Guia de regras da Guerra do Peloponeso

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Guerra do Peloponeso (429 a 421 a. C.) Disputa entre Atenas e Esparta pela hegemonia do mundo grego

GUIA DE REGRAS

Confeccionado por: Gustavo Lopes Ferreira


1. Conduta 1.1. Permissões • • •

Conversar com outras representações por meio de bilhetes diplomáticos; Questionar a boulé (para saber as funções deste órgão, consulte o tópico 6.1. deste guia) sobre aspectos relativos ao debate; Levantar um processo contra qualquer cidadão, no caso da liga de delos.

1.2. Proibições • • • • •

Conversar com outras representações durante o discurso de alguém; Usar qualquer tipo de tecnologia, como notebooks, tablets e celulares; Circular pelo comitê; Usar qualquer tipo de palavra de baixo calão; Usar palavras de língua estrangeira sem a devida tradução.

2. Cargos da Liga de Delos 2.1. Boulé A Boulé é uma espécie de mesa moderadora dos debates atenienses. É composta por dois delegados, eleitos mediante sorteio no início de cada sessão. É impossível a reeleição, isto é, aqueles que forem eleitos na primeira sessão, não participarão do sorteio da segunda sessão. Cabe à Boulé organizar a lista de discursos, organizar a ordem de discussão dos temas e manter a ordem na liga de delos. 2.1.1. Prítanes O Prítanes é o primeiro eleito e é o presidente da Boulé, ou seja, ele será responsável por todas as ações acima descritas, não podendo se omitir de nenhuma das suas atividades previstas. 2.1.2. Auxiliar O auxiliar, como o nome já indica, auxiliará o Prítanes na condução da Boulé, cabendo-lhe atividades mais administrativas, cumprindo as ordens do Prítanes. É o segundo nome sorteado.

2.2. Cargos executivos 2.2.1. General O General é o grande responsável pelas ações militares da Liga de Delos, possuindo o poder de vetar qualquer ação sugerida pela Liga. O delegado será eleito no início de cada sessão por meio de maioria


simples. O delegado que assumir o papel de General, naturalmente, deverá ser o que mais sugerirá ações militares para a Liga de Delos. 2.2.2. Embaixador O embaixador também será eleito por maioria simples no início de cada sessão e é o responsável pelas viagens diplomáticas para negociar alianças com outras polis do mundo grego. 2.2.3. Arauto Assim como os dois outros, o arauto é eleito por maioria simples no início de cada sessão e é o responsável por ir até o oráculo de Delfos e consultar o mesmo. O oráculo funcionará da seguinte forma: quando os delegados tiverem dúvidas quanto à qual ação ou decisão tomar, eles podem consultar os deuses do Olimpo, como acontecia de fato nos primórdios da história. Não será permitido perguntas genéricas do tipo “O que devemos fazer para derrotar Esparta?”. Deve-se fazer perguntas diretas, como “Invasão à Siracusa será uma boa escolha?” e o oráculo responderá com uma charada que deve ser levada pelo arauto à Liga de Delos, para que os cidadãos possam desvendar juntos.

3. Dinâmica do debate 3.1. Liga de Delos A Liga de Delos é composta, basicamente, por cidadãos atenienses que se reúnem para decidir sobre aspectos militares, políticos e econômicos da liga que tem Atenas como grande liderança. Assim sendo, é uma demonstração de democracia direta. A dinâmica do debate funciona da seguinte forma: no início de cada sessão, haveremos as eleições para a Boulé e para os cargos executivos

(as

funções

destes

organismos

serão

explanadas

futuramente) e, em seguida, há o início da sessão. Os delegados, primeiramente, devem propor um tema para a Boulé para que essa autorize a discussão do tema. No caso de haver mais de um tema proposto, cabe à Boulé escolher a ordem que os temas serão debatidos. Por exemplo, digamos que Nícias tenha proposto a discussão sobre a invasão ao Império Cartaginense, enquanto que Demóstenes propõe a discussão sobre o ataque direto contra Esparta e Alcibíades requer que seja discutida a ocupação à Siracusa. Cabe a Boulé escolher a ordem que esses três temas será discutido. Um tema é proposto por apenas um delegado, mas, para retirar esse tema da agenda de debates, é preciso maioria simples dos presentes. A Boulé também


ficará responsável pela lista de discursos, anotando aqueles que desejam se pronunciar e dando a palavra para os cidadãos. Haverá a clepsidra para calcular o tempo que os delegados têm para se pronunciar. Desta forma, será posto igual quantidade de água na clepsidra no início do discurso e, quando a água terminar de rolar pela clepsidra, o cidadão deverá parar de pronunciar-se. Para que uma ação militar seja tomada, deve haver maioria simples (votação para que seja decidida a ação militar pode ser requisitada a qualquer momento) e autorização expressa do general eleito no início da sessão. Após determinado tempo, algum dos staffs do comitê virá para anunciar os resultados da ação militar. Serão projetados para os delegados os recursos que eles possuem, que são: número de navios, número de soldados, número de infantaria, dinheiro em caixa e os preços para a criação de novos navios e recrutamento de novos soldados.

3.1. Liga do Peloponeso A Liga do Peloponeso é composta, basicamente, por 3 instâncias: o conselho de anciãos espartanos, as cidades-aliadas e os reis espartanos. Cabe a essas três instâncias decidirem a forma de retirar a hegemonia grega das mãos atenienses. A principal liderança está constituída na figura de Esparta. A dinâmica do debate funciona da seguinte forma: uma ação militar pode ser proposta por qualquer um na Liga do Peloponeso, mas para ser aprovada deve enfrentar um processo burocrático. Por exemplo, se determinada ação foi proposta por um ancião, ela deve passar pela aprovação dos reis espartanos, em seguida, passar pela aprovação das cidades-aliadas e, por fim, passar pela aprovação dos próprios anciãos. Ou seja, a ação enfrentará três processos decisórios. Caso a ação não obtenha a maioria entre os reis espartanos, ela nem chegará a ser votada entre cidades-aliadas e anciãos, pois já será vetada. Cabe aos reis, a atuação como mesa moderadora, organizando os temas propostos e a lista de discursos. Os delegados da Liga do Peloponeso não terão limite de tempo, mas o bom senso deve ser atribuído e fiscalizado pelos reis espartanos.


Para que uma ação militar seja tomada, deve haver maioria simples das três instâncias supramencionadas (a votação para que seja decidida a ação militar pode ser requisitada a qualquer momento). Após determinado tempo, algum dos staffs do comitê virá para anunciar os resultados da ação militar. Serão projetados para os delegados os recursos que eles possuem que são: número de navios, número de soldados, número de infantaria, dinheiro em caixa e os preços para a criação de novos navios e recrutamento de novos soldados.

4. Processos da Liga de Delos Na Liga de Delos, há a possibilidade dos delegados sofrerem processos, isto é, serem julgados por uma instância judiciária ateniense conhecida como Dikastérion. O Dikastérion é composto por 3 delegados da Liga de Delos, escolhidos por meio de sorteio. Os mesmos devem, a princípio, isoladamente e sem se comunicar com os outros membros do Dikastérion, escolher se o processado é culpado ou inocente. No caso de ser considerado culpado, os três delegados deverão se reunir para determinar a pena. Um exemplo: Aristófanes processou Nícias pelo fato deste ter insultado os Deuses do Olimpo. No sorteio para os membros do Dikastérion, será retirado o nome de quem processa e de quem é processado. Após a eleição do Dikastérion, Aristófanes têm o direito de se argumentar sobre porquê Nícias deve ser considerado culpado e, em seguida, Nícias terá o direito de argumentar porquê deve ser inocentado. O Dikastérion julgará o caso. Se Nícias for considerado culpado, os três membros deverão se reunir para decidir a pena. Se Nícias for considerado inocente, ele próprio, Nícias, poderá escolher se quer processar Aristófanes por calúnia. E o processo se reinicia, tendo agora Aristófanes como réu.

4.1. Crimes e penas correspondentes •

Inépcia: Ocorrer-se-á inépcia quando o indivíduo, na qualidade de um dos membros da Boulé ou possuidor de um dos cargos executivos, deixar de cumprir atividade que deveria cumprir.


Pena leve: Perda do mandato. Pena média: Perda do mandato e perda do direito de concorrer a outro cargo executivo ou de boulé. Pena grave: Perda do mandato, perda do direito de concorrer a outro cargo executivo ou de boulé e perda do direito de voto. •

Atentado contra os Deuses: questionar a sabedoria ou até mesmo a existência dos Deuses do Olimpo, bem como glorificar outro Deus, não reconhecido por Atenas. Pena leve: Rezar 20 orações de glorificação a Zeus. Pena média: Perder o direito de voto e voz por 1 sessão. Pena grave: Perder o direito de voto e voz.

Traição: levar informações sigilosas e/ou filiar-se à Liga do Peloponeso. Pena leve: Perder o direito de voto e voz. Pena média: Ser expulso de Atenas e da Liga de Delos. Pena grave: Ser condenado à morte.

Calúnia: levantar falsas verdades contra outro cidadão em público. Pena leve: Perder o direito de voz por 1 sessão. Pena média: Perder o direito de voto e voz por 2 sessões. Pena grave: Perder o direito de voto e voz.


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