Boletim Informativo - Número 9 - dezembro/janeiro - 2012
II Simpósio Estadual dos ODM Organizações recebem certificação Rafael Osório apresenta análise do Ipea Págs. 8 e 9
Ações em prol dos ODM Pág. 10
Exemplos de cooperação Intersetorial Pág. 11
EDITORIAL
Confira as instituições que já participam do movimento
Um ótimo 2013
• Ação da Cidadania•Associação Empresarial de Itajaí - ACII•Associação Ambientalista Comunitária Espiritualista Patriarca São José•Associação Comercial e Industrial de Florianópolis – ACIF•Associação de Joinville e Região da Pequena, Média Empresa – AJORPEME•Associação de Jornais do Interior de SC – ADJORI•Associação de Pais e Professores EBM João Gonçalves Pinheiro•Associação Horizontes•Associação Teatral Eternos Aprendizes•Bairro da Juventude•Caixa Econômica Federal•Campos Novos Energia S/A – ENERCAN•Casa da Mulher Catarina•CELESC•Central Única dos Trabalhadores – CUT•Centro de Integração Empresa–Escola - CIEE/ SC•Comissão OAB Cidadã•Comitê para Democratização da Informática de Santa Catarina – CDI•Complexo de Ensino Superior de Santa Catarina - CESUSC•Diocese de Criciúma•Dudalina S.A•ELETROSUL•Energética Barra Grande S/A – BAESA•Centro Universitário Estácio de Sá•Federação do Comércio de Santa Catarina - FECOMÉRCIO SC•Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina – FACISC•FUCAS•Fundação Educacional de Criciúma - UNESC•Fundação Hospitalar de Blumenau•Fundação Maurício Sirotsky Sobrinho – FMSS•Fundação Universidade Alto Vale do Rio do Peixe – UNIARP• Fundação Universidade do Oeste de Santa Catarina - FUNOESC•Fundação Universidade Regional de Blumenau – FURB•Instituto Comunitário de Florianópolis – ICOM•Instituto Consciência e Cidadania – ICC21•Instituto Consulado da Mulher• Instituto Crescer – Movimento Cidadania e Juventude•Instituto Ekko Brasil •Instituto de Geração de Tecnologias do Conhecimento – IGETECON•Instituto Federal de Ciência e Tecnologia de SC ( IF-SC)•Instituto Primeiro Plano•Instituto Voluntários em Ação – IVA•Moradia e Cidadania Santa Catarina• JCI Blumenau Garcia•NEXXERA•ONG Travessia•Plêiade Consultoria e Desenvolvimento LTDA ME•Portonave S/A – Terminais Portuários de Navegantes•Prefeitura Municipal de Biguaçu•Prefeitura Municipal de Brusque•Prefeitura Municipal de Itajaí•Prefeitura Municipal de Joinville•Prosperitate Consultoria em Sustentabilidade•Sec. de Estado da Assistência Social, Trabalho e Habitação/Governo SC•Sec. de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável/ Governo SC•Serviço Social do Comércio SESC-SC• Secretaria Municipal de Educação de Blumenau•Secretaria Municipal de Assistência Social e da Criança e do Adolescente de Blumenau•Secretaria Municipal do Sistema Social de Criciúma•Serviço Social da Indústria SESI/SC•Sociedade Educacional de Santa Catarina – SOCIESC•Superintendência do Porto de Itajaí•Tractebel Energia – GDF SUEZ•Transmissão da Cidadania e do Saber•UNIMED Blumenau•UNIMED Brusque•UNIMED C a n o i n h a s • U N I M E D C h a p e c ó • U N I M E D G ra n d e Florianópolis•UNIMED Litoral•UNIMED SC•Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI•Universidade da Região de Joinville – UNIVILLE
No dia 27 de novembro o movimento Nós Podemos SC realizou o II Simpósio Estadual dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. O evento contou com a participação dos diversos setores sociais que compõe o movimento e foi uma oportunidade de confraternização e troca de experiências. Também foi o momento de premiar com a Certificação ODM, todas as organizações que enviaram os relatórios de suas ações socioambientais no ano de 2011. Nesta edição do nosso boletim apresentamos os temas discutidos nos dois painéis realizados durante o evento e também a cobertura da cerimônia de certificação. Destacamos os dados sociais atualizados de Santa Catarina, trazidos pelo representante do Ipea. Também os exemplos de ações da sociedade, representada nas falas da Unimed Santa Catarina, Bairro da Juventude, Celesc, Governo do Estado, Secretaria de Assuntos Federativos, Prefeitura de Brusque e do comitê Nós Podemos Joinville. Foi um dia dedicado a entender como cada organização ajuda a melhorar o mundo, iniciando pelo quintal da sua sede. Oportunidade de novas informações e ótimos exemplos para serem seguidos, copiados e aperfeiçoados. Momento de fechamento do ano, exaltando com a Certificação ODM o esforço das organizações que compõe o nosso movimento. Um ano que consolidou o Nós Podemos SC como espaço representativo da sociedade, onde mais de 70 organizações se comprometeram a unir seus esforços por um único objetivo: melhorar o nosso mundo. Um 2013 repleto de ótimas realizações para todos nós. EXPEDIENTE Este boletim é uma publicação do Movimento Nós Podemos Santa Catarina (MNPSC) Secretaria Estadual - Instituto Primeiro Plano Rua João Pinto, 30 – Ed. Joana de Gusmão sala 803 Centro – Florianópolis/SC CEP 88010-420 Fone (48) 3025-1079/3025-3949 sec.mnpsc@gmail.com
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Este boletim é patrocinado por:
Edição e redação Rafael Gué Martini (Mte/SC 02551-JP) Projeto gráfico: Maria José H. Coelho Diagramação: Cristiane Cardoso Revisão: Regina May de Farias Conselho Editorial: Cheila Zortéa (FMSS), João Batista Thomé (UNIVILLE), Márcia Battistella (SDS), Odilon Faccio (IPP), Regina May de Farias (FMSS).
A secretaria do MNPSC tem patrocínio de:
Encaminhe suas sugestões: comunica.mnpsc@gmail.com Tiragem: 3.000 Gráfica: Agnus Foto Capa: Rafael Gué Martini
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Parceiros
bem-vindos ao movimento
Confira as organizações que estão se filiando ao Movimento Nós Podemos SC Prefeitura de Biguaçu “A participação da Prefeitura no movimento Nós podemos SC vai divulgar as ações realizadas por este governo na melhoria das condições de vida da população. Os ODM são selos de qualidade social”.
AGENDE-SE 30 de Janeiro de 2013 Agenda de Compromissos dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) O governo federal planeja realizar no início de 2013 um grande evento para recepcionar os prefeitos que acabam de ser eleitos e tomarão posse em janeiro. A proposta é apresentar um sistema web para ajudar os municípios a planejar e monitorar suas ações alinhadas aos ODM.
Ana Paula Medeiros e Silva Vicente, Secretaria de Assistência Social e Habitação de Biguaçu.
Nossa Riqueza | As pessoas que fazem o Nós Podemos SC Motivação Eu acredito nas pessoas, no potencial do ser humano, na capacidade que nós temos de transformar as coisas e na contribuição que cada um pode dar no sentido de termos um mundo melhor. Ações Operamos diariamente com afinco em pelo menos 3 dos 8 objetivos do milênio:
Cheila zortéa Coordenadora da Fundação Maurício Sirotsky Sobrinho Florianópolis
• Acabar com a fome e a Miséria – Através da seleção de projetos sociais com este tema; •Educação Básica de Qualidade para Todos – Através da Campanha “A Educação Precisa de Respostas”; •Todo mundo trabalhando pelo desenvolvimento – Através do apoio a iniciativas de desenvolvimento comunitário. Resultados Os resultados e números da nossa atuação são a expressão de um trabalho com extrema dedicação e transparência. Entre 2011 e 2012 nossas ações beneficiaram mais de 21500 pessoas, que foram atendidas por cerca de 300 instituições sociais apoiadas pela Fundação.
Arrisque-se! Toda vida é um risco. O homem que vai mais longe é geralmente aquele que está disposto a fazer e a ousar”. (Dale Carnegie)
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odm em sc
II Simpósio Estadual dos ODM Evento trouxe exemplos de ações positivas no estado
Fotos: Rafael Gué Martini
“Ao se combater a pobreza se promove a sustentabilidade”, Maria Celina.
Maria Celina Arraes (PNUD)
No dia 27 de novembro, as organizações que compõem o Movimento Nós Podemos SC encontraram-se no auditório da CELESC, em Florianópolis, para celebrar mais um ano de trabalho no II Simpósio Estadual dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. Na abertura do evento, a representante do PNUD, Maria Celina Arraes, destacou que os ODM são indicadores claros que promovem as parcerias e a diversidade. “SC tem ótimos indicadores de avanço, por isso é mais difícil de evoluir. O básico já foi feito e agora são necessárias ações mais ousadas”. No contexto internacional, Maria Celina lembrou que em junho foi lançado o relatório anual indicando que três dos ODM foram atingidos no mundo: pobreza, moradia e acesso a água. “Pela 1ª vez o n˚ de pobres diminuiu em todas as regiões, inclusive na África Subsaariana. A Rio +20 reconheceu que os ODM são um ótimo sistema de acompanhamento que deve continuar com os Objetivos de desenvolvimento Sustentável (ODS), que vão valer para todos os países e não apenas para os países em desenvolvimento, como foram os ODM”. A sociedade civil deve contribuir para uma visão compartilhada do futuro que queremos - que é o mote dos ODS.
O representante da Caixa Federal, Marcelo Luiz Moser, anunciou que o banco assinou com o governo de SC e prefeituras o maior financiamento para o saneamento da história do estado, prevendo investimento de mais de 400 milhões. “Atuamos em vários projetos como Minha Casa Minha Vida, projeto de cultura no Chico Mendes, no maciço com aquecimento de água. A Caixa é o agente público que mais opera e mais atua nos ODM no estado”, ressaltou Marcelo. Esta boa notícia vai de encontro ao que José Claudenor Vermohlen, representante da secretaria da presidência, destacou: a importância do planejamento para que todas as prefeituras do país possam atingir os ODM. Para que isso ocorra é fundamental a municipalização e discussão dos indicadores locais, para que cada município atinja as metas, acompanhando o que de fato está melhorando. Este trabalho de mobilização é fundamental para diminuir as desigualdades regionais. “Nosso objetivo é ver todos fazendo três refeições, todos na escola, todas pessoas com saúde pública de qualidade, superar as doenças, ter um lugar saudável para viver. A partir da felicidade e alegria das pessoas poderemos seguir o desenvolvimento”, concluiu Vermohlen.
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odm em sc
“A partir da felicidade e alegria das pessoas poderemos seguir o desenvolvimento”, José Vermohlen
Odilon Faccio falou em nome do Movimento Nacional Pela Cidadania e Solidariedade e pelo Nós Podemos SC. Ele destacou que o principal objetivo do movimento é articular a sociedade para que o país seja exemplo no cumprimento dos ODM. “As pessoas precisam ter conhecimento do conjunto de políticas públicas que tem direito. Precisamos promover a solidariedade
apoiou o simpósio; A Nexxera que apoiou a certificação; as empresas que sediam as reuniões mensais como a UNIVILLE, UNIVALI, Estácio; As empresas Baesa e FMSS; e a UNIMED SC que patrocinou a certificação e que apóia com a articulação no interior do estado, principalmente em Chapecó, Brusque, Itajaí e Joinville. “Cito estes parceiros agradecendo a todas organizações que participam do nosso movimento”, finalizou. Encerrando a abertura do evento, Cleverson Siewert, representando a Celesc, apontou a energia como o principal subsídio para o desenvolvimento. “Juntos atuamos para o dinamismo da economia e por um estado mais humano, com um futuro mais iluminado - porque nossa energia é fundamental. O movimento fala que nós podemos, e tenho certeza que juntos nós poderemos mais”.
em contraposição ao egoísmo, porque juntos fazemos mais e melhor”. Odilon falou da campanha nacional que deve articular a copa do mundo com os ODM e da reformulação do prêmio ODM Brasil - que deverá ter prévias estaduais antes da seleção nacional. Agradeceu a CELESC por sediar um evento do movimento por ano e por articular os comitês dos ODM no interior; a Eletrosul por patrocinar a secretaria estadual do movimento; A Tractebel que financia o boletim; A Caixa Federal que ...5 BOLETIM INFORMATIVO - NÓS PODEMOS SANTA CATARINA. No9 DEZEMBRO/JANEIRO 2012
CERTIFICAÇÃO 2012
Esforço reconhecido Organizações recebem Certificação ODM Fotos Rafael Gué Martini
Com o objetivo de valorizar os projetos e ações empreendidas pelas diferentes instituições, o Movimento Nós Podemos SC lançou este ano a Certificação ODM. O Certificado foi entregue no encerramento do II Simpósio Estadual à todas as instituições parceiras que enviaram os relatórios das ações e projetos desenvolvidos em 2011. Ao todo, 33 organizações receberam a certificação no dia 27/11. Confiram as imagens da festa.
Foto: Flávia Giacomozzi
Eletrosul
Baesa
Facisc Foto: Flávia Giacomozzi
FMSS
ICOM
Enercan
IVA
JCI Blumenau
Moradia e Cidadania SC
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Instituto Primeiro Plano
Nexxera
Caixa
Ong Travessia
Prefeitura de Brusque
Prefeitura de Joinville
Uniarp
Sociesc
EBM João Gonçalves Pinheiro
Ecovila São José
Associação Horizontes
Univille
Foto: Flávia Giacomozzi
CDI-SC
Univali, Instituto Crescer, Porto de Itajaí
Foto: Flávia Giacomozzi
CIEE
Fundação Hospitalar Blumenau
Unimed: Brusque, SC, Blumenau, Litoral, Florianópolis
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ODM em sc
Indicadores sociais de Santa Catarina Ipea apresenta novos dados sobre os ODM no estado Por Rafael Gué Martini Uma das contribuições importantes durante o II Simpósio Estadual dos ODM foi a apresentação dos indicadores sociais de Santa Catarina, realizada por Rafael Osório - Diretor de Estudos e Políticas Sociais do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea). Foram relacionados os dados recentes do estado, levantados pelo Ipea, com cada um dos oito Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM).
O Brasil se propôs a reduzir mais que a meta mundial estipulada pela ONU (1/4 contra 1/2) e chegou em 2011 em 1/5 do percentual de pobreza que tinha em 1990 - superando a meta. SC tem alguma vantagem em relação ao país, mas com muito a fazer ainda por este objetivo. “Acho interessante a competição entre os estados para erradicar a pobreza (RJ, DF e SC), mas é um desafio praticamente impossível, porque a pobreza não é estável. Consegue-se levar a um nível muito baixo, mas todo dia surgem novos pobres. Melhorar índices altos é muito mais difícil que subir de níveis mais baixos para intermediários.” • 1,7% da população estadual era extremamente pobre em 2004. Em 2009, caiu para menos de 1% (dados PNAD). Isso representaria 60 mil pessoas em uma população de 6 milhões. • O número de pessoas com mais de 1 SM cresceu de 45% em 2004 para 66% em 2009. Representando um crescimento da classe média no estado.
“A agenda de objetivos internacionais tem que ser apropriada pela sociedade. Na década de 80 estávamos preocupados só com o crescimento econômico e o resto tinha que vir de arrasto. Nossa tarefa é muito grande porque precisamos mudar esta mentalidade e focar no bem estar e não só na economia”, ressaltou. Confira os destaques da apresentação em cada um dos ODM. ...8
Os índices na educação de SC são bons, mas a avaliação de números brutos pode enganar e precisam de comparação com outros fatores. Principalmente devido às mudanças recentes nos anos de estudo no ensino fundamental. A fase de 0 a 7 anos é importantíssima para o futuro das crianças. É quando ela vai criar sua consciência e desenvolver suas características. A expansão do ensino infantil em SC é positiva e melhora as condições de mobilidade intergeracional. “Em Santa Catarina e no Brasil o gargalo da educação é o mesmo: o acesso ao ensino médio. Estamos com necessidade de implementar o número de anos de ensino na época de mais importância para a colocação profissional.” • a frequência na faixa de 0 a 3 anos cresceu de 26% em 2004, para 34% em 2009 (7 e 11% no Brasil) • na faixa de 4 a 6 anos, foi de 70% para 80% (mas grande parte se deve ao acréscimo de um ano ao ensino fundamental • na faixa de 7 a 14 anos, em 2009, mais de 98% frequentavam escola • de 15 a 18 anos houve queda de 64% para 57% no ensino médio (não é ruim porque houve melhoria de fluxo)
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A desigualdade tem relação com a cultura. As mulheres vítimas de estupro ainda são acusadas por se vestirem de maneira provocante. Os maridos não dão contrapartida em trabalho doméstico à altura do que trazem para casa as esposas trabalhadoras. “Este tipo de mudança tem que ter participação da sociedade civil. O governo não pode forçar a mudança cultural, porque se caracterizaria como autoritarismo.” • Não existem barreiras para o acesso das mulheres à educação no Brasil, mas elas continuam a ter renda relativamente menor do que a de trabalhadores homens com características semelhantes • Ainda não temos uma rede de serviços de cuidado que alivie a carga das mulheres (e das famílias) - nossa sociedade é tolerante com a violência contra a mulher – dentro e fora de casa
Reduzir a mortalidade das crianças não custa caro, a tecnologia é barata e simples. Por isso, locais com indicadores sociais péssimos podem alcançar ótimos indicadores de mortalidade infantil. Deve se oferecer acompanhamento pré-natal e pós-natal de qualidade e com cuidado. Embora não seja parte deste ODM, Rafael Osório chamou a atenção para a mortalidade de homens jovens em SC, que quase dobrou. • A mortalidade dos homens jovens (15 a 29 anos) por homicídio aumentou de 20, em 2000, para 43 por 100.000 jovens, em 2010. • Nas microrregiões de Itajaí e Florianópolis esta mortalidade é de 106 e 81; em São Miguel D’Oeste e em Rio do Sul está em torno de 7.5
Cerca de 2.000 mulheres morrem por ano em SC devido a complicações com a gestação ou parto. “O percentual de mortalidade materna está caindo, mas é devido ao crescimento populacional e do aumento relativo da porcentagem de mulheres em idade fértil e não pela melhoria da saúde das gestantes.”
Neste objetivo há um crescimento no número de casos no estado, mas pode ser resultado de maior eficiência do sistema de saúde na identificação. “O estado responde por uma parte expressiva dos diagnósticos, considerando a população do estado em relação à brasileira.” • Todo ano surgem em torno de 27 mil casos de AIDS no Brasil • Em Santa Catarina, entre 1500 e 2000 por ano
Foi conquistado o acesso universal à água, até para os extremamente pobres. A coleta de lixo cresceu muito também. “A água chega a todos, mas não sai. 99% tem água, mas só 56% dos extremamentes pobres tem coleta de esgoto. Sabemos que o lixo e o esgoto são coletados, mas não sabemos para onde vão ou qual é o tratamento.” • A taxa da população que conta com coleta de lixo, entre os extremamente pobres, foi de 50% em 2004 para 81% em 2009 • A rede coletora de esgoto ou fossa séptica é o pior indicador, cobrindo apenas 83% da população em 2009.
Os países ricos querem jogar a responsabilidade da mudança para os emergentes. No entanto, eles projetam alta tecnologia que vai ser produzida e gera poluição nos países emergentes. “Os ODM não são mais da ONU, são de todos nós e precisamos, governo e sociedade, lutar por esta agenda que ainda não se esgotou.”
Nota: Está disponível no site do Ipea uma publicação com informações mais detalhadas sobre a evolução social de SC
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odm em sc
Panorama geral de ações em prol dos ODM Rafael Gué Martini
Organizações apresentam exemplos de cidadania
Da esquerda para direita: a mediadora Vanda Lohn (Univali), Rafael Osório (Ipea), Ernani Bayer (Governo SC), Jauro Soares (Unimed) e Otávio Nunes Neto (Bairro da Juventude). Após a abertura do II Simpósio Estadual, foi apresentado um painel sobre o Panorama geral de ações em prol dos ODM. Além dos dados atualizados de SC, apresentados por Rafael Osório do Ipea (veja páginas 4 e 5), falaram também representantes da Unimed, do Bairro da Juventude e do governo do estado.
“Nós somos o governo. Se quisermos que nosso local melhore temos que fazer a nossa parte”, Jauro Soares. Jauro Soares apresentou um resumo dos principais projetos da maior cooperativa médica do mundo: a Unimed. Ao todo, a cooperativa investe 45 milhões por ano em mais de 50 projetos e 100 ações no estado de SC. Mas ele acredita que a Unimed ainda tem muito que aprender, principalmente em temos de indicadores e de método científico. O desafio é ampliar as parcerias e contribuir mais pelos ODM, para que onde houver uma Unimed exista um núcleo do movimento. “Dá para ir mais rápido sozinho, mas juntos chegaremos mais longe”, finalizou. ...10
Na apresentação do Bairro da Juventude de Criciúma, feita por Otávio Nunes Neto, foi possível sentir a importância de uma organização que, desde 1949, apoia a população mais carente, em especial os jovens que precisam se colocar no mercado de trabalho. O Bairro oferece alimentação, educação e saúde à mais de mil crianças e adolescentes que frequentam do maternal ao ensino profissionalizante. “Nosso sentimento é de satisfação em atender crianças que tem sequelas na miséria de Criciúma. Crianças abusadas, desnutridas ou abandonadas pela família que encontram no Bairro da Juventude uma esperança”, explicou Otávio.
“Trabalhamos com a saúde preventiva. Em 2011 não tivemos nenhuma adolescente grávida e em 2012 apenas uma”, Otávio Nunes. Para encerrar o painel, Ernani Bayer, representando o governo de SC, informou que o estado já tem o cadastro de 50 mil pessoas que estão abaixo da linha da pobreza e que serão atendidas na primeira fase do Santa Renda (programa estadual que irá complementar o Bolsa Família).
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MUNICIPALIZAÇÃO
A municipalização dos ODM
Rafael Gué Martini
Oportunidades de cooperação intersetorial
“Só com parceria atingiremos os objetivos. Nem governo isolado, nem sociedade civil isolada”, Irene Cunha.
Irene Cunha e o prefeito Paulo Eccel
A programação da tarde no II Simpósio Estadual dos ODM foi o painel “A municipalização dos ODM: oportunidades de cooperação intersetorial”. Um tema abordado por representantes dos governos federal e municipal, das empresas e das organizações sem fins lucrativos. Representando a Secretaria de Assuntos Federativos, Irene Cunha falou do lançamento, em janeiro de 2013, de uma agenda de compromissos com os ODM entre governo federal e os municípios. O sistema terá uma plataforma web onde os novos prefeitos eleitos poderão se cadastrar e alinhar seus planos de governo às metas do milênio. Um dos objetivos é levar os indicadores até a sociedade para que a população possa acompanhar o que a administração da sua cidade está fazendo por seus moradores. “Queremos demonstrar aos municípios como a política pública do governo federal pode chegar ao local, porque é no local que as coisas acontecem. Há uma grande diferença entre os municípios que precisa ser diminuída”, ressaltou Irene. O prefeito de Brusque, Paulo Roberto Eccel, apresentou o Selo Social de Brusque. Uma iniciativa aberta a todas as organizações e que dá visibilidade aos atores sociais que trabalham pelos ODM no município.
“O selo social possibilita tornar público o investimento das empresas. Desta forma aproxima os setores e pode influenciar no direcionamento dos recursos para projetos socioambientais”, comentou Paulo indicando que é uma experiência que pode ser copiada. Viviane Bleyer, da CELESC, falou das experiências com responsabilidade socioambiental (RSA) da empresa, que possui 180 lojas de atendimento no estado. Indicou exemplos de ações da empresa em cada um dos ODM e do papel da companhia na formação dos comitês municipais, em parceria com o Nós Podemos SC. “A RSA tem que dar retorno e estar relacionada com o negócio da empresa”. Finalizando, João Batista Thomé contou da experiência do comitê Nós Podemos Joinville, que levou à mídia o tema dos ODM com uma série de matérias publicadas no jornal Notícias do Dia, durante uma semana. Também falou da Roda de Diálogos, que reúne os parceiros em pequenos grupos para discutir projetos ou ações em conjunto para cada um dos ODM. Destacou que foi o comitê de Joinville que apresentou o termo de adesão como instrumento de ligação com o movimento. “Mais que um comitê por uma causa, nos tornamos amigos por uma causa”, encerrou Thomé. ...11
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ODM 2013
nós podemos sc
Participe da Certificação ODM 2013, entre em contato com a secretaria do movimento e solicite o formulário para informar suas ações em prol dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio em 2012. Secretaria Estadual Instituto Primeiro Plano Fones (48) 3025-1079 (48) 3025-3949 e-mail sec.mnpsc@gmail.com
Certificação ODM 2013 Saiba como participar e quais são os critérios Pela 1ª vez o movimento Nós Podemos SC entregou a Certificação ODM, referente às ações realizadas pelas organizações filiadas no ano de 2011. Confira como participar da edição de 2013.
Quem pode participar?
Como será feita a certificação?
Todas as organizações que assinaram o Termo de Adesão ao movimento Nós Podemos SC e completaram um (1) ano de filiação. As ações que devem ser registradas e enviadas se referem ao ano de 2012.
A Certificação será analisada após o recebimento do formulário específico da Certificação (disponível na secretaria do movimento), enviado devidamente preenchido pela instituição à coordenação estadual que designará uma comissão específica para analisar os formulários e emitirá um PARECER com a lista das entidades aptas a receberem a Certificação.
Critérios fundamentais a serem observados: 1. Cumprimento dos objetivos que seguem na carta de adesão: • Considerar os ODM propostos pela ONU como uma das suas ações institucionais • Incentivar outras instituições do Estado e Município a incorporar os ODM como agenda institucional • Disseminar informações dos ODM à população em geral • Juntar esforços e fomentar parcerias para a mudança de comportamentos visando o desenvolvimento sustentável • Contribuir para o fortalecimento do Movimento Nós Podemos Santa Catarina • Enviar, anualmente, à Secretaria do Movimento Estadual um relatório das ações da instituição realizadas em prol das metas dos ODM 2. Coerência nas informações
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