Cavaleiro da
IMACULADA
Nº 1057 MAIO 2022 | ANO 62 EDITORIAL
A paciência Primeira cena, na actualidade. Mãe e filho adolescente marcaram encontro num centro comercial para juntos irem ver novos modelos de telemóveis. A mãe estava atrasada um quarto de hora. Quando chegou, o filho, irritado, disse: “Há quinze minutos que estou à espera”. A mãe abraçou-o, olhou com carinho para os olhos do filho quase adulto e respondeu com um sorriso: “Eu, meu filho, esperei por ti nove longos meses”. Segunda cena, há dois mil anos. Mãe, em viagem, perdeu o seu filho adolescente. Foram três dias de aflição à sua procura. Finalmente, encontrou-o. Estava no Templo com os doutores. A mãe repreendeu-o: “Filho, por que nos fizeste isto? Teu pai e eu andávamos aflitos à tua procura!” O adolescente Jesus de Nazaré respondeu: “Por que me procuráveis? Não sabíeis que devia estar na casa de meu Pai?” Duas cenas com adolescentes de hoje e de ontem. Ambas são um retrato vivo da paciência das mães. Uma homenagem às mães neste mês de Maio e, de modo especial, a Maria, mãe de Jesus e nossa mãe. Pedrosa Ferreira
FUNDADOR Pe. Ismael Matos DIRECTOR Pe. Pedrosa Ferreira SEDE Rua Duque de Palmela, 11 4000-373 PORTO Telef. 22 536 96 18 PVP 0.01€
PUBLICAÇÃO PERIÓDICA MENSAL
Escrever na areia Que terá escrito Jesus na areia quando se encontrou com uma mulher condenada à morte? Não sabemos, mas podemos imaginar. Os fariseus levaram a Jesus uma mulher, colocaram-na no meio e disseram-lhe: - Esta mulher transgrediu a Lei e, por isso, deve ser apedrejada até à morte. Tu que dizes? Jesus nada disse. Inclinou-se e começou a escrever no chão. Eles insistiram que falasse. Foi então que Ele disse: - Quem estiver sem pecado que atire a primeira pedra. Todos começaram a largar as pedras, a começar pelos mais velhos. Jesus olhou para a mulher e perguntou-lhe: – Ninguém te condenou? – Ninguém, Senhor. – Também eu não te condeno. Vai em paz e não tornes a pecar.
Como o vento da tarde Naquele tribunal forjado à pressa, o que é que Jesus terá escrito no chão? Há quem diga que escreveu os pecados dessa mulher. Escreveu na areia e não
Dar-vos-ei um coração novo e um espírito novo. (Ez 36, 26)
ficou registo. Soprou o vento da tarde e tudo foi apagado. Haverá sempre quem nos quer fazer acreditar que Deus é como um polícia ou um espião que nos vigia noite e dia, anotando os nossos pecados. Mas, para Jesus, o essencial é o nosso compromisso de não pecar e viver na verdadeira paz. Neste sentido, procuremos evitar o mal. Evitemos fazer mal à natureza, aos outros e a nós próprios. E, enquanto filhos de Deus, sejamos instrumentos de paz, de reconciliação e de unidade.