Cavaleiro da
IMACULADA
Nº 999 JUNHO 2017 | ANO 57 EDITORIAL
Indiferença
Circulou por aí um cartaz que pode exemplificar a indiferença de muitos a respeito da fé cristã. Nele há pessoas de várias idades. Uma criança está a brincar e diz que é demasiado nova para pensar em Deus. Um jovem diverte-se numa discoteca e diz que anda demasiado distraído para pensar em Deus. Um músico toca a bateria e diz que há demasiado barulho para pensar em Deus. Dois noivos partem para a lua de mel e dizem que estão demasiado felizes para pensar em Deus. Um homem de negócios está no gabinete diante do computador e diz que está demasiado ocupado para pensar em Deus. Finalmente, um caixão e simplesmente esta frase: ”Demasiado tarde para pensar em Deus”. Deus não força a entrada para entrar em casa das pessoas. Espera pacientemente que lhe abram a porta. Respeita a indiferença das pessoas mas o seu desejo é dar-se a conhecer e ser amado. Felizes os que, antes que seja tarde, se deixam cativar por Deus. Santo Agostinho andou durante muitos anos indiferente à fé cristã, apesar da sua mãe Mónica ser crente. Quando encontrou tempo para pensar em Deus, escreveu: “Tarde Vos amei, beleza sempre antiga e sempre nova, tarde Vos amei! “ Pedrosa Ferreira
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Todos convidados Numa das suas parábolas, Jesus de Nazaré conta que Deus a todos convida para sua festa. Também aos últimos. Um bispo italiano conta que foi convidado para presidir à celebração da festa do padroeiro da cidade. Quando chegou, já as autoridades civis tinham chegado, os acólitos de túnicas brancas e o coro faziam os últimos ensaios. Ao entrar na igreja, o bispo viu que, à porta, estava um sem-abrigo de grandes barbas com um saco de plástico onde guardava os seus pobres haveres. Pedia esmola. O refrão do cântico de entrada dizia:” Vem, irmão, vem para a festa! Há lugar para ti, há lugar para todos”. O bispo, depois de saudar a assembleia, disse: – Se Jesus a todos convida para a festa e há lugar para todos, por que é que deixais aquele vosso irmão à porta? Fez-se um grande silêncio. Então o bispo pediu às autoridades, que ocupavam o primeiro banco, a deixarem um lugar livre para o sem-abrigo. Este entrou com o pároco e, embaraçado, foi ocupar um primeiro lugar. A celebração continuou. O bispo
Corpo e Sangue de Cristo
Eu sou o pão vivo descido do Céu. Quem comer deste pão viverá para sempre.
termina a contar que nunca mais foi convidado. É fácil acreditar com a inteligência que Deus a todos convida para a sua
festa. É fácil imaginar a solidão e o sofrimento dos que vivem marginalizados. É fácil cantar hinos que apelam ao amor ao próximo. O que falta é agir. Nestes meses de Verão, onde há as festas dos padroeiros por toda a parte, seria bom que todos fossem verdadeiramente convidados para a festa. Será a caridade criativa a inventar maneiras de fazer com que a alegria chegue a todas as casas, também às dos cegos, coxos, aleijados. São os preferidos de Deus na festa do seu Reino.
15 JUNho