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A retomada do iraque

Uma das coisas que mais me surpreendeu ao chegar na UFPE foi o espírito jovem daminha nova casa, o Departamento de Design, ou dDesign, como preferimos chamá-lo. Foi recebido por parte dos funcionários e professores do departamento, que se mostraram muito pacientes e receptivos com todas as minhas dúvidas e dificuldades de adaptação a meu novo modo devida de funcionário público. Minha gratidão aos meus colegas por me acolher tão calorosamente.

No meio dessa animação toda, faço aqui um parêntese para registrar como foi meu primeiro dia de trabalho na UFPE. Naquele dia, o então Chefe do Departamento, o professor Hans Waechter, encomendou a mim e aos professores Silvio Campello e Clylton Galamba a tarefa de recuperar o“Iraque”, um espaço abandonado de nosso departamento que tinha se tornado o depósito oficial de lixo, cadeiras quebradas, e computadores obsoletos de nosso Centro. O local tinha sido apelidado de “Iraque” dada suas semelhanças com aquele país do Meio Oriente que por esses dias testemunhava um período de guerra e desolação.

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No final da jornada, dificilmente esqueço acara de Carla quando voltei para casa empoeirado dos pés à cabeça e com as roupas sujas e rasgadas.

Anos depois, o Iraque se tornaria sede doPrograma de Pós-graduação em Design e do NEXUS, meu laboratório de pesquisa em design, inovação e sustentabilidade.

Logo depois do meu primeiro dia de trabalho, me aproximei de Silvio, que também acabara de concluir seu doutorado em Reading, na Inglaterra, e assim como como eu, compartilhava das mesmas inquietações em relação à pós-graduação e à pesquisa.

Lembro que dividíamos uma pequena sala num canto escondido no Centro de Artes e Comunicação, onde passávamos longas horas conversando sobre a vida, acompanhadas de café e bolo de rolo.

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