Fundaffemg | Março 2022

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Nº 378

Colesterol: acompanhamento deve começar na infância Gordura presente na estrutura das membranas celulares, o colesterol é essencial para o funcionamento do organismo. Por outro lado, em níveis elevados, ele pode contribuir para o aparecimento de outros problemas de saúde. E, acredite, assim como os adultos, crianças e adolescentes também podem ser acometidos pelo colesterol alto. A principal causa disso está relacionada à dislipidemia – presença exagerada de gordura no sangue –, gerada por fatores genéticos ou hábitos de vida. Dra. Giane Chaves, médica pediatra, explica que os pais devem acompanhar a saúde dos filhos por meio de consultas e exames de rotina, permitindo a identificação precoce e o tratamento do colesterol alto. A atenção a esse ponto é importante, pois pode

atenuar o risco cardiovascular na vida adulta. “Crianças hipertensas, diabéticas, obesas, que convivem com tabagistas no domicílio e com fatores de risco no histórico familiar, devem iniciar o acompanhamento quando tiverem entre 2 e 8 anos. Para aquelas sem fatores de risco, é recomendado que a avaliação ocorra a partir de 10 anos”. A médica ressalta a necessidade do acompanhamento continuado de crianças que apresentarem alterações laboratoriais na primeira avaliação. SINTOMAS E PREVENÇÃO Normalmente, o colesterol alto não provoca sintomas. “Crianças com casos graves de dislipidemia poderão apresentar, em seu exame físico, algumas alterações nos olhos, na

pele e nos tendões. O depósito das gorduras nas vísceras também pode determinar alterações que poderão ser percebidas pelo médico na consulta”, conta Dra. Giane Chaves. A investigação da história familiar e dos fatores genéticos é o principal meio para diagnosticar a doença precocemente e tratá-la o quanto antes. A médica frisa que “algumas doenças e medicamentos também podem ser a causa da dislipidemia, e sua identificação também poderá contribuir para a prevenção e tratamento”. Para prevenir os elevados níveis de colesterol, Dra. Giane pontua que os pais devem incentivar a alimentação habitual diversificada, balanceada e em quantidade adequada à necessidade do organismo. “Ou seja, sem excesso de gorduras, proteínas, açúcares e sal”.

INCENTIVO AOS HÁBITOS SAUDÁVEIS Como forma de manter os pequenos longe de problemas como o colesterol alto, Dra. Giane faz algumas recomendações aos pais:

1. Evite adicionar açúcar ou sal aos alimentos “in natura”, acostumando a criança ao seu sabor

natural, desde a introdução alimentar. Ao elaborar receitas caseiras, se for necessária a adição de sal, usar o mínimo que permita uma palatabilidade razoável.

2. Doces não devem fazer parte da alimentação diária. Reserve-os para momentos de confraternizações sociais e dê preferência para as frutas no dia a dia.

3. O sedentarismo deve ser evitado desde os primeiros anos de vida. É importante oferecer ao bebê um espaço seguro e incentivá-lo para que se movimente. Evite deixá-lo restrito ao carrinho e exposto a mídias visuais.

4. Crianças maiores e adolescentes devem ser incentivados a fazer atividades físicas por pelo menos

uma hora, todos os dias. No caso de atividades moderadas ou intensas – as que fazem a respiração acelerar e o coração bater mais rápido – devem ser feitas pelo menos três vezes por semana.

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