Catálogo II Prêmio Rosa Kliass

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II PRÊMIO ROSA KLIASS — CONCURSO NACIONAL UNIVERSITÁRIO DE PAISAGISMO

Catálogo dos trabalhos inscritos em 2018


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II PRÊMIO ROSA KLIASS — CONCURSO NACIONAL UNIVERSITÁRIO DE PAISAGISMO

ABAP – Associação Brasileira de Arquitetos Paisagistas Gestão 2018-2020 PRESIDÊNCIA

Luciana Bongiovanni Martins Schenk – SP | lucianas@sc.usp.br VICE-PRESIDÊNCIA

Lígia Teresa Paludetto Silva – SP | ligiateresa@uol.com.br

Arquitetos urbanistas projetam lugares e experiências. Projetar a Paisagem é projetar uma experiência de espectro cultural, social, artístico, político. A formação do Arquiteto Urbanista guarda campos disciplinares e contempla transversalidades fundamentais, nossa tarefa enquanto profissionais é projetar aquilo que se habita, e por habitar eu não me refiro apenas à habitação, mas a inscrição do Ser no Lugar, a relação entre Humanidade e a Natureza, que nos cerca e da qual participamos. Essa relação não se esgota em uma função, resistente e complexa, ela se expande para além da técnica. É a dimensão estética e ética da profissão se apresenta e que a formação exige.

DIRETORIA DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

Luciana Schenk

Lúcia Helena Ferreira Moura – DF | arqpaisagem@gmail.com

Presidente da ABAP

DIRETORIA FINANCEIRA

André Tostes Graziano – SP | licuripaisagismo@gmail.com DIRETORIA ADMINISTRATIVA

Gustavo Ramalho Mendes Garrido – SP | gustavo@archscape.com.br DIRETORIA CULTURAL

Patrícia Pereira de Santana – SP | patricia@panoramapaisagismo. com.br DIRETORIA DE COMUNICAÇÕES

Gabriel Valentini Francisqueti – SP | gabrielfrancisqueti@gmail.com CONSELHO FISCAL

Francine Mariliz Gamacho Sakata Leonardo Loyolla Coelho Paulo Cássio de Moraes Gonçalves CONSELHO CONSULTIVO (EX-PRESIDENTES)

Maria Cecília Barbieri Gorski Jacobina Albu Vaisman


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II PRÊMIO ROSA KLIASS — CONCURSO NACIONAL UNIVERSITÁRIO DE PAISAGISMO

II Prêmio Rosa Kliass – Concurso Universitário Nacional de Paisagismo COORDENAÇÃO

Francine Sakata, FAUUSP Paulo Cássio Gonçalves, IFSP COMISSÃO ORGANIZADORA

Alessandro Filla Rosanelli, UFPR Bárbara Prado, UEMA Camila Sant’anna, UFG Fábio Robba, SENAC Luciana Bongiovani Schenk, IAUSP São Carlos Paulo Pelegrino, FAUUSP Vera Tângari, UFRJ JURADOS REGIÕES 1 E 2 REGIÃO 1: AC, AP, AM, DF, GO, MS, MG, PA, RO, RR, TO REGIÃO 2: AL, BA, CE, MA, PB, PE, PI, RN, SE

Luciana Schenk Patrícia Santana JURADOS REGIÃO 3 REGIÃO 3: ES, MG E RJ

Luiz Vieira Paulo Pellegrino JURADOS DA REGIÃO 4 REGIÃO 4: SÃO PAULO

Alessandro Filla Eduardo Barra JURADOS REGIÃO 5 REGIÃO 5: PR, SC, E RS

Camila Santanna

O Prêmio Rosa Kliass – Concurso Nacional Universitário de Arquitetura Paisagística - foi criado em 2017 para premiar trabalhos finais de graduação que tivessem abordado qualquer uma das escalas da paisagem abordadas pela Arquitetura e o Urbanismo. Foi feito com o objetivo de valorizar a profissão e o ensino através da identificação, premiação e divulgação do trabalho de alunos talentosos, recém-formados, no início de suas carreiras profissionais. Com o prêmio, são valorizados também os professores orientadores, a disciplina Paisagismo e a instituição de ensino que os abriga. Do ponto de vista acadêmico, é muito importante que este reconhecimento da disciplina seja feito porque é comum o corpo docente de paisagismo ser pouco numeroso e a carga horária injustamente reduzida. São relatados casos em que é exigido dos alunos que optam por fazer seus trabalhos de graduação em paisagismo que também apresentem projetos de edificações em suas apresentações, como se o porte e a complexidade de conjuntos paisagísticos por si só já não fosse prova suficientemente da capacidade do aluno de lidar com as questões da profissão. O prêmio é concedido a cinco vencedores, a cada uma das regiões abaixo. Entre parênteses é apresentado o número de Faculdades de Arquitetura e Urbanismo, segundo o site da Asbea em levantamento de 2015. • Região 1: Norte/ Centro-Oeste, compreendendo os Estados Acre (2), Amapá (3), Amazonas (7), Pará (5), Rondônia (7), Roraima (1), Mato Grosso (7), Mato Grosso do Sul (7), Goiás (10), Tocantins (3) e do Distrito Federal (15); • Região 2: Nordeste, compreendendo os Estados Piauí (4), Maranhão (5), Ceará (10), Rio Grande do Norte (7), Pernambuco (9), Paraíba (8), Sergipe (2) e Bahia (14); • Região 3: Minas Gerais (50), Espírito Santo (14) e Rio de Janeiro (27); • Região 4: São Paulo (133); • Região 5: Sul, compreendendo Paraná (36), Santa Catarina (37), Rio Grande do Sul (37). Esta divisão é importante para incentivar a participação e a destacar a produção em todo o país, contornando assim uma tradicional polarização na divulgação da produção do país. Entretanto, a despeito da divulgação junto às escolas da Região 1, em 2018, não recebemos trabalhos, interessa dessa forma, incentivar a participação. Ao todo, foram 36 trabalhos recebidos em 2018, em número inferior ao da primeira edição, 2017, que tendo o fomento do CAU/SP, contava com prêmiação em dinheiro, viabilizado por edital. O conjunto de trabalhos recebido foi de alta qualidade, e esperamos poder continuar a contar com o apoio, em edições futuras, do Conselho de Arquitetura e Urbanismo e de patrocinadores, logrando atingir um número sempre crescente de trabalhos e regiões. E, sempre, seguir os passos da mestra, Rosa Grena Kliass.

Francine Sakata Coordenação II Prêmio Rosa Kliass


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II PRÊMIO ROSA KLIASS — CONCURSO NACIONAL UNIVERSITÁRIO DE PAISAGISMO

Fábio Robba Paulo Cássio Gonçalves SITE

Soleil Sistemas APOIO

Felipe Neres SECRETÁRIA

Josiane Santos ORGANIZAÇÃO DO EVENTO

Patrícia Santanna TROFÉUS

Lepri Cerâmicas

Cresce a cada dia o debate sobre verdejar as cidades, frente aos desafios da urbanização desenfreada e às pressões de adaptação às mudanças climáticas. O enfrentamento destas questões está presente em grande parte dos 36 trabalhos de conclusão sobre o tema da Arquitetura da Paisagem dos Cursos de Arquitetura e Urbanismo de diferentes estados brasileiros que concorreram ao II Prêmio Rosa Kliass de 2018. Diferentes estratégias metodológicas de grande complexidade de como “projetar com a natureza” foram apresentadas, com o intuito de contribuir para a sustentabilidade, a inclusão social, a multifuncionalidade, a conectividade e a resiliência ecológica urbana. Dentro deste contexto, a paisagem surge como um denominador comum para se planejar o ordenamento do território. Mesmo que em escalas diferentes de abordagem, os traçados paisagísticos repensaram de forma holística o papel da rede verde e azul na cidade, a partir das características físicas do território, juntamente com seus aspectos socioculturais. Este debate está presente em projetos ousados e convidativos, como os que rediscutem a função da água no urbano como: “Rio Doce e Colatina: do conflito `a reconciliação” e no Parque Urbano para Duque de Caxias, um convite à multiplicidade”. Algumas abordagens se empenharam em transformar as áreas residuais (ou colaterais) das cidades, com industriais desativadas– brownfields ou com grandes infraestruturas urbanas monofuncionais obsoletas ou não, como observamos nos trabalhos “Parque Verde: Plano mestre para implementação de um parque linear na avenida Mario Leal Ferreira” e “Parque Urbano da Mooca e o interlúdios: aberturas de paisagens expectantes”. Outras propostas partem dos lugares de memória, trazendo um novo olhar para o patrimônio paisagístico material e imaterial na malha urbana das cidades brasileiras, com ênfase no estudo sobre a valorização dos bens culturais, fomentando com um desenho da paisagem elegante e contemporâneo, a importância de sua apropriação na construção da identidade: essa perspectiva se apresenta no trabalho “Tava Mbyá Guarani – Parque da Fonte Missionária e centro cultural da memória indígena das missões”. Há trabalhos que, com um traçado bonito e arrojado, nos instigam a resignificar o papel de espaços livres brasileiros na contemporaneidade, a partir da perspectiva do usuário destes espaços, debate presente na proposta sobre o papel da praça da “Requalificação Praça Lauro Müller”. Com bases teóricas na psicologia ambiental apresenta-se um trabalho que reflete sobre o significado da rua como espaço público de excelência, a “Requalificação da rua Teodoro Sampaio. Parque em explosão”. A partir de plurais e instigantes formas de representar, todos os trabalhos nos convidam a revisitar as paisagens diversas e únicas do nosso Brasil e reforçam a contribuição da profissão da arquitetura da paisagem para um desenho do território engajado nos seus valores sociais e ecológicos. Fica aqui o desejo que os participantes se encantem ainda mais por esta profissão e que sensibilizem outras pessoas a construir paisagens mais justas, inclusivas e apaixonantes mundo afora. Até a próxima edição! Camila Gomes Sant’Anna Membro do Comitê Organizador e do Juri do II Prêmio Rosa Kliass


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II PRÊMIO ROSA KLIASS — CONCURSO NACIONAL UNIVERSITÁRIO DE PAISAGISMO

II Prêmio Rosa Kliass – Concurso Universitário Nacional de Paisagismo: Catálogo dos trabalhos apresentados em 2018 ORGANIZAÇÃO DO CATÁLOGO

Francine Gramacho Sakata Paulo Cássio de Moraes Gonçalves Caroline Ribeiro de Souza DIAGRAMAÇÃO

Caroline Ribeiro de Souza

Sakata, Francine Gramacho (org.) II Prêmio Rosa Kliass – Concurso Universitário Nacional de Paisagismo: Catálogo dos trabalhos apresentados em 2018 / Francine Gramacho Sakata, Paulo Cássio de Moraes Gonçalves, Caroline Ribeiro de Souza. -- São Paulo, 2019. 69 f. : il Catálogo -- Associação Brasileira de Arquitetos Paisagistas, 2019. 1. Arquitetura paisagística. 2. Concurso universitário.

Imagens da cerimônia de premiação, realizada no dia 06/12/2018 em São Paulo. FOTOS: FELIPE NERES


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II PRÊMIO ROSA KLIASS — CONCURSO NACIONAL UNIVERSITÁRIO DE PAISAGISMO


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II PRÊMIO ROSA KLIASS — CONCURSO NACIONAL UNIVERSITÁRIO DE PAISAGISMO

VENCEDORES

MENÇÕES HONROSAS

I Região 2: Nordeste

I Região 3: ES, MG e RJ.

Parque Verde: Plano mestre para implementação de um parque linear na Avenida Mario Leal Ferreira Autor: Anna de Carvalho Souza Universidade Federal da Bahia – UFBA Orientador: Marcos Antônio Nunes Rodrigues Co-Orientador: Nayara Cristina Rosa Amorim

Rio Doce e Colatina: Do Conflito à Reconciliação Autor: Bruno Giorgio D’Alessandri Martins Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo – IFES Colatina/ES. Orientador: Renata Mattos Simões

I Região 3: ES, MG e RJ. Parque Urbano para Duque de Caxias: um convite à multiplicidade Autor: Paloma da Costa Santos Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro – PUC-Rio Orientador: Pierre André Martin I Região 4: São Paulo Requalificação da Rua Teodoro Sampaio: Parque em Explosão Autor: Paula Souza Barbosa Centro Universitário Belas Artes de São Paulo – Belas Artes Orientador: Sergio Ricardo Lessa Ortiz I Região 5: Sul Tava Mbyá-Guarani - Parque da Fonte Missioneira e Centro Cultural da Memória Indígena das Missões Autor: Ana Helena Leichtweis Universidade Federal de Santa Maria - UFSM Orientador: Taís Maria Peixoto Alves

Interlúdios: Aberturas de Paisagens Expectantes Autor: Sabrina Kerheisbaumer Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ Orientador: Diego Aníbal Portas I Região 4: São Paulo Parque Urbano Mooca Autor: Marcela Clemente Silva Centro Universitário Belas Artes de São Paulo – Belas Artes Orientador: Sergio Ricardo Lessa Ortiz I Região 5: Sul Requalificação Praça Lauro Müller com bases teóricas na psicologia ambiental Autor: Carolina Fernandes Ruiz Centro Universitário - Católica de Santa Catarina em Joinville /SC Orientador: Marianne Medeiros Gomes Proposta de parque linear ao longo do eixo ferroviário desativado em Mata/RS Autor: Helena Reginato Gabriel Universidade Federal de Santa Maria - UFSM Orientador: Giane de Campos Grigoletti


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VENCEDOR REGIÃO 2 (NORDESTE)

II PRÊMIO ROSA KLIASS — CONCURSO NACIONAL UNIVERSITÁRIO DE PAISAGISMO

Parque Verde: Plano mestre para implementação de um parque linear na Avenida Mario Leal Ferreira UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - UFBA Autor

Anna de Carvalho Souza Orientador Marcos Antônio Nunes Rodrigues Co-Orientador Nayara Cristina Rosa Amorim


PARQUE VERDE

PLANO MESTRE PARA IMPLEMENTAÇÃO DE UM PARQUE LINEAR NA AVENIDA MÁRIO LEAL FERREIRA

VIA EXPRESSA BAHIA DE TODOS OS SANTOS

MAPA 01

OS ESPAÇOS COLATERAIS

AVENIDA BARROS REIS

BR-324

AVENIDA PRESIDENTE CASTELO BRANCO

LOCALIZAÇÃO BAHIA - BRASIL

AV. LUÍS VIANA FILHO (PARALELA)

AVENIDA MÁRIO LEAL FERREIRA (AVENIDA BONOCÔ)

AVENIDA GENERAL GRAÇA LESSA (OGUNJÁ)

MAPA 03

O DRISTRITO DE BROTAS - SALVADOR

MAPA 02

MAPA 04

Figura 01: Viadutos da Via Expressa, Salvador - BA. (Fonte: Jornal Grande Bahia)

Mapa 01, 02 e 03: Localização estado, cidade, distrito (elaborado pela autora).

(elaborado pela autora)

O contexto do movimento moderno, para além das novas formas de concepção arquitetônica, estabeleceu novos conceitos urbanísticos que refletiram no planejamento urbano de diversas cidades desde então. É nessa realidade que o ‘‘urbanismo ortodoxo’’, assim definido por Jane Jacobs, solidifica suas origens, caracterizando-se por um planejamento distanciado de cidade. Essas novas formas de projetar, aliadas às novas tendências de mobilidade e ao fomento da indústria automobilística, culminaram na formação de arquitetos e urbanistas muito mais empenhados na realização das mega obras de infraestrutura urbana – grandes avenidas, pontes, viadutos, rodovias etc. – do que na consideração de questões imprescindíveis a qualquer desenho de cidade: a rua como espaço de encontro, a escala humana, as potencialidades e dinâmicas locais e a heterogeneidade de usos. Essa urbanização acelerada, voltada para a vertente rodoviarista, culminou no surgimento de inúmeros espaços inóspitos na tessitura urbana, aqui denominados ESPAÇOS COLATERAIS (também conhecidos como espaços residuais), os quais afloraram

PAISAGEM ADENSADA, MARCADA POR VIAS ESTREITAS, LOTES INDEFINIDOS, CAMINHOS E ESCADARIAS.

02

AUTOCONSTRUÇÃO E HABITAÇÕES PRÉCARIAS NAS ENCOSTAS CONTRASTANDO COM UMA PAISAGEM MENOS ADENSADA NAS CUMEADAS.

(elaborado pela autora).

01

MAPA 08

MACROACESSIBILIDADE (elaborado pela autora).

MAPA 06

0

ÁREA DE ESTUDO E ÁREA DE INFLUÊNCIA

250

500m

(elaborado pela autora).

ESTAÇÕES METRÔ

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06

500m

vias arteriais

PASSARELAS

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01

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04

03

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250

vias coletoras

PRESENÇA DE PASSARELAS POR TODA EXTENSÃO DO CANTEIRO, POSSIBILITANDO A TRAVESSIA SOBRE AS PISTAS.

EQUIPAMENTOS E ESPAÇOS PÚBLICOS INSUFICIENTES EM GRANDE PARTE DA ÁREA DE ESTUDO.

02

0

caminhos e escadarias vias locais

PAISAGEM ÁRIDA, COM POUCAS ÁREAS ARBORIZADAS DIANTE DAS DIMENSÕES DA ÁREA DE ESTUDO.

APROXIMAÇÃO COM O ESPAÇO: DINÂMICAS E DEMANDAS

06

500m

(elaborado pela autora).

USO DO SOLO POUCO ATRATIVO: NOS LOTES LINDEIROS DA AV. MÁRIO LEAL FERREIRA. PREDOMINA O COMÉRCIO AUTOMOTIVO

ANÁLISE DA PAISAGEM DA ÁREA DE ESTUDO

250

USOS DO SOLO

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RELEVO COMO OBSTÁCULO FÍSICO: CAMINHABILIDADE DIFICULTADA PELO DESNÍVEL VALE - CUMEADA.

0

MAPA 07

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MAPA 05

É num cenário de bairros extremamente adensados, impermeabilizados e com áreas verdes diminutas que se encontra a Avenida Bonocô, seguindo a lógica da capital baiana, que sofre, periodicamente, os efeitos negativos da degradação ambiental da cidade (enchentes, deslizamentos de terra etc). Além dos problemas ambientais comuns ao grandes centros, a baixíssima quantidade de áreas verdes desincentiva o caminhar, que se torna hostil numa cidade como Salvador, na qual a incidência solar é intensa e o relevo é acidentado. O problema se torna ainda mais grave quando se avalia que a microacessibilidade ao canteiro desvaloriza completamente a escala do pedestre, visto que não são dadas as condições adequadas para o acesso e uso dá área pela população do entorno (arborização, calçadas adequadas etc). Portando, a remoção da vegetação urbana associada à massiva impermeabilização do solo gera problemas que vão muito além das questões ambientais. Reverter essa situação é mostrar, na Avenida Bonocô, a possibilidade de se estabelecer alternativas de compensação ambiental em cenários densos e extremamente consolidados, algo que já vem sendo feito em diversos locais do mundo.

Contudo, a partir das décadas de 70 e 80, a intensificação dos malefícios trazidos por esses espaços às cidades, passou a despertar a atenção de profissionais da área, a exemplo de Jan Ghel, Jane Jacobs e Jaime Lerner, no cenário brasileiro, que passaram a propor alternativas a fim de resgatar o real conceito de urbanidade, e consequentemente, capazes de reintegrar esses espaços à malha urbana.

CALÇADAS COM CONDIÇÕES RUINS POR TODA A EXTENSÃO DA AVENIDA MÁRIO LEAL FERREIRA.

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O desenvolvimento urbano de Salvador, ao longo de sua história, sempre encontrou obstáculos no que tange à locomoção. Por conta da topografia caracterizada pelos vales e cumeadas, os projetos de transportes e conexões urbanas desenvolvidos construíram uma paisagem urbana extremamente marcada pela utilização de estruturas elevadas de conexão para vencer os obtáculos topógraficos e criar caminhos, permitindo a interligação das diversas cumeadas da cidade através de passarelas de pedestres, viadutos, estruturas metroviárias etc. A proposta do Plano Mestre para um Parque Linear sob a estrutura do metrô elevado da Avenida Mário Leal Ferreira, se estabele como uma contrapartida projetual para a requalificação desse grande espaço subutilizado, buscando propor, de acordo com as demandas locais, um espaço público de qualidade, desestigmatizando e incorporando esse espaço colateral à rede de espaços públicos da cidade.

nas mais variadas escalas sobre a vastidão dos núcleos urbanos, configurando-se como territórios esquecidos e marginalizados do planejamento, contribuindo para a intensificação da segregação espacial nas metrópoles contemporâneas. Sua presença se deu de forma tão maçante nas paisagens urbanas que é comum não mais despertarem a curiosidade da maioria da população, habituada a vislumbrar esses espaços como inerentes às cidades, ainda que sintam intensamente os seus efeitos: o medo em andar nas ruas, a dificuldade de mobilidade do pedestre, os grandes congestionamentos, os impactos paisagísticos etc.

ANÁLISE DA PAISAGEM CONSOLIDADA MAPA 06 - PAISAGEM ÁRIDA: UM ENTORNO CONSTRUÍDO 01

A ARIDEZ URBANA DA AVENIDA

A conversão do canteiro em parque busca a transformação da paisagem urbana de Salvador, bastante árida e carente de espaços livres atrativos. Desconsiderar a existência desses locais nas cidades, subutilizados muitas vezes como espaços públicos pela população, é o primeiro passo de um roteiro que passa, invariavelmente, pela apropriação precária pela população vulnerável ou por atividades marginais e pela posterior destinação a atividades regulares que, com raras exceções, em nada contribuem para a qualificação urbana local (SP - URBANISMO).

INSERÇÃO VIÁRIA DA AVENIDA MÁRIO LEAL FERREIRA

LOCALIZAÇÃO SALVADOR - BAHIA

01/02

O LUGAR

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(fotos da autora).

O uso do canteiro oscila bastante ao longo do dia, seja no que diz respeito ao perfil dos usuários quanto às atividades praticadas. Nas manhãs e tardes predominam os adultos e idosos, que utilizam o local para prática da caminhada. À tarde, após o horário escolar, há uma maior utilização da quadra poliesportiva e dos equipamentos de musculação, aumentando significativamente a presença de crianças e jovens, praticando os mais diversos tipos de atividades, como capoeira (sob a área de sombra da Estação Bonocô), skate, futebol, dança etc. A quadra é o equipamento mais utilizado do local, sendo o único cujo uso se prolonga até as 22:00 horas, deixando a área central do canteiro mais segura e ativa. Observando as dinâmicas e os grupos que utilizam a área é possível afirmar que esse já se configura como um importante espaço público, fomentando encontros entres os habitantes dos bairros lindeiros, possbilitando a prática esportiva e contribuindo para vitalidade urbana numa área tão carente de espaços que fomentem a vida pública, por conta da elevada densidade construída. Qualificar o canteiro, melhorando a paisagem e propondo soluções aos problemas observados é uma forma de incentivar ainda mais a utilização desse grande espaço e valorizar a população, que já se apropriou do local.

passarelas de pdestres estações metrô pontos de ônibus


AS ESPÉCIES DO PARQUE VERDE BONOCÔ

O PROJETO

02/02

MATRIZ S.W.O.T (F.O.F.A) azaleia

babosa branca

angelim da praia

urucum

carobinha

quaresmeira

são joão

alumínio

bulbine

cúrcúligo

agave

agave furcreia

rabo de gato

justícia vermelha

helicônia

hibisco rosa

ixora vermelha

beijo pintado

fruta de pomba

ipê branco

dicorisandra

grama batatais

grama amendoim

hera roxa

DIRETRIZES PROJETUAIS

MAPA 10

O PARQUE VERDE BONOCÔ

DEFINIÇÕES PROJETUAIS

área intervenção área app

Espaços diversificados: concepção de espaços de lazer dedicados a públicos diferentes: parque infantil interativo, skatepark, praças de alimentação, espaços de permanência. Redução da velocidade: reduzir a velocidade limite da avenida bonocô de 70km/h para 50km/h como forma de garantir maior segurança aos usuários do canteiro, baseandose nos conceitos do traffic calming. Jardins verticais: instalação de jardins verticais nos pilares de sustentação do metrô por toda a extensão do parque linear a fim de ampliar as áreas verdes e impactar a paisagem da avenida. Revestimentos permeáveis: especificação de revestimentos e acabamentos de maior qualidade e mais benéficos ao meio ambiente: concreto permeável, intertravado verde, chapas recicladas, madeiras de alta durabilidade etc. Áreas verdes e arborização: plantação de árvores nativas (ou adaptadas), seguindo o manual de arborização urbana de salvador (pddu 2016), bem como plantação de forrações, flores e gramados por toda a área do parque para que se transforme a paisagem árida numa mais paisagem mais verde, agradável aos usuários e melhor para o meio ambiente.

HÍBRIDO JARDIM DE CHUVA + BIOVAETA

JARDINS VERTICAIS NOS PILARES

INFRAESTRUTURA VERDE

INFRAESTRUTURA VERDE

ESPAÇOS DE ESTAR INTEGRADOS AO PAISAGISMO

Jardim de chuva: implementação de jardins de chuva por todo o perímetro do parque a fim de melhorar a drenagem das águas pluviais e estabelecer uma “barreira” física - porém permeável - entre a via e as áreas de permanência do parque.

ESCALADA NOS PILARES E QUADRAS POLIESPORTIVAS TRECHO CENTRAL

COMUNICAÇÃO VISUAL E PAISAGIMO TRECHO OESTE

MOBILIÁRIO URBANO

HÍBRIDO JARDIM DE CHUVA + BIOVAETA

ESPAÇOS DE ESTAR

INFRAESTRUTURA VERDE

MOBILIÁRIO URBANO VERSÁTIL

PERGOLADO INTEGRADO AO PAISAGISMO TRECHO LESTE

TÚNEL INTERLIGAÇÃO - VISTA DA APP PARA O PARQUE ARTICULAÇÃO TRECHO CENTRAL E TRECHO APP

CICLOVIA E POSTA DE CAMINHADA + PAISAGISMO TRECHO CENTRAL

PERGOLADO MADEIRA + AÇO MOBILIÁRIO URBANO

TÚNEL INTERLIGAÇÃO - VISTA DO PARQUE PARA O APP ARTICULAÇÃO TRECHO CENTRAL E TRECHO APP

ÁREA DE ESTAR SOB VIADUTO TRECHO OESTE


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VENCEDOR REGIÃO 3 (ES, MG, RJ)

II PRÊMIO ROSA KLIASS — CONCURSO NACIONAL UNIVERSITÁRIO DE PAISAGISMO

Parque Urbano para Duque de Caxias: um convite à multiplicidade PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO – PUC-Rio Autor

Paloma da Costa Santos Orientador Pierre André Martin


Parque Urbano Para Duque de Caxias:

Brasil

1/2

Implantação Projeto

Bairro Centro

u m c o n v i t e à m u l t i p l i c i d a d e A proposta deste trabalho é um projeto de parque no centro da cidade de Duque de Caxias - RJ, região esta que carece de áreas verdes e espaços públicos. Para tanto, é levado em consideração neste projeto as dinâmicas sociais e o contexto no qual está inserido. Além disso, possui como meta a atração de fluxo de usuários variados no interior do parque em diversos horários, a partir da multiplicidade de usos, evitando a vulnerabilidade, além de corroborar para o fortalecimento das atividades existentes e proporcionar novas.

flUxo DAs ágUAs

Análise

O entorno da área de projeto, em sua maior parte, está localizada em região de topografia mais baixa, envolvida por três elevações, auxiliando o escoamento das águas em referente direção. Se não bastasse isso, como o centro da cidade é praticamente todo coberto de concreto, a região sofre com intensos alagamentos. Dado que o local de intervenção possui topografia acidentada, o projeto tem como partido a construção de jardins de chuva cujo início está no ponto mais alto do terreno, encaminhando a água de captação pluvial para pontos de irrigação de horta e áreas de contenção, sendo essas uma intermediária que funciona como pista de skate nos períodos sem chuva e uma no ponto mais baixo do terreno que funciona como praça inundável em dias de chuva.

VegetAção O local deste projeto, até o ano de 2014, compreendia a única área verde ampla da região. Tudo mudou, após o referido ano, quando, mesmo com o apelo negativo da população, sua vegetação foi completamente suprimida. Portanto, a área de intervenção apresenta mínimos resquícios de áreas verdes, mantendo-se a presença apenas nos demais terrenos que compõem a região. Com isso, a proposta é recuperar e potencializar a área, originando ambiências apropriadas para cada uso determinado no projeto. Permitindo, que a população usufrua e impulsione o desenvolvimento do parque. Além disso, proporcionar áreas com maior capacidade de drenagem.

Rio de Janeiro

Duque de Caxias

Partido Fluxo das Águas

Áreas de Contenção

Pista de Skate

1 Praça Inundável

Fluxo das Águas Jardins de Chuva

Praça Inundável

1

6 4

Caminhos Subterrâneos

5

Irrigação de Horta

Bairro Centro

1 Praça Inundável após chuva

Área de Projeto Sentido do Escoamento das Águas Áreas com maior tendência à alagamento

ACessos e feChAmentos

A área de intervenção é caracterizada por apresentar construções muradas nas bordas e um grande vazio no meio.Considerando isso, no projeto, as áreas de borda com topografia mais regular foram abertas , adquirindo característica de praça com pontos de controle para o interior do parque. No restante das bordas o controle é gerado através de fachada ativa. Em outros pontos, os muros foram mantidos por se tratar de residências e escola primária (“Mate com angu”), essa possui um acesso para o interior do parque. Em relação aos caminhos, o principal segue o mesmo sentido do fluxo das águas e os transversais permitem atravessamento do terreno e acessibilidade em trechos mais íngremes.

A área de intervenção compreende um terreno particular, o qual é um dos poucos vazios urbanos da região e única área verde ampla do centro da cidade até 2014, quando teve sua vegetação completamente suprimida. Além disso, o local de projeto apresenta proximidade com a área de maior fluxo de pessoas da cidade, as ruas comerciais de pedestres(“calçadão de Caxias”) e compreende dois equipamentos com grande relevância para o contexto: A escola conhecida como “Mate com angu” e a Catedral Santo Antônio.

Partido

Análise

Escola “Mate com angu” Residências

Acessos

Acessos

Acessos Lojas

Acessos Lojas

Faixa de Pedestres

Faixa de Pedestres

Fluxo de Automóveis

Residências

2 Caminho principal junto ao fluxo das águas

Arborização demarca caminho principal

Fluxo de Automóveis

2

Fluxo de Pedestres

Fluxo de Pedestres

Caminho Principal

Muros ≥ 1,5m de altura

Caminhos Transversais

Muros ≤ 1,5m de altura

Muros ≥ 1,5m de altura

Grades ≥ 1,5m de altura

Grades ≤ 1,5m de altura

Caminho principal

Caminho das águas

Muros ≤ 1,5m de altura Grades ≥ 1,5m de altura

Análise

Partido Bosque

Bosque

Arbustos e Forrações

Arbustos e Forrações Horta

Árvores

3 horta

4 Playground infantil - Espaços de permanência

Árvores frutíferas

Árvores

3

Canteiros elevados de horta em teto verde de restaurante

5 Playground infantil - Relação com a topografia

6 Playground infantil - Brinquedos X topografia


Uso - REligioso A área de intervenção contempla a Catedral Santo Antônio, a qual é considerada um marco para a cidade. A Catedral, promove a maior festa da cidade, a festa do seu padroeiro e oferece para a população diversos cursos, como: Tai Chi Chuan, yoga, ginástica e artesanato. Apesar disso, a igreja não possui áreas de permanência externa. Seu exterior é um estacionamento de automóveis completamente impermeabilizado e gradeado. Com isso, a proposta é tirar as grades que dão acesso à igreja e proporcionar uma área de permanência externa que não prejudique a visualização de fachada principal, utilizando vegetação mais baixa. Enquanto que as atividades da igreja, cursos e realizações de festas de casamento podem acontecer na praça inundável.

Uso - CUlTURA E EDUCAÇÃo

A escola conhecida popularmente como “Mate com angu” apresenta uma grande importância histórica e cultural para o município, estando inserida na área deste projeto. Dessa escola surgiu o cineclube de mesmo nome, cujo funcionamento se apresenta fora da referida instituição. No tocante ao entorno do local de intervenção, esse possui uma quantidade relevante de escolas, no entanto, o bairro é escasso de equipamentos voltados para educação e cultura. Sendo assim, o projeto tem como partido a intensificação do uso de cultura e educação, trazendo o cineclube para um centro cultural , onde atualmente são casas desocupadas. Proporcionar também, um local externo para apresentações artísticas e uma horta urbana que traz educação ambiental e alimentar à população.

Uso - EsPoRTE E lAZER

O entorno do local de intervenção é carente de áreas qualificadas para prática de esportes, sendo as únicas existentes privadas da escola “Mate com angu”. Por isso, as pessoas acabam utilizando locais inapropriados e muitas vezes arriscados para tal finalidade. Além do mais, o entorno carece de espaços de permanência, mobiliário urbano e sombra. Assim, a proposta é a construção de área de praça arborizada com quadra poliesportiva a qual pode ser utilizada pelas escolas; um skatepark que funciona também como contenção de água da chuva e; um playground infantil a fim de atender também a demanda das escolas da vizinhança.

2/2

Partido Comércio 4.291,52m²

Comércio Calçadão de Pedestres

Calçadão de Pedestres

7 mobiliário/Painéis de exposição giratório Dispostos ao longo do atravessamento comercial do parque, o mobiliário resgata as exposições de artes que ocorriam na década de 70 no calçadão de pedestres.

Corte A-A - Relação Teto dos restaurantes X Horta X Atravessamento Comercial 0

1

5

2

10m

Entrada de Luz

7

A

Teto Restaurantes

Horta

+18,00

Mou ra Br i

Ambiência

Canteiro

Rampa zola

zola

A Mou ra Br i

+18,00 Área de Permanência

Av. G ov. L eone l de

O local de projeto tem proximidade com o ponto de maior uso comercial e com maior fluxo de pessoas da cidade,o calçadão de pedestres de Duque de Caxias. Nessa região as pessoas têm o hábito de cortar caminho atravessando galerias comerciais e lojas que possuem acessos por ruas diferentes. Além disso, em meados da década de 70, aos domingos, ocorriam exposições de artes ao longo do calçadão. Assim, como projeto, é proposta a extensão do calçadão de pedestres com uso comercial, atravessando o parque e conectando com a Av. Governador Leonel de Moura Brizola a qual também é uma rua de uso comercial intenso.

Análise

Av. G ov. L eone l de

Uso - ComéRCio

+15,00 horta

Restaurantes

Catedral Santo Antônio

Atravessamento Comercial

mobiliário - lentscape/interboro Concreto

Análise

Partido

Praça Inundável

8

Catedral Santo Antônio

2 8 B

B

Pedra

Corte B-B - Área de Permanência igreja

Catedral Santo Antônio

1

Concreto

Pedra

1

0

Espaço externo de permanênia da Catedral 1.812,57m²

2

5m Comércio

Arborização de Rua Ambiência

Área para atividades da Igreja e realização de festas de casamento 399,00m²

Árvore de porte baixo

Arquibancada

Catedral Santo Antônio

Pérgola de madeira

Vegetação Baixa para não encobrir a fachada da Catedral

Av. Gov. Leonel de Moura Brizola +11,00

Praça inundável Área de permanência da igreja

Catedral

Piso de Pedra

Análise

Partido

9

Escolas Escola “Mate com angu”

área para apresentações de dança,música, teatro e cinema

Corte C-C - Área de Exposição do Centro Cultural

Escolas

Cultura e Educação

Asfalto

0

1

2

5m

Cultura e Educação

C

Casas desocupadas

C

9

1

Centro Cultural 1.190,13m²

2

Apresentações de dança, música, teatro e cinema 387,95 m² Horta 1.023,61m²

3

Vegetação baixa e densa para ambiente acolhedor e introspectivo Fachada do restaurante serve também para projeções cinematográficas

Pérgola/ Percurso de exposições

Skate Bowl/ Contenção

Arquibancada +22,00

Centro Cultural

Vegetação baixa para não obstruir visão das apresentações

+20,00

Palco para apresentações

área para exposições

skatepark

Partido Esporte e Lazer

Esporte e Lazer Escola “Mate com angu”

1 D D

e

2 e

0

1

2

5

Corte E-E - Topografia Playground

10m

0

Playground ”Mate com angu” 127,47 m²

Praça 1744,15 m²

4

Skatepark 475,29 m²

1

2

10m

5

Ambiência

Quadra Poliesportiva “Mate com angu” 361,22 m²

3

5

Corte D-D - skatepark

Centro Cultural

Pedra e seixo rolado

Concreto

Análise

Ambiência

Ambiência

Pele Vegetal Espaços de permanência playground

+25,00 +21,00

Bowl Skatepark/ Contenção

Playground infantil 285,15 m²

+23,00

+23,00

Parede Escalada

Escorregador/ Relevo +20,00

Brinquedos

Escalada

Elevações

+19,00

+22,00

+18,00

+21,00

escola Piso Playtop Concreto

skatepark

Circuito interativo

Permanência Concreto Colorido

Playground

Circulação

Pedra

Piso Playtop

Areia

Piso Playtop


14

VENCEDOR REGIÃO 4 (São Paulo)

II PRÊMIO ROSA KLIASS — CONCURSO NACIONAL UNIVERSITÁRIO DE PAISAGISMO

Requalificação da Rua Teodoro Sampaio: Parque em Explosão CENTRO UNIVERSITÁRIO BELAS ARTES DE SÃO PAULO – Belas Artes Autor

Paula Souza Barbosa Orientador Sergio Ricardo Lessa Ortiz sergio.ortiz@belasartes.br


OBJETIVO

CONTEXTO / ANÁLISE

O PROJETO TEM COMO OBJETIVO REQUALIFICAR A RUA TEODORO SAMPAIO, DOTANDO SEUS ESPAÇOS PÚBLICOS COM EQUIPAMENTOS QUE A TRANSFORMEM EM UM LUGAR AGRADÁVEL E PRAZEROSO DE PERMANECER, AFIM QUE ELA DEIXE DE SER UM EIXO EXCLUSIVO DE PASSAGEM.

LOCALIZAÇÃO

CAMINHAR

VITALIDADE

TRÁFEGO

APROPRIAÇÃO DO ESPAÇO

VIDA NAS CALÇADAS VER

PERMANÊNCIA

ESCALA HUMANA

ENCONTRO

CORDIALIDADE

CONVERSAR

SENTAR

CLIMA

REQUALIFICAÇÃO URBANA

URBANIDADE

SEGURANÇA

AMABILIDADE URBANA

EXPERIÊNCIAS SENSORIAIS

PARA REALIZAR UMA ANÁLISE CRÍTICA DA SITUAÇÃO ATUAL DAS CALÇADAS DA RUA TEODORO SAMPAIO, FOI UTILIZADA COMO METODOLOGIA DE AVALIÇÃO O ESTUDO ACTIVE DESIGN: SHAPING THE SIDEWALK, DESENVOLVIDO PELA PREFEITURA DE NOVA IORQUE E TRADUZIDO EM FORMA DE CARTILHA EM SÃO PAULO, PELO COLETIVO CIDADE ATIVA, QUE TRABALHA COM ANÁLISES URBANAS, PROPONDO MELHORIAS PARA A CIDADE.

A ESCOLHA DO RECORTE URBANO DA RUA TEODORO SAMPAIO SE DEU PELAS DIVERSAS POTENCIALIDADES QUE A RUA TEM DE ATRATIVO PARA AS PESSOAS, ATRATIVOS QUE ATUALMENTE SE RESUMEM AO COMERCIO E SERVIÇOS EXISTENTES NA REGIÃO. ELES SÃO OS RESPONSÁVEIS POR LOTAR AS CALÇADAS DURANTE AS SEMANAS E SÁBADOS, PORÉM, FOI NOTADO QUE EXISTE UMA CARÊNCIA DE ESPAÇOS DE ESTAR E CONVÍVIO PARA ESSE PÚBLICO. AS PESSOAS REALIZAM AS TAREFAS QUE ESTAVAM DESTINADAS A CUMPRIR NA RUA E DEPOIS VÃO EMBORA. A PROPOSTA DO TRABALHO SE DÁ JUSTAMENTE EM QUALIFICAR E OTIMIZAR DE MANEIRA PLANEJADA ESSA VITALIDADE QUE A RUA CONSTRUIU AO LONGO DOS ANOS DE MANEIRA INFORMAL.

SÃO PAULO

PINHEIROS

TRANSPORTE E VIÁRIO

HIPSOMETRIA

ANÁLISE DAS CALÇADAS

PARA ISSO, O TRABALHO RELACIONA OS CONCEITOS TEÓRICOS RELATIVOS A GARANTIR E APRIMORAR A VITALIDADE NAS RUAS E FAZ UM ESTUDO SOBRE OS DIVERSOS TRECHOS TEMÁTICOS DO RECORTE URBANO DA TEODORO, OBSERVANDO SEUS PONTOS POSITIVOS E NEGATIVOS, SEUS FLUXOS, PÚBLICOS E SUAS PECULIARIDADES E POTENCIALIDADES, CHEGANDO A UMA PROPOSIÇÃO DE INTERVENÇÃO URBANA QUE VISA A CRIAÇÃO E/ OU MELHORIA DOS ESPAÇOS LIVRES, AGREGANDO QUALIDADE AO PERCURSO E LUGARES DE PERMANÊNCIA QUE POSSIBILITARÃO O ENCONTRO E NOVAS PERSPECTIVAS PARA REGIÃO, ALÉM DE IMPULSIONAR O SENSO DE COLETIVIDADE E VIZINHANÇA DO LOCAL.

RUAS COMO LUGARES

1/2

A RUA TEODORO SAMPAIO É CARACTERIZADA POR SUA EXTENSA LADEIRA, PELA QUAL OS PEDESTRES PRECISAM PERCORRER PARA ACESSAR AS ESTAÇÕES DE METRÔ POR EXEMPLO. ESSE RELEVO É NITIDAMENTE PERCEBIDO NO MAPA DE HIPSOMETRIA, ONDE AS ÁREAS DO LARGO DA BATATA ATÉ A PRAÇA BENEDITO CALIXTO SÃO MAIS PLANAS E A PARTIR DA PRAÇA, ATÉ A REGIÃO DAS CLÍNICAS O RELEVO É BEM ACENTUADO.

A METODOLOGIA FOI EMBASADA NOS 12 CRITÉRIOS DE QUALIDADE COM RESPEITO A PAISAGEM, PROPOSTOS POR JAN GEHL E AVALIAM AS QUADRAS ATRAVÉS DE CRITÉRIOS RELACIONADOS A PROTEÇÃO, CONFORTO E PRAZER, DENTRO DESSES TEMAS EXISTEM OS SEGUINTES CONCEITO: CONECTIVIDADE, ACESSIBILIDADE, SEGURANÇA, DIVERSIDADE, ESCALA DO PEDESTRE E SUSTENTABILIDADE. PARA O TRABALHO, FORAM REALIZADAS CINCO ANÁLISES, UMA PARA CADA SETOR DE USO DA RUA. FONTE: COLETIVO CIDADE ATIVA https://www.cidadeativa.org.br/

DECLIVIDADE

ZONEAMENTO

NO PERCURSO DA ÁREA DE INTERVENÇÃO EXISTEM TRÊS PONTOS CRÍTICOS DE DECLIVIDADE, DOIS SÃO VENCIDOS POR PEQUENOS VIADUTOS, NO CRUZAMENTO DAS RUAS MATEUS GROU E DA JOAQUIM ANTUNES E O TERCEIRO OCORRE ENTRE A PRAÇA BENEDITO CALIXTO ATÉ A AV. DR. ENÉAS DE CARVALHO, NA ALTURA DAS CLÍNICAS. ESSA DECLIVIDADE ACENTUADA CAUSA UM FORTE ESCOAMENTO DE ÁGUA E POSSÍVEIS PONTOS DE ALAGAMENTO NA PRAÇA BENEDITO CALIXTO.

A ÁREA DE INTERVENÇÃO É COMPOSTAS DE ZC, ZEU, ZM E ZOE. O ZONEAMENTO PREVÊ QUE TODAS AS ZONAS TENHAM RECUO FRONTAL DE 5M, E LIMITE DE GABARITO, COM EXCEÇÃO DA ZEU, QUE DISPENSA O RECUO E O LIMITE DE ALTURA, PORÉM O TAMANHO MÍN. DO LOTE É DE 1000m2, ENQUANTO O LOTE MÍN. DAS OUTRAS ZONAS É DE 125m2.

DIAGNÓSTICO

GRANDE VOLUME DE ÁGUA

FONTE: ZONEAMENTO DE SP - LEI 16.402/16

AS PERSPECTIVAS ESQUEMÁTICAS ILUSTRAM O EXERCÍCIO DE PROPOR COMO SERIAM AS QUADRAS DA RUA TEODORO SAMPAIO SE O MÁXIMO DO C.A. E OUTROS PARÂMETROS DEFINIDOS PELO ZONEAMENTO DA CIDADE DE SÃO PAULO (LEI 16.402/16) ESTIVESSEM APLICADOS. ESSA MODIFICAÇÃO PODE OCORRER EM BREVE, CONFORME SE OBSERVA O PROCESSO RECENTE DE TRANSFORMAÇÃO DA REGIÃO LINDEIRA À AVENIDA REBOUÇAS.

EDIFICAÇÕES CONDICIONANTES

INTERESSANTE NOTAR A PROBLEMÁTICA NA RELAÇÃO DE ESCALA DO EDIFÍCIO/ CALÇADA / PEDESTRE NAS ZONAS DE ESTRUTURAÇÃO URBANA - ZEU.

SE EXISTISSEM ESSES ESPAÇOS DE CONVÍVIO E DESCANSO ENTRE O CAMINHAR LONGO E ÍNGREME DA RUA, AS PESSOAS NÃO PERDERIAM A OPORTUNIDADE DE NOVOS ENCONTROS. OS FREQUENTADORES DA RUA TEODORO SAMPAIO ESTÃO, PROVAVELMENTE, EM BUSCA DE UM MESMO ASSUNTO E POSSUEM INTERESSES SIMILARES O QUE É UMA PRERROGATIVA PARA O SUCESSO DESSES NOVOS ENCONTROS.

-A partir da observação da Lei de Zoneamento (16.402/16) ficou nítido o problema do recuo nas áreas de ZEU - Zona de Estruturação Urbana. Pelo incentivo de alto adensamento o recuo frontal é dispensado, o que fará o caminhar nas quadras da ZEU, incomodo, pois elas formarão um corredor com paredões verticais altos, fora da escala do pedestre, com calçadas estreitas, insuficientes para a quantidade de pedestres. - A região do Largo da Batata tem um potencial gigante como polo centralizador do encontro, de eventos, um verdadeiro marco para a cidade, porém seu estado atual é de um local árido, praticamente sem vegetação, mobiliário e função devido à não execução integral do projeto paisagístico desenvolvido pelo prof. Tito Lívio. - Ao longo da Rua Teodoro, é possível observar dois grandes desníveis, nos cruzamentos da Rua Mateus Grou e da Rua Joaquim Antunes. Para vencer os desníveis, existem pequenos viadutos com a largura da via com calçadas estreitas de 2m de largura, insulficientes para o passeio. Esses dois pontos são interessantes por conta das visuais podem ser transformados em pontos de descanso estratégicos no percurso da rua.

A CRIAÇÃO DESTES LOCAIS AGREGARÁ À RUA UMA NOVA QUALIDADE E NOVOS POTENCIAIS, ONDE ELA DEIXARÁ DE SER APENAS LOCAL DE PASSAGEM DE CONSUMIDORES E EIXO DE DESLOCAMENTO DA BOEMIA QUE CRUZA PINHEIROS EM BUSCA DA VILA MADALENA, PARA SE TORNAR UM LUGAR AGRADÁVEL TAMBÉM SOBRE O PONTO DE VISTA PAISAGÍSTICO, EM QUE AS PESSOAS VÃO PARA SE ENTRETER POR PERÍODOS MAIORES.

- A Praça Benedito Calixto tem grande importância na cultura de São Paulo, por sua clássica feira de antiguidades. Hoje em dia, seria relevante aprimorar o desenho para abrigar melhor a feira, garantindo um espaço confortavel para os pedestres e consumidores. Um ponto interessante é que as edificações voltadas para a praça são predominantemente restaurantes, bares, lojas e galerias de arte, que transformam o conjunto em uma região extremamente rica em entretenimento. Logo atrás da praça, na esquina da Paróquia São Paulo da Cruz, com a Rua Henrique Schaumann, ocorre um nó viário que precisa ser resolvido, simplificando o fluxo de veículos.

- Na esquina da Rua João Moura com a Rua Teodoro Sampaio, existe um terreno de 5.100m² com grande potencial de se tornar uma extensão da praça Benedito Calixto, trazendo toda sua vitalidade para mais um ponto da rua, aumentado as possibilidades de equipamentos que ela pode oferecer à população que percorre a região, e suas diversas pluralidades de gostos. - Galeria de lojas de música subutilizada. Propor um novo desenho e tratamento para possibilitar a realização de encontros e shows no espaço comum das lojas. - A região das clinicas possui grande movimento de pedestres por conta da estação de metrô Clínicas, do hospital, da Faculdade de medicina da USP e do cemitério, além de ser um eixo de locomoção para a av. Paulista. A grande problemática da área é a falta de integração entre os edifícios públicos e o pedestre que caminha pela Teodoro. Todo o percurso, tanto na própria Teodoro, quanto na Av. Dr. Enéas de Carvalho Aguiar é acompanhado por um gradil que impossibilita a permeabilidade do pedestre que poderia aproveitar da única área verde significativa da região. Os canteiros centrais da Av. Dr. Enéas são extensos e largos, tendo potencial para receber um novo paisagismo que proponha locais de descanso e lazer.

VISTA SUPERIOR - ZONEAMENTO PROPOSTO

Uma questão importante em praticamente metade da extensão da rua, é a da drenagem pois sua declividade é acentuada, resultando em um escoamento veloz da Av. Dr. Arnaldo até a Praça Benedito Calixto, para piorar a situação, não existem área verdes capazes de conter essa água, que acaba alagando a praça Benedito Calixto. A iluminação da Rua Teodoro Sampaio é escassa. As calçadas são em sua maioria padronizadas e não possuem degraus que dificultam a passagem de portadores de necessidades especiais, porém, elas não tem piso podotátil e a arborização é insuficiente.

EDIFICAÇÕES EXISTENTES

ZONEAMENTO PROPOSTO

PROPOSTA

AO PROPOR UM CONVITE PARA QUE A POPULAÇÃO UTILIZE ESSES LOCAIS COMO PERMANÊNCIA ESTENDIDA, A RUA GANHARÁ UMA MAIOR E MAIS EFICAZ SENSAÇÃO DE VITALIDADE, E SEGURANÇA, QUE ALIADA À SUA JÁ EXISTENTE INTEGRAÇÃO DE FUNÇÕES, RESULTARÁ EM UMA RUA MODELO PARA A CIDADE, COM RIQUEZA DE EXPERIÊNCIAS E SUSTENTABILIDADE SOCIAL. (GEHL,2013).

A

B

B

3

4

2

A

1

MASTERPLAN MASTERPLAN ALÉM DOS ESPAÇOS DE CONVÍVIO PARA TRANSFORMAR A RUA EM UM EXEMPLO URBANÍSTICO/ PAISAGISTICO, É NECESSÁRIO A CRIAÇÃO E ABERTURA DE ESPAÇOS DE TRANSIÇÃO ENTRE O PÚBLICO E O PRIVADO PARA QUE A VIDA URBANA ACONTEÇA, CONJUNTAMENTE COM A VIDA NOS ESPAÇOS FECHADOS. PENSAR EM ESTRATÉGIAS PARA PRIVILEGIAR O PEDESTRE DURANTE O PERCURSO DA RUA, DANDO OPORTUNIDADES DE SE APROVEITAR O CLIMA DA REGIÃO DE MANEIRA SAUDÁVEL, PROPORCIONANDO ESPAÇOS DE DESCANSO E ÁREAS SOMBREADAS, A CRIAÇÃO DE IMPRESSÕES SENSORIAIS AGRADÁVEIS ATRAVÉS DO PAISAGISMO E A DEFINIÇÃO DE DIRETRIZES QUE GARANTAM A ESCALA HUMANA NAS EDIFICAÇÕES, RESULTANDO EM UM TRECHO URBANO HUMANIZADO, GENEROSO COM SEUS USUÁRIOS.

A PROPOSTA PRINCIPAL DO TRABALHO É APROVEITAR A VITALIDADE QUE A RUA TEODORO SAMPAIO POSSUI, DEVIDO AOS SEUS CINCO USOS CONSOLIDADOS, AGREGANDO QUALIDADE AOS ESPAÇOS PÚBLICOS, DESENVOLVENDO A PERMANÊNCIA DOS TRANSEUNTES POR MAIS TEMPO NA ÁREA. PARA ISSO, OCORRERÁ O APROVEITANDO DOS VAZIOS URBANOS NA IMPLANTAÇÃO DE UM PARQUE EM EXPLOSÃO, OU SEJA, CADA VAZIO, RECEBERÁ UMA SÉRIE DE

EQUIPAMENTOS E PROGRAMAS QUE UM PARQUE CONVENCIONAL TERIA AGRUPADO EM UM SÓ TERRENO, PORÉM, NESTE CASO, O USUÁRIO DO PARQUE SERÁ CONVIDADO PARA UM PERCURSO POR TODA A RUA, ENCONTRANDO A CADA QUADRA UM NOVO SETOR DO PARQUE. O PROGRAMA DE CADA ESPAÇO, FOI DISTRIBUIDO DE ACORDO COM O USO PREDOMINANTE DA QUADRA ONDE ESTÁ IMPLANTADO, PARA QUE ELES SE TORNEM UM APOIO CONDIZENTE COM O MEIO, TRAZENDO BENEFÍCIOS PARA O LOCAL. AO TODO FORAM PROJETADOS 17 ESPAÇOS DESTINADOS AO PARQUE, COM DETALHAMENTO DE PISO, MOBILIÁRIO, ILUMINAÇÃO E PAISAGISMO ESPECIFICADO CANTEIRO A CANTEIRO.

REQUALIFICAÇÃO DA RUA TEODORO SAMPAIO

PAR EM EX SÃO QUE PLO

A IMPORTÂNCIA DA TEMÁTICA DO TRABALHO ESTÁ JUSTAMENTE EM EVIDENCIAR QUE É POSSÍVEL A CRIAÇÃO DE RUAS COM VITALIDADE E QUALIDADE NA CIDADE DE SÃO PAULO E QUE ISTO NÃO É UMA IDEIA POSSÍVEL DE REALIZAÇÃO SOMENTE EM PAÍSES DESENVOLVIDOS. É IMPORTANTE SALIENTAR QUE ESSAS RUAS DEVEM SER REQUALIFICADAS, A FIM DE CONQUISTAR OS PONTOS REFERIDOS ACIMA, DE MANEIRA QUE NÃO PERCAM SUA IDENTIDADE, MANTENDO AS CARACTERÍSTICAS ORIGINAIS QUE ESTÃO PRESENTES NO INCONSCIENTE COLETIVO. ESTAS CARACTERÍSTICAS SÃO, NA VERDADE, O GRANDE MOTIVO DO SUCESSO DE REGIÕES COMO A RUA TEODORO SAMPAIO, COM SEUS DIVERSOS USOS E PÚBLICOS. PORÉM, PARA ALCANÇAR O OBJETIVO DE RUAS MODELO, ELAS DEVEM RECEBER MELHORIAS NA QUALIDADE DOS ESPAÇOS A FIM DE DEMONSTRAR TODAS AS SUAS POTENCIALIDADES, SERVINDO DE EXEMPLO PARA NOVAS PROPOSTAS NA CIDADE E AUMENTANDO A SATISFAÇÃO DE VIVER NOS GRANDES CENTROS URBANOS.

A PRIMEIRA ETAPA PARA A ELABORAÇÃO DA PROPOSTA FOI REDESENHAR OS LOTES E EDIFICAÇŌES LINDEIROS A RUA TEODORO SAMPAIO, MANTENDO AS EDIFICAÇŌES CONDICIONANTES E CONSIDERANDO O MÁXIMO DE ADENSAMENTO PROPOSTO NO ZONEAMENTO, COM A MUDANÇA DA DIRETIZ PARA GARANTIR SEMPRE 5m DE CALÇADA, POR MEIO DE DOAÇÃO PARA FRUIÇÃO PÚBLICA EM ZEUs, DISPENSANDO RECUO FRONTAL.


PROPOSTA

2/2

VEGETAÇÃO

1. LARGO DA BATATA

TENDO EM VISTA, QUE APÓS SETE ANOS DE REURBANIZAÇÃO DO LARGO DA BATATA, O PROJETO ELABORADO PELO PROFESSOR TITO LÍVIO FRASCINO NÃO FOI IMPLEMENTADO NA ÍNTEGRA E VERIFICANDO AS POTENCIALIDADES DO LOCAL, O NOVO PROJETO DE REQUALIFICAÇÃO DO LARGO DA BATATA SE BASEIA NA CONEXÃO ENTRE A IGREJA NOSSA SENHORA DE MONTE SERRAT, A ESTAÇÃO DE METRÔ FARIA LIMA, O NOVO MUSEU PROPOSTO, O MUSEU DE ARTE POPULAR PAULISTANA E O MERCADO MUNICIPAL DE PINHEIROS. ESTA CONEXÃO FOI CRIADA A PARTIR DE UMA MARQUISE QUE TRÁS UM ELEMENTO DE SOMBRA PARA O LARGO, ONDE HÁ A POSSIBILIDADE DE OCORRER DIVERSOS EVENTOS CULTURAIS E ONDE TAMBÉM EXISTEM ESPAÇOS DIRECIONADOS PARA FEIRAS DE ARTESANATO E ALGUMAS LOJAS. CAMINHANDO POR FORA DA MARQUISE O PEDESTRE ENCONTRARÁ UMA UMA SÉRIE DE PEQUENOS ESPAÇOS DE LAZER CONTIDOS NO TODO DO LARGO DA BATATA, CADA UMA COM UMA FUNÇÃO, SEJA APENAS PARA O DESCANSO E CONTEMPLAÇÃO OU PARA A PRÁTICA DE EXERCÍCIOS FÍSICOS, PLAYGROUND, JOGOS, ESPAÇO DO SKATE ETC.

O PAISAGISMO DO PROJETO FOI PENSADO EM SUA MAIORIA COM PLANTAS NATIVAS E EM ALGUNS CASOS ESPECÍFICOS OPTOU-SE POR ESPÉCIES ADAPTADAS AO CLIMA DA CIDADE DE SÃO PAULO, DE MODO A INTENSIFICAR A PERCEPÇÃO ESTÉTICA DO USUÁRIO.

2. PÇ DO CONSERVATÓRIO

ATRAVÉS DA COMBINAÇÃO DE FORRAÇÕES, ARBUSTOS, PALMERAS E ÁRVORES, OS CANTEIROS FORAM PROJETADOS CONFORME AS COLORAÇÕES PREDOMINANTES DE CADA ESPÉCIE INDICADA, RESULTANDO EM CONJUTOS DE CANTEIROS COM CORES QUE SE COMPLEMENTAM E CONTRASTAM, PARA PROPORCIONAR UMA PAISAGEM VISUAL INTERESSANTE PARA OS PEDESTRES DO LOCAL. CABE RESSALTAR QUE FORAM DESENVOLVIDAS PROPOSTAS PAISAGÍSTICA PARA TODOS OS 17 ESPAÇOS LIVRES IDENTIFICADOS NO MASTERPLAN, SENDO USADOS COMO EXEMPLO APENAS QUATRO DELES. TODAS AS PRAÇAS QUE COMPÕE O PROJETO TIVERAM SUAS COTAS DE NÍVEL EXPLORADAS DE FORMA A DEIXAR O RESULTADO MAIS INTERESSANTE E EVIDÊNCIAR A ESCOLHA DA VEGETAÇÃO COM OS PLATÔS, MORROTES, ESCADAS E RAMPAS. PARA COMPLEMENTAR A VEGETAÇÃO EXUBERANTE, FORAM PROJETADOS DIVERSOS ESPELHOS D’ÁGUA QUE SÃO ABASTECIDOS ATRAVÉS DA ÁGUA DA CHUVA COLETADA PELAS BIOVALETAS QUE FORAM PROJETADAS EM TODA A EXTENSÃO DA RUA TEODORO SAMPAIO.

PERSPECTIVA - PRAÇA DO CONSERVATÓRIO

UM DOS DOIS PONTOS DO PROJETO QUE VALE A PENA DESTACAR É O ANFITEATRO ONDE SERÁ POSSÍVEL A REALIZAÇÃO DE GRANDES CONCERTOS E APRESENTAÇŌES. O SEGUNDO PONTO É O SETOR DE ALIMENTAÇÃO DO LARGO, QUE UNIU AO PROJETO, POR MEIO DE UMA SPEED TABLE, OS DIVERSOS BARES E RESTAURANTES JÁ EXISTENTES NA RUA MARTIM CARRASCO E CRIOU UM ESPAÇO ACOLHEDOR COM MESAS E PÉRGULAS, PARA OS CLIENTES DOS ESTABELECIMENTOS E TRANSEUNTES. PLANTA

NAS PLANTAS DO PROJETO, OS CANTEIROS FORAM NOMEADOS POR LETRAS E REPRESENTADOS PELA COR PREDOMINANTE DAS ESPÉCIES E NO TRABALHO TODOS CANTEIROS FORAM ESPECIFICADOS POR ESPÉCIE COMO NO EXEMPLO ABAIXO.

ESPECIFICAÇÃO DE VEGETAÇÃO - PÇ DO CONSERVATÓRIO

A

O PROJETO CONTÉM UMA GRANDE QUANTIDADE DE ESPÉCIES VEGETAIS A FIM DE GERAR UM MICRO CLIMA AGRADÁVEL E UMA PAISAGEM FASCINANTE EM MEIO AO CAOS URBANO, UM VERDADEIRO RESPIRO NA CIDADE. O PROJETO FOI PENSADO PARA SATISFAZER TODAS AS NECESSIDADES DO PÚBLICO LOCAL E AINDA SIM GARANTIR AMBIENTES PARA MANIFESTAÇÕES E GRANDES EVENTOS QUE O LARGO ABRIGA.

PERSPECTIVA - LARGO DA BATATA - ESTAÇÃO FARIA LIMA

CORTE B - PÇ DO CONSERVATÓRIO

O PROJETO QUE OCUPOU O GRANDE TERRENO, ONDE ATUALMENTE FUNCIONA UM ESTACIONAMENTO, TEVE SEU CONCEITO TRAÇADO A PARTIR DO DESNÍVEL DE 4M CONCENTRADO NO MEIO DO LOTE. PARA APROVEITAR O DESNÍVEL FOI IMPLANTADO UM CONSERVATÓRIO DE MÚSICA CRIANDO DOIS PLATÔS PRINCIPAIS NA PRAÇA. O CONSERVÁTORIO TERÁ UM USO SIGNIFICATIVO POR ESTAR NO PONTO PRINCIPAL DA MÚSICA NA CIDADE E PELA FALTA DE EQUIPAMENTOS COMO ESTE EM SÃO PAULO. ALÉM DO CONSERVATÓRIO A PRAÇA POSSUI UM ESPAÇO PARA A APRESENTAÇÃO DOS ALUNOS DE MÚSICA, QUIOSQUES DE COMIDA, ESPAÇO PARA CONTEMPLAÇÃO E PRATICA DE YOGA E TAI CHI, DUAS QUADRAS POLIESPORTIVAS DE TAMANHO REDUZIDO, ACADEMIA AO AR LIVE E PLAYGROUND.

PERSPECTIVA - LARGO DA BATATA - PÇ. DO MUSEU

Syagrus oleracea Bismarckia nobilis

Heliconia rostrata Alpinia zerumbet

Monstera deliciosa Dietes bicolor

B

4. ESPORTE

3. PÇ DA MÚSICA

C

Cuphea gracilis Ophiopogon japonicus

C

PERSPECTIVA - PRAÇA DA MÚSICA

Dypsis lutescens Senna occidentalis

Iris pseudacorus Arachis Repens

Liriope muscari Calathea Makoyana

Dichorisandra thyrsiflora Neomarica caerulea

PERSPECTIVA - ESPORTE

Cuphea gracilis Ophiopogon japonicus

Liriope muscari Calathea Makoyana

Dichorisandra thyrsiflora Neomarica caerulea

D

Caesalpinia ferrea Hymenaea courbaril

Tibouchina granulosa

CORTE - ESPORTE Alcantarea imperialis

CORTE - PÇ DA MÚSICA

A PARTIR DA OBSERVAÇÃO DE DIVERSAS MANIFESTAÇÕES MUSICAIS QUE OCORREM NESTE TRECHO DA RUA TEODORO SAMPAIO EM PEQUENOS BUTECOS, NAS CALÇADAS OU EM ESPAÇOS IMPROVISADOS DE LOJAS, FOI CRIADO UM LOCAL ADEQUADO E COM INFRAESTRUTURA PARA ESTAS APRESENTAÇÕES QUE ATRAEM DIVERSOS PEDESTRES E QUE GERAM POSSIBILIDADES DE ENCONTROS. O TERRENO DA PRAÇA DA MÚSICA FICA EM FRENTE À PRINCIPAL GALERIA DE LOJA DE INSTRUMENTOS DA RUA E CRIA UMA NOVA CONEXÃO COM UMA PEQUENA TRAVESSA ATRÁS DO LOTE. PLANTA - PÇ DA MÚSICA

O PISO DAS CALÇADAS SEGUE O PADRÃO PROPOSTO PARA AS PRAÇAS, COM DIFERENCIAÇÃO NO DESENHO CONFORME O PERCURSO SE APROXIMA DE UM PONTO DE PERMANÊNCIA DO PARQUE EXPLODIDO.

Tradescantia Zebrina Curculigo capitulata

COM RELAÇÃO AOS CANTEIROS QUE MARGEIAM A FAIXA DE ROLAMENTO E PROTEGEM OS PEDESTRES DE POSSÍVEIS INVASÕES DE VEÍCULOS NAS CALÇADAS, ELES NÃO SÃO SIMPLESMENTE CANTEIROS E SIM BIOVALETAS VEGETADAS QUE AUXILIAM NO ESCOAMENTO DA ÁGUA DE CHUVA E REDUZEM OS PROBLEMAS DE ALAGAMENTO NOTADOS EM CERTOS PONTOS DA VIA.

APROVEITANDO A ÚNICA ÁREA COM VEGETAÇÃO ABUNDANTE EM TODO O PERCURSO DO PARQUE EM EXPLOSÃO, FOI AMPLIADA A ABERTURA PARA O JARDIM DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, CONVIDANDO A TODOS, E NÃO SOMENTE ALUNOS, PARA USUFRUIR DAS NOVAS ÁREAS DE DESCANSO E QUADRAS POLIESPORTIVAS.

BIOVALETAS SEGUNDO NATHANIEL CORMIER E PAULO PELLEGRINO SÃO [...] DEPRESSÕES LINEARES PREENCHIDAS COM VEGETAÇÃO, SOLO E DEMAIS ELEMENTOS FILTRANTES, QUE PROCESSAM UMA LIMPEZA DA ÁGUA DA CHUVA, AO MESMO TEMPO EM QUE AUMENTAM SEU TEMPO DE ESCOAMENTO, DIRIGINDO ESTE PARA OS JARDINS DE CHUVA OU SISTEMAS CONVENCIONAIS DE RETENÇÃO E DETENÇÃO DAS ÁGUAS. (2008, P. 132.). *CALÇADAS TRATADAS ESTÃO IDENTIFICADAS EM ROXO NO MASTERPLAN. (PRANCHA 1/2)

CORTE A - PADRÃO

JUNTO COM A ABERTURA DO JARDIM, A RUA GANHA UM ESPAÇO DE PERMANÊNCIA QUE GERA MAIOR SENSAÇÃO DE SEGURANÇA PARA OS PEDESTRES QUE PASSAM POR ESSA QUADRA ATÉ CHEGAR A ESTAÇÃO DE METRÔ. ALÉM DA SEGURAÇA, TAMBÉM TRÁS DIVERSIDADE NA PAISAGEM QUE ANTES ERA DE UM GRADIL EXTENSO.

REQUALIFICAÇÃO DA RUA TEODORO SAMPAIO

PAR EM EX SÃO QUE PLO

CORTE - LARGO DA BATATA

PADRÃO DAS CALÇADAS

H


17

VENCEDOR REGIÃO 5 (SUL)

II PRÊMIO ROSA KLIASS — CONCURSO NACIONAL UNIVERSITÁRIO DE PAISAGISMO

Tava Mbyá-Guarani - Parque da Fonte Missioneira e Centro Cultural da Memória Indígena das Missões UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA - UFSM Autor

Ana Helena Leichtweis Orientador Taís Maria Peixoto Alves




20

II PRÊMIO ROSA KLIASS — CONCURSO NACIONAL UNIVERSITÁRIO DE PAISAGISMO

MENÇÃO HONROSA

Rio Doce e Colatina: Do Conflito à Reconciliação INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO ESPÍRITO SANTO – IFES Colatina/ES. Autor

Bruno Giorgio D’Alessandri Martins Orientador Renata Mattos Simões renatamattos@ifes.edu.br




23

II PRÊMIO ROSA KLIASS — CONCURSO NACIONAL UNIVERSITÁRIO DE PAISAGISMO

MENÇÃO HONROSA

Interlúdios: Aberturas de Paisagens Expectantes UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO - UFRJ Autor

Sabrina Kerheisbaumer Orientador Diego Aníbal Portas email


Estádio Engenhão Território de ensaio

Estação Central do Brasil

Fonte: elaboração própria

Estádio Maracanã

Praia de Botafogo

Posto isto, o ensaio busca criar um refúgio, um reduto que invoque a resistência dos ecossistemas da Mata Atlântica no Rio de Janeiro. Por conseguinte, espera-se que a população local desenvolva um sentimento de pertencimento à natureza, enxergando a si como parte de um todo que não pode ser fragmentado. A ligação estreita entre o ser humano e os interlúdios que resgatam a memória de paisagem do passado, será essencial para garantir sua resistência até o futuro. Como estratégia projetual, os três estratos anteriormente enumerados foram trabalhados como três interlúdios distintos. As espécies de plantas utilizadas são nativas da Mata Atlântica e foram especiicadas de acordo com porte, frutos e oração. Dentre as categorias especiicadas encontram-se árvores, palmeiras, frutíferas, bromélias e orquídeas. O ensaio traz apenas alguns exemplos de espécies, pois é notório que a multidisciplinaridade é essencial para a criaçao de um espaço que visa tr trabalhar com ecossistemas da Mata Atlântica.

Estrutura Fábrica Interlúdio 3 Favela Barreira do Vasco Avenida Brasil

BRT Transbrasil


Uso - REligioso A área de intervenção contempla a Catedral Santo Antônio, a qual é considerada um marco para a cidade. A Catedral, promove a maior festa da cidade, a festa do seu padroeiro e oferece para a população diversos cursos, como: Tai Chi Chuan, yoga, ginástica e artesanato. Apesar disso, a igreja não possui áreas de permanência externa. Seu exterior é um estacionamento de automóveis completamente impermeabilizado e gradeado. Com isso, a proposta é tirar as grades que dão acesso à igreja e proporcionar uma área de permanência externa que não prejudique a visualização de fachada principal, utilizando vegetação mais baixa. Enquanto que as atividades da igreja, cursos e realizações de festas de casamento podem acontecer na praça inundável.

Uso - CUlTURA E EDUCAÇÃo

A escola conhecida popularmente como “Mate com angu” apresenta uma grande importância histórica e cultural para o município, estando inserida na área deste projeto. Dessa escola surgiu o cineclube de mesmo nome, cujo funcionamento se apresenta fora da referida instituição. No tocante ao entorno do local de intervenção, esse possui uma quantidade relevante de escolas, no entanto, o bairro é escasso de equipamentos voltados para educação e cultura. Sendo assim, o projeto tem como partido a intensificação do uso de cultura e educação, trazendo o cineclube para um centro cultural , onde atualmente são casas desocupadas. Proporcionar também, um local externo para apresentações artísticas e uma horta urbana que traz educação ambiental e alimentar à população.

Uso - EsPoRTE E lAZER

O entorno do local de intervenção é carente de áreas qualificadas para prática de esportes, sendo as únicas existentes privadas da escola “Mate com angu”. Por isso, as pessoas acabam utilizando locais inapropriados e muitas vezes arriscados para tal finalidade. Além do mais, o entorno carece de espaços de permanência, mobiliário urbano e sombra. Assim, a proposta é a construção de área de praça arborizada com quadra poliesportiva a qual pode ser utilizada pelas escolas; um skatepark que funciona também como contenção de água da chuva e; um playground infantil a fim de atender também a demanda das escolas da vizinhança.

2/2

Partido Comércio 4.291,52m²

Comércio Calçadão de Pedestres

Calçadão de Pedestres

7 mobiliário/Painéis de exposição giratório Dispostos ao longo do atravessamento comercial do parque, o mobiliário resgata as exposições de artes que ocorriam na década de 70 no calçadão de pedestres.

Corte A-A - Relação Teto dos restaurantes X Horta X Atravessamento Comercial 0

1

5

2

10m

Entrada de Luz

7

A

Teto Restaurantes

Horta

+18,00

Mou ra Br i

Ambiência

Canteiro

Rampa zola

zola

A Mou ra Br i

+18,00 Área de Permanência

Av. G ov. L eone l de

O local de projeto tem proximidade com o ponto de maior uso comercial e com maior fluxo de pessoas da cidade,o calçadão de pedestres de Duque de Caxias. Nessa região as pessoas têm o hábito de cortar caminho atravessando galerias comerciais e lojas que possuem acessos por ruas diferentes. Além disso, em meados da década de 70, aos domingos, ocorriam exposições de artes ao longo do calçadão. Assim, como projeto, é proposta a extensão do calçadão de pedestres com uso comercial, atravessando o parque e conectando com a Av. Governador Leonel de Moura Brizola a qual também é uma rua de uso comercial intenso.

Análise

Av. G ov. L eone l de

Uso - ComéRCio

+15,00 horta

Restaurantes

Catedral Santo Antônio

Atravessamento Comercial

mobiliário - lentscape/interboro Concreto

Análise

Partido

Praça Inundável

8

Catedral Santo Antônio

2 8 B

B

Pedra

Corte B-B - Área de Permanência igreja

Catedral Santo Antônio

1

Concreto

Pedra

1

0

Espaço externo de permanênia da Catedral 1.812,57m²

2

5m Comércio

Arborização de Rua Ambiência

Área para atividades da Igreja e realização de festas de casamento 399,00m²

Árvore de porte baixo

Arquibancada

Catedral Santo Antônio

Pérgola de madeira

Vegetação Baixa para não encobrir a fachada da Catedral

Av. Gov. Leonel de Moura Brizola +11,00

Praça inundável Área de permanência da igreja

Catedral

Piso de Pedra

Análise

Partido

9

Escolas Escola “Mate com angu”

área para apresentações de dança,música, teatro e cinema

Corte C-C - Área de Exposição do Centro Cultural

Escolas

Cultura e Educação

Asfalto

0

1

2

5m

Cultura e Educação

C

Casas desocupadas

C

9

1

Centro Cultural 1.190,13m²

2

Apresentações de dança, música, teatro e cinema 387,95 m² Horta 1.023,61m²

3

Vegetação baixa e densa para ambiente acolhedor e introspectivo Fachada do restaurante serve também para projeções cinematográficas

Pérgola/ Percurso de exposições

Skate Bowl/ Contenção

Arquibancada +22,00

Centro Cultural

Vegetação baixa para não obstruir visão das apresentações

+20,00

Palco para apresentações

área para exposições

skatepark

Partido Esporte e Lazer

Esporte e Lazer Escola “Mate com angu”

1 D D

e

2 e

0

1

2

5

Corte E-E - Topografia Playground

10m

0

Playground ”Mate com angu” 127,47 m²

Praça 1744,15 m²

4

Skatepark 475,29 m²

1

2

10m

5

Ambiência

Quadra Poliesportiva “Mate com angu” 361,22 m²

3

5

Corte D-D - skatepark

Centro Cultural

Pedra e seixo rolado

Concreto

Análise

Ambiência

Ambiência

Pele Vegetal Espaços de permanência playground

+25,00 +21,00

Bowl Skatepark/ Contenção

Playground infantil 285,15 m²

+23,00

+23,00

Parede Escalada

Escorregador/ Relevo +20,00

Brinquedos

Escalada

Elevações

+19,00

+22,00

+18,00

+21,00

escola Piso Playtop Concreto

skatepark

Circuito interativo

Permanência Concreto Colorido

Playground

Circulação

Pedra

Piso Playtop

Areia

Piso Playtop


26

II PRÊMIO ROSA KLIASS — CONCURSO NACIONAL UNIVERSITÁRIO DE PAISAGISMO

MENÇÃO HONROSA

Parque Urbano Mooca CENTRO UNIVERSITÁRIO BELAS ARTES DE SÃO PAULO – Belas Artes Autor

Marcela Clemente Silva Orientador Sergio Ricardo Lessa Ortiz sergio.ortiz@belasartes.br




29

II PRÊMIO ROSA KLIASS — CONCURSO NACIONAL UNIVERSITÁRIO DE PAISAGISMO

MENÇÃO HONROSA

Requalificação Praça Lauro Müller com bases teóricas na psicologia ambiental CENTRO UNIVERSITÁRIO - CATÓLICA DE SANTA CATARINA EM JOINVILLE/SC Autor

Carolina Fernandes Ruiz Orientador Marianne Medeiros Gomes




32

II PRÊMIO ROSA KLIASS — CONCURSO NACIONAL UNIVERSITÁRIO DE PAISAGISMO

MENÇÃO HONROSA

Proposta de parque linear ao longo do eixo ferroviário desativado em Mata/RS UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA - UFSM Autor

Helena Reginato Gabriel Orientador Giane de Campos Grigoletti


PROPOSTA DE PARQUE LINEAR AO LONGO DO EIXO FERROVIÁRIO DESATIVADO EM MATA/ RS

1/2

O presente trabalho refere-se a uma proposta de parque linear ao longo do trecho urbano do eixo ferroviário desativado do município de Mata, RS. A proposta se estabele através da identifiação do potencial paisagístico, associado à situação de negligência e abandono da área de interveção, considerada um grande vazio urbano. O eixo ferroviário desempenha um papel fundamental tanto em nível funcional, devido sua localização na malha urbana, quanto em nível histórico-simbólico, fazendo parte da memória da cidade e afeto da população, sendo o elemento norteador conceitual do presente estudo. Propõe-se, por meio dele, a reconexão dos espaços, de modo a transformar a berreira que atualmente a ferrovia representa na malha urbana em um elemento de: CONECTIVIDADE de espaços e de pessoas, ATRATIVIDADE por meio de usos, equipamentos e qualidade projetual, assim como RECONSTRUÇÃO DA MEMÓRIAferroviária. Salienta-se aqui a importâcia de Mata para a paleontologia, visto que o município abriga uma reserva de fósseis de madeira petrificada, caracteristica que a potencializa turisticamente.

Mapa esquemático de conceito Fonte: adaptado de Google Earth (2017)

ROTA TURÍSTICA

Ressalta-se aqui a vocação turística de Mata em virtude da existência de fósseis de madeira petrificada encontrada em seu território. Assim, buscou-se associar ao parque atividades voltadas ao turís-

Os mapas ao lado demonstram os principais pontos de interesse na zona urbana a serem conectados através de conectores viários e verdes. Os conectores viários tem como objetivo relacionar tais espaços com o parque linear, sendo este o grande conector de espaços da cidade. A maioria das vias existentes são direcionadas e terminam na área do parque. A proposta baseia-se em requalificá-las, através de passeios públicos arborizados, ciclovia e e canteiros pluviais, fazendo com que a via tranforme-se em prolongamentos e ramificações do parque porposto. Já os conectores verdes são representados pela Área de Preservação Permanente (APP), preservada e recuperada, trilhas ecológicas e anteiros pluviais

Tipologia de perfil viária para vias principais e secundárias Fotomontagem sobre fotografia atual

CONECTORES VERDES

mo, propondo uma rota turística a qual está demonstrada abaixo.


PROPOSTA DE PARQUE LINEAR AO LONGO DO EIXO FERROVIÁRIO DESATIVADO EM MATA/ RS

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3 EIXOS ORDENADRES DO ESPAÇO

FERROVIÁRIO: FIXO VERDE: FIXO ATIVIDADES: “MÓVEL”

EIXO DE ATIVIDADES Centro equestre

Centro comunitário

EIXO VERDE EIXO FERROVIÁRIO

Quioque e área esportiva

Local de informações turísticas e pórtico de acesso ao parque

Área de lazer recreativo e esporte

IMPLANTAÇÃO do PARQUE escala grafica


35

II PRÊMIO ROSA KLIASS — CONCURSO NACIONAL UNIVERSITÁRIO DE PAISAGISMO

TRABALHOS SELECIONADOS - NÃO PREMIADOS


3FRVBMJGJDB§£P EB 1POUF +P£P #BSDFMPT .BSUJOT F DSJB§£P EF ¥SFBT EF DPOW­WJP EFNPDS¥UJDP

O Rio ParaĂ­ba do Sul Campos dos Goytacazes situa-se em uma bela pla-

nĂ­cie cortada pelo Rio ParaĂ­ba do Sul. Suas ĂĄguas resplandecentes de cor amarronzada cruzam o tecido urbano, passando pelo centro da cidade e gerando uma cisĂŁo tal que por vezes faz sentir que hĂĄ duas cidades em uma. Ă€ margem direta, onde se situa o centro histĂłrico, instalaram-se os equipamentos urbanos e obras de infraestrutura. Ă€ margem esquerda, aquĂŠm desse processo, localiza-se a maior parte das periferias, a ponto de ser popularmente chamada de “outro lado do rioâ€? – o que evidencia a perspectiva dominante de quem vive no lado oposto. Como grande parcela dos serviços essenciais, do comĂŠrcio e das oportunidades de trabalho estĂŁo do lado direito do rio, muitos moradores da margem esquerda precisam atravessĂĄ-lo diariamente. Poucos sĂŁo os que utilizam o rio e seus arredores para fins de lazer. Quem passa pela ĂĄrea costuma fazĂŞ-lo por necessidade, pouco aproveitando o rio, e depara-se com intenso fluxo de automĂłveis, imensa poluição atmosfĂŠrica e sonora e ausĂŞncia de infraestrutura (como calçadas) e de segurança, havendo relativamente poucos pedestres. Suas margens estĂŁo seguramente escondidas por muros que supostamente visam a conter as histĂłricas cheias das ĂĄguas.

O local do projeto: a Ponte JoĂŁo Barcelos Martins O Um breve histĂłrico da cidade A cidade

de Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense, tem um passado de importância econômica e política, mas tambÊm uma formação social marcada por forte contradição. No final do SÊculo XIX, a sociedade local era dominada pelos barþes do açucar e 60% da população era de negros escravos. Campos foi a última cidade do Brasil a cumprir a Lei à urea e, mesmo depois, grande parte dos libertos continuou trabalhando nas dependências dos engenhos, sob um regime anålogo à escravidão. Dita formação social, extremamente desigual, provocou no processo de urbanização da cidade impactos que perduram atÊ hoje. No centro, bem equipado e estruturado, residiam os barþes, enquanto os escravos viviam em åreas mais afastadas, nas quais se localizavam os engenhos. Em meados do SÊculo XX, com a decadência da econo mia do açúcar e fechamento de boa parte das usinas, as periferias consolidaram-se como moradias dos mais pobres, que não tinham condiçþes de migrar para a zona central. Nem mesmo a riqueza oriunda da exploração de petróleo, na qual Campos passou a se destacar e pela qual recebe imenso montante de royalties, serviu para reverter essa ordem de exclusão social e pobreza.

próspero passado de Campos como potência do açúcar propiciou grandes obras de arquitetura e engenharia, sendo uma delas a Ponte João Barcelos Martins. Construída no fim do SÊculo XIX, localiza-se no centro da cidade, sobre o Rio Paraíba do Sul. Com seus pilares em bronze e estrutura fÊrrea, constituiu o primeiro elo físico do território. Atualmente estå fechada para automóveis, sendo uma das principais vias para quem cruza o rio a pÊ ou de bicicleta.

A proposta do projeto Propomos a ressignficação da Ponte João Barce-

los Martins, desenvolvendo um espaço que estimule encontros entre os diversos tipos de cidadãos e que valorize o Paraíba do Sul como elemento agregador espacial e não divisor social, como ocorre atualmente. A desvalorização da årea e a ausência de espaços de contemplação do rio tornam o Paraíba do Sul invisível para os munícipes. Por isso, propomos a criação de um parque linear na ponte, utilizando o seu corpo como elemento central, a partir do qual se projetem espaços adjacentes que propiciem a convivência entre os diversos grupos sociais, com diferentes tipologias de uso e de acordo com seus vårios interesses, bem como estimular o uso e a ocupação da zona conhecida como Beira-Rio, incentivando a percepção da presença determinante do Rio Paraíba do Sul na paisagem da cidade.

O objetivo do projeto Esperamos que este projeto traga as pessoas de volta à Beira-Rio, promovendo esta årea como espaço público de contemplação, de encontro entre as pessoas e de exercício da cidadania.

O conceito do projeto de paisagismo O paisagismo deste pro-

jeto jå existe: o rio, a vegetação do seu entorno, o cÊu e seus astros, presentes da natureza para nós. O que podemos fazer Ê valorizar a årea e transformå-la em um atrativo para todos, garantindo conforto, oportunidade de lazer e mesmo de ócio. O que falta ao rio são as pessoas e só elas podem admirå-lo, contemplå-lo e reverenciå-lo. O nosso projeto não busca grandeza, pois grandiosa jå Ê a natureza existente. Busca-se, sim, uma nova ecologia, uma relação renovada das pessoas com a paisa gem e das pessoas entre si, fazendo da ponte não um mero elo espacial, mas sim o marco de um elo social entre os diferentes. Que as pessoas se encontrem com o rio e que se encontrem no rio.

Partido A Ponte João Barcelos Martins possui uma treliça formada por triângu-

los que se repetem ao longo de toda a sua extensão, conferindo a ela uma identidade bastante característica. A fim de criar um Parque Linear que dialogue com a construção jå existente, tiramos partido desse símbolo e o utilizamos como o elo de conexão entre a antiga estrutura e a nova, sendo possível encontrå-lo ao longo de todo parque, nas mais variadas funçþes.



ÁREA DE ESTUDO

LOCALIZAÇÃO

[RE]QUALIFICAR Espaços Públicos em Ururaí Na cidade atual, a vida em sociedade encontra-se fragilizada, dentre outros fatores, pela falta de convivência nos espaços públicos. Isso gera distanciamento entre as pessoas e hoje atinge até mesmo os bairros afastados do centro urbano, sobretudo pela falta de locais de encontro adequados ao lazer e pela sensação de insegurança nas ruas, levando, assim, a uma mudança na dinâmica local que vai aos poucos perdendo sua identidade, e os moradores, por sua vez, sua noção de pertencimento. Essa situação parece estar ocorrendo lentamente no bairro Ururaí, na cidade de Campos dos Goytacazes (RJ). Por isso, trata-se do local escolhido para a elaboração do projeto de requalificação urbana, com a proposição de melhorias na praça existente e nas ruas, trabalhando ainda com o alargamento da calçada de uma das vias para onde são pensadas atividades diversificadas, sendo tudo isso o objetivo deste trabalho. Acredita-se que essa intervenção contribuirá para a promoção de encontros, tornando o bairro mais movimentado e aumentando a sensação de segurança e a prática da cidadania

ESTUDO DE TRÁFEGO Na localidade encontra-se a Estação Ferroviária do Cupim que foi inaugurada em 1875. Denominada Ururahy até 1940, foi renomeada pela importância da Usina Cupim (Engenho Central do Cupim) fundada em 08 de julho de 1881, atualmente desativada. Ela impulsinou o crescimento urbano e econômico da região, levando muitas famílias a se fixarem no local que, por um logo tempo, também ficou conhecido como Cupim. Grande parte dos moradores eram profissionais da usina que receberam casas para residirem na região e estarem próximos da área de trabalho. A vida na rua e na praça sempre foram fortes no bairro, mas sua prática tem diminuído sobretudo pela falta de locais com arborização e infraestrutura adequadas. O aumento do número de veículos culminou em um crescimento na quantidade de rebaixamento das calçadas para o acesso automotivo e é fácil encontrar carros estacionados no passeio. O pedestre, por sua vez, é obrigado a dividir a rua com os demais veículos.

ELEMENTOS URBANOS

O recorte escolhido para este estudo contempla a área com maior oferta de serviços, diferentes intensidades e usos de vias, circulação de transporte público, escolas, posto de saúde, praça de bairro e áreas com potencial de lazer.

O PROJETO

A PRAÇA

FOTOS DA PRAÇA ATUALMENTE

USO E OCUPAÇÃO DO SOLO

A praça, em sua configuração atual, é subutilizada. A mesma foi reformada durante a execução do projeto "Bairro Legal" em que houve uma reformulação de implantação, retirada de árvores e trailers e a recolocação do quiosque para ao lado da igreja. A quadra pavimentada foi substituída por duas quadras de areia e a área de circulação reduzida a caminhos orgânicos em meio a vastidão de grama colocada na praça. As dinâmicas de uso e fluxos foram fortemente modificadas, gerando certa aversão pela configuração existente.

A praça foi dividida basicamente em duas grandes áreas de lazer. Na parte onde está localizada a igreja, foi pensado em um lazer passivo para que haja o mínimo possível de interferência sonora externa dentro da edificação. Solução ampliada pela massa arbórea proporcionada pelo paisagismo contemplativo que compõe o contorno da edificação. Próximo a esse trecho, existe um quiosque que é utilizado pelo templo religioso, sendo portanto mantido no projeto. A outra parte recebeu um lazer mais ativo, contemplando diversas atividades que podem ser exercidas de forma simultânea ou em horários distintos. O lazer esportivo é incentivado pela academia coberta e pela quadra poliesportiva pavimentada, que substitui a quadra de areia, podendo ser praticado o futsal, o voleibol, o handebol e o basquetebol. A área de recreação infantil é circundada por banco e árvores que, além de serem elementos que conferem conforto, são utilizados como barreiras para a segurança das crianças. Dois quiosques foram implantados perto da quadra e com visão direta para a área infantil, seguindo o mesmo alinhamento do quiosque próximo à igreja, configurando-se, assim, uma zona de alimentação. Espaços de descanso e contemplação criam um contraste com o lazer ativo. Áreas de uso misto e abertas, somadas ao amplo caminho central, criam liberdade e oportunidades de apropriação e expressão cultural através de feiras, rodas de música, leitura etc.

CORTE LONGITUDINAL

CORTE TRANSVERSAL

LAZER ATIVO/ALIMENTAÇÃO

LAZER PASSIVO

LAZER PASSIVO/APROPRIAÇÃO

LAZER ATIVO - INFANTIL

1/2


A VIA

As vias seguem o modelo de mão dupla e elementos de

FOTOS DA VIA ATUALMENTE

sinalização de trânsito como placas e faixas de travessia para

LEGENDA

pedestres são quase inexistentes. A rua em questão possui grande potencial de ser geradora de relações sociais e noção

O PROJETO

de pertencimento. A via teve sua calçada expandida, chegando a ter, em alguns pontos, dez metros de largura. Foi possível planejar atividades distintas, assim como na praça, disponibilizando vários setores e equipamentos aos transeuntes em diferentes pontos, configurando-se como um lugar de encontro e consequentemente aumentando a segurança do local e de seu entorno imediato. Houve ainda a padronização das calçadas e a previsão de infraestrutura necessária, considerando, por exemplo, a acessibilidade com a inserção de piso tátil e travessia elevada de pedestres. Um percurso de ciclofaixa liga os diferentes pontos de intervenção, priorizando o transporte ativo e saudável.

CONTEMPLAÇÃO ESPORTE RECREAÇÃO ZONA LIVRE ALIMENTAÇÃO

Os usos ao longo da via foram divididos de forma a atender a todas as pessoas em diferentes horários do dia oferecendo uma gama de atividades. Assim, a via se torna mais segura e atrativa. O projeto muda a dinâmica social da localidade e insere uma nova memória através de uma nova paisagem, de um novo espaço que conversa esteticamente com o bairro e melhora as relações de troca e a qualidade de vida.

PERFIL DA VIA

2/2





ÁREA – 01 - ESPORTES

PARQUE URBANO EM PRESIDENTE PRUDENTE – SP. O CRESCIMENTO DAS ÁREAS URBANIZADAS VEM PROVOCANDO MODIFICAÇÕES NAS PAISAGENS E COM ISTO UMA DECADÊNCIA DA QUALIDADE DO MEIO FÍSICO. TANTO O CRESCIMENTO HORIZONTAL QUANTO O VERTICAL DAS CIDADES TEM SE DADO APOIADO NA DEGRADAÇÃO DA QUALIDADE DOS RECURSOS NATURAIS (SOLO, ÁGUA, AR E ORGANISMOS) E DAS ÁREAS VERDES. PARA PODER FAZER UMA MELHORA NAS ÁREAS URBANAS TEM QUE ENTENDER QUE O CENÁRIO ATUAL DE “ÁREAS VERDES” NO BRASIL, É DE EXTREMA CARÊNCIA, VISTO QUE AS PRESSÕES DO MERCADO IMOBILIÁRIO TEM CONSEGUIDO QUE A INICIATIVA PRIVADA CONSTRUA EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS EM DIVERSAS ÁREAS ONDE PODERIA ESTAR CONSTRUINDO PARQUES URBANOS. BASEADO NESTE PANO DE FUNDO, O PRESENTE TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO VISA A PROPOR UM PARQUE URBANO NA CIDADE DE PRESIDENTE PRUDENTE – SP

``

01

02

03 A ÁREA ESCOLHIDA PARA A IMPLANTAÇÃO DO PARQUE ESTÁ LOCALIZADA NA ZONA NORTE DA CIDADE, NUMA PORÇÃO PÓSLINHA FÉRREA, QUE POR MUITO TEMPO APRESENTOU UM DESENVOLVIMENTO LENTO E SEM GRANDES INVESTIMENTOS DO PODER PÚBLICO, ENTANTO, NO ÚLTIMO ANO VEM OCORRENDO UM CRESCIMENTO

ÁREA – 02 - CULTURA

1/2


2/2

ÁREA – 03

01

02

03

`` POR ESTA EXTENSÃO SER GRANDE, FOI PRÉ DETERMINADA PARA O PROJETO DESTE PARQUE URBANO UMA DIVISÃO EM PARTES, COM A INTENÇÃO DE PROPORCIONAR A CONSTRUÇÃO POR ETAPAS, TORNANDO ASSIM MAIS VIÁVEL A SUA ELABORAÇÃO


A paisagem fluvial como estratégia na recuperação do ambiente urbano

Serra da Cantareira

No momento em que vivemos, a maior parte da população ainda vê os rios urbanos como problema a ser escondido entre uma canalização sob o asfalto e um muro bastante alto. A questão ambiental é deixada em segundo plano, pela população e pelos governantes, pois os brasileiros tem mais urgência ao acesso à moradia digna, saúde e educação. Entretanto, é necessário que tenhamos um plano de desenvolvimento ecológico paralelo ao desenvolvimento social. A cidade precisa restabelecer a conexão com os seus rios na busca por um ambiente urbano salubre e conectado com a natureza. Dessa forma, o trabalho propõe a análise da situação atual de um leito fluvial na cidade de São Paulo e se dedica em sua recuperação ambiental e social. POTENCIAL DE INTEGRAÇÃO DA PAIGAGEM FLUVIAL O conjunto de córregos e rios de uma determinada área que escoam à um fundo de vale em comum é identificado como uma bacia hidrográfica. A recuperação da paisagem fluvial se dá na escala da bacia hidrográfica, aumentando as áreas permeáveis, devolvendo a fluidez de seus córregos e reabastecendo os lençóis freáticos. Os fundos de vale são lugares que apresentam alto potencial para a criação de espaços livres de acesso público, os quais possam qualificar a vida das pessoas e proteger a fauna e flora local. Os rios podem ser aproveitados para a recreação de diversas formas: a partir da prática esportiva, navegação em diferentes escalas de embarcações, pesca, contemplação das suas águas e inclusive para o banho. O contato físico com a água dos rios conecta as pessoas à natureza.

Pico do Jaraguá

Guarulhos

3

1

Piscinão Guaraú

4

Horto Florestal

Afluentes Principais: 1. do Bananal 2. Itaguaçu 3. do Bispo 4. Guaraú 5. Cabuçu de Baixo

Av. Inajar de Souza

Rio Tietê

Parque Linear Bananal/ Itaguaçu (em projeto)

5

Cemitério Cachoeirinha

Zona Norte

2

Bacia Hidrográfica Cabuçu de Baixo

Parque Linear do Bispo (em projeto) Macroárea de Redução da Vulnerabilidade Urbana e Recuperação Ambiental

ZEIS-1 ZEIS-2

Horto Florestal

Hidrografia Córrego Itaguaçu Córrego Guaraú

Macroárea de Controle e Qualificação Urbana e Ambiental

Córrego do Bispo

Córrego do Índio Córrego Lauzane

Macroárea de Redução da Vulnerabilidade Urbana Macroárea de Qualificação da Urbanização

Cemitério da Cachoeirinha N

0

1 km

N

0

N

1 km

0

Zoneamento

Parques e Áreas Verdes

O acesso universal ao saneamento básico e tratamento de todo o esgoto coletado, é parte importante do processo de limpeza do rio Tietê. Entretanto, os seus afluentes e subafluentes também tem importância e potencial para impedir que as águas cheguem poluídas ao rio, respeitando o caminho das suas águas da nascente até a foz. Com essa lógica, o projeto concentra-se em um córrego subafluente do rio principal da cidade de São Paulo, em busca de propor soluções a serem desenvolvidas ao longo de vários outros sub-afluentes e transforma-los em áreas urbanas conectadas com a vida das pessoas e da natureza. A bacia hidrográfica Cabuçu de Baixo acolhe as águas do córrego homônimo, , está situada ao extremo norte da cidade. O córrego Guaraú é um afluente do córrego Cabuçu de Baixo, nasce nos contrafortes da Serra da Canteira e à medida que avança no território urbano, sofre um processo de canalização e ocupação por moradia irregular nas suas margens.

Córrego Mandaqui

Córrego Cabuçu de Baixo N

1 km

Microáreas do Plano Diretor

0

1 km

Situação Atual

Córregos Principais

PARQUE LINEAR CÓRREGO GUARAÚ CORTE A CENTRO CULTURAL

0 5 10m

2

CORTE B

3

1

MIRANTE

4

0 5 10m

7

INTENÇÕES PROJETUAIS A cidade de São Paulo possui aproximadamente 300 córregos e rios, águas que dão vida e volume ao seu rio mais conhecido – o rio Tietê, o qual encontra-se completamente poluído no trecho em que corta a capital e até alguns quilômetros avançando ao interior do Estado.

1. Córrego Guaraú 2.Córrego Cabuçu de Baixo Área do Projeto

Sub-bacias Macroárea de Preservação dos Ecossistemas Naturais

Parque Estadual da Serra da Cantareira

Foto: Galeria Jardim Pery Zona Norte

Com a exploração intensiva dos rios para pesca, navegação, lavagem de roupas, remoção da areia e argila para uso na construção civil e inclusive descarte de dejetos, a consequente poluição das águas – e o descaso do poder público em tratalas - fez com que as cidades brasileiras se desenvolvessem de costas para os seus rios urbanos.

Rodoanel Norte

Bacia Hidrográfica Cabuçu de Baixo

1

2

Serra da Cantaieira

OS RIOS NAS CIDADES BRASILEIRAS Os rios foram importantes no surgimento de maior parte dos núcleos urbanos brasileiros, serviam como vias de comunicação interna e externa, abastecimento da população, cultivo de alimentos e outros tantos usos.

1/2

Foto: Pesquisa Google

CAMINHOS AZUIS PARA SÃO PAULO

TERRITÓRIO RECONHECIMENTO E LEVANTAMENTO DE DADOS

CORTE C

5

8

9

10

11

6 12

QUADRA POLIESPORTIVA

13

0 5 10m

14 CORTE D

CENTRO COMUNITÁRIO

15

0

5

10m

Córrego Guaraú CORTE E

PRAÇA EM NÍVEIS E RAMPA

Ciclovias

1. Centro Cultural / 2. Biblioteca / 3. Mirante /4. Quadra Poliesportiva / 5. Centro Comunitário / 6. Praça em Níveis e Rampa/ 7. Praça Mirante / 8. Bacia de retenção 9. Playground infantil / 10. Restaurante / 11. Deck e passarela / 12. Pista de skate / 13. Academia ao ar livre / 14. Estacionamento para bicicletas / 15. Estacionamento para carros 0

CORTE F

Caminhos, pontes e passarelas

5

10m

CORTE H

CORTE G

CORTE I

PRAÇA MIRANTE BACIA DE RETENÇÃO

0

5

10m

ESTACIONAMENTO PARA BICICLETAS

DECK

0

5

10m

CORTE J

0

5

10m

ESTACIONAMENTO PARA CARROS

PISTA DE SKATE

0

5

10m

0

5

10m


CENTRO CULTURAL

2/2

O terreno sofre constantes inundações que podem causar deslizamentos, é uma área com pontos de médio e alto risco geológico. A ocupação irregular não é servida da infraestrutura urbana adequada, como o acesso ao saneamento básico, colocando essas pessoas em contato com diversos agentes contaminadores e nocivos à saúde.

BIBLIOTECA MURO

CICLOVIA E CALÇADA

A partir dessa conjuntura, o projeto se concentra em: MIRANTE

• realocar a população em áreas urbanas que sejam permitidas a verticalização e tenham acesso à infraestrutura urbana;

MURO

• recuperação ambiental do córrego Guaraú com implantação de mata ciliar e limpeza da poluição difusa de suas águas;

A

• implantação de um parque linear com programa que atenda às demandas sociais e econômicas da região.

CICLOVIA E CALÇADA

QUADRA POLIESPORTIVA MURO CICLOVIA E CALÇADA

B

TRILHA PEDESTRE

ACESSO ESCADA

C CICLOVIA E CALÇADA PRAÇA EM NÍVEIS E RAMPA

B D A

C

F

D

E

G

PRAÇA MIRANTE

H

BACIA DE RETENÇÃO

E

I

F

DECK

G

J

RESTAURANTE

PISTA DE SKATE

ACADEMIA AO AR LIVRE

H

ESTACIONAMENTO PARA BICICLETAS

CONSIDERAÇÕES FINAIS Na cidade de São Paulo, tão rica de córregos e rios, a maior seca da história se instalou entre os anos de 2014 e 2015. Foi o início das respostas da natureza à má conservação de suas bacias hidrográficas. A recuperação fluvial como resultado da infraestrutura verde é viável e precisa ser aplicada nos projetos urbanos e paisagísticos. A água é encontrada em camadas subterrâneas e superficiais, o seu ciclo deve ser respeitado e a recuperação, sendo um sistema completo, deve envolver a bacia hidrográfica inteira em que se encontra. O trabalho se concentra na bacia do Alto Tietê, reduzindo sua escala até atingir a bacia hidrográfica Cabuçu de Baixo. O projeto, resolvido em escala de bairro, pode ser ampliado para resolver os problemas de uma área maior, considerando as especificidades de cada lugar.

ESTACIONAMENTO PARA CARROS

I

J






Arquitetos:Carlos Pitombo, Roberto Tibau e José Arruda.

(Rio de Janeiro 1906 – São Paulo 1989)

(SP1921 – SP 980), (RJ1906 – SP1989),(?)

Ano: 1 951

Ano: 1949

Ano: 1955

Registro fotográfico inauuração recente

(Porto Alegre 1921- São Paulo 2001)

3,42 m² por aluno

CA (Coeficiente de Aproveitamento) 1,03

CA (Coeficiente de Aproveitamento) 0,49’

CA (Coeficiente de Aproveitamento) 0,73

TO (Taxa de Ocupação) 51 %

TO (Taxa de Ocupação) 38 %

TO (Taxa de Ocupação) 42 %

Taxa de Permeabilidade 20 %

Taxa de Permeabilidade 27 %

Taxa de Permeabilidade 24 %

equipamento público escolar como bem comum

EE Erasmo Braga Tatuapé

EE Pandiá Calógenas Mooca

Rede de equipamentos de ensino

Terreno excedente

escola de teatro novas demandas

estacionamentos 2 subutilização de terreno público

estacionamentos 3 impermeabilização do solo

4

Fragmentação administrativa prefeitura-estado: EMEF EE

quadra coberta padrão obstruindo ensolação de todo o edifício

nova distribuição dos espaços letivos

o perímetro extenso é vedado por muros, a única fachada com entrada e saída de alunos é a da rua Américo Gomes da Costa.

1

3

13

13

Proporcional ao terreno

Terreno excedente

Conjuntos escolares de grandes proporções

uma vez prevista no Convênio Escolar a importância de educar para além da escola, bibliotecas teatros e parques infantis foram construídos para fazer parte de conjuntos escolares: uma visão abrangente do bairro, uma oportunidade de encontro e convivência social muito importante. Esse vínculo ainda existe porque os edifícios estão lá, mas na maioria dos casos e para a grande maioria da população, ele não perceptível. A descaracterização do espaço público não está só no muro, é também gritante no desenho do percurso, da rua e na travessia da grande avenida.

quando os volumes do edifício são compatíveis com a área do terreno, isto é, a proporção de área construída por área de terreno público é próxima de um coeficiente de aproveitamento justificável, assim como um coeficiente de proporção terreno (m²) pelo número de alunos.

quando a taxa de ocupação é muito baixa, desproporcional. Quando há terreno em excesso para a demanda escolar. Não é bem-vindo ter terreno público subutilizado sem cumprir absolutamente nenhuma função social, principalmente porque a oferta de terrenos públicos é escassa. Nesses casos a proporção de área construída por área do terreno é pequena, assim como a taxa de ocupação e o coeficiente de proporção terreno (m²) pelo número de alunos.

quando o complexo de edifícios está dentro de lote desproporcionalmente grande, ocupando a quadra inteira, na maioria dos casos. A consequência é o perímetro de muros absurdamente grandes e enigmático, atrás dos quais poderia haver uma grande indústria, um centro de logística ou qualquer outra construção pública ou privada. A escola, sempre com as portas fechadas, tem uma ou duas entradas no máximo. Certamente este é o tipo mais grave de todos pelo impacto urbano que gera. Para este caso sugerese aplicar as diretrizes dos dois tipos anteriores, conforme seja a situação relativamente ao coeficiente de aproveitamento e à taxa de ocupação existentes, caso a caso.

18 21

14

16

9

7

22 23 17

Primeiro pavimento

754,70

8. Prever espaços públicos

751,00 749,00 747,50

amplos que permitam a apropriação livre por adultos e crianças

Corte longitudinal

Corte transversal

Fachada Rua Carlos Meira

Fachada Rua Henrique de Souza Queirós

9. Prever flexibilidade para outras funções fora do horário de funcionamento letivo.

5. Garantir a possibilidade de revisão continuada dos aspectos programáticos e físicos

10. Aproveitar conscientemente o terreno público, evitando vazios e áreas subutilizadas.

Rede de equipamentos de ensino

Proporcional ao terreno

Terreno excedente

para este caso necessitamos qualificar os percursos que conectam o território escolar e garantir a oferta de uma rede de equipamentos de ensino e de equipamentos públicos complementares completo.

Nestes casos existe a tendência à ocupação perimetral do lote e os recuos de frente são estreitos ou inexistentes. A diretriz inicial para este tipo de implantação prevê a necessidade do desenho das bordas para o contato imediato do edifício com a rua.

Considerando a escassez de terrenos públicos disponíveis e a demanda por outros equipamentos no bairro, serão bem-vindos novos usos e/ou edificações públicas nesses casos. O processo de intervenção edificante não deve interferir no mérito do patrimônio existente, ao contrário, deve valorizar o exercício da função pública do conjunto.

Conjuntos escolares de grandes proporções

áreas isolantes interior-exterior

Rede de equipamentos de ensino

18

16

15

758,40

para este tipo considera a possibilidade de fragmentação do complexo escolar em várias administrações escolares, aumentando simultaneamente o número de acessos e de vínculos da escola com o exterior. Apesar desta fragmentação poderiam ser compartilhados os espaços comuns interiores: quadras, bosques, teatro, e o que mais houver em comum nos programas pedagógicos.

A- centro de línguas B- quadra C-biblioteca e informática D- arquivo Cobertura

1951

2º Pavimento

8

A

1º Pavimento

B

Perspectiva Explodida

refeitório alt. prog.

*

11

SITUAÇÃO ATUAL

C

PROPOSTA 50m

Conjuntos escolares de grandes proporções

São Miguel Paulista

Sinteticamente são cinco razões que justificam as mudanças e permanências destes edifícios: 1. Soluções paliativas para efeito de controle e segurança 2. Adição por imprevisibilidade no projeto original 3. Adição por mudança da demanda pedagógica 4. Subtração por mudança da demanda pedagógica 5. Permanência do programa original

quadra gerando problemas acústicos para salas de aula

Quatro implantações Diretrizes estratégicas de intervenção

EE Dom Pedro I

Penha

áreas isolantes interior exterior

12 21

Corte perspectivado pelo pátio da Escola Estadual Nossa Senhora da Penha

Proporcional ao terreno

19 17

7. Limitar a infinidade de muros urbanos

2. Incentivar a apropriação do

Perspectiva explodida Escola Estadual Nossa Senhora da Penha

EE Nossa Senhora da Penha

estreitamento das calçadas

muros perimetrais

acesso bloqueado

áreas isolantes interior-exterior

acesso bloqueado

novas demandas

19

6. Melhorar a qualidade do desenho do espaço público

social e luta por qualidade de vida através da educação.

escolar na paisagem urbana.

muros perimetrais

pavimentaçaõ dos pátios

gradi de proteção em vias de alto tráfego

Este trabalho final de graduação defende a necessidade de um programa de requalificação dos equipamentos públicos escolares existentes, mais especificamente do conjunto arquitetônico das escolas do Convênio Escolar. Para tanto, parte da análise da situação atual de quatro casos distintos e representativos de implantação: 1) Proporcional ao Terreno; 2) Terreno Excedente; 3) Grandes Complexos Escolares e 4) Rede de Equipamento de Ensino. Respectivamente as escolas: EE Nossa Senhora da Penha, EE Pandiá Calógenas, EE Dom Pedro I e EE Erasmo Braga em conjunto com as Bibliotecas do Tatuapé. Como parâmetro foram escolhidas apenas escolas da Zona Leste que caracterizam centros de bairro de relevante importância para a memória local. Por fim, este trabalho apresenta um exercício de projeto sobre uma das escolas: EE Nossa Senhora da Penha.

15- direção e professores

Pavimento térreo

4. Propiciar a inserção do edifício

Quatro implantações em análise do impacto na paisagem

dos pilotis

10- espaço multiuso

Rua Padre Benedito de Camargo

pelos edifícios do Convênio Escolar.

Proposta de recolocação na paisagem urbana Escola Estadual Nossa Senhora da Penha

samento quadra coberta padrão obstruindo ensolação de todo o edifício

19- laboratórios

5- biblioteca + lab. informática

9

estacionamentos 1 áreas subutilizadas para finalidades descabidas ao uso

quadra gerando problemas acústicos para salas de aula

14- secretaria

8

3. Resgatar o patrimônio formado atraves-

18- salas de aula

9- entrada administrativa

30m

13,07 m² por aluno

13- acessos teatro

4- casa do zelador

7

D ^ Fachada Rua Padre Benedito de Camargo, desenhos

FOLHA 01 / 02

Térreo

25m

O fechamento de extensos perímetros, seja ele muro ou gradil, gera impacto nas imediações. A revitalização dos equipamentos existentes enfrentará a complexidade urbana de forma a garantir o acesso aos lugares para autonomia e emancipação.

Uma série de sacrifícios estão em jogo e precisam ser discutidos urgentemente: sacríficios sociais e políticos; ambientais e arquitetônicos; sacríficios por questões de custos de execução e manutenção e sacríficios pela paranóia de segurança

10

1. Dar suporte ao desenvolvimento

2,37 m² por aluno

8- arquivo

4

2

Parâmetros de aproveitamento

O Convênio Escolar (1950-1960), num gesto inovador e ambicioso, disseminou escolas públicas de elevada qualidade arquitetônica por São Paulo. Escolheramse terrenos amplos para que as construções fossem predominantemente horizontais. Os edifícios foram implantados no terreno considerando aquele momento histórico. A segurança não era o aspecto determinante e a transição interior-exterior, na maioria dos casos, era leve na paisagem: apenas muretas. No entanto essas muretas foram elevadas, transformadas em altos muros. Grandes obras, de grandes arquitetos, estão invisíveis atrás destes altos muros.

17- circulação horizontal

3- pátio coberto

22

Registro fotográfico 2018

Pela geografia do conhecimento estampada que temos no Brasil sabemos que conhecimento é poder. A disseminação do conhecimento dá suporte para mobilidade social e luta por qualidade de vida.

6

16- circulação vertical

12- escola de línguas

15m

Por um programa de reestruturação do Convênio Escolar

5

11- entrada usos fds

7- caixa cênica

Rua Henrique de Souza Queirós

Arquiteto: Hélio Duarte

6- quadra

2- cantina e cozinha

15m

Arquiteto: Eduardo Corona

1- entrada alunos

30m

EE Dom Pedro I

Proposta de recolocação na paisagem urbana Escola Estadual Nossa Senhora da Penha

Rua Carlos Meira

EE Pandiá Calógenas

Levantamento das intervenções sobre o patrimônio do Convênio Escolar

DIMENSÃO PÚBLICA DO EDIFÍCIO ESCOLAR NA PAISAGEM

EE Nossa Senhora da Penha

PROGRAMA DE REESTRUTURAÇÃO

que ilustram o projeto original, a situação atual e a proposta de intervenção < Perspectiva pátio x foto situação atual << Perspectiva escola de línguas x foto situação atual

FOLHA 02 / 02




REVITALIZAÇÃO PAISAGÍSTICA

3.

regional matriz

2. 5.

RUA BARÃO DO RIO BRANCO

3.

5.

3.

3.

3.

3.

5.

P

rua Barão do Rio Branco

P P

P

INSTITUCIONAL

P P

3.

3. 3.

4.

P

9.

9.

P

4.

RUA BARÃO DO RIO BRANCO EM RELAÇÃO AO QUADRO URBANO ATUAL DA CIDADE DE CURITIBA

3.

P

9.

P

ESPAÇOS LIVRES PÚBLICOS

P

3.

RESIDENCIAL

P

P

9.

6.

3.

P

P

9.

1.

P

P P

P

1.

9.

9.

P

9.

P

3. P

3.

3.

P

P

P

P

6.

P P

7.

P P P

9.

P

6.

A Rua Barão do Rio Branco, é de grande importância histórica, uma vez que a mesma configurava o eixo de ligação entre a estação ferroviária e o centro da cidade na época do início do desenvolvimento da capital.

P

P

P

8.

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6.

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5.

P

P

P

Rua, paisagem e memória no processo de urbanização de Curitiba

5.

6.

P

P

4.

P

8.

7.

2.

2.

P

P P

7.

P

Com o desenvolvimento e expansão das áreas urbanas, entretanto, as ruas acabaram perdendo força enquanto lugar de sociabilidade e o carro tornou-se, em muitos casos, o protagonista nesses espaços sobretudo nas áreas urbanas centrais.

COMÉRCIO & SERVIÇOS

P P P

P

As ruas são consideradas como um elemento morfológico que aparece em diferentes escalas da forma urbana. São responsáveis por conformarem a disposição de edifícios e quarteirões e ligarem diferentes espaços e partes da cidade. Mesmo sendo trabalhadas como elementos articuladores na escala urbana, a principal escala que se relacionam é a escala humana. Enquanto espaço público, têm como principal função a circulação, possuindo também dinâmicas de lazer, encontro e permanência, sendo a sociabilidade nesses espaços uma característica que as tornam especiais.

P

P P

P

9. 9.

CURITIBA I PARANÁ I BRASIL

USO E OCUPAÇÃO EM ÁREAS HOMOGÊNEAS

P

3.

bairro centro

MAPA ANÁLISE - CONTEXTO

P P

5.

6.

P

P

1.

P P

9.

9. P

P

1.

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ASSISTÊNCIA SOCIAL CULTURA EDUCAÇÃO RELIGIÃO SAÚDE SEGURANÇA TRANSPORTE OUTROS

P

P

P

9.

4. P

6.

P

P

7.

3. 4.

4.

P

9.

P

4. P

4.

Considerada originalmente uma rua de uso cívico, de comércio e serviços, foi se moldando ao longo do tempo, apresentando construções de diferentes períodos históricos, fato que enobrece e gera multiplicidade para sua paisagem, e faz com que esta carregue parte importante da memória da cidade.

P

P

ZONA CENTRAL

A rua Barão do Rio Branco, na cidade de Curitiba, é um exemplo desse processo e, embora seja considerada uma das ruas mais importantes da cidade, encontra-se atualmente abandonada e subutilizada. Nesse sentido, a proposta projetual de revitalização paisagística desta rua busca a preservação e valorização da memória e da paisagem, a intensificação de usos do espaço público, assim como da percepção e da relação espaço – usuário. De forma específica, tem-se como objetivos a valorização do pedestre e reinserção do senso de pertencimento das pessoas com o local, a potencialização das funções sociais da rua (passagem, recreação, encontro) e a criação de um ambiente amigável e vibrante, no qual as pessoas se sintam confortáveis e seguras.

SETOR ESPECIAL ESTRUTURAL P P

MAPA ANÁLISE - CONTEXTO

ZR- 4

P

MOBILIDADE

P

P P

P

SETOR ESPECIAL HISTÓRICO

P

P P P

RUAS PEDESTRIALIZADAS (SETOR ESPECIAL PREFERENCIAL

P P

P P P

DE PEDESTRES)

SETOR ESPECIAL EIXO BARÃO

P

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P

ESPAÇOS LIVRES PÚBLICOS

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P

P

CICLOVIA E CICLOFAIXA

P P

P

P P

P P

Entende-se que os espaços públicos devem ser vistos como objetos de interesse de preservação patrimonial, visto que contribuem de forma fundamental para a configuração formal (ritmos de cheios e vazios no tecido urbano) das cidades.

CICLOFAIXA (PROJETO)

P

P P

P

P

P

PARACICLOS

P P

P

P

P

P

P

PASSAGEM DE ÔNIBUS

P

P

A preservação da paisagem urbana reforça o entendimento da relação entre um determinado grupo social e seu espaço, assim como propicia uma análise temporal, que relaciona passado e presente (Alves, 2013). Essa análise temporal reflete momentos históricos e anseios da sociedade, entendendo-se que estudar a paisagem urbana significa evidenciar a história dos lugares, uma vez que a mesma é composta por elementos que refletem uma sociedade e sua cultura, e conferem a ela identidade a tornam simbólica (Souza, 2013). Vale ressaltar, entretanto, que a preservação não deve significar o congelamento da cidade, e sim ser compatível com as demandas contemporâneas desses espaços.

P P

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ESTACIONAMENTO

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P P

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P

P

DEPOIS

ASPECTOS PAISAGÍSTICOS ASPECTOS PATRIMONIAIS

“ A rua é o rio da vida da cidade, o lugar onde nos juntamos, o caminho ao centro” William H. Whyte

MAPA ANÁLISE - CONTEXTO

ASPECTOS HISTÓRICOS

PATRIMÔNIO

UNIDADES DE INTERESSE DE PRESERVAÇÃO MUNICÍPIO DE CURITIBA BENS TOMBADOS ESTADO DO PARANÁ

FOTO RUA BARÃO DO RIO BRANCO ANO 1930 FONTE: CASA DA MEMÓRIA

ÁREA DE ANÁLISE CONTEXTO

ANTES

DETALHAMENTO CRUZAMENTO

GRELHA DRENAGEM

PLANTA E ELEVAÇÕES RUA BARÃO DO RIO BRANCO 0

10m

50m

TRILHO TRAM

ÁRVORES REMOVIDAS

LUMINÁRIAS BANCOS

CICLOFAIXA

ÁRVORES NOVAS CASSIA MANDUIRANA

CANTEIROS

ÁRVORES EXISTENTES DEDALEIRO

TOTEM INFORMAÇÕES LIXEIRAS PARACICLO BANCA DE JORNAL

CORTE C

CORTE B

CORTE A

DETALHAMENTO CRUZAMENTO

01 02


Revalorização da conexão entre a rua Barão do Rio Branco, a Praça Eufrásio Correia e o Edifício da antiga Estação Ferroviária

Dentre os elementos a serem preservados na rua estão as luminárias, cujo desenho segue a mesma linguagem das luminárias originais, em ferro, provenientes da Fundição Mueller (década de 1920).

CORTE B

Integração modal : Combinação entre transporte coletivo, bicicleta e áreas pedestriaziladas, com a valorização do pedestre. Desincentivo do carro na rua : Retirada dos estacionamentos públicos ao longo da rua - nas quadras entre as ruas Sete de Setembro e Marechal Deodoro, permanecendo apenas entre as ruas Marechal Deodoro e XV de Novembro.

ESCALA: 1:200

áreas públicas e privadas de uso de estacionamento de veículos atualmente

As calçadas em pettit pavet (pedra portuguesa) estão presentes em diferentes pontos da cidade de Curitiba, principalmente na região central. Têm distinção de desenho, criando uma identidade simbólica dos espaços públicos da capital. Na rua Barão do Rio Branco, o desenho baseia-se na arte indígena e está presente ao longo da rua, e também circundando a praça Eufrásio Correia e a quadra da Câmara Municipal. Ao longo dos anos, com a ampliação do estacionamento da Câmara Municipal, parte do desenho foi removido. O projeto propõe a restituição do trecho obstruído atualmente na praça. Ao longo da rua, é posicionado em áreas específicas, vinculadas aos lotes.

A proposta de implantação de uma rede VLT que passa pela Rua Barão do Rio Branco aparece como um elemento de revitalização da rua, visto que proporciona áreas de acúmulo de pessoas e respeita as questões de identidade local e patrimônio, sendo um elemento que se articula bem com a presença do pedestre. Sua presença nesta rua traz, de maneira sustentável e contemporânea, a memória do antigo bonde de Curitiba, sendo sua estação inicial locada próxima a antiga garagem dos bondes (lote na esquina das ruas Barão do Rio Branco e Visconde de Guarapuava). A proposta se articula para além dos limites da rua, uma vez que o objetivo desse modal seria o de proporcionar um deslocamento mais interessante na região central da cidade de Curitiba e que se articule com outros pontos de transporte público, configurando-o também como um elemento de conexão modal. Como diretriz inicial para sua implantação, foram reconhecidos pontos estratégicos na área central, a partir dos critérios de conexões entre áreas verdes, equipamentos institucionais (sobretudo os ligados a cultura e educação), e áreas de terminais de ônibus e de conexões via transporte público.

Imagem luminária

FOTO - Rua Barão do Rio Branco - 1930. Fonte - Casa da Memória.

edifício

Implantação de um sistema VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) como instrumento de revitalização e traffic calming: - boa convivência com o pedestre - menos poluição e dano ambiental - baixo nível de ruído e vibração, sendo ideal para áreas centrais e de interesse histórico e patrimonial - facilidade de inserção no sistema viário existente - média capacidade e alta eficiência - ideal para deslocamentos internos (áreas centrais) - raio de curvatura mínimo de 10,5 metros - não necessita de caternária

Preservação das calçadas :

equipamentos institucionais áreas verdes rua Barão do Rio Branco principais pontos de conexões com transporte público proposta para implantação de estações do VLT - distanciamento entre 300 e 700 metros

INFRAESTRUTURA

DETALHE DO DESENHO DO PISO EM PETTIT PAVET ESCALA 1.100

h = 1040

Infraesturura verde : - Criação de canteiros, ampliando a área de drenagem - Relocação de árvores com tronco inferior a 15 cm de diâmetro - Corte de espécies mortas - Plantio de novas árvores. Espécie: Cássia Manduirana, que já havia sido plantada na década de 1980, dando uma identidade a rua, porém foi removida alguns anos depois - Áreas sombreadas

edifício

Sistema de drenagem: - Grelhas lineares para captação de águas pluviais

i=

i=

pettit 160 100 pavet edifício 185 260

calçadão 800

pettit pavet 340

ciclofaixa 240

280

pettit pavet 340 edifício

DEDALEIRO

Nome Científico: Senna macranthera

Nome Científico: Lafoensia pacari

JUSTIFICATIVA: essa espécie ja compôs a paisagem da rua durante as décadas de 80 e 90 e apresenta boa qualidade paisagística

JUSTIFICATIVA: é a espécie presente em maior número na rua atualmente. Além disso possui massa foliar expressiva, não apresenta problemas com pragas e doenças e incompatibilidade com calçada.

2%

Representação em planta e corte

Representação em planta e corte

AGAPANTO Nome Científico: Agapanthus africanus JUSTIFICATIVA: apesar da origem africana, a espécie se adapta muito bem ao clima curitibano, é resiste ao frio e geadas.

ESCALA: 1:200

edifício

trilho 250

CASSIA - MANDUIRANA

CORTE A

faixa compartilhada bicicleta e carro 520

estação 300

2105

DEPOIS

pettit pavet 340

120 160 trilho 250

2%

Escolha de bons materiais: - Manutenção do pettit pavet para áreas de apoio ao lote - Pavimentação em blocos de concreto catalítico - material que transforma os poluentes NOx em Nitrato e, com o efeito dos raios ultravioleta e a chuva, ajudam a adubar os canteiros e reduzem em até 40% a poluição atmosférica. - Ciclofaixa em argamassa de concreto, com pigmentação vermelha - Mobiliário em concreto, madeira, metal e vidro

ANTES

h = 1090

Preservação do desenho das luminárias originais :

edifício

Incentivo a usos públicos e culturais nos edificios tombados e naqueles classificados como Unidades de Interesse de Preservação (UIP)

MOBILIDADE

h = 915

PATRIMÔNIO

Praça Eufrásio Correia

2000

USO E OCUPAÇÃO Diversidade de usos : residencial,

- Incentivo a uso residencial transitório (serviço de hospedagem e hotelaria), já tradicional da área

edifício

- Atividades e usos noturnos

h = 1040

h = 1080

- Incentivo a usos de serviços gastronômicos

Integração entre as esferas pública e privada:

edifício

- Integração entre usos de comércio, serviço, institucional e educacional

- Tratamento do nível dos olhos - Maior número de fachadas ativas - Criação de lugares e ambiências a partir da ampliação de áreas de descanso e estar entre espaço construído e áreas verdes e sombreadas

lotes com potencial de transformação residencial

- Utilização da faixa de apoio ao lote para apropriação do espaço público associadas ao uso dos lotes, como mesas de cafés e restaurantes, por exemplo.

ESCALA: 1:200

misto comércio e serviços institucional

Uniformidade da paisagem urbana Aparência neutra com relação à paisagem urbana nas novas edificações

CORTE C

residencial transitório

edifício

pettit pavet 370

calçadão 335

banco com pettit pavet canteiro 160 340 edifício 305

2030

PROPOSTA

ATUALMENTE

ciclofaixa 160 120 240

Diagrama de fachadas ativas

DETALHE CRUZAMENTO

RUAS BARÃO DO RIO BRANCO E JOSÉ LOUREIRO ESCALA: 1:200

0 1m

10 m

20 m

02 02


BR-153: conciliando a cidade e a estrada

RESUMO Esta proposta refere-se ao trecho da BR-153 no perímetro urbano de Erechim-RS a partir da abordagem paisagística. A rodovia é considerada a principal infraestrutura de conexão da região do Alto Uruguai, no Norte do estado do Rio Grande do Sul e liga as principais rodovias dessa região. Partindo das análises morfológicas nota-se a BR-153 como uma barreira sócio-espacial ao tecido urbano urbano consolidado e áreas em consolidação e de expansão. Cruzando dados de densidade demográfica e renda e equipamentos urbanos, percebe-se que a área urbana posterior (sul) à rodovia é uma das mais densas, com a menor faixa de renda e com menos acesso aos equipamentos de infraestrutura urbana, portanto, mais segregada e menos assististida. Este estudo procura alternativas para minimizar os conflitos de segregação sócio-espacial gerados pela presença da BR-153 no perímetro urbano de Erechim, e com o objetivo de integrá-la à Paisagem Urbana, criando novos valores e, desta forma, promovendo a requalificação do espaço urbano. Propõe-se através do projeto e desenho paisagístico: criar

novas conexões e continuidades entre os lados que hoje encontram-se segregados pela rodovia; promover maior conectividade e vitalidade urbana; incentivar a requalificação da área com a implantação de novos equipamentos urbanos, parques e corredores a partir do conceito de Infraestrutura Verde; e ainda, remoção e tratamento das áreas de ocupação irregular da faixa de domínio e das áreas de risco, com enfoque na recuperação e preservação do meio ambiente. Definem-se diretrizes para uso e ocupação do solo com a intenção de promover a diversidade de usos e melhoria da acessibilidade na área, através da criação de circuitos não motorizados junto às áreas verdes livres. Propõe-se ainda, a reestruturação da malha urbana com a criação de novos cruzamentos e remodelação dos cruzamentos existentes, para adequação de travessia para veículos e pessoas, como também a reestruturação das vias marginais. Desta forma, almeja-se potencializar o uso da rodovia para os diversos modais, tornando-a um dos principais eixos de mobilidade urbano-regional a longo prazo.

I M P L A N TA Ç Ã O M A ST E R P L A N DIAGRAMA ESTRATÉGIAS INFRA-VERDE

DIAGRAMA TRAVESSIAS

DIAGRAMA SISTEMA DE PARQUES

1/1

DIAGRAMA MOBILIDADE URBANA

DIAGRAMA HIERARQUIA VIÁRIA

ANÁLISE E DIAGNÓSTICO

5000m

URBANIZAÇÃO EM PROCESSO DE CONSOLIDAÇÃO

TRAVESSIA PARA ACESSO À INFRAESTRUTURA URBANA

SEGREGAÇÃO SÓCIO-ESPACIAL

SISTEMA DE DRENAGEM E FRAGMENTOS DE MATA NATIVA FRAGMENTADOS

DIRETRIZES GERAIS E CONCEITO As diretrizes que estruturam o conceito desta proposta dividem-se em três linhas de ação: Preservar, Conectar e Requalificar. Tem-se como princípio pensar na rodovia enquanto um grande parque linear de Integração. A primeira linha de ação tem a ênfase na Preservação do Meio Ambiente. Pretende-se conservar estas áreas através de um sistema de Parques e Corredores Verdes que em determinados momentos são conectados pela rodovia. A segunda linha de ação tem

o intuito de Conectar a rodovia e a cidade e propõe-se a remodelação de cruzamentos já existentes como também a criação de novos cruzamentos e travessias para os diversos modais. Por último, a terceira linha de ação visa a Requalificação do espaço marginal à rodovia e para melhorar as relações de segregação sócio-espacial, através da alteração da Lei de Uso e Ocupação do Solo, com o incentivo ao uso misto com parte deste voltada para a criação de ZEIS.

DIAGRAMA CONCEITO DA PROPOSTA GERAL

VIADUTO BR-480 - RS-211

VIADUTO LINHA FÉRREA

CORTE LONGITUDINAL EIXO BR-153

VIADUTO AEROPORTO

VIADUTO CORREDOR ECOLÓGICO 1

ÁREA DE DETALHAMENTO

TRAVESSIA DE PEDESTRES

VIADUTO INDUSTRIAL

VIADUTO CORREDOR ECOLÓGICO 2

VIADUTO RS-477

VIADUTO LINHA FÉRREA

TREVO RS-331


R ECO RT E 1

R ECO RT E 2

A área de Detalhamento foi escolhida principalmente pelas diferenças sócio-espaciais evidenciadas neste trecho, aonde na margem sul encontra-se o Bairro Progresso, um dos bairros de maior densidade e menor índice de renda, e ao norte, a Av. 7 de Setembro, uma das principais vias da cidade, que concentra alta densidade e de maior faixa de renda. Partindo das diretrizes projetuais definidas para o Master Plan também se identificou a vocação área enquanto ponto de conexão entre os bairros. Diante disto, considerando as condicionantes do terreno, tais como topografia, drenagem, vegetação e os principais fluxos dos diferentes modais de transporte, propõe-se uma conexão física através de uma Travessia Parque. Criam-se passarelas elevadas sob a BR-153 e Av. 7 de Setembro para possibilitar uma travessia segura de pedestres e ciclistas e também interligar o sistema de parques. A base conceitual desta Área de Detalhamento é Integração, pois pretende-se criar uma conexão física entre os bairros como também impulsionar a interação social entre através do espaço público. Além disto, expressa-se o conceito foi em forma, ao optar-se pelas formas curvas que, quando côncavas, configuram-se nichos de atividades, quando convexas, abrem-se formando mirantes. Para traduzir o conceito em textura e cor definiu-se utilizar o paver colorido, em tons terrosos, da areia compacta junto as áreas de atividades recreativas e também de áreas impermeabilizadas em concreto. O Programa de Necessidades é composto por áreas de lazer e recreação, com espaço de estar e contemplação, food truck, anfiteatro, banheiros, pista de skate, playground, mirantes e pomar. Acredita-se que os diferentes usos nesta área podem contribuir na apropriação de públicos diversos, fomentando a vitalidade. Por localizar-se em um ponto bem integrado é também um local propício para eventos cívicos.

1/2

Encontra-se na UP4, com trecho de uso de solo dedicado ao Comércio de Grande Porte na margem norte e Serviços de Suporte ao Viajante na margem sul. Neste trecho a rodovia encontra-se no mesmo nível das vias marginais e é também o trecho de maior largura, com vegetação de médio porte, usada para sombrear as ciclovias e os passeios do parque. Próximo as saídas de veículos e pontos de ônibus utiliza-se a vegetação é colorida para auxiliar na orientação dos usuários. Ainda, para este recorte utilizou-se barreiras de acesso para de limitar o acesso de pedestres e evitar acidentes. Além disto indicam-se áreas parceladas a serem utilizadas pelos instrumentos do Estatuto da Cidade, como PEUC, com a intenção de consolidar a ocupação.

Encontra-se na UP2, com trecho de uso de solo dedicado ao Comércio de Grande Porte na margem norte e Serviços de Suporte ao Viajante na margem sul. Neste trecho a rodovia encontra-se elevadas das vias marginais e faz-se uso do gabião vegetado para contenção da mesma. Ainda, utiliza-se a vegetação para sombrear as ciclovias e os passeios do parque, associado aos arbustos e placas acústicas para minimizar o ruído. Próximo aos pontos de ônibus utiliza-se a vegetação é colorida para auxiliar na orientação dos usuários. Além disto, indicam-se áreas a serem utilizadas pelos instrumentos do Estatuto da Cidade, como PEUC, com a intenção de consolidar a ocupação, com edificações de uso misto.

Á R E A D E D E TA L H A ME N TO

R ECO RT E 3

Este recorte refere-se a área da UP5. Neste pronto a margem da rodovia é de Uso Misto 2, com edificações de até 4 pavimentos. Incentiva-se também as Fachadas Ativas neste trecho, para fomentar a vitalidade local. Neste trecho a rodovia encontra-se em meio-nível entre suas margens com vegetação composta por camadas para criar-se uma barreira de redução de ruído associado às placas de barreira acústica. Aqui a borda é também de uso público, com passeios compartilhados (a pé e bicicleta) entre a rodovia e suas vias marginais. Neste trecho a vegetação é composta por Ypês Brancos e decíduas de copa densa.

IMPLANTAÇÃO ÁREA DE DETALHAMENTO A passarelas foram projetadas em estrutura metálica, para vencer-se os grandes vãos com uma estrutura modular, pré-fabricada e de fácil montagem, também considerada mais sustentável, uma vez que o metal poderá também ser reutilizado no futuro. Seu partido estético é inspirado na releitura dos elementos predominantes nesta paisagem, as Araucárias e os Silos Industriais. Estes elementos foram formalmente sintetizados e unidos afim de criarem-se formas contemporâneas que valorizam os aspectos formais presentes no Skyline da cidade. Estas estruturas são compostas por arranjos que configuram uma estrutura híbrida de arcos metálicos, conectados a uma grelha metálica através de tirantes, conforme a perspectiva.

As espécies de vegetações foram definidas com a intenção de configurar diferentes áreas. Os Ipês Amarelos ficam próximos aos pontos de ônibus. Os Flamboyant ficam nas áreas atividades recreativas. As árvores decíduas de copas largas e os arbustos ficam nas bordas afim de barrar os ventos e proteger da insolação direta e do contato visual direto com as vias marginais. As Araucárias são a espécie mais expressiva do Bioma Mata de Araucárias, por isto, são locadas em pontos estratégicos para servirem de Marco Visual aos motoristas, ciclistas e pedestres. Foram escolhidas três árvores para simbolicamente representar as três linhas de ação que conceituam esta proposta, Preservar, Conectar e Requalificar.

DIAGRAMA CONCEITO DA PROPOSTA DE DETALHAMENTO

DIAGRAMA COMPOSIÇÃO ESTÉTICA DA ESTRUTURA DAS PASSARELAS

DIAGRAMA ESTRUTURA DAS PASSARELAS

FLUXO NÃO-MOTORIZADO FLUXO URBANO FLUXO RODOVIÁRIO

DIAGRAMA FLUXOS

PERSPECTIVA PASSARELA SOBRE A AVENIDA 7 DE SETEMBRO: À ESQUERDA PISTA DE SKATE, À DIREITA ANFITEATRO

CORTE DETALHAMENTO

PERSPECTIVA ENTRADA PRINCIPAL AVENIDA 7 DE SETEMBRO: ÁREA CÍVICA PARA EVENTOS

PERSPECTIVA PASSARELA SOBRE A BR-153: MIRANTE COM VISTA PARA O BAIRRO PROGRESSO






1

2 INTRODUÇÃO E LOCALIZAÇÃO

PROBLEMA

DIRETRIZ DE IMPLANTAÇÃO

PERSPECTIVAS

Para o desenvolvimento da proposta de implantação, foi realizada

A história catarinense foi construída através da diversidade de

etnias e culturas, as quais vêm sendo estudadas por historiadores, - Depredação Humana; sociólogos, antropólogos, entre outros estudiosos, pois merecem - Desvalor Paisagístico e Cultural;

Figura 08 – Vista Noroeste

Figura 09 – Museu, Sambaqui e Entorno

na área de preservação ambiental. Após reunião realizou-se (junho de 2017) geolocalizou a área e levou as observações para o restante da equipe.

do tipo sambaquis: amontoados originados por nossos ancestrais.

Na semana seguinte o parecer foi:

visita técnica na área de intervenção com o biólogo Wagner Cardoso, o qual

Figura 04 – Estado atual do Sambaqui Garopaba do Sul

« Sim. É possível implantar uma edificação na área situada na face norte do sambaqui,

histórico pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional

coberta por vegetação rasteira, onde não há alagamentos no terreno e tampouco a

(IPHAN) está o sambaqui Garopaba do Sul, pertencente ao município

movimentação de dunas, conforme verificado in loco. (...) O ideal é que a obra seja

de Jaguaruna, litoral sul de Santa Catarina (figura 01 a 03).

projetada para buscar uma harmonização com o ambiente local, trazendo soluções

Figura 01 – Localização do Estado Figura 02 – Imagem aérea Figura 03 – Perspectiva do de Santa Catarina e de Jaguaruna do Sambaqui Garopaba do Sambaqui Garopaba do Sul Sul

Figura 07 – Marco de Entrada Museu

consulta à equipe do ICMBio/APABF para obtenção do aval de implantação

reconhecimento e valorização. Rica em patrimônio histórico e natural, - Falta de Informação; a região sul do estado, possui um grande número de sítios arqueológicos - Fiscalização Inadequada. Dentre os sambaquis reconhecidos e cadastrados como patrimônio

Figura 06 – Entrada Principal do Museu

para sua sustentabilidade ambiental. (...) Nos colocamos à disposição para eventual apoio Fonte: Acervo Pessoal.

para implementação do projeto, caso o mesmo tenha possibilidade de ser implantado.»

OBJETIVO

Figura 05 – Área autorizada para implantação do Museu

Figura 10 – Vista do Topo do Sambaqui

Desenvolver o anteprojeto arquitetônico, urbanístico e paisagístico de um parque de preservação do patrimônio histórico, arqueológico e natural que considere a evolução do homem e respeite sua relação com o meio, que valorize a paisagem natural e incentive a prática cultural. Figura 11 – Varanda Museu

Fonte: Blog Maior Sambaqui.

Fonte: Acervo Pessoal.

SÍNTESE PROJETUAL E PLANTA DE SITUAÇÃO

N

Laguna

Fonte: Google Maps, 2016.

Afastamento de 200 m

Área de Estudo e Intervenção

Cerca do Sambaqui

Área de Preservação da Baleia Franca

RUA DA PLATAFORMA

O sambaqui Garopaba do Sul é considerado o maior sambaqui do mundo, com 30 metros de altura, 200 metros de diâmetro, e com mais de 3.700 anos de idade (DIDONÊ, Revista Nova Escola, maio, 2008), representa em seu amontoado importantes elementos que manifestam a cultura,

RUA DO MUSEU

SC 100

ou parte dela, dos grupos pré-históricos que o construíram.

A fenomenologia busca a compreensão das transformações de ordem cultural, através do retorno à essência humana, entender as expressões do Ser em seu espaço social. O termo

RUA D

O SAM

arquitetural refere-se a arquitetura de forma geral, da

BAQU

I

1

1

6 21

6

1

1

principais o bambu e a pedra.

6 11

construtivo a bioarquitetura, tendo como elementos

11

Nesta linha de pensamento adotou-se como método

6

percurso do sambaqui, conectanto homem e natureza.

6 1

em que vivemos, através de experiências proporcionadas no museu e no

1

vivenciada, que o Parque Arqueológico Icó estima valorizar o meio

Trecho Jaguaruna

produção ao produto. E é através do legado de cada época

SC 100

Fonte: Macamp.

A implantação do Parque compreende uma área de preservação de 624.000 m² e um museu com área construída de 2.500 m². O

Icó , em tupi-guarani significa ser, estar e viver. 10 20

30

40

50

Bicicletário

Restinga

Museu

Dunas Móveis

Dormentes

Oceano

Estacionamento

Área Alagável

Povoado

Dunas Fixas

Sambaqui

Área de Preservação

Perímetro do Parque


2

2 PLANTA TÉCNICA IMPLANTAÇÃO E COBERTURA Placas Fotovoltaicas Projeção Reservatório Elevado Projeção Cisterna CASAN 37,15

Área Alagável Tratada para Lagoa Aerada

0 ,0 0

0 ,0 19

17,20

A restinga catarinense é classificada em três tipos básicos: O telhado de duas água com inclinação de 3%, possui calha O sistema de decks removíveis será utilizado como estrutura herbáceas, arbustivas e arbóreas. As herbáceas são as de central (água-furtada) e é assim composto: de piso para passeio no sambaqui, haja vista ser a estratégia predominância na área de intervenção, principalmente suas ESTRUTURA - Bambu composto por terças, caibros e ripas, menos agressiva. Sua largura será 2.40 m (3 módulos de subdivisões: subarbustivas de praia e dunas frontais e apoiado em pontaletes fixados nos pilares e na estrutura 0,80 cm) e ocupará uma extensão total de 860 metros. Segue subarbustivas de lagunas, banhados e baixadas, no telhado central de pedras portantes; detalhamento: verde será implantada a salsa-da-praia, espécie do tipo COBERTURA - A vedação será feita com esteira de bambu,

,0 20

6

0,80

Vegetação

0

1

43

,5

0

DETALHAMENTO DECK

rastejante, com flor lilás e folhas suculentas e no paisagismo lona e sistema de cobertura verde tipo extensiva. ainda serão utilizadas bromélias e agaves. Segue detalhamento:.

30

1

3,2

COBERTURA VERDE

1

Figura 12 - Salsa-da-Praia

Figura 13 - Forração Utilizada

0,80

Projeção Cisterna de Águas Pluviais

Deck

N

PAISAGISMO

Substrato Rufo Grelha Ecopavimento 20 mm

Membrana Alveolar

11

6

21

6

304,31

Membrana de Absorção Membrana Anti Raízes

a linha vertical utilizada na

Lona Impermeabilizante

estrutura do museu. A madeira

Esteira de Bambu

será de reflorestamento e suas

Bambu Tratado

lâminas serão de 6 cm de largura

6 11

6 1

Fonte: Disponível em: Museu Goeldi. Acesso novembro de 2017.

TRATAMENTO DE ESGOTO

1

1

O design das chapas seguirá

e 3 cm de espessura.

Tanque Séptico (T.S.)

Anteparo

Ancoragem

Água-Pé

Registro

O sistema utilizado será de lagoas aeradas com plantas aquáticas

328,19

(Água-pé), baseado na propriedade de desenvolver microorganismos

10 20

30

40

50

despoluidores em suas raízes limpando a água ao passar. Natural e eficiente ainda aproveita a disponibilidade das áreas alagáveis. Segue detalhe de aeração:

TÚNEL DO TEMPO Figura 14

O Túnel possui o objetivo de lembrar o visitante

Figura 16

De macaco a robô, o ser humano mutou em um tempo

como o ser humano se desenvolveu individualmente

muito rápido, levando consigo o meio em que vive.

e em sociedade. Os períodos pré-histórios, época a

É tempo de refletir sobre a conduta egocêntrica

qual representa o patrimônio em questão - o

humana, a qual ignora o caráter finito da natureza

sambaqui -, expressam a descoberta de formas

em prol da sobrevivência prática.

Figura 18

comunicativas e de sobrevivência básica. A natureza é neste tempo o melhor amigo do homem,

É tempo de salvar os sonhos das crianças

mostrando-o que será sempre sua aliada, basta

e ensiná-las o valor da vida.

a inteligência humana. A principal atração do Museu implatado no Parque, é o Túnel do Tempo. Com 70 metros de comprimento, a cada 10 metros seus painéis digitais apresentam imagens dos períodos da pré-história e história: Paleolítico (Idade da Pedra Lascada), Neolítico (Idade da Pedra Polida), Idade dos Metais, Idade Antiga, Idade Média, Idade Moderna e a atual, Idade Contemporânea.

Figura 15

Com o passar do tempo as descobertas vão tomando conta do pensamento humano e desenvolve-se o ego, o ideal de gênio e de domínio.

Ao fim do túnel há uma sala espelhada com a Figura 17

intenção de que todos vejam a si e ao seu próximo, refletindo sobre suas ações e seus propósitos.

Iniciam as disputas de territórios, guerras... Ao mesmo tempo a natureza é abusada e o homem passa a se portar de forma superior. Surge a mecânica, tecnologias de conforto e rapidez. Logo um querendo ser mais que o outro, surge o capitalismo.

Somos autores do presente e temos um legado a deixar. QUAL É O SEU LEGADO?


JARDIM BOTÂNICO INTERVENÇÃO NA FAZENDA BIMINI

Perspectiva de Implantação Jardim Botânico

NÚCLEO 01 - SEDE DO JARDIM BOTÂNICO PARTIDO

TEMA Jardim Botânico Fazenda Bimini, localizado na própria fazenda, em Rolândia/ PR, integrando uma área privada de educação ambiental existente, com um espaço arquitetônico contemporâneo para conservação de espécies da flora Brasileira.

FAZENDA BIMINI

OBJETIVOS GERAL: o presente trabalho propõe projetar um Jardim Botânico Fazenda Bimini, na cidade de Rolândia - PR, juntamente com uma área para educação ambiental e disseminação da cultura paisagística.

ESPECÍFICOS: Projetar uma estufa, com viveiro, para espécies in situ, devidamente climatizado abrigando várias espécies;

Localização aérea - Fazenda Bimini - Rolândia PR

A fazenda Bimini localiza-se em Rolândia, a 35 km de Londrina - PR. Local destinado à educação e conscientização ambiental não formal, voltado para a comunidade em parâmetros de visitação e contemplação assistida em áreas de reflorestamento, matas ciliares e educação ambiental. A fazenda, na época da cafeicultura, teve até 170 mil pés de café. Hoje, essa cultura se resume a uma pequena área mantida com o trabalho de poucos funcionários. O café, a partir de 1981, foi substituído pelas culturas de soja, trigo, milho e cana-de-açúcar. A fazenda possui um programa de exploração agrícola consorciada com ideias ecológicas, sendo três arboretos botânicos com espécies de vários biomas através de uma parceria com a Embrapa Florestas (Colombo-PR).

Desenvolver uma área para educação ambiental, com anfiteatro para palestras, biblioteca, e espaço para eventos; Proporcionar uma área com alojamentos e herbário, para pesquisa e acomodação de cientistas na própria da fazenda. Propor uma revitalização da área histórica existente para dar suporte a parte de educação ambiental, que a fazenda já possui; Elaborar uma área externa com os arboretos do Engenheiro Florestal Paulo Ernani, mostrando o seu potencial paisagístico e educacional.

JUSTIFICATIVA

Slow Architecture: na arquitetura, o movimento acredita que as cidades precisam manter seu passado e sua história para que tenham um futuro. Por isso, investe na construção coerente, que faz com que cada edifício erguido esteja totalmente integrado à paisagem e ao seu entorno, garantindo vínculos com a história da região e a cultura local. Isso, pois um edifício ultrapassa a barreira do tempo, então precisa garantir um alinhamento com o presente, mas também uma harmonia com o futuro. Slow Architecture é aquela construção mais orgânica, gradual, inversa ao padrão das grandes metrópoles a que estamos nos acostumando. Quem segue os preceitos do slow cria um edifício conectado ao meio ambiente, ao clima local. Como consequência, coloca o bem-estar da população como prioridade em um movimento que tenta alinhar o crescimento econômico à sustentabilidade. Partiu-se da arquitetura industrial rural, com estruturas metálicas, telhado triangular, uso de madeira, pedra e tijolos vermelhos, materiais tradicionais nas grandes fazendas. Para integrar a área existente com a nova proposta arquitetônica, preferiu-se usar a transparência e a conexão física dos espaços com a natureza, proporcionando diferentes maneiras de percepção do meio ambiente.

EVOLUÇÃO DA FORMA Partiu-se do desenho típico de um galpão de fazenda.

No primeiro circuito projetaram-se três edificações que se conectam através de passarelas e espaços ao ar livre. A primeira é uma área de acolhimento, com amplo refeitório, cozinha e serviços na face sul, uma loja e área de convívio para os visitantes; esses espaços possuem uma boa permeabilidade visual, com o uso intenso do vidro, para que os usuários possam desfrutar das belas visuais naturais que o terreno proprociona. No segundo prédio estão ás áreas didáticas, englobando um auditório, biblioteca e espaço para eventos. Nesses espaços, trabalhou-se com materiais com boa acústica e proteção solar, como a madeira e o concreto. E no terceiro e último edifício desse circuito está a estufa, totalmente em vidro, que abrigará as espécies de menor porte. No setor histórico, foi feita uma readptação das funções existentes, e foi criado um grande galpão para abrigar todos os pequenos galpões. Por estar em frente ao Terreirão, o material mais utilizado foi o tijolo vermelho.

Os outros circuitos terão uma área de apoio, um container, que abrigará banheiros para os circulantes. Explorando diferentes escalas, relações proporcionais de unidade e sequencialidade, surgiram novas configurações. Pela manipulação de volumes, recorte e materiais, surgem diferentes volumetrias, que partem da unidade base.

Foto do casarão Alemão e do Eng. Florestal Paulo Ernani - Fazenda Bimini - Rolândia PR

Alongou-se os eixos existente das laterais do Arboreto 2 e do desenho existente da área legal, para a nova ocupação do Núcleo 01. A estrada que dá acesso ao interior da fazenda, se faz paralela a esses eixos.

Atrás do arboreto 01, reservado por uma ampla floresta, foram colocados os alojamentos e o herbário. Esses espaços foram feitos com containers, estruturas metálicas, e uma cobertura de madeira como um grande galpão, remetendo ao restante das edificações da fazenda.

Com isso, se reconstruiu parte da mata que foi destruída para plantação, contribuindo para a melhoria do meio ambiente e da qualidade de vida.

O Brasil abriga a maior biodiversidade do planeta. Esta abundante variedade de vida se traduz em mais de 20% do número total de espécies da Terra. Porém, apesar de toda esta riqueza de espécies nativas, a maior parte das atividades econômicas nacionais se baseia em espécies exóticas.

MEMORIAL JUSTIFICATIVO

A natureza existente já se encarregou de fazer a distribuição dos passeios, como o lago do Córrego Kanyon; os pássaros da Trilha da Saracura, e as frondosas árvores dos arboretos.

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