Realização: PRÁTICA ATELIÊ é composto por Gabriela de Morais, Marina Annes e Paulo Stuart. Edição, capa e diagramação: Prática Ateliê Patrocínio: Sua logo aqui
Sua logo aqui Sua logo aqui
APRESENTAÇÃO DESVENDANDO CULTURAS INVISÍVEIS As flores, as sementes, as frutas, os amigos, os bichos, os esconderijos. O que fazem, com o que brincam, por onde andam, o que acham divertido, com o que sonham. Como é o dia-a-dia destas crianças? O que elas têm que crianças de outros bairros não têm? O intuito do projeto Culturas Invisíveis é, através dos olhos de crianças moradoras de locais considerados pobres pela sociedade juizforana, descobrir e mostrar para a cidade como é o seu dia-a-dia, desvendando culturas normalmente desconhecidas. O DOM BOSCO Nesta primeira versão do projeto, trabalhamos com as crianças do Dom Bosco. O Dom Bosco é um bairro localizado na área central da cidade de Juiz de Fora, MG, em um ponto estratégico, próximo a grandes empreendimentos imobiliários. Além da Universidade Federal de Juiz de Fora, temos hoje um shopping center, um hospital particular, um centro médico, um grande prédio comercial e diversos prédios residenciais em construção. E, incrivelmente, apesar de todos esses equipamentos no entorno, ainda existem partes do Dom Bosco sem infra-estrutura adequada. A valorização da área tem causado ainda a perda de bens comuns do bairro, como um campo de futebol antigamente utilizado pelos moradores, removido devido a sua localização em frente ao shopping, na Curva do Lacet.
A partir de tudo isso, a valorização da cultura do Dom Bosco se coloca como um argumento na luta pelos seus direitos. A visão preconceituosa que a cidade tem sobre o local deve ser desconstruída, e é aí que o projeto Culturas Invisíveis entra.
1
Fotos:Viviane (13), Dassyana (11) e Érica (11).
O PROJETO Uma oficina de fotografia para as crianças do bairro e para pessoas de fora que tenham interesse em participar e conhecer o Dom Bosco com a ajuda de quem já o conhece como ninguém. São crianças do Grupo Semente, grupo espírita com diversos trabalhos no bairro. Primeiro, vamos passar orientações técnicas básicas de fotografia. Luz, foco, enquadramento. Vamos trabalhar com câmaras descartáveis, o que é novidade para muita gente hoje em dia e vai demandar um tanto mais de explicações de nossos fotógrafos da equipe. Depois, sairemos pelo Dom Bosco com as crianças, sendo apresentados à cultura espacial do bairro. Acompanharemos o registro delas e dos outros participantes através das fotografias, das conversas, dos relatos, das brincadeiras. Uma exposição com as fotos da oficina será realizada em algum espaço com bastante visibilidade na cidade de Juiz de Fora, ainda a ser definido.
2
3 Fotos:Viviane (13), Dassyana (11) e Érica (11).
4
Fotos:Viviane (13), Dassyana (11) e Érica (11).
Fotos:Viviane (13), Dassyana (11) e Érica (11).
"era só mais um silva, mas a estrela não brilha, ele era funkeiro mas era pai de familia" MC Serginho, Era só mais um Silva
5
Fotos:Viviane (13), Dassyana (11) e Érica (11).
6
7
“Insistiremos aqui na idéia de que as favelas se constituem por meio de um processo arquitetônico e urbanístico vernáculo singular, que difere do dispositivo projetual tradicional da arquitetura e urbanismo eruditos, e também constitui uma cultura e até mesmo uma estética da cidade formal e com características peculiares. Essa cultura e estética da favela, essa outra forma de construir e de habitar, têm reflexos ou influencias de todos os aspectos da vida cotidiana de seus moradores” PAOLA BEREINSTEIN Fotos:Viviane (13), Dassyana (11) e Érica (11).
8
9
Fotos:Viviane (13), Dassyana (11) e Érica (11).
7 Fotos:Viviane (13), Dassyana (11) e Érica (11).
Fotos:Viviane (13), Dassyana (11) e Érica (11).
8
10
Fotos:Viviane (13), Dassyana (11) e Érica (11).
Alvorada lá no morro Que beleza Ninguém chora Não há tristeza Ninguém sente dissabor O sol colorindo é tão lindo É tão lindo E a natureza sorrindo Tingindo, tingindo Alvorada, Cartola
11
12
Fotos:Viviane (13), Dassyana (11) e Érica (11).
Fotos:Viviane (13), Dassyana (11) e Érica (11).
13
Si o senhor não está lembrado Dá licença de contá Que aqui onde agora está Esse edifício alto Era uma casa velha Um palacete abandonado Foi aqui seu moço Que eu, Mato Grosso e o Joca Construímos nossa maloca Mais, um dia Nem quero me lembrar Veio os homens cas ferramentas O dono mandô derrubá Peguemo tudo a nossas coisas E fumos pro meio da rua Apreciar a demolição Que tristeza que eu sentia Cada táuba que caía Duia no coração Mato Grosso quis gritá Mas em cima eu falei: Os homis tá cá razão Nós arranja outro lugar Só se conformemos quando o Joca falou: "Deus dá o frio conforme o cobertor" E hoje nóis pega a páia nas grama do jardim E prá esquecê nóis cantemos assim: Saudosa maloca, maloca querida, Que dim donde nóis passemos dias feliz de nossa vida Adoniran Barbosa, Saudosa Maloca
14
Fotos:Viviane (13), Dassyana (11) e Érica (11). Vai ! Barracão Pendurado no morro Me pedindo socorro A cidade a teus pés Vai ! Barracão Tua voz eu escuto Não te esqueço um minuto Por que sei quem tu és Barracão de zinco, Tradição do meu país Barracão de zinco Pobre é, tão infeliz Vamos embora meu povo Ai! barracão...
15
Fotos:Viviane (13), Dassyana (11) e Érica (11).
16
Realização:
Apoio:
Patrocínio: Sua logo aqui
Sua logo aqui