CENTRO CULTURAL RIBEIRÃO PRETO 2016
CENTRO CULTURAL
Monografia apresentada ao Centro Universitário Moura Lacerda, Ribeirão Preto, para cumprimento das exigências para a obtenção do grau de bacharel em Arquitetura e Urbanismo sob orientação da Prof. Regina Lúcia Angelini.
PRISCILA ORTIGOSO FRANCISCO RIBEIRÃO PRETO 2016.
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho aos meus pais, Waldir Francisco, Carmen Silvia Ortigoso Francisco, minha irmã Gabriela Ortigoso Francisco e ao meu namorado Vinicio Manfrin Maceno que sempre estiveram ao meu lado, apoiando minhas escolhas e incentivando a nunca desistir dos meus sonhos. Agradeço a Deus por estar iluminando meu caminho; a minha família por todo amor e carinho.
AGRADECIMENTOS
Aos meus professores orientadores Jarryer De Martino, presente no primeiro semestre e Regina Lúcia Angelini pela motivação, disponibilidade e compartilhamento de conhecimento. Aos mestres Celso Santos e Ana Paula Di Donato que com toda compreensão e ensinamento contribuíram com a minha formação acadêmica, principalmente durante o período de estágio, não apenas profissionalmente, mas como pessoa. Aos meus mestres e colegas de sala que a arquitetura me concedeu, em especial minhas amigas Marilia da Silva e Lorena Banogamba que durante esses cinco anos de curso compartilharam comigo os ruins e bons momentos com carinho e dedicação.
Obrigada.
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO 03 O ESPAÇO COMO EMOÇÃO 06 INTRODUÇÃO AS REFERÊNCIAS PROJETUAIS 10 CENTRO CULTURAL SÃO PAULO 11 TERMINAL INTERNACIONAL DE YOKOHAMA 19 CASA DA CULTURA E MOVIMENTO 25 ÁREA DE INTERVENÇÃO 30 LEGISLAÇÃO ARQUITETÔNICA E URBANÍSTICA 32 ÁREAS DEGRADADAS E PATRIMÔNIOS 33 MAPAS CONCEITUAIS 34 PARTIDO PROJETUAL 39 RELAÇÕES PROGRAMÁTICAS 42 RELAÇÕES VOLUMÉTRICAS 44 MAQUETE FÍSICA E ELETRÔNICA 45 ELEVAÇÕES E CORTES ESQUEMÁTICOS 47 MEMORIAL JUSTIFICATIVO 48 MEMORIAL DESCRITIVO 51 ESTUDO DE LAJES E COTAS 53 PERSPECTIVAS 54 IMPLANTAÇÃO 56 PLANTAS 57 ELEVAÇÕES/CORTES 59 REFEÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
05 O PROJETO
04 DIRETRIZES PROJETUAIS
03 LEVANTAMENTO DE DADOS
02 REFERÊNCIAS PROJETUAIS
INTRODUÇÃO
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 61.
Segundo Sousa e Dias (2015) a arquitetura que valoriza a vida deve atender a todos os sentidos simultaneamente e fundir a nossa auto imagem com a nossa experiência de mundo; apesar da nossa percepção do mundo ser formulada por informações provenientes dos cinco sentidos, muita da arquitetura produzida considera apenas um, a visão. A partir desta perspectiva, se arquitetos criarem ambientes visuais sem levar em consideração o usuário e a multissensorialidade, essa criação resultará em espaços distorcidos por não estarem compatíveis com as necessidades de toda a diversidade dos usuários. As pessoas com deficiência visual se apropriam ou percebem os espaços através de mecanismos e estratégias sensoriais que são diferentes daqueles empregados por pessoas videntes (aqueles que enxergam normalmente). Ao conviver e dialogar com estas pessoas, percebe-se que elas passam a prestar atenção aos mínimos, mas significativos detalhes, para possibilitar a sua percepção e orientação espacial. (SOUSA; DIAS, 2015, p. 10).
O espaço não deve ser apenas funcional, deve transcender um mero espaço físico em que se pode vivenciar além da percepção visual, assim criando o sentimento de pertencimento ao lugar. (SOUSA; DIAS, 2015). Os recursos sensoriais são utilizados para a produção de uma ambiência, na busca de criar sentidos que extrapolem a função original dos objetos e sejam percebidos pelos indivíduos como uma atmosfera única, a partir de suas impressões pessoais. (BRANDÃO; ALVES; CARVALHO, 2006).
INTRODUÇÃO
A partir de reflexões pessoais e de pesquisas fundamentadas em artigos, é com clareza que os fundamentos da escolha da área em Arquitetura, do assunto delimitado a Equipamento Público e do tema Centro Cultural (objeto em estudo, localizado na zona Norte de Ribeirão Preto) serão apresentados a partir do interesse e motivação pela necessidade de interação social e valorização das experiências sensoriais capazes de estimular a diversidade no ambiente.
O espaço não deve ser apenas funcional, deve transcender um mero espaço físico em que se pode vivenciar além da percepção visual, assim criando o sentimento de pertencimento ao lugar. (SOUSA; DIAS, 2015). Os recursos sensoriais são utilizados para a produção de uma ambiência, na busca de criar sentidos que extrapolem a função original dos objetos e sejam percebidos pelos indivíduos como uma atmosfera única, a partir de suas impressões pessoais. (BRANDÃO; ALVES; CARVALHO, 2006). Pode - se dizer que os estímulos sensoriais de um ambiente físico, têm o potencial de desencadear uma rede de significações e constituir uma experiência única para cada sujeito. Assim, a sensorialidade pode ser explorada como fonte de valor real para um público; portanto, se faz pertinente o estudo da experiência sensorial como uma estratégia capaz de gerar valores. (BRANDÃO; ALVES;CARVALHO,2006, p. 8).
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Para Brandão, Alves e Carvalho (2006) é notável a importância do uso de recursos sensoriais enquanto estratégia comunicativa; pois as sensações têm a potencialidade de desencadear uma rede de significações, que associadas aos conhecimentos prévios do indivíduo como a memória de imagens, opiniões e sentimentos formados ao longo da vida, remetem a emoções e vinculações a certos lugares ou ambientes.
Mais que agregar valor a um cotidiano linear, ou à vida de modo geral, a procura pela experiência é a busca pelo autoconhecimento, por momentos que fazem o usuário se redescobrir e reinventar. Vista desse modo, a experiência é um norteador de vida, ações e crenças do ser humano, podendo criar ou derrubar realidades e barreiras psicológicas. A responsabilidade de uma sociedade mais justa e inclusiva é vista na contemporaneidade como um dever de todos e, mais que nunca, dos responsáveis pela criação dos espaços de vivência. (PANINI,2014, p.6).
O papel do arquiteto é compreender que todo objeto e espaço são um emissor, portanto, deve-se entender que passíveis de interpretação pelos cinco sentidos humanos e, logo, podem ser tangíveis a todos, independentemente de um desses sentidos estarem ausentes (ALCANTARA; ARAÚJO; RHEIGANTZ, 2004). Desconhecendo a contribuição das ciências cognitivas, os arquitetos preocupam-se com as questões materiais, estéticas e com a geometria dos seus espaços, descuidando das questões relacionadas com as sensações,
percepções, formações mentais e a consciência dos usuários. Em geral, não atentam para a influência das formas visíveis, sons, odores, sabores, coisas tangíveis ou palpáveis sobre os objetos da mente – pensamentos, ideias e concepções – nas reações das pessoas em sua interação com o ambiente. (ALCANTARA; ARAÚJO; RHEIGANTZ, 2004, p.2).
Segundo Panini (2014) 0s profissionais de arquitetura possuem essencial papel na criação de espaços mais humanos e sensoriais, devendo sempre estar em busca de uma arquitetura acessível e, especialmente, tangível a todos, que seja capaz de provocar no usuário experiências agradáveis e memoráveis. A arquitetura dos sentidos envolve toda uma reação corporal, tanto física quanto psicológica, seja ela determinada ou estimulada por qualquer sentido (tato, paladar, olfato, visão e audição) deve contribuir tanto para os olhos da pele, quanto para o sorriso do arrepio; são conquistas que somente a experiência arquitetônica é capaz de proporcionar. A maior tentativa é fazer com que a arquitetura seja portadora de uma nova experimentação de elementos convencionais que comunique a todos, deixando em segundo plano ou alinhada as questões construtivas, pensando na tentativa de desempenhar um papel essencial a partir de uma nova postura arquitetônica, gerada pela realidade vivida. No entanto, a problemática gira em torno de como desenvolver o projeto de um Centro Cultural a partir das várias sensações e realidades que o espaço possa causar nos indivíduos. A elaboração de diretrizes que possam auxiliar no entendimento de como trabalhar e projetar um edifício cul04
tural é um instrumento válido e preciso.
As diretrizes são: •Analisar as experiências que o ambiente possa causar no indivíduo; • Simular espaços e objetos que possam ser utilizados por usuários com capacidades diferentes, sendo eles deficientes ou não; • Explicar a relação de afeto criada pelos indivíduos a partir das experiências proporcionadas pelo lugar;
• Descrever sobre a herança cultural da zona de implantação, conhecendo a real necessidade da população; • Discutir sobre as características topográficas, levantamento do entorno para melhor compreensão da vizinhança e das condicionantes que influenciam diretamente.
A importância acadêmica do assunto e tema escolhido podem servir como instrumento teórico para reflexões direcionado a qualquer profissional da arquitetura; no sentido de que a arquitetura modernista tem abrigado e priorizado o intelecto e os olhos, deixando de lado nosso corpo e demais sentidos, assim como nossa imaginação, memória e nossos sonhos.
• O princípio básico de projeto se desenvolve em torno de uma concepção primeiramente conceitual do qual o todo é organizado, então é possível desenvolver a extensão total da imaginação.
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Nós, no mundo ocidental, estamos começando a descobrir nossos sentidos negligenciados. Essa crescente conscientização representa, de certa maneira, uma insurgência tardia contra a dolorosa privação da experiência sensorial que temos sofrido em nosso mundo tecnológico. Essa nova conscientização é atualmente vigorosamente projetada por inúmeros arquitetos de todo o mundo, os quais estão tentando resensualizar a arquitetura por meio de um senso reforçado de materialidade e tatilidade, textura e peso, densidade do espaço e da luz materializada. (MONTAGU, 1978, p. XIII).
Quanto a aplicabilidade , relevância prática e social da pesquisa é importante beneficiar todas as classes sociais, independente da deficiência ou não, com a inclusão de todos, na tentativa de promover uma integração social; a qual exis-
ta uma identificação pessoal de como cada indivíduo sente a arquitetura, mas ao mesmo tempo coletiva, podendo sentir e compartilhar a diversidade das experiências. Para Pallasmaa (1996) é evidente que uma arquitetura que intensifique a vida deva provocar todos os sentidos simultaneamente e fundir nossa imagem de indivíduos com nossa experiência de mundo, uma das tarefas arquitetura é acomodar a todos e promover a integração. A arquitetura articula a experiência de se fazer parte do mundo e reforça nossa sensação de realidade e identidade pessoal. A literatura selecionada até o momento para fundamentar a pesquisa contempla a tese de doutorado Sentindo o espaço arquitetônico de CASTELNOU, Antônio Manuel Nunes e Saber ver a arquitetura de ZEVI, Bruno. A literatura apresentada explora a relação entre a sensorialidade e o espaço arquitetônico, mostrando como os sentidos aliados ao edifício construído podem ajudar na percepção e no reconhecimento deste. Segundo Castelnou (2003) a arquitetura pode ser vista como uma das manifestações mais representativas das atividades dos homens agrupados em sociedade, permitindolhes construir todos os abrigos que lhes são necessários na sua vida cotidiana. Porém, a obra arquitetônica não ocupa somente esta função utilitária; com o auxílio das formas que essas necessidades provocam e que os meios técnicos permitem realizar, ela atinge uma das mais altas expressões da arte pela utilização estética de seus espaços.
O ESPAÇO COMO EMOÇÃO
Segundo Pallasmaa (1996) nossa atual produção industrial em massa do imaginário visual tende a afastar a visão do envolvimento emocional e da identificação. A visão e a audição hoje são os sentidos socialmente privilegiados, enquanto os outros três são considerados resquícios arcaicos, com uma função meramente privada e acabam sendo reprimidos culturalmente. O predomínio dos olhos e a supressão dos outros sentidos tende nos forçar a alienação, ao isolamento e à exterioridade; desta maneira a reflexão e importância da pesquisa para qualquer profissional da área consiste em prezar pela essencial função da arquitetura; ela expressa e relaciona a condição humana no mundo através do estimulo de todos os sentidos, criando uma atmosfera de identidade com o espaço.
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É na interação de todos os sentidos humanos que se pode começar a ver; a experimentar a arquitetura. A percepção ambiental inicia – se através da captação sensorial, a qual seria mais ou menos idêntica entre as pessoas e necessárias para a sobrevivência do gênero humano. Somente em seguida, ocorreria a cognição, ou seja, a descrição de como as pessoas estruturam, apreendem e conhecem seu meio, o que varia culturalmente. A percepção trata de como a imaginação capta e de como o esforço cognitivo a organiza, para somente depois ocorrer a avaliação, estando baseada nas preferências e na definição dos valores equalidades do meio. (CASTELNOU, 2003, p.148).
Portanto, a compreensão do espaço arquitetônico – passa necessariamente pelas vias subjetivas; é na interação de todos os sentidos humanos que se pode começar a ver; a experimentar a arquitetura. As pessoas analisam os estímulos graças a esquemas cognitivos também variáveis, influenciados por experiências e também pela cultura. (CASTELNOU, 2003). Qualquer meio material proporciona, antes de nada, um fundo afetivo a partir do qual se selecionam imagens que se associarão com ele. O ambiente arquitetônico afeta o comportamento humano, podendo provocar monotonia, fadiga, dor de cabeça, irritabilidade e até hostilidade, assim como favorecer a sensação de ânimo, vivacidade, alegria e relaxamento. Todos os sentidos participam da compreensão espacial.
Através da visão, o sentido dominante dos seres humanos, percebe-se distâncias, tamanhos, formas, texturas, luzes e cores. Estas últimas, por sua vez, afetam nossos sentidos, o sistema psicofisiológico e a sexualidade, provocando tanto agressividade como relaxamento. (CASTELNOU, 2003, p.150).
O conteúdo social, o efeito psicológico e os valores formais se materializam todos no espaço. Interpretar o espaço significa por isso incluir todas as realidades de um edifício; o caráter essencial da arquitetura, que a distingue das outras atividades artísticas, reside no fato de agir com um vocabulário tridimensional que incluí o próprio homem. (ZEVI, 2000). As sensações de uma galeria que se torna estreita, de uma rampa que fica mais suave, de um salão que se amplia a cada passo, paredes curvas e pisos inclinados, transparências e brilhos; tudo contribui para mudanças na percepção humana do espaço arquitetônico. E, consequentemente, atinge as maneiras de se comportar dentro dos lugares, sejam eles habitacionais ou voltados à vida coletiva e social. (CASTELNOU, 2003, p.151).
Para Castelnou (2003) aqueles que acreditam que a arquitetura é somente feita de materiais construtivos, deve-se incorporar a idéia de que o espaço também se afeta pela percepção que se tem do mesmo. A partir disso, passam a ter importância os fatores que atingem todos os sentidos humanos e igualmente nossas funções vitais, como respirar, comer ou dormir. Uma arquitetura que aconteça de modo pluridimensional é a que mais se aproxima donosso futuro. De forma multissensorial, precisamos voltar a sentir a beleza nos espaços em que vivemos. 07
A partir da industrialização, os arquitetos passaram a ignorar o ritmo, a harmonia e a proporção. Com o modernismo arquitetônico, enfatizaram-se as componentes funcionais e técnicas dos espaços em detrimento das íntimas e subjetivas. Muitas lições foram esquecidas pelos construtores contemporâneos, o que acabou resultando no empobrecimento de nossas capacidades sensoriais. (CASTELNOU, 2003, p.170).
Foi principalmente a partir da segunda metade do século XX que as populações urbanas fecharam-se dentro de ambientes artificiais, os quais entorpecem os nossos sentidos naturais com substitutos artificiais, neutralizando estímulos orgânicos e negando nosso aparelho sensorial. (CASTELNOU, 2003). De acordo com Castelnou (2003). Hoje em dia, os profissionais parecem incapazes de relacionar os desconfortos físicos e psicológicos que sofremos com as condições nocivas que existem em nossas casas e locais de trabalho. Os edifícios são estruturas herméticas formadas por sistemas integrados, que podem dar origem a fungos, bactérias e gases prejudiciais. Materiais artificiais causam alergias, irritações e até mesmo infecções. Nos transformando em consumidores ideais, passamos a ser submetidos à iluminação artificial, ao ar condicionado reciclado, às fragrâncias sintéticas e à música para induzir a um estado de prazer aquisitivo. Os instrumentos de coletas de dados mais utilizados para o desenvolvimento da pesquisa foram fundamentados em bibliografias, tais como: artigos, livros, tese de doutorado e pesquisas por links para próxima etapa de apresentação dos projetos referenciais. Descrever o Centro Cultural implicará 08
no estudo das características físicas e de impacto social a partir de projetos referenciais como fontes de estudo; esta metodologia está fundamentada na análise projetual (do objeto – centro cultural) e no conceito de tipologia coletiva. O método de abordagem será realizado através de estudos de obras anteriores, que contribuirão com os instrumentos necessários para chegar a uma postura crítica de projeto e da teoria da arquitetura; garantindo a execução da pesquisa.
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Será abordado como fonte de estudo para nortear as leituras projetuais e perceber como se desenvolvem as diferentes etapas da criação até a finalização de um projeto arquitetônico e artístico; a partir de estudos iniciais, sendo eles - por volumes com cores a partir do programa de necessidades, por gráficos, protótipos de dobraduras para representação de sistemas construtivos, maquetes físicas e eletrônica, esquema de fluxos, gráficos, diagramações, estudos de setorização do programa etc; é a partir destas etapas e entre outras de processos que o valor real e autonomia enquanto conhecimento do arquiteto no desenvolvimento projetual se tornam concretos e reconhecidos enquanto produção final; o objeto não é vazio em seu conteúdo totalizado, é fruto de um longo processo de raciocínio e cheio de interpretações e significados que preenchem sua aura e resultam no processo final. A seguinte
apresentação das referências projetuais seguem esta linha de pensamento imediato (criação de novos espaços) e passando a considerar como de igual importância as dimensões cultural, social, histórica e individual Segundo Neto (1979) é necessário a partir do levantamento de dados propor organizações espaciais que funcionem como informadoras e formadoras dos usuários na direção de uma mudança positiva de comportamento que intensifique as relações inter-humanas, motrizes do desenvolvimento individual; sendo assim, o Arquiteto e Urbanista deve considerar as outras dimensões, indo além do propósito
REFERÊNCIAS PROJETUAIS
A arquitetura organiza o espaço que circunda o homem, levando em conta todas as atividades físicas e psíquicas de que ele é capaz; a arquitetura ordena o ambiente humano, controla e regula as relações entre o homem e seu habitat. Ao fazer isso, a arquitetura serve várias funções, além das funções práticas (MAHFUZ, p. 21).
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CENTRO CULTURAL SÃO PAULO - CCSP
Jardim suspenso/ área de convivência
Concepção paisagística
Ano: 1978 - 1982 Localização: Rua Vergueiro, 1000 – Paraíso; situado entre a Rua Vergueiro e a Avenida 23 de maio, próximo à Avenida Paulista e junto a duas estações de metrô. Arquitetos: Luiz Benedito Telles e Eurico Prado Lopes Área construída: 4.6500 m²
CONCEITO PROJETUAL E PROGRAMA O conceito do projeto é perceptível primeiramente através de sua implantação, onde o edifício aparece totalmente integrado a paisagem e dissolvido ao longo do terreno como uma continuação da malha urbana horizontal em meio as duas avenidas, priorizando o abrigo - encontro dos indivíduos (espaço de sociabilidades) e o uso cotidiano destes a partir das atividades desenvolvidas. Os usos e a disposição do programa de necessidades acontece a partir da articulação de um vazio central conectado por grandes rampas de acesso que conectam um nível ao outro, protegidos por uma cobertura de estrutura metálica e concreto. O Centro Cultural oferece teatro, dança, música, mostras de artes visuais, projeções de cinema e vídeo, oficinas, debates e cursos, e mantém sob sua guarda expressivos acervos da cidade de São Paulo, distribuídos entre os quatro pavimentos, além de um conjunto de bibliotecas. “Planejar, promover, incentivar e documentar as criações culturais e artísticas; reunir e organizar uma infra – estrutura de informações sobre o conhecimento humano; desenvolver pesquisas sobre a cultura e a arte brasileira, fornecendo subsídios para as suas atividades; incentivar a participação da comunidade, com o objetivo de
Integração ao espaço urbano
Figuras 01 e 02: Centro Cultural São Paulo - Localização Fonte:(http://www.spbairros.com.br/centro-cultural-de-sao-paulo/. Acesso: 26 de Fevereiro, 2016.)
Horta comunitária aberta ao público no último domingo do mês
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desenvolver a capacidade criativa de seus membros, permitindo a estes o acesso simultâneo a diferentes formas de cultura; e oferecer condições para estudo e pesquisa, nos campos do saber e da cultura, como apoio à educação e ao desenvolvimento científico e tecnológico”; são funções estabelecidas pela lei de criação do Centro Cultural São Paulo, promulgada em 6 de maio de 1982.(CENTRO CULTURAL SÃO PAULO. http://www.centrocultural.sp.gov.br/CCSP_histori co.html).
PROCESSOS DE DESENVOLVIMENTO PROJETUAL Os estudos foram realizados a partir de desenhos e croquis pelos arquitetos, com esboços da articulação entre as vigas curvas de linha contínua que apresentam leveza independente de sua materialidade e pilares mais uniformes. A partir destes croquis de estudo, é possível notar um modelo fluído e dinâmico, sem barreiras visuais, que preza pela horizontalidade do processo de acordo com as condições naturais do terreno acentuado; propõe-se níveis que se desenvolvem como continuidade do solo existente, totalizando em quatro pavimentos até que se consiga passar por dentro do edifício e ter acesso a Vergueiro e 23 de maio em níveis diferentes. Existe uma preocupação clara a partir destes estudos físicos do sistema estrutural do edifício com a disposição de vigas e pilares (introdução de peças de aço curvado) que possibilitam grandes vãos, na qual a estrutura parece flutuar na cobertura.
Figuras 03, 04, 05 e 06: Centro Cultural São Paulo – Croquis dos arquitetos. Fonte:(http://www.centrocultural. sp.gov.br/CCSP_historico.html Acesso: 26 de Fevereiro, 2016.)
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Figuras 07, 08, 09, 10, 11 e 12: Croqui dos arquitetos Fonte:(http://www.scielo.cl/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S071769962013000100012. Acesso: 10 de Marรงo, 2016.)
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Maquete física do sistema construtivo
Perspectiva demonstrando a relação entre a composição estrutural e escala humana. Figuras 13, 14 e 15: Croqui dos arquitetos Fonte:(http://www.scielo.cl/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S071769962013000100012. Acesso: 10 de Março, 2016.)
Esquema de circulação e sobreposição das plantas das bibliotecas
É possível estabelecer relações entre as curvas do CCSP do corpo humano e da natureza. Prado Lopes relacionada à estrutura do edifício com um nu feminino; em numerosas perspectivas do projeto, ele introduziu figuras humanas para sinalizar a escala que
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destaca as suas estruturas ósseas, principalmente as costelas como condicionantes para a estrutura do edifício.(SERAPIAO,2011.http://www.sciel o.cl/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0 71769962013000100012).
Plantas pinacoteca, entrada e distribuição
Plantas bibliotecas, teatros e serviços Legenda: Áreas destinadas aos auditórios, serviços, salas Tarsila do Amaral, Jardel Filho, Paulo Emílio e espaço Ademar Guerra.
Áreas destinadas a circulação livre pelas bibliotecas e espaços expositivos
Figuras 16, 17 e 18: Plantas e corte – Sem escala Fonte:(http://www.scielo.cl/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0717 69962013000100012. Acesso: 17 de Março, 2016.)
Corte Transversal Estas manchas em plantas especificam os núcleos predominantes de serviços (sanitários, acervos, DML, guarda volumes, etc.), atividades propostas pelas salas e as áreas mais livres para circulação e estudo nos ambientes direcionados a biblioteca e pinacoteca.
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23 DE MAIO
VERGUEIRO
Figura 19: Planta – Sem escala. Fontehttp://www.centrocultural.sp.gov.br/Plantas/plantapisocaiograco.pdf: Acesso: 23 de Março, 2016.
Figura 20: Planta – Sem escala. Fontehttp:(http://www.centrocultural.sp.gov.br/Plantas/plantapisoflaviodecarval ho.pdf Acesso: 23 de Março, 2016.
Piso Flávio de Carvalho
Piso Caio Graco Legenda:
Circulação rampas
Sanitários
Circulação elevadores
Sala de debates
Circulação escada
Sinalização para acessibilidade
Circulação livre
Sala Tarsila do Amaral
Áreas de convívio biblioteca
Jardim das esculturas Guarda volumes
A partir deste levantamento por cores e identificação em planta dos ambientes e seus usos, a área predominante é destinada a exposição e consequentemente áreas de convivência nos demais pavimentos (teatro, bibliotecas, etc.); enquanto a circulação podemos caracterizá-la por elevadores, escadas e rampas, apresenta um aspecto livre pelo pátio central do edifício. Os demais pavimentos são organizados com as bibliotecas, sanitários, salas para aulas e discussões, o teatro Jardel Filho, mantendo a mesma circulação por rampas e escadas.
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Figura 23: Planta – Sem escala. Fonte:(http://www.centrocultural.sp.gov.br/plantas/plantapisopauloemilio.pdf Acesso: 18 de Abril, 2016.
Auditório Paulo Emílio Legenda:
Figuras 21 e 22: Centro Cultural São Paulo – Bibliotecas Fonte: (http://www.centrocultural.sp.gov.br/Bibliotecas.html. Acesso: 18 de Abril, 2016.)
Sala de apoio, manutenção, aparelhagem e controle de som Circulação horizontal
Shaft hidráulica Platéia Sanitários
Palco 17
MATERIALIDADE
O usuário do espaço participa de vários universos através das rampas de acesso.
Planos envidraçados, permeabilidade entre externo e interno.
Figura 24: Centro Cultural São Paulo – Rampas e estrutura Fonte: (http://jupadilha.blogspot.com.br/2013/10/centro-cultural-sao-paulo.html. Acesso: 18 de Abril, 2016.)
Os elementos estruturais mais predominantes são os pilares de aço que sustentam as rampas, no auxilio da conexão entre os níveis e promove o travamento das vigas curvas em concreto, que parecem se fundir, tornando-se uma única estrutura. A cobertura é constituída por trechos em concreto, aço e materiais translúcidos, aproveitando a iluminação natural.
Figuras 25 e 26: Centro Cultural São Paulo – Rampas e estrutura Fonte: (http://jupadilha.blogspot.com.br/2013/10/centro-cultural-sao-paulo.html. Acesso: 18 de Abril, 2016.)
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O projeto do Centro Cultural São Paulo foi escolhido como referência por várias características observadas e estudadas, desde a elaboração do projeto enquanto integração ao entorno natural, e principalmente pela maneira como o espaço foi pensado e articulado juntamente com o programa de necessidades; através da beleza da estrutura possibilitada pelas rampas juntamente com a flexibilidade do edifício enquanto áreas destinadas a exposições que ampliam o contato do usuário e principalmente o conceito de atividades sociais, educativas e comunitárias.
TERMINAL INTERNACIONAL DE YOKOHAMA Ano: 1978 - 1992 Localização: Situado sobre um píer 70 x 430 metros no antigo porto de Yokohama, Japão Arquitetos: Alejandro Zaera e Farshid Moussani; escritório FOA
CONCEITO PROJETUAL O conceito deste terminal implica na busca de uma continuidade da malha urbana horizontalmente a partir do desenho orgânico de suas linhas que conceberam o sistema estrutural. O projeto se desenvolve a partir de dobras que nos remetem a lembrança do solo enquanto composição topográfica; se assemelhando com o Centro Cultural São Paulo, convida o usuário a entrar no edifício fluído com o tecido urbano; preza ainda pela integração com a paisagem existente, a partir de jardins na cobertura; são como camadas/níveis ou pavimentos que se interligam e resultam numa paisagem de mesma materialidade predominante nos dois projetos: aço, concreto e vidro; outro aspecto de semelhança está na configuração do espaço enquanto circulação e disposição do programa através de suaves rampas
Figuras 27, 28 e 29: Terminal Internacional Yokohama Fonte: (http://arqcontemporaneaunifacs.blogspot.com.br/2009/12/porto-deyokohama.html. Acesso: 20 de Abril, 2016.)
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PROCESSOS DE DESENVOLVIMENTO PROJETUAL
Figura 30: Terminal Yokohama – diagrama. Fonte: (http://arc531.blogspot.com.br/2012/10/group5-yokohama-portterminal-may.html. Acesso: 20 de Abril, 2016.)
A principal característica deste projeto é a maneira pela qual os arquitetos priorizaram o processo criativo de trabalho. O primeiro passo foi desenvolver um modelo de diagrama (instrumento para identificar e explorar o comportamento vital da cidade e da arquitetura aberta e experimental em primeiro plano), com a qual obteve uma imagem complexa e sintética de intenções que procuram explorar; o diagrama será desenvolvido até chegar na especificação do fluxo de visitantes, funcionários, carros e barcos através do terminal superior e espaço público, ou seja na articulação e composição como um todo. Num segundo plano de estudo, para facilitar o maior entendimento em relação a dispersão das cargas pela estrutura, adotou-se o modelo espacial e físico em dobradura de papel.
Figuras 31, 32 e 33: Terminal Internacional Yokohama – Estudo volumétrico em papel. Fonte: (http://www25.big.or.jp/~k_wat/yokohama/estruc.htm. Acesso: 20 de Abril, 2016.)
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PROGRAMA O edifício está organizado em três níveis; no topo de uma garagem/estacionamento do primeiro andar, um piso intermediário espaçoso contém áreas administrativa e operacional do terminal, como a venda e validação de bilhete, salas de reunião, alfândegas, imigração, restaurantes, lojas e áreas de espera. A ligação dos três níveis são possíveis através de uma série de rampas, levemente inclinadas; os cortes foram representados através de uma diagramação com cores para facilitar a identificação dos usos e atividades desempenhadas em cada pavimento.
Corte Transversal mostrando o terminal e acessos
Figuras 34, 35 e 36: Terminal Internacional Yokahama Fonte:(http://www.archdaily.com/554132/ad-classics-yokohama-internationalpassenger-terminal-foreign-office-architects-foa. Acesso: 22 de Abril, 2016.)
Figura 37: Terminal Internacional Yokahama Fonte:(http://www.epab.bme.hu/oktatas/2009-2010-2/v-CA-BMs/FreeForm/Examples/Yokohama.pdf Acesso: 22 de Abril, 2016.)
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Estacionamento Transportador de bagagens Deck de visitante Terminal Sala de máquinas Área Alfandega Corte Transversal mostrando a área administrativa e alfândega.
Plataforma de embarque Armazenamento subterrâneo
Corte Transversal mostrando a área de estacionamento, cobertura e auditório determinado pela condição topográfica artificial do edifício. Figuras 38 e 39: Terminal Internacional Yokahama Fonte:(http://www.epab.bme.hu/oktatas/2009-2010-2/v-CA-BMs/FreeForm/Examples/Yokohama.pdf Acesso: 22 de Abril, 2016.)
Legenda: Circulação rampas
Legenda: Cobertura de convivência
Escritórios, administração, lojas, restaurante, ao longo das laterais
Auditório ao ar livre em meio a cobertura topográfica de convivência
Espaço informal e público Espaço formal
Superfície rígida Superfície verde
Figura 40: Terminal Yokohama – diagrama em cartilha. Fonte: (http://arc531.blogspot.com.br/2012/10/group5-yokohama-port-terminalmay.html. Acesso: 22 de Abril, 2016.)
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Legenda: 2 5
1 3 Planta de cobertura
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Entrada principal
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Saída do estacionamento
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Entrada do estacionamento
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Rampas de acesso
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Auditório ao ar livre
Planta do terminal Figura 41: Terminal Internacional Yokahama Fonte:(http://aimtallerdearquitectura.blogspot.com.br/2013/0 9/yokohama-arquitectura-sin-exteriores.html Acesso: 23 de Abril, 2016.)
Planta estacionamento Legenda: Átrio de chegada e partida Bilheteria Estacionamento
Restaurante Yokohama port PR center Sanitários
Imigração Bagagens internacionais Bagagens nacionais Alfândega Acesso de carros até o estacionamento Hall de entrada e descanso Armazenamento e manutenção
Lojas e escritórios Acesso ao deck dos visitantes
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MATERIALIDADE Complexidade estrutural dos pórticos de sustentação em aço e concreto – estabilidade.
Estrutura mola, leve e sem colunas, proporciona vão livre e amplo espaço de circulação.
Os materiais utilizados são: chapas de aço e plataforma de madeira que está adaptada para a topografia, planos envidraçados na separação das atividades estipuladas pelo programa. É um edifício que funde pela sua própria característica orgânica a separação do que é considerado parede, teto e chão, proporcionando a dinâmica do espaço.
Continuidade do solo urbano Sistema estrutural único, feito de chapas de aço dobradas e vigas de concreto suportam o edifício.
Figura 42: Terminal Internacional Yokahama Fonte: (https://www.pinterest.com/. Acesso: 23 de Abril, 2016.)
Figura 43 e 44: Terminal Internacional Yokahama Fonte:(http://arqtriade.blogspot.com.br/2009 /12/critica-pela-critica_4152.html. Acesso: 23 de Abril, 2016.)
Plano envidraçado propõe dinâmica entre interno/externo
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CASA DA CULTURA E MOVIMENTO Localização: Município de Frederiksberg, na Dinamarca concurso para o projeto da Casa de Cultura e Movimento (não foi construído) Arquitetos: Escritório holandês MVRDV, em conjunto com o escritório dinamarquês ADEPT. Área construída: 4.000 m²
CONCEITO PROJETUAL E PROGRAMA A edificação proposta pela equipe é um volume retangular em vidro que contém seis elementos programáticos bem definidos em seu interior. Os espaços entre os elementos do programa podem ser utilizados com flexibilidade, para atividades de lazer e convivência, integradas aos espaços de circulação. Os elementos programáticos definidos reúnem usos específicos: teatro, área de saúde, área de alimentação, área de relaxamento, centro de estudos e espaço de exposições. O teatro é flexível e pode ser utilizado com diversas configurações de palco e plateia. Além disso, uma grande abertura permite a sua utilização como teatro ao ar livre, com o público distribuído nos jardins. (CONCURSOS DEPROJETOS,https://concursosdeprojeto.org/ 2010/08/14/casa-de-cultura-e-movimentodinamarca/). Figuras 45, 46 e 47: Casa de cultura e movimento – Perspectivas. Fonte:(https://concursosdeprojeto.org/2010/08/14/casa-de-cultura-e-movimentodinamarca/. Acesso: 26 de Abril, 2016.)
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PROCESSOS DE DESENVOLVIMENTO PROJETUAL
Figuras 48, 49 e 50: Estudo espacial dos pavimentos. Fonte:(http://arqfigurinhas.blogspot.com.br/2012/05/solucaometodologica-biblioteca.html. Acesso: 26 de Abril, 2016.)
O principal plano de estudo para criação do projeto surgiu do fracionamento de formas irregulares que por final se encaixam em uma forma retangular; estas formas são compostas por cores de acordo com o programa. Para propor a circulação - recortes, encaixes e conexões nas formas, modificando a massa densa em caminhos de acesso entre uma forma e outra.
Figura 51: Estudo espacial de formas irregulares. Fonte:(https://concursosdeprojeto.files.wordpress.com/2010/08/centrodeculturadinamarca-12.jpg. Acesso: 26 de Abril, 2016.)
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Entre os elementos e as formas observa-se espaços flexíveis que podem ser usados para atividades de lazer e convivência e estão sempre integrados com a circulação.
Os elementos programáticos apresentam os usos específicos como o teatro; áreas de bem estar e convivência; áreas dedicadas ao estudo e leitura; espaços livres e flexíveis de exposições. Este conceito de programa é trabalhado pelo grupo de arquitetos em diferentes níveis, possibilitando uma circulação dinâmica e a definição de espaços.
Legenda: Bem estar Espaço de convivência Teatro Ginástica Estudo Saúde e área de alimentação Administração
Combinação de espaços prédefinidos e espaços flexíveis.
Dinâmica entre os níveis, formas e circulação.
Figuras 52, 53 e 54: Estudo programático de formas e circulação. Fonte:(https://concursosdeprojeto.files.wordpress.com/2010/08/centrodecultura-dinamarca-12.jpg. Acesso: 26 de Abril, 2016.)
MATERIALIDADE Outro importante aspecto que o projeto aborda é a questão da iluminação, cores e texturas diferentes para cada ambiente, são elementos marcantes que dão um aspecto lúcido, responsável em provocar diferentes sensações em cada usuário. Desta maneira, o projeto prioriza com seu programa o conforto físico e visual. Sua composição enquanto estrutura preza por alguns mezaninos em concreto, algumas vigas metálicas e fechamentos em vidro. 27
Integração das formas.
Legenda: Cozinha Espaço de convivência livre Espaço de convivência setorizado Sanitários Estacionamento de bicicleta Circulação por escada Circulação por elevador Circulação por rampas Ambiente destinado a comunicação corporal
Figuras 55, 56, 57 e 58: Plantas com layout. Fonte:(https://concursosdeprojeto.files.wordpress.com/2010/0 8/centrodecultura-dinamarca-12.jpg. Acesso: 27 de Abril, 2016.)
A primeira planta abriga a entrada do edifício com várias almofadas pelo entorno e uma escadaria de sociabilidades que leva ao próximo pavimento; existe a quebra das linhas rígidas e a preferência pelo traço orgânico que abriga as atividades de relaxamento e convivência; áreas de banho para terapia com saída de emergência; sala de curativo, sa28
la de curativo, sala de recepção com espaços interativos para crianças; café; área de informação; sanitários; estacionamento de bicicletas; área destinada a colocar as blusas de frio por conta do clima da região. Os outros pavimentos estão dedicados a áreas de exposição, palestras e atividades relacionadas ao teatro, dança, no geral a comunicação corporal; através de rasgos e mezaninos cria-se uma comunicação entre os pavimentos. A circulação vertical acontece por elevador, escadas sociais e de serviço.
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A Zona Norte de Ribeirão Preto foi escolhida para implantação do Centro Cultural Multissensorial; pois é a região da cidade que abriga os bairros de menor poder aquisitivo, tem sua maior parte constituída de Zonas Especiais de Interesse Social, resultado do seu histórico de formação que gerou a periferização de uma parcela populacional. Na área encontra-se o maior número de núcleos de ocupações irregulares, localizados em áreas públicas destinadas a áreas verdes no Plano Diretor.
As linhas ligam predominantemente bairro-centro, fazendo com que seus usuários muitas vezes tenham que pegar integração. O número de ônibus que circula não é suficiente para a demanda, principalmente em horários de pico.
Parte do território encontra-se em Zona Estritamente Industrial, resultando em um grande número de empresas e indústrias que geram impacto ambiental. Em contra partida, são grandes focos de trabalho para a população da Zona Norte e de outras Zonas. Um dos maiores problemas da área é a falta de equipamentos urbanos, principalmente na área da saúde. São encontradas UBS e UBDS, mas o Hospital, assim como a maioria dos serviços que atendem uma escala maior estão próximas ao centro. Há também precariedade em mobiliários urbanos, principalmente nas praças que se encontram internamente aos bairros e não possuem boas condições de manutenção e uso devido ao descaso do poder público. Isto acarreta problemas de subutilização, que gera múltiplos problemas como a falta de segurança, criminalidade, violência, entre outros. Além das praças, as áreas degradadas e os patrimônios históricos e culturais aparecem como lugares caóticos e geradores de problemas. Em relação a mobilidade urbana, um dos principais problemas é a baixa qualidade do serviço de transporte público coletivo.
LEVANTAMENTO DE DADOS
ZONA NORTE – ÁREA DE INTERVENÇÃO
Legenda: Assentamentos precários A região Norte, abriga os bairros mais pobres e boa parte dos conjuntos habitacionais da cidade. É nela que se localiza a grande maioria dos núcleos de favela
Figura 59: Mapa da Zona Norte Ribeirão Preto. Fonte: Arquivo pessoal – Sem escala. Acesso: 17 de Março, 2016.
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Esta zona é constituída por 19 subsetores, 51 bairros, muitos conjuntos habitacionais de interesse social e 25 núcleos de favelas. Além de ser composta por áreas de ZUP e ZUR, a Zona Norte também possui a maior parte das Zonas Especiais de Ribeirão Preto, composta por Zona Especial Estritamente Industrial (cerca de 1.300 hectares), Zonas Especiais de Interesse Social I (cerca de 2.000 hectares) e Zona Especial de Interesse Social II (aproximadamente 700 hectares). Percebe-se que a Zona Norte é uma das áreas menos favorecida em questão de equipamentos quando comparada às outras Zonas da cidade de Ribeirão Preto. A maior parte dos equipamentos são do Estado ou do Município, majoritariamente equipamentos de educação. As matrizes de viagens da Zona Norte acontecem principalmente por meios de transporte como: ônibus municipal, leva traz, moto – táxi, transporte fretado, caminhão, principalmente a pé e de bicicleta. Um dos principais desafios da mobilidade urbana na Zona Norte é a ampliação (quantidade) e a qualificação do conjunto articulado de sistemas de mobilidade urbana. Esta Zona, constitui ainda uma área populosa bem solidificada e foi sendo ocupada gradativamente, ultrapassando assim as rodovias Anhanguera e Alexandre Baldo que constituem as bordas da cidade. A preocupação do crescimento além do anel viário é a ocupação irregular e sem planejamento. Quanto as áreas verdes, apresenta grandes faixas de APP no entorno dos cursos d’agua presentes na área; possui também praças que necessitam de manutenção; a maioria dos assentamentos irregulares estão localizados em áreas de proteção permanente.
Legenda: O subsetor N1 é localizado na região sul da Zona Norte, onde se localiza o terreno escolhido para o desenvolvimento do projeto.
N
Localização do lote. Sem Escala Mapa Ilustrativo Figura 60: Mapa ilustrativo da Zona Norte, Ribeirão Preto. Fonte: Arquivo pessoal. Acesso: 17 de Março, 2016.
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LEGISLAÇÃO
A área de intervenção está inserida em duas zonas, na Zona de Urbanização Preferencial – ZUP e na Zona de Proteção Máxima e possui as seguintes restrições urbanísticas segundo a Lei Municipal (2505/12): ZONA DE URBANIZAÇÃO PREFERENCIAL (ZUP)
• •
Gabarito: 10m De Área Permeável no lote com no mínimo as proporções: - 5% para lotes com área de até 400 m² - 10% para lotes com área acima de 400 até 1000 m² - 15% para lotes com área maior que 1000 m² • De reservas de áreas públicas: - 5% para área institucional - 20% para sistema de áreas verdes e de lazer • Das Quadras e dos Lotes dimensões mínimas: - Área de 140 m² - Frente de 7 metros lineares - Para os lotes de esquina a área mínima será de 180 m² e frente mínima de 9 metros. NA ZUP: Artigo 41 - O Coeficiente de aproveitamento máximo será de até 5 (cinco) vezes a área do terreno.
ZONA DE PROTEÇÃO MÁXIMA (ZPM) Descrita no Plano Diretor e no zoneamento ambiental, composta pelas planícies aluvionares (várzeas), margens de rios, córregos, lagoas, reservatórios artificiais e nascentes, áreas cobertas com vegetação natural; por se
encontrar ao lado do Ribeirão Preto e portanto pertencer a Zona de Proteção Máxima a área deverá obedecer o Código Municipal do Meio Ambiente(Lei.1616/04) que dita: Art. 164 - No município de Ribeirão Preto, as Áreas de Preservação Permanente ao longo de rios, córregos, nascentes, lagos e reservatórios corresponderão a faixas com as seguintes larguras mínimas: 30 metros, nos cursos d’água com menos de 10 metros de largura; mesmo que intermitentes. Artigo 39 - A taxa de ocupação máxima do solo para edificações residenciais será de 70% (setenta por cento) e para edificações não residenciais será de 80% (oitenta por cento), respeitados os recuos e a taxa de solo natural desta lei, exceto nos parcelamentos que tiverem restrições maiores registradas em cartório, as quais deverão prevalecer.
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ZONA NORTE – ÁREAS DEGRADADAS E PATRIMONIOS
MAPA REPRESENTATIVO
1
2
As ruínas da antiga fábrica de tecido Cianê-Matarazzo (edifício tombado pelo patrimônio histórico, mas nunca recebeu restauração) , no bairro Campos Elíseos, está sendo usadas como local para o consumo de drogas. A estrutura do Ceagesp pode estocar, mais de um milhão de toneladas de produtos agrícolas. Além de grãos – milho, trigo, feijão, soja, sorgo, café etc. 3
“A recuperação [das estações] é um trabalho muito difícil e sabemos que não tem a menor chance de o poder público nos ajudar, porque falta interesse”.
5
4
Legenda:
Sem Escala
Rodovia Alexandre Balbo Rodovia Anhanguera
Av. Meira Júnior/ Av. Cavalheiro Paschoal Innecchi Av. Eduardo Andréia Matarazzo Av. Mal. Costa e Silva Figuras 61, 62, 63, 64, 65 e 66: Zona Norte Ribeirão Preto Fonte: Arquivo pessoal. Acesso: 17 de Março, 2016.
No bairro Tanquinho, o Centro Cultural Orùnmilá é uma entidade sem fins lucrativos que tem como função primordial a elevação da condição humana mediante a preservação da cidadania. 5
O Centro Cultural dos Campos Elíseos desenvolve ações e projetos sócioculturais acessíveis à população de baixa renda. 33
A área de estudo está situada entre os bairros Sumarezinho, Campos Elíseos e Complexo Ipiranga; o sistema viário que circunda o terreno é composto pela Av. Francisco Maggione, que recebe um grande fluxo de veículos, pela rua sem saída Industrial e outras duas vias laterais somente com acesso ao lote. Em relação ao transporte público, estão bem distribuídos na avenida Capitão Salomão e Costa e Silva. Os equipamentos presentes no entorno responsáveis por causar maior fluxo são: o supermercado Carrefour Bairro – Via Norte, centro cultural, barracão, Savegnago, escola E.E. Thomaz Aberto Whately e alguns pontos comerciais e de indústrias. O córrego Rio Branco passa pelo terreno e se encontra com o córrego Ribeirão Preto.
Figura 67: Zona Norte Ribeirão Preto – Localização do lote. Fonte: Arquivo pessoal – Sem escala. Acesso: 26 de Março, 2016.
Legenda: Av. Francisco Maggioni Rua Industrial Rua Capitão Salomão Rua. Silveira Martins Av. Mal. Costa e Silva Córregos
Lote para implantação Do Centro Cultural Áreas verdes
LOCALIZAÇÃO DO LOTE
ZONA NORTE – MAPAS CONCEITUAIS
Com o grande fluxo da Av. Francisco Maggione a travessia do pedestre se torna perigosa, dificultando o acesso a área; as ruas sem saída com pouca iluminação proporcionam para a área um abandono, tornando-a insegura. Os pontos de Ônibus distantes da Av. Francisco Maggione dificultam o rápido e fácil acesso de pedestres até a área. Os equipamentos principais encontrados na área estão dispostos de uma forma independe, sem nenhuma ligação que facilite o acesso entre eles.
A falta de preservação e entulhos de lixo proporcionam uma área degradada e aparentemente ruim para uso. Pela presença do córrego é previsto pelo código ambiental uma faixa de no mínimo 30 metros de área de preservação permanente.
34
HIERARQUIA VIÁRIA
ZONA NORTE
Figura 69: Mapa de fluxos próximo a zona de estudo. Fonte: Imagem fornecida pelo google maps. Acesso: 26 de Março, 2016. Figura 68: Mapa Uso e Ocupação do solo. Fonte: Arquivo pessoal – Escala gráfica. Acesso: 26 de Março, 2016.
0
50 100
Legenda: Vias expressas (fluxo intenso) Vias principais (grande fluxo) Vias secundárias / coletoras (fluxo moderado) Vias locais (fluxo leve) Área verde Córregos
200
Legenda: Rápido
Localização do lote. Lento
Este mapa apresenta o fluxo intenso durante os dias da semana pelas vias próximas a zona de estudo, apenas em alguns trechos e ruas locais o tráfego fica mais moderado. Ao redor do lote o tráfego é intenso na maior parte do dia o que dificulta o acesso ao pedestre. O fluxo é intenso por vias expressas e principais durante a maior parte do dia. 35
Figura 70: Mapa Uso e Ocupação do solo. Fonte: Arquivo pessoal – Escala gráfica. Acesso: 26 de Março, 2016.
Legenda: Comércio Serviço Residencial Industrial
0
50 100
USO E OCUPÇÃO DO SOLO
Através do mapa de uso e ocupação do solo, percebe-se a predominância do comércio, mais ao longo das avenidas e ruas principais, serviços, residências e algumas áreas industriais. Estes polos de comércio, serviço e indústria motivam o fluxo e oferta de trabalho para a Zona Norte, concentrando um maior fluxo de pessoas e circulação de produtos na região. As imagens retiradas do terreno mostram a vegetação existente, a topografia leve, as ruas de acesso fundo do lote e o edifício residencial em construção.
200
Institucional Área de estudo Sem uso Área verde Cinturão verde
Sistema viário - Avenidas e ruas Córregos
Figuras 71, 72, 73 e 74: Entorno e lote. Fonte: Arquivo pessoal. Acesso: 28 de Março, 2016.
36
0
Figura 75: Mapa de Gabarito. Fonte: Arquivo pessoal – Escala gráfica. Acesso: 17 de Março, 2016.
50 100
GABARITO
Analisando o mapa de gabarito por predominância de quadra, nota-se a predominância de construções térreas e algumas construções com dois pavimentos destinadas predominantemente para atividades comerciais e de serviço. A vegetação encontrada no lote é de médio e grande porte, não apresenta preservação e cuidado adequado.
ZONA NORTE
200
Legenda: Pavimento térreo Dois pavimentos Mais de cinco pavimentos Área verde
Lote Sem uso Córregos Figura 76, 77, 78, 79, 80 e 81: Entorno e lote. Fonte: Arquivo pessoal. Acesso: 28 de Março, 2016.
37
5 3
4
Campos Elíseos 2
FIGURA FUNDO
Complexo Ipiranga
1 Sumarezinho
Figura 82: Mapa Figura- Fundo. Fonte: Arquivo pessoal – Escala gráfica. Acesso: 26 de Março, 2016.
0
50 100
200
Legenda:
Legenda: Área construída
Área verde
Figura 83: Localização do lote. Fonte: Arquivo pessoal – Sem escala. Acesso: 26 de Março, 2016.
Córregos
Os três bairros Sumarezinho, Campos Elíseos e Complexo do Ipiranga que circundam a área de estudo apresentam grande adensamento de área construída por quadra; várias residências aparecem de maneira irregular sem respeitar os recuos do lote e a área permeável mínima.
Vegetação existente próximo ao córrego localizada no lote Área de estudo
1
2
Sentido do fluxo de veículos Pontos de ônibus Via existente para pedestre Córregos Cinturão Verde (Área de proteção)
Escola E.E. Thomaz Aberto Whately Sup. Savegnago
3
Centro Cultural Campos Elíseos
4
Sup. Carrefour bairro
5
Barracão de alegorias e fantasias 38
A topografia do terreno não é acentuada, apresenta um desnível de quatro metros ao longo de todo o lote. Estacionamentos serão propostos para permanência e desembarque seguro. A vegetação existente irá permanecer no lote juntamente com novas áreas permeáveis; e o recuo relacionado a área de preservação será seguido conforme a legislação de trinta metros. Uma área principal de 5.820 m² foi determinada para a implantação do projeto. O acesso ao lote deverá ser estruturado através de operações urbanas que facilite o acesso de pedestres, veículos e ciclistas pela articulação de vias e caminhos. O objetivo é atribuir ao terreno uma relação de sociabilidades com a comunidade, para que ela se sinta responsável por esse espaço, fazendo com que cada indivíduo contribua da sua maneira para manter um ambiente agradável, com o qual possa se relacionar e se identificar.
DIRETRIZES PROJETUAIS
O projeto terá como partido e diretrizes de estudo todo o contexto histórico apresentado em questão da região (Zona Norte) e da população que a compõe; este partido nasce da topografia em relação ao entorno, através de planos, formas e linhas geométricas que compõem sua expressão formal por dobras, diferentes volumes e vazios.
Legenda: Área de proteção Área de implantação Córrego Rib. Preto Curvas de nível Cotas Topografia: 515.4 516.7 517.4 518.7 519.7
Figuras 84 e 85: Lote. Fonte: Arquivo pessoal – Sem escala. Acesso: 28 de Março, 2016.
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Dentro do plano de pesquisa, conjunto de afinidades e de pensamentos, o projeto norteia através de conceitos absorvidos dos projetos de referência onde se prioriza o processo e método de concepção projetual, a leveza, simplicidade e movimento aliam-se ao plano sensorial e a região local – estabelecendo o desenvolvimento de um centro cultural que tenha seu programa focado na preservação e educação da cultura local, promovendo o interesse de participação e a continuidade desta comunidade. PROGRAMA
Pensado primeiramente em estabelecer uma conexão não estrutural e fisicamente, mas através do programa com o complemento de atividades que o Centro Cultural Campos Elíseos já apresenta, criado pela lei Complementar 897, de 01 de Agosto de 1999, com o intuito de desenvolver ações e projetos sócioculturais e de tornar acessível à população de renda cursos de formação artística em diversas modalidades o centro recebe grande demanda de alunos e não tem condições espaciais necessárias para ampliação (devido a área verde destinada a APP) e capacitação de melhor requalificação do edifício cultural. O programa de necessidades do novo projeto do Centro Cultural Multissensorial vem para abrigar o programa já existente do Centro Cultural Campos Elíseos e complementar com o novo programa focado em cursos artísticos de diversas modalidades aliados com o espaço digital e da informação; desafogando o fluxo e adensamento de pessoas no edifício cultural já existente.
PARTIDO PROJETUAL – ESTUDO VOLUMÉTRICO E PROGRAMA
PARTIDO
Para melhor compreensão e posteriormente o estudo do novo programa atribuído ao novo projeto, segue as tabelas: CENTRO CULTURAL CAMPOS ELÍSEOS
Horário de funcionamento: das 7:00 às 19:00 de segunda a sexta – feira, contando com 28 profissionais e 1200 alunos. Objetivos do projeto: -Oferecer oportunidade de acesso à cultura como exercício da cidadania; -Fomentar a identificação e o desenvolvimento de habilidades artísticoculturais nas áreas de dança; -Incentivar o interesse e acesso ao aperfeiçoamento e ao aprimoramento técnico de aptidões no projeto, pela abertura de novos horizontes; -Estimular a adequação e positividade do processo de desenvolvimento humano; -Promover a sensibilidade artística pessoal e a inclusão sóciocomunitária dos participantes as Sociedade, ampliando as condições de autoestima e autoimagem pelo reconhecimento público. Público alvo: Crianças e adolescentes de 07 a 14 anos Cursos oferecidos: - Música: Violino, viola de concerto, violoncelo, contrabaixo, violão, cavaquinho, flauta doce, piano, musicalização e coral. -Dança: ballet clássico, dança do ventre, dança de rua, dança contemporânea, capoeira. -Biblioteca desativada As matrículas para os cursos podem ser feitas no início do ano ou através de lista de espera. O edifício possui uma biblioteca que oferece livros didáticos 40
CENTRO CULTURAL
e paradidáticos para consultas e pesquisas escolares, mas não está em funcionamento. Por meio do Programa de Ação Cultural (Proac) do Governo do Estado de São Paulo, é interessante também ressaltar o Projeto Kabuki que conta com mais de 1.200 vagas para alunos na formação cultural. Além do Centro Cultural Campos Elíseos, vão passar a atender na Vila Tecnológica, Centro Cultural Quintino Facci II, CEU das Artes no Ribeirão Verde e Templo da Cidadania na Vila Virgínia, com 450 vagas. Estas informações foram retiradas do site: (https://www.ribeiraopreto.sp.gov.br/scultura/marp/i14expo celiseos.htm)
Horário de funcionamento: 07:00 às 19:00 Público alvo: Crianças, adolescentes e idosos Programa: Atenderá aproximadamente 1500 pessoas Setor administrativo
Quantidade
Recepção Espaço de convivência Sanitário masc. Sanitário Fem. Sala de reunião
01 01 01 02 TOTAL
Setor pedagógico Espaço de oficinas teatro artesanato dança música Midiateca Espaço multiuso para arte digital e sensorial Sala de exposição Sanitários
Quantidade
M² 30 1000 8 e 12* 8 e 12* 30 1100
M²
01 02 03 02 01 02
80 50 50 50 200 80
01 02
100 12
TOTAL
914 41
Setor de convivência
Quantidade
Espaços de interação social Auditório interativo Lanchonete Cozinha Despensa
01 01 01 01 TOTAL
M² 300 500 100 140 20
RELAÇÕES PROGRAMÁTICAS RUA INDUSTRIAL
DESPEJO
ACESSO PRINCIPAL
ARMAZENAMENTO LIXO
1160 W.C. PÚBLICO
Setor de serviço
Despejo Manutenção DML Vestiário de funcionários Descanso e copa
Quantidade
M²
01 01 01 01 01
20 50 30 20 30
TOTAL Administrativo Pedagógico Convivência Serviço
TOTAL GERAL Circulação interna
ESTACIONAMENTO
RECEPÇÃO
ADMINISTRAÇÃO
VEST. E W.C. FUNCIONÁRIOS
ESPAÇO DE CONVIVÊNCIA
SALA DE REUNIÃO E APOIO
SALA MÁQUINAS
ESPAÇO DE EXPOSIÇÃO
SERVIÇOS
ALMOXARIFADO
ÁREA RECREATIVA
170
3344
RESERVATÓRIO DE ÁGUA PLUVIAL
LANCHONETE DESPENSA
ACESSO PRINCIPAL
COZINHA PAV. TÉRREO
20%
Legenda: Recepção Serviços
Adm. Convivência
Recreação
Acesso público Acesso restrito alunos/funcionários Acesso restrito funcionários Área interna Área externa 42
RUA INDUSTRIAL
DML MANUTENÇÃO
CD/DVD MIDIATECA
SANITÁRIOS
LIVROS DIGITAIS DISPOSITIVOS AUDIO/VISUAIS/TÁTEIS
OFICINAS AUDITÓRIO
DANÇA MÚSICA
SANITÁRIOS TEATRO ARTE DIGITAL
ESPAÇO INTERAÇÃO SOCIAL
ARTESANATO/ RECICLAGEM ACESSO
Legenda: Acesso público Acesso restrito alunos/funcionários Acesso restrito funcionários
PAV. SUPERIOR
Área interna Área externa
Manut.
Oficinas
O programa de necessidades definido pelo quadro e espacializado a partir de relações programáticas compreende um conjunto de atividades sociais e culturais, afim de oferecer oportunidades na construção de novos conhecimentos através de novas experiências, possibilitando realização pessoal e desenvolvimento de habilidades. Cada setor irá se relacionar a partir da circulação, dos acessos públicos/privados e com os outros setores de acordo com as atividades distribuídas em um primeiro estudo por dois pavimentos; outros dois fatores importantes que foram levados em consideração: a topografia e a posição do terreno em relação ao norte; os ambientes de grande permanência foram posicionados para receber o sol da manha, fachada leste e o mais próximo da área de APP, evitando ao máximo a orientação oeste. Midiateca As atividades voltadas para serviço e despejo estão Auditório localizadas próximo a lateral e testada do lote para facilitar o acesso por Espaço int. social veículos especializados a atender cada serviço. ACESSO
43
Este estudo contribui para a locação enquanto implantação e organização dos setores na topografia e idealização de materiais construtivos a serem escolhidos para concepção projetual. Dentro desta proposta, os elementos principais e fundamentais para a execução estrutural e fechamentos serão: o vidro como transparência e melhor integração visual de barreira interna-externa, aço, concreto e elementos flexíveis, entre os ambientes de convívio e bem estar.
SETOR PÉ DIREITO = 4 m
Administrativo Pedagógico Convivência Serviço
BLOCOS
QUANTIDADE 5/1 = 6 6
MEDIDA 20x10/10x10 10x15
2/1 = 3
20x20/15x24
1/1 = 2
10x6/10x11
SETOR ADMINISTRATIVO
RELAÇÕES VOLUMÉTRICAS PROGRAMÁTICAS
O projeto propriamente dito como estudo volumétrico, define-se basicamente por desenhos, blocos representativos e linhas geométricas, desenvolvidos com a demonstração de racionalidade e indicação por cores, metragens e quantidades de acordo com o programa de necessidades anteriormente estabelecido.
20
20
20
20
20
10 10
10
10
10
10
10
SETOR PEDAGÓGICO
15 10
15
15
10
10
15
15
10
10
SETOR CONVIVÊNCIA
10
SETOR SERVIÇO
20 20
15
20 20
24 15
6 10
11 10
Figuras 86 e 87: Representação setores em blocos para estudo volumétrico. Fonte: Arquivo pessoal – Sem escala. Produzido: 26 de Abril, 2016.
Figuras 88 e 89: Representação física dos setores em blocos para estudo volumétrico. Fonte: Arquivo pessoal. Produzido: 26 de Abril, 2016.
44
PRIMEIRO ESTUDO
Figuras 90, 91, 92, 93, 94, 95: Maquete física. Fonte: Arquivo pessoal – Sem escala. Produzido: 26 de Abril, 2016.
A apresentação das diferentes soluções volumétricas encontradas durante a primeira fase do processo projetual consiste em blocos regulares. O setor que se modifica enquanto posicionamento é o pedagógico, no segundo estudo permanece mais concentrado (formato de “u”) do que os demais. O terreno será modificado gradualmente com a movimentação de terra para abrigar o programa se necessário. SEGUNDO ESTUDO
TERCEIRO ESTUDO
MAQUETE FÍSICA
RELAÇÕES VOLUMÉTRICAS PROGRAMÁTICAS
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MAQUETE ELETRÔNICA
RELAÇÕES VOLUMÉTRICAS PROGRAMÁTICAS
PERSPECTIVAS – ESTUDO VOLUMÉTRICO
Administrativo Pedagógico
Convivência Serviço
Figuras 96, 97, 98 : Maquete Eletrônica. Fonte: Arquivo pessoal – Sem escala. Produzido: 11 de Maio, 2016.
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CORTE AA
CORTE BB
ELEVAÇÕES ESQUEMÁTICAS E3
E2
ELEVAÇÃO 1
DESENHOS ESQUEMÁTICOS
CORTES ESQUEMÁTICOS
E1
Legenda: Acessos principais pedestre
Acessos principais veículos
Ventos predominantes Operações urbana (ampliação de vias) Estacionamento Área de implantação
Operação urbana (implantação de via)
ELEVAÇÃO 2
ELEVAÇÃO 3 Figuras 99, 100, 101, 102, 103, 104 : Maquete Eletrônica; Cortes e elevações esquemáticos Fonte: Arquivo pessoal – Sem escala. Produzido: 12 de Maio, 2016.
47
Em outras palavras: Toda intenção de projeto nasceu a partir do levantamento de dados, da organização espacial, relação com o entorno, materialidade, acessibilidade, sistemas e estruturas capazes de dar vida ao edifício enquanto processo projetual – sendo possível estabelecer um esquema diagramático do processo como um todo a partir da definição do programa e sua quantificação em relação as atividades e metragem dos ambientes, ou seja, o pensamento se desenvolveu a partir do todo para as partes, desta maneira, sentiu- se a necessidade da representação dessas relações programáticas pelo lote para entender e organizar a implantação, até chegar no desenvolvimento dos acessos na escala do pedestre/veículos/ ciclistas e posteriormente o
MEMORIAL JUSTIFICATIVO
A volumetria resultante e a disposição dos blocos programáticos tiveram como base diversos estudos realizados em maquete física, para entendimento e articulação do programa no terreno de acordo com as vias de acesso e orientação solar. O edifício se relaciona com o terreno a partir de cinco níveis estabelecidos (sendo eles: nível zero, mais um, menos dois, menos três e nível mais três) de acordo com as cotas já existentes, a espacialização dos volumes com as áreas estabelecidas facilitam o desenvolvimento do projeto que preza pelo maior contato com o solo, a natureza e a grande faixa de APP existente, como se o abrigo do edifício fosse as árvores e o solo.
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desenvolvimento interno a partir de plantas. Quanto a modelagem, parte do pressuposto da incorporação e envoltória do meio natural como parte constituinte na composição e criação do edifício, junto com as formas puras, assumindo sua função arquitetônica vital e diretamente ligada ao solo e como ele se conecta ao partido físico e conceitual. Foram propostos dois acessos principias (indicados por faixas de pedestre, acesso a cadeirante, ponto de ônibus) bolsões que ladeiam o edifício e estacionamentos para permanência de veículos, motos e vagas exclusivas para deficientes criados a partir da articulação de algumas operações urbanas, como: ampliação de duas vias e criação de uma nova via, na intenção de sair do grande fluxo da avenida, mantendo um acesso para desembarque tranquilo. A ciclovia passa dentro do lote na área externa, dedicada ao lazer, composta por um lago artificial próximo ao rio que juntamente com o mobiliário e a sobra das arvores proporciona bem estar e momentos de descanso. PROCESSO PROJETUAL SETORIZAÇÃO
QUANTIFICAÇÃO
MÉTRICO DIAGRAMAÇÃO
FLUXOS
ACESSOS ESPACIALIDADE
FUNÇÃO
USUÁRIOS MODELAGEM
PLASTICIDADE
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RESUMO DO PROCESSO PROJETUAL
• • • • • • •
Levantamento do entorno - físico, histórico/social e cultural Terreno e suas orientações Programa e metragens Relações programáticas Implantação volumétrica Maquete física e eletrônica (representação esquemática) Elevações e cortes esquemáticos
• • • • • •
Estudo de projetos referenciais Fluxos, acessos e materialidade Aberturas e acessibilidade Croquis Estrutura e plasticidade Desenvolvimento do Anteprojeto
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O PROJETO
Uma estrutura orgânica de concreto branco foi projetada para manter a ligação entre os blocos de atividades e proporcionar iluminação, ventilação e contato visual com o externo. Entre cada módulo desta nova estrutura, pilares recebem a força da estrutura e distribuem ao blocos, brocas e solo. Esta forma nasceu a partir do estudo de elementos da natureza, tais como as árvores, folhas e como o edifício poderia ser abrigado por eles e seguir o mesmo princípio. Na cobertura, onde a estrutura orgânica está presente, a transparência (vidro, com leve inclinação para água de chuva) permite a contemplação . Os jardins e caminhos também seguem a mesma linguagem de desenho.
MEMORIAL DESCRITIVO
ESTRUTURA
PAREDE
Os volumes no geral apresentam inclinações para escoamento de água de chuva, alguns possuem ainda parede inclinada, para diferenciação na fachada e proporcionar melhor fechamento. As paredes externas e internas serão executadas por alvenaria de vedação (tijolo cerâmico – assentados com argamassa de cal, cimento, e areia), o objetivo das paredes é fechar a estrutura dos volumes entre colunas e vigas. O revestimento externo dos volumes será assentado e revestido com argamassa composta por areia fina lavada, cal hidratada, cimento e posteriormente pintura de cor bege- areia.
Figuras 105, 106, 107, 108, 109: Estudo Estrutura - Croquis Fonte: Arquivo pessoal – Sem escala. Produzido: 11 de Outubro, 2016.
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PASSEIO E JARDINS
Bancos foram distribuídos ao longo de todo percurso pela área externa e interna do edifício, na intenção de proporcionar mais intimidade e aconchego para os usuários; assim como o lago artificial implantado próximo ao córrego que convida ao passeio pelo edifício, junto aos bancos em pirâmides escalonadas , criando uma atmosfera de pertencimento e identificação de metáforas existenciais para o corpo e mente. O jardim sensorial próximo aos módulos horizontais musicais resgata nossa memória, quando tocado e experimentado com os sentidos; são elementos de grande influência que possibilitam a liberdade da imaginação, com todos os seus sons, cheiros e sensações. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A integridade sensorial do projeto se encontra na composição da pele estrutural orgânica como elemento que possibilita a relação interno – externo; esta arquitetura nos insere no mundo e na dialética da vida real, nos mostrando a todo instante a cultura e o tempo, como instrumentos capazes de concretizar nossa existência no mundo a partir de manifestações que a Arquitetura venha causar em cada um de nós. Nossa arte é expressada através da tentativa e ousadia de se projetar a partir do momento em que se tem conhecimento da sociedade local, o bom resultado é aquele no qual tudo que tocamos, se transforma e nos transforma em sua essência e simplicidade, o desafio faz parte e marca presença no cotidiano e é exatamente isso que nos move a constante busca de nós mesmos, tanto quanto profissionais e como pessoas.
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ESTUDO DE LAJES E COTAS Figuras 110, 111, 112, 113, : Estudo de posicionamento de lajes e cotas do terreno Fonte: Arquivo pessoal – Sem escala. Produzido: 01 de Setembro, 2016.
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PERSPECTIVAS Figuras 114, 115, 116, 117 : Estudo final do edifício Fonte: Arquivo pessoal – Sem escala. Produzido: 25 de Outubro, 2016.
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PERSPECTIVAS Figuras 118, 119, 120, 121 : Estudo final do edifício e implantação representativa Fonte: Arquivo pessoal – Sem escala. Produzido: 25 de Outubro, 2016.
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-3.00
+1.00
-2.00
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LEGENDA
N BLOCO 01 JARDIM BLOCO 02
APP ASFALTO RUA 0
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10
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CICLOVIA
BLOCO 03
LAGO ARTIFICIAL
CAMINHO JARDIM SENSORIAL
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CORTE BB Esc. 1:800 60
Esc. 1:1000
Esc. 1:1000
Esc. 1:1000 59
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