Livreto: Histórias da Turma de Informática Básica

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HISTÓRIAS DA TURMA DE INFORMÁTICA BÁSICA

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NOSSO LUGAR, NOSSA RIQUEZA Alair Dias

Nossa região era esquecida pelas autoridades da política. Só vinha de quatro em quatro anos para pedir voto ou pela violência da segurança pública. Agora está bom. Mas poder melhorar porque sempre pode, obrigado

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Maria Silva

Eu vim para o Rio em 65, para nova Brasília, aqui só existia barraco, mas era mais tranquilo do que hoje, depois da transformação. Hoje está muito mudado, a vida e outras coisas mudaram muito. Não temos mais tranquilidade, naquele tempo nós dormiamos com nosso barraco, com as portas abertas, naõ tinha tanta preocupação. Hoje vivemos naquela correria. A vida era outra, mais simples. Hoje tem cinema, Praça, em fim tudo mudou, a gente também.

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TEM QUE TER SORTE PARA NÃO DÁ RUIM Jasiel dos Santos Gregório

Eu estava me preparando para trabalhar guando de repente me apareceu um pit Bull. Foi quando o meu cachorro chamado neguinho, tentando defender o seu território, encarou aquele intruso. Coitado do neguinho, o pit bull o agarrou pela cabeça, entre a orelha e a boca. Aí foi um Deus nos acuda, um puxa dali, um puxa daqui. Eu logo pensei, é o fim do neguinho. Jogamos água, mas não adiantou nada. Foi guando o meu vizinho pegou um pedaço de pau e começou a bater no pit bull e enfim ele largou o neguinho. Coitadinho do neguinho saiu daquela luta todo quebrado. Então rapidamente o levei para o veterinário. Em fim neguinho conseguiu escapar daquele Pit Bull feroz, que parecia que não tinha almoçado naquele dia. Marcos Gomes do Nascimento

Eu estava indo com colegas da igreja para o parque do Norte Shopping sábado a noite de 2003. Foi o dia mais engraçado da minha vida. Depois de entrar no labamba, fui para dança louca com meu primo. Só, pela minha teimosia, comi 2 salgados. Mas, quando aumentou a velocidade da dança louca. Meu estômago começou embrulhar. Chegou a hora que não dava mais pra segurar. Aí vomitei em mim mesmo. Paguei um grande mico com meus colegas. Isso é a comédia mais engraçada da minha história até hoje.

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HISTÓRIAS Reni F. Silva

Quando eu tinha a idade de nove anos, eu e umas amiguinhas da minha idade saímos para um passeio. Nesse passeio eu tomei um baita susto e corri muito na volta, eu era muito levada e voltamos em uma bagunça. Só que de repente apareceu na minha frente uma casa que era abandonada, nessa casa tinha uma festa cheia de carruagens, mulheres com roupas antigas, muitos escravos e muitas comidas. Só quando eu me lembrei de que a casa era abandonada, ai sim, eu corri muito.

Eu estava me preparando para trabalhar guando de repente Adalberto Gomes da Costa me apareceu um pit Bull. Foi quando o meu cachorro chamado Uma história que aconteceu com a neguinho, tentando defender o seu minha mãe. território, encarou aquele intruso. Coitado do neguinho, o pit bull Ela conta que quando chegou ao o agarrou pela cabeça, entre a Rio de Janeiro, aqui em Nova Bra- orelha e a boca. Aí foi um Deus sília era tudo mato, tinha pouca nos acuda, um puxa dali, um puxa gente, ela podia pegar um terreno daqui. Eu logo pensei, é o fim do aqui em baixo, mas não, ela esconeguinho. Jogamos água, mas não lheu lá em cima do morro. Aqui adiantou nada. Foi guando o meu em baixo era um matadouro, todo vizinho pegou um pedaço de pau dia morria um, não tinha água e começou a bater no pit bull e nem luz era tudo um breu. Ela enfim ele largou o neguinho. Coiconta que todo dia chegava famíltadinho do neguinho saiu daquela ia, ai ela foi perseverando, cavando luta todo quebrado. Então rapidamorro, ai chegaram meus irmãos, mente o levei para o veterinário. muita coisa aconteceu até hoje. Em fim neguinho conseguiu escapar daquele pit Bull feroz, que Nós temos muitas coisas boas hoje. parecia que não tinha almoçado

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UM DIA EM PAQUETÁ Bom, a minha história é bem engraçada. Eu casei com o meu marido Paulo em 1978. Eu e Paulo somos de Recife e saímos de lá eu com dezesseis anos e meu marido com vinte e um anos. Como não conhecia nada no Rio de Janeiro, um amigo do meu marido falou que Paquetá era um lugar muito bonito. Então fomos passar o dia em Paquetá só que o amigo do meu marido esqueceu de falar que lá era uma praia, como não sabia meu marido foi de roupa social e eu de saia longa e blusa de manga, enfim pagamos o maior mico, mais aprendemos que Paquetá era uma praia esta e minha história.

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INFORMÁTICA BÁSICA NA PRAÇA DO CONHECIM Rosangela Pereira Crespo

Eu estou muito satisfeita com esse curso de informàtica bàsica porque era o meu sonho eu aprender e hoje eu posso dizer que valeu apena eu fazer o curso e agradeço porque nòs tivemos a oportunidade de aprender e também agradecer os professores Jonatas e Sergio porque eles tem muita paciência para conosco, também nós nâo podemos deixar de agradecer ao Profº Nailton. Sem contar com o passeio na reserva de Marapendi e nós se divertimos muito com os miquinhos.Eu falei com o meu marido para ele se inscrever no próximo ano eu aprendi e quero que ele aprenda também.

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HECIMENTO É MAIS DO QUE INCLUSÃO DIGITAL Cicera Pereira

Hoje me sinto uma pessoa realizada, pois há 25 anos estou aqui no Rio de Janeiro tentando uma vida melhor. Não é fácil sair de sua terra natal e deixar para traz sua família e muitas lembranças. Muitas vezes as dificuldades nos obrigam a seguir por caminhos diferentes, mas quando queremos conquistar os nossos objetivos, tudo vale a pena. Eu hoje posso dizer que durante todos esses anos, tenho realizado vários sonhos. E o melhor dos meus sonhos foi o de poder construir uma família, que é a minha base de tudo. Voltar a estudar é maravilhoso, fazer o cursinho aqui na Praça do conhecimento é muito gratificante!! Eu só tenho que agradecer a Deus por tudo de bom que conquistei durante a minha caminhada!!

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Maria da Gloria

Eu cheguei ao Rio de Janeiro no dia 20 de fevereiro de 1964, no bairro de Ipanema, na Rua Maria Quitéria, número 22. Duas semanas depois acabou o bonde e não cheguei a andar neles. Depois colocaram o ônibus elétrico e teve a revolução, foi muito ruim.

Era muito difícil, eu buscava leite em Copacabana e enfrentava filas nos mercados. Na Lagoa tinha o Jockey Clube com pessoas chiquérrimas de chapéu e luvas. Gostei muito de curtir Ipanema. Eu agora moro no Loteamento no Complexo do alemão há 10 anos.

Conheci a Leila Diniz na banda de Ipanema, ela andava descalça na Praça General Osório e na feira Hippie. A praia era deserta e poucas pessoas frequentavam.

Conheci muitas pessoas da Igreja que eu frequento e conheci a Praça do Conhecimento onde eu faço o curso de informática básica. Estou aprendendo bastante.

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A FORÇA QUE TODA MÃE TEM É DE SOBRA

Maria do Céu

Eu entrei no ônibus junto com o meu filho João Paulo e ele esbarrou com a mochila na garota que estava sentada juto do velho que chamou o João Paulo de cavalo, eu falei para o velho que ele é especial, mas não adiantou, mas aí eu falei “Bonito, entrou um cavalo no ônibus mas já tem um burro velho sentado, ai foi quando ele se calou.

MÃE Sandra Maria da Silva Maria Mendes

Hoje posso dizer que sou uma pessoa de sorte, pois no ano de 2000, minha filha com apenas 10 anos de idade foi atingida por uma bala perdida. Ela estava no ponto de ônibus com o pai, indo para a escola. Foi um milagre, pois essa bala passou um centímetro abaixo do cérebro. Ela foi operada e retiraram a bala. Hoje ela é uma pessoa normal. Glória à Deus!

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Beijo sua mão para me abençoar e proteger Teu puro amor coração me acalma, prova a doçura do teu ser. É o M gravado sobre a mão aberta pela sua clareza me desperta, um gesto leve que jamais senti Quer dizer mãe, este M tão perfeito com certeza, em minha mão foi feito, para quanto eu for bom pensar em ti minha mãe...

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CURIOSIDADES INTRIGANTES DO ESPORTE Joelma Francisco

O PRIMEIRO GOL OLÍMPICO

CICLISMO

Nasceu no campo do Centro Esportivo Barracas, em Buenos Aires, dia 2 de outubro de 1924. Foi marcado pelo ponta esquerda Cesáreo Onzario, da seleção argentina, no jogo contra o Uruguai que havia conquistado o torneio de futebol nas Olimpíadas daquele ano. Por ter sido assinalado num jogo contra os campeõs olimpicos, recebeu o nome de gol olímpico.

O Ciclismo é um esporte de corrida de bicicleta cujo objetivo dos participantes é chegar primeiro a determinada meta ou cumprir determinado pecurso no menor tempo possivel. Foi na Inglaterra, em meados do século XIX, que o Ciclismo iniciou-se como esporte, época em que o aperfeiçoamento do veículo possibilitou o alcance de maiores velocidades. A EUROCOPA O campeonato foi criado por Henri Delaunay, secretário geral da Federacão Francesa de Futebol. Delaunay apresentou a ideia de promover uma disputa de futebol entre as selecões nacionais europeias em1927, a Eurocopa nasceu em 1960 com o nome de Copa das Nações Europeia, e reuniu em sua primeira edição, realizada em Paris com 16 seleções.

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MEMÓRIAS INESQUECÍVEIS E MARCANTES Genaide Joaquim

Aconteceu no desfile escolar, a professora pediu para fazer saia branca com pregas, uma ala de alunas desfilariam como tenistas olímpicas, eu costurei para minha neta Ellen e não medi a cintura no dia do desfile minha neta ao vestir a saia não abotoou, ela havia engordado, eu comprei um alfinete de fralda e coloquei na casa do botão e fechei o cós da saia e fomos para o desfile. Ao terminar o desfile na Praça das Nações a Guarda Municipal estava com cães e minha neta respirou com medo, gritando “vovó o cachorro vai me pegar”. O alfinete da saia desabotoou e saia caiu ela chorou muito. A professora a pegou no colo e eu tinha levado um short na bolsa vesti nela e ela nunca mais quis desfilar. Hoje ela lembra e diz: “eu vi todas as pessoas olhando minhas pernas magrinhas”. UMA HISTÓRIA REAL Lucia Gomes

Esta história aconteceu numa floresta que fica em minas gerais. Foi com o meu pai, o nome dele é José Alves Nascimento. Naquela época ele tinha nove anos. O fato aconteceu quando ele resolveu dar um passeio dentro da floresta, ele foi andando de caminho a fora, só que ele estava distraído comendo mel, de repente ele ouviu um miado, logo ele viu uma onça que vinha na direção dele, logo, ele subiu numa árvore e deu um tiro e acertou á onça, ela fugiu gritando para dentro da mata, logo ele desceu da árvore e foi embora correndo e tremendo com muito medo.

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HISTÓRIASDEMARIAÂNGELAESEUSSOBRINHOS

A LERDA

Era o ano de 1985, Xuxa estava no auge da carreira e naquela época ela comandava as festas de fim de ano no Maracanã, com chegada de PapaiNoel e tudo que se tinha direito.Todos os anos eu levava meu sobrinho Silvio e neste ano, ele com 10 anos, curtiu muito. Na volta para casa, pegamos o ônibus com gente pelo ladrão, e viemos alegres e felizes, quando de repente, próximo à 21ª DP, olho para frente e vejo o motorista, em pé no capot, dando chutes em um homem, as pessoas gritavam e eu perguntei à alguém o que estava acontecendo e a pessoa me disse: -Ué! Você não sabe? Tinha 2 ladrões aqui dentro! O primeiro, o povo se juntou e jogou-o pela janela, lá no Jacarezinho, o outro, é este que está lá na frente lutando. Alguns passageiros acham que deve levar para a delegacia, outros que deve deixar fugir, por fim, venceu a 2ª opção, seguimos felizes e eu sem entender como jogaram um homem pela janela e eu não vi. Meu nome é Maria Angela, tenho 57 anos e moro no Complexo do Alemão. Meu sobrinho Silvio faleceu em junho de 2012, com câncer. Ele foi o filho que não tive. Esta história é real. Qualquer semelhança será mera coincidência.

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O MISTÉRIO DOS OVOS Meu sobrinho Vinícius, na época com 6 anos, morava em São Francisco, Niterói, às vezes eu ia buscá-lo para passar o final de semana comigo ele gostava de livrinhos de piadas e adorava ficar nas janelas dos ônibus. Um belo dia, em plena Ponte, ele ficou em uma janela distante de mim e de lá, me perguntou: -Tia, você sabe o que a mulher e a geladeira tem em comum? Eu fiquei pensando, pensando, não consegui decifrar e quis saber a resposta e ele me deu em alto e bom som: -Tia, ambas os ovos ficam na porta! Em meio às risadas de alguns passageiros, eu respondi: -Cala a bôca, garoto! Em casa eu te explico! Até hoje, com 17 anos, ele questiona alguns assuntos, e diz que o que move o mundo são as perguntas e não as respostas. Vinícius continua morando em São Francisco, fez vestibular para medicina, quer ser neuro-cirurgião.

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UM PASSO IMPORTANTE, BONS RESULTADOS Maria de Fatima de Medeiros

Estou gostando muito do curso e a cada aula aprendo coisas diferentes. Achei que eu não conseguiria, mas com a ajuda dos professores, consegui. Estive em outro curso que era pago, mas não houve atenção por parte dos professores, fiquei decepcionada, então uma amiga que estudava aqui me falou desse curso. Fiz a matrícula no curso e vi a diferença. Agora estou aqui escrevendo essa história.

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Mariana Alves (Cherry)

Eu gostei de fazer esse curso de informática básica, porque eu tenho computador e nunca usei, achava que eu nunca ia aprender, mais eu estou na nova era da tecnologia tenho meu facebook , gmail. Chega de mandar carta ou recado .só tenho a agradecer essa oportunidade e os professores que tem muita boa vontade de ensinar. A praça do conhecimento é uma benção de Deus.

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Veronica Queiroz

Eu Veronica Queiroz Cremonez Dutra estou fazendo curso de informática na praça do conhecimento desde dia 13 11 2013 e estou muito satisfeita, pois queria muito fazer este curso porque eu via minhas amigas entrando na internet e eu não sabia mexer.

assustou e caímos num córrego e para sairmos foi difícil pois a bis e a minha sobrinha caíram em cima da minha perna e ela é muito gordinha. Eu pensei que tinha quebrado a minha perna mais não, eu tinha arranhado a minha perna toda.

Agora eu vou contar uma coisa pra vocês, no carnaval de 2011 fui viajar para a casa do meu irmão, chegando lá minha sobrinha tem uma bis e ela me chamou para darmos uma volta aí então eu fui, só que quando nós estávamos saindo, meu irmão falou não vai pra lado da cachoeira que é escuro vai pra baixo, mais nós temamos e fomos para a cachoeira só que na volta quando passamos em frente a uma casa surgiu quatro cachorros e nos deu um pega. Minha sobrinha se

Para chegarmos em casa e contar o que tinha acontecido, estava todo mundo na porta: meu marido, meu irmão, meu primo. Aí entramos escondidas, mas minha prima percebeu que tinha alguma coisa errada e foi atrás. Ela viu que eu estava toda machucada e queria me levar ao medico pois minha perna doía muito. Aí todos ficaram sabendo e levamos esporro, principalmente eu, que era mais velha e não tive juízo.

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FAMÍLIA É A BASE DAS IDAS E VINDAS Paulo Sérgio

Eu, PAULO SERGIO, nascido em 15-04-66, na cidade do Rio de Janeiro, no bairro da GAMBOA, zona portuária da cidade, onde nossa casa era a última no alto do morro. Local de acesso difícil, sem água e sem saneamento básico. Meu irmão, Marco Antonio, caiu da pedreira e ficou muito ferido e ao chegar a casa, depois de um dia de trabalho, meu pai tomou a decisão de nos mudarmos daquele local, pois era eminente o risco de morte dos filhos, e naquele mesmo ano de 1973, nos mudamos para comunidade de Nova Brasília, hoje bairro. Meu pai alugou uma casa no local conhecido como Capão, um local de difícil acesso, também sem água e sem saneamento básico. Nesse mesmo local, ao sairmos todos para visitar nossa tia que morava e trabalhava na Rua Nova Brasília, no número 48, onde meu irmão comercializa até o dia de hoje, ao voltarmos para casa, a mesma havia sido arrombada a os ladrões

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levaram o que tínhamos de mais valor. Muito triste, meu pai tomou a decisão de sair daquele local. Mudamos para o “Beco Boliva”, na Praça do Terço, de favor, na casa de outra tia que nos acolheu com muito amor. Foi quando meu pai comprou um terreno no local chamado hoje de Loteamento, em Nova Brasília. Naquele tempo conhecido como pasto, porque havia um curral aonde se tirava leite. Meu pai ao vender a casa na Gamboa recebeu a metade do valor e deu de entrada para pagar uma parte do terreno e começou a construir dois cômodos, chamado de meia água de telha, parcelando o terreno e o material de construção e a mão de obra. Imagine agora a dificuldade que começamos a passar, pois um ano depois nasceu nossa irmã caçula Andreia que hoje trabalhar na área de saúde, onde conquistou uma vaga ficando entre os primeiros colocados no concurso. Somente meu pai trabalhava e o dinheiro não

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dava para cobrir as nossas despesas. Para completar, as pessoas que compraram nossa casa, não pagaram o valor restante, fazendo com que minha mãe, ainda com a minha irmã muito nova, não pudesse sair para trabalhar fora. Ela começou a lavar roupa para fora para ajudar no orçamento, e olha que não tinha máquina de lavar, era tudo na mão, e mesmo assim a dificuldade continuava. Então tomei a decisão de ajudar meus pais e comecei a vender picolé em um lugar chamado Campo do Inhaumense aonde conseguia ganhar algum dinheiro para

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comprar o pão, que também era difícil de aparecer em nossa mesa. A carne era só no fim de semana, era um frango vivo, enrolado em jornal que minha mãe matava e limpava. Foram muitos anos de luta que vi meus pais passar. Gracas a DEUS venceram e hoje estão aposentados e vivem no interior do estado numa cidade de nome SANTO ANTONIO DE PADUA. Quero agradecer a DEUS e aos meus pais pelo que sou e o que tenho.

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LEMBRAR, SORRIR E SER FELIZES Norma Suely Alves

O senhor idoso pediu um hambúrguer, batatas fritas e um refrigerante. Ele desembrulhou o hambúrguer e cuidadosamente cortou-o pela metade, colocando uma metade em frente à sua esposa. Depois, ele cuidadosamente contou as batatas fritas, dividindo-as em duas partes, colocando uma parte em frente à sua esposa. Ele tomou um gole do refrigerante, sua esposa tomou um gole e colocou o copo entre eles. Quando o homem começou a comer seus pequenos bocados de hambúrguer, as pessoas à volta do casal ficaram olhando e cochichando. Eles estavam certamente pensando “Pobre casal – tudo o que eles têm condições de comprar é apenas uma refeição para os dois”. Quando o homem começou a comer suas batatas fritas, um jovem veio até a mesa e educadamente ofereceu-se para comprar outra refeição para o casal.

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O senhor idoso agradeceu e disse que eles estavam acostumados a dividir tudo. As pessoas mais próximas à mesa notaram que a pequena senhora idosa não havia comido nada. Ela estava sentada, observando o marido comer e, de vez em quando, tomava um gole do refrigerante, dividindo com ele. Novamente, o jovem voltou e implorou-lhes que o deixassem comprar outra refeição. Desta vez, a senhora disse “Não, obrigada, nós estamos acostumados a dividir tudo”. Finalmente, quando o senhor terminou e estava limpando cuidadosamente a boca com o guardanapo, o jovem voltou e disse à senhora, que ainda não havia comido nenhum pedaço do sanduíche, “O que a senhora está esperando?”. Ela respondeu: “A DENTADURA”.

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O MENINO E A ÁRVORE

UMA HISTÓRIA ENGRAÇADA

Maria Angela

Alzeni Afonso

O menino e a árvore. Um dia um menino resolveu subir em uma árvore, mais o amiguinho dele disse: “não sobe ai, os galhos são fracos.”

Eu fui a uma festa de aniversário do filho da minha amiga.

Aí, ele debochando do menino, falou: “eu sou homem não sou medroso igual a você, me deixa que vou subir assim mesmo”. Então o amiguinho dele falou: “eu quero o seu bem mais já que é assim, vou ficar aqui assistindo o que vai acontecer, tomara que não aconteça nada com você”. Então o menino subiu, e subiu mais alto, deu te cara com uma cobra, se apavorou e quis descer não conseguia ficou pendurado pelo galho, o amiguinho ria muito e disse: “você vai cair em cima desse colchonete que está aqui em baixo”.

Foi muito engraçado, porque tiraram varias fotos de todos. que estavam na festa, todos estavam curtindo as fotos. crendo que as fotos estavam todas lindas, mais não sabia o que estava por vir uma grande surpresa e decepçao a maquina estava sem filme, todos lamentaram muito, porque não ficou nenhuna recordação para este filho. Serviu para que eles fiquem mais atentas.

Mais o que eles não sabiam é que o colchonete estava todo sujo de fezes e urina, o menino despencou e caiu de cara em cima de tudo, o amiguinho riu muito, e disse: “aprendeu a lição, ainda bem que não foi pior”.

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MUDANÇAS DE VIDA, DE PARADIGMAS Maria de Nazaré

Venho através dessa carta contar uma coisa boa que aconteceu comigo nesta comunidade de Nova Brasília, onde morei por mais de 22 anos na Rua João Duarte Filho que ficava próximo a Praça do Conhecimento, onde era chamado “Beco do Valão”, pois nesse lugar havia um valão que no dia de muita chuva alagava toda a rua. A água entrava em muitas casas e destruía os nossos pertences. Tinha também uma quantidade de ratos que andavam nos becos e muitas vezes entravam dentro dos nossos lares. Muitos anos de promessas passaram e apareceram engenheiros dizendo que iria passar um tal de PAC, que iria indenizar algumas pessoas e comprar casa para essas pessoas. Eu fui uma dessas contempladas, pois saí de um lugar onde fazia mal a saúde da minha família e hoje em dia moro em um lugar totalmente diferente daquele em que eu morava.

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Isto foi uma coisa muito boa que Deus fez para nós que morávamos nesse lugar onde o esgoto corria a céu aberto e vivia como homem da caverna, pois não havia paisagem para ver, somente o valão aberto. Nossos filhos muitas vezes brincavam perto do valão e contraíam doenças. Foi uma alegria ter saído de onde eu estava e ter ido para uma casa mais arejada. Este modesto livreto é um trabalho que traz os primeiros dígitos de um grupo de pessoas que conquistou toda a Praça do C on he cimento de Nova Brasília. São, na maioria, idosos, reliquias de uma comunidade cheia de memórias que, por sinal, fazem parte da vida desta gente que relata histórias tristes, alegres e de superações. Nosso desejo é que todos tenham, primeiramente, respeitado, assimilado e gostado de cada texto aqui publicado. Muito Obrigado.

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