NÚMERO 57 NOVEMBRO 2017
JACOB UFKES
T: PE. ÁLVARO LAGO, DELEGADO NACIONAL DA PASTORAL JUVENIL alvaro.lago@salesianos.pt
EDITORIAL
ESCUTA “Se temos dois ouvidos e somente uma boca, provavelmente é para que escutemos mais e falemos menos”. No fundo, o que quer dizer é para dar mais importância ao que precisamos de receber dos outros do que àquilo que desejamos comunicar.
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Partindo desta ideia, faço um paralelo: dois ouvidos, duas escutas. Esta nossa capacidade dupla de “escutar” implica estar consciente e lúcido relativamente a quem queremos escutar. Neste sentido, só podemos ser “todos ouvidos”, bons “escutadores” d’Aquele que tudo cria, o nosso Deus de Amor, e de todos aqueles que “pertencem” aos nossos dias. Deus é comunicação por excelência. É a Palavra, é o Verbo-Jesus Cristo, sendo o perfeito comunicador da vontade do Pai, é o Espírito que
age no íntimo de cada um como comunicação dos seus dons e da sua vontade. “Escutar é ter o coração para Deus”. Pergunta-te: “escuto” a presença e o agir do Senhor em Mim? Para e escuta-O. Se um dos nossos “ouvidos” serve para Deus, o outro bem pode estar disponível para os que nos estão próximos. É lógico e fundamental que a “escuta da vida dos outros” também é importante. “Escutar o próximo” é um exercício. Só pode ser uma ação. Em primeiro lugar, uma vontade que se transforma em tempo real para “estar com”. E o que nos é dito, que merece a nossa “escuta”, é algo valioso: é a vida partilhada; é a generosidade de quem me quer bem e está disposto a dar algo seu a quem o “escuta”. “Escutar é acolher”. Não te esqueças de “gastar tempo a escutar” o teu Senhor e o teu Próximo.