CRN 6 - Boletim Eletrônico 99

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número 99 | fevereiro de 2013

Dentre as propostas de ações da Comunicação para 2013, o Conselho Regional de Nutricionistas da 6ª Região apresenta sua nova marca. Com um formato mais leve e moderno, o novo layout traz linhas mais finas nas cores laranja e verde. Além desta novidade, no dia 27 de fevereiro entra no ar o novo portal do CRN-6 e sua página na rede social Facebook.

Nova Marca

Alimentação Saudável No dia 31 de janeiro, a gerente técnica do CRN-6 Valéria Monteiro, proferiu palestra sobre o tema Alimentação Saudável para um grupo de idosos no auditório da Igreja Universal no Recife. A apresentação faz parte do plano de metas do Conselho para 2013, que tem como objetivo proporcionar o acesso ao conhecimento sobre alimentação e nutrição para população.

Matérias

Ministério da Saúde reduz idade mínima para cirurgia bariátrica em adolescentes . pág 02

Fiscalização 2012 Nas ações de Fiscalização do CRN-6 são realizadas as visitas técnicas, que buscam contribuir para a qualidade do desempenho dos profissionais e para o adequado funcionamento dos serviços de alimentação e nutrição. Em 2012 foram efetuadas 764 visitas técnicas nos Estados da jurisdição.

Boletim eletrônico mensal do Conselho Regional de Nutricionistas - 6ª região Diretoria do CRN-6

Presidente Nancy Aguiar

Eleição Novo Pleno Em Fevereiro de 2014 haverá a eleição para o Novo Pleno, e para votar é preciso que o profissional esteja em situação de regularidade com o CRN-6. Portanto Nutricionistas que estejam com a carteira profissional vencida ou próxima a data do vencimento devem entrar em contato com a secretaria do Conselho para regularização. Alertamos que o não cumprimento da exigência acarretará em multa eleitoral.

Sugestões de matérias e notícias enviar para o e-mail

comunicacao@crn6.com.br

Vice-Presidente Leopoldina Sequeira Tesoureiro Rodrigo Silveira

Secretária

Rosário Spindola

Redação

Janayna Brasil DRT/PE 3406


número 9995| fevereiro número | outubrode de2013 2012

Quando operar? Ministério da Saúde reduz idade mínima para cirurgia bariátrica em adolescentes Nos últimos anos a obesidade tem se destacado como um sério e crescente problema de saúde pública no Brasil, em principal entre as crianças e jovens. Dados da Pesquisa de Orçamento Familiar de 2009 (POF) indicam que, na faixa de 10 a 19 anos, 21,7% dos brasileiros apresentam excesso de peso. Em 1970, o índice era 3,7%. Com base neste estudo que apontou o aumento da obesidade nos adolescentes, o Ministério da Saúde anunciou em outubro de 2012 a redução de 18 para 16 anos o procedimento de cirurgias bariátricas na rede pública. Os critérios de indicação para submeter-se a cirurgia são o índice de massa corporal (IMC), que deve estar acima de 40 ou a partir de 35 e ter doenças ligadas à obesidade. Além dessa medida, também está prevista a inclusão de exames e de outras técnicas cirúrgicas. Antes de fazer a cirurgia, o jovem deve passar por avaliação clínica e cirúrgica e ter acompanhamento com equipe multidisciplinar durante dois anos. Nesse período, o paciente é submetido a uma dieta e, se os resultados não forem positivos em relação a esse e outros métodos convencionais, a cirurgia é recomendada. Mas, será que com esta medida minimiza o número de jovens obesos? Segundo um estudo realizado na Virginia nos Estados Unidos, entre 1981 e 2001, com adolescentes portadores de obesidade grave de 12 a 18 anos, a indicação para cirurgia bariátrica de acordo com o Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos foi o procedimento de escolha nestas situações. Foram operados 33 adolescentes com Índice de Massa Corporal (IMC) médio é de 52 Kg/m², que apresentavam comorbidades como hipertensão, diabetes, apneia do sono, refluxo gastroesofágico, incontinência

“O nutricionista tem papel fundamental na adesão ao tratamento” Nutricionista Cristiane Pereira urinária, ovário policístico e asma. Neste estudo, ocorreu perda substancial de peso nos pacientes e as comorbidades desapareceram um ano após a cirurgia. Houve retorno à vida normal, ressocialização dos pacientes com conclusão de cursos secundários e universitários. Os autores concluíram que a cirurgia bariátrica em adolescentes é segura, havendo perda significante de peso com remissão das doenças, e promove a ressocialização dos operados. A nutricionista Cristiane Pereira ressalta a importância do acompanhamento nutricional do paciente nos pré e pós-cirúrgico. “O nutricionista tem papel fundamental na adesão ao tratamento, pois esse profissional é capaz de avaliar se o paciente está pronto para aderir ao tratamento dietoterápico, além de fornecer informações sobre como fazê-lo e acompanhar o progresso do paciente em cada contato”. Cristiane também alerta sobre o surgimento de possíveis deficiências nutricionais, causadas pela diminuição severa da ingestão alimentar ou do prejuízo na digestão e absorção dos nutrientes consumidos. “O aconselhamento nutricional no pósoperatório é essencialmente importante devido às inúmeras alterações de hábitos alimentares que o jovem irá desenvolver,

sendo esse acompanhamento à garantia para o sucesso da cirurgia, evitando complicações posteriores”, disse a nutricionista. Para o cirurgião bariátrico, Pedro Cavalcanti, a medida do Ministério da Saúde é uma grande evolução e normatiza o sistema (SUS) que já recebe jovens para cirurgia. Mas, ele atenta para os resultados e acompanhamento póscirurgia. “15% dos pacientes que foram operados voltaram a ganhar peso e apenas 1/3 retornaram para serem acompanhados pela equipe multiprofissional”, disse o médico do Hospital Universitário Oswaldo Cruz no Recife. Sendo assim, mesmo que o procedimento cirúrgico apresente resultados positivos com redução significativa do peso e das comorbidades em adolescentes com obesidade grave, os efeitos metabólicos, nutricionais e psicológicos a longo prazo ainda não foram completamente conhecidos. Portanto, é importante insistir com os adolescentes que a alimentação saudável e os exercícios regulares são aspectos decisivos para a manutenção da saúde e da qualidade de vida, de modo que a cirurgia bariátrica apenas seja necessária em um numero bem restrito de jovens adolescentes.


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