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20 de agosto de 2021
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E ainda Faro volta a ocupar a terceira posição
O aeroporto de Faro concentrou 57% dos passageiros provenientes de voos do Reino Unido entre 17 de maio e 7 de junho. P8
Algarve com 66% de vacinação completa
As regiões do Alentejo e do Centro são as que continuam com o processo de vacinação mais avançado, respetivamente com 69% e 68%. P10
Estudo serológico "pioneiro" em lares do Algarve e Alentejo
Há um estudo serológico para conhecer o nível de imunidade à covid-19 nos lares de idosos que vai servir para identificar as medidas necessárias para o próximo inverno. P11
AUTÁRQUICAS
Orçamento grátis em: www.hpz.pt
Um em cada cinco autarcas ganha o salário máximo Saiba qual é a remuneração do seu presidente da Câmara Apenas 19% dos autarcas algarvios está no nível salarial mais elevado
estabelecido por lei, um número ligeiramente inferior aos 22% apu-
rados pelo Jornal de Notícias para os autarcas portugueses. P12 e 13
INCÊNDIO EM CASTRO MARIM, TAVIRA E VILA REAL DE STº ANTÓNIO
Olhão disponibiliza inquérito para conhecer carências habitacionais
Algarve na primeira linha e Loulé já se está a destacar
Novo estudo revela que 63% dos idosos têm anticorpos seis meses após vacinação
Lagos e Loulé têm nova oferta de ensino
Preocupados com as competências e com as novas exigências de uma sociedade cada vez mais global, a BGA apresenta uma posposta de ensino virada para o futuro, com foco nas competências e no talento. P15
Noites F Convida regressa com "concertos únicos"
Saiba as datas e quem vai atuar durante apenas três dias. P20
P2
DESFIBRILHADORES
Iniciativa visa conhecer a realidade habitacional dos munícipes que vivem em condições indignas no concelho, para que seja possível promover a melhor solução para apoiar o acesso a uma habitação adequada. P14
Idosos com mais de 70 anos têm anticorpos contra o coronavírus que causa a covid-19 seis meses após a vacinação. P14
Amaro Antunes campeão
DIAS TRÁGICOS. Foram momentos difíceis e angustiantes. Após o incêndio ter sido domi-
nado em menos de 10 horas, as chamas reacederam com maior intensidade durante quase três
dias para pesadelo de muitos. Houve quem perdesse o trabalho de uma vida. P4 a 6 e Centrais
Em Albufeira é Dia do Município As celebrações começaram na quinta-feira, com o concerto de Ana Moura em Paderne. Segue-se esta sexta-feira, dia 20, a atribuição de medalhas aos funcionários municipais, apresentação do livro “Albufeira - Formação do turismo e futuro no após-Pandemia”, inauguração de equipamentos e obras e espetáculo pirotécnico P16 e 17
O número de pessoas formadas deverá passar das 1.700 para as 5.000, aproximando o Algarve de ser “uma das regiões mais seguras em termos europeus” em caso de crises cardíacas. P9
BILHETE POSTAL
Agosto Azul * O olhar atento do jornalista Ramiro Santos leva-nos até Portimão. P18
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CADERNO ALGARVE
Postal, 20 de agosto de 2021
OPINIÃO
VOLTA A PORTUGAL Algarvio Amaro Antunes Redação, Administração e Serviços Comerciais Rua Dr. Silvestre Falcão, 13 C 8800-412 Tavira - ALGARVE Tel: 281 405 028 Publisher e Diretor Henrique Dias Freire Diretora Executiva Ana Pinto
REDAÇÃO
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Tiragem desta edição
12.504 exemplares
vence pelo segundo ano consecutivo
O
FOTO D.R.
algarvio Amaro Antunes (W52-FC Porto), vencedor em 2020, conquistou este domingo a 82.ª edição da Volta a Portugal em bicicleta, após a 10.ª e última etapa, um contrarrelógio de 20,3 quilómetros em Viseu, ganho pelo português Rafael Reis (Efapel). Para conquistar a quarta vitória nesta Volta, Reis gastou 25.24 minutos, menos 12 segundos do que o uruguaio Maurício Moreira (Efapel) e 41 do que o alemão Juri Hollmann (Movistar). Antunes terminou a Volta com 10 segundos de avanço sobre Maurício Moreira e 1.23 minutos sobre o espanhol Alejandro Marque (Atum General-Tavira-Maria Nova Hotel).
PERFIL: A 'estrela' esteve mais apagada, mas Antunes superou um outro desafio O sangue frio de Amaro Antunes colocou-o na galeria dos bicampeões da Volta a Portugal, com o algarvio a sobreviver a todas as adversidades para vestir a amarela final numa edição em que ‘brilhou’ com menor intensidade. Um ano depois de consumar o seu destino, ao sagrar-se campeão da edição especial da prova rainha do calendário nacional, o algarvio, que nasceu para ser uma estrela, propôs-se um novo desafio: o de defender com sucesso o seu título, uma missão à qual se agarrou com unhas e dentes, mesmo quando tudo parecia correr mal à W52-FC Porto e ao próprio – até o pé lhe saltou a 500 metros da meta na Senhora da Graça, impedindo-o de seguir Mauricio Moreira, aquele que foi sempre o seu maior adversário. Nesta Volta, Antunes, sempre desenvolto nas entrevistas, pareceu mais apagado, às vezes combalido, talvez acusando o desgaste de uma edição em que não conseguiu impor a sua lei tão facilmente como noutros anos e em que só o seu invejável sangue frio e a capacidade para respirar fundo nos momentos de tensão evitou uma cisão nos ‘dragões’. Sempre politicamente correto e ponderado fora da bicicleta – nunca abdica do tom baixo e sereno de voz mesmo quando as perguntas o incomodam -, afastou polémicas com
Joni Brandão, disse entender as críticas à sua equipa, que habituou os adeptos a ganhar, e garantiu confiar na estratégia (confusa a olhos exteriores) delineada por Nuno Ribeiro para levá-lo à vitória. A sua ‘fé’ inabalável na W52-FC Porto valeu-lhe uma nova página de sucesso numa carreira construída com determinação e ambição, por um ciclista de ataque e sempre insatisfeito com o papel de ator secundário nas diferentes equipas por onde foi passando. Profissional desde 2011, patamar a que chegou depois de brilhar desde júnior - foi campeão nacional de fundo e de contrarrelógio em 2008, ano em que ‘limpou’ quase todas as provas em que participou -, aventurou-se pela primeira vez lá fora na Ceramica Flamínia-Fondriest, a equipa italiana que era um ‘viveiro’ de talentos, mas que foi um sonho frustrado para os portugueses que por lá passaram, abandonados à sua sorte pelos seus patrões. Individualista q.b., nem sempre consensual, o algarvio regressou a Portugal e nunca escondeu que queria mais, primeiro no Banco Bic-Carmin (2014), depois na LA Aluminios-Antarte (2015 e 2016) e, posteriormente, na W52-FC Porto, equipas onde se destacou, sem nunca ser verdadeiramente o único chefe de fila, e somou luga-
res no ‘top-10’ da Volta a Portugal. Foi essa ambição que o levou a dar o salto para o estrangeiro, para a CCC, em 2018, depois de triunfar no alto do Malhão e ser quinto na Volta ao Algarve ganha por Primoz Roglic, de vencer o Troféu Joaquim Agostinho, ocupar o segundo lugar do pódio na Volta de 2017 e de ‘esmagar’ a concorrência, juntamente com o vencedor Raúl Alarcón – pode vir até a herdar este triunfo, quando a Federação Portuguesa de Ciclismo homologar a nova classificação, resultante da desclassificação por doping do seu antigo companheiro, e igualar Joaquim Agostinho e Alves Barbosa no número de vitórias na prova. Na equipa polaca, deu nas vistas, com lugares de relevo e a vitória na Volta a Malopolska, contudo, foi no ano seguinte, quando a CCC ascendeu ao WorldTour, que o trepador português mais se destacou: esteve durante seis dias no ‘top-10’ do Giro, onde foi mesmo terceiro na 19.ª etapa, antes de ser relegado dos planos dos seus diretores para os grandes palcos. “Passei uma bonita experiência, por opção também regressei, porque, muita das vezes, é mais importante a nossa motivação e bem-estar e acho que aqui encontro isso. Também me dá mais oportunidade para estar junto da família, que era coisa que não tinha. Tenho 30 anos. Não me posso
considerar um velho, mas também para novo não caminho, e é o momento de desfrutar”, disse o ciclista, que é pai de uma menina, à Lusa antes do arranque da 82.ª edição. De regresso a casa e a uma equipa com a qual se identifica - e pela qual veste a pele de trabalhador sempre que necessário, como aconteceu na Volta ao Algarve deste ano, ganha pelo seu colega algarvio João Rodrigues -, Antunes encontrou o rumo para a primeira vitória na Volta a Portugal, palco maior da expressão das suas qualidades de ‘natural born star’, que o levaram mesmo a um périplo pelas televisões após a sua conquista. “Dá-se muito bem com os microfones, tem um à-vontade muito grande quando lhe metem um microfone à frente da boca, fala com naturalidade e fala bastante bem. Isso é um dom que ele tem. Não se acanha, não se intimida, tem sempre um discurso bom e fluído. Ele dá um bom político”, dizia no ano passado Samuel Caldeira, como que antecipando o futuro: o seu bom amigo é agora candidato à Junta de Freguesia de Vila Nova de Cacela, nas eleições autárquicas de 26 de setembro. “Sou uma pessoa que gosta de desafios, e a política é um pouco o sair da minha zona de conforto, é algo que me está a motivar muito, de verdade”, confessou à Lusa durante a edição que terminou este domingo.
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CADERNO ALGARVE
Postal, 20 de agosto de 2021
INCÊNDIO EM CASTRO MARIM E TAVIRA
"A falha de comunicações é grande. Apenas o rádio dos bombeiros funciona. Tudo o resto não conseguimos contactar”
A
presidente da Câmara Municipal de Tavira, Ana Paula Martins, defendeu que, em termos de prevenção de incêndios no futuro, os municípios deveriam equacionar a possibilidade de fazerem candidaturas conjuntas a verbas que permitam reforçar as telecomunicações e executar os planos de reflorestação. “Eu acho que era importante que o PRR [Plano de Recuperação e Resiliência] pudesse ajudar nestas duas questões. Eu andei no terreno na noite de segunda-feira e a falha de comunicações é grande. Apenas o rádio dos bombeiros funciona. Tudo o resto não conseguimos contactar”, contou esta quarta-feira à Lusa. Na terça-feira, em conferência de imprensa depois de dominado o incêndio, o comandante das operações no terreno, Richard Marques, realçou a importância do período de consolidação e de rescaldo. “O plano gradual de desmobilização vai acompanhar aquilo que é o risco, vamos manter capacidade instalada no terreno que permita fazer face a reativações que possam surgir, tal como apareceram hoje [terça-feira], para garantir que rapidamente se podem debelar caso elas surjam”, afirmou. O comandante das operações de socorro sublinhou ainda que o
A Câmara de Castro Marim criou um gabinete de crise para responder às necessidades imediatas das pessoas mais afetadas pelo incêndio, disse à Lusa o presidente do município algarvio “Vamos começar a fazer o balanço dos danos agora. Temos uma reunião com o Diretor Regional da Agricultura, que vem encontrar-se com os agricultores para se inteirar das dificuldades. A câmara tem consciência de que os apoios do Ministério da Agricultura possam demorar e, por isso, criámos um gabinete de crise. Vamos acudir de modo urgente a situações flagrantes, com apoios rápidos, eficazes”, afirmou Francisco Amaral. Além dos apoios económicos urgentes aos agricultores mais carenciados, o gabi-
incêndio, do ponto de vista da propagação, se desenvolveu com muita intensidade, atingindo “uma taxa de expansão média de 650 hectares por hora” e um “perímetro de 43 quilómetros”. O incêndio afetou uma “área estimada de 6.700 hectares, já [calculada] com recurso ao sistema Copérnico, da União Europeia”. Estiveram envolvidos na operação mais de 600 operacionais, com mais de 200 veículos, cerca de uma deze-
zém, duas viaturas e um número não calculado de plantações agrícolas, indicou hoje a presidente do município. O fogo deflagrou na madrugada de segunda-feira em Castro Marim, no distrito de Faro, e foi dado como dominado nessa manhã, mas uma reativação durante a tarde levou as chamas aos concelhos de Vila Real de Santo António e de Tavira e o incêndio só foi dominado durante a tarde na terça-feira, cerca das 16:00, com 6.700 hectares atingidos.
na de meios aéreos e 10 máquinas de rasto, tendo sido deslocadas de casa 81 pessoas, segundo a GNR.
Em declarações à agência Lusa, a presidente da Câmara Municipal de Tavira, Ana Paula Martins (PS), explicou que a autarquia ainda se encontra a fazer o levantamento de todos os prejuízos originados pelo incêndio rural. “Nesta fase estamos a fazer o levantamento, nomeadamente o financeiro, daquilo que perdemos e temos equipas no terreno. Estamos também a pugnar pelo
Fogo em Tavira danificou quatro habitações, um armazém e duas viaturas O incêndio que teve início na segunda-feira em Castro Marim, no Algarve, danificou no concelho de Tavira quatro habitações, um arma-
restabelecimento da energia elétrica e das telecomunicações, que ficaram muito afetadas”, apontou. Segundo a autarca, o fogo atingiu quatro habitações, sendo que em três dos casos existe a certeza de que ficaram habitáveis. “Existe um senhor que tinha uma casa e uma oficina na zona da Rocha dos Corvos. Ainda não conseguimos contactar com o senhor, mas esta tarde vamos passar por lá para tentar falar com ele”, adiantou. Além dos danos em habitações e neste armazém, Ana Paula Martins referiu que foram registados prejuízos em algumas plantações agrícolas e também em infraestruturas de caça, mas ainda está a ser feito um levantamento. Relativamente aos animais que tiveram de ser transferidos do canil intermunicipal de Castro Marim e Vila Real de Santo António para o de Tavira – Loulé, a autarca disse que foram acolhidos 14 cães, tendo regressado nove. “Neste momento já existem condições no canil de Castro Marim para que os animais possam regressar”, sublinhou, acrescentando que houve também cidadãos a acolher os animais que tiveram de ser retirados (segundo os dados da Proteção Civil de terça-feira, houve quase 200 cães e gatos deslocados do canil evacuado).
Presidente da Câmara de Castro Marim confirma apoios aos mais atingidos nete de crise decidiu, na sua primeira reunião, atribuir apoios à replantação de árvores de produção, adquirir rações para animais, para substituir pastos que arderam, e abrir uma conta solidária para a população mais atingida pelo fogo que deflagrou na madrugada de segunda-feira e que foi dominado na terça-feira à tarde. “Houve pessoas que perderam tudo o que tinham, nomeadamente plantações de oliveiras, alfarrobeiras, pinheiros, amendoeiras, pessoas que se dedicavam à apicultura e que, de repente, perderam essas economias. Há muito gado ovino aqui e as pastagens
desapareceram”, sublinhou Francisco Amaral. O presidente da câmara disse também que há algumas habitações afetadas, além de “uma em particular que ardeu por completo e que, além do mais, era uma empresa agrícola, com máquinas no interior, que se perderam todas”. “Vamos para o terreno, já temos os funcionários da câmara preparados, para fazerem as declarações dos prejuízos que os proprietários têm e só depois poderemos ter uma perspetiva dos danos que ocorreram”, acrescentou. Francisco Amaral considerou ainda que a principal
falha no combate ao incêndio foi o facto de se terem retirado os meios aéreos quando o fogo foi dado como dominado na segunda-feira de manhã, antes de ter havido uma reativação durante a tarde. “Os meios aéreos desapareceram e foi aí que tudo se desencadeou. Os ventos aumentaram muito e a situação tornou-se incontrolável”, realçou. Citado numa nota publicada no ‘site’ da Câmara Municipal, Francisco Amaral considerou “superficiais e enganadoras” as declarações feitas na terça-feira pela secretária de Estado da Proteção Civil, Patrícia
Gaspar, que classificou os resultados de positivos e afirmou que a operação estaria de parabéns, uma vez que se poderia ter atingido 20.000 hectares de área ardida, mas ficou-se nos 6.700. Sobre as queixas de falta de água de alguns habitantes do interior do concelho, o autarca afirmou que “houve muitos bombeiros a abastecerem nas bocas de incêndio e esgotou-se a água”, ressalvando que “isso tem a ver com a empresa Águas do Algarve” e que a câmara disponibilizou os recursos que pôde. No combate ao incêndio, que deflagrou em Castro Marim, no distrito de Faro, e se estendeu aos concelhos vizinhos de Vila Real de Santo António e Tavira, chegaram a estar envolvidos 613 operacionais, com 205 veículos, oito meios aéreos e 10 máquinas de rasto, tendo sido deslocadas de casa 81 pessoas, segundo a GNR.
destaque
PAN considera insuficiente inquérito aberto pelo ICNF O partido considerou esta quarta-feira insuficiente o inquérito administrativo aberto pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) à morte de 14 animais no Algarve e defendeu que a situação "era do conhecimento das autoridades". “Não nos parece que seja suficiente, até porque pela experiência que tivemos de Santo Tirso, o processo ficou completamente parado, ao fim de um ano nós não temos sequer uma acusação contra as proprietárias do espaço. E é por isso mesmo que vamos fazer a queixa-crime, para podermos acompanhar o processo e juntar também outros meios de prova”, afirmou a porta-voz do PAN. Apesar de “saudar que o inquérito já tenha sido aberto”, Inês Sousa Real defendeu que “é absolutamente fundamental que haja uma instrução e uma investigação do ponto de vista criminal”. A líder do partido Pessoas-Animais-Natureza falava aos jornalistas no final de uma visita à Associação Patudos Felizes, em Sintra, fundada em 2012 e que acolhe 25 cães. A queixa que o partido já tinha anunciado que iria apresentar aquando da denúncia do caso, na terça-feira, vai “dar entrada”, uma vez que os dirigentes estiveram “a reunir também outras informações porque este local em concreto e a pessoa que vai ser denunciada já tinha tido outras queixas também por maus-tratos a animais de companhia”. Inês Sousa Real indicou ter conhecimento de que “outras associações também o irão fazer” e que este abrigo em Santa Rita, no concelho de Vila Real de Santo António, onde morreram os animais, “foi o único local onde não houve pedido de ajuda para recolher os animais”. Sobre a resposta da Câmara Municipal de Vila Real de Santo António, de que “desconhecia a existência” deste abrigo, a porta-voz do PAN frisou que, de acordo com a informação de que dispõe, “esta situação já era do conhecimento das autoridades, incluindo as autoridades locais, que a mesma proprietária tinha outros dois abrigos em outros concelhos, em Tavira e em Castro Marim, que acabaram por ser desmantelados, faltava desmantelar este de Vila Real de Stº António, que já era conhecido desde pelo menos 2018”.
CADERNO ALGARVE
Postal, 20 de agosto de 2021
Responsável pelos animais que morreram carbonizados explica o que aconteceu
O
POSTAL do ALGARVE teve acesso e publica na íntegra a missiva enviada ao Partido PAN - Pessoas, Animais e Natureza, onde a responsável pelo abrigo de animais, que acabaram por morrer carbonizados, explica detelhadamente o que aconteceu, "uma vez que estão a sair notícias a público sem que tenha sido feito qualquer contraditório", lamenta Ana Maria Carvalho, a subscritora
da carta registada enviada esta quarta-feira ao PAN. Entretanto, o ministro do Ambiente e da Ação Climática já considerou “inaceitável” a morte de animais num abrigo ilegal em Vila Real de Santo António, sublinhando que a abertura de um inquérito administrativo vai permitir apurar responsabilidades concretas. João Matos Fernandes referiu que há um compromisso conjunto com as autarquias, já previsto anterior-
mente, para fazer um levantamento de todas estas situações durante este ano. Também a Câmara Municipal de Vila Real de Santo António anunciou que vai averiguar internamente se alguma entidade tinha conhecimento do abrigo onde mais de uma dezena de animais morreram, no incêndio. Em comunicado, o município reitera também que nem o executivo, nem a Proteção Civil Municipal, tinham conhecimento
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FOTOS DE DOIS DOS CÃES QUE MORRERAM: LAICA E TREZINHA
da existência do abrigo situado na localidade de Santa Rita. “Caso o executivo do município de Vila Real de Santo António tivesse tido conhecimento de tal situação, a sua atuação tinha sido idêntica à desenvolvida no canil e gatil municipal, onde, de forma rápida e totalmente eficaz, se diligenciou no sentido de garantir a salvaguarda da vida de todos os animais que lá se encontravam [cerca de 250]”, é referido na nota.
No entanto, o município algarvio “internamente vai averiguar se alguma[s] entidade[s] tinha[m] conhecimento deste abrigo”. Na terça-feira, o PAN denunciou a morte de “pelo menos 14 animais" num abrigo ilegal no concelho de Vila Real de Santo António, na sequência do incêndio rural que deflagrou na segunda-feira no município vizinho de Castro Marim e que afetou também o concelho de Tavira.
Carta explicativa dirigida ao PAN pela responsável do abrigo de animais que morreram Exmos. Senhores, Tendo tomado conhecimento de que o PAN vai apresentar denúncia para apurar responsabilidades sobre a morte de canídeos no incêndio em Santa Rita, no concelho de Vila Real de Santo António, venho, na qualidade de detentora dos animais, esclarecer a situação, uma vez que estão a sair notícias a público sem que tenha sido feito qualquer contraditório.
Infelizmente, neste momento, além de ter que suportar a dor terrível de ter perdido os animais de forma tão cruel e sem ter conseguido salvá-los, tenho também que sofrer com as maledicências e injustiças que estão a surgir. Não posso deixar de explicar a verdade dos factos. Tratei daqueles 12 animais (e não 14 como tem vindo a público) diariamente com o amor e dedicação com que se tratam filhos, desde há cerca de 10 anos,
alimentando, prestando cuidados veterinários e dando todo o carinho que fez deles os animais mimados que eram. No dia 16 de Agosto de 2021, o dia da tragédia, fui alimentá-los de manhã, como sempre faço. Tudo estava normal, não havia qualquer sinal de fogo próximo, nem eu poderia prever o que estava para acontecer. As notícias por volta da hora do almoço relatavam que o fogo na Cortelha, concelho de Cas-
tro Marim, estava controlado, embora não estivesse extinto. Pelas 18.52 horas, como se demonstra pelo registo de chamadas que junto, a Sra. Alice Gil, da Associação Adota, ligou para Cristina Rodrigues, por saber que ela conhecia aqueles animais, e informou que lhe tinham dito que um incêndio estava a avançar para Santa Rita. A Cristina ligou-me de imediato e dirigimo-nos para o local para abrirmos as portas aos animais.
Fomos desde Tavira em carros separados para salvaguardar a possibilidade de transportarmos o máximo número possível. Eu fui à frente e fui a primeira a entrar na povoação de Santa Rita, completamente perplexa e em choque por ver tanto fumo e tantas pessoas no centro da povoação. Mais adiante, no sítio onde estavam os animais, o cenário era devastador, com fumo por todo o lado. Estava tudo a arder. Era preciso atravessar a
povoação de Santa Rita e seguir em frente. Não hesitei e segui, mas a população aglomerou-se para não me deixar passar, gritando: “para onde vai? Quer morrer também?” A GNR impediu-me de prosseguir. Não se podia passar sob nenhum pretexto, nem para ir salvar os cães, porque havia um sério risco de já não voltarmos. A Cristina vinha atrás e também não pôde seguir. (continua na página seguinte) PUB.
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CADERNO ALGARVE
Postal, 20 de agosto de 2021
Carta explicativa da responsável do abrigo de animais que morreram (continuação da página anterior)
Os carros começaram a aglomerar-se no local e a GNR deu ordem para evacuar o espaço, o que se tornou difícil, pois o trânsito ficou engarrafado com carros parados virados em todas as direções. Foi preciso sair dali. Deixei-me ficar para trás, sem forças, em choque e com uma dor no coração que acho que não vai passar nunca. Já não conseguia conduzir. Insisti para que me deixassem ir ver os cães, mas foi impossível. Um Senhor da GNR tomou conta do meu carro, tentou que eu me acalmasse e recomendou que no dia seguinte, quando fosse lá, não deveria ir sozinha. Senti que me estava a preparar para o pior. Acabei por ter que sair, conduzindo lentamente na imensa fila de carros que tentava sair dali, sabe Deus com que dor... Nessa noite, eu e a Cristina combinámos que assim que nascesse o sol estaríamos lá. E assim foi. Depois de uma noite sem descanso, saímos de Tavira às 6 e tal da manhã, alimentando ainda uma esperança de que alguém os tivesse ajudado a escapar. Quando lá chegámos, deparámo-nos com o cenário horrendo que não vou esquecer enquanto viver. Penso que não é necessário descrever o que sente nesse momento alguém que se dedicou a eles com tanto amor durante anos. Só mentes perversas poderão duvidar disso... Pouco depois de termos regressado a Tavira, a Cristina ligou-me a dizer que a Sra. Alice Gil a contactou dizendo que estava no local e perguntando: “Então não vêm ver a vossa obra?!” Não sei como se pode ser tão cruel num momento de dor como este!!! Essa senhora acusou-nos de termos tido “20 horas para ir abrir a porta aos animais”! Não compreendo em que se baseia para afirmar tal coisa! O fogo não esteve em Santa Rita durante 20 horas!!! Ela própria só nos informou por volta das 19 horas! Por isso, não sei que mais eu poderia ter feito para salvar aqueles inocentes, se não me foi dado conhecimento antes de que o fogo estava naquele local. Mas concordo plenamente que apurem responsabilidades, porque as mesmas pessoas que estão a afirmar que eu poderia ter salvo os cães antes, se sabiam do fogo deveriam ter arrombado as portas do abrigo ou cortado as redes para que eles saíssem, evitando a morte cruel que tiveram, sem poder
fugir. Cada vez que penso nisso, acho que não vou aguentar mais... A obrigação de salvar não é só do detentor ou de quem conhece os animais, mas sim de quem está em condições de agir mais rápido. Então, quem achar que houve “20 horas” para salvar os animais, deve explicar porque não o fez. E se estas pessoas que agora criticam tanto também não souberam antes que o fogo estava em Santa Rita, porque me exigem a mim que o saiba? Outra coisa que não compreendo e que se devia apurar é porque motivo os habitantes da casa ao lado do abrigo (a cerca de 50 metros) não pediram ajuda para os animais nem tentaram arrombar as portas ou cortar as redes. Será que pediram ajuda aos bombeiros? Quando cheguei a Santa Rita, os bombeiros estavam a vir daquele lado do abrigo, mas foi impossível dirigir-lhes a palavra porque surgiram pessoas a correr e a gritar que fossem depressa porque estava uma casa a arder e arrancaram rapidamente. Foi um caos! Também não é justo que se diga que nem eu nem a Cristina informámos as autoridades da existência do abrigo. Não podíamos informar as autoridades se não nos foi dado conhecimento que havia fogo no local. Além do mais, o abrigo era do conhecimento de muitas pessoas e entidades, como por exemplo as que abaixo indico e seria importante saber a que horas tomaram conhecimento de que o fogo se encontrava em Santa Rita: - O veterinário municipal de Vila Real de Santo António / Castro Marim e Tavira, que já tinha estado anteriormente no local; - A funcionária do canil municipal em Castro Marim, D. Nélia Brito (que ligou para a Cristina, pelas 20.58 h do dia 16, a perguntar como estava a situação dos animais em Santa Rita); - A Câmara Municipal de Tavira (quando cheguei a Santa Rita encontrava-se lá o Sr. Vereador do Ambiente, José Manuel Guerreiro, e penso ter visto a Sra. Veterinária Municipal Dra. Sandra Mealha); - A D. Alice Gil, que avisou sobre o incêndio cerca das 19 horas do dia 16; - A GNR também já tinha estado no local noutras ocasiões, pelo que não era um local incógnito; - Várias pessoas das relações da D. Alice Gil, que frequentemente vão ao local e fazem críticas destrutivas e já fizeram denúncias anteriormente, ignorando completamente os sentimentos
dos animais e o facto de estarem bem tratados e felizes; - Os habitantes da casa que fica a cerca de 50 metros. Sei que a proprietária dá pelo nome de Dª Maria, mas não tenho nenhum contacto da senhora porque não costumamos falar. Vi hoje numa reportagem na TVI cerca da hora de almoço que a tv falou com esta senhora, a qual terá dito que tentaram salvar os animais, mas não foi possível devido ao vento forte que dificultou o trabalho dos operacionais. Compreendo estas dificuldades para extinguir o incêndio, mas continuo a não compreender como o vento pode dificultar que se arrombem as portas ou que se corte a rede. Procuro explicações na minha mente e nada me ocorre. Não quero pensar que tenham tido medo dos animais por verem alguns cães grandes... Eles não faziam mal a ninguém e só iriam fugir para se libertar; Penso que será também importante explicar qual o motivo dos animais se encontrarem naquele local. Aqueles animais foram alguns dos primeiros resgatados em 2011 por uma associação de Tavira denominada 3AT Amigos dos Animais de Tavira, da qual comecei por ser voluntária e mais tarde acabei integrando a direção juntamente com Cristina Rodrigues. Já há vários anos que a associação deixou de operar e de recolher animais (pelo menos 8 anos), mas alguém tinha que cuidar dos animais que restaram, quando muita gente abandonou tudo. Por isso referi antes que sempre tratei daqueles animais todos os dias, durante todos estes anos e acabei por assumi-los como meus e registá-los em meu nome. O primeiro local onde os animais viveram, desde 2011, foi um terreno na Asseca, concelho de Tavira, onde foram acolhidos cães em situações aflitivas que entretanto surgiram e para as quais não havia outra alternativa, devido à inexistência no concelho de um abrigo com condições para que os animais lá pudessem permanecer, situação que se foi prolongando ao longo dos anos, apesar da lei determinar que cada concelho deve ter um centro de recolha obrigatória, o qual deveria estar preparado para albergar animais durante longos períodos de tempo, se necessário. Os animais viveram ali em paz até finais de 2013. Apenas não tiveram paz numa noite do Verão de 2012 em que um incêndio se aproximou do local e eu, a Cristina e diversas outras pessoas passámos toda a noite a recolhê-los (porque entretanto, daquela vez, já alguém lhes tinha aberto as portas) e conseguimos salvar todos. Ironia cruel do destino... Eu passaria
em claro as noites que fosse preciso para salvá-los e desta vez não consegui... Mas digo que viveram em paz na Asseca até finais de 2013, porque muitas coisas mudaram após as eleições autárquicas de 29 de Setembro de 2013. Lembro-me da data porque Cristina Rodrigues integrou uma lista da oposição como independente, com o intuito de que Tavira tivesse um canil e gatil municipal, que solicitou ao cabeça de lista, Dr. José Fernandes Estevens, intenção essa que integrou o programa eleitoral. Essa lista saiu derrotada e essa altura coincidiu com um momento em que a cooperação e comunicação connosco que existia por parte da Câmara Municipal de Tavira cessou e começaram a surgir denúncias em relação a todos os locais onde tivéssemos animais, que foram classificadas como anónimas. Poucos dias após as eleições, a senhora idosa proprietária do terreno em Asseca comentou que "uns senhores da câmara tinham ido lá e tinham perguntado se os cães ladravam muito, se não fugiam, se não tinham bebés,..." A senhora terá respondido que estava tudo bem, que não havia problema nenhum. Pouco tempo depois, surgiu uma reclamação por parte de uma senhora residente do outro lado da ribeira, que se queixava de que os cães ladravam muito e que teriam que sair dali. Essa senhora pressionou bastante os proprietários do terreno para que os cães fossem retirados. Fiquei muito surpreendida com esta situação porque os animais estavam ali havia cerca de 3 anos e eram os mesmos, o ruído não tinha sofrido alterações e nunca houve reclamações. Mas a pressão continuou e a alternativa que surgiu foi alojá-los rapidamente em Santa Rita, onde foi construído o abrigo, de acordo com os meios financeiros que foi possível conseguir no momento, e com muitas dificuldades, mas era preciso alojá-los em algum local e sempre com a esperança de que fosse provisório, até que um refúgio animal surgisse em Tavira. Após a saída daqueles animais, os proprietários do terreno em Asseca colocaram outros cães no mesmo local, que ladravam tanto ou mais que os anteriores, mas as pressões exaustivas dos reclamantes não mais se fizeram ouvir. Entretanto surgiu uma nova esperança de ter um refúgio em Tavira para aqueles animais poderiam ir viver. A Fundação britânica Nina Pearson procurou um terreno para comprar. Encontraram um que tinha as condições ideais, em Fonte Salgada. Já vedado, com uma área considerável e afastado da zona
residencial. Chegaram a acordo com o proprietário pelo preço de 180.000,00€. O presidente da fundação veio expressamente de Inglaterra para ver o local e aprovou. Aproveitou a visita para ver os cães, em Santa Rita, e trouxe a filha menor. Adoraram os animais e acharam-nos bem nutridos e felizes. Apesar das condições do alojamento não serem as ideais, perceberam o esforço que foi feito por eles e sabiam que esse problema seria passageiro porque estava assente que eles iriam para o novo refúgio, que funcionaria também como quinta pedagógica onde se organizariam passeios e visitas de estudo para sensibilizar os jovens para a causa animal e para o respeito pela Natureza. Os encargos das obras a realizar também seriam a cargo da fundação, bem como os custos inerentes à legalização. E no que se refere à legalização, antes de assinar o contrato promessa, a Fundação contactou a Câmara Municipal de Tavira para saber da viabilidade de legalizar um refúgio para animais naquele local, condição essencial para que realizassem o investimento. O Sr. Vereador do Urbanismo, João Pedro Rodrigues, garantiu que se da parte da CCDR não houvesse qualquer objeção, da parte da Câmara também não haveria. A resposta demorou algum tempo, até que, em Dezembro de 2014, foi emitido um parecer negativo por parte da CCDR. Após muita dificuldade e insistência foi possível conseguir uma reunião com o Sr. Vereador do Ambiente, José Manuel Guerreiro, a quem foi pedido um espaço para que os animais pudessem lá viver e a resposta foi que a Câmara não tinha local nenhum. E corroborou o que foi dito pelo Sr. Vereador do Urbanismo: "se da parte da CCDR não houver nenhum obstáculo, da nossa parte também não haverá". Numa reunião na CCDR/Algarve com a Sra. Arquiteta Maria Armanda Reis, que se mostrou bastante sensibilizada em relação aos problemas da causa animal, foi informado que, face à legislação que temos, se alguém perguntar qual o local em que é permitido construir um refúgio para animais, muito dificilmente se conseguiria indicar um, porque os obstáculos para essa finalidade são sempre muitos. Contudo, referiu que está na mão dos responsáveis em cada organismo encontrar alternativas aos obstáculos da lei, uma vez que em diversos casos é possível encontrar soluções dentro da legalidade. Sobre o local objeto da pretensão da fundação inglesa apontou um caminho, que seria o de pe-
dir uma alteração simplificada, procedimento que dependeria da Câmara Municipal e foi garantido que a resposta seria positiva. Contudo, perante isto, o Sr. Vereador do Urbanismo, informou que as coisas não eram assim tão simples como a CCDR dizia e que era necessário estudar o assunto com o Departamento Jurídico. O tempo foi passando. Após muitas insistências, o Sr. Vereador transmitiu que o projeto não era viável porque o PDM não permitia. Tanto a CCDR como vários entendidos no assunto afirmaram que se houvesse boa vontade da Câmara o problema poderia ser ultrapassado e que haveria sempre a hipótese de alterar o PDM, de forma a admitir o projeto pretendido, mas tal não aconteceu. Foram então realizados vários contactos, entre eles com o PAN, que tentou marcar uma reunião na Câmara, mas nunca obteve resposta, apesar das insistências, até que o próprio PAN aconselhou, via telefone, que era melhor procurar um terreno fora de Tavira. O PAN ainda tentou conseguir um terreno, mas sem resultado, como se comprova pelos e-mails que junto. A Fundação inglesa cansou-se de realizar tantos esforços e contactos durante anos e de ter os 180.000,00€ retidos a aguardar um projeto que não iria concretizar-se e desistiu da compra do terreno. Por isso, quando se insiste tanto na divulgação de que se tratava de “um abrigo ilegal” deveria ter-se sempre em consideração estas dificuldades e deveria pensar-se porque é que há espaços ilegais com animais e tentar alterar a legislação, em vez de atacar as pessoas que tentam a todo o custo abrigar esses seres inocentes que não percebem nada de leis nem dos meandros criados pelos humanos. Eles só querem ter o seu cantinho em paz e amor. E foi o que aqueles animais sempre tiveram, com muito esforço e muita luta. As manifestações de alegria e de ternura que me dedicaram diariamente ao longo dos anos dão-me a certeza de que não falhei com eles. Apenas não pude cumprir o que lhes prometi no dia 16 de manhã. Depois dos mimos, disse-lhes: “amanhã há mais festas”. No dia seguinte não houve mais festas. No dia seguinte sofri um dos maiores choques da minha vida e não vou esquecer nunca... Por isso peço a todos os que se ocupam da maledicência que respeitem o sofrimento dos outros e, pela memória deles, agradeço sinceramente que apurem as verdadeiras responsabilidades. Assina, Ana Maria Carvalho a 18 de agosto de 2021.
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CADERNO ALGARVE
Postal, 20 de agosto de 2021
REGIÃO
Ryanair apresenta nova queixa contra ajudas do Governo à TAP
Faro volta a ocupar a 3ª posição entre os aeroportos com maior movimento de passageiros no primeiro semestre O Aeroporto de Faro concentrou 57% dos passageiros provenientes de voos do Reino Unido entre 17 de maio e 7 de junho
Ryanair apresentou uma nova queixa no Tribunal de Justiça da União Europeia devido aos 462 milhões de euros aplicados pelo Governo na TAP, autorizados pela Comissão Europeia A confirmação da entrega na semana passada do recurso foi dada ao jornal Público por fonte oficial da companhia irlandesa. Esta é a segunda frente de batalha jurídica aberta pela Ryanair à TAP, depois de a empresa ter apresentado uma queixa no ano passado relativa ao empréstimo de 1.200 milhões aprovado por Bruxelas, e que deu início ao plano de reestruturação na companhia portuguesa. O presidente da Ryanair, Michael O'Leary, defende que o apoio estatal à TAP não é um investimento, mas sim impostos cobrados aos contribuintes "deitados na sanita" da companhia aérea. "[O apoio à TAP] não é um investimento, são impostos deitados na sanita da TAP", afirmou Michael O'Leary, em conferência de imprensa em junho, refutando o argumento apresentado pelo ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, de que o Estado tem direito a investir na TAP. Estas críticas ao apoio do Estado deram origem a troca de acusações com o ministro Pedro Nuno Santos, que tem a tutela da TAP. O governante rejeitou "intromissões nem lições" da Ryanair, realçando que o investimento na TAP é "estruturante", e lamentou que a companhia irlandesa esteja a aproveitar-se de uma "situação difícil" e vincou que a "Ryanair é uma empresa privada e que não tem de interferir nas decisões soberanas tomadas pelo Governo português". Em 2020, a TAP voltou ao controlo do Estado português, que passou a deter 72,5% do seu capital, depois de a companhia ter sido severamente afetada pela pandemia de covid-19 e de a Comissão Europeia ter autorizado o auxílio estatal de 1.200 milhões de euros. Já este ano, no final de abril, a Comissão Europeia aprovou um novo e intercalar auxílio estatal de Portugal à TAP, no valor de 462 milhões de euros, para novamente compensar prejuízos decorrentes da pandemia e, segundo a transportadora, garantir liquidez até à aprovação do plano de reestruturação por Bruxelas. De acordo com o jornal Público, o Governo ainda precisa de enviar a Bruxelas até ao final de setembro um relatório, com contas auditadas e certificadas por uma entidade externa, de modo a comprovar que o apoio não foi excessivo. "Se tiver recebido dinheiro a mais, a TAP terá de o devolver", escreve o jornal. O Governo português informou em 13 de agosto que vai enviar as respostas às perguntas colocadas pela Comissão Europeia (CE), numa carta, sobre o plano de reestruturação da TAP, até quinta-feira.
FOTO D.R .
O
número de passageiros movimentados nos aeroportos nacionais caiu 44,6% no primeiro semestre, em termos homólogos, embora junho tenha mantido a tendência de crescimento, com dois milhões de passageiros movimentados, divulgou esta quarta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE). “No primeiro semestre de 2021, registou-se uma diminuição de 44,6% do número de passageiros movimentados nos aeroportos nacionais (-64,5% no período homólogo de 2020; +7,1% no mesmo período de 2019)”, revelaram as estatísticas rápidas do transporte aéreo de junho deste ano, hoje divulgadas. Nos primeiros seis meses deste ano, o aeroporto de Lisboa movimentou 46% do total de
passageiros (2,5 milhões) e registou um decréscimo de 55,4%, o mais acentuado dos três aeroportos com maior tráfego anual de passageiros, enquanto Faro voltou a ocupar a terceira posição entre os aeroportos com maior movimento de passageiros neste período (575.000; -28,1%).
Já quando comparado com o primeiro semestre de 2019, a redução foi de 80,4% Ainda assim, o mês de junho manteve a tendência de crescimento do transporte aéreo, com os aeroportos nacionais a registarem um movimento de aproximadamente dois milhões de passageiros, enquanto o movimento de carga e correio totalizou 15.600 toneladas. No entanto, o INE lembrou que
no mês homólogo de 2020, devido à pandemia de covid-19, registou-se um tráfego muito reduzido nos aeroportos. Quando comparado com junho de 2019, o movimento de passageiros diminuiu 66% e o movimento de carga e correio decresceu 4,7%. Entre os dias 17 de maio e 07 de junho, período em que o corredor aéreo entre Portugal e o Reino Unido esteve aberto, desembarcaram 38,1% do total de passageiros que chegaram aos aeroportos nacionais no conjunto dos dois meses (maio e junho), dos quais 22,9% em voos provenientes do Reino Unido. O aeroporto de Faro concentrou 57% dos passageiros provenientes de voos do Reino Unido entre 17 de maio e 7 de junho. Quanto à origem dos passageiros desembarcados em
aeroportos nacionais, em junho, 70,9% corresponderam a tráfego internacional (80,6% no período homólogo), na maioria provenientes de aeroportos localizados no continente europeu (63,2%). Relativamente aos passageiros embarcados, 70,4% corresponderam a tráfego internacional (75,1% no período homólogo), tendo como principal destino aeroportos localizados no continente europeu (64,5%). Considerando o volume de passageiros desembarcados e embarcados em voos internacionais, no primeiro semestre de 2021, França foi o principal país de origem e de destino dos voos, seguido do Reino Unido, apesar de registar os maiores decréscimos homólogos de passageiros desembarcados e embarcados (-62,4% e -65,6%, respetivamente), e a Alemanha ocupou a terceira posição."
CADERNO ALGARVE
Postal, 20 de agosto de 2021
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DESFIBRILHADORES PÚBLICOS FORAM USADOS EM 54 PESSOAS
Algarve quer ser exemplo europeu e Loulé já se está a destacar
E
xistem 2417 espaços públicos equipados com desfibrilhadores automáticos externos (DAE) em Portugal, que entre janeiro de 2019 e o final de maio de 2021 foram utilizados para administrar choques a 54 pessoas, das quais 16 foram transportadas do local até ao hospital com sinais de circulação. Desde a entrada em vigor da legislação de 2012, que determinou obrigatoriedade de existência de desfibrilhadores em locais de acesso público, o número de DAE tem vindo a aumentar, assim como o número de operacionais certificados. Até 2010, existiam apenas 90. Agora, há cerca de 26 mil operacionais certificados. No Algarve, existe um projeto-piloto que visa formar pessoas para prestar assistência com desfibrilhadores a doentes cardíacos antes da emergência pré-hospitalar, num acordo entre o INEM e o consórcio que junta Universidade do Algarve e o Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA), no âmbito de um outro protocolo que INEM e ABC já têm em curso para a implementação do projeto “Algarve Coração Seguro”, cujo o foco é passar das 1700 para as 5000 pessoas formadas. O objetivo é permitir que o INEM, através do Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) e de uma aplicação e plataforma digital criadas para o efeito, tenha acesso à geolocalização das pessoas formadas e dos desfibrilhadores e “ativar quem está mais perto” para prestar
FOTO D.R.
projeto em análise pretende promover a participação das autarquias no “combate à morte súbita”.
Desfibrilhador salva vida a jovem em Albufeira e a homem de 86 anos em Monte Gordo
assistência. Segundo o presidente do ABC, Nuno Marques, no concelho de Loulé é esperado que, no máximo, em setembro, "isto esteja a funcionar em pleno”, adiantando que a ideia é “estender a zona piloto ao Algarve todo” e “mais tarde, o INEM ver também como, em termos nacionais, pode ser implementado” um apoio deste tipo.
Em Loulé já havia "56 desfibrilhadores operacionais no programa e espera-se que este ano ainda seja adquiridos e juntos ao processo mais 70”, enquanto o número de pessoas formadas deverá passar das 1.700 para as 5.000, aproximando o Algarve de ser “uma das regiões mais seguras em termos europeus” em caso de crises cardíacas.
O próprio INEM está a analisar um projeto nacional que prevê a certificação e reconhecimento dos municípios que contribuam “ativamente para a proliferação da formação de suporte básico de vida e desfibrilhação automática externa”, bem como “para o equipamento de DAE”, segundo avançou esta quarta-feira o Jornal de Notícias. O
Um jovem de 21 anos, a passar férias em Albufeira, viu a vida a ser-lhe restituída no passado sábado, dado o acesso rápido a um desfibrilhador instalado na via pública e às manobras de reanimação feitas por pessoas no local O jovem, natural de Famões (Odivelas), encontrava-se numa piscina particular em Santa Eulália, quando sofreu uma paragem cardiorrespiratória. Civis presentes iniciaram manobras de reanimação, recolheram e usaram o DAE da respetiva zona, e acionaram o 112. Esta foi a primeira vez que um equipamento DAE foi usado com sucesso por civis numa situação concreta, tendo assim assegurado a vida a este turista. Já no início deste mês, um homem de 86 anos tinha sido assistido na praia de Monte Gordo, concelho de Vila Real de Santo António, por elementos do Projeto “SeaWatch” e levado para o hospital. Quando chegaram ao local, "os elementos do Projeto "SeaWatch" prosseguiram com as manobras de reanimação com recurso ao Desfibrilhador Automático Externo (DAE) que equipa a viatura Amarok". PUB.
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CADERNO ALGARVE
Postal, 20 de agosto de 2021
REGIÃO
66% da população do Algarve já tem a vacinação completa AS REGIÕES DO ALENTEJO E DO CENTRO SÃO AS QUE CONTINUAM COM O PROCESSO DE VACINAÇÃO MAIS AVANÇADO, RESPETIVAMENTE COM 69% E 68%
M
ais de 6,7 milhões de pessoas (66%) residentes em Portugal completaram a vacinação contra a covid-19, revela o relatório semanal da Direção-Geral da Saúde (DGS). De acordo com o relatório de vacinação, publicado todas as terças-feiras, até domingo 6,76 milhões de pessoas (66%) concluíram a vacinação e 7,79 milhões (76%) tomaram pelo menos uma dose de vacina. Em Portugal, a campanha de vacinação contra a covid-19 iniciou-se em 27 de dezembro PUB.
de 2020, sendo administradas atualmente as vacinas de dose única (Janssen) e de dose dupla (Pfizer/BioNTech, Moderna e AstraZeneca). Comparativamente ao relatório precedente, numa semana o número de pessoas com a vacinação completa cresceu 4%, ao passo que com a primeira dose esse aumento foi de 5%. Os dados mais recentes da campanha de vacinação recuam até domingo, 15 de agosto, e abrangem a inoculação de pessoas a partir dos 16 anos. As regiões do Alentejo e
do Centro são as que continuam com o processo de vacinação mais avançado, respetivamente com 69% e 68% da população com o ciclo vacinal completo, seguindo-se as do Algarve, Madeira e Norte, todas com 66%. Açores e Lisboa e Vale do Tejo, respetivamente com 63% e 64% da população totalmente vacinada, são as regiões mais atrás no processo. A DGS ressalva que, no caso dos Açores, os dados "poderão estar subestimados", uma vez que houve um "atraso entre as vacinas administradas e o seu registo".
No anterior relatório, 10.178 jovens entre 16 e 17 anos tinham sido vacinados com uma dose FOTO ANA PINTO / POSTAL D.R.
As pessoas mais velhas, que começaram a ser vacinadas mais cedo, estão entre as mais imunizadas, com 90% (50-64 anos) a 97% (65 anos em diante) com a vacinação completa. As faixas etárias mais novas, que começaram a ser vacinadas mais tarde, são as que mais progrediram ultimamente: na dos 25-49 anos, 70% das pessoas já têm o ciclo vacinal completo e 83% pelo menos uma dose, no grupo acima, dos jovens entre 18 e 24 anos, 30% concluíram a vacinação e 54% iniciaram o processo.
O relatório contabiliza, ainda, entre os jovens dos 16 aos 17 anos, 152.292 (9%) com a primeira dose da vacina Pfizer/BioNTech e 3.780 com a segunda e última (jovens com doenças de risco). No anterior relatório, 10.178 jovens entre 16 e 17 anos tinham sido vacinados com uma dose. O aumento registado numa semana de jovens nesta faixa etária com a primeira toma ocorre depois da campanha de vacinação em massa realizada no passado fim-de-semana.
Portugal recebeu 15,3 milhões de doses de vacinas e distribuiu 14,0 milhões por todo o território. No país, desde o início da pandemia, em março de 2020, morreram 17.584 pessoas e foram registados 1.006.588 casos de infeção, segundo o mais recente boletim da DGS. A covid-19 é uma doença respiratória causada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e que se disseminou rapidamente pelo mundo.
Criadores obrigados a registar galinhas poedeiras em setembro Estabelecimentos com menos de 350 aves e os de criação de reprodutoras estão isentos da declaração de existências Os criadores de galinhas poedeiras estão obrigados a registar, em setembro, os animais detidos, estando isentos os estabelecimentos com menos de 350 aves e os de criação de reprodutoras,
segundo um aviso da Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV). Todos os detentores de galinhas poedeiras ficam obrigados a declarar os efetivos que possuíam, à data de 1 de setembro de 2021", indicou, em comunicado, a DGAV. Os estabelecimentos com menos de 350 aves e os de criação de galinhas poedeiras reprodutores estão isentos da
declaração de existências. A declaração pode ser feita, em setembro, através do 'site' http://avidec.dgav.pt ou nos serviços de alimentação e veterinária regionais. Os detentores estão obrigados a declarar as galinhas poedeiras duas vezes por ano -- em fevereiro e setembro. A DGAV é um serviço central da administração direta do Estado, com autonomia administrativa.
CADERNO ALGARVE
Postal, 20 de agosto de 2021
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REGIÃO FOTOS D.R.
Estudo serológico "pioneiro" em lares antecipa medidas para próximo inverno De acordo com a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, o estu-
E
studo serológico para conhecer o nível de imunidade à covid-19 nos lares de idosos vai servir para identificar as medidas necessárias para o próximo inverno, disse a ministra Ana Mendes Godinho, que o definiu como pioneiro.
Em declarações à agência Lusa, depois da iniciativa de arranque do estudo, que decorreu na Santa Casa da Misericórdia de Vila do Bispo, Sagres, a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social adiantou que vão participar 5.200 utentes de 62 lares de ido-
do servirá para conseguir “identificar as medidas necessárias para o outono inver-
sos do Algarve e do Alentejo, todos já agendados e calendarizados até ao fim de agosto, o que Ana Mendes Godinho considerou ser “amostra muito representativa”. De acordo com a ministra, o estudo servirá para conseguir “identificar as
medidas necessárias para o outono inverno, é essa a preocupação”, além de criar “capacidade também de antecipação e de ter maior informação possível científica em relação à população nos lares". “Só está a ser feito este estudo na população idosa
porque será um estudo pioneiro a nível mundial por ser dedicado e focado num grupo de pessoas para depois conseguir fazer um retrato de comparação com outros grupos e universos de população”, salientou. Questionada sobre se os resultados do estudo servirão também para definir se será ou não administrada uma terceira dose da vacina à população idosa, Ana Mendes Godinho salientou que o estudo “é mais uma fonte de informação” sobre a evolução da situação e recusou que venha a ser usado nesse sentido. “As decisões sobre a evolução da vacinação serão tidas a seu tempo e pelas autoridades de saúde, não sendo o estudo decisivo ou um instrumento para esse efeito”, apontou, vincando que o estudo servirá sobretudo para antecipar a capacidade de implementação de medidas para o outono/inverno. Ana Mendes Godinho disse que a vacinação entre os idosos dos lares está “praticamente completa” e que serão apenas “casos isola-
no, é essa a preocupação”, além de criar “capacidade também de antecipação e de
dos” de algumas pessoas que terão contraído a doença após a toma da primeira dose da vacina. Referiu ainda que existem atualmente 56 surtos ativos em lares e que, graças à vacinação, “o impacto e a gravidade da doença tem-se verificado menor”. O estudo será conduzido pela Fundação Champalimaud e pelo Algarve Biomedical
ter maior informação possível científica em relação à população nos lares"
Center (ABC) e os resultados conhecidos em setembro. A covid-19 provocou pelo menos 4.370.427 mortes em todo o mundo, entre mais de 207,84 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse. Em Portugal, desde março de 2020, morreram 17.584
pessoas e foram registados 1.006.588 casos de infeção, segundo a Direção-Geral da Saúde. A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil ou Peru. PUB.
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CADERNO ALGARVE
Postal, 20 de agosto de 2021
REMUNERAÇÃO AUTÁRQUICA
Um em cada cinco cin gan Saiba quanto ganha o presidente da Câmara no seu concelho e a remuneração de um verador a tempo inteiro
A
penas 19% dos autarcas algarvios está no nível salarial mais elevado estabelecido por lei, um número ligeiramente in-
ferior aos 22% apurados pelo Jornal de Notícias (JN) para os autarcas portugueses - VER quadros nestas 2 páginas. Dos 16 municípios do Algarve, Faro, Loulé e Portimão são os únicos cujos
presidentes de câmara e os vereadores têm uma remuneração bruta que é pelo menos 50% do salário ilíquido do Presidente da República. A remuneração dos autarcas está indexada
ao salário base ilíquido do Presidente da República que, contando com uma redução de 5% decidida em 2010, está fixado nos 7.270,56 euros. Está igualmente dependente de um segundo fator principal: o do número de eleitores no seu concelho. Assim, nos municípios com menos de 10 mil eleitores, o salário base é 40% do salário bruto do Presidente da República. Para os concelhos na faixa dos 10 a 40 mil eleitores, a percentagem
Nível de remuneração de um presidente de Câmara, consoante o número de eleitores [menos de 10 mil, 10 a 40 mil, mais de 40 mil] Concelho
Nível de remuneração
Abrantes
Intermédio
Barrancos
Mais baixo
Águeda
Mais elevado
Barreiro
Mais elevado
Aguiar da Beira
Mais baixo
Batalha
Intermédio
Alandroal
Mais baixo
Beja
Intermédio
Albergaria-a-Velha
Intermédio
Albufeira
Intermédio
Alcácer do Sal
Intermédio
Alcanena
Intermédio
Alcobaça
Mais elevado
Alcochete
Intermédio
Alcoutim
Mais baixo
Alenquer
Intermédio
Alfândega da Fé Mais baixo Alijó
Intermédio
Intermédio
Constância
Mais baixo
Lajes das
Barcelos
Mais elevado
Coruche
Intermédio
Flores
Corvo
Mais baixo
Lajes do Pico
Mais baixo
Covilhã
Mais elevado
Lamego
Intermédio
Crato
Mais baixo
Leiria
Mais elevado
Cuba
Mais baixo
Lisboa
Mais elevado Mais elevado
Portimão
Mais ele
Nazaré
Intermédio
Porto
Mais ele
Nelas
Intermédio
Porto de Mós
Intermé
Nisa
Mais baixo
Porto Moniz
Mais ba
Nordeste
Mais baixo
Porto Santo
Mais ba
Óbidos
Intermédio
Póvoa de
Odemira
Intermédio
Lanhoso
Intermédio
Odivelas
Mais elevado
Póvoa de Varzim
Mais ele
Madalena
Mais baixo
Oeiras
Mais elevado
Povoação
Mais ba
Mafra
Mais elevado
Oleiros
Mais baixo
Proença-a-Nova
Mais ba
Maia
Mais elevado
Olhão
Intermédio
Redondo
Mais ba
Mangualde
Intermédio
Oliveira de
Manteigas
Mais baixo
Esposende
Intermédio
Lousã
Intermédio
Boticas
Mais baixo
Estarreja
Intermédio
Lousada
Mais elevado
Braga
Mais elevado
Estremoz
Intermédio
Mação
Bragança
Intermédio
Évora
Mais elevado
Macedo de
Fafe
Mais elevado
Faro
Mais elevado
Felgueiras
Mais elevado
Caldas da Rainha Calheta [R.A. Madeira]
Mais elevado Mais baixo Intermédio
Mais baixo
Campo Maior
Mais baixo
Alter do Chão
Mais baixo
Cantanhede
Intermédio
Alvaiázere
Mais baixo
Carrazeda
Alvito
Mais baixo
Amadora
Mais elevado
de Ansiães
Intermédio
Mais baixo
Carregal do Sal
Mais baixo
Cartaxo
Intermédio
Cascais
Mais elevado
Castanheira de Pêra Castelo Branco
Ferreira do Alentejo Mais baixo Ferreira do Zêzere
Mais baixo
Figueira da Foz
Mais elevado
Figueira de Castelo
Alpiarça
Rodrigo Figueiró dos Vinhos Fornos de Algodres Freixo de Espada à Cinta
Mais baixo
Cavaleiros Machico
Marco de Canaveses
Mais baixo Mais baixo
Mais baixo
Marinha Grande
Intermédio
Mais elevado Intermédio Mais baixo
Matosinhos
Mais elevado
Mealhada
Intermédio
Mêda
Mais baixo
Melgaço
Intermédio
Mértola
Mais baixo
Mesão Frio
Mais baixo
Mira
Intermédio
Mais baixo
Funchal
Mais elevado
Fundão
Intermédio
Mais baixo
Gavião
Mais baixo
Mais elevado
Góis
Mais baixo
Golegã
Mais baixo
Mirando
Mirando do Corvo
Intermédio Mais baixo
Castelo de Vide
Mais baixo
Gondomar
Mais elevado
do Douro
Castro Daire
Intermédio
Gouveia
Intermédio
Mirandela
Intermédio Intermédio
Mais baixo
Grândola
Intermédio
Mogadouro
Mais baixo
Guarda
Intermédio
Moimenta da
Celorico da Beira Mais baixo
Guimarães
Mais elevado
Mais baixo
Celorico de
Horta
Intermédio
Mais baixo
Basto
Idanha-a-Nova
Mais baixo
Intermédio
Armamar
Mais baixo
Castro Verde
Arouca
Intermédio
Arraiolos Arronches
Intermédio
Mais baixo
Marvão
Fronteira
Castelo de Paiva Intermédio
Arganil
Vinhos
Mais baixo
Mais baixo
Caminha
Arruda dos
Mais ba
Murtosa
Borba
Mais baixo
Intermédio
Portel
Intermédio
Almodôvar
Valdevez
Intermé
Mais baixo
Lourinhã
Lobos
Arcos de
Portalegre
Murça
Intermédio
Intermédio
Intermédio
Mais baixo
Espinho
Almeirim
Ansião
Intermé
Mourão
Intermédio
Câmara de
Heroísmo
Ponte de Sor
Bombarral
Mais baixo
Intermédio
Mais ele
Intermédio
Mais elevado
Almeida
Agra do
Ponte de Lima
Moura
Loures
Mais elevado
Intermédio
Mais baixo
Intermédio
Almada
Anadia
Intermé
Mortágua
Entroncamento
Mais baixo
Intermédio
Mais ba
Ponte da Barca
Intermédio
Aljustrel
Amares
Ponta do Sol
Benavente
Intermédio
Castro Marim
Intermédio
Chamusca
Mais baixo
Ílhavo
Intermédio
Chaves
Mais elevado
Lagoa
Intermédio
Aveiro
Mais elevado
Cinfães
Intermédio
Lagoa
Avis
Mais baixo
Coimbra
Mais elevado
[R.A. Açores]
Azambuja
Intermédio
Condeixa-a-Nova Intermédio
Lagos
Intermédio Intermédio
Mais ele
Mais baixo
Intermédio
Cadaval
Mais ele
Pontal Delgada
Mora
Elvas
Intermédio
Pombal
Mais elevado
Mais baixo
Basto
Intermédio
Montijo
Belmonte
Mais baixo
Mais elevado
Mais baixo
Loulé
Aljezur
Amarante
Velho
Baião
Cabeceiras de
Montemor-o-
sobe para 45% do salário do Chefe de Estado. Nos municípios com mais de 40 mil eleitores, os presidentes de Câmara têm um salário bruto que representa 50% do salário do Presidente da República, mas há duas exceções a esta regra: em Lisboa e no Porto, os salários brutos dos autarcas são 55% do vencimento do PR. Segundo explica o JN, recorrendo aos dados publicados no Pordata sobre o número de eleitores por concelho em
Beira
Intermédio
Moita
Mais elevado
Monção
Intermédio
Monchique
Mais baixo
Mondim de Basto Mais baixo Monforte
Mais baixo
Montalegre
Intermédio
Montemor-o-Novo Intermédio
Azeméis Oliveira de Frades Oliveira do Bairro Oliveira do Hospital
Mais elevado Mais baixo Intermédio Intermédio
Ourém
Mais elevado
Ourique
Mais baixo
Ovar
Mais elevado
Paços de Ferreira
Mais elevado
Palmela
Mais elevado
Pampilhosa da Serra Paredes Paredes de Coura
Mais baixo Mais elevado Mais baixo
Pedrógão Grande Mais baixo Penacova
Intermédio
Penafiel
Mais elevado
Penalva do Castelo
Mais baixo
Penamacor
Mais baixo
Penedono
Mais baixo
Penela
Mais baixo
Peniche
Intermédio
Peso da Régua
Intermédio
Pinhel
Mais baixo
Reguengos de Monsaraz
Intermé
Mais ba
Resende
Intermé
Ribeira Brava
Intermé
Ribeira da Pena
Mais ba
Ribeira Grande
Intermé
Rio Maior
Intermé
Sabrosa
Mais ba
Sabugal
Intermé
Salvaterra de Magos
Intermé
Santa Comba Dão Intermé Santa Cruz Santa Cruz da Graciosa Santa Cruz das Flores
Intermé
Mais ba
Mais ba
Santa Maria da Feira Mais ele Santa Marta de Penaguião
Mais ba
Santana
Mais ba
Santarém
Mais ele
Santiago do Cacém Santo Tirso São Brás de Alportel São João da Madeira
Intermé
Mais ele
Mais ba
Intermé
CADERNO ALGARVE
Postal, 20 de agosto de 2021
13
nha o salário máximo 2020, o valor do vencimento base (bruto) indicado na tabela salarial dos presidentes de Câmara (divulgada pela Associação Nacional de Municípios) inclui os subsídios de férias e de Natal. Mas a remuneração de um presidente tem ainda outra componente: as despesas de representação, pagas em 12 meses. A remuneração total de um presidente de Câmara é composta, portanto, por um salário base indexado ao do Chefe
evado
evado
Nível de remuneração
aixo
édio
evado
édio
édio
aixo
evado
evado
édio
aixo
aixo
édio
evado
aixo
aixo
aixo
aixo
édio
édio
aixo
édio
édio
aixo
édio
édio
édio
édio
aixo
aixo
evado
aixo
aixo
evado
de Estado, estabelecido consoante o número de eleitores, a que se somam as despesas de representação. Em três concelhos do Algarve, um líder autárquico tem uma remuneração total bruta de 4 749,58 euros (3 635,28 euros de vencimento base + 1 114,30 euros de despesas de representação). Os dados indicam também que há sete autarcas no nível intermédio - a sua remuneração total bruta é de 4 274,63 euros (3 271,75 euros + 1 002,88 eu-
Concelhos do Algarve
Nível de remuneração
Salário bruto
Despesas de representação
Albufeira
Intermédio
3 271,75
1 002,88
4 274,63
Alcoutim
Mais baixo
2 908,22
891,45
3 799,67
Aljezur
Mais baixo
2 908,22
891,45
3 799,67
Castro Marim
Mais baixo
2 908,22
891,45
3 799,67
Mais elevado
3 635,28
1 114,30
4 749,58
Lagoa
Intermédio
3 271,75
1 002,88
4 274,63
Lagos
Intermédio
3 271,75
1 002,88
4 274,63
Mais elevado
3 635,28
1 114,30
4 749,58
Faro
Remuneração total bruta
Salário bruto
Despesas de representação
Mais baixo
2 908,22
891,45
2 799,67
Intermediário
3 271,75
1 002,88
4 274,63
Loulé
Mais elevado
3 635,28
1 114,3
4 749,58
Monchique
Mais baixo
2 908,22
891,45
3 799,67
Olhão
Intermédio
3 271,75
1 002,88
4 274,63
Mais elevado
3 635,28
1 114,30
4 749,58
São Brás de Alportel
Mais baixo
2 908,22
891,45
3 799,67
Silves
Intermédio
3 271,75
1 002,88
4 274,63
Tavira
Intermédio
3 271,75
1 002,88
4 274,63
Vila do Bispo
Mais baixo
2 908,22
891,45
3 799,67
Vila Real Sto António
Intermédio
3 271,75
1 002,88
4 274,63
São Pedro do Sul São Roque do Pico
Intermédio Mais baixo
Remuneração total bruta
Salário bruto e despesas de representação de um presidnete de Câmara em Portugal
Velas
Mais baixo
Vendas Novas
Mais baixo
Viana do Alentejo Mais baixo Viana do Castelo
Mais elevado
São Vicente
Mais baixo
Sardoal
Mais baixo
Sátão
Intermédio
Vila de Rei
Mais baixo
Seia
Intermédio
Vila do Bispo
Mais baixo
Seixal
Mais elevado
Vila do Conde
Mais elevado
Sernancelhe
Mais baixo
Vila do Porto
Mais baixo
Serpa
Intermédio
Vila Flor
Mais baixo
Sertã
Intermédio
Vila Franca de
Sesimbra
Mais elevado
Xira
Setúbal
Mais elevado
Vila Franca do
Sever do Vouga
Intermédio
Vila da Praia da Vitória
Campo Vila Nova da
Silves
Intermédio
Barquinha
Sines
Mais elevado
Vila Nova de
Mais baixo
Vila Nova de
Sobral de Monte Agraço Soure
Intermédio
Sousel
Mais baixo
Tábua
Intermédio
Tabuaço
Mais baixo
Tarouca
Mais baixo
Tavira
Intermédio
Terras de Bouro
Mais baixo
Cerveira Famalicão Vila Nova de Foz Côa Vila Nova de Paiva Vila Nova de Poiares Vila Pouca de
Intermédio
Aguiar
Tondela
Intermédio
Vila Real
Moncorvo
Mais baixo
Mais elevado Intermédio Mais baixo Mais baixo Mais elevado Mais baixo
Vila Nova de Gaia Mais elevado
Tomar Torre de
Intermédio
Vila Real de Santo António
Torres Novas
Intermédio
Vila Viçosa
Torres Vedras
Mais elevado
Vila Velha de
Trancoso
Mais baixo
Ródão
Mais baixo Mais baixo Intermédio Mais elevado Intermédio Mais baixo Mais baixo
Portimão
ros). Nos restantes seis concelhos algarvios - Alcoutim, Aljezur, Castro Marim, Monchique, São Brás de Alportel e Vila do Bispo - o valor desce para 3 799,67 euros (2 908,22 euros + 891,45 euros).
Vereadores ganham 80% No caso do vencimento de um vereador a tempo inteiro, a sua remuneração também é construído da mesma forma. Por estar dependente
da remuneração dos presidentes de câmara (recebe 80% do salário base de um edil), está indexado indiretamente ao do Presidente da República e ao número de eleitores do seu município.
Salário bruto e despesas de representação de um vereador da Câmara em Portugal Concelhos do Algarve
Nível de remuneração
Salário bruto
Despesas de representação
Albufeira
Intermédio
2 617,40
534,87
3 152,27
Alcoutim
Mais baixo
2 326,58
475,44
2 802,00
Aljezur
Mais baixo
2 326,58
475,44
2 802,00
Castro Marim
Mais baixo
2 326,58
475,44
2 802,00
Mais elevado
2 908,22
594,30
3 502,52
Lagoa
Intermédio
2 617,40
534,87
3 152,27
Lagos
Intermédio
2 617,40
534,87
3 152,27
Loulé
Mais elevado
2 908,22
594,30
3 502,52
Monchique
Mais baixo
2 326,58
475,44
2 802,00
Olhão
Intermédio
2 617,40
534,87
3 152,27
Mais elevado
2 908,22
594,30
3 502,52
São Brás de Alportel
Mais baixo
2 326,58
475,44
2 802,00
Faro
Portimão
Remuneração total bruta
Vila Verde
Mais elevado
Vila Viçosa
Mais baixo
Vimioso
Mais baixo
Silves
Intermédio
2 617,40
534,87
3 152,27
Trofa
Intermédio
édio
Vagos
Intermédio
evado
Vale de
Vinhais
Mais baixo
Tavira
Intermédio
2 617,40
534,87
aixo
3 152,27
Valença
Intermédio
Viseu
Mais elevado
Valongo
Mais elevado
Vizela
Intermédio
Vila do Bispo
Mais baixo
2 326,58
475,44
2 802,00
Valpaços
Intermédio
Vouzela
Mais baixo
Vila Real Sto António
Intermédio
2 617,40
534,87
3 152,27
édio
Cambra
Intermédio
14
CADERNO ALGARVE
destaque Estudo revela que 63% dos idosos têm anticorpos seis meses após vacinação Um estudo divulgado esta terça-feira revela que 63% dos idosos com mais de 70 anos têm anticorpos contra o coronavírus que causa a covid-19 seis meses após a vacinação. O estudo, conduzido pelo Instituto Gulbenkian de Ciência (IGC), envolveu 260 idosos de cinco lares, além de 160 funcionários, em que a quase totalidade (98,1%) continuava, ao fim do mesmo tempo, com anticorpos contra o SARS-CoV-2. Em declarações à Lusa, o coordenador do estudo, o imunologista Carlos Penha-Gonçalves, precisou que estes dados reportam-se ao período decorrido após a primeira toma da vacina, assinalando que, nos idosos, "a robustez da resposta" à vacinação "é similar" à dos funcionários, com uma idade média de 45 anos, "poucas semanas após a vacinação". "Depois, começa a registar-se decaimento de anticorpos", afirmou. Uma situação previsível. Em comunicado, o IGC refere que os dados "confirmam que, à semelhança do que acontece com outras vacinas, a diminuição dos anticorpos gerados pela vacinação" contra a covid-19, uma doença respiratória, "é mais rápida na população mais idosa". O IGC realça que "a tendência de decrescimento de anticorpos começou a ser notada três meses após a segunda dose em cerca de 15% dos participantes" com mais de 70 anos. Tanto idosos como funcionários dos cinco lares - três do concelho de Almeirim e dois das Forças Armadas - tomaram a vacina da Pfizer/BioNTech, administrada em duas doses intervaladas. Para o investigador do IGC Carlos Penha-Gonçalves, "o decréscimo dos níveis de anticorpos vacinais com o tempo é natural e expectável e não significa ausência de proteção contra a infeção". De acordo com o IGC, "espera-se que as pessoas que tiveram resposta por anticorpos logo a seguir à vacinação tenham desenvolvido memória imunológica que lhes permitirá combater a infeção em subsequentes contactos com o vírus: esse é o princípio da vacinação". Contudo, "enquanto houver circulação do vírus na população, como é atualmente o caso, é indispensável que se mantenham os cuidados de proteção individual", como o uso de máscara, o distanciamento físico ou a higienização das mãos, "mesmo após o processo de vacinação e ao longo do tempo".
Postal, 20 de agosto de 2021
Câmara de Olhão disponibiliza inquérito para conhecer carências habitacionais existentes no concelho Iniciativa visa conhecer a realidade habitacional dos munícipes que vivem em condições indignas no concelho, para que seja possível promover a melhor solução para apoiar o acesso a uma habitação adequada
Uma das medidas do 1º Direito - Programa de Apoio ao Acesso à Habitação, é o apoio a pessoas que vivam em situação de precariedade FOTO D.R.
A
em condições indignas no concelho de Olhão, para que posteriormente seja possível promover a melhor solução para apoiar o acesso a uma habitação adequada. “Para dar resposta às famílias que não podem usufruir de uma casa com as condições mínimas de habitabilidade e que vivem em situação de carência económica, é necessário conhecer as necessidades dos munícipes. Só assim será possível garantir o acesso a uma habitação condigna a quem não encontra resposta no mercado”, refere
Câmara de Olhão vai fazer um levantamento exaustivo das carências habitacionais no concelho, através do preenchimento de um questionário que está disponível até 31 de outubro, no site do município e em papel. Esta iniciativa, que surge no âmbito do Programa 1.º Direito e após a necessidade de alterar a Estratégia Local de Habitação de Olhão, permitirá continuar a conhecer a realidade habitacional dos munícipes que vivem
a vereadora com o pelouro da Habitação Social, Elsa Parreira, que garante que “a autarquia já tem conhecimento de algumas das carências existentes, que já estão diagnosticadas, mas pretendemos continuar a atualizar as necessidades habitacionais dos munícipes para podermos atuar de forma mais célere”. Uma das medidas do 1º Direito - Programa de Apoio ao Acesso à Habitação, é o apoio a pessoas que vivam em situação de precariedade (violência doméstica, insolvência e sem abrigo),
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sobrelotação (habitação insuficiente para a composição do agregado familiar) ou insalubridade (casa sem condições mínimas de habitabilidade ou sem segurança estrutural e inadequação - incompatibilidade do fogo com as pessoas nele residentes) e cuja situação de carência económica não lhes permita suportar o custo do acesso a uma habitação adequada. O questionário pode ser preenchido no site do Município ou em papel e entregue no edifício sede da autarquia, entre 16 de agosto e 31 de outubro.
AUTORIZAÇÃO DE PAGAMENTO - por débito na conta abaixo indicada, queiram proceder, até nova comunicação, aos pagamentos das subscrições que vos forem apresentadas pelo editor do jornal POSTAL DO ALGARVE. Esta assinatura renova-se automaticamente. Qualquer alteração deverá ser-nos comunicada com uma antecedência mínima de 30 dias.
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CADERNO ALGARVE
Postal, 20 de agosto de 2021
15
REGIÃO
Lagos e Loulé têm nova oferta de ensino com currículo internacional FOTO D.R.
sobre este novo modelo de ensino esta sexta-feira, às 18:30 horas, na instituição lacobrigense. A BGA de Lagos está localizada na loja 4 e 5, Núcleo Gil Eanes, Marina de Lagos, enquanto a BGA de Loulé situa-se na Rua Maria Campina, 2º Esq., em Loulé.
Sobre a Brave Generation Academy
D
este modo, os alunos podem conciliar o ensino com outras atividades em paralelo, porque podem aceder aos conteúdos quando e onde quiserem. Desta forma, a escola não é (apenas) um lugar físico e formal, mas antes uma contínua aprendizagem e valorização de competências, que permite expe-
riências em paralelo e a valorização e autonomia do aluno. Preocupados com as competências e com as novas exigências de uma sociedade cada vez mais global, a BGA apresenta uma posposta de ensino virada para o futuro, com foco nas competências e no talento. Tim Vieira, o fundador da BGA Brave Generation Academy, falará
Tim Vieira fundou durante a pandemia a BGA - Brave Generation Academy, um modelo híbrido de educação que junta o melhor de dois mundos: o uso das novas tecnologias como ferramenta de ensino - com os conteúdos dados on-line - a uma flexibilidade de horários que agrada aos estudantes e às famílias. A BGA aparece também como uma alternativa ao que existe no ensino do currículo internacional, porque funciona de uma forma mais democratizada e financeiramente mais acessível para as famílias.
A aposta no currículo internacional, aceite pelas melhores universidades do mundo, pretende preencher a falta de existência de soluções para famílias que sonham com modelos mais flexíveis e que vão de encontro às suas necessidades profissionais ou pessoais. Os estudantes da BGA podem organizar diariamente o seu horário, algo impossível de fazer nos estabelecimentos ditos de “convencionais”. Esta flexibilidade permite que cada um consiga aliar mais facilmente outras atividades que queiram explorar. A acompanhá-los não estão os tradicionais professores, mas sim um learning coach, devidamente preparado para apoiar o estudante, tanto ao nível da progressão na aprendizagem como a prepará-lo para ser autónomo e capaz de atingir os seus objetivos. Tim Vieira diz que a BGA quer formar jovens capazes e com novas competências de uma forma feliz. O fundador acredita que cada vez mais é importante capacitar a nova geração com competências diversas:
“Se percebemos que eles demonstram uma clara apetência ou paixão por algo, o nosso papel é ajudá-los a progredir naquilo que gostam e acreditam e, ao mesmo, tempo dar-lhes a conhecer outras possibilidades. Para isso estamos a estabelecer parcerias e a organizar programas que complementem a formação base. Se um deles tem o sonho de ser veterinário, vamos proporcionar-lhe uns dias a acompanhar um veterinário". "Estudantes felizes podem programar o dia. E se são surfistas e há ondas boas para 'apanhar' às 10 da manhã, podem fazer essa atividade e depois regressam ao Hub. O nosso foco são os jovens e depois é que veem os pais. Mas mesmo para as famílias o modelo BGA apresenta uma mais-valia porque os nossos hubs estão abertos o ano inteiro. Podem viajar todos em qualquer altura do ano, e é mais uma vez é o aluno que ajusta o seu calendário, nesta situação pode simplesmente estar de férias ou então acompanhar on-line a formação”, conclui Tim Vieira. PUB.
16
ESPECIAL CADERNO ALBUFEIRA ALGARVE
Postal, 20 de agosto de 2021
REGIÃO
É dia do município de Albufeira As celebrações começaram na quinta-feira, com o concerto de Ana Moura em Paderne. Segue-se esta sexta-feira, dia 20, a atribuição de medalhas aos funcionários municipais, apresentação do livro “Albufeira - Formação do turismo e futuro no após-Pandemia”, inauguração de equipamentos e obras e espetáculo pirotécnico
O
Município de Albufeira está a comemorar o seu feriado municipal, data que simboliza a entrega da Carta de Foral, em 1504, por D. Manuel I. Este ano, devido à pandemia, tal como aconteceu em 2020, o evento reveste-se de medidas especiais de segurança, de acordo com as indicações da DGS. Segundo o Município, "para que todos possam acompanhar este momento de grande simbolismo e importância para a população do concelho, o programa tem um formato adaptado à nova realidade que estamos a viver, com a transmissão de todas as iniciativas em livestreaming". O programa das comemorações começou esta quinta-feira, dia 19 de agosto, com o Concerto de Ana Moura, às 21:30, nas instalações da antiga Fábrica da Faceal, em Paderne. Na véspera do feriado municipal, a fadista veio a Albufeira apresentar o seu sétimo álbum intitulado “Andorinhas”, que descreve como símbolo de liberdade e de emancipação, de criatividade em estado puro, uma recusa das amarras do sucesso, uma declaração de vontade de futuro”. O videoclipe do tema foi gravado no Algarve com a artista
PUB.
a surgir vestida com um bioco algarvio, uma espécie de capote de uso popular que cobria as mulheres por inteiro. O evento teve a lotação máxima de 600 pessoas, número que dispensa a testagem do público, de acordo com as normas da DGS. Esta sexta-feira, dia 20 de agosto, o dia começou às 9:30, com o tradicional Hastear da Bandeira nos Paços do Concelho, com a presença dos membros do Executivo, Assembleia Municipal, Juntas de Freguesia e representantes das entidades militares, civis e religiosas. Como habitualmente, a cerimónia conta com o Toque do Hino Nacional pela Banda da Sociedade Musical e Recreio Popular de Paderne e Guarda de Honra pelos Bombeiros Municipais de Albufeira e Fanfarra. A Sessão Solene de Atribuição de Medalhas de Bons Serviços aos funcionários municipais com mais de 15, 25 e 35 anos de serviço, nos graus ouro, prata e bronze, respetivamente, um dos pontos altos do programa, está agendada para as 10h00, no Auditório Municipal de Albufeira. (continua na página seguinte)
PUB.
Os melhores momentos são aqueles, bem passados à volta de uma mesa, saboreando uma carne deliciosa, com um bom vinho a combinar… e a sua companhia favorita! Faça já a sua reserva:
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• Estacionamento fácil e gratuito
SERVIÇO DE TAKE WAY Praceta do Pinhal - Açoteias - Albufeira t. 289 502 681 restaurantefrangoreal@gmail.com
ESPECIAL CADERNO ALBUFEIRA ALGARVE
Postal, 20 de agosto de 2021
17
REGIÃO
O Jardim dos Sentidos, Guia e Jardim de Montechoro, ficam abertos ao público a partir de 20 de agosto, segundo disse José Carlos Rolo, presidente do Município de Albufeira, ao POSTAL
(continuação da página anterior)
Albufeira – Formação do turismo e futuro no após-Pandemia Segue-se, às 11:00, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, o lançamento do Livro “Albufeira – Formação do turismo e futuro no após-Pandemia”, de Sérgio Palma Brito, sénior Analyst de Turismo e Transporte aéreo, ex-diretor geral da Confederação do Turismo Português (2007-2009), entre outros cargos de relevo, com uma longa carreira
profissional dedicada às causas do Turismo. Nesta obra, o autor Sérgio Palma Brito sistematiza memórias e documentos importantes ligados ao desenvolvimento do concelho e da região, que retratam como era Albufeira antes da abertura do aeroporto de Faro e no período do 25 de Abril às transformações dos anos 90, aborda, também, as questões que se prendem com a urbanização turística na faixa litoral dos anos 60 à atualidade, a transformação estrutural do mercado do turismo e uma perspetiva sobre o futuro de Albufeira no período pós-pandemia. PUB.
O programa do dia 20 encerra com “chave de ouro” com o Espetáculo Pirotécnico Comemorativo do Dia do Município, que tem início às 23:00, com oito pontos de lançamento que cobrem todo o território concelhio e que permitem assistir ao evento em condições de segurança e com toda a tranquilidade. Trata-se de um espetáculo imersivo, inédito e que tem por objetivo transmitir uma mensagem de esperança no futuro e de afirmação de Albufeira enquanto “Destino de Emoções”. A banda sonora original do espetáculo vai ser transmitida em direto pela rádio Kiss FM.
Sábado totalmente dedicado ao desporto O último dia das comemorações, sábado, dia 21 de agosto, é totalmente dedicado ao Desporto. Às 10:00, a Praia dos Pescadores acolhe a 15ª Prova de Mar de Albufeira, iniciativa integrada no âmbito do XIV Circuito Nacional de Águas Abertas da Federação Portuguesa de Natação. Trata-se de uma organização do Futebol Clube de Ferreiras com o apoio do Município de Albufeira, Federação Portuguesa de Natação, Associação de Natação do Algarve
e Junta de Freguesia de Ferreiras.
Alguns eventos cancelados por causa do calor De salientar que alguns eventos previstos para o dia 20 de agosto, que seriam realizados ao ar livre em horas de calor intenso, foram cancelados, após o aviso da Proteção Civil sobre a previsão de temperaturas elevadas para a segunda quinzena de agosto, aconselhando a que haja precauções durante as horas de maior exposição solar.
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BILHETE POSTAL
Agosto Azul RAMIRO SANTOS Jornalista ramirojsantos@gmail.com
O
navio entra na barra do Arade. Primeiro, o deslumbramento da Praia da Rocha, depois o forte de Santa Catarina e o castelo de Ferragudo em frente. Mas para o encanto ser maior, havemos de subir ao Cabo de João d’Arens, seguindo o olhar de Manuel Teixeira Gomes, a ver como o mar ali respira largamente. “Eu julgo que a realização perfeita da paisagem marítima grega, tal como os poetas da antiguidade a conceberam, está no troço da costa do Algarve entre a Ponta do Altar e a Ponta da Piedade. Isto é, desde a barra de Portimão até ao fecho da baía de Lagos”. Foi esta paisagem, com “um montão de rochas a crescer pelo mar dentro”, que um dia serviu de inspiração ao escritor portimonense. E que hoje constitui o fascínio de todos os que percorrem esses lugares. Embora a paisagem, espraiada no olhar poético do escritor, esteja em alguns casos profundamente tocada pela pressão resultante de uma massificação urbanística dispensável, é possível colher ainda o brilho de um quadro único pintado a cores que tanto prendeu Teixeira Gomes: “o mesmo paraíso sempre renovado das marés.” Mas é preciso saber olhar, pois que ali - avisa ele -,“tudo desperta e reveste inéditos aspectos! Olhos que pretendem ver tudo, não vêem nada; e de que serve isso se a alma não vibrar também!” Mas, sem perder de vista o encantamento do escritor perante o cenário “helénico, sensual, ao mesmo tempo sereno e voluptuoso” à sua frente, rodemos o olhar para “a fluidez azul do Vale do Vau”, já a caminho de Alvor que acolheu El Rei D. João II. Desiludido pelos médicos, após tratamento nas termas de Mon-
chique, veio o Príncipe Perfeito recolher-se em casa de Álvaro de Ataíde, alcaide mor de Alvor, onde acabou por falecer. O seu filho Jorge de Lencastre, ficaria ao cuidado e em casa de D. Martinho de Castelo Branco, primeiro Conde de Vila Nova de Portimão, outra nobre e ilustre figura da terra. Foi conselheiro real, vedor do reino, testamenteiro de D. João II e do seu cunhado e sucessor, D. Manuel I. Tendo sido
* de tantas e desvairadas gentes - fenícios, gregos, cartagineses, romanos, árabes - que por ali passaram: Conoran, Barcínia, Portus Hannibalis, Portimunt ou Portus Magnus. A cidade ficaria localizada mais a jusante, quase junto à foz do rio. Um pouco distante do local onde se desenvolveria e acabaria por se fixar mais tarde. Assim o confirma também, Teixeira Gomes: “Portimão, onde eu nasci, não se vê do mar: fica
durante o período filipino, com a construção dos fortes de S. João, em Ferragudo, e de Santa Catarina, na Praia da Rocha, a vila viu reforçada a sua defesa dos constantes ataques de piratas e corsários. Seguiu-se um período de grande prosperidade que acabou por ser novamente contrariada pela devastação provocada pelo terramoto de 1755. No século XIX, a indústria conserveira fez de novo renascer das cinzas a nova fénix, que depressa se tornou num dos principais portos de pesca do país. E o reconhecimento oficial acabou por não tardar muito. Em 1924, a sua importância estratégica e económica, já então a par das praças mais ricas do litoral algarvio, deram-lhe o estatuto de cidade. Por decisão e iniciativa de quem conhecia bem a sua história: o então Presidente da República, Manuel Teixeira Gomes. O tempo dos frutos secos e das conservas, base da sua economia durante tantos anos, deu lugar a nova indústria, baseada naquilo que tem de melhor: o sol e o mar. E hoje, Portimão, é um dos grandes centros do turismo em Portugal. À bacia do Arade - do topónimo fenício Arvad, que significa porto seguro - chegam navios de todo o mundo, atraídos pela luz meridional e por este mar quente Na barra do Arade, primeiro o deslumbramento da Praia da Rocha, depois o forte de Santa Catarina de verão. e o castelo de Ferragudo em frente FOTO D.R. Finalmente, presos no olhar de adeus do poeta-pintor, “a ainda, camareiro mor de D. João III. recolhida na bacia do rio Arade, en- importante vila da Abicada, na Me- Ponta do Altar, ao declinar do sol, é uma rocha de legenda, de ilumiMas, Alvor também traz à lem- costada quase às faldas da serra, que xilhoeira Grande, ali perto. brança a devastação bárbara que os lhe serve de fundo, e tendo fronteira A presença árabe é também denun- nura heráldica, de brasão, toda de cruzados e o exército de D. Sancho, uma pitoresca aldeia, em forma de ciada a cada passo, no nome das oiro puro” e “à noite, na ponte, com ali provocaram deixando atrás de si pirâmide, que se chama Ferragudo”. coisas e dos lugares. E cerâmicas a lua cheia, o ar sereno, uma grande um rasto de sangue, de destruição Seja rio abaixo ou mais acima, o da dinastia Ming foram encontra- paz na água do rio, (...) o silêncio é e morte. Mais de cinco mil pessoas que se pode dizer com segurança é das também aquando das obras, nos absoluto: tudo emudece como num entre homens, mulheres e crianças, que a primitiva cidadela pertencia anos oitenta, de desassoreamento conto de fadas”. foram passadas indiscriminada- ao termo de Silves e era o porto de do porto e que ficaram livremen- Aqui, solto pelo mundo das sensamente a fio de espada em nome de mar e de defesa da próspera, rica, te, como tudo o resto, ao dispor ções, Manuel Teixeira Gomes chega uma certa ideia de Deus. populosa e culta Shelb, capital do de mãos alheias e à pilhagem dos a confessar-se um homem “injusO nome de Portimão, que regista a reino do Garb al Andaluz. caçadores de tesouros. Tudo isto é tamente feliz, imprudentemente sua história nas pedras de Alcalar Com o declínio de Silves, os dito para atestar a antiguidade e a feliz!”. e Abicada, perde-se nas brumas do privilégios concedidos por D. importância estratégica do porto tempo. Do seu passado não se lhe co- Afonso V, fazem nascer uma de Portimão, desde as épocas mais nhecem os feitos que engradeceram povoação que acabaria por re- longínquas. *Fontes: "Agosto Azul*”, M.T. Gomes; “ReLagos ou Silves, suas vizinhas. Mas ceber o nome de Vila Nova de Com o tempo, ganhou autonomia gressos”, idem; “Inventário de Junho”, ibidem; viveu certamente atos de valor, a cal- Portimão, um senhorio e condado contra o poder e a vontade de Silves, “História do Condado de V. N. Portimão”, cular pelos nomes que foi tomando que lhe foi assegurando prestígio, capital do reino. E já no século XVII, Nuno Campos Inácio: outras
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riqueza e a sua afirmação regional. As águas do Arade correram cheias de memórias desde tempos imemoriais. E se é difícil afirmar sem margem para controvérsia, que Aníbal Barca andou por aqui e fez do local o seu Portus Hannibalis, a verdade é que os vestígios de Cartago e dos romanos estão muito presentes em ânforas, moedas, tanques de salga, artefactos de bronze, cisternas e outros engenhos. E sobretudo na
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Letras REGIÃO & Leituras
Noites F Convida regressa com "concertos únicos"
Paulo Serra
Doutorado em Literatura na Universidade do Algarve;
COMO LER LITERATURA, de Terry Eagleton
Como Ler Literatura, de Terry Eagleton, publicado pelas Edições 70, é um guia de leitura tão essencial quanto divertido para qualquer estudante de literatura e para todos os amantes da leitura. O que é a literatura? Como se define a literariedade de uma obra? O que distingue a linguagem literária da linguagem corriqueira do dia-a-dia? Uma boa obra literária é aquela que cumpre as normas? Pode uma obra surgir isolada no tempo e no espaço ou todas elas surgem em ressonância com o que foi publicado anteriormente? Como se pode identificar a má literatura? O autor responde a estas e outras perguntas de forma livre mas num discurso lógico perfeitamente encadeado, com uma linguagem clara, um tom intimista e genuinamente engraçado, capaz de arrancar-nos gargalhadas em alguns momentos. «Existem certos aspetos óbvios que provam que a ideia de literatura como expressão individual está errada, nomeadamente quando é levada demasiado à letra. Shakespeare, tanto quanto sabemos, nunca esteve encalhado numa ilha deserta mas, ainda assim, A Tempestade parece autêntica. Mesmo que ele tivesse passado algum tempo a comer cocos e a construir uma jangada, isso não teria, necessariamente, tornado a sua última obra uma peça melhor. O romancista Lawrence Durrell passou algum tempo em Alexandria, mas alguns dos leitores do seu Quarteto de Alexandria preferiam que não tivesse passado. Quando Shakespeare escreve acerca da sua amante nos seus sonetos, pode ser que nunca tenha tido uma amante. Sem dúvida que, para ele, fazia diferença ter ou não ter, mas, para nós, não faz.» (p. 183) O livro divide-se em 5 capítulos, arrumado em conceitos: Aberturas (as frases iniciais das grandes obras literárias), Personagem, Narrativa, Interpretação e Valor. Terry Eagleton, académico conhecido por obras mais complexas da teoria literária, disponibiliza alguns exercícios muito práticos de análise literária, que ensinam a ler/pensar melhor, com maior profundidade e prazer, abordando obras literárias bem conhecidas, entre a poesia e a prosa, passando por vários períodos literários (classicismo, romantismo, modernismo e pós-modernismo), desde romances mais emblemáticos como Jane Eyre até à saga de Harry Potter, passando pela Bíblia. Numa análise académica muito rara, que concretiza de forma muito simples as suas ideias, Eagleton ensina o leitor a atentar no tom, ritmo, textura, sintaxe, alusão, ambiguidade, e muitos outros aspectos formais, de pequenas passagens literárias ou versos poéticos. Terry Eagleton (1943) é filósofo, professor e crítico literário inglês. Precursor dos Estudos Culturais, publicou mais de quarenta livros, e é um dos intelectuais mais lidos e comentados. As Edições 70 também publicaram entre nós Porque É que Marx Tinha Razão.
Noites F Convida Pedro Abrunhosa, Carolina Deslandes, D.A.M.A., Barbara Tinoco entre vários artistas consagrados e emergentes do Algarve para 3 concertos únicos, de 3 a 5 de Setembro na Vila Adentro
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m 2021, Noites F Convida decorrem entre 3 e 5 de Setembro, no Largo da Sé, na Vila Adentro, em Faro, celebrando o espírito do Festival F que, pelo segundo ano consecutivo, vê a sua realização adiada devido à pandemia ainda em curso.
Pedro Abrunhosa convida Orquestra Clássica do Sul Na noite de estreia, a 3 de Setembro, Pedro Abrunhosa convida a Orquestra Clássica do Sul para um concerto único, em que juntos revisitam alguns dos maiores clássicos que o músico do Porto legou à pop nacional como “Não posso +”, “Socorro”, “Lua”, “Se eu fosse um dia o teu olhar”, “Para os braços da minha mãe” e alguns dos temas do seu mais recente álbum de originais “Espiritual”, entre muitos outros.
Aurea, Carolina Deslandes, Marisa Liz e Rita Redshoes convidam Orquestra de Jazz do Algarve No dia seguinte, sábado, Aurea, Carolina Deslandes, Marisa Liz e Rita Redshoes convidam a Orquestra de Jazz do Algarve para uma nova interpretação dos temas mais emble-
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máticos dos respectivos repertórios.
D.A.M.A. convidam artistas e amigos Bárbara Bandeira, Barbara Tinoco, AGIR, IRMA e Tainá No dia 5 de Setembro, para um encerramento em festa, os D.A.M.A. convidam os artistas e amigos Bárbara Bandeira, Barbara Tinoco, AGIR, IRMA e Tainá.
Honras de abertura: Yuca & The Groove Valley, Teresa Aleixo e Fernando Leal Serão 3 noites muito especiais, com honras de abertura sempre a cargo de artistas emergentes do Algarve, recentemente revelados ao país através do projecto South Music: Yuca & The Groove Valley na primeira noite, Teresa Aleixo na segunda e Fernando Leal na última.
Bilhetes com preço único Com lotação reduzida e respeitando todas as normas indicadas pela Direção Geral de Saúde (DGS), os concertos Noites F Convida terão sempre início às 21:30. Os bilhetes têm o preço único de 15€.
Os concertos das Noites F Convida realizam-se no Largo da Sé que tradicionalmente acolhe o Palco Sé do Festival F ficando os restantes palcos e espaços do festival, Quintalão, Museu, Ria, Fábrica, Formosa, claustros da Sé, entre outros, a aguardar por 2022 para voltarem a receber música, artes plásticas, workshops, novo circo, teatro, humor e tertúlias, numa programação rica e diversificada. Recorde-se que na sua 6a e última edição, em 2019, o Festival F, o último grande festival de Verão, decorreu nos dias 5, 6 e 7 de Setembro e levou à Vila Adentro perto de 60.000 pessoas, das quais 24.000 na noite de reunião dos Ornatos Violeta, a propósito do 20º aniversário da edição do seminal álbum “O Monstro Precisa de Amigos”, que esgotou. Os parceiros de media Rádio Comercial e TVI têm, nos últimos anos, levado o Festival F aos que não se podem deslocar à Vila Adentro, em Faro, através da cobertura permanente de tudo o que se passa nos 3 dias da maior festa da música portuguesa. Em 2021 estarão presentes nas Noites F Convida, contribuindo para manter vivo o espírito do Festival F. As Noites F são uma iniciativa do Município de Faro, do Teatro Municipal de Faro, S.M., da Ambifaro e da produtora Sons em Trânsito.
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CAÇADORES REGIÃO DE HISTÓRIAS
A Professora de Mandarim mercado de trabalho que fica a perder por não integrar capacidades e perfis originais como o seu". Nunca esquecerei a conclusão do meu primeiro ano de mandarim, com a professora Ming. É verdade que tive 19 valores, que muito me orgulharam, mas o maior orgulho incidiu no sucesso escolar de toda a turma! No final de dois semestres, soubemos ler cerca de 400 caracteres e redigir (com algum auxílio) cerca de 150. Como recompensa, Ming levou-nos ao Casino Estoril, para interpretar uma canção chinesa, que abordava desafios e vitórias na vida.
A par dos ensinamentos de "Como se chama?" e afins questões formuladas em Mandarim, houve uma questão ensinada, mais adiante, que serve de exemplo à vocação humana da professora. A resposta a essa pergunta suscitou o debate em torno da condição de desemprego, em Portugal e no mundo. "Qual o seu trabalho?"/ "Ni zuó gong zuó?". Quando Ming me perguntou qual o meu trabalho, disse-lhe que estava desempregada, há muito. Para meu espanto, dirigiu-me as seguintes palavras de apreço extensíveis a todos os jovens desempregados: "É o
Caçadores de Histórias Texto DANIELA GONÇALVES
A
os 33 anos, Ming era uma professora satisfeita e grata por ter crescido e estudado em Portugal. Tinha grande orgulho de ser luso-chinesa, por
considerar muito duas culturas e línguas, que se casavam bem. Foi com todo o prazer que a jovem professora acolheu os seus estudantes portugueses, que iriam iniciar os seus Estudos em Mandarim, na Es-
cola Chinesa de Lisboa, ou melhor na Lissebon Hàn Yu (diz-se assim). Desde a primeira aula, Ming quis conhecer as motivações dos seus estudantes, com idades compreendidas entre os 24 e os 60 anos.
Hoje publicamos uma crónica da nossa leitora Daniela Gonçalves, a partir de uma experiência pessoal que nos deixa esta lição: a vida (a nossa vida) é um processo de permanente aprendizagem. Uma lição que nos motiva a ultrapassar os obstáculos que vão surgindo na caminhada dos dias.
Como se dirá obrigado em mandarim? R.S. Se tiver histórias de vida, do quotidiano, suas ou de pessoas que conheça, atreva-se. Este espaço é seu. Escreva e envie-nos os seus textos para: jornalpostal@gmail.com
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OSTÍLIO EMELIANO DA ROSA
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01-12-1935 10-08-2021
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Agradecimento Os seus familiares vêm por este meio agradecer a todos quantos se dignaram acompanhar o seu ente querido à sua última morada ou que, de qualquer forma, lhes manifestaram o seu pesar.
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2º ADITAMENTO DO ALVARÁ DE LOTEAMENTO N.º 02/2011
Nos termos do n.º 2 do artigo 78º do Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de Dezembro, republicado pelo Decreto-Lei n.º 136/2014, de 9 de Setembro, torna-se público que a Câmara Municipal de Tavira, emitiu a 27 de Abril de 2021, o 2º aditamento ao alvará de loteamento n.º 02/2011, em nome de Olivier Jacques Albert Bordini, contribuinte fiscal número 295 909 994, com residência na Av. La Martine n.º 116, freguesia Le Perreux-Sur-Marne, em França. Através deste aditamento são licenciadas as especificações ao alvará de loteamento nº 02/2011 da urbanização “Serro da Ria”, que incidem sobre o lote 3 nos seguintes pontos: 1. Eliminação do polígono de implantação do lote. 2. Aumento da área de implantação do lote. 3. Previsão de um piso em cave, para estacionamento. 4. Eliminação dos valores da cércea e cota de soleira no quadro da planta síntese. As alterações ao alvará foram aprovadas por despacho n.º 3755/2021 de 20/04/2021 e enquadram-se no estabelecido no nº 8 do artigo 27º do Decreto-Lei n.º 555/99 de 16 de Dezembro, republicado pelo Decreto-Lei n.º 136/2014 de 9 de Setembro. Paços do Concelho, 23 Julho de 2021 O Vereador do Urbanismo, Planeamento e Ambiente, (1) João Pedro Rodrigues (POSTAL do ALGARVE, nº 1270, 20 de Agosto de 2021)
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FOTO D.R.
Um incêndio deflagrou esta terça-feira, cerca das 02:00 horas, junto ao Caminho das Avestruzes, na zona das Pontes de Marchil, freguesia de Montenegro. O fogo, que incidiu numa zona de pasto e canavial, foi prontamente combatido por 34 operacionais de várias corporações de bombeiros e não provocou quaisquer vítimas ou perda de bens materiais. O incêndio foi dado como dominado perto das 06:00. "Ao todo estiveram envolvidos no combate às chamas operacionais das corporações dos Bombeiros Sapadores de Faro, Associação Humanitária de Bombeiros de Faro Cruz-Lusa, Bombeiros Voluntários de São Brás de Alportel, Bombeiros Municipais de Olhão e Bombeiros Voluntários de Albufeira. Estiveram ainda presentes elementos da GNR e o Serviço Municipal de Proteção Civil, tal como duas viaturas retroescavadoras do Município e da Fagar", refere a autarquia farense em comunicado.
O Município de Faro "saúda e agradece o esforço e trabalho de grande mérito de todos os meios humanos envolvidos no combate a este incêndio – alguns dos quais tinham já estado destacados para o combate ao fogo que deflagrou na madrugada de segunda feira no concelho de Castro Marim e alastrou até aos concelhos de Vila Real de Santo António e Tavira", acrescentando que "a forma pronta e diligente como foi dada a resposta a este incêndio acabou por se revelar essencial para evitar contornos de maior gravidade". Devido ao elevado risco de incêndio, que levou a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil a decretar o estado de alerta especial de nível vermelho para o distrito de Faro, o Município reforça "as recomendações para adequação dos comportamentos e adoção das necessárias medidas de prevenção e precaução na utilização de fogo em espaços rurais, observando as restrições em vigor". A autarquia farense lembra que "é proibida a realização de queimadas; fazer queima de amontoados; utilizar fogareiros e grelhadores em todo o espaço rural salvo se usados fora das zonas críticas e nos locais devidamente autorizados para o efeito; fumar ou fazer qualquer tipo de lume em espaços florestais; a realização de trabalhos em espaços florestais com recurso a qualquer tipo de maquinaria, com exceção dos associados a situações de combate a incêndios; uso de fogo de artifício; usar motorroçadoras (excepto se possuírem fio de nylon), corta-matos e destroçadores".
FOTO D.R.
Várias corporações combateram incêndio em Montenegro
Últimas Colisão faz um morto e um ferido Um homem faleceu e outro ficou ferido, esta quarta-feira, na sequência de uma colisão que envolveu duas viaturas ligeiras em Santa Catarina da Fonte do Bispo, no concelho de Tavira. Para o local foi destacado um helicóptero do INEM que transportou o ferido para o Hospital de Faro.
Karate de luto com a morte de Tatiana Monteiro “O
Ceramista Hélio Pereira viu o seu estúdio e o trabalho de uma vida “todo destruído” O incêndio que se iniciou em Castro Marim e alastrou a Vila Real de Santo António e Tavira deixou um rasto de destruição Embora a maioria das residências tenha sido salva, Hélio Pereira, um ceramista que se instalou em Faz Fato, no concelho de Tavira, viu o seu estúdio e o trabalho de uma vida “todo destruído” pela passagem do fogo, que deflagrou à 01:05 de segunda-feira, foi dado como dominado às 10:20, mas acabou por reativar cerca das 16:00 e só foi novamente dominado um dia depois, na tarde de terça-feira. “O estúdio ficou todo destruído e a casa está danificada, as caixilharias de alumínio derreteram, queimou parte do teto e a canalização também foi afetada”, disse à Lusa Hélio
Pereira, enquanto removia os escombros calcinados do estúdio onde habitualmente trabalhava, à procura de algum pertence ou material que pudesse ter escapado ao fogo. Com a ajuda da amiga Célia Câmara, Hélio Pereira procurava salvar ainda algumas peças de barro cheias de fuligem, na “esperança de que se possam lavar e ainda ser salvas”. Mas, pouco escapou à força das chamas, que ainda afetaram a casa contígua, embora sem a destruir totalmente, como aconteceu ao estúdio. “O fogo começou a vir e já não houve tempo para nada. Só consegui reunir alguns documentos, que era uma coisa que me preocupava, dado a dificuldade que agora existe em renová-los. Aqui fora havia um estrado em madeira, o fogo pegou aqui fora e o resto já não
karate está de luto ao ver partir uma excelente karateca, treinadora e amiga” são as palavras do Kcq Karate C Quarteira perante a morte inesperada de Tatiana Monteiro. Também a Federação Nacional de Karate de Portugal presta nas redes sociais uma “sentida homenagem à karateca Tatiana Monteiro, treinadora e competidora desta federação", desejando “à sua família e amigos, os nossos sentidos pêsames e muita força para ultrapassar este momento de enorme dor e perda”.
pôde ser salvo”, contou. Ceramista de ofício, Hélio Pereira ficou agora sem material, como o motor da roda de oleiro, as peças já produzidas ou os fornos para cozer o barro, e está impedido de exercer o ofício, que é a “única forma de sustento”. Questionado sobre o que iria fazer, Hélio Pereira respondeu que, “felizmente, a saúde ficou” e agora é preciso “encontrar outro sítio” e “recomeçar de zero”. A amiga, Célia Câmara, sublinhou que houve, “mesmo assim, alguma sorte, porque as botijas de gás que alimentavam os fornos não explodiram”. “Aqui à volta, vemos o campo e a serra toda ardida, mas as casas foram salvas. Mas, ele aqui perdeu tudo, o fogo não deixou nada”, afirmou Célia Câmara, destacando a “rapidez” e a “dimensão” do incêndio quando passou no local.
Apreendidas plantas de canábis em Lagos Um homem de 69 anos foi detido esta terça-feira pela GNR por cultivo de canábis e 87 plantas foram apreendidas. Na sequência de uma denúncia, os militares localizaram uma plantação de canábis existente num terreno agrícola, no concelho de Lagos.
Festa ilegal juntou 40 jovens na praia de Faro Os elementos do Comando-local da Polícia Marítima de Faro interromperam, durante a madrugada desta quarta-feira, um ajuntamento de 40 jovens que se encontravam em ambiente festivo na praia de Faro, tendo sido elaborados 9 autos de notícia. Após várias denúncias recebidas, a informar sobre a realização de uma festa na praia, foram ativados para o local elementos do Comando-local da Polícia Marítima de Faro que constataram "a presença de vários grupos de jovens na praia, com uma fogueira e a consumir bebidas alcoólicas, tendo dado indicações para que as pessoas abandonassem o local, indicações essas que foram acatadas".
Capitão Fausto, Legendary Tigerman e Tiago Bettencourt em Faro
O
s artistas Tiago Bettencourt, The Legendary Tigerman, Capitão Fausto, a banda do filme “Variações” e Neev são alguns dos convidados a atuar ao ar livre na rampa do Teatro das Figuras, em Faro, e inclui ainda os projetos algarvios Galopim, Nanook, Infante, The Mirandas e Catalina. As atuações no Figuras à Rampa iniciaram-se esta quinta-feira e polongam-se esta sexta-feira e sábado e nos dias 26 e 27 de agosto Segundo o diretor-delegado
do Teatro das Figuras, Gil Silva, a ideia surgiu para “celebrar os 16 anos do teatro”, tendo havido a oportunidade de trazer bandas nacionais graças a uma candidatura ao programa Garantir Cultura. Para o responsável, foi possível “tomar consciência” da qualidade da música na região, daí poderem fazer um cartaz com banda algarvias e de dimensão nacional. Na passada quinta-feira, atuaram Galopim e a banda do filme “Variações” e esta sexta-feira, vão atuar Tiago Bettencourt e Nanook, en-
quanto Neev e Infante tocam no sábado. The Legendary Tigerman sobe ao palco a 26 de agosto com The Mirandas e Capitão Fausto e Catalina fecham o Figuras à Rampa no dia 27. Os concertos acontecem às 21:30, com abertura das portas às 21:00 e serão disponibilizados 400 lugares sentados, cumprindo as normas da DGS. Os bilhetes têm um custo de 10 euros e podem ser adquiridos nas bilheteiras do Teatro das Figuras ou na Bilheteira Online.
Festival Internacional de Magia Lagoa vai ser palco da 1ª Distribuição quinzenal nas bancas do Algarve
Tiragem desta edição
12.504 exemplares
POSTAL regressa a
17 de setembro
edição do Festival Internacional de Magia, nos dias 3 e 4 de setembro, com a participação de vários mágicos conceituados, campeões em várias modalidades, e sob a direção artística do mágico Paulo Cabrita. Integrado na iniciativa do Município de apoio aos artistas locais, “A Cultura sai à rua”, o Lagoa Magic Fest 2021 terá um dia dedicado à magia de rua, estando previstos espetáculos de magia em seis locais do concelho.