueses e estrangeiros participaram naquela que foi a primeira edição do “Loures Arte Pública”. Recentemente, em junho deste ano, realizou-se a segunda edição deste evento (festival de arte urbana “O Bairro i o Mundo”), tendo contado com a participação de um número ainda superior de artistas. Estes participam de forma voluntária, uma vez que não recebem qualquer vencimento, sendo a “residência artística” da responsabilidade da autarquia, que faculta o alojamento, as refeições e os equipamentos necessários para a realização dos trabalhos, sendo as tintas cedidas pela Robbialac. As pinturas abordam diferentes temas, geralmente relativos a questões sociais, como a discriminação racial, os direitos das crianças, a natureza, a multiculturalidade e a igualdade. Atualmente, quase que podemos falar de Loures como uma

galeria de arte a céu aberto, perspetivando-se aumentar o número de manifestações artísticas na cidade, procurando corresponder aos pedidos de entidades privadas e de representantes de instituições públicas, para que também os seus imóveis sejam intervencionados. Em relação à Quinta do Mocho, de destacar que, aquele que era considerado um dos bairros mais problemáticos do país, com situações de violência e tráfico de droga, escondendo os moradores o local de residência quando procuravam emprego e recusando-se os taxistas a entrar neste bairro, tornou-se num motivo de orgulho para os cerca de 2.800 residentes, com visitas guiadas para os visitantes. Desta forma, “mostrar o bairro ao mundo e trazer o mundo ao bairro” é o mote da Galeria de Arte Pública da Quinta do Mocho. A arte urbana começa a ser uma “marca” de Loures e esperamos que outros municípios

sigam este exemplo, ligando a arte à promoção artística das cidades, sugerindo a visita e descoberta das imagens através de um circuito pedonal. Em relação às obras produzidas, vão perdurar e contribuir para que Loures constitua, cada vez mais, um local de visita obrigatório para todos os apreciadores de arte urbana. Desta forma, a arte urbana não tem que ser descartável, podendo ser até fator de desenvolvimento e inclusão social. As obras produzidas em arte urbana não durarão certamente tanto como aquela intitulada “As long as possible” (“Tanto tempo quanto possível”), criada em GIF (imagens animadas, cuja duração costuma ser de apenas alguns segundos) por Juha van Ingen, um artista finlandês que refere que a mesma só terminará daqui a mais de 1.000 anos. Durante a animação, que começou em março deste ano, cada número permanece na tela durante dez minutos e o último, o número 48.140.288, só será exibido em 3037. De acordo com o artista, esta obra de arte é bastante otimista, uma vez que depende das gerações futuras para garantir que continua em funcionamento e consegue chegar ao fim. Para já, o Museu Kiasma de Arte Contemporânea, na Finlândia, adquiriu este GIF para o seu acervo. Mas embora não tenham essa durabilidade, as obras produzidas na Quinta do Mocho conseguiram aumentar o otimismo dos habitantes, mostrando que a arte também pode contribuir para aumentar o bem-estar dos residentes. Esperemos que dure… •

Imagens de grafites em Loures


Cultura.Sul

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Espaço AGECAL

Origem, evolução e desenvolvimento da gestão cultural em Espanha (2ª parte)

Rafael Morales Astola Doutor em Filologia Hispânica, gestor cultural, co-fundador e ex-presidente da GECA.

Em 2011, a FEAGC - Federação Espanhola de Associações de GC conseguiu que o Ministério do Trabalho incluísse a categoria de “gestor cultural” na Classificação Nacional das Profissões, assim como o reconhecimento dos Graus de Gestão Cultural nas Universidades de Huelva e de Córdova. Ficou pendente da obtenção da epígrafe de “gestão cultural” na Classificação das Actividades Económicas para as empresas do sector. Hoje, a gestão cultural nas artes ocupa-se principalmente das artes cénicas, do cinema e

música. Em Outubro foram publicados os dados do Anuário SGAE 2016. O relatório sublinha a precarização do sector a par da sua elevada qualidade profissional, conteúdos e serviços. Em Espanha, a última crise foi um terramoto que retirou todos os programas e projectos culturais que obedeciam a outros paradigmas ou ao seu conjunto. A situação de emergência é a seguinte: - Gestores culturais públicos rodeados por assessores ou pára-quedistas que fazem de gestores culturais, sem código deontológico, sem experiência ou conhecimentos técnicos; - Empresas que dizem “pago-te metade do que te devo mas assinas um papel que diga que já não te devo nada ou levas-me para os tribunais”; - Instituições que concedem ajudas com fundos europeus e que colocam argumentos absurdos e papelada interminável

d.r.

Imagem da sede do Ministério da Educação, Cultura e Desporto espanhol em Madrid até deixar na ruína empresas ou dissuadir as pequenas administrações locais para que não empreendam projectos de envergadura; - Administrações públicas que não reconhecem trabalhos que lhes foram enco-

mendados por titulares com mandato terminado; - Entidades bancárias que pressionam até a corda quebrar-se e propõem “facilidades de pagamento”; - Promotores e agências culturais que tardam mais de um

ou dois anos a pagar; - Impostos com pagamento imediato, mas para receber convertem-se num bombardeio de petições de documentação e fazem esperar mais de seis meses para o pagamento, etc.; - Governos que retiram à cultura o IVA reduzido; - Empresas encobertas sob a fórmula jurídica de associação que fazem concorrência desleal às verdadeiras empresas e geram desconfiança no tecido associativo; - Associações chamadas para o intrusismo profissional para subsistência dos seus membros com a conivência das administrações; - Administrações públicas que, ano após ano, pedem o mesmo, pagando menos e empurrando para o precipício da autoexploração. A Gestão Cultural em Espanha move-se sobre placas tectónicas em choque e confluência. A pluralidade de territórios, de

instituições e de sectores complica - ou melhor rompe - toda a possibilidade de estabelecer categorias que sirvam para caracterizar uma gestão cultural sob um único olhar estatal: gestão cultural rural, urbana, pública, privada, de terceiro sector, de quarto sector, mista, generalista, específica (museus, património, artes cénicas, música, literatura, artes plásticas e visuais, audiovisual e cinema, artes emergentes, artesanato, etc.), comunitária, de pequena, media e grande cidade, de grande urbe, estatal, autonómica ou local, transversal (com saúde, educação, inclusão social, género, juventude, ciência, comunicação, turismo…), etc…., são realidades operativas e conceptuais que impedem indubitavelmente qualquer tentativa de caracterização general. Na próxima edição: Actualidade da gestão cultural em Espanha (conclusão)

Filosofia dia-a-dia

Isto (não) é para mim!

Maria João Neves Ph.D Consultora Filosófica

Já alguma vez se viu naquela situação em que alguém conta algo e dá consigo a pensar “gosto muito mas não é para mim, não sou capaz!” Ou então: “Se pudesse até fazia, mas não tenho tempo!” O seu interlocutor falava de uma actividade desportiva, ou de uma certa forma de se alimentar ou de uma prática de meditação, ou de outra coisa qualquer. Algo que definitivamente lhe faria bem, disso não lhe restam dúvidas. Mas é então que a falta de auto-estima fala mais alto: “Fulano consegue porque é mais inteligente do que eu...”. A frase tem infinitas variantes: fulano é mais organizado, ou mais flexível, mais talentoso ou mais qualquer outra coisa, não importa o quê, fulano simplesmente é mais! Com estas

justificações, o leitor apazigua momentaneamente o seu estado de espírito que começava a inquietar-se, vira costas ao assunto, e não pensa mais nisso! Que alívio! Encontrou uma justificação perfeita para não ter de fazer nada! Sabia que na sua obra Bodhicaryavatara Shantideva, o grande sábio indiano classifica a falta de auto-confiança como preguiça? Esta obra está traduzida para Português com o título A Via do Bodhisattva, com um prefácio do XIV Dalai Lama. Sua Santidade afirma: “Se tenho alguma compreensão da compaixão e da via do Bodhisattva, é inteiramente com base neste texto que a possuo.” Trata-se de um longo poema que descreve o processo de iluminação desde o princípio até ao completo estado búdico, ao longo de 10 capítulos em verso. O texto é amplamente estudado na escola Mahayana - O Grande Veículo - do Budismo Tibetano. Voltando à preguiça, o leitor é capaz de estar neste momento a interrogar-se porque é que no entender do sábio Shanti-

deva duvidar de si próprio ou ter uma auto-estima baixa são sintomas de displicência. No capítulo IV, que versa sobre a Atenção, Shantideva está bem ciente desta armadilha mental: “Mas, oh, a minha mente é fraca. Sou indolente!” De acordo com a filosofia budista todos os seres sensíveis possuem natureza búdica, portanto, todos podem alcançar a iluminação completa. A preciosa vida humana não pode ser desperdiçada com complacências! Há que meter mãos à obra e desvelar essa natureza búdica que todos possuímos, com coragem para superar as adversidades. No capítulo VII, sobre a Diligência, Shantideva incita-nos: “Não te deprimas, mas dispõe em ordem todos os teus poderes;/ faz um esforço; sê o mestre de ti mesmo!” A iluminação é para todos, não apenas para uma elite... Mas claro que é necessário trabalhar para a conseguir! Esta é uma das tais coisas que ninguém pode fazer por nós. Ao contrário de uma gripe que se apanha facilmente por contágio, bastando-nos estar ao pé de alguém infec-

d.r.

tado, as qualidades da mente e do espírito não se desenvolvem senão por mérito próprio. Amigos virtuosos podem ajudar mas não bastam. Em primeiro lugar é necessário aplicar todos os esforços para eliminar a vagabundagem mental. Só assim se podem pôr em ordem todos os nossos talentos e potencialidades. Lembre-se: ter um enorme potencial e recusar-se a actualizá-lo é PREGUIÇA! Outro obstáculo consiste na pretensa falta de tempo. Vive-

-se a correr e Cronos é devorador. Realmente, não há tempo para tudo. Que fazer então? Há que hierarquizar prioridades. Isto faz parte do processo de se tornar mestre de si mesmo, de não se deixar levar pela maré, ou pelo que os outros pensam ou dizem, ou pelo facilitismo reinante. Agarrar as rédeas da própria vida é um acto de coragem. Os Tibetanos têm o seguinte ditado: “Não te deixes levar pelo nariz!”. Fazendo referência à anilha que o boi têm

no nariz e que serve para que o dono o conduza com uma corda. Quantas vezes nos desculpamos com os outros para não fazermos aquilo que verdadeiramente nos importa. Cedemos amiúde a chantagens emocionais. Achamos que estamos a ser altruístas e talvez estejamos a ser palermas. Aqui está algo que urge averiguar. Até porque se corre o risco de além de néscio se ser perdulário, ao esbanjar a preciosa vida humana, tão frágil e escassa. Ainda segundo Shantideva, se se está verdadeiramente interessado em progredir espiritualmente, é necessário consolidar a concentração e tal não se consegue sem uma severa redução do nosso envolvimento em assuntos mundanos. Claro que é preciso criar condições suficientes para suprir as nossas necessidades de sobrevivência. Porém, não é possível perseguir objectivos mundanos e ao mesmo tempo progredir espiritualmente. Simplesmente não há tempo! Há que treinar a renuncia. É uma questão de saber o que (não) se quer. 


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Cultura.Sul

Marca d'água

Património Cultural Material e Imaterial no Meio Rural: potencialidades fotos: d.r.

Maria Luísa Francisco Investigadora na área da Sociologia

luisa.algarve@gmail.com

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O património cultural do meio rural tem dimensões materiais e imateriais que coexistem e são observadas e analisadas de forma indissociável. Esta relação entre património tangível e património intangível e o seu papel na construção social da herança cultural e da memória colectiva não pode ser esquecida. As pesquisas realizadas no interior algarvio têm permitido encontrar locais ricos em património imaterial, como lendas, tradições, mezinhas, orações e saberes ancestrais que estão em risco de se perder. São muitos os lugares em acelerado processo de desertificação, tendo alguns apenas dois ou três habitantes e de idade avançada. Trata-se de locais onde ainda encontramos a paisagem preservada, a autenticidade das gentes, as vivências comunitárias, tais como a partilha do forno, da eira, do burro, de utensílios e de alfaias agrícolas. São espaços que podem permitir a experiência turística sustentável, valorizando as populações idosas e os seus saberes, reavivando imaginários que conseguem ir ao encontro de uma imagem idílica do rural. Pela observação no terreno, poderei afirmar existirem, ainda, no Algarve interior, vivências relativamente preservadas e que fazem sentir que parte da tradição ainda se mantém, com um importante cruzamento entre materialidade e imaterialidade. Este cruzamento permite variadíssimas abordagens multidisciplinares. Atravessando o Algarve interior de Aljezur a Alcoutim, é possível encontrar alguns exemplos de ligação entre património material e património imaterial, quase sempre em pequenos povoados ou montes. Os montes no Algarve são formados por um conjunto de casas, normalmente de diferentes proprietários, como se fosse uma “mini-aldeia”, ao contrário dos montes no Alentejo que são formados normalmente por uma só casa, por vezes com anexos, e relativamente isolada.

Forno comunitário com oratório na parede lateral Exemplo concreto da ligação entre património material e imaterial Nas duas imagens apresentadas podemos observar um forno comunitário no centro de um monte do Nordeste algarvio. O forno, para além da sua função de cozer pão, tem uma função de culto religioso, por ter na parede do próprio forno um nicho ou oratório de devoção mariana. Este nicho ou oratório tem pequenas particularidades que valorizam o património material e imaterial: a imagem da Virgem Maria está decorada com uma cercadura de pedrinhas recolhidas nas ribeiras; há um pano de linho que cobre a imagem e que é decorado com um pequeno bordado que representa o saber-fazer e as artes desta zona do Algarve. Há ainda um painel de seis azulejos com doze versos referentes à Virgem Maria e à fé desta gente. Tem ainda em destaque o ano em que foi adaptada a parte religiosa a uma das paredes laterais do forno. Os habitantes referem conhecer desde sempre este forno, no meio do monte, para uso de todos. Os doze versos dedicados a Nossa Senhora da Conceição fazem referência à devoção dos habitantes do monte e à sua localização, tal como a elementos naturais da zona como as ribeiras, a esteva e o alecrim:

Ficas aqui neste Monte Da Freguesia de Alcoutim Ficas entre duas ribeiras Onde só há estevas e alecrim Falei das caracteristicas deste forno ao Prof. Doutor Moisés Espírito Santo, que foi meu professor de Sociologia das Religiões na Universidade Nova de Lisboa, e referiu que não conhece mais nenhum caso deste género no país. Do mundo local aos desafios do mundo global O sociólogo Anthony Giddens refere que a tradição persiste com algumas reinvenções a cada geração, mas sem haver um corte profundo, ou descontinuidade absoluta entre o ontem, hoje e o amanhã. O referido sociólogo acrescenta ainda a ideia de que a tradição envolve o ritual e este constitui um meio prático

A devoção é tanta Que te damos um altar Para nos abençoares Nas horas de azar

de preservação. Nas sociedades ou comunidades que integram a tradição, os rituais são mecanismos de preservação da memória colectiva. O património material e imaterial mantém-se no meio rural porque existe identidade e grande proximidade entre os elementos da comunidade, quase sempre com um grau de parentesco entre eles. Esses laços reforçam o sentido de responsabilidade na preservação daquilo que lhes foi deixado pelos antepassados. É um legado que pesa na construção social da herança cultural e da memória colectiva e essa redescoberta da memória, da tradição e da identidade, tem uma autenticidade que facilita a criação de atractivos turísticos. Permitir a experiência turística, desde que de forma sustentável, valorizando a paisagem, as populações idosas e os seus saberes, reavivando imaginários, pode ser uma mais-valia para todas as partes: quem é visitado e quem visita. Segundo a Convenção Europeia da Paisagem, assinada por Portugal e pelos restantes membros do Conselho da Europa, em Outubro de 2000, a paisagem desempenha importantes funções de interesse público no âmbito cultural, ecológico, ambiental e social, e constitui claramente um recurso favorável à actividade económica. Ainda segundo a mesma Convenção, o património do mundo rural deve ser entendido e utilizado, tendo em conta todas as suas componentes (paisagem, edifícios, técnicas, instrumentos, saberes-fazer e o próprio homem rural) como um factor de desenvolvimento. De facto, todos estes elementos são um património vivo. Os diferentes actores do mundo rural, interligando-se

Do forno vem o alimento para o corpo e para o espírito

“MARROCOS - PAÍS DE ENCANTOS”

As escolhidas, Até 13 de OUT série | EMARP de 12,- Empresa 1994. Sépia Municipal s/ papel. Col. Centro de Arte Contemporânea Graça Morais de Águas e Resíduos de Portimão A ALFA - Associação Livre Fotógrafos do Algarve apresenta os momentos mais marcantes da expedição fotográfica realizada ao norte de Marrocos em Junho de 2016

com esses elementos, conferem-lhe um sentido e um valor para a colectividade e para o território. Existe uma ideia, quase generalizada, de que com o mundo globalizado, as tradições vão ficando esquecidas. No entanto, alguns autores são unânimes em afirmar que a era da globalização permitiu uma valorização do que é local e específico, na medida em que perante um mundo cada vez mais homogeneizado, aquilo que marque pela diferença e contenha ingredientes de genuinidade é procurado e valorizado. Aliás, as ferramentas que foram desenvolvidas no âmbito das novas tecnologias da informação, permitem que em minutos possamos visualizar através da Internet imagens, filmes ou documentários sobre as tradições de localidades remotas. Enquanto por um lado se resiste ao processo de globalização, por outro lado usam-se as ferramentas produzidas por esse processo para divulgar e manter a memória e as tradições. Reinventar o património O património ao longo do tempo vai sendo reinventado e vão-lhe sendo acrescentadas novas funções, que por vezes atraem pessoas de fora da comunidade. Estes novos utilizadores, muito provavelmente, procuram fruir o espaço através da vivência de novas experiências, tais como: amassar o pão, colocá-lo no forno, aprender as breves orações para bênção do pão, em que se faz o sinal da cruz dizendo: “Deus te acrescente e que seja para muita gente!” e, naturalmente, no final, degustá-lo juntamente com os produtos da região, como os enchidos, o presunto, o queijo, o mel e as azeitonas. Enfim, será a fruição desses saberes e sabores, enquanto parte do património imaterial, que enriquecem a vivência no mundo rural. Daí a referência a uma possível experiência turística sustentável, em que exista uma redescoberta e interpretação do território rural, com alternativas para o desenvolvimento dos territórios rurais. Em que os recursos sejam valorizados e que possam permitir que a pouca população existente se mantenha nos locais de origem e obtenha alguma rentabilidade na manutenção das suas tradições, e que também lhe permita manter um equilíbrio na sua relação com o passado, o presente e o futuro. 

"CONCERTO POR SÉRGIO GODINHO E FILIPE RAPOSO” 16 SET | 21.30 | Auditório Municipal de Albufeira Sérgio Godinho vai interpretar os temas que marcam uma carreira com mais de 40 anos, acompanhado apenas ao piano por Filipe Raposo


Cultura.Sul

15.09.2017

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Da minha biblioteca

Se numa noite de inverno um viajante, de Italo Calvino Teoria e prática

Adriana Nogueira

Classicista; Professora da Univ. do Algarve adriana.nogueira.cultura.sul@gmail.com

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Há vários anos que este livro esperava na minha biblioteca para ser lido. Da autoria do italiano Italo Calvino (nascido em Cuba, mas cedo os pais o levaram para a sua terra natal), foi escrito em 1979, após um interregno de alguns anos, em que o autor nada publicou: «Com que então, viste num jornal que saiu Se numa noite de Inverno um viajante, novo livro de Italo Calvino, que já não publicava há vários anos. Passaste pela livraria e compraste o volume. Fizeste bem» (p.18). Estará o autor a quebrar alguma barreira ficcional e a dirigir-se a nós? Seremos nós o Leitor a quem o narrador se refere? A surpresa do leitor atual de Calvino (que somos nós) ao ver-se retratado no próprio livro não será a mesma, passados que foram 38 anos da sua publicação (ou 32 anos depois da edição portuguesa de 1985, pela Vega Editora, com um apêndice de Calvino e outro de José Manuel Vasconcelos, um dos responsáveis pela tradução. É esta a edição que cito. Posteriormente, em 2000, a Teorema publicou a mesma obra, com tradução de José Colaço Barreiros) e depois do muito que já se escreveu. Porém, cada um que passa pela experiência de leitura de Se numa noite de Inverno um viajante não deixa de perceber o estranho jogo que Calvino faz connosco, leitores reais, e a personagem Leitor que cria na sua ficção, pretendendo, em vários momentos, que nos (con)fundamos.

O livro é constituído por 12 capítulos com uma história que serve de esteio para as 12 outras histórias que se intercalam com ela e que só têm começos. Isto é, a personagem Leitor começa a ler um livro, mas não consegue acabar, porque as páginas se repetem. Quando vai à livraria para trocar, traz um outro livro. A ida à editora não melhora a situação, pois o livro que traz é um outro ainda. Entretanto, dá-se o encontro com uma Leitora a quem acontece o mesmo. Entre a busca por um autor cujos livros estão a ser falsificados ou a procura do tradutor-falsificador, vão sendo lidos princípios de livros que nunca se conseguem terminar. E nós, leitores (com letra pequena), vamos acumulando histórias que gostaríamos (ou não) de ver concluídas, ao mesmo tempo que somos arrastados pela insanidade das personagens que se cruzam nesta demanda fantástica: além da Leitora, há a sua estranha irmã, há professores de línguas inexistentes, há um amigo que desaprendeu a

fotos: d.r.

ler, há bizarras polícias secretas que censuram livros… Nas palavras da personagem Flannery, o escritor que tem muitos livros falsos em circulação, lemos a génese e o resumo do próprio livro que estamos a ler e já reconhecemos nesta citação tudo o que já sabemos (estre trecho aparece a 1/3 do fim, na p.181-2): «Surgiu-me a ideia de escrever um livro feito apenas de começos de romance. O protagonista podia ser um Leitor que é continuamente interrompido. O Leitor adquire o romance A do autor Z. Mas é um exemplar defeituoso e não consegue ir além do princípio… Volta à livraria para que lhe troquem o volume… Poderia escrevê-lo todo na segunda pessoa: tu, Leitor… Poderia também fazer entrar nele uma Leitora, um tradutor falsário, um velho escritor que mantém um diário como este diário…». Leitores (e leituras), há muitos Por todo o livro vamos lendo reflexões sobre o próprio

Italo Calvino, representado em desenho processo de escrita e, principalmente, de leitura. Flannery

Obra foi publicada na Itália em 1979 por Italo Calvino “ROSÁCEAS” Até 28 OUT | Galeria de Arte do Convento Espírito Santo - Loulé Manuela Castro Martins apresenta um trabalho executado e elaborado com uma mestria ímpar, quase como se de um retiro espiritual se tratasse

diz ao Leitor: «a mim acontece-me cada vez mais frequentemente pegar num romance que acaba de sair e encontrar-me a ler o mesmo livro que já li cem vezes». Depois, já no seu diário, escreve: «A mim sucede-me isso ao escrever: há uns tempos que cada romance que me ponho a escrever se esgota pouco depois do início como se nele já tivesse dito tudo o que tinha para dizer». (p.181). No penúltimo capítulo (o último só tem 6 linhas e serve como epílogo), o Leitor encontra 7 outros leitores numa grande biblioteca a que se tinha dirigi-

do em busca dos livros que nunca conseguiu terminar (pp.230-235). Cada um destes leitores tem uma forma diferente de abordar a leitura e é muito interessante como nos identificamos com algumas delas ou conhecemos alguém assim, ou já nos aconteceu fazermos de todas aquelas maneiras, com livros diferentes, como se cada livro condicionasse a leitura e esta não fosse condicionada pelo tipo de leitor. Todas são válidas. Por exemplo, o primeiro leitor que o interpelou diz que «Se um livro me interessa verdadeiramente, não consigo segui-lo para além de umas linhas sem que a minha mente, captado um pensamento que o texto lhe propõe, ou um sentimento, ou uma interrogação, ou uma imagem, não saia pela tangente e salte de pensamento em pensamento, de imagem em imagem, num itinerário de raciocínios e fantasias que sente necessidade de percorrer até ao fundo, afastando-se do livro até perdê-lo de vista». Já o segundo leitor, por razões idênticas, faz o oposto: «Por isso a minha atenção, ao contrário do que dizia, senhor, não pode separar-se das linhas escritas nem por um instante. Não devo distrair-me se não quero descurar nenhum indício precioso». Um outro diz que «em cada releitura parece-me ler pela primeira vez um livro novo. Serei eu que continuo a mudar e vejo coisas de que antes não me tinha apercebido? Ou a leitura é uma construção que toma forma pondo em conjunto um grande número de variáveis e não se pode repetir duas vezes segundo o mesmo desenho?» Termino com uma frase do sétimo leitor: «O sentido último para que remetem todas as narrativas tem duas faces: a continuidade da vida e a inevitabilidade da morte». Que boas conversas se podem ter à volta deste livro!

“ALBUFEIRA E EU” Até 27 OUT | Galeria Municipal João Bailote - Albufeira Joaquim Pargana transpõe para a sua pintura vários temas, desde o mar e as suas gentes a paisagens diversas


Última Quotidianos poéticos

Miguel Godinho fotos: d.r.

-- ou acontecer já acarreta em si uma dose de poesia enorme. A vida é em si mesma um mistério enorme.

Pedro Jubilot

pedromalves2014@hotmail.com canalsonora.blogs.sapo.pt

Nasceu em Faro, em 1979, mas reside em Vila Real de Santo António desde 2005, onde trabalha, actualmente como Coordenador da Divisão de Cultura e Património Histórico da Câmara Municipal de Vila Real de Santo António. Tem pós-graduação em História do Algarve e é licenciado em Património Cultural, pela Universidade do Algarve, sendo autor de vários trabalhos de investigação já publicados sobre variados temas relacionados com o património cultural algarvio. Colabora frequentemente em alguns jornais com artigos de opinião, crónicas, ensaios. Publicou os livros de poesia: “Os nossos dias seguido de Os lugares antigos”, pela Ed. 4 Águas (2009) “Poemário prostibular”, ed. de autor. (2012) “O tempo por entre as fendas”, Ed. 4Águas (2013) “Vertigem”, Ed. 4 Águas (2015) A sua poesia pode encontrar-se ainda nas antologias: “Algarve: 12 poetas a sul do séc.XXI”; “Os dias do Amor” ; “Alquimia de la tierra – Antología heterogénea de poesia, prosa poética y microrrelato”; ‘’Sizígia’’. Como é o teu quotidiano como poeta, como entra a poesia na tua vida? Não existe uma fronteira entre o eu poético e o eu do quotidiano. A poesia acontece a toda a hora, em qualquer lugar. A poesia existe em todas as coisas; tão depressa sou um ser burocrático, quanto um ser sensível/emocional, atento às coisas fundamentais do mundo. Nunca deixo de pensar e de descontextualizar e/ou de inverter a ordem das coisas. A poesia - e a arte, em geral - passa muito por aí: por trocar a ordem das coisas, virá-las ao contrário, senti-las de todas as formas possíveis. Como disse, a “magia poética” acontece a qualquer hora, em qualquer lugar, em qualquer contexto. Não há horas para as coisas e para a vida se revelar, temos é de estar atentos. O facto de qualquer coisa ser, digamos -- existir

Revela-nos autores, livros, poemas que consideres relevantes para ti. Tenho dois autores essenciais: Jorge de Sousa Braga e Raymond Carver. O primeiro escreve com poucas palavras. O segundo conta histórias carregadas de poesia. O meu poema favorito é um poema de duas linhas: “quanto mais me dispo, menos nu me sinto”. É um poema filosófico, é uma escolha de vida, é um lema que me ajuda nas escolhas que faço e na minha maneira de ser e de escrever, visto que também me orienta em termos literários e na minha própria maneira de escrever: não faz sentido dizer muito quando se pode dizer pouco, qualquer coisa como: quando mais um poema se despe, mais autêntico ele se torna. Algo que possas dizer que te inspira a escrever? Muito do que me inspira a escrever nem sequer vem do mundo literário. O mundo musical, por exemplo, inspira-me imenso. No fundo, era o que o outro dizia: isto anda tudo ligado. Já ninguém usa caneta e papel, quanto mais máquina de escrever, que material usas para escrever, como é o processo material da tua escrita? Não tenho processo de escrita. Uso papel, caneta, computador, telemóvel, e tudo o que tiver à mão. Sim, tudo é válido para registar. E o lugar desde onde se escreve... Os lugares são extremamente impor-

Miguel Godinho já publicou vários livros de poesia tantes. O John Berger exprime muito bem isso num livro que me marcou imenso “Aqui nos encontramos” -- o primeiro conto do livro, que por sinal até se passa em Lisboa, é absolutamente revelador. Na minha escrita, os meus lugares, o meu território, o meu Algarve, é fundamental. Quando (dia, hora, estação do ano) mais escreves ? Não tenho ‘momentos’ para escrever. Escrevo quando e onde tem de ser: à noite, a meio de uma reunião, entre despachos, numa toalha de restaurante, na página 5 de um livro, no bloco de notas do telemóvel... Escrevo muito sobre qualquer coi-

Poeta inspira-se no mundo musical para escrever

sa - ou tendo por base qualquer coisa: uma notícia de jornal, uma ideia de um livro, uma deixa popular, um aforismo. acredito imenso na ideia de que nada se inventa, tudo se transforma. Tens participado como autor e como organizador em eventos literários como ‘Poesia na Rua’, Sinónimos de Leitura’ e ‘Palavra Ibérica’... São três das iniciativas mais relevantes na região, em termos de promoção literária. Com muito pouco conseguem fazer muito: sobretudo promover os autores e as relações entre eles. São - e pretendem ser - sobretudo momentos de partilha. De um modo geral como analisas a actividade cultural a nível local, nos nossos dias, a que tens estado ligado profissionalmente… Gosto imenso do que faço, mas acho muito difícil trabalhar-se no/ com o meio cultural. Há demasiados egos, pouca formação pessoal e profissional, decisores muito pouco habilitados, aposta-se pouco na formação (técnica, de públicos), são demasiados os arrivistas, apoiados pelo poder político, convencidos que não é necessária experiência nem escolaridade na área. Estamos mal, portanto. Mas vai-se fazendo o que se pode. Que livro de poesia estás a ler ou leste recentemente? Comprei (finalmente) e reli o livro

do Lawrence Ferlinghetti: “A Poesia como arte insurgente”. Estou também a meio de “O céu que nos protege”, de Paul Bowles.  Um poema de Miguel Godinho dou por mim a olhar para o poema como quem olha para a vida: à espera que qualquer coisa aconteça


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