TFG 1 - Priscilla Liberali Dotta (Pousada Baseada nos Princípios da Sustentabilidade)

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo

Priscilla Liberali Dotta

POUSADA BASEADA NOS PRINCÍPIOS DA SUSTENTABILIDADE

Poços de Caldas 2/2014



Priscilla Liberali Dotta

POUSADA BASEADA NOS PRINCÍPIOS DA SUSTENTABILIDADE

Trabalho Final de Graduação I Como pré requisito de conclusão do curso de Arquitetura e Urbanismo, da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Orientador: André Dal’Bó

Poços de Caldas 2/2014



Priscilla Liberali Dotta POUSADA BASEADA NOS PRINCÍPIOS DA SUSTENTABILIDADE Trabalho Final de Graduação I Como pré requisito de conclusão do curso de Arquitetura e Urbanismo, da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.

André Dal’Bó (Orientador) – PUC MG

Rosana Parisi (Convidada) – PUC MG

Priscilla Liberali Dotta – PUC MG

Poços de Caldas, 6 de Outubro de 2014



Dedico especialmente aos meus pais, Maria Cristina Liberali Dotta e Euclides Dotta Jr. A minha Familia e amigos, ao Eduardo Marchioni Escobar Filho e todos que me incentivaram e ajudaram com amor e carinho.



Da leveza, a tristeza. Da população, a solidão. Sem mais o não Aquele do sermão Do saber ser Estar e conhecer Da simplicidade Irmandade Do descuido total Transformados em banal Canibal. Imoral.


Resumo


Este trabalho nasceu da necessidade de realizar um uso comercial para o “Sítio Colibri” relacionando-o a cidade de Socorro onde é inserido, assim sendo algo com um diferencial, que mudasse o modo de pensar das pessoas e seus hábitos, sobre o maneira de viver que temos hoje e como podemos ajudar o Mundo na crise da escassez dos recursos naturais. Por isso escolhi fazer uma Pousada Baseada nos Princípios da Sustentabilidade, objetivando alcançar os três níveis da sustentabilidade: Econômico, Sócio cultural e Ambiental. O sítio dispõe de uma área de 133.100 metros quadrados de APP¹ com a passagem de um rio entre essa área e a área sem benfeitoria, além de ser uma propriedade rural afastada da cidade, tendo uma certa precariedade na parte de esgoto e recolhimento de lixo, mas privilegiado com a tranquilidade e a linda vista para a serra.

Para obter sucesso no projeto

¹ Área de Preservação Permanente.

foi realizado um estudo sobre arquitetura sustentável de baixo custo, que busca mostrar a importância de se fazer uma construção que dê benefícios tanto para a saúde do meio ambiente quanto para as pessoas, obtendo resultados financeiros positivos, explorando a necessidade de tecnologias para auto sustentação do projeto, conseguindo gerar por meio de suas próprias atividades o necessário para garantir o baixo custo de energias utilizadas tanto para se fazer a construção quanto para quem utilizar o ambiente construído. Palavras chave: Sustentabilidade. Construção de baixo custo. Necessidade. Meio ambiente.


ABSTRACT


This research was born from the need for a commercial use to the “Sítio Colibri” (ranch) that had something to do with the city of Socorro where it is located. And it was something with a difference that could change the way people think and behave, about the way of life we have today, and how we can help the world in the missing of natural resources. So I chose to make a “Boarding House Based on Principles of Sustainability”, aiming to achieve the three levels of sustainability: economic, socio-cultural and environmental.

in the sewage and garbage disposal.

I chose this theme by looking delve in the area of sustainable materials and technologies and also for being a project almost required in the chosen field, by the presence of 133,100 square meters of land area within the APP¹ area within the land with the passage of a river between this area and the another one without betterments, besides being a rural and remote area of the city, having a certain precariousness

Keywords: Sustainability. Low cost construction. Need. Environment.

¹ Permanent Preservation Area.

So with the study on sustainable building low cost, which seeks to show the importance of making a building type from today; Both for the health of our environment and, as in achieving positive financial results, exploring the need for technologies to support self-project, getting generate through their own activities necessary to ensure the low cost of energy generated both to make the construction as for those who use the built environment.


SUMARIO


INTRODUÇÃO................................................................................................................................25 Histórico...........................................................................................................................................26 TEMA................................................................................................................................................. 28 Entrevista (“O que é sustentabilidade pra você?”)............................................................................29 Conceito de sustentabilidade...............................................................................................38 Sustentabilidade na construção..........................................................................................40 Citações chave..............................................................................................................................41 Aspectos chave do desenvolvimento sustentável....................................................41 Termo “ecológico”.......................................................................................................................42 Certificações...................................................................................................................................42 Justificativa.....................................................................................................................................47 Por que pousada em Socorro?............................................................................................48 Esportes radicais..........................................................................................................................50 Levantamento hoteleiro...........................................................................................................51 Mapeamento..................................................................................................................................54 SÍTIO.................................................................................................................................................. 57 A cidade............................................................................................................................................57 Histórico............................................................................................................................................57 O terreno..........................................................................................................................................58 Histórico............................................................................................................................................59 Análise da cidade de Socorro nos aspectos de interesse.....................................60 Análise do terreno......................................................................................................................62 Plantas das construções existentes no terreno..........................................................64 Histórico fotográfico..................................................................................................................66 Objetivos..........................................................................................................................................72 LEGISLAÇÃO...................................................................................................................................75


Novo código florestal...............................................................................................................75 Código de obras de socorro.................................................................................................80 REFERÊNCIAS..................................................................................................................................83 Projetuais e estéticas.................................................................................................................83 Projetuais e Tecnológicas........................................................................................................98 Hoteleira e Programa................................................................................................................108 Tecnologias Sustentáveis........................................................................................................114 Estudo de Caso.............................................................................................................................126 PARTIDO............................................................................................................................................133 Entorno.............................................................................................................................................133 Topografia e clima......................................................................................................................134 Materiais locais.............................................................................................................................139 Logística reversa..........................................................................................................................139 Metodologias construtivas.....................................................................................................140 Partido referencial......................................................................................................................142 PROGRAMA E ESTUDO PRELIMINAR...............................................................................151 Plano de massas..........................................................................................................................151 Programa.........................................................................................................................................152 BIBLIOGRAFIA.................................................................................................................................155

Fonte: Arquivo pessoal (segunda entrada do “Sítio Colibri” tirada em 2012)



INTRODUCAO


O projeto propõe-se a desenvolver uma Pousada Baseada nos Princípios da Sustentabilidade. Para a realização do mesmo, foi necessário compreender e posicionar-se sobre o conceito da sustentabilidade. Primeiro partiremos do significado ao pé da letra, para depois aprofundarmos no que mais sustentabilidade pode ser ou significar, dependendo de pontos de vista ou até mesmo de sua essência. O termo “sustentabilidade” segundo os Dicionários, significa: “A habilidade, no sentido de capaci-

dade, de sustentar ou suportar uma ou mais condições, exibida por algo ou alguém. É uma característica ou condição de um processo ou de um sistema que permite a sua permanência, em certo nível, por um determinado prazo.” (DICIONÁRIO AURÉLIO, 20--).

E mais a fundo encontramos a origem da palavra “sustentabilidade”:

“A palavra sustentável tem origem no latim ‘sustentare’, que significa sustentar, apoiar, conservar, defender, favorecer, cuidar. (Site SIGNIFICADOS, 2011/2014).

Segundo Brian Edwards¹, a origem vai além da palavra, ele propõe a sustentabilidade como tendo várias origens, “Natureza como sustento”, que é a comida, ar puro e água; “Natureza como inspiração”, que ele cita o escritor John Ruskin e os arquitetos Lethaby e Frank Lloyd Right (por suas obras inspiradas pela natureza); “Sistemas ecológicos”, sendo os habitats, florestas tropicais e biodiversidade; E por último “Proteção do meio ambiente”, citando o aquecimento global², resíduos e poluição, e o principal que é o esgotamento dos recursos. Tendo isso como uma pincelada básica de significados ao pé da letra ou alguns aspectos, nos conectamos para um conceito elaborado do que é sustentabilidade. Pois, o conceito

¹ Escritor do livro “O guia básico para a sustentabilidade”. ² Aumento da temperatura do planeta, causado pelo acúmulo de gases poluentes na atmosfera, acarretando uma maior retenção do calor solar da superfície terrestre.

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de sustentabilidade está normalmente relacionado com uma atitude ou estratégia que é ecologicamente correta, viável a nível econômico. Mas, sustentabilidade está além de tudo isso. HISTÓRICO Algumas passagens da história incluem acordos ambientais, devido ao aumento perceptível do aquecimento global e tantas outras degradações ambientais como o desmatamento. Segue uma lista breve dos principais acordos ambientais internacionais retirados do livro “O guia básico para a sustentabilidade” de Brian Edwards: -1972 Conferência de Estocolmo para o Meio Ambiente Humano (ONU) -1979 Convenção de Genebra

sobre a Poluição do Ar (ONU) -1980 Estratégia Mundial para a Conservação (UICN) -1983 Protocolo de Helsinque sobre a Qualidade do Ar (ONU) -1983 Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento (ONU) -1987 Protocolo de Montreal

sobre a Camada de Ozônio (ONU) -1987 Nosso Futuro Comum * Relatório Brundtland (ONU) -1990 Livro Verde sobre o Meio Ambiente Urbano (União Européia) -1992 Cúpula da Terra (Rio 92) * Rio de Janeiro (ONU) -1996 Conferência Habitat


Fonte: Hotel Fazenda Parque dos Sonhos, Socorro - SP.

-2012 Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável * Rio+20 (CNUDS) - não citado no livro por ser de 2005.

(ONU) -1997 Conferência de Kyoto sobre o Aquecimento Global (ONU) -2000 Conferência de Haia sobre as Mudanças Climáticas (ONU) -2002 Cúpula de Joanesburgo sobre o Desenvolvimento Sustentável (ONU)

Diante da pertinência do conceito de “sustentabilidade” largamente utilizado nos dias atuais, visto a partir de sua evolução histórica, este projeto buscará a produção arquitetônica sustentável, entendida em sua complexidade, como algo que ajudará não só a evolução da cidade como ecologicamente correta, suas atividades culturais/turísticas e a preservação de sua natureza abundante, como a sociedade em geral. E talvez vir a ser exemplo a seguir pela região e fora dela.

“Mesmo parecendo redundante, em tempos mais recentes esta palavra tornou-se conceito e princípio. O conceito de sustentabilidade começou a ser delineado na Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano (United Nations Conference on the Human Environment - UNCHE), realizada em Estocolmo em 1972, e cunhado pela norueguesa Gro Brundtland no Relatório “Nosso Futuro Comum” (1987). De acordo com essa definição, o uso sustentável dos recursos naturais deve “suprir as necessidades da geração presente sem afetar a possibilidade das gerações futuras de suprir as suas”. (LaSSu - LABORATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE DA USP, 201-).

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TEMA Pousada Baseada nos Principios da Sustentabilidade ENTREVISTA Antes de entrar a fundo do por que o tema Pousada Baseada nos Princípios da Sustentabilidade, entender melhor o que é sustentabilidade é de suma importância. Então, algumas pessoas concordaram em responder de acordo com seus conhecimentos e informações durante suas vidas, o que para elas significa sustentabilidade, o que elas percebem por ser sustentabilidade hoje.


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“O que é sustentabilidade para você?”

“É o reaproveitamento de todo resíduo das atividades humanas com dano zero para o meio ambiente.” - Euclides Dotta Jr., 56 anos, proprietário do terreno de intervenção e graduado em Ecologia na UNESP.

meio ambiente, faz economia.” - Paula Gamba, 24 anos e graduada em Enfermagem na PUC Minas, Poços de Caldas.

“Pra mim sustentabilidade está relacionado a uma mentalidade, atitude ecologicamente correta. Algo que foi feito sem danificar ou prejudicar o meio ambiente, é ecologicamente correto, não polui o meio, e etc.” - Eluana Nogueira, 23 anos e estudante de Arquitetura e Urbanismo na PUC Minas, Poços de Caldas.

“Pra mim a sustentabilidade se tornará uma obrigação em poucos anos, o planeta tem uma quantidade limitada de recursos naturais, e cada vez mais precisamos nos reinventar para mantermos o ritmo do progresso sem causar danos irreversíveis ao planeta, deve-se estudá-la, entender seu funcionamento, e praticá-la.” - Bruno Volpato, 21 anos e estudante de Engenharia Mecânica na Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo.

“Para mim sustentabilidade é economia, serve? ‘Rs’. “Mas, por que você acha isso?” Por exemplo aquelas placas solares, elas ajudam o meio ambiente e faz economia de luz. A luz de LED ela pode ser cara, mas dura muito mais e são mais econômicas que a incandescente, além de preservar o

“Pra mim é consciência... Consciência de que todos os recursos estão em seu fim e o planeta Terra esta entrando em colapso e temos que ver como renovar todos os recursos, matérias primas, e utilizá-los mais vezes e melhor.” - Melina Liberali Dotta, 28 anos e graduada em

Enfermagem na UNIFEOB de São João da Boa Vista. “Para mim, sustentabilidade é conhecimento. Conhecimento dos materiais, de seus meios de produção e dos prejuízos ao meio ambiente por seus usos. Tendo esses conhecimentos, conseguimos criar uma arquitetura sustentável, onde uma construção se integra ao ambiente, sem impactá-lo nem causar danos.” - Rodrigo Corrêa, 21 anos e estudante de Arquitetura e Urbanismo na PUC Minas, Poços de Caldas. “Hum... Ser sustentável para mim, hoje em dia, é tudo o que a gente for fazer, pensar se vai prejudicar as gerações futuras. É fazer o possível para que o máximo de recursos naturais que usamos hoje, sejam aproveitados da melhor maneira e que haja a possibilidade de se renovar depois. Assim, sempre teremos de onde tirar nossas ma


30 térias primas para tudo.” - Iuli Caetano, 25 anos e estudante de Medicina Veterinária na PUC Minas, Poços de Caldas. “O que eu entendo por sustentabilidade é que é uma forma de preservar o meio ambiente sem comprometer os recursos naturais como água solo, a natureza... Respeitando os animais e o seres humanos.” - Euclides Dotta Neto, 27 anos e graduado em Engenharia Agronômica na UNIPINHAL. “Como filosoficamente diz a lei de Lavoisier, “na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”. Acredito que essa lei seja o alicerce de um bom compreendimento sobre o que a sustentabilidade deva significar. Sustentabilidade é o saber usar os recursos naturais de forma que o processo de transformação agrida o menos possível a própria natureza, acontecendo de modo consciente e moderado, e ao mesmo tempo atendendo

as demandas que um determinado projeto possa necessitar, eficientemente. Onde o processo de transformação citado por Lavoisier, ocorra de uma forma que pareça o mais natural possível. Onde o homem pudesse usar da natureza sem que a mesma percebesse.” - Flávio Claudiano, 25 anos e graduado em Arquitetura e Urbanismo na PUC Minas, Poços de Caldas. “Sustentabilidade é pensar no longo prazo. Garantir o desenvolvimento social e econômico no presente sem ferir as condições ambientais necessárias para o mesmo desenvolvimento no futuro. Sustentabilidade a cada ano se destaca mais, seja na visão estratégica e nos valores das grandes empresas, assim como no discurso de campanha dos políticos nas eleições, mas enquanto não for visto como um senso comum necessário e urgente para a manutenção da vida e da economia no longo prazo, teremos sem-

pre aquela sensação de que os problemas de hoje serão resolvidos pelas próximas gerações e de que o futuro depende exclusivamente deles.” - Gabriel do Lago Gonçalves, 24 anos e graduado em Ciências Econômicas na Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo. “Sustentabilidade é usar mantendo o equilíbrio dos recursos naturais e do meio ambiente, sempre repor o que se retira, buscando fontes de energia que não poluam com tanta intensidade. Também criar sistemas com ações sustentáveis que possam ser implementadas por nós no dia a dia, garantindo a qualidade de vida sem prejudicar o meio ambiente.” - Karla Andrade, 20 anos e estudante de Arquitetura e Urbanismo na PUC Minas, Poços de Caldas. “Na minha opinião sustentabilidade é na verdade equilíbrio. Entre consumo e matéria prima ou produção... Basicamente consumo cons-


31 ciente.” - Amanda Martins, 22 anos e estudante de Arquitetura e Urbanismo na PUC Minas, Poços de Caldas. “Sustentabilidade é fazer com que os recursos utilizados se renovem sem agredir o ambiente garantindo a longevidade do Planeta.” - Diego Tavares, 27 anos, graduado em Engenharia Mecânica e especialista em projetos na FGV. “Sustentabilidade envolve um conjunto de medidas ecológicas, econômicas, sociais e políticas que visam o desenvolvimento de um lugar, uma comunidade, um país, bem como de um simples projeto arquitetônico, de uma forma que, não prejudique ou corrompa o desenvolvimento das gerações futuras e a natureza. É a preocupação em utilizar e preservar. Na arquitetura, é a preocupação que começa na escolha de materiais em uma construção, na forma de ocupação de um terreno, na busca por uma eficiência energética e

na relação de um projeto com seu entorno. É a reflexão no âmbito social, no respeito com o ser humano. Na não segregação social, não exposição à riscos como habitações inadequadas, falta de saneamento básico e ocupações urbanas desordenadas. Sustentabilidade vem da escolha de medidas políticas e econômicas que não visam somente o lucro, mas a qualidade de vida, o respeito e preservação da natureza.” - João Guilherme, 22 anos e estudante de Arquitetura e Urbanismo na PUC Minas, Poços de Caldas. ”Acho que sustentabilidade é você saber usar o meio ambiente ao seu favor sem danificá-lo, saber otimizar os processos para que não haja desperdícios ou degradação do ambiente ou da própria matéria prima.” - Camila Gomes da Rocha, 23 anos e graduada em Publicidade e Marketing na FACAMP.

“Re, re, re. Reaprovei-

tar, reutilizar e reciclar.” - Luiz Eduardo Milan Quebradas, 23 anos e estudante de Direito na Unip, São José do Rio Pardo. “Sustentabilidade, ao meu ver, é um termo usado para indicar as relações de equilíbrio e harmonia que ocorrem, ou que devem ser almejadas, entre os meios social, econômico e ambiental. Tal relação harmônica visa preservar estes meios uns dos outros, de modo que, por exemplo seja possível que haja avanço econômico acompanhado pelo desenvolvimento sócio cultural e pela manutenção correta do meio ambiente. Em suma, a sustentabilidade visa garantir o desenvolvimento igualitário entre os diversos agentes diretos ou indiretos que nele estão envolvidos.” - Guilherme O. Maia, 23 anos e estudante de Arquitetura e Urbanismo na PUC Minas, Poços de Caldas. “Sustentabilidade pra mim é uma palavra que não se sustenta apenas por ela pró


32 pria, não deve estar atrelada a questão do marketing vendido através dela e sim de pequenas atitudes que da mesma forma a qual um pilar firma a edificação, sustentabilidade é o equilíbrio entre estilo de vida, eficiencia energética e sobretudo a relação de pertencimento ao lugar o qual seja o meu meio ambiente, desde a minha casa ao meu planeta. Entendendo essas relações entre o meio e a própria vida do ser é possível pensar em sustentabilidade não como uma palavra que está tão em voga, mas uma forma de relacionar o conhecimento teórico de meio com a prática de pertencê-lo.” - Lucas Natan S. Soares, 24 anos e estudante de Arquitetura e Urbanismo na PUC Minas, Poços de Caldas. “Sustentabilidade no meu ponto de vista é você trocar gentilezas com algo, natureza, que te mantém respirando. Preservar. Independente dos recursos financeiros, é possível devolver, de

alguma forma, as riquezas que nos são dadas. Reciclagem é uma forma barata de “praticar” a sustentabilidade. Basta o indivíduo separar os objetos de acordo com a categoria que ele irá se encaixar, entregá-los em pontos de coleta específicos para serem reciclados e serem reaproveitados mais tarde. Seja com a mesma função ou não.” - Camila Pfaltzgraff, 25 anos e graduada em Gestão de Recursos Humanos na Universidade Estácio de Sá, Rio de Janeiro. “Acho que sustentabilidade, como o próprio nome diz, é qualquer coisa que seja sustentável, no sentido de algo que seja possível de se manter. Considero como algo diretamente ligado à natureza, porque na natureza só se mantém aquilo que é realmente sustentável, aquilo que conseguiu sobreviver às intempéries, que evoluiu e aprendeu a conviver com a própria natureza. Então qualquer objeto, hábito ou método é sustentável quando

alcança esse nível de mutualismo com a natureza, e não de parasitismo.” - Luiza Giannelli, 24 anos e estudante de Arquitetura e Urbanismo na PUC Minas, Poços de Caldas. “Como li para fazer uma pesquisa uma vez, assim dizia que a sustentabilidade é algo diretamente relacionado à capacidade humana de gerenciar recursos com o propósito de executar as mais variadas tarefas do cotidiano, ou seja, planejar um desenvolvimento econômico e material consciente, buscando sempre preservar o meio ambiente e o futuro das próximas gerações. Bom, isso é sustentabilidade para mim.” - Luiz Felipe Miguel, 22 anos e estudante de Arquitetura e Urbanismo na PUC Minas, Poços de Caldas. “Sustentabilidade é tudo aquilo que de alguma forma não compromete o meio ambiente para as gerações futuras.” - Maria Lúcia Simioni, 21 anos e es-


33 tudante de Publicidade e Propaganda na PUC, Campinas. “Sustentabilidade. Recorrendo a variação do léxico: sustentar-se, auto suficiência. Atualmente é a forma mais prática e viável de condução e preservação de algo, seja um organismo, um projeto, uma cidade, etc. Procuramos a autonomia do que quer que seja, e na arquitetura não poderia ser diferente. Diante das necessidades e solicitações feitas pela natureza atualmente, devemos repensar os modos de construção, projeto e viabilidade de execução, para que ambos coexistam, posto que são complementares. Usando novas tecnologias e técnicas que favoreçam o bom uso da terra e dos produtos fornecidos por ela, constatamos que aí existe sustentabilidade. Infelizmente não dispomos de demanda em larga escala de mão de obra especializada em construções “alternativas” e que oferecerão metodologias construtivas di-

ferenciadas das que vem sendo adotadas como padrão. No entanto, onera se o que deveria ser mais acessível. Existe também a questão estética, um dos pilares da arquitetura, que acompanha com alternativas de grande eficiência e bom gosto utilizando-se materiais alternativos e naturais. Com a prática e o conhecimento, cada vez mais esta tendência conquistará maior público e terá vasta aceitação, diante da sua notória viabilidade. Sustentar é garantir a continuidade em potencial!” - Carlos Eduardo Lima Oliveira, 27 anos e graduado em Arquitetura e Urbanismo na PUC Minas, Poços de Caldas. “Eu acho que a sustentabilidade é mais que um processo ou uma técnica pra garantir a eficiência econômica e/ou energética de uma forma sustentável, ou seja, que agrida o menos possível o meio ambiente. A sustentabilidade pra mim, é a consciência de que temos um dever social de

manter o mundo saudável pras gerações futuras.” - Bruna Hilário, 23 anos e graduada em Arquitetura e Urbanismo na PUC Minas, Poços de Caldas. “Vejo o conceito de sustentabilidade aplicado em diversos sentidos, não somente ao meio ambiente. Por exemplo, trabalho no ramo de desenvolvimento de aplicativos e sistemas. Para mim, a sustentabilidade se aplica em: Tenho um objetivo: Ser produtivo, para isso consumo recursos do meu corpo, energia; Quanto mais eu tentar ser produtivo, mais energia gastarei. Obviamente, terei um limite de produtividade, num dia em que esteja mais cansado por exemplo, não renderei tanto quanto gostaria. A sustentabilidade se realizaria quando eu desenvolvesse uma rotina que me possibilitasse aumentar a quantidade de energia disponível e não esgotá-la tentando ser mais produtivo. A prática de exercícios físicos é um bom exemplo. Ela ajuda o funcionamento do


34 corpo e da mente; Logo, para existir a sustentabilidade, devo praticar mais atividades, preparando o meu corpo para a demanda de energia gerada pelo trabalho. Exercícios de relaxamento, meditação e uma boa alimentação também são meios de manter esse sistema funcionando.” - Leonardo Vieira Correia, 29 anos e estudante de Análise e Desenvolvimento de Sistemas no Instituto Infnet, Rio de Janeiro. “O que é sustentabilidade para mim: Sustentabilidade é a forma com que se conduz algum processo, independente de qual produto ou serviço é o fim desse processo. Qualquer coisa que seja desenvolvida para atender às necessidades humanas que tenham como princípio a renovação da matéria prima, a eficiência energética e o desenvolvimento humano com o menor desgaste possível e com maior permanência no tempo eu considero como sustentável. Acredito que esse termo só se

aplica à condição humana por entender que somos os únicos a compreender que o próprio termo se aplica à nossa sobrevivência, já que se esgotarmos nossas fontes e meios propícios à sobrevivência (o meio ambiente e as condições de desenvolvimento humano) estaremos nos extinguindo consequentemente. Nota-se que somos os únicos com interesse de desenvolvimento próprio. Os demais seres presentes no planeta não criam meios de desenvolvimento que fuja às necessidades básicas de sobrevivência, ou seja, alimentação e reprodução. Na verdade o termo é uma reflexão e uma solução com intuito de perpetuar a espécie e garantir seu desenvolvimento no tempo. Caminhamos sempre para o desenvolvimento, seja econômico ou intelectual, e concluímos que para esse processo continuar é preciso que o meio pelo qual ele se desenvolva seja renovável e favoreça sempre as condições favoráveis para o fim almejado.

Sendo assim, a preocupação é como manter o meio favorável ao nosso desenvolvimento e formata-se um caminho que tem por princípio manter as condições necessárias a não quebrar essa sequencia de crescimento próprio. Então, qualquer forma de conduzir algum processo de desenvolvimento humano, seja ele de sobrevivência, econômico ou intelectual, e sendo embasado na renovação da matéria prima, no menor impacto ou desgaste possível e na maior permanência no tempo se enquadra como um processo sustentável, ou seja, uma forma de sempre usar e manter os meios favoráveis ao desenvolvimento próprio.” - Wallace Max, 29 anos e graduado em Arquitetura e Urbanismo na PUC Minas, Poços de Caldas. ”Vamos lá: sustentabilidade, para mim, é quando você consegue conciliar de uma maneira positiva a exploração do meio ambiente com o sistema de produção capi-


35 talista. Dessa forma, você não prejudica o sistema econômico e nem agride potencialmente a natureza. Acredito que uma sustentabilidade cem por cento não exista, mas acho que é possível minimizar os efeitos da exploração.” - Laura Molinari Pacheco, 23 anos e graduada em Letras na UNIFAL, Alfenas. Sustentabilidade para mim é a preservação e o uso consciente dos recursos naturais e o maior legado para as futuras gerações. São ações que visam o cuidado do meio ambiente, seja reciclando em sua casa ou no papel de um arquiteto , desenvolvendo técnicas, considerando e criando espaços que busquem um equilíbrio ecológico entre pessoas e seu entorno.” - Rafael Fonseca, 22 anos e estudante de Arquitetura e Urbanismo na PUC Minas, Poços de Caldas. ”A Insustentável leveza da Sustentabilidade. A questão da sustentabilidade está ligada diretamente à consciência da

“finitude dos recursos naturais do planeta e da diminuta dimensão da terra em relação aos demais planetas do universo”. Os conceitos de domínio e enriquecimento das populações capitalistas criaram condições tão adversas de ocupação dos centros ditos desenvolvidos em detrimento do desenvolvimento de áreas em condições naturais mais complexas, só perdendo para a estupidez das gerras, da fome, das epidemias e alienação do ensino. Como disse uma amiga: “Em termos de planeta, não existe jogar o lixo fora!” Ou seja, qualquer problema, é nosso problema mesmo! Não se pode, depois de tanta evolução das ciências da informática etc, admitir injustiças de nação para nação. Pensando de uma maneira mais “Arquitetura e Urbanismo“, acho muito atrasado se estudar à exaustão uma unidade habitacional do tipo “popular“ beirando os quarenta e dois metros quadrados para se resolver o problema das populações migra-

tórias do norte nordeste que se concentram nas periferias dos grandes centros, onde vão precisar de todos os recursos de Cidade. E estes só estarão ao seu alcance depois de três horas de condução lotada. Desde pequeno, quando decorava “ os afluentes da margem esquerda e direita do Rio Amazonas (Solimões, Negro, Tapajós e “Bla, bla, bla”) eu escuto: “Amazônia - densidade populacional da ordem de dois virgula oito habitantes por hectare (?). Pergunta: “Por que não se desenvolve essas regiões empregando um grande número de profissionais que disputam loucamente espaços nos grandes centros? Assegurando assim populações nos seus lugares de origem, não inchando os grandes centros?” Acho que sustentabilidade esta ligado à um conceito tipo: “Não se apaga incêndios, desmonta-se fogueiras.“ Sustentabilidade está ligada diretamente à ideia de equalização de recursos, de compartilhamento da cultura entre os povos, rompendo com


36 a condição de escravidão pela manutenção da ignorância. Sustentabilidade têm se tornado um tema premente, pois a consciência de que o mundo acaba logo ali, é cada vez mais forte. Porém, ainda vem carregado de clichês marqueteiros enganosos. Uma coisa é você lutar por fontes de energias Eólica, Solar, não poluentes. Outra coisa é dizer que no Brasil, com Pantanal, Amazônia, e milhões de quilômetros de Litoral, precisamos fazer “paredes verdes“ importadas como conceito de países da Europa, para nos tornarmos “Up to Date“! Se você “grudar“ um prédio no outro, contornando o quarteirão, com pátios internos, um exemplo mais do que manjado, desconstroem-se “empenas cegas“ tão odiadas pelos “verdes”. Enfim, acho que sustentabilidade é um tema bastante sério e que passa por uma revisão total nos conceitos e na forma de comportamento das sociedades. Creio que oque

estamos vendo é somente a “ponta do iceberg“ e vai dar trabalho! Tem muita gente se apoiando nessas propostas “verdes paliativas” que vão criar subterfúgios para “desmontar as fogueiras.“ - Guilherme Mendes da Rocha, 58 anos, graduado em Arquitetura e Urbanismo na Universidade Braz Cubas, Mogi das Cruzes e Professor de Projeto na Escola da Cidade, São Paulo.

”Sustentabilidade, na minha forma de ver, é um padrão sócio, econômico e cultural de sobrevivência da raça humana, em processo atual de maturação, que permita sua coexistência com os demais seres vivos e a perpetuidade dos recursos e condições ambientais do planeta.“ - Eduardo Marchioni Escobar Filho, 29 anos e graduado em Arquitetura e Urbanismo na USP, São Paulo.

Fonte: Arquivo pessoal. (“Sítio Colibri” tirada em 2014)


37 Após tantos depoimentos de várias pessoas, faixa etária diversificada, e diferentes áreas de atuação, conseguimos perceber que grande parte das pessoas definem a sustentabilidade como algo que se faz para não agredir o meio ambiente e não prejudicar as gerações futuras, definição dada no relatório de Brundtland. Percebemos

também que não há forma, até então, de se obter uma sustentabilidade cem por cento, mas que o que conseguirmos praticar em nossas ações já é um grande avanço. E começar entendendo do que se trata sustentabilidade é o início para se obter o máximo possível de atitudes que abrange tal complexidade.


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CONCEITO DE SUSTENTABILIDADE Então, o que realmente é sustentabilidade? Segundo o LaSSu (Laboratório de Sustentabilidade da USP), o que está além dos conceitos que todos conhecemos citados acima sobre a sustentabilidade, e que apenas alguns citaram, é que existe um tripé relacionado e de-

ve-se entender melhor para se alcançar a sustentabilidade completa. Esse tripé seria as três dimensões do desenvolvimento sustentável: econômica, social e ambiental. Sem eles a sustentabilidade não se sustenta. Além de que pode-se aplicá-los em grande ou pequena escala, tanto no Planeta ou em um país, quanto em uma pequena vila ou até mesmo casa. Logo abaixo o LaSSu explica um pouco dos três pilares:

“Social: Trata-se do capital humano de um empreendimento, co-

munidade, sociedade como um todo. Além de salários justos e estar adequado à legislação trabalhista, é preciso pensar em outros aspectos como o bem estar dos seus funcionários, propiciando, por exemplo, um ambiente de trabalho agradável, pensando na saúde do trabalhador e da sua família. Além disso, é imprescindível ver como a atividade econômica afeta as comunidades ao redor. Nesse item, está contido também problemas gerais da sociedade como educação, violência e até o lazer. Ambiental: Refere-se ao capital natural de um empreendimento ou sociedade. É a perna ambiental do tripé. Aqui assim como nos outros itens, é importante pensar no pequeno, médio e longo prazo. A princípio, praticamente toda atividade econômica tem impacto ambiental negativo. Nesse aspecto, a empresa ou a sociedade deve pensar nas formas de amenizar esses impactos e compensar o que não é possível amenizar. Assim uma empresa que usa determinada matéria-prima deve planejar formas de repor os recursos ou, se não é possível, diminuir o máximo possível o uso desse material, assim como saber medir a pegada de carbono do seu processo produtivo, que, em outras palavras, quer dizer a quantidade de CO2 emitido pelas suas ações. Além disso, obviamente, deve ser levado em conta a adequação à legislação ambiental e a vários


princípios discutidos atualmente como o Protocolo de Kyoto. Para uma determinada região geográfica, o conceito é o mesmo e pode ser adequado, por exemplo, com um sério zoneamento econômico da região. Econômica: A palavra economia, no dicionário, é definida como Organização de uma casa, financeira e materialmente. Com o passar dos anos, séculos, a palavra economia foi direcionada apenas à vertente dos negócios ou no sentido da poupança, economizar. Este pilar traz o retorno do significado de cuidar da casa, afincado pelos gregos na Antiguidade. São analisados os temas ligados à produção, distribuição e consumo de bens e serviços e deve-se levar em conta os outros dois aspectos. Ou seja, não adianta lucrar devastando, por exemplo.” (LaSSu - LABORATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE DA USP, 20--).

Ou seja isso tudo é conceito de um sistema, relacionado com a continuidade dos aspectos econômicos, sociais e ambientais da sociedade humana, além claro do capital cultural¹. Propondo ser um meio de reparar a civilização e atividade humanas, de tal forma que a sociedade, os seus membros e as suas economias possam preencher as suas necessidades e expressar o seu maior potencial no presente, e ao mesmo tempo preservar a biodiversidade e os ecossistemas naturais, e o modo e qualidade de vida dos seres

humanos. Planejando e agindo de forma a atingir conhecimento no processo desses ideais para se manterem ao longo do tempo por prazo indefinido, beneficiando e reduzindo o impacto em todas as partes envolvidas. Nesse sentido, o laboratório da USP, LaSSu diz: “Existem pilares, aspectos mais subjetivos para serem trabalhados junto à questão da sustentabilidade. Podemos analisar as questões políticas e culturais. Aceitando a premissa de que tudo está interligado, eles são importantes para qualquer tipo de análise do tripe.”

¹ “É uma forma de capital que assume os conhecimentos as capacidades e a criatividade contidos nos sistemas socioculturais.” (EDWARDS, Brian, 2005).

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SUSTENTABILIDADE NA CONSTRUÇÃO

Segundo Brian Edwards, o conceito de Sustentabilidade é complexo para o arquiteto, pois sustentabilidade não envolve apenas a construção civil, mas todos os recursos necessários para o desenvolvimento humano na Terra. E uma construção sustentável consiste grande parte em reduzir o aquecimento global através de economia de energia, e uso de algumas técnicas, como análise do ciclo de vida dos materiais, que é:

“Uma técnica para avaliação dos aspectos ambientais e dos impactos potenciais associados a um produto, compreendendo as etapas que vão desde a retirada da natureza das matérias-primas elementares que entram no sistema produtivo (berço) até a disposição do produto final (túmulo).” (SANTIAGO, Leonardo, 2005).

Brian Edwards, também diz que projetar uma construção de forma sustentável, envolve uma série de ações como criação de espaços saudáveis, viáveis economicamente e que sejam sensíveis às necessidades sociais. Neste sentido Brian Edwards (2005) diz que isso “Significa respei-

tar os sistemas naturais e aprender por meio dos processos ecológicos.” Brian Edwards diz assim como o conceito de sustentabilidade a construção sustentável também têm três pontos principais. Segue abaixo um esquema dos três vértices do projeto sustentável:


Segundo Brian Edwards (2005) são vários os “Benefícios do ambientalismo na indústria da construção: -

Redução de custos Garantia do cumprimento da legislação Antecipação a legislação futura Redução de riscos ambientais Melhores relações com os legisladores Melhor imagem pública Aumento das oportunidades de mercado Aumento da produtividade dos funcionários”

Assim, a sustentabilidade social, ecológica, cultural e tecnológica será base deste projeto para alcançar tantos objetivos citados acima. Com tudo projetando com a natureza, dando visibilidade a mesma, e entendendo que as soluções surgem do lugar. CITAÇÕES CHAVE (Segundo Brian Edwards, 2005)

“Desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento que satisfaz as necessidades do presente, sem comprometer a capacidade das futuras gerações de satisfazer suas próprias

necessidades.” (Brundtland, 1987) “Projeto sustentável é a criação de edificações eficientes do ponto de vista energético, saudáveis, confortáveis, de uso flexível e projetadas para terem uma longa vida útil.” (Foster + Partners, 1999) “Construção sustentável é a criação e gestão de edifícios saudáveis, baseados em princípios ecológicos e no uso eficiente dos recursos.” (BSRIA, 1996) “Materiais sustentáveis são materiais e produtos construtivos saudáveis, duráveis eficientes em relação ao consumo de recursos e fabricados de forma a minimizar o impacto ambiental e maximizar a reciclagem” (Brian Edwards, 2004)”

Aspectos chave do desenvolvimento sustentável: (Segundo Brian Edwards (2005) “- Meio ambiente: todos os recursos - Futuridade: nosso futuro coletivo - Equidade: compartilhar entre as gerações - Desenvolvimento: o que os arquitetos fazem”

Fonte: Esquema produzido graficamente autoral e retirado do livro “O guia básico para a sustentabilidade” de Brian Edwards.

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TERMO “ECOLÓGICO” Falamos aqui muito sobre o termo sustentabilidade, e enganchando com a entrada da ultima citação de Brian Edwards em materiais, segundo Dominique Gauzin-Muller, um projeto que se utiliza de materiais que se extrai dos mesmos o seu melhor e com isso respeitando a natureza, pode-se chamar de ecológico. Ela diz que, “Um projeto ecológico se utiliza dos fundamentos científicos para obtenção de resultados práticos com simplicidade e baixo custo energético.” Assim, o termo sustentável se aplica ao todo e ecológico aos materiais com enfoque na questão ambiental dentro do tripé tão discutido da sustentabilidade. Concluindo, segundo o site WIKIPEDIA (2013), a construção só é considerada sustentável se atender os seguintes processos:

CERTIFICAÇÕES

“- Ecologicamente correto - Economicamente viável - Socialmente justo - Culturalmente diverso”

As certificações em si primeiramente servem para comparar uma construção com a outra e provar sua


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eficiência, depois para o cliente ou comprador se existente saber que a construção tem em sua totalidade ou parcialmente, de fato eficiência sustentável.

Fonte: Arquivo pessoal (vista de uma parte da área de preservação permanente do “Sítio Colibri” tirada em 2006)


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São vários os selos voltados para a construção sustentável, aqui cito apenas alguns dos mais importantes para as construções brasileiras.

“O PROCEL (Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica) é parte de um programa nacional de incentivo à redução do consumo de energia elétrica. Já o Procel Edifica, trata da aplicação específica deste programa às edificações, avaliando-as de “A” a “E”, de acordo com sua eficiência energética. Sendo assim, uma edificação avaliada em A ou B utiliza de forma mais eficiente a energia elétrica. Além disso, o programa incentiva o uso de dispositivos economizadores de água, os quais diminuem o consumo de água dos edifícios minimizando impactos nos recursos naturais do planeta.” (ESCOBAR, Eduardo, 2012) “LEED (Leadership in Energy and Environmental Design) é um sistema internacional de certificação e orientação ambiental para edificações, utilizado em 143 países, e possui o intuito de incentivar a transformação dos projetos, obra e operação das edificações, sempre com foco na sustentabilidade de suas atuações.” (Site GCB BRASIL, 2014) “O selo AQUA (Alta Qualidade Ambiental) é um Processo de Gestão Total do Projeto para obter a Alta Qualidade Ambiental do seu Empreendimento de Construção. Essa qualidade é demonstrada para seus clientes, investidores e demais partes interessadas por meio da certificação. Os benefícios de um Empreendimento Certificado Processo AQUA são: -Qualidade de vida do usuário; -Economia de água; -Energia; -Disposição de resíduos e manutenção; -Contribuição para o desenvolvimento sócio-econômico-ambiental da região.” (Site CONSTRUIR SUSTENTÁVEL, 201-)


“SELO CASA AZUL DA CAIXA, destinado para empreendimentos imobiliários, o enfoque sustentável embutido no selo exige que a construção seja aprovada a partir da análise de 53 critérios, entre obrigatórios e de livre escolha, nas seis diferentes categorias criadas: -Qualidade Urbana -Projeto e Conforto -Eficiência Energética -Conservação de Recursos Materiais -Gestão da Água -Práticas Sociais” (Site CONSTRUIR SUSTENTÁVEL, 201-) “FSC (Forest Stewardship Council) é um conceito de certificação que surgiu como uma forma de controle das práticas produtivas florestais, por meio da valorização, no mercado, dos produtos originados de manejo responsável das florestas. Um grupo formado por empresas e organizações sociais e ambientais do mundo todo iniciou as negociações para a criação de uma entidade independente que estabelecesse princípios universais para garantir o bom manejo florestal.” (Site CONSTRUIR SUSTENTÁVEL, 201-) “CBCS (Conselho Brasileiro de Construção Sustentável), contribui com a formação de redes de parceiros estratégicos para: gerar e disseminar conhecimentos e boas práticas; promover a inovação; integrar o setor da construção aos demais setores da sociedade; elaborar diretrizes; discutir políticas públicas e setoriais; coordenar soluções e ações integradas intersetoriais com vistas a otimizar o uso de recursos naturais, sociais e econômicos, reduzir os efeitos negativos e potencializar os efeitos benéficos para a construção de um ambiente mais saudável e uma sociedade mais equilibrada e feliz.” (Site CONSTRUIR SUSTENTÁVEL, 201-)

Fonte: Imagem do selo Procel Edifica - ENERGIA, 2012 e selo Leed - RHEOSET, 2014. O restante das imagens de selos: CONSTTRUIR SUSTENTAVEL, 2014.

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Fonte: Arquivo pessoal (vista do vale da cachoeira logo depois de sua nascente, aos arredores do “Sítio Colibri” tirada em 2005)

JUSTIFICATIVA Agora entendendo a sustentabilidade em si, suas características, ações e conceito, e como aplicá-la na construção, chegamos ao ponto do por que afinal o tema Pousada Baseada nos Princípios da Sustentabilidade? Além do que tudo que foi dito sobre a sustentabilidade seu conceito a causa por escassez dos recursos, um dos muitos motivos, e o que mais está em crise hoje é: a falta de água. Segundo a ANAB Brasil (Associação Nacional de Arquitetura Bioecológica), atualmente a construção civil está entre as atividades que mais causam impactos ambientais no mundo. Onde 50% dos recursos extraídos da natureza são destinados ao setor.

ganização das Nações Unidas), no Mundo por volta de 40% da população, está sofrendo um estresse hídrico.

E no gráfico a seguir que será exibido na próxima página (36) mostra o uso dos recursos inadequados no Brasil e a produção de massa total de resíduos sólidos.

Segundo dados da ONU (Or-

Fonte: Gráficos autorais e conteúdo retirado de dados da ONU e ANAB.

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Além de toda essa crise que faz com que seja essencial a introdução de uma edificação sustentável, há também outros benefícios dos que foram citados na explicação da sustentabilidade na construção civil.

Segundo a ANAB (Associação Nacional de Arquitetura Bioecológica) São inúmeros os benefícios, tanto econômicos quanto de saúde. A cada US$ 1,00 investido na construção de edifícios sustentáveis, em 20 anos, US$ 15,00 são retornados:

Fonte: Gráficos autorais e conteúdo retirado de dados da ONU e ANAB.


POR QUE POUSADA EM SOCORRO? Outra justificativa além dos benefícios da sustentabilidade e as crises dos recursos naturais do Mundo, o terreno onde o tema será inserido é localizado como será dito posteriormente, na cidade de Socorro. Essa cidade tem como ponto forte além da natureza exuberante o turismo. Em 2010 foi considerada como Estância Turística pelo Governo do Estado segundo a Prefeitura de Socorro e fontes do IBGE. E de acordo com o site de Campinas², o chefe da divisão de turismo da prefeitura, Michael Golo, Socorro recebe em torno de 500 mil turistas por ano, e desde o início do projeto “Aventureiros Especiais”³, em 2005, houve um crescimento de 30% do número de visitantes na cidade e entre 12% e 14% no número de novos empreendimentos ligados ao turismo,

como restaurantes e hotéis. E com isso, pelo menos 10 unidades de hospedagem já oferecem facilidades para os portadores de necessidades especiais. Com uma população por volta de 38.000 habitantes totais, 12.000 na área rural e eleita em 2010 referência em turismo como dito, a cidade tem mais de 80 atrações e atividades para os turistas; Dentre elas o “Festival de Verão”, “Ecco Park”, “Mirante do Cristo”, “Sabores da Roça”, “Socorro Expo Malhas”, “Turismo de Águas Minerais”, “Festival de Inverno”, “Festa do Morango”, “Gruta do Anjo”, “FATU - Festival Brasileiro de Filmes de Aventura e Turismo”, “Sarau”, “Festividades de Agosto”, que ocorre de 09 a 15 do mês de agosto, sendo a maior festa do circuito das águas, na qual se comemora o aniversário da cidade; Há também o turismo histórico, rural, dentre outros.

Fonte: Gráficos autorais e conteúdo retirado de dados da ONU e ANAB. ² www.campinas.com.br/turismo/2011/12/turismo-de-aventura-socorro-um-dos-principais-destinos-do-pais ³ É um programa criado na cidade de Socorro desenvolvido pela ONG Aventura Especial, para que deficientes pudessem praticar esportes radicais.

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ESPORTES RADICAIS


Com uma área de 133.100 metros quadrados de APP, o sítio possui também a passagem do rio entre a montanha e a área sem benfeitoria (mostrados no mapa da página 49). Com isso, a preservação dos mesmos se torna essencial. Além disso, a cidade esta equipada de projetos ecológicos, como o “Ecco Park” e o dia da preservação do Rio Peixe. LEVANTAMENTO HOTELEIRO Socorro possui aproximadamente 5.000 chácaras de fins de semana cadastradas na Prefeitura, sendo que a grande maioria são propriedades de não moradores da cidade. A população aumenta em torno de 15.000 pessoas, nos finais de semana.

51 Fonte fotografias em ordem da esquerda para a direita: Turismo Socorro-sp: https://www. f l i c k r. c o m / p h o t o s / t u r i s m o s o c o rro/7000782813/ e https://www.flickr. com/photos/turismosocorro/show/ Blog “Ta indo pra onde?”: http://taindopraonde.blogspot.com.br/2014/01/ compras-em-socorro-sp.html Blog “Anegrada”: http://anegrada.blogspot.com.br/2010_03_16_archive.html Meio Ambiente Culturamix: meioambiente.culturamix.com RJ “Quebarato”: http://rj.quebarato.com.br/rio-de-janeiro/asa-delta-e-parapente-aprenda-voar-em-30-dias__139876.html Bonito MS: http://www.bonitoms.com/ passeios.php?id=16 Cachoeirismo: Fonte desconhecida

Fonte: Gráficos autorais e conteúdo retirado de dados dos sites, HOTEL URBANO (2014) e TRIP ADIVISOR (2014).

Clube Ar Livre: http://clubearlivre.org/v/actividades/2008/jul/casadosal/ Voltar_+caminhada.JPG.html Território Extremo: http://www.territorioextremo.com.br/aventuras/canionismo/attachment/olympus-digital-camera-3 Cicloturismo: Fonte desconhecida


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Continuação Fonte fotografias em ordem da esquerda para a direita: Serra Gaucha: http://www.serragaucha. com/pt/informacoes-turisticas/operadoras-de-turismo-aventura/cia-aventura-rafting-e-turismo/ Guia da Musculação: http://guiadamusculacao.com.br/escalada-para-emagrecer/ Pela Natureza : http://pelanatureza.pt/ turismo-e-lazer/noticias/espeleoturismo-41064106 Truck Trend: http://www.trucktrend. com/autoshows/events/163_1310_the_ palo_duro_jeep_jamboree/photo_16. html Pousada Voo Livre: http://pousadavoolivre.blogspot.com.br/ Natura Turist: http://plitvicebooking. com/una-river-rafting/ Acquatur: http://www.acquaturturismo.com.br/rapel.htm Tirolesa: Fonte desconhecida Fonte: Arquivo pessoal (rio da cachoeira do sítio vizinho “Morada das Araucárias”, tirada em 2006).


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Estrada que leva ao Sítio Colibri!

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MAPEAMENTO Segue um mapa com a pontuação de algumas pousadas, hotéis e hotéis fazenda, e também das áreas onde se pratica esportes radicais do site ESTÂNCIA DE SOCORRO (201-).



SITIO


A CIDADE Socorro é uma cidade localizada no interior de São Paulo, pouco mais 135 quilômetros de distância da mesma e 110 quilômetros de distância de Campinas, em divisa com MG, segundo os dados do site da prefeitura de Socorro. Conhecida pelo forte turismo, natureza, esportes radicais e lugares para compras. HISTÓRICO

‘’O povoamento de Socorro está intimamente ligado ao segundo ciclo de estradas e bandeirantes e por habitantes de Atibaia e regiões vizinhas que ali se fixaram no início do século XIX. Embora tenha sido colonizada a partir de 1738, com o estabelecimento de fazenda de criação, foi no início do século XIX que se formou a povoação, quando habi

Fonte Mapa: IBGE.

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tantes da região edificaram uma capela, sob a proteção de Nossa Senhora do Socorro, ao lado da qual começavam a construir algumas casas, destacando-se o Capitão Roque de Oliveira Dorta, como um dos principais fundadores. Motivada pela distância da capela à sede paroquial, a população do bairro do Rio Peixe, como era conhecida, requereu o provisionamento em capela curada, sendo atendida em 1829. A então povoação de Nossa Senhora do Socorro do Rio do Peixe, primeiramente em território do Município de Atibaia, passou para o de Bragança quando este foi criado. A localidade foi elevada à Freguesia (Distrito) em 1838 e, por Lei Provincial de 1871, à categoria de Município, simplificando o seu nome para Socorro. Recentemente, Socorro passou a ser considerada como Estância Turística, pelo Governo do Estado.’’ (IBGE, histórico das cidades, cidade de Socorro, SP).

Área da unidade territorial (km²): 449,029 / Bioma: Mata Atlântica Densidade demográfica (hab/km²): 81,70

CIDADE DE SOCORRO

ÁREA DE INTERVENÇÃO

Fonte Mapa: Google Maps.


O TERRENO Localiza-se na área rural da cidade de Socorro. Segue dados da escritura: Endereço: Estrada Mas 287, Sítio Colibri Bairro: Agudos Latitude: 22°40’51.34”S Longitude: 46°35’42.25”O Área total: 19.3600 ha / 193.600 m² Sem benfeitoria: 6.0500 ha / 60.500 m² Construída: 600 m² aproximadamente [ainda para calcular] Montanha: 13.3100 ha (hm²) / 133.100 m², contendo 16.000 pés de eucaliptos. HISTÓRICO Na área escolhida para o projeto, há uma casa pequena e antiga que supõe-se ter sido construída na década de 50 pelo seu tipo e maneira de construção. Mas, nada se sabe sobre a casa, apenas uma pequena passagem da história que ela foi feita por ciganos nessa época e desde

então apenas reformada uma ou duas vezes por proprietários posteriores. O terreno em si era maior, continha além do pedaço mostrado no próximo mapa na página seguinte (29), mas também as áreas no entorno que são hoje outros sítios. Diz-se que a área fora dividida em um período da história e com o passar do tempo diferentes proprietários foram tomando conta / comprando. Segundo fontes desconhecidas.

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ANÁLISE DA CIDADE DE SOCORRO NOS ASPECTOS DE INTERESSE Analisando os gráficos dos dados do IBGE a seguir, percebe-se uma redução da população rural de Socorro decaindo na mesma proporção da média do país. Já os salários também sobre os dados do IBGE aproximadamente 28,2% da população recebem até um salário mínimo e somando com 26,7% das pessoas sem renda tem-se que mais de 54% da população se sustentando com até um salário mínimo, retratando uma renda per capita baixa para a cidade. A área rural segundo o Cartograma do IBGE não mostra domicílios com rede de abastecimento de água, ou seja sem saneamento básico. Retrato de uma cidade com renda per capita baixa.


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Fonte: SIDRA IBGE, IBGE Cidades e Painel do CENSO


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N

ANÁLISE DO TERRENO O terreno contém além da área de APP e o rio, um açude, um mini depósito, uma casa

pequena, uma edícula grande e uma piscina. A casa tem 49 metros quadrados, o mini

depósito tem 77,43 metros quadrados e a edícula 185,25 metros quadrados.

Fonte Mapa: Google Maps.

LIMITE

RIO

APP


49 63

Açude

Casa

Mini depósito

Edícula e piscina na frente

Fonte: Arquivo pessoal.


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Área aberta

9,84 m

20,40 m

PLANTAS DAS CONSTRUÇÕES EXISTENTES NO TERRENO As plantas apresentadas estão nas posições exatas como no terreno. A única das plantas que não foi levantada internamente foi a da casa onde foi apenas colocado o telhado de cober-

PLANTA BAIXA MINI DEPÓSITO

tura da casa em si, o telhado da varanda está representado pelo pontilhado. A distância entre a casa e o barracão é de 6,49 metros; E a distância do barracão para a piscina é de 5,28 metros. As partes em cinza representam o chão de piso de cada construção e seu limite.


65 14,45 m 8,05 m WC 1 Cozinha WC 2 12,3 m Churrasqueira

12.82 m Área aberta 7,03 m

14,44 m

PLANTA BAIXA EDÍCULA

6,97 m Varanda com telhado.

PLANTA BAIXA CASA 15,88 m

9,90 m

N

PISCINA


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HISTÓRICO FOTOGRÁFICO

2006

2010

2011


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2007

2008

2012

2009


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2014


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Fonte de todas as fotos: Arquivo pessoal.


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OBJETIVOS 1- Uso comercial para o local relacionado com o entorno e a cidade; 2- Mudar o modo de pensar das pessoas, seus hábitos diários com relação a sustentabilidade e saúde; 3- Mostrar a importância de se fazer uma construção sustentável e de baixo custo; 4- Preservar as áreas naturais do local com o intuito de dar como exemplo para outros empreendimentos e cidades; 5- Melhorar sem danos para a natu-

reza a precariedade da área rural na parte de esgoto e lixo; 6- Garantir consumo quase zerado de energia da construção; 7- E também alcançar a auto sustentação e qualidade de vida no setor alimentício com produtos orgânicos e naturais, Ou seja, utilizando basicamente a Permacultura¹.

¹ “A Permacultura é um sistema de design para a criação de ambientes humanos sustentáveis. A palavra em si não é somente uma contração das palavras PERMAnente e agriCULTURA, mas também de Cultura Permanente, pois culturas não podem sobreviver muito sem uma base agricultural sustentável e uma ética do uso da terra. Este conceito é válido universalmente, pois a ética, princípios e métodos da Permacultura são aplicáveis a toda e qualquer realidade sócio ambiental, além de ser uma abordagem holística, contemplando os diversos níveis onde se situa a existência humana: a sobrevivência, o habitat, a convivência com os pares ou não, tudo perpassado pela Ética do respeito à vida, do cuidado com a Terra e com as pessoas e da solidariedade, que dá sentido e orienta o caráter desse relacionamento. (DA COSTA ARAÚJO, Ângela Maria, do site PERMACULTURA CEARA).

“Permacultura (Permanente Agricultura) é o design e manuten-


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ção consciente de ecossistemas agrícolas produtivos que têm a diversidade, estabilidade e resiliência de ecossistemas naturais. É a integração harmoniosa da paisagem e das pessoas, provendo sua alimentação, energia, abrigo e outras necessidades materiais e não materiais, de modo sustentável.” (MOLLISON, Bill, do site PERMACULTURA CEARA).

Fonte: Arquivo pessoal (foto do rio que passa dentro do sítio na ponte da estrada de entrada pro mesmo).


LEGISLACAO


NOVO CÓDIGO FLORESTAL Apenas os itens de mais relevância para o projeto do novo código florestal foram retirados e estão sendo aqui apresentados: “Princípios e objetivos: As florestas são bens de interesse comum, que devem ser preservadas e recuperadas, em uma relação sustentável com a agropecuária. O código busca a proteção e uso sustentável das florestas e da vegetação nativa em harmonia com o desenvolvimento econômico. Áreas de preservação (APPS): • Cursos d’água faixa de nata com 30 m de largura para rios com até 10m de largura, com 50m para os rios entre 10m e 50 de largura, com 100m para rios entre 50m e 200m de largura, com 200m para os rios entre 200 e 600m de largura, e de 500m para rios com largura superior a 600m; • Lagoas naturais: faixa de 100m de largura na zona rural e de 30m em zonas urbanas; • Reservatórios artificiais: faixa com largura definida na licença ambiental; • Nascentes e olho d’água perenes: faixa mínima de 50m. Encostas com declividade superior a 45º / * Terras com altitude superior 1.800m; • Restingas, fixadoras de dunas e/ou estabilizadoras de mangues. Manguezais: • Veredas: faixa com largura mínima de 50m; • Bordas de tabuleiros ou chapadas; • Topos de morro com altura mínima de 100m e inclinação média maior que 25º. Permissão de uso das APPS: • Culturas temporárias e sazonais em terra de vazante de propriedades familiares, sem novos desmatamentos; • Aquicultura em matas ciliares de imóveis rurais com até 15 módulos fiscais; • Ocupações existentes em 22 de julho de 2008 em apicuns e salgados; • Atividades florestais, culturas de espécies lenhosas, perenes ou de ciclo longo em áreas de encostas com declividade superior a 45º, bordas dos

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tabuleiros ou chapadas e topo de morros; • Atividades agrossilvipastoris de ecoturismo e turismo rural existentes em 22 de julho de 2008. Hipóteses de desmatamento: Utilidade pública, interesse social, atividades de baixo impacto ambiental. Regras de recomposição para APPS: • Obrigatório preservar faixa de 20m, contados da borda da calha do leito regular, para imóveis com área superior a 4 módulos fiscais e de até 10 módulos fiscais, nos cursos d’água com até 10m de largura; • Nos demais casos, em extensão correspondente à metade da largura do curso d’água, observados o mínimo de 30 e o máximo de 100m, contados da borda da calha do leito regular; • Admitidas atividades consolidadas no entorno de nascentes e olhos d’água, sendo obrigatória a recomposição do raio mínimo de 30m; • Os Governadores dos Estados poderão exigir recomposição de faixas maiores em propriedades localizadas, em bacias hidrográficas degradas, consideradas críticas, ouvidos o comitê de bacia e o conselho estadual de meio ambiente. Limites previstos para reserva legal (RL): • Na Amazônia Legal: 80% da área do imóvel em área de vegetação nativa. 35% do imóvel em área de Cerrado; • Exceções na Amazônia Legal: Redução para até 50% se o município tiver mais de metade de sua área ocupada por Ucs e terras indígenas homologadas; • Redução pelo Governador para até 50% se o estado tiver mais de 65% do seu território ocupado por Ucs e terras indígenas, ouvidos o conselho estadual de meio ambiente; • Demais Áreas: 20% do imóvel em área de pampa; • Nas demais regiões do país: 20%. Cálculo da reserva legal: Podem ser somadas as áreas de preservação permanente (APPS) do imóvel desde que o proprietário tenha requerido sua inclusão no Cadastro Ambiental Rural – CAR. Regras de recomposição: • Proprietários que desmataram seguindo a legislação em vigor à época ficam dispensados de recomposição; • Propriedades de até 4 módulos fiscais poderão ser regularizadas com o


percentual de RL¹ existente em 22 de julho de 2008; • Área desmatada até 22 julho de 2008 fica regularizada a partir da recuperação da vegetação, sendo permitido plantio de espécie nativas do bioma da região ou compensação em área de mesmo tamanho no mesmo bioma; • Desmatamento ilegal a partir de 22 de julho de 2008 deve ser inteiramente recomposto no prazo de 2 anos, em propriedade de qualquer tamanho, independentemente da aplicação de multas e outras sanções; Áreas de uso restrito: • Pantanal - Permitida a exploração ecologicamente sustentável, de acordo com recomendações dos órgãos oficiais de pesquisa. Desmatamento somente com autorização do órgão estadual de meio ambiente; • Encostas com inclinação entre 25º e 45º (Topo de Morro) permitido o manejo florestal sustentável e o exercício de atividades agrossilvopastoris, com a manutenção da infraestrutura utilizada; Áreas urbanas: • Mínimo de 20 m² de área verde por habitante em novas expansões urbanas; • Prefeituras ganham instrumentos para ampliar áreas verdes, prioridade na compra de remanescentes florestais, transformação de RL em área verde (sem uso alternativo), aplicação de recursos de compensação ambiental em áreas de preservação; Exploração florestal: • Exploração de Florestas Nativas: Para explorar vegetação nativa é necessário o Licenciamento ambiental, mediante a aprovação do Plano de Manejo Florestal Sustentável. – PMFS; • O PMFS será submetido a vistorias técnicas para fiscalizar as operações e atividades desenvolvidas na área de manejo; • Cada Governador estabelecerá disposições diferenciadas sobre os PMFS em escala empresarial, de pequena escala e comunitário; • Estão isentas de apresentar PMFS às florestas plantadas e a exploração não comercial realizada nas propriedades de produtores rurais familiares. • São obrigados à reposição florestal as pessoas físicas ou jurídicas que utilizem matéria-prima florestal oriunda de supressão de vegetação , através de PMFS aprovado pelo órgão ambiental;

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• É isento da obrigatoriedade da reposição florestal, matéria-prima florestal oriunda de florestas plantadas; • Plano de Suprimento Sustentável: As empresas que utilizem grande quantidade de matéria-prima florestal são obrigadas a elaborar e implementar o Plano de Suprimento Sustentável – PSS, a ser submetido à aprovação do órgão competente do Sisnama; • O PSS assegurará produção equivalente ao consumo de matéria-prima florestal pela atividade industrial; • Na fase inicial de instalação da atividade industrial, nas condições e durante o período, não superior a 10 anos, previstos PSS, ressalvados os contratos de suprimento; • Admite-se suprimento mediante matéria-prima em oferta no mercado. • No caso de aquisição de produtos provenientes do plantio de florestas exóticas, licenciadas por órgão competente, o suprimento será comprovado posteriormente mediante relatório anual em que conste a localização da floresta e as quantidades produzidas; • Serão estabelecidas pelo Governador, os parâmetros de utilização de matéria-prima florestal para fins de enquadramento das empresas industriais; • Do controle da origem dos produtos florestais: O controle da origem da madeira, do carvão e de outros produtos ou subprodutos florestais incluirá sistema nacional que integre os dados dos diferentes entes federativos coordenado, fiscalizado e regulamentado pelo órgão federal competente do Sisnama; • Independem de autorização Prévia para plantio os reflorestamentos com espécies nativas, é livre a extração de lenha e demais produtos de florestas plantadas; • O transporte por qualquer meio, e o armazenamento de madeira, lenha, carvão e outros produtos ou subprodutos florestais oriundos de florestas de espécies nativas, para fins comerciais ou industriais, requerem licença do órgão competente do Sisnama. Estímulos à conservação ambiental: • Programa de incentivo à conservação do meio ambiente e à adoção de tecnologias agropecuárias que combinem aumento de produtividade e proteção florestal; • Pagamento por serviços ambientais;


• Crédito e seguro agrícola em condições melhores; • Dedução de APP e de RL da base de cálculo do Imposto Territorial Rural – ITR; • O sequestro, a conservação, a manutenção e o aumento do estoque e a diminuição do fluxo de carbono; • Dedução do IR e parte dos gastos com recomposição de matas; • Fundos públicos; • Conversão de multas; • Restrições a produtos importados “não ecológicos”. Agricultura familiar: • Autorizado desmatamento em APP e RL para atividades de baixo impacto ambiental com simples declaração do órgão ambiental estadual; • Registro da RL no CAR custeado pelo órgão ambiental; • Licenciamento ambiental simplificado; • Árvores frutíferas, ornamentais ou industriais cultivadas em consórcio com espécies nativas poderão entrar no cálculo da RL; • Permitida a exploração da RL sem propósito comercial (manejo florestal sustentável) independente de autorização dos órgãos ambientais, limitada a retirada anual de 2 m³ de madeira por hectare; • Criação de programa de apoio técnico e de incentivos financeiros, com financiamento para preservação de vegetação nativa acima dos limites legais; para proteção de espécies ameaçadas de extinção; para implantação de sistemas agroflorestal e agrossilvipastoril; para recuperação ambiental de APPS e de RL; entre outros. Calendário ambiental: Em dois anos, devem ser recompostas as áreas de RL, desmatadas irregularmente a partir de 22 de julho de 2008 o Governo Federal terá dois anos para apresentar projetos de Lei específicos sobre cada bioma. Estados devem aprovar em até 5 anos o ZEE, que pode admitir a redução de recomposição de RL de 80% para 50% das propriedades com área rural consolidada em região de florestas na Amazônia. Prefeituras dispõem de 10 anos para rever planos diretores e Leis de uso do solo para garantir a área verde urbana. Após 5 anos de vigência do CF, bancos oficiais só concederão crédito agrícola para proprietários rurais inscritos no CAR.” Fonte: Organização ES-ACAO (PDF)

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CÓDIGO DE OBRAS DE SOCORRO Segue a alteração do Código de Obras de Socorro (Lei Complementar Número 213/2014): “Dispõe sobre a alteração do inciso I do artigo 528 da Lei complementar 126/2008 – Código de Obras e Edificações do Município de Socorro, e dá outras providências. Autógrafo nº 02/2014 (Projeto de Lei Complementar nº 02/2014) EDELSON CABRAL TEVES, PREFEITO MUNICIPAL DA ESTÂNCIA DE SOCORRO, ESTADO DE SÃO PAULO, EM EXERCÍCIO, USANDO DE SUAS ATRIBUIÇÕES LEGAIS, FAZ SABER QUE A CÂMARA MUNICIPAL APROVOU E ELE SANCIONA E PROMULGA A SEGUINTE LEI COMPLEMENTAR: Art. 1º – Fica incluído o Parágrafo 7º no artigo 528 da Lei Complementar 126/2008, com a seguinte redação: “Art. 528 – O Embargo poderá ser aplicado nos seguintes casos: I – quando estiver sendo executada obra sem licença da Prefeitura ou em desacordo com as prescrições desta lei; (…..) Parágrafo 7º – O descumprimento do embargo previsto no inciso I acarretará a aplicação das multas abaixo descritas: a) descumprimento do embargo de serviços de terraplenagem, multa de 100 (cem) UFMES, na persistência da realização da obra, após autuação, será cobrada a multa de 300 (trezentas) UFMES e lacre do imóvel; b) descumprimento do embargo de obra ou construção, multa de 150 (cento e cinquenta) UFMES, na persistência da continuidade da construção, após autuação, será cobrada a multa 450 (quatrocentas e cinquenta)


UFMES e lacre do imóvel; c) descumprimento do embargo de parcelamento irregular do solo, multa de 200 (duzentas) UFMES, na persistência da continuidade do parcelamento irregular, após autuação, será cobrada a multa de 600 (seiscentas) UFMES e lacre do imóvel; d) descumprimento do embargo de Loteamento Clandestino, multa de 300 (trezentas) UFMES, na persistência da continuidade do parcelamento irregular, após autuação, será cobrada a multa de 900 (novecentas) UFMES e lacre do imóvel.” Art. 2º – Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário. Prefeitura Municipal da Estância de Socorro, 10 de Abril de 2014. Publique-se Edelson Cabral Teves Prefeito Municipal em exercício Publicado no jornal oficial e Afixado no mural da Prefeitura. Darleni Domingues Gigli Procuradora Jurídica.”

Fonte: Governo de Socorro (2014)

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REFERENCIAS


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PROJETUAIS E ESTÉTICAS

Casa Porto Feliz

Bernardes Arquitetura | Porto Feliz, SP | 2011-2013.


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DADOS DA OBRA LOCAL: Porto Feliz - SP DATA DO PROJETO: 2013 ÁREA CONSTRUÍDA: 910 m² ARQUITETURA: Bernardes+Jacobsen CONSTRUÇÃO: All’e Engenharia INTERIOR: CSDA Arquitetura e Decoração PAISAGISMO: Maria João LIGHT DESIGN: Lightworks Fotos: Leonardo Finotti”

Fonte do texto e de todo o material: Revista aU, OUTUBRO 2013 CASA e o site dos arquitetos Bernardes+Jacobsen (2013).


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“A nobreza de mateiais como o cobre e a madeira alia-se à simplicidade das formas nessa casa para os fins de semana que dialoga com a natureza e preenche as expectativas de conforto e relaxamento...” “Situada em condomínio fechado no município de Porto Feliz, a 70km de São

Paulo, a residência revela as prioridades do autor do projeto, o arquiteto Thiago Bernardes, como o contraste entre volumes, os espaços de transição interior/exterior, a diversidade dos materiais e das técnicas construtivas, o emprego da cor e as vistas generosas.” “O programa generoso perfazendo 900 m² - cin-

co suítes, diversos ambientes de estar e dependências de serviço - implicaria uma construção de grande porte, incompatível com o desejo do arquiteto de uma edificação térrea “a mais delicada possível, de modo a minimizar o impacto da arquitetura no terreno”, diz Thiago Bernardes.”

“O partido adotado


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leva em consideração também a insolação e a paisagem privilegiada. São dois volumes, um exclusivo dos dormitórios, orientado para norte, e outro voltado para a bela vista que se descortina a oeste.”

“O do setor íntimo é

um módulo de concreto armado, onde todos os banheiros têm ventilação e iluminação zenital. Com formato compacto, é elevado 40 cm do solo, recurso que além de evitar umidade atende à intenção de garantir privacidade, evitando que as pessoas circulem em

frente a essas dependências.” “Para minimizar o impacto da construção no terreno, dependências de serviço e salas de ginástica e jogos foram dispostas em subsolo. Não se trata, no entanto, de um pavimento úmido, fecha-


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do; pelo contrário, seu muro de arrimo curvo, deslocado em relação ao piso do pavimento térreo, proporciona ventilação e iluminação aos ambientes.” “O projeto e a montagem da estrutura de madeira do pavilhão são de responsa-

bilidade do engenheiro Hélio Olga. Pilares e vigas são compostos por placas (3 cm de espessura) de eucaliptos coladas com poliuretano, obedecendo a uma tecnologia que permite vencer grandes vãos.”


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Vila Aspicuelta

Tacoa Arquitetos Associados | S達o Paulo, SP | 2010-2013.


DADOS DA OBRA LOCAL: Vila Madalena - São Paulo, SP DATA DO PROJETO: 2013 ÁREA CONSTRUÍDA: 914,88 m² ARQUITETURA: Tacoa Arquitetos CONSTRUTORA: Engeark PAISAGISMO: Passiflora

Fonte do texto e de todo o material: Revista aU, OUTUBRO 2013 CASA e o site da equipe Tacoa (2013).

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FACHADA

“A Vila Aspicuelta, recém-construída no bairro Vila Madalena, em São Paulo, pouco tem a ver, formalmente, com outras vilas que se espalham pela cidade. Enquanto as tradicionais são formadas por casinhas geminadas de diferentes estilos, caráter e cores, esta prima por uma rigorosa ordem arquitetônica. Do ponto de vis-

ta legal, no entanto, elas são idênticas. já que respondem aos mesmos princípios e regras: uma vila é um conjunto de habitações independentes, cujo acesso se dá por uma via particular articulada, em um único ponto, com uma via oficial de circulação existente. O gabarito máximo não deve exceder 9 m (podendo ser ainda mais baixo, depen-

CORTE DD

dendo da zona de uso onde se localize o conjunto residencial) e em seu interior devem estar previstas vagas para estacionamento de veículos. A primeira decisão de projeto para a Vila Aspicuelta foi a de não escavar o subsolo para o estacionamento, tanto para não interferir no lençol freático quanto para evitar os custos adicionais


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COBERTURA

que isso representaria. Foi necessário, então, suspender o edifício e livrar o térreo para a circulação de automóveis.”

omo guarda-corpos das escadas de acesso às unidades. As vigas também definem os limites entre os apartamentos...”

“Se de um lado as vigas se apoiam em pilares embutidos no muro lateral, do outro elas encontram arcos estruturais, formados pela junção de segmentos inclinados que, de quebra, funcionam

“Na cobertura estão os jardins, em porções correspondentes a cada um dos apartamentos.”


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PROJETUAIS E TECNOLÓGICAS

Maison du Developpement Durable

Menkès Shooner Dagenai LeTourneux Architectes | Montreal, Canadá | 2012.


“Projetado para receber o selo Leed Platina, edifício MDD incorpora soluções que diminuem as transferências de energia entre o interior e o exterior, como a

fachada de vidro triplo low-e associada às câmaras de gás argônio, cobertura verde integrada ao sistema de captação e uso de águas pluviais e parede verde que

purifica o ar da construção.” “Com sede em Montreal, no Canadá, a Équiterre é uma organização sem fins lucrativos que milita em prol


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do desenvolvimento sustentável. Nada mais natural do que a sua sede, inaugurada em maio de 2012 no centro da maior cidade de Quebec, incorporasse soluções prediais inovadoras que reduzissem ao máximo o impacto ambiental da construção.”

é positivo. Para cada unidade de energia que o sistema consome são geradas outras quatro unidades’, revela Ricardo Leoto, arquiteto brasileiro radicado no Canadá que trabalha como consultor para a Équiterre na área de arquitetura sustentável.”

“O recurso que mais se destaca é o sistema de geração de energia por geotermia, baseado na troca de calor entre o solo e a edificação com dutos que descem pelo solo a 150 m de profundidade. ‘Embora a geotermia demande energia para a operação das bombas, o saldo

“Climatização pelo piso: O piso elevado conta com um sistema de climatização que permite aos usuários individualizar a temperatura e ter acesso ao ar insuflado pelo piso a baixa velocidade. Além do conforto, a vantagem da solução ´reduzir as perdas energéticas em torno de

“Madeira reciclada: O uso de materiais reciclados não depende apenas da vontade dos especificadores, mas também de um grau de articulação mínimo de toda a cadeia produtiva. No MDD, a escada e a rampa de acesso ao primeiro andar foram revestidas com madeira reciclada - resultado de uma complexa operação de reaproveitamento de materiais.”

DADOS DA OBRA

PROMOTOR: Équiterre

CONSULTORIA LEED: Lyse M. Tremblay

ARQUITETURA: Menkès Shooner Degenais LeTourneux

PROJETO DE GEOTERMIA: BPA-Bouthillette Parizeau

LOCAL: Montreal - Canadá DATA DO PROJETO: 2012 ÁREA CONSTRUÍDA: 6.389 m²

15%. Isso porque a distância percorrida para o ar (quente ou frio) chegar aos usuários sentados nas áreas de trabalho é menor, em comparação ao ar insuflado pelo teto.”

CONSTRUÇÃO: Pormeleau

Fonte do texto e de todo o material: Revista aU, JULHO 2012 COMO ESPECIFICAR e o site EUROPA CONCORSI (2012) onde foram encontradas as fotos.


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BedZed

Bill Dunster Archtects | Surrey, Londres | 2002.


“Considerando que os edifícios são responsáveis por algo em torno de 50% das emissões de carbono mundiais, o BedZED ficou famoso por ser o primeiro empreendimento construído no Reino Unido com a intenção de neutralizar as emissões de carbono na construção, manutenção e no uso dos edifícios. O grande interesse que ronda o BedZED é que, além de ter oferecido uma arquitetura fora dos padrões habituais, o “condomínio” ainda vendia a ideia de mudança de estilo de vida, uma

importante questão quando se fala em sustentabilidade.”

A arquitetura sustentável deve não só prever o impacto dos edifícios em seu uso, mas também na energia que ele demandou em todas as etapas desde o início de sua construção. A isso se dá o nome de energia incorporada (embodied energy). O projeto arquitetônico do BedZED teve que ir fundo na avaliação de todo o ciclo de vida (lifecycle assessment) dos

edifícios, uma vez que a escolha de materiais e sistemas também deveriam vir ao encontro da ideia de sustentabilidade. A forma de produção, o transporte e posterior uso de materiais e equipamentos deveriam tender a zero em suas emissões de carbono. Além dos materiais escolhidos serem de baixo impacto ambiental em sua produção, eram usados em estado natural, reaproveitados e reciclados, sempre que possível, todos os insumos procederam de uma distância de até, aproximadamente, 50 Km do

DADOS DA OBRA

ÁREA CONSTRUÍDA: 1.405 m²

Ellis & Moore Consulting Engineers

ARQUITETURA: Bill Dunster Archtects

NÚMERO DE MORADIAS: 82 casas

LOCAL: Surrey - Londres, UK DATA DO PROJETO: 2002

“Construção

ENGENHARIA:

Fonte do texto: Artigo de Carlos Murdoch e Adriana Figueiredo, ambos arquitetos (20--). Fotos da esqueda para a direita até o final (Outros estão indicados na própria ilustração): WIKIPEDIA, (2014), TWINN SUSTAINNABILITY INNOVATION (2014), HANDSOMEFRANK (2011) e ALICE IN CARNAVAL (2013).

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local de construção, diminuindo seu impacto ambiental. Toda a madeira utilizada no projeto proveio de fontes sustentáveis, endossadas pelo FSC (Forest Stewardship Council) ou de outra organização ambiental reconhecida internacionalmente (LAZARUS, 2003 - p. 1). Dessa forma, o gasto de energia na manipulação das matérias-primas e no transporte foi radicalmente minimizado, bem como suas emissões de carbono, se comparado às construções tradicionais.” “Aquecimento e ventilação Os sistemas de abastecimento de água, eletricidade e aquecimento do BedZED foram cuidadosamente estudados de modo a tornarem-se independentes do grid (rede de suprimento), ou seja, serem autônomos ao máximo, produzindo toda a energia a ser consumida. O primeiro passo foi projetar as unidades de forma a consumirem menos energia. Para diminuir o consumo com aquecimento, fi projetado um sistema pas-

sivo de captação, de calor.” “As fachadas voltadas para o sul (no hemisfério norte, a fachada de maior insolação ao longo do dia) foram guarnecidas com varandas fechadas em vidro, tornando-as verdadeiras estufas armazenadoras de calor. O calor concentrado nas varandas funciona como um colchão de proteção para as paredes internas, tornando mais amena a temperatura dos interiores. Para os dias de calor, há também um sistema passivo de ventilação: as janelas das salas e cozinha, quando abertas, permitem a ventilação cruzada da casa, evitando o uso de ventilação mecânica. Os elementos coloridos instalados nas coberturas dos blocos dão identidade ao conjunto, mas estão longe de serem apenas elementos decorativos. São chamados de cowl (capuz) e têm a finalidade de proporcionar também um sistema de ventilação passivo. O funcionamento é o seguinte: o “capuz” é direcionado pelo vento, funcionando como um leme para o sistema e, então quando o vento muda de posição, o tubo

maior é automaticamente posicionado para a sua capitação, levando ar fresco para o interior das unidades; enquanto o tudo menor, do lado oposto, leva o ar quente para cima, expelindo-o para fora.” “Água Todos os terraços das unidades receberam cobertura verde, com a finalidade de captar e armazenar as águas da chuva, num reservatório posicionado no subsolo. Esse mesmo reservatório também recebe água reutilizada proveniente dos vasos sanitários, após passar por um tanque séptico e uma unidade de tratamento. As águas reutilizadas alimentam as descargas e as torneiras para rega dos jardins.” “Energia A solução encontrada foi a utilização de uma Central de Cogeração, chamada de CHP (Combined Heat and Power). Esse tipo de central funciona a partir da queima de biomassa, neste caso pedacinhos de madeira seca, cuja queima gera gaseificação. Esse gás alimenta um gerador


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que produz eletricidade e o calor gerado, em vez de se dissipar na atmosfera, é conduzido para o sistema de aquecimento do ciclo fechado (NICHOLLS, 2007). Além de uma unidade de CHP há ainda um sistema de aproximadamente 800 m² de células fotovoltaicas posicionadas nos edifícios (em coberturas, fachadas e vidros), que completam a produção de eletricidade para o conjunto.” “Transporte A preocupação com a redução da pegada ecológica de cada morados passou pela questão do deslocamento. A inclusão de

espaços de trabalho em meio às unidades habitacionais já vislumbrava a possibilidade de tender pessoas que poderiam trabalhar a uma distância de caminhada de casa. Apesar da localização do empreendimento próximo a linhas de ônibus e trens urbanos e a facilidade de uitilização de bicicletas, foi proposta uma nova forma de uso de carros particulares. Por conta de uma associação entre a BioRegional e uma empresa chamada Smart Moves, o condomínio é atendido por um sistema chamado “ZEDcars”, que nada mais é que um “clube do carro”, um sistema de utilização de carros comunitários a que

os moradores têm direito, já aplicados em outras localidades pelo Reino Unido. Ao invés de cada morados ter seu próprio automóvel, ele pode pegar um veículo do clube e devolvê-lo após seu uso. Esta prática, além de diminuir o uso de carros particulares tem a vantagem de utilização de automóveis movidos à eletricidade, alimentados pelo próprio sistema de geração de energia renovável do empreendimento, ou seja, o abastecimento desses carros é grátis para os moradores. “Apesar das críticas que sofreu o projeto, o BedZED atualmente é o maior campo de experimentação,


em termos de sustentabilidade, no Reino Unido. Foi preciso colocar em funcionamento um sistema para perceber como as práticas sustentáveis, na arquitetura e no modo de vida, podem trazer resultados. E como esses resultados - positivos ou negativos - podem influenciar a nova geração de edifícios e empreendimentos sustentáveis que estão por vir.”

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HOTELEIRA E PROGRAMA

Hotel Canto das Aguas

Primeiro Hotel Sustentรกvel do Brasil | Lenรงois, BA | 1994.


“O Canto das Águas recebeu, da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, a certificação de primeiro hotel sustentável do Brasil. De fato, nosso hotel sempre buscou conciliar conforto e lazer com projetos de preservação ambiental e desenvolvimento social da região. E essa certificação é o reconhecimento disso. Sempre procuramos ter um cuidado, não apenas com a natureza que nos cerca, mas sobretudo com as pessoas que vivem nesse meio ambiente. Estamos integrados à realidade à nossa volta procurando torná-la melhor, mais justa e mais saudável. Isso se reflete em todas as ações que envolvem o hotel, num processo contínuo, buscando melhorar sempre. Melhorar sempre, por exemplo, utilizando energias limpas como a solar, para aquecer as águas de todo o hotel. Reciclando e tratando nosso lixo. Construindo com madeiras de reflorestamento ou reutilizando madeiras de demolições.

É nosso princípio pre-

servar recursos que são preciosos para que a Chapada continue a ser o que é, incluindo as águas, os ecossistemas, nossa cidade e todos que moram nela. Neste conjunto de naturezas está o encanto que nos cerca, daí o nosso compromisso em preservá-lo. Capacitação dos Colaboradores: Temos um programa de capacitação constante para colaboradores e uma relação trabalhista respeitosa que resulta em uma equipe que está conosco há muitos anos. Um respeito que reflete num atendimento cordial e eficiente a nossos clientes, uma marca registrada do Canto das Águas. Compromisso com a comunidade: Participamos de boa parte das iniciativas sociais em Lençóis, apoiando o desenvolvimento de projetos educacionais e de sustentabilidade como o Grãos de Luz e Griô (www.graosdeluzegrio.org.br), Avante Lençóis (www.avantelencois.com.br) e o Clube de Mães de Lençóis. Estabelecendo parcerias, consumindo os produtos desses projetos e de suas coopera-

tivas, trazemos também para nossos hóspedes a visão destes trabalhos e sua divulgação. Práticas de sustentabilidade: • Coleta seletiva de lixo, com resultado financeiro da venda para funcionários envolvidos. • Controle de troca de enxoval a cada 03 dias. • Utilização de produtos Biodegradáveis pela Governança, Cozinha e Lavanderia. • Divulgação e valorização da cultura local. • Sistema de aquecimento solar em todos os apartamentos. • Monitoramento de consumo de energia elétrica e água com registro em planilhas para controle. • Compostagem das podas e varrição do jardim. • Prioridade à contratação de mão de obra local. • Programas de treinamento para os colaboradores. (ILTInstrutores no Local de Trabalho). • Projeto Paisagístico e de Recomposição Ambiental. • Informativo para hóspedes e visitantes sobre o programa ambiental, flora, fauna e cultura local.

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• Apoio financeiro mensal a ONGs locais: Grãos de Luz/ Griô (vencedora do premio Itaú – Unicef 2004), creche Mãe Fifa, Clube de mães. • Apoios pontuais a diversas iniciativas de ONGs ou instituições como: Colégio Estadual, Brigada de Combate a Incêndios, Associação de Guias e Condutores, etc. • Políticas de compra de produtos e serviços que colaborem com o meio ambiente e que ajudem a promover uma sociedade mais justa. • Avaliação de satisfação dos colaboradores.

• Informativo aos hóspedes e colaboradores de nossa missão e Política de Sustentabilidade. • Avaliação de satisfação do cliente (análise e resposta ao opinário). • Apoio e incentivo de aprendizagem de línguas estrangeiras para os colaboradores. • Apoio e Incentivo à formação acadêmica para a Gerência administrativa. (Curso de Bacharelado em Administração.

Fonte do texto: Site do Hotel CANTO DAS ÁGUAS (20--). Fotos: CATRACA LIVRE (2014) e ESCAPISMO GENUÍNO (2010).


PROGRAMA / POUSADAS TECNOLOGIAS -sociedade do sol -sustentaveis (antigas) Tec. visitas realizadas visita a feira

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Pousada Azul Maria

Pousada sustentรกvel | Praia da Baleia, SP | Arquiteto e engenheiro Luiz Anchieta.


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Com o intuito de minimizar o impacto ambiental da construção, a pousada Azul Maria foi projetada a partir do conceito da sustentabilidade. A arquitetura baseada na madeira elencou apenas espécies certificadas pelo Forest Stewardship Council (FSC, Conselho de Manejo Florestal), o eucalipto ecológico e peças de demolição. A eletricidade tira proveito da farta luz natural. As placas de energia solar fornecem 85% do aquecimento da pousada, o restante vem do apoio a gás. No subsolo da construção, há uma enorme caixa com três filtros que captam a água da chuva – reutilizada nos vasos (que têm descarga de menor consumo) e na rega de plantas. O raciocínio estendeu-se ao projeto de iluminação. Priorizou-se o uso de lâmpadas do tipo led, ao invés das incandescentes. No mais, a pousada tem coleta seletiva e agradece os hóspedes por respeitarem a natureza e conservarem intacta a pequena fatia de Mata Atlântica que nos restou.

Fonte do texto e segunda foto: Pousada AZUL MARIA (20--). Demais fotos: RODRIGO SIQUEEIRA (2014).


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TECNOLOGIAS SUSTENTÁVEIS

Energia Geradores eólicos “Os Geradores Eólicos são máquinas capazes de transformar a energia cinética dos ventos em energia elétrica. A energia cinética é convertida em energia mecânica rotacional pela turbina eólica. Essa energia mecânica é transmitida pelo eixo através de uma caixa de engrenagens ou diretamente ao gerador, que realiza a conversão eletromecânica, produzindo energia elétrica. A energia elétrica gerada pode ser injetada diretamente na rede elétrica convencional (normalmente aerogeradores de grande porte) ou utilizada em sistemas isolados – eletrificação rural (geralmente aerogeradores de pequeno porte).”


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Geotermia “Uma das formas mais ecológicas de aproveitar as energias renováveis é sem dúvida a geotermia. A energia armazenada no subsolo pode ser aproveitada independentemente das condições climatéricas ou da estação do ano.” “Energia geotérmica é a energia adquirida a partir do calor que provêm da Terra, mais justamente do seu interior. Devido a necessidade de adquirir energia eléctrica de uma forma mais limpa e em quantidades cada vez maiores, foi desenvolvido um modo de usufruir esse calor para a geração de eletricidade.”


116 Painéis fotovoltaicos “Painéis fotovoltaicos são mecanismos que convertem a energia do sol em energia. São constituídos por células solares (células fotoeletroquímicas e células de nanocristais) que são a terceira geração de células usadas na construção de painéis solares. Consistem em lâminas capazes de gerar energia elétrica a partir de fontes de luz. A energia do sol é absorvida pelas placas e produzem corrente elétrica. A eficiência das células usadas nos painéis podem ser de 16% a 28% e são como um sensor de luz, atraindo-a para ser armazenada. Os painéis podem ter dimensões, tensões e potências distintas para os mais diferentes usos. Casas particulares e empresas são os principais beneficiários da energia por eles produzida..”


117 Aquecimento solar “Um sistema básico de Aquecimento de água por Energia Solar é composto de coletores solares (placas) e reservatório térmico (Boiler). As placas coletoras são responsáveis pela absorção da radiação solar. O calor do sol, captado pelas placas do aquecedor solar, é transferido para a água que circula no interior de suas tubulações de cobre. O reservatório térmico, também conhecido por Boiler, é um recipiente para armazenamento da água aquecida. São cilindros de cobre, inox ou polipropileno, isolados termicamente com poliuretano expandido sem CFC, que não agride a camada de ozônio. Desta forma, a água é conservada aquecida para consumo posterior. A caixa de água fria alimenta o reservatório térmico do aquecedor solar, mantendo-o sempre cheio.”


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Agua Restritores de vazão “Um restritor de vazão é um dispositivo projetado para limitar a quantidade de líquidos ou gases que saem de uma torneira ou outro distribuidor. Estes dispositivos são muitas vezes econômicos, e podem ser úteis na redução da conta de água. Por exemplo, os modelos de restritores de vazão permitem que usuários possam reduzir a quantidade de água necessária ao lavar a louça ou tomar banho.” “Um restritor de fluxo água de chuveiro é instalado dentro ou fora de um chuveiro, e trabalha para reduzir a vazão da água. Por exemplo, uma pessoa usa, em média, aproximadamente 38 litros de água por cada minuto ao tomar banho. A instalação de um restritor de fluxo serve para reduzir este número pela metade...”


119 Arejadores “O arejador ao misturar água e ar dá a sensação de maior volume de água - segundo fabricantes, a torneira convencional usa de 14 a 25 litros de água por minuto e a que tem arejador de 6 a 10 litros por minuto. Uma torneira convencional dispensa de 5 a 10 litros/minuto. Passando para 1,8 litro/minuto, sem perda do conforto, há uma economia mínima de 60%. O consumo das torneiras representa de 15% a 30% do consumo global, portanto obtém-se seguramente uma economia de mais de 10% da conta de água.”


120 Dual flush “Os modelos mais antigos de bacias sanitárias chegavam a gastar até 15 litros de água por descarga. Hoje em dia a média é de 9 litros de água por acionamento, volume correspondente a baldes grandes utilizados para efetuar a limpeza de uma casa e mesmo assim ainda é muita água.” “O mecanismo Dual Flush (do inglês fluxo ou descarga dupla) consiste em dois botões: um para acionamento da descarga completa (transporte de sólidos) e outro para ½ fluxo (diluição de líquidos), consumindo menos da metade da água de uma descarga normal, onde a economia de água na hora de efetuar a descarga pode ser de até 50%.”


121 Sistema de reuso “Os sistemas mais simples de reuso de água tratam apenas das águas pluviais, que após caírem nos telhados são direcionadas às calhas e, ao invés de serem descartadas, são filtradas e levadas a um reservatório inferior, normalmente enterrado. Uma bomba simples transfere a água deste reservatório inferior para outro elevado (uma segunda caixa d’água) e a partir daí a água é direcionada para os pontos que desejamos.” “Além da água da chuva, as chamadas águas cinzas também podem ser reutilizadas. As águas cinzas são as que foram utilizadas nas pias de banheiros ou chuveiros, por exemplo. É uma água mais limpa do que a que sai do vaso sanitário (chamadas águas negras) e, portanto mais fácil de ser filtrada. O sistema de funcionamento é basicamente o mesmo do reuso de águas pluviais.”


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Residuos Biodigestores “São equipamentos de fabricação relativamente simples, que possibilitam o reaproveitamento de detritos para gerar gás e adubo, também chamados de biogás e biofertilizantes. O biodigestor geralmente é alimentado com restos de alimentos e fezes de animais, acrescidos de água. Dentro do aparelho, esses detritos entram em decomposição pela ação de bactérias anaeróbicas (que não dependem de oxigênio). Durante o processo, todo o material orgânico acaba convertido em gás metano, que é utilizado como combustível em fogões de cozinha ou geradores de energia elétrica. No caso de uma granja, por exemplo, o gás gerado pelas fezes das galinhas é usado para aquecer os ovos nas incubadoras. O resíduo sólido que sobra no biodigestor também pode ser aproveitado como fertilizante.”


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Compostagem “A compostagem é o processo biológico de valorização da matéria orgânica, seja ela de origem urbana, doméstica, industrial, agrícola ou florestal, e pode ser considerada como um tipo de reciclagem do lixo orgânico. Trata-se de um processo natural em que os micro-organismos, como fungos e bactérias, são responsáveis pela degradação de matéria orgânica. A técnica de compostar ajuda na redução das sobras de alimentos, tornando-se uma solução fácil para reciclar os resíduos gerados em nossa residência. O processo de compostagem acontece em fases, sendo elas muito distintas umas das outras. Suas principais características são: 1ª é a fase mesofílica, 2ª a fase termofílica e 3ª a fase da maturação.” Gerando o “composto orgânico” que pode ser utilizado como adubo orgânico.”


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Reciclagem “O que é Reciclagem: A reciclagem consiste no aproveitamento de um bem descartado como matéria prima para a produção de outros bens. A reciclagem permite diminuição no impacto ambienta, já que limita a extração de matéria prima da natureza, reduz o volume de resíduos sólidos e do lixo. A atividade de reciclagem contribui socialmente para a geração de empregos e renda, melhora a qualidade de vida da sociedade.” “A maior parte do que jogamos fora não é sujo, fica sujo depois de misturado. Se você separar antes os materiais que podem ser reciclados, a quantidade de lixo a ser coletado é muito menor.” E se utilizado o compactador de lixo mais fácil ainda a reciclagem dos materiais.


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Fonte sobre geradores eólicos: WIND POWER ENERGIA EOLICA (2008). Foto: BALADAIN (20--). Fonte sobre geotermia: HEHAU (20--) e ENERGIAS ALTERNATIVAS (20--). Foto: GOPIXPIC (20--). Fonte sobre Painéis fotovoltaicos: DOMOSOLAR (2014). Foto: MASTERSOLAR (2013). Fonte aquecimento solar: SOLETROL (20--). Foto: VIDASOLAR (2014). Fonte Restritores de vazão e foto: MANUTENÇÕES SUPRIMENTOS (2014). Fonte Arejadores: CONDOMÍNIO SUSTENTÁVEL (2011). Foto: PORTUGUESE ALIBABA (2014). Fonte Dual flush: MADEREIRA REAL (2010) e CENSI (2013). Foto: AMAZON (20--). Fonte sistema de reuso: SAIS CONSULTORIA (2010). Foto: GRUPO GARCIA RP (2013). Fonte biodigestores: MUNDO ESTRANHO (2012). Foto: MUNICIPIOS ALAGOANOS (2014). Fonte Compostagem: ECYCLE (2013). Foto: SPIRITUELLES (20--). Fonte reciclagem: CAPITAL RECICLAVEIS (2009). Foto: JOANA CAQUINHO (2010).


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ESTUDO DE CASO

Expo Arquitetura Sustentavel

Feira sustentรกvel | Sรฃo Paulo, SP | Agosto de 2014.


Nesta feira apareceu além das tecnologias já citadas no item anterior, outras tecnologias mais avançadas, projetos arquitetônicos sustentáveis atuais e várias outras coisas como mobiliário sustentável. Das tecnologias inovadoras as que mais chamaram a atenção foram: 1- Iluminação de LED: Onde haviam muitas “barracas” mostrando seus produtos, apesar de cara, a lâmpada de LED proporciona uma economia de até 90% além de variadas cores, alta potência e duração de até 50.000 horas. Segundo a EKOLED (Uma das marcas representantes da tecnologia na feira).

tes, guarnições e rodapés: Segundo a PORMADE, a marca que oferece esse produto, é um material mais em conta e faz com que não estrague tão facilmente em contato com produtos de limpeza e água, que causam o apodrecimento da madeira. 4- Mobiliário sustentável: Haviam duas empresas que ofereciam tal produto, o TORA BRASIL e a ARAUCARI. Segundo as marcas seus produtos provém de madeira ecológica com certificação FSC (Forest Steward Concil) selo esse explicado na página 45.

2- Sistema sanitários a vácuo: Um sistema segundo a empresa JETS, é um sistema de esgoto a vácuo que uma central gera vácuo na tubulação e quando a descarga é acionada puxa o esgoto, utiliza basicamente 1 litro de água economizando 90% de água e reduzindo o volume de esgoto.

5- Eletrodomésticos a bateria: Uma empresa chamada ECOVACS, oferece eletrodomésticos a bateria de longa duração que economizam energia, pois não ficam ligados na tomada o tempo todo, e que trabalham sozinhos como mini robôs. Esses aparelhos, segundo a empresa, são 100% brasileiros em parceria com a IMBRASMEC. No catálogo são oferecidos o aspirador, limpador de vidros e purificador de ar.

3- Madeira de PVC usada em baten-

6- Ecotelhado: A empresa também

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com o nome de ECOTELHADO, diz que é um sistema que proporciona maior economia de água, pois retém a água da chuva tal qual uma cisterna de amortecimento de água pluvial, além de servir de polimento e tratamento das águas pluviais e residuais, não necessita irrigação superficial (aspersão), pode ser integrado com os painéis fotovoltaicos e solares, sua irrigação é por capilaridade e conforto térmico e acústico. 7- Sistema Elastopor: Criado pela BASF uma das empresas apresentando produtos na feira. Segundo a empresa esse sistema é um isolador térmico, e além disso é um produto ecológico pois, é uma espuma rígida de poliuretanos utilizado na fabricação de painéis sanduíche e pode ser aplicado em spray diretamente na estrutura da obra sem preparação prévia da superfície. É um produto de alta durabilidade e baixíssimo nível de condutividade térmica. 8- Piso de plástico: Umas das coisas que mais tinha na feira eram pisos de plástico reciclado. Variavam desde pi-

sos intertravados até decks de madeira, móveis de jardins e vasos. A marca ECOPLATE que produz um produto com o mesmo nome, um piso para jardim e garagem, garante que o produto é 100% de material plástico reciclado e reciclável, além de permeável. As marcas que ofereciam os decks feitos de um material plástico que segundo eles tem duração de 100 anos e garantia de 30 também possuíam um mesmo piso de deck, mas com uma mistura de pó de madeira o que dava uma carinha melhor e mais convincente no quesito parecer madeira. 9- Argila expandida: Um material antigo, já conhecia faz muitos anos. Aquelas bolinhas de por em vaso de flores. Esse material é mais do que decorativo, segundo a marca que oferecia esse produto a CINEXPAN, o material é térmico, pois refresca o ambiente, e pode-se utilizar em vários locais e diverços tipos de uso como misturado no cimento e água para obter uma “massa” antes do contra piso que dá alívio de carga sobre a laje além de isolamento térmico como dito e acústico.


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Os projetos que chamaram a atenção foram: Casa 88º, CasaE da BASF e o Condomínio Quartier. Todos esses projetos mostravam eficiência energética e uso de materiais ecológicos, além claro de outras peças chave e características de cada construção. A CasaE da BASF (primeira foto à direita) é a primeira construída da empresa no Brasil, e a Casa 88º (primeira foto à esquerda) e o Condomínio Quartier (ultima foto) não foram construídos ainda.


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Fonte de todas as fotos: Arquivo pessoal.


ENTORNO O mapa ao lado mostra um entorno de grandes áreas naturais, será possível trazer pra mais perto esportes radicais encontrados em algumas áreas da cidade como mostrados no mapa da página 54. Assim como a APP do próprio terreno em questão.

Ruas principais APP terreno sítio

PARTIDO

Área sem benfeitoria terreno sítio Construções terreno sítio Rio Cachoeira APPS e mata nativa Áreas de plantações Áreas sem benfeitoria Áreas construídas Mata atlântica (entorno do rio) Limite terreno sítio

N

Fonte Mapa: Google Maps e elaboração própria no Illustrator.


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TOPOGRAFIA E CLIMA Com o mapa anterior e as fotos na página 66 é possível saber que na área de intervenção o terreno nas áreas de construção e sem benfeitoria é plano e a área de APP é montanhoso e ingrime (Mapa topográfico na próxima página). Nos diagramas ao lado mostra o clima de São Paulo em geral. Com conhecimentos pessoais pode-se dizer que na maioria do tempo, no ano todo o terreno é de clima frio, durante as manhãs e a noite esfriando mais e só esquentando mesmo no verão. Na mesma análise pessoal, os ventos dominantes parecem estar sempre para o Norte. Fonte: Programa SOL-AR.


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Fonte: Programa SOL-AR.


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1 4

2 3 5

6

7

1234567Fonte: Elaboração própria no programa QGIS.

Edícula Casa Piscina Açude Mini Depósito Entrada 1 Entrada 2


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O mapa ao lado indica as zonas bioclimáticas de cada estado, em São Paulo há uma variação de 6 zonas, apenas com ausência das zonas 7 e 8. Socorro é uma cidade de zona 3 indicando um clima parecido com de Poços de caldas, um clima mais frio com altidude de 752 m. Segundo o programa ZBBR de estudos climaticos, as recomendações para essa zona bioclimática especificamente em Socorro são:

PROPRIEDADES

PAREDES

COBERTURAS

U´Wm².K] Atraso [horas] Fator Solar [%]

<3,6 <4,3 <4,0

<3,6 <4,3 <4,0

Área de coberturas (% do piso)

->

15 a 25


MATERIAIS LOCAIS Os materiais encontrados dentro do terreno são a argila, barro, madeira, pedras, bambu, água, e materiais guardados das construções já efetuadas. LOGÍSTICA REVERSA A logística reversa assim como o ciclo de vida dos materiais citado na página 40, segundo o Ministério do Meio Ambiente (2014), é:

“A logística reversa é “instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação.”

Fonte: EMBALAGEM SUSTENTÁVEL (2010).

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METODOLOGIAS CONSTRUTIVAS Segue uma lista de algumas metodologias de partido para o projeto:

que o local do terreno é úmido, esse tipo de construção ajuda na manutenção das instalações realizadas como elétrica e hidráulica.

-SOLO CIMENTO: Que é a terra comprimida com cimento e curado para fabricação de tijolo. De acordo com o site da Recriar com Você, “Sistemas de construção de solo-cimento podem minimizar danos ambientais, baratear e dar mais agilidade às obras.”

-ESTRUTURAS: (Taipa de pilão, pau-a-pique e taipa de mão)

De acordo com o site da Eco Casa (20-): “A Taipa é o material empregado (ar-

-CONSTRUÇÃO ELEVADA DO SOLO: Além de evitar a umidade do solo já

gila e cascalho) e o termo pilão é a forma de se aplicar o material, ou seja, entendemos por taipa de pilão a técnica de se comprimir a taipa em fôrmas de madeira construídas em forma de caixa no intuito de construir paredes. A Taipa de mão, também conhecida como pau-a-pique consiste em aplicar a argila em uma estrutura de bambu ou madeira.”


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-ESQUADRIAS E ACABAMENTOS: Madeira de Manejo Sustentável e de Reflorestamento, segundo o site “Cria Arquitetura Sustentável (2014), são formas de propriedades únicas de absorção de dióxido de carbono que ajudam a diminuir o CO2 na atmosfera. De todos os materiais de construção disponíveis, a madeira é o único que tem um saldo de carbono positivo ao contrário de todos os outros, que o libertam.

Fonte fotografias em ordem da esquerda para a direita: Solo cimento: http://www.recriarcomvoce.com.br/blog_recriar/alvenaria-de-solo-cimento/ Construção elevada do solo: http://archtendencias.com.br/arquitetura/casa-adpropeixe-castanheira-bastai-arquitectos-associados#.VELuyfnF98E Estruturas: http://www.coopertecti.com. br/desenvolvimento-sustentavel Esquadrias e acabamentos: http://www. eskolta.com.br/portas-internas/


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PARTIDO REFERENCIAL

Casa Grelha

FGMF | Serra da Mantiqueira, Brasil | 2007.


“No terreno de 22 alqueires, apenas uma área de 65mil m2 não é coberta pela exuberante mata virgem, de proteção permanente. Nessa área de topografia bastante acidentada, onde afloram grandes pedras cercadas de araucárias, escolheu-se um pequeno vale protegido dos ventos e próximo à mata. Esse lugar é o encontro dos trajetos naturais do pedestre: é o local para onde se dirige aquele que chega ao terreno, é por ali que se acessa a trilha que adentra a mata e por onde se acessa o trecho mais alto do terreno que descortina impressionante vista. Três importantes questões nortearam a concepção do projeto: a demanda por uma casa térrea, a vontade de se estabelecer relação direta com o terreno e a natureza, e ainda a necessidade de se observar a privacidade entre os membros da família, embora o programa principal da residência devesse estar em uma única construção. Outro fator considerado é a grande umidade da região, que sugeria uma casa elevada do solo. Uma grelha estru-

tural em madeira, com módulos de 5,5×5,5x3m é suspensa sobre esse núcleo de acessos, conectando os caminhos existentes e criando novos. Assim, atravessa-se a estrutura-ponte é atravessada de três formas: por cima (pelo teto-jardim que é uma continuidade do terreno), por baixo (através de um jardim com espelho d’água e pedras naturais) e pelo meio da casa (através de uma circulação externa coberta). Essa grelha possui módulos ora ocupados por ambientes fechados, ora totalmente vazados, permitindo que árvores do jardim inferior atravessem a estrutura. O programa contido na grelha é composto de um núcleo com áreas de serviço, sociais, quarto de hóspedes e apartamento do proprietário, e três módulos isolados, com dois quartos cada, para os filhos. Entre eles, módulos vazios exaltam a continuidade estrutural e valorizam os vãos por onde o jardim se faz presente Esse jogo de cheios e vazios permite a organização fragmentada do programa, de forma a resguardar a privacidade dos usuários

DADOS DA OBRA LOCAL: Serra da Mantiqueira, Brasil DATA DO PROJETO: 2007 ÁREA CONSTRUÍDA: 3.123 m² ARQUITETURA: FGMF - Fernando Forte, Lourenço Gimenes e Rodrigo Marcondes Ferraz MATERIALIDADE: Madeira e vidro ESTRUTURA: Madeira CIVIL: Tecnocasa Construções

Fonte do texto: ARCHDAILY (2007) e fonte das fotos: o site GALERIA DA ARQUITETURA (2007).

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e ao mesmo tempo permitir a compreensão do conjunto como unidade coesa. Suspensa sobre o vale e fundida nos morros, a casa se transforma em terreno e o terreno em casa, construindo uma nova paisagem. O vazio construído, simultaneamente interno e externo, permite ver as pedras e jardim sob a grelha, a mata virgem, as árvores do entorno e os arrimos em pedra, onde a casa mergulha. A grelha de madeira está apoiada em um conjunto de pilares de concreto e está engastada no morro em duas laterais, quase como se brotasse do solo. Nesse ponto de contato o terreno é desenhado por grandes muros de gravidade executados com pedras retiradas do próprio local. Para evitar um número excessivo de pilares nos 2000m2 de projeção da estrutura, e para se conseguir visuais mais abertas no jardim inferior, ensaiou-se a utilização de grandes vigas vagão a cada dois módulos, executadas em aço cor-ten e com 11m de comprimento cada. Essas vigas, juntamente com o paisagismo, formam um con-

junto importante desta obra. Sobre o morro mais alto, de onde se tem a vista mais generosa do horizonte montanhoso, foi projetado o pavilhão de lazer, dividido em dois blocos com a mesma modulação da residência principal. O pavilhão se apóia em vigas metálicas de aço cor-ten na forma de asa, que permitem balanços de 100% do vão, nas bordas do morro. Entre os

dois blocos de lazer, um pátio convida os moradores a atividades externas. O pavilhão de lazer e o bloco da residência, que têm a mesma grelha estrutural, evidenciam situações antagônicas da ocupação do terreno – seja no vale como no morro, o módulo é capaz de dialogar claramente com a topografia. Outros 3 pavilhões de serviço com garagens, casa de caseiro, quartos de empre-


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gada, vestiários, depósitos etc. são construções pavilhonares com o mesmo módulo de 5,5×5,5m, mas com estrutura de pedra. Grandes empenas paralelas de pedra fincam-se no solo e suspendem as lajes. Enquanto as construções de madeira são leves e etéreas, esses blocos evidenciam sua função diversa através do claro apoio das pesadas empenas sobre o solo.

Foram definidas três escalas de intervenção paisagística. A proposta é reconstituir as margens da mata e criar uma transição entre o campo aberto e floresta fechada através da utilização de espécies vegetais nativas e compatíveis com a região. Ao mesmo tempo, no restante da área descampada, cria-se uma ocupação de parque, com percursos e descansos nos principais

pontos de interesse visual. Por último, nos locais próximos às construções, acontece um jardim de pré-arquitetura. Na cobertura, em que cobertura dá continuidade ao terreno, existe um espelho d’água linear que evita o uso de guarda corpo e se relaciona com o grande espelho d’água que está localizado no jardim inferior, ao redor da maior pedra existente no local.”


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PROGRAMA E ESTUDO PRELIMINAR


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PLANO DE MASSAS Aproveitando as construções do local, Ligando o mini depósito com a casa a ser reconstruída será localizada a sede principal da pousada. Assim com uma ligação com o barracão aproveitando-o para a área de lazer junto à piscina.

Mini depósito = Sede principal Casa = Sede secundária Barracão = Lazer área comum Ponte = Reformada com ligação para os esportes radicais locais do terreno, APP/ Cachoeira Piscina = Sem modificação


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PROGRAMA Na sede principal, será onde localizará: -Recepção (oeste) -Hall (oeste) -Cozinha pequena junto ao local de fabricação de queijo e outros produtos animais (25 m² - oeste) -Banheiro social (3 m² oeste) -Sala de espera e comu-

nitária com lareira e televisão (24 m² - Sul) -Quartos no andar de cima (10 suítes, 174 m² - leste) -Circulação -Sacadas -Deck para o açude (pesca e afins) -Armazém -Estacionamento -E do lado, espaço para animais

Já na sede secundária localizará : -Hall (oeste) -Cozinha pequena com balcão (15 m² - oeste) Sala comum com lareira e televisão (24 m² - Sul) -Banheiro social (3m² oeste) -Mezanino -Sala de estar com jardim de inverno e biblio-


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Fonte Mapa: Google Maps e elaboração própria no Illustrator e SketchUp.

Açude APP Rio Área propícia para pomar e horta Área para animais (Mini-fazenda) Área de construção Passarelas de ligação Entrada 1 Entrada 2

teca (26 m² - sul) -Sala com lareira e televisão (24 m² - sul) -Pergolado (ligando com o barracão - lazer) E no barracão e piscina: -Cozinha com fogão a lenha (20m²) -Churrasqueira -Banheiros feminino e

masculino para a piscina -Sala de descanso -Sala de jogos -Mesa grande

Ideal:

A intenção não é só fazer uma construção sustentável, mas um hábito sustentável. Utilizar recursos naturais para um programa diferenciado

das outras pousadas da cidade, com: -Plantação hidropônica -Produção de alimentos orgânicos -Animais para a produção de leite e queijo -Criação de peixe -Água direto da mina Apreciação da natureza -E passeios ecológicos


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Que medo é esse que paira sob a mente do homem Desarma qualquer sorriso Os mata e os consome Machuca aquele que vive do instinto Não sabe o que querer e passa fome Que medo é esse que destrói Instiga o mau E corrói Essa força animal Tanto penetra a alma que dói Que medo é esse? Que inspira a morte Acaba até com o mais forte...

Trabalho Final de Graduação I Como pré requisito de conclusão do curso de Arquitetura e Urbanismo, da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.

Que medo é esse? Poços de Caldas 2/2014

Priscilla Liberali Dotta

Que medo é esse?

POUSADA BASEADA NOS PRINCÍPIOS DA SUSTENTABILIDADE

Este trabalho nasceu da necessidade de realizar um uso comercial para o “Sítio Colibri” relacionando-o a cidade de Socorro onde é inserido, assim sendo algo com um diferencial, que mudasse o modo de pensar das pessoas e seus hábitos, sobre o maneira de viver que temos hoje e como podemos ajudar o Mundo na crise da escassez dos recursos naturais. Por isso escolhi fazer uma Pousada Baseada nos Princípios da Sustentabilidade, objetivando alcançar os três níveis da sustentabilidade: Econômico, Sócio cultural e Ambiental.


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