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Núcleo de Apoio ao Ensino Remoto se consolida

ATENÇÃO ESPECIAL AO ENSINO REMOTO

Padronização e qualidade. Estas serão as premissas estratégicas para a atuação do Núcleo de Ensino Remoto, recém-criado pela Faculdade. A pandemia inaugurou uma nova era do ensino a distância (EAD), e a FCM-MG está atenta para que as aulas, que migraram para o formato digital em decorrência do isolamento social, sejam padronizadas e mantenham a mesma qualidade do conteúdo expositivo.

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Antes mesmo da necessidade de evitar aglomerações, o EAD já era uma tendência. A 10ª edição do Mapa do Ensino Superior no Brasil, publicada neste ano, mostrou um crescimento de 145% na modalidade digital entre 2009 e 2018. Durante a pandemia, algumas plataformas registraram um aumento da procura de mais de 70%. Isso mostra que a modalidade já é uma realidade para milhares de estudantes em todo o país. A pandemia se tornou uma oportunidade, para quem ainda não estava habituado a ela, de quebrar um paradigma e perceber que, com um trabalho sério e estruturado, é possível reproduzir com sucesso grande parte do conteúdo que, até então, era transmitido exclusivamente em sala de aula. “Felizmente, tomamos decisões acertadas no momento exato, mas tivemos que trabalhar muito para que tudo corresse bem. Para isso, mobilizamos pessoas comprometidas e rapidamente nos organizamos para que as aulas, que passaram a ser dadas a distância, tivessem a mesma qualidade das presenciais”, diz Prof. Rafael Duarte, vice-diretor da Faculdade.

Ter uma estrutura e uma estratégia de EAD bem-definidas, antes da crise do coronavírus, foi fundamental para a implantação do modelo de forma rápida. Para o Prof. Marcelo Miranda, diretor Acadêmico da Pós-graduação Ciências Médicas – MG, este foi o principal motivo da implementação bem-sucedida da iniciativa. “Já pensávamos nessa tendência como uma ferramenta importante, considerando as questões de mobilidade

Pandemia trouxe a necessidade de elaborar ações específicas para o ensino remoto, e a Faculdade agiu rápido para adotar e aperfeiçoar a metodologia

Comunicação Feluma

Da esquerda para a direita: Os professores Geraldo Ribeiro, Rafael Duarte, Marcelo Miranda e Rodrigo Dias, responsáveis pela elaboração de ações específicas para o ensino remoto

dos alunos e essa nova cultura digital. Há cerca de três anos, já havíamos montado estúdio de gravação para aulas, estrutura para produção, equipamentos de ponta, tudo isso para atender essa nova geração.”

Pós-pandemia

Passado o primeiro momento de adoção da modalidade de ensino remoto, a atuação do Núcleo se voltou para o aperfeiçoamento dos processos de EAD. Nesse contexto, os professores precisaram estar alinhados ao modelo implantado pela Faculdade. “Os professores perceberam que as ferramentas utilizadas não eram limitadoras, pelo contrário, elas podem ser potencializadoras da capacidade didática e pedagógica”, afirma o Prof. Geraldo José Coelho Ribeiro, coordenador do Núcleo de Apoio ao Ensino Remoto.

Ele avalia como positiva a experiência e informa que a intenção do Núcleo é realizar treinamento online específico para os alunos. O objetivo é evidenciar os diferenciais das ferramentas utilizadas pela Feluma para gerar ainda mais engajamento e motivar a adesão à modalidade.

De acordo com o coordenador, para quando os treinamentos forem realizados e concluídos e a fase crítica da pandemia tiver passado, o Núcleo tem a intenção de elaborar um modelo de ensino híbrido, com a utilização de metodologias ativas. Ele explica que o ensino convencional é calcado no repasse do conhecimento de professores para alunos, que absorvem as informações. Com esse novo conceito, a ideia é que o aluno esteja no centro de todo o processo. “Com o mundo de informações que temos nos dias de hoje, o professor precisa orientar o estudante a buscar o conhecimento. Em vez de eu montar um PowerPoint enorme e dar a aula em cima de tal conteúdo, posso gravar essa aula expositiva e, posteriormente, debater com eles como utilizar aquele conhecimento na prática. Ou seja, o expositivo será gravado, e o que vamos trabalhar agora é a aplicação prática do aprendizado. É um modelo que veio para ficar.” O outro coordenador do Núcleo, Prof. Rodrigo Otávio Dias de Araújo, explica que o momento atual, depois de alguns meses de pandemia, é de busca de soluções pedagógicas para o EAD. “Já vencemos o desafio da tecnologia, agora buscamos cada dia mais o engajamento do aluno, para ele se tornar o protagonista do processo. É o acadêmico quem dá o ritmo ao processo de ensino, fazendo a escolha das aulas no ambiente virtual, sendo o autorregulador do seu processo de aprendizado.” Walleska Camargo Vieira, designer instrucional do Núcleo de Tecnologias e Educação a Distância (NTEaD), atuou ativamente para a consolidação do Núcleo. Ela relata que já foram realizados treinamentos com alunos e professores para uma melhor adaptação e ambientação com as ferramentas. “Alguns docentes ficaram inseguros quanto às novas tecnologias, principalmente no momento de crise como foi o início da pandemia, mas a avaliação é que já estão muito bem adaptados e tomaram gosto pelas aulas com transmissão ao vivo.”

Ações planejadas do Núcleo de Apoio ao Ensino Remoto

USO DE MODELO DE SLIDE PERSONALIZADO

Todos os professores utilizarão o mesmo modelo de slide expositivo. A ideia é uniformizar as aulas, para auxiliar o aluno na assimilação do conteúdo.

METODOLOGIAS ATIVAS Conteúdo expositivo das aulas será gravado conforme o padrão definido pela Faculdade, e a aplicação prática da teoria será debatida com os alunos.

CAPACITAÇÕES Criação de tutoriais e oficinas que ajudarão os professores na utilização das plataformas disponibilizadas pela Faculdade. O objetivo é que o professor potencialize sua capacidade didática e pedagógica.

AULA-PADRÃO Foram criados dois modelos que se tornarão um padrão para todas as disciplinas e professores. Todas as aulas síncronas (online e ao vivo) e assíncronas (gravadas) seguirão essas metodologias.

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