FUNDADOR
P. Ismael de Matos DIRECTOR
P. Pedrosa Ferreira REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO
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Ano 53
N.º 953 AGOSTO 2013 PUBLICAÇÃO PERIÓDICA MENSAL
Radical Na nossa capela existia uma imagem de S. Domingos Sávio. Estava de fato escuro, camisa branca e um livro aberto nas mãos. Um dia, uma pessoa entrou na capela pela primeira vez. Ao sair, muito admirada, disse: — É a primeira vez que vejo no altar um santo com calças e casaco. Quem é esse rapazinho? Disse-lhe que era Domingos Sávio, aluno de D. Bosco, falecido com 14 anos. Foi um adolescente que, em poucos anos, descobriu a beleza da santidade. Essa pessoa não chegou a ler o que estava escrito no livro. Era o seu propósito da primeira comunhão: «Antes morrer que pecar». Alguns dizem que não se deve dizer esta frase à juventude de hoje, que é uma linguagem ultrapassada. Pode ser necessário inventar outras palavras, mas acho que não se deve tirar a força a esta expressão, naquilo que tem de radicalidade. Não se deve «descafeinar» o cristianismo. Nesta sociedade que perdeu o sentido do pecado, onde cada qual faz o que lhe apetece, onde tudo é permitido, será ir contra a corrente falar do horror ao pecado. Apesar disso, é necessário dizer que houve pessoas que preferiram morrer a trair a sua amizade com Deus, a deixar-se escravizar pelo mal, a rastejar no pecado. E foram felizes. Vivem para sempre na eternidade feliz.
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A nossa dignidade Desde o século IV que existem festas em honra de Nossa Senhora. Jesus Cristo esteve sempre no centro. Mas a sua Mãe tem sido honrada por todas as gerações. Artistas de todas as épocas pintaram e esculpiram a santidade de Maria, adornando igrejas e santuários. Poetas, escritores e músicos louvaram-na com belos hinos e cânticos. Do Oriente ao Ocidente, Maria, com o seu Filho Jesus nos braços, é venerada pelo povo cristão. As pessoas, peregrinando neste «vale de lágrimas», invocam-na com uma antiquíssima oração: «Sob a vossa protecção buscamos refúgio, Santa Mãe de Deus, não desprezeis as súplicas que vos dirigimos, mas livrai-nos de todo o perigo, ó Virgem gloriosa e bendita». Cidadãos do Céu Na solenidade da Assunção de Maria, que se celebra no dia 15 deste mês, exultamos de alegria porque ela, terminado o tempo da sua vida terrena, foi «elevada ao Céu em corpo e alma». Como Jesus ressuscitou do
túmulo, também Maria passou da morte para a vida em plenitude. Não sabemos que idade tinha ela quando adormeceu no Senhor. Nem sequer em que lugar estava, se em Jerusalém ou em Éfeso. Mas temos a alegria de saber que ela está viva, alimenta a nossa esperança de peregrinos do Céu, e aí estará para um dia nos acolher na glória do Reino. Como é grande a nossa dignidade! A nossa morte será uma realidade penúltima. A última será a nossa Páscoa, a entrada na glória do Senhor por toda a eternidade. Enquanto não chega esse momento, olhamos para o Céu e contemplamos Maria como estrela e farol.
Pedrosa Ferreira
Senhor, desde a aurora Vos procuro. A minha alma tem sede de Vós. Por Vós suspiro como terra árida, sequiosa, sem água. (Sl 62, 2)