Cavaleiro da
IMACULADA
Nº 1002 SETEMBRO 2017 | ANO 57 EDITORIAL
Bater no peito Costuma dizer-se que as pessoas andam pela vida com uma espécie de alforge, com um saco ao peito e outro nas costas. No da frente levam as suas qualidades e no detrás os seus defeitos. Por isso, não os vêem. Os outros vêem-nos mas geralmente não nos dizem nada e até nos enchem de elogios. Tem de ser cada um de nós a reconhecer humildemente esses defeitos, a fim de os assumir e corrigir. Um deles é a murmuração. Consiste em olharmos para os outros com olhos de juiz mau, sempre prontos a ver apenas defeitos. E depois, com a língua venenosa, falar mal desses nossos irmãos, murmurar. Um outro é o de andarmos envinagrados, azedos, de mau humor. É um defeito grave pois quem se sente muito amado por Deus tem de se sentir feliz e irradiar essa felicidade em casa, no seu ambiente de trabalho. Um outro é o da falta de sensibilidade humana. Essas pessoas têm um coração de pedra, incapaz de se alegrar com os que se alegram e chorar com os que choram. Não têm os mesmos sentimentos de Jesus. A lista podia continuar mas será cada qual, neste início do ano pastoral nas paróquias, a reconhecer as suas doenças espirituais e curar-se. Trata-se de bater no nosso peito e não no peito dos outros. Pedrosa Ferreira
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Preparar um lugar
O Outono belo e triste está a chegar e com ele a mensagem de que a nossa vida mortal tem uma velhice e um fim. Os marxistas afirmam que a religião é o ópio do povo. É como que uma espécie de droga que é dada aos pobres e oprimidos, para que os faça esquecer os seus sofrimentos, imaginando que numa outra vida terão a felicidade. Para eles, a religião deve ser combatida, como droga que é, pois impede que as pessoas sejam esclarecidas e façam a revolução contra o capitalismo, a causa de todos os males. É assim o marxismo, a ideologia do comunismo. A verdade não está no filósofo Marx, que há mais de cem anos inventou esta doutrina. A verdade está em Jesus
de Nazaré, que não escreveu nenhum livro nem nos deixou uma ideologia. Apresentou-se como o rosto humano de Deus e, na hora da despedida, antes de ser morto e ressuscitar para sempre, disse aos seus amigos: “Não se perturbe o vosso coração. Vou preparar-vos um lugar”. O paraíso não é uma ilusão para consolar os pobres. É uma realidade. Sabemos em que acreditamos. Cristo merece mais crédito do que os pensadores que vão passando por este mundo, inventam teorias e desaparecem. O paraíso existe porque confiamos em Cristo, o primeiro a abrir para sempre o túnel que nos separa deste mundo para entramos no mundo futuro. Não deixemos que nos roubem a esperança.
Dia Internacional da Caridade
A fé verdadeira é a que nos torna mais caridosos, mais misericordiosos, mais honestos e mais humanos.
5 SET.