Revista de gestão edição 24

Page 1

Publicação do Conselho Regional de Nutricionistas da 6ª Região

24

Especial

11

Órgãos de Classe

Atualidade

14

Fitoterápicos, quando prescrever?

Atuação Profissional

05

Nutrição Esportiva

Ações e Resultados da Gestão Avançar Mais


DE GESTÃO Publicação do Conselho Regional de Nutricionistas 6ª Região Rua Bulhões Marques, 19, sls 801/803 Edf. Zikatz | Boa Vista, Recife/PE | CEP: 50060-050 Fones (81) 3222.1458 / 3222.2495 / 3421.8382 Fax (81) 3421.8308 www.crn6.org.br | crn6@crn6.org.br

Editorial Avançar Mais Chegamos ao final de mais um ciclo no CRN-6, marcado pelo Pleno Avançar Mais, triênio 2011-

DELEGACIAS t $FBSÈ | Av. Santos Dumont, 1740, sl 613, Aldeota - Fortaleza/CE - CEP: 60150-160 Fone/Fax:(85) 3261.6341 Delegada: Clarice Vergara t 3JP (SBOEF EP /PSUF | R. João Pessoa, 267, sl 707, Edf. Cidade do Natal, Cidade Alta - Natal/RN CEP: 59.025-902 Fone/Fax: (84) 3211.8193 Delegada: Adriana de Queiroz Xavier t 1JBVÓ | R. Des. Pires de Castro, 173, sl 7 Sul-Centro, Teresina/PI - CEP: 64001-390 Fone/Fax: (86) 3222.3028 Delegada: Maria do Rosário Lima Gomes t 1BSBÓCB | Av. Dom Pedro I, 361, sl 210 Edf. Holanda Center, Centro - João Pessoa/PB Fone/Fax: (83) 3241.5621 Delegada: Luciana Maria Martinez Vaz t "MBHPBT | Av. Moreira e Silva, 547, sl 105 Farol - Maceió/AL - CEP: 57021-500 Fone/Fax: (82) 3221.7048 Delegada: Ana Maria Beltrão Rossiter t .BSBOIÍP | R. Queóps, 12, sl 401 J. Renascença - São Luís/MA - CEP: 65075-800 Fone: (98) 3235.3435 Delegado: Gustavo Monteiro da Silva

2013. Nestes três anos de muito trabalho, inúmeros desafios foram superados onde contamos com a dedicação e empenho de todos os profissionais que fazem o Conselho Regional de Nutricionistas 6ª Região. Estivemos mais próximos dos Nutricionistas e Técnicos em Nutrição e Dietética através dos novos canais de comunicação, jornadas, eventos e

Nancy Aguiar

ações. Para apresentarmos o que foi alcançado, a

Conselheira Presidente

matéria principal faz um resumo das conquistas e trabalho deste Pleno.

Também nesta edição destacamos o artigo sobre agrotóxicos assinado pelo presidente do Conselho Federal de Nutricionistas, Élido Bonomo; a nova resolução da prática da fitoterapia pelo nutricionista e o mercado de trabalho da Nutrição esportiva. Fechamos este número 24 com a certeza do dever

DIRETORIA DO CRN-6

Revista deGestão

t $POTFMIFJSB 1SFTJEFOUF Nancy de Araújo Aguiar t $POTFMIFJSB 7JDF 1SFTJEFOUF Leopoldina Augusta Souza Sequeira de Andrade t $POTFMIFJSB 4FDSFUÈSJB Maria do Rosário Pires Spíndola t $POTFMIFJSP 5FTPVSFJSP Rodrigo Luis da Silveira Silva t &GFUJWPT | Ana Glória Araújo | Ana Karina Souza | Ivany Elisângela Cavalcante R Amaral | Leopoldina Sequeira | Maria do Rosário Spíndola | Maria Dolores da Fonte | Marina Petribu | Nancy Aguiar | Rodrigo Silveira t 4VQMFOUFT | Adriana Xavier | Edigleide Barreto | Flávia Almeida | Larissa Viana | Maria do Rosário Gomes | Sebastião Silva | Suzana Lins t $PNJTTÍP EF 'JTDBMJ[BÎÍP | Nancy Aguiar | Ana Glória Araújo | Ivany Amaral | Maria do Rosário Spíndola t $PNJTTÍP EF 5PNBEB EF $POUBT | Ana Karina Souza | Marina Petribu | Maria Dolores da Fonte t $PNJTTÍP EF ²UJDB | Ana Glória Araújo | Ana Karina Souza | Marina Petribu | Maria Dolores da Fonte t $PNJTTÍP EF 'PSNBÎÍP 1SPöTTJPOBM | Ana Karina Souza | Edigleide Barreto | Leopoldina Sequeira | Marina Petribu t $PNJTTÍP EF -JDJUBÎÍP | Flávio Brito | Ivany Amaral | Nairton Severiano | Valéria Monteiro t $PNJTTÍP EF $PNVOJDBÎÍP | Edigleide Barreto | Maria do Rosário Spíndola | Nancy Aguiar | Rodrigo Silveira | Leopoldina Sequeira t $PNJTTÍP EF 1BUSJNÙOJP | Aline Janiszewski Lins | André Ramos | Maria do Rosário Spindola | Nairton Severiano

2

+PSOBMJTUB 3FTQPOTÈWFM Janayna Brasil (DRT 3406/PE) comunicacao@crn6.org.br

Edição e Textos | Janayna Brasil 1SPKFUP (SÈöDP | Multi Comunicação Corporativa %JBHSBNBÎÍP | Daniele Torres $BQB | Daniele Torres 5JSBHFN | 10.000 exemplares

cumprido de que avançamos e muito. Desejamos sucesso ao próximo pleno e que 2014 seja um ano de grandes realizações para todos nós. Boa leitura!

Entrada

03

Radar

05 08 11 12 14

04

Eventos

Atuação Profissional Atu

Mercado de trabalho: Nutrição Esportiva Em Foco

Gestão Avançar Mais Especial

Órgãos de classe Opinião e Saúde

Compromisso com o que vai para a mesa dos brasileiros Atualidade

Fitoterápicos, quando prescrever?


Prestação de serviços à população no Dia do Nutricionista em toda jurisdição do CRN-6

Entrada

Radar

AL

Com uma extensa programação, o CRN-6 comemorou o Dia do Nutricionista (31 de agosto) em toda a sua jurisdição. Em Recife, sede da instituição, houve um jantar de

CE

adesão no Manhattan Café organizado pelo Conselho, APN e SINEPE, e a realização do Seminário de Atualização em Nutrição com a participação de profissionais e estudantes de Nutrição. A Nutrição e Você, encontro promovido pelo Conselho que celebra a data, ocorreu na Paraíba, Alagoas, Rio Grande do Norte, Ceará e Maranhão. A delegacia de João Pessoa

PE

em parceria com a Faculdade de Ciências Médicas e a rede de Postos Ipiranga realizou avaliação nutricional para população do município de Alhandra (PB). Também esteve presente nos eventos promovidos pelo CONSEA-JP no parque Solon de Lucena (Lagoa) e pela Secretaria de Saúde no Busto Tamandaré (praia Tambaú).

PB

Nos dias 29 e 30 de agosto, no Piauí, o atendimento ao público de Campo Maior contou com a parceria do Fome Zero e alunos do curso de Nutrição. Em Fortaleza, o encontro aconteceu na Avenida Beira Mar e no shopping Benfica com avaliação e orientação nutricional. Na capital alagoana, Maceió, a ação ocorreu no dia 1 de setembro na Avenida Silvio Viana, em Ponta Verde. Nu-

MA

tricionistas orientaram a população quanto à importância de uma alimentação saudável e equilibrada através de folders, como também, por meio de jogos educativos para as crianças.

PI

cipal, onde 82 funcionários receberam orientação nutricional e folder com informação sobre alimentação saudável. Em São Luís (MA), no dia 4 de setembro o encontro A Nutrição e Você foi no Rio Anil Shopping. Todas as ações reforçaram a divulgação da campanha nacional, Alimentação Fora do Lar, do Sistema de Conselhos Federal e Regionais de Nutricionistas (CFN/CRN).

RN

Revista deGestão

No Rio Grande do Norte, o Dia do Nutricionista foi comemorado com atendimentos no Hospesc, hospital muni-

3


Entrada

Eventos Certificação de Restaurantes Comerciais Com apoio do CFN, o Conselho Regional de Nutricionistas 6ª Região lançou em julho de 2013 o projeto de Certificação de Restaurantes Comerciais, nas capitais sedes da Copa do Mundo 2014 jurisdicionadas pelo CRN-6. O projeto tem como objetivo certificar estabelecimentos do Recife/PE, Natal/RN e Fortaleza/CE regularmente registrados no CRN6 que, tendo Nutricionista Responsável Técnico (RT), executam as boas práticas para serviços de alimentação, conforme as normas legais vigentes. Em dezembro, foi realizada a entrega de 48 Certificados aos Restaurantes contemplados pelo projeto nos três Estados.

Seminário de Atualização em Nutrição Em 2013, o CRN-6 realizou o Seminário de Atualização em Nutrição em todos os estados da jurisdição. Neste segundo semestre, o evento aconteceu nas cidades de Teresina (PI), Recife (PE), Fortaleza (CE), Natal (RN) e João Pessoa (PB). O tema central do seminário foi a campanha do Sistema CFN/CRNs, Alimentação Fora do Lar, onde na programação houve palestras e mesa redonda com profissionais renomados da área que debateram sobre diversos temas ligados à Nutrição.

Nutricionista premiada em Concurso do CFN Com o trabalho Boas Práticas: Parcerias a Caminho da Qualidade, a nutricionista do CRN-6, Elizângela França Teixeira, foi premiada no concur-

CE

so nacional Experiências Exitosas e Restaurantes Comerciais, promovido pelo Conselho Federal de

Revista deGestão

Nutricionistas (CFN) como uma das ações da cam-

4

panha Alimentação Fora do Lar 2013. A profissional do Maranhão ficou com a segunda colocação da categoria Boas Práticas na Produção de Refeições. Elizângela recebeu o prêmio das mãos da presiden-

RN

te do CRN-6, Nancy Aguiar, que ocorreu no dia 22 de novembro em Brasília.


Atuação Profissional

Mercado de trabalho:

Nutrição Esportiva

A especialização é um dos pré-requisitos para o profissional ter sucesso e ingressar nesta área Para os que ainda estão indeci-

tricionista na área esportiva não se

dade física, quando necessária, requer

sos a respeito de qual área seguir na

restringe aos atletas de elite, sua atua-

formação profissional para saber a

Nutrição, uma das mais promissoras e

ção se fortalece e amplia também para

necessidade de cada indivíduo. O nu-

em destaque nos últimos anos, é a Nu-

esportistas de competição, praticantes

tricionista é o profissional legalmente

trição Esportiva. Com a proximidade

habituais ou ocasionais de atividades

habilitado para a prescrição de suple-

da realização de dois grandes eventos

físicas.

mentos nutricionais.

esportivos no Brasil, Copa do Mundo

Com o aumento da divulgação da

Para ingressar na área esportiva,

2014 e Olímpiadas 2016, o esporte

relação entre alimentação saudável e

como em qualquer área da Nutrição,

ganha espaço e, consequentemente,

melhor desempenho, o mercado para

profissionais que já atuam em espor-

todos os profissionais envolvidos no

o nutricionista especialista na área

tes atestam que além de se identificar

sucesso do atleta. A participação do

esportiva tende a se expandir. São aca-

com o que faz, um dos pré-requisitos

nutricionista neste processo se tornou

demias de ginástica, clubes, SPAs, ho-

é especializar-se, como também, estar

indispensável.

téis que realizam atividades voltadas

sempre atualizado sobre as novidades

ento físico, à melhora do condicionamento

do mercado.

Para alcançarem seus melhores resultados, além do condicionamen-

cruzeiros temáticos, dentre outros,

to físico e dos treinos, uma orientação

ercer sua onde o profissional pode exercer

nutricional adequada é imprescindível

função.

para os atletas atingirem sua melhor

No que condiz a suplementação entação

performance. Mas, o trabalho do nu-

nutricional para os praticantes tes de ativi-

Acompanhe nas próximas

Entrevista

páginas a entrevista do nutricionista Daniel

o início da graduação, a nutrição

3FWJTUB EF (FTUÍP 3( - Quais ais as qua-

disciplinas como avaliação nutricional,

esportiva foi a sua escolha, tendo

lificações, conhecimentos ou especialiciali

nutrição trição clínica líni e até té mesmo conhehe

investido na área por meio de

zação que o nutricionista deve adquirir

cimentos relacionados a técnicas die-

cursos, congressos, palestras e

para trabalhar na área esportiva?

téticas. Existem várias especializações

%BOJFM $PJNCSB %$ - O Nutricio-

no país em nutrição esportiva, basta

possui consultório em Fortaleza/

nista precisa adquirir conhecimentos

verificar se a instituição é organizada e

Ceará, onde acompanha atletas

relacionados a bioquímica e fisiologia

funciona dentro dos padrões estabele-

gerais e do exercício, além de outras

cidos pelo Ministério da Educação.

especialização. Atualmente, Daniel

profissionais e desportistas.

Revista deGestão

Coimbra. Ele conta que desde

5


Divulgação

RG - No mercado esportivo, quais as áreas que o profissional pode trabalhar? DC - O Nutricionista pode atuar em

Medicina do Esporte ou do American

consultórios próprios, academias de

College Sports Medicine.

musculação, estúdios de pilates ou

É claro que a Nutrição esportiva é

Crossfit, clubes de futebol, vôlei, bas-

muito prática e que alguns pontos se

quete, assessorias de corrida, acade-

diferem da teoria, por isso o acompa-

mia de lutas, escolas que incentivem

nhamento próximo ao seu paciente

a prática esportiva, trabalhos específi-

é fundamental. Realizar avaliação de

cos com atletas. Ou seja, o mercado é

composição corporal e exames bio-

muito amplo.

químicos periódicos é fundamental

Ao orientação orie entação nutricional trici tr ciiona onal melhora a performance pe erformance e recuperação entre os treinos dos atletas, aumentando seu combustível para realização de movimentos específicos. Daniel Coimbra

para o acompanhamento e evolução RG - Quais os cuidados que o nutri-

do paciente. RG - Como a orientação nutricional pode

Revista deGestão

cionista deve ter quando prescreve a

6

dieta para clientes – em especial, os

RG - Como é o seu trabalho com atle-

contribuir no rendimento dos atletas?

frequentadores de academias - que

tas profissionais? Quais as maiores

DC – A orientação melhora na perfor-

desejam atingir o máximo da sua es-

dificuldades?

mance e recuperação entre os treinos,

trutura física?

DC - É muito empolgante, até porque

aumentando o seu combustível para

DC – O primeiro cuidado é realizar

o atleta de alto rendimento é uma

realização de movimentos específicos

a anamnese clínica e alimentar do

máquina metabólica, sendo interes-

que contribuindo para o bom funcio-

indivíduo, segundo uma avaliação

sante verificar a melhora do rendi-

namento do sistema imunológico e

nutricional criteriosa, pois, lhe dará

mento dos mesmos relacionados a

boa hidratação. Além disso, auxilia no

subsídios para identificar as neces-

sua conduta profissional. As maiores

controle da composição corporal es-

sidades do paciente. Realizado todo

dificuldades são os costumes antigos,

pecífica para a modalidade e objetivo

este processo, é importante se basear

mitos de treinadores, por exemplo,

do atleta, minimizando as lesões que

na literatura científica para realizar as

que foram adquiridos pelo atleta, po-

acontecem durante e após o treina-

prescrições com respaldo de órgãos,

rém com conhecimento e mostran-

mento, melhorando o consumo de

como a Sociedade Brasileira de Nutri-

do os resultados isso deixa de ser um

antioxidantes por estes atletas que

ção Esportiva, Sociedade Brasileira de

problema.

produzem muitos radicais livres.


RG - Qual o limite entre o resultado (performance) e a saúde? DC - Até o ponto em que o nutricionista está levando o atleta a melhorar seu rendimento sem prejudicar sua saúde, mesmo porque quando padecemos de nossa saúde nossa performance não consegue ser mantida em seu mais alto nível. RG - Quais os problemas clínicos para o paciente que adere na sua dieta o RG - Quais os maiores benefícios, para o atleta, de uma alimentação adequada? DC - Melhora do condicionamento físico, sono, recuperação, rendimento, controle de lesões, entre outros benefícios. RG - Qual a importância dos suplementos nutricionais para os atletas e quais os problemas do uso exagerado? DC - Alguns suplementos são de suma importância, principalmente quando se pensa no alto rendimento, pois, alguns atletas podem chegar até 6 horas de treinos diários e contando com as horas de sono e descanso, o nutricionista pode não conseguir atingir as necessidades energéticas ticas e de macro e micronutrientes. Além do que, em algumas situações, precisamos de proteínas e dos carboidratos de rápida absorção. ão. Outros suplementos como cafeína, na, creatina, repositores eletrolíticos, quando uando utilizados de maneira correta, melhoram e muito o rendimento dos atletas.

uso de suplementos? DC - Geralmente pouco tenho problemas relacionados à suplementa-

Realizar avaliação de composição corporal e exames bioquímicos periódicos é fundamental para o acompanhamento e evolução do paciente.

ção, pois sempre vou evoluindo aos poucos e de acordo com o nível de

Daniel Coimbra

cada paciente. Não uso suplementação desconhecida ou fora do que nos regulamenta a ANVISA.

RG - Em sua opinião, os alimentos RG - O nutricionista que atua na área

funcionais auxiliam no desempenho

de esportes deve ter conhecimento em

do atleta?

nutrição clinica?

DC - Sim, pois os alimentos funcio-

DC - Com certeza. Vários pacientes

nais estão inseridos em todos os meus

diabéticos, hipertensos, obesos, car-

planejamentos, porém, devemos

diopatas, com doenças inflamatórias

tomar cuidado na retirada indiscrimi-

intestinais nos buscam para dar início

nada de alguns alimentos específicos

a uma alimentação voltada para o

como o leite e glúten. Temos que ser

exercício físico e devemos ter o co co-

mais específicos para cada paciente, é

nhecimento da fisiopatologia como

com esta especificidade biológica que

da terapia nutricional para cada uma

sempre venho buscando trabalha trabalhar harr e

destas enfermidades. Geralmente, a

ganhar cada vez mais experiência. experiê iênc iê ncia nc ia.. ia

cada doença específica que não tenho muito contato ou estudo mais sobre o assunto ou indico um profissional de confiança para melhor acompanhamento do paciente.

do uso” pode causar malefícios, fícios, e, os efeitos colaterais dependem m do que está sendo utilizando, mas podem variar desde sobrecarga renall e hepática até irritabilidade, distúrbios os de sono e transtornos de humor.

Revista Revi Re vist vi sta st a deGestão deGe de Gest Ge stão ão

Assim, como tudo na vida o “abuso

7


Em Foco

Gestão Avançar Mais 2011-2014

Gestão Avançar Mais Plenário apresenta conquistas e ações Em março de 2011, quando a ges-

Revista deGestão

No Programa Nacional de Alimen-

tão Avançar Mais assumiu o plenário

do. Como a ampliação do quadro de

tação Escolar (PNAE) o CRN-6 firmou

do Conselho Regional de Nutricionis-

fiscais de oito para 14, aumento do

importantes parcerias com o Ministé-

tas da 6ª Região a proposta foi de con-

número de municípios fiscalizados em

rio Público Federal de Pernambuco e

tinuar as ações traçadas pela gestão

toda jurisdição, realização dos seminá-

Ministério Público Federal e Estadual

anterior e atingir os objetivos planeja-

rios regionais de fiscais e delegados,

do Maranhão para acompanhamento

dos para os próximos três anos.

participações nos encontros nacionais

e execução do programa. Na Paraíba,

Em respeito à missão do CRN-6

de fiscalização e nas jornadas de atu-

uma ação conjunta da fiscalização do

“contribuir para melhoria da saúde

alização técnica de fiscais do sistema

Conselho com o Ministério Público

da população por meio da assistência

CFN/CRN.

Estadual direcionado para o monito-

alimentar e nutricional exercida por

8

Na fiscalização, muito foi realiza-

Mas, o destaque desta área é para

ramento de instituições de longa per-

profissionais capacitados e habilitados,

execução do Projeto de Certificação

manência.

obedecendo aos preceitos éticos que

de Restaurantes Comerciais, lançado

regem a profissão”, a gestão Avançar

em julho de 2013, com o objetivo de

perior (IES) o trabalho foi de promo-

Mais do triênio 2011-2014 fez um ba-

certificar estabelecimentos do Recife/

ver maior integração entre o CRN-6 e

lanço do que foi alcançado.

PE, Natal/RN e Fortaleza/CE regular-

os estudantes de Nutrição por meio

Dentre as conquistas, estão a com-

mente registrados no CRN-6 que, ten-

de palestras sobre a ética profissional.

pra da sala da delegacia do Maranhão,

do Nutricionista Responsável Técnico

Para o profissional, o Conselho realizou

instalação da representação em Impe-

(RT), executam as boas práticas para

os seminários e jornadas de Nutrição

ratriz (MA) e reforma da delegacia de

serviços de alimentação, conforme as

com a proposta de atualizar o nutri-

Fortaleza. Além disso, para agilidade

normas legais vigentes. Ao todo, foram

cionista sobre assuntos da área, como

do atendimento ao público houve a

43 restaurantes e um buffet que rece-

também, apoio na divulgação do CON-

contratação de auxiliares administra-

beram os certificados do Projeto nos

BRAN 2012 que foi realizado no Recife-

tivos.

três Estados.

-PE. Em 2013, o Conselho promoveu as

Com as instituições de ensino su-


oficinas de Formação Profissional em todos os estados da jurisdição, com a proposta de discutir a qualidade da formação e da pråtica profissional. Nestes três anos, a população dos

Novo site do Conselho (www.crn6.org.br)

sete estados da jurisdição recebeu atendimento de orientação nutricional atravÊs das açþes promovidas pelo CRN-6 no Dia Mundial da Saúde, Dia

de Nutrição e público em geral, como

Mundial da Alimentação, Dia do Idoso

tambĂŠm, a Fanpage no Facebook, Re-

e no encontro A Nutrição e Você (Dia

vista De GestĂŁo na versĂŁo eletrĂ´nica e

do Nutricionista). Foram mais de 850

o novo boletim eletrĂ´nico otimizaram

pessoas atendidas nas açþes.

a comunicação do Conselho. Este ano,

Plenårio Avançar Mais

houve a mudança da marca do CRN-6,

TRIĂŠNIO 2011-2014

A criação do novo site (www.crn6. org.br), mais interativo com novas se-

que estĂĄ com um formato mais leve e

çþes e informaçþes para o profissional

moderno nas cores laranja e verde.

ças Diretoria Presidente Nancy de Araújo Aguiar

7JDF 1SFTJEFOUF

Leopoldina Augusta Souza Sequeira de Andrade (2012-2014) / Patricia Maria Silva Santos (2011-2012)

Tesoureiro Rodrigo Luis da Silveira Silva

4FDSFUĂˆSJB

Maria do Rosårio Pires Spíndola (2012-2014) / Ivany Elisângela Cavalcante R Amaral (2011-2012)

Comissão de Fiscalização 2011-2014

Ana Glória Ferreira de Araújo Ana Karina Souza Ivany Elisângela Cavalcante R Amaral Leopoldina Augusta Souza Sequeira de Andrade Maria do Rosårio Pires Spíndola Maria Dolores Gerstner da Fonte Marina de Moraes Vasconcelos Petribu Nancy de Araújo Aguiar Rodrigo Luis da Silveira Silva

Fiscalizaçþes realizadas no período de 2011 a outubro/2013

2937

1935 1311 1111

1107

AL

PB

1155

RN

CE

PI

Adriana de Queiroz Xavier Edigleide Maria Figueiroa Barreto FlĂĄvia Maria de Carvalho Almeida Larissa de Andrade Viana Maria do RosĂĄrio Lima Gomes SebastiĂŁo RogĂŠrio de Freitas Silva Suzana Maria de Castro Souza Lins

Revista deGestĂŁo

Conselheiros Suplentes

2350

PE

Conselheiros Efetivos

MA

9


É preciso muita dedicação e compromisso com os profissionais e com a profissão. Nancy Aguiar Eduardo Nilson

Entrevista 3FWJTUB EF (FTUÍP 3( - Como foi a

já conta com quase 4 mil seguido-

experiência de ter ocupado o cargo de

res, como também, o novo formato

presidente do CRN-6 nestes três anos

do boletim eletrônico e da revista De

de gestão?

Gestão.

/BODZ "HVJBS /" o Foi e está sendo uma experiência ímpar. Quan-

RG - Dentre os trabalhos e ações rea-

do estamos fora do Conselho não

lizadas pela gestão 2011-2014, qual o

temos a ideia do quanto se trabalha

maior desafio superado?

e do tamanho da responsabilidade

NA - A gestão de uma autarquia,

de ser um conselheiro e muito me-

além da fiscalização, envolve ques-

nos de estar na presidência. É preciso

tões administrativas, financeiras, po-

muita dedicação e compromisso com

líticas e técnica da qual precisamos

os profissionais e com a profissão.

de conhecimentos e entendimento

Não posso deixar de citar também

dos assuntos que não fazem parte da

que aprendemos muito e ampliamos

nossa formação profissional. Esse foi o

nossos horizontes interagindo com

grande desafio.

conselheiros do Brasil, discutindo e

Presidente do Conselho Regional de

nos fortalecendo em assuntos e ques-

RG - Entre as conquistas, quais po-

tões que envolvem a Alimentação e

dem destacar?

Nutrição.

Nutricionista da 6ª Região gestão 2011-2014, Nancy Aguiar, além das

RG - Na sua visão, mudou a relação

fiscais que passou de oito para 13 na

atribuições à frente do CRN-6 atua

do CRN-6 com o profissional?

jurisdição, aquisição da sala para a De-

Revista deGestão

como nutricionista na área clínica pela

10

NA - Fortalecimento da fiscalização com ampliação do quadro de

NA - As formas de relacionamento

legacia do Maranhão, ampliação do

Secretária de Saúde de Pernambuco e

e comunicação no mundo vêm pas-

número de representações políticas,

na saúde coletiva na coordenação mu-

sando por grandes transformações e

abertura de mais uma representação

nicipal de Alimentação e Nutrição do

não poderia ser diferente entre o CRN-

do Conselho na cidade de Imperatriz/

município de Paulista-PE.

6 e os seus inscritos. A atual Política

MA e a execução do projeto de certifi-

Com mais de 20 anos dedicados à pro-

Nacional de Fiscalização do Sistema

cação de restaurantes.

fissão, a nutricionista Nancy Aguiar, an-

CFN/CRN valoriza e prioriza a orienta-

tes de assumir o cargo de presidente

ção profissional, os nossos canais de

RG - Qual o sentimento ao final des-

do Conselho já se dedicava ao CRN-6

comunicação estão se aproximando

tes três anos de trabalho no CRN-6?

como Conselheira nas ações e serviços

cada vez mais das pessoas. Reformu-

prestados à população. Nesta entrevis-

lamos o site que hoje é mais interati-

contribuído com a profissão da qual

ta, conta um pouco do seu trabalho à

vo com notícias atualizadas e dispõe

me orgulho e também por ter tido a

rente do Conselho.

de mais informações, oferecendo os

oportunidade de acompanhar de per-

serviços de autoatendimento e o Fale

to os trabalhos desenvolvidos dentro

Conosco. Este ano houve a inserção

do Sistema CFN/CRN.

da nossa fanpage no facebook que

NA – Sinto-me muito feliz por ter


Especial

Ă“rgĂŁos de classe Conheça as atribuiçþes dos Conselhos, Sindicatos e Associaçþes de Nutrição Muitas sĂŁo as

Associaçþes

dúvidas dos profissionais de Nutrição quanto

As Associaçþes de Nutrição são

aos trabalhos

formadas pela uniĂŁo de pessoas que

realizados pelos

se organizam sem finalidade lucra-

Conselhos, Sindicatos

tiva por meio de estatuto prĂłprio,

e Associaçþes de

onde compete promover o aprimo-

Nutricionistas que

ramento tĂŠcnico-cientĂ­fico por meio

possuem atuaçþes e vida profissional do nutricionista.

de estudos, pesquisas e anĂĄlises; re-

Sindicatos

papĂŠis diferentes na

alizar eventos direcionados aos pro-

Entidades de classe e sem fins

fissionais filiados e manter-se como

lucrativos, os Sindicatos tem por

uma associação de caråter exclusiva-

competĂŞncia a defesa dos direitos

mente tĂŠcnico, cultural e cientĂ­fico.

e interesses coletivos da categoria, inclusive em questþes judiciais ou administrativas, onde negocia acordos ou convençþes coletivas que visa pela boa relação entre o empregador e o nutricionista, e pelo avanço nas condiçþes de vida e de trabalho do

No site do Conselho Regional de /VUSJDJPOJTUBT EB ‹ 3FHJĂ?P $3/ XXX DSO PSH CS UFN B SFMBĂŽĂ?P dos sindicatos e associaçþes de

profissional.

/VUSJĂŽĂ?P EB KVSJTEJĂŽĂ?P

Conselhos Os Conselhos Federal e Regionais

direito pĂşblico, autonomia financeira e administrativa. Tem por finalidade orientar, disciplinar e fiscalizar o exercĂ­cio das atividades profissionais, em defesa dos interesses de uma coletividade de usuĂĄrios e da profissĂŁo.

.JOJTUĂ?SJP EP 5SBCBMIP F &NQSFHP .5& http://www.mte.gov.br/ Fone: 0800 285.0101 'FEFSBĂŽĂ?P /BDJPOBM EPT /VUSJDJPOJTUBT '// http://www.fnn.org.br/ Fone: (51)3225.1308 | Fax (51)3227.1555

Revista deGestĂŁo

derais, com personalidade jurĂ­dica de

SAIBA MAIS

de Nutricionistas sĂŁo autarquias fe-

Para maiores esclarecimentos, acesse:

11


Opinião e Saúde

Compromisso com o que vai para a mesa dos brasileiros A saúde da população brasileira e seu ecossistema estão fortemen-

da Agricultura, Pecuária e Abasteci-

te ameaçados pelo elevado grau de

mento (MAPA) pode dar anuência de

contaminação dos alimentos por

importação, produção, comercializa-

agrotóxicos. Dados divulgados pela

ção e uso de agrotóxicos em situação

Agência Nacional de Vigilância Sanitá-

de emergência fito ou zoosanitária,

ria (Anvisa) este ano revelam que 60%

sem que os órgãos da saúde e do

dos alimentos examinados contêm

meio ambiente sejam consultados.

agrotóxicos, sendo que 28% deles

A emergência terá prazo de um ano,

são considerados impróprios para o

mas poderá ser prorrogada, inúmeras

consumo.

vezes por igual período.

Revista deGestão

Contrariando a política adotada

12

Também tramita no Senado Fede-

por muitos países que baniram os

ral o PLS nº 209/2013, que determina

agrotóxicos de seus territórios para

que um único órgão centralizará os

proteger a saúde dos indivíduos e

procedimentos para avaliação dos

o meio ambiente, o Brasil se tornou

agrotóxicos, deixando a saúde defini-

um terreno fértil para a produção de

tivamente de fora das análises, e ace-

organismos geneticamente modifi-

lera os prazos para os novos registros.

cados (OGM) e, consequentemente,

É recorrente no noticiário nacional

para o uso irracional e indiscrimina-

a informação de que trabalhadores

do de agrotóxicos. Normas como a

rurais são intoxicados por agrotóxicos.

Lei 12.873/143 e o Decreto 8.133/13,

Todos esses dados reforçam o

que violam a própria Constituição

envolvimento do CFN nas frentes de

Federal e a Lei 7.802/89 (que obriga

combate ao uso de agrotóxicos na

a avaliação tripartite dos agrotóxicos

produção agrícola brasileira. Ques-

por parte dos órgãos da agricultura,

tionamos, ainda, a real necessidade,

da saúde e do meio ambiente, cada

neste momento, da produção de ali-

um em suas áreas de competência),

mentos geneticamente modificados,

Élido Bonomo Nutricionista e presidente do Conselho Federal de Nutricionistas


a respeito de seus conteúdos. Defende, também, que as ações junto aos órgãos nacionais responsáveis pela

O CFN defende que a população tenha amplo acesso a informações sobre a qualidade dos alimentos, que devem ser rotulados com dados claros a respeito de seus conteúdos.

elaboração e fiscalização da legislação sanitária nesta área seja intensificada

Élido Bonomo

e que o Sistema CFN/CRN acompanhe o processo de implantação de labo-

atualizado sobre a produção técnico-

ratórios de análise e qualificação de

-científica nessa área, atentando para

OGM e/ou produtos alimentícios que

a necessidade de manter uma posição

contenham OGM em sua composição,

ética, respeitando os preceitos básicos

comercializados no território nacional

da alimentação e nutrição em todas

e a elaboração das normas relativas

as suas atividades.

ao processo de licenciamento desses

Nosso compromisso é com a saú-

uma vez que é de conhecimento no-

organismos e/ou derivados importa-

de da população. Portanto, precisa-

tório que a produção e a comercializa-

dos para comercialização no mercado

mos ajudá-la a fazer escolhas saudá-

ção de alimentos no Brasil é suficiente

brasileiro.

veis, e garantir o acesso a alimentação

desigualdades de acesso aos mesmos

mental na orientação da população

são consequência da má distribuição

sobre os riscos para a saúde provoca-

da riqueza e da injustiça social exis-

dos pela contaminação dos alimen-

tentes.

tos por agrotóxicos. É imperativo que

A produção de Organismos Ge-

de impedir que alimentos contami-

uso indiscriminado de agrotóxico em

nados por agrotóxicos sejam levados

solo brasileiro atendem claramente

para a mesa dos brasileiros; produtos

aos interesses das multinacionais, cor-

provenientes da agricultura familiar

roborados pelo governo em nome do

e livres de agrotóxicos já são comer-

crescimento econômico. O resultado

cializados em feiras livres em diversas

dessa comunhão de interesses é o

cidades e precisam ser valorizados e

adoecimento da população e a dete-

consumidos em larga escala, tanto

rioração ambiental.

como a base de uma alimentação sau-

tenha amplo acesso a informações

cionalmente assegurado.

todos nós assumamos o compromisso

neticamente Modificados (OGM) e o

O CFN defende que a população

adequada e saudável, direito constitu-

dável quanto para terem seus custos reduzidos.

sobre a qualidade dos alimentos, que

Sobre os OGM, é imprescindí-

devem ser rotulados com dados claros

vel que o nutricionista se mantenha

Revista deGestão

para abastecer a população e que as

O nutricionista tem papel funda-

13


Atualidade

Fitoterápicos, quando prescrever? Com a Resolução nº 525/2013, CFN regulamenta prática da fitoterapia pelo nutricionista

Com a publicação em junho deste

vel, conter o nome do paciente, data

ano da Resolução CFN nº 525/2013 so-

da prescrição e identificação completa

bre a regulamentação da prática da fi-

do profissional prescritor (nome e nú-

toterapia pelo nutricionista, tem surgido dúvidas por parte dos profissionais quanto aos fitoterápicos na prescrição dietética dos pacientes. De acordo com a Resolução, prescrever fitoterápicos e preparações magistrais* são atribuições exclusivas do nutricionista que possui especialização em Fitoterapia. Contudo, plantas

O nutricionista deve basear-se em evidências científicas quanto a critérios de eficácia e segurança

medicinais e drogas vegetais podem

Revista deGestão

dereço e forma de contato), com todas as seguintes especificações quanto ao produto prescrito: I – nomenclatura botânica, sendo opcional incluir a indicação do nome popular; II – parte utilizada; III – forma de utilização e modo de preparo; IV – posologia e modo de usar e V – tempo de uso. Para esclarecer algumas dúvidas

ser prescritas pelo profissional de Nu-

adotar a Fitoterapia, o nutricionista

quanto a este assunto, a Revista De

trição sem especialização, desde que

deve basear-se em evidências cientí-

Gestão entrevistou a nutricionista,

sejam consideradas evidências cien-

ficas quanto a critérios de eficácia e

Joyce Moraes, docente do cur-

tificas, efeitos colaterais e interações

segurança, considerar as contra indi-

so de pós-graduação em Fitoterapia

possíveis.

cações e oferecer orientações técnicas

do IDE (PE) e dos cursos em Nutrição

necessárias para minimizar os efeitos

Clínica e Fitoterápica do Instituto Ana

estabelecido, “o Nutricionista poderá

colaterais e adversos das interações

Paula Pujol (SC).

adotar a fitoterapia para complemen-

com outras plantas, com drogas ve-

tar a sua prescrição dietética somente

getais, com medicamentos e com os

quando os produtos prescritos tive-

alimentos, assim como os riscos da

preparada na farmácia, a partir de uma

rem indicações de uso relacionadas

potencial toxicidade dos produtos

prescrição de profissional habilitado,

com o seu campo de atuação e este-

prescritos”.

destinada a um paciente de forma indi-

No artigo 2 do documento está

14

mero do CRN, assinatura, carimbo, en-

jam embasadas em estudos científicos

Com relação à prescrição de plan-

* Preparação magistral é aquela

vidualizada, e que estabeleça em deta-

ou em uso tradicional reconhecido”.

tas medicinais ou drogas vegetais, a

lhes sua composição, forma farmacêuti-

Além disso, também atesta que “ao

Resolução aponta que deverá ser legí-

ca, posologia e modo de usar.


Entrevista 3FWJTUB %F (FTUÍP 3() - Para ser me-

seca (após secagem) é denominada

nal e medicina complementar e alter-

dicamento fitoterápico, só pode apre-

droga vegetal.

nativa (MT/ MCA) e, sobre esse tema,

sentar ativos vegetais? RG - Se usados de forma incorreta, os

membros a elaboração de políticas na-

único do artigo 7 colocou fim em uma

fitoterápicos podem gerar problemas

cionais voltadas à integração/inserção

prática muito comum dos nutricionis-

de saúde?

da MT/MCA aos sistemas oficiais de

tas que era prescrever fórmulas onde

+. - Claro que sim. Os fitoterápi-

saúde. Com foco na Atenção Primária

fitoterápicos eram associados a vitami-

cos possuem toxicidade, interações

à Saúde (APS), recentemente foi elabo-

nas, minerais ou outros componentes

(nutrientes x fitoterápicos ou fitoterá-

rado um Caderno de Atenção Básica

com o intuito sinérgico. Com a nova

picos x fitoterápicos) e o seu uso pode

com o tema “ Práticas integrativas e

Resolução, isso não é mais possível.

resultar em reações adversas como os

complementares: plantas medicinais e

alopáticos. Portanto, o nutricionista

fitoterapia na atenção básica.”

RG - Quais são os benefícios para o

deve aprofundar os seus conhecimen-

paciente o uso dos fitoterápicos?

tos em Fitoterapia antes de começar a

RG - Quais os cuidados que o nutricio-

prescrever.

nista deve ter quando prescreve me-

+. - O fitoterápico é mais benéfico do que o medicamento sintetizado,

dicamento fitoterápico ao paciente?

pois ele é produzido a partir da planta

RG - Fitoterápicos têm venda livre nas

inteira, em vez de ser feito a partir de

farmácias? Quais são?

uma única substância isolada. Assim,

+. - Sim, vários. É possível com-

+. - Observar todos os critérios estabelecidos pela Resolução: nomenclatura botânica, parte utilizada, forma de

ele atua no nosso corpo com a ação de

prar sem receita inclusive os nove res-

utilização, posologia e principalmente

várias moléculas diferentes, nas quais

tritos à prescrição médica de acordo

tempo de uso.

o princípio ativo se encontra diluído,

com a Instrução Normativa nº 5, de 11

resultando em menos efeitos colate-

de dezembro de 2008. É válido lem-

RG - As plantas medicinais in natura,

rais.

brar que o nutricionista mesmo com

os infusos e decoctos surtem efeito

especialização em Fitoterapia pode

quando aliados ao tratamento dieto-

prescrevê-los.

terápico?

RG - Há a possibilidade de fazer a

+.- Com certeza. As pessoas de-

prescrição sem cápsulas? +. - Sim. Podemos utilizar outras

RG - Os benefícios dos fitoterápicos

vem derrubar o mito de que as ervas

formas farmacêuticas como xaropes,

são reconhecidos pela ANVISA e pela

medicinais não fazem efeito. Ao se

sprays e até pirulitos. É bom lembrar

OMS (Organização Mundial da Saú-

utilizar a planta medicinal in natura ou

que as plantas medicinais ou drogas

de)?

sob a forma de infusos, decoctos ou

vegetais só podem ser prescritas sob a forma de infuso, decocto ou macerado.

+. - O Ministério da Saúde está

macerados obtém-se um ótimo efeito

em consonância com a Organização

no tratamento do paciente com o cus-

Mundial da Saúde e coordena a im-

to reduzido. Faço parte de uma equipe

RG - Chás e plantas medicinais são

plementação, o monitoramento e a

de um posto de saúde onde a fitotera-

medicamentos fitoterápicos?

avaliação do Programa Nacional de

pia constitui parte integrativa da mi-

Plantas Medicinais e Fitoterápicos e

nha conduta nutricional. Os próprios

277, de 22 de setembro de 2005, da

desde 2006, já temos implementada a

pacientes com diabetes, dislipidemias,

ANVISA, chá é um alimento com Pa-

Política Nacional de Plantas Medicinais

HAS e outras patologias já perceberam

drão de Identidade e Qualidade (PIQ)

e Fitoterápicos. As Práticas Integrativas

que ao associarem a fitoterapia com

já legalmente reconhecido. Planta me-

e Complementares se enquadram no

a reeducação alimentar, os resultados

dicinal seria a planta in natura. Pode

que a Organização Mundial de Saúde

são obtidos mais rapidamente.

ser fresca ou seca. A planta medicinal

(OMS) denomina de medicina tradicio-

+. - Não. Segundo a Resolução nº

Revista deGestão stão ão

+PZDF .PSBFT +. - O parágrafo

a OMS recomenda aos seus Estados

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