Cavaleiro da
IMACULADA
Nº 1061 SETEMBRO 2022 | ANO 62
Um viajante caminhava nas margens de um grande lago e o seu desejo era chegar de barco à outra margem. Como tinha pouca experiência, um desconhecido ajudou-o a entrar no barco e a pegar em dois remos. Depois desapareceu. O barqueiro pegou no primeiro remo e começou a remar. Porém, por mais que remasse, o barco dava voltas sem sair do mesmo sítio. Pegou, então, no segundo remo, mas o barco continuou a dar voltas sem sair do lugar. O barqueiro, já cansado, parou para observar os remos. Viu então que num deles estava escrita a palavra “EU” e no outro a palavra “TU”. Lembrou-se, então, daquilo que alguém lhe tinha ensinado: que só com a entreajuda se conseguem grandes feitos. De imediato, resolveu remar energicamente com os dois remos e, assim, dirigir-se para o seu destino. De facto, sozinhos no mar desta vida, nada conseguiremos. Isolados, cada qual no seu egoísmo e comodismo, não iremos a lado nenhum. Mas unindo-nos uns aos outros, cada qual com o seu remo e fazendo todos um grande esforço, como irmãos, podemos avançar e alcançar maravilhas.
DIRECTOR Pe. Pedrosa Ferreira SEDE Rua Duque de Palmela, 11 4000-373 PORTO Telef. 22 536 96 18 PVP 0.01€
PUBLICAÇÃO PERIÓDICA MENSAL
O vinho da alegria
EDITORIAL
O barqueiro
FUNDADOR Pe. Ismael Matos
Setembro é o mês das vindimas. É o tempo de colher as uvas, esmagá-las e fazer delas o vinho novo, para alegria de muitos. Por causa de uma tradição, naquela aldeia havia apenas uma casta de uvas. E a tradição era que cada morador, no dia da festa da aldeia, devia levar uma pequena garrafa da sua colheita e, depois, esvaziá-la no grande recipiente colocado na praça central. Um dos moradores, nada solidário, pensou: “Vou levar água e ninguém dará por nada”. E assim fez. No momento indicado, cada qual se aproximou do grande barril com um copo para provar o vinho colectivo. Contudo, ao abrirem a torneira, fez-se um enorme silêncio. Daquele barril apenas saía água. Como foi possível estragar a festa? Muito simples. Cada qual pensou, de forma egoísta, que a ausência do seu vinho não faria falta.
Generosidade A cada passo é-nos pedido para sermos generosos e partilharmos o pouco ou muito que temos com os necessitados.
Pedrosa Ferreira
5
Set.
Dia da caridade
Jesus, sempre atento aos pormenores, observou uma pobre viúva no templo a entregar a sua pequena oferta. Disse então: “Esta mulher foi a mais generosa, pois deu tudo o que possuía”. Sejamos generosos quando se trata de dar o nosso vinho novo, o vinho da alegria, da fraternidade, da esperança, da simplicidade, da amizade, do perdão, da verdade, da paz. Só com este vinho novo é que é possível fazer a festa.