A evolução dos espaços hospitalares
Pensar em um ambiente hosPitalar é considerar os diferentes tipos de atividades a ser realizadas ao mesmo tempo em uma única edificação, 24 horas por dia e 365 dias por ano. Além do conforto da equipe médica, operacional e administrativa, há de se considerar o bem-estar dos pacientes, e que atendam as evoluções da medicina. Para isso, as edificações na área da saúde requerem projetos flexíveis e passíveis de arranjos e expansões.
Aos profissionais de arquitetura e engenharia cabe a coordenação das ações referentes a cada etapa da obra, assim como todo o programa que envolve o empreendimento e o gerencia mento dos trabalhos. As edificações hospitalares têm características muito específicas, como destaca o diretor da EMED Arquitetura Hospitalar, Sérgio P. A. Reis, na entrevista. São obras que, em geral, não admitem demolições, quando se fazem necessárias expansões, por exemplo. Por isso a importância de buscar flexibilidade e o uso de tecnologias industrializadas, sendo a cons trução em aço uma das soluções mais adequadas e eficientes neste sentido.
De certa maneira, todas as obras desta edição ilustram tal conceito. Nossa primeira repor tagem, sobre um laboratório de análises clínicas, o Fleury, em São Paulo, é um exemplo. A subs tituição de estruturas convencionais pelo sistema metálico em aço mitigou riscos de erros e, sobretudo, resolveu o problema de falta de espaço no canteiro de obras. Na sequência, com uma configuração bem diferenciada, o Hospital da Mulher Mariska Ribeiro, no Rio de Janeiro, que adotou o sistema modular em aço devido à urgente demanda da região. Ainda do Rio de Janeiro, mostramos a construção de 70 unidades das Clínicas da Família e também a nova unidade da Unimed, em Resende, ambas viabilizadas com o uso do aço.
Outro exemplo é o Hospital Geral de São Carlos, de autoria do renomado arquiteto João Filgueiras Lima (Lelé). O projeto aproveita a ventilação natural com o uso de sheds, solução valo rizada no trabalho do arquiteto. Também significativa, a nova unidade do Hospital Mater Dei, em Belo Horizonte, MG, assinada pelo também mestre Siegbert Zanettini. O partido revela um conjunto de sistemas industrializados que minimizou os impactos ambientais da construção, característica marcante nos projetos do arquiteto.
E, ainda, o Centro de Medicina Regenerativa, na Califórnia, um exemplo internacional das soluções e vantagens que a construção em aço pode oferecer aos projetos de edificações para área de saúde.
Boa leitura!
04. Limitações no lote e no prazo de obra motivaram o uso do sistema estrutural em aço, no labo ratório Fleury, em São Paulo. 10. Lelé humaniza projeto do Hospital Geral de São Carlos (SP). 14 Aço viabiliza a implantação de 70 Clínicas da Família no Rio de Janeiro. 18. Sistemas construtivos indus trializados compõem projeto do Hospital da Mulher Mariska Ribeiro 22. Em entrevista, Sérgio P. A. Reis aborda a importância do sistema construtivo em aço em edificações hospitalares 24. Unimed Resende se destaca por conceitos de flexibilidade e remanejamento dos espaços. 26. Nova unidade do Mater Dei, na capital mineira, é projetada inteiramente em aço pelo mestre Zanettini. 28. Os desafios da implanta ção do Centro de Medicina Regenerativa, na Califórnia. 32. Outras obras hospitalares referências 34. Unimed Ribeirão Preto: avanço em tecnologias construtivas.
Laboratório FleuryLaboratório
À esquerda, fachada principal do edifício, divi dido em dois blocos. À direita, vista interna da passarela que interliga os dois blocos. Abaixo, detalhe de uma das faces: a volumetria repete o formato do lote
Projetado Pelo escritório RoccoVidal e executado pela BKO, a unidade Itaim Bibi dos laboratórios Fleury, em São Paulo, reflete um pouco a filosofia da empresa, preocupada com a qualidade dos espaços em que são oferecidos os serviços de medicina diagnóstica e preventiva. Pensada inicialmente para receber estruturas con vencionais, a construção, executada com o sistema estrutural em aço, se divide em dois blocos, ocupando três subsolos, térreo e mais cinco pavimentos.
A mudança não foi por acaso, uma vez que, além de quali dade, uma das solicitações da empresa se referia à redução no tempo de obra. Para se ter ideia, com a mudança foi possível um ganho de prazo de mais de dois meses. Segundo os arquitetos, o material garantiu, também, um processo construtivo mais indus trializado e com etapas mais bem definidas, mitigando riscos ao possibilitar um melhor planejamento de toda a obra.
Para Carlos Gustavo Marucio, diretor de engenharia da BKO, a execução deste prédio representou um grande desafio para a empresa. “E isso não se deve somente ao curto prazo de servi ços, mas, principalmente, às características do local”, afirma. A princípio, o laboratório iria ocupar um lote na Avenida Juscelino
Corte longitudinal
> Projeto arquitetônico: RoccoVidal P+W
> Área construída: 7.818 m²
> Aço empregado: ASTM A572 GR50
> Volume de aço: 285 t
> Projeto estrutural: Leão & Associados
> Fornecimento da estrutura metálica: Medabil
> Execução da obra: BKO
> Local: São Paulo, SP
> Data do projeto: 2006
> Conclusão da obra: agosto 2008
Kubitschek, porém, como a empresa tinha a intenção de construir uma unidade maior adquiriu também um terreno na via detrás, alterando a configuração do projeto.
A questão é que esses dois terrenos retangulares não estão perfeitamente alinhados, e contam com apenas 9 m de interseção entre si. “Ficamos com um espaço muito bem situado, mas com uma grande dificuldade de interligar os lotes. Com isso, o espaço do canteiro acabou limitado porque a construção só tinha um pequeno recuo frontal e outro lateral. Este também foi um fator determi nante para a escolha da estrutura metálica”, conta Douglas Tolaine, sócio do RoccoVidal e coordenador do projeto.
As estruturas
A estrutura principal foi montada em pouco mais de um mês e meio, com a utilização de perfis em W. Contudo, como as opções dis poníveis no mercado tinham uma capacidade de carga superior ao que era exigido, a Leão & Associados, empresa responsável pelo cál culo estrutural, definiu que a melhor saída seria a utilização de cha pas metálicas, cortadas e soldadas, conforme desenho necessário. Para alocar a área de ressonância magnética, a estrutura do bloco do fundo foi executada em concreto até o primeiro andar para minimizar os efeitos de possíveis vibrações no balanceamento dos aparelhos. Com exceção desse pavimento e do poço do elevador,
todo o restante recebeu aço, inclusive as escadas.
Na cobertura, que fica mais exposta à ação do tempo, a BKO exigiu o uso de parafusos indicados para áreas de alta corrosão, como orlas marítimas, com o objetivo de diminuir os riscos de des gaste e a necessidade de manutenção. Os modelos utilizados são autoperfu rantes, produzidos em aço carbono SAE 1022 e com um tratamento que garante a resistência de até 800 horas sem cor rosão vermelha.
Já as lajes foram feitas por meio do sistema convencional e autoadensável, sugerido pela Engemix. Quanto aos pavimentos, foram fixados à estrutura em aço, por meio de stud bolt
No fechamento do edifício foi ado tado um tipo de vidro translúcido, pro duto que permite a entrada da luz do sol ao mesmo tempo em que bloqueia a visão da rua para o lado de dentro.
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Acima, detalhe do brise em padrão madeira. Além de garantir proteção oferece acabamento à fachada. Abaixo, na imagem interna do lobby, entrada abundante de iluminação
Parte da fachada ainda ganhou brises de alumínio em padrão madeira. Nas divisões internas, para garantir maior flexibilidade à construção, o método escolhido foi o drywall
Ambientes
A pequena área de ligação entre os ter renos fez com o que o projeto fosse dividido em dois blocos. Cada um pos sui três subsolos, térreo e mais cinco pavimentos. Ambos são unidos por um átrio central que proporciona ilumina ção natural nas áreas mais internas da edificação. “Em um dia claro, a uni dade consegue funcionar quase sem usar energia nas áreas comuns”, diz Douglas Tolaine.
Este espaço funciona também como uma pequena galeria de arte, com exposições temporárias. Nos pata mares subterrâneos estão a garagem, geradores, vestiários e o suporte para o funcionamento de toda a infraestrutu ra do prédio. No nível da rua se localiza o atendimento, enquanto no primeiro andar foram alocados o café, a área de preenchimento de fichas, o setor de coletas, a parte destinada às crianças e as salas de ressonância magnética e raios X. No terceiro patamar, foi insta lada a ala para exames femininos, e no quarto e no quinto está a unidade VIP, que trabalha com executivos e check -ups. Ao todo, o laboratório está capa citado para realizar procedimentos em 21 especialidades médicas. (r.N.) M
Fotos Daniel DucciProjeto humanizado
N o H ospital G eral de s ão C arlos , arquiteto l elé equilibra soluções do partido arquitetô N i C o ao bem - estar dos usuários
Uma edificação de saúde voltada ao estUdo deve facilitar a relação entre o médico e o residente e garantir o conforto indica do à recuperação de pacientes. Foi partindo desta premissa que a Prefeitura de São Carlos (SP) encomendou um hospital-escola para a Universidade Federal ao arquiteto João Filgueiras Lima (Lelé), reconhecido por seus projetos para a Rede Sarah de Hospitais de Reabilitação. Além do aço, utilizado nas estruturas, um dos traços marcantes deste projeto são os telhados sheds e o sistema de venti lação natural controlado por acionamento mecânico no forro. Estas soluções são recorrentes nos trabalhos de Lelé e, neste caso, cola boram para a redução do índice de infecção hospitalar e economia com ar-condicionado.
A partir do estudo realizado pelo arquiteto para a criação do Hospital Geral de São Carlos, um escritório parceiro, o Apiacás Arqui tetos, desenvolveu o projeto executivo. De acordo com o arquiteto Anderson Freitas, do escritório Apiacás, a área de implantação do hospital tem aproximadamente 45 mil m2. “Trata-se de um terreno público, pertencente ao município que optou por incluir nele a rede
Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), que ocupa uma pequena área do local.”
Foi prevista a construção de quatro edifícios em duas etapas: a primeira contempla 6 mil m2, e já foi entregue. A segunda, iniciada em 2008, prevê mais 20 mil m2 e ainda está em fase de exe cução. Esta última deve abrigar 14 salas de cirurgia, Unidade de Terapia Intensi va (UTI) e 220 leitos, salas administrati vas, centro de estudo e auditório.
Construção
O arquiteto Anderson Freitas conta que na parte mais leve do projeto, como tér reo e subsolo de ventilação, onde estão os setores de espera e atendimento e as
salas cirúrgicas, as fundações são dire tas no solo. Já no setor de internação, as fundações são do tipo strauss
A estrutura é, em parte, metálica, pré-fabricada e montada in loco. “O pro jeto possui um embasamento que tem como função criar uma caixa de venti lação por convecção. Este embasamento é executado em concreto com pilares a cada 2,5 m para apoiar as lajes pré-fabri cadas, que vencem o mesmo vão. O vão com eixos de 2,5 m foi deliberadamen te desenhado para evitar que o subso lo se tornasse um estacionamento de automóveis. Sobre este embasamento, a estrutura é executada em aço, com vãos maiores conforme a resistência da estrutura primária”, explica.
O aço trouxe facilidade de montagem e velocidade na execução das obras dos edi fícios do Hospital São Carlos, que devem abrigar centro de estudo, serviços técni cos, emergência, centro cirúrgico, interna ção e serviços gerais. Abaixo, vista externa do jardim com espelho d´água, recurso para tornar o clima mais ameno
Fotos Divulgação
Segundo Freitas, o aço trouxe ao projeto benefícios como faci lidade de montagem e velocidade na execução. Foram utilizados perfis em viga I para as vigas de travamento (dos setores de espera e pronto atendimento). Além disso, a cobertura em arco é executada em treliça metálica. A estrutura mista da área de internação (edifício de quatro pavimentos) possui vigas em perfil I metálicas e lajes em concreto, com a vedação, cobertura e brises, estruturados por um arco metálico em perfil I.
Quando perguntado sobre o componente principal da obra, o arquiteto Freitas responde que “o principal componente é o projeto em si”. Ou seja, um edifício hospitalar que tira partido da ventilação natural controlada por um sistema permanente de acionamento mecânico, localizado no forro. “O fato de possuir ventilação natural reduz drasticamente o índice de infecção hospitalar”, destaca. Ele acrescenta que o sistema de ventilação também reduz o uso do ar -condicionado, gerando economia para a administração.
Além disso, optou-se por telhado sheds, com grandes aberturas para iluminação e ventilação. Os sheds ficam acima dos caixi lhos basculantes em policarbonato translúcido, que guarnecem os tetos e, desta maneira, cria-se um grande colchão de ar ventilado
Acima, na sequência de imagens, montagem das
no
O formato em arco das estru turas em aço deu origem ao prédio destinado à internação
protegido do sol e da chuva, possibili tando o controle de ventilação cruzada em cada ambiente, de acordo com o posicionamento dos basculantes.
Os fechamentos do hospital-escola foram executados em alvenaria, com painéis metálicos e naturalmente em vidro onde existem caixilhos. Já os revestimentos selecionados resultaram do sistema construtivo adotado. “Se o fechamento é metálico, fica aparente; se é alvenaria, é revestido com arga massa e pintado. Nos casos das áreas molhadas, foram aplicados azulejos. O piso é sempre cerâmico de alta resis tência, com exceção da área cirúrgica, onde é eletrostático”, explica.
Em relação às dificuldades de exe cução da obra, o arquiteto afirma que todo o projeto possui suas peculiarida
des. “Lógico que por se tratar de um hospital, isso toma uma pro porção maior em função das muitas tecnologias disponíveis para o bom funcionamento de um equipamento deste porte”, conta.
Uma das definições dadas pelo arquiteto Lelé para edificações voltadas à saúde é que “um projeto de um hospital, por sua com plexidade técnica e, principalmente, por sua função de abrigar o ser humano em um momento de fragilidade física e psíquica, exige a integração de fatores que determinarão a qualidade da obra e o retorno social do investimento”.
De certa maneira, esta é uma das características do projeto do Hospital Geral de São Carlos, ou melhor, das obras com essa tipologia assinadas por Lelé. “O projeto previu a humanização dos locais de maior permanência de pacientes ou de funcioná rios, tais como esperas, boxes de observação, descanso de médi cos e de enfermeiras, administração, entre outros setores. Isso ocorreu por meio da integração de terraços, solários e áreas ajar dinadas internas ou externas”, conclui Anderson Freitas. Apesar da obra se encontrar em estágio avançado, devido à necessidade de paralisação dos trabalhos, o projeto não tem data exata de entrega. ( m c s .) M
a serviço da saude Aço
S em conhecer o terreno exato onde S eriam in S talada S a S c línica S da F amília , no r io de J aneiro , proJ eto arquitetônico priorizou e S trutura em aço , modulada e vedada com placa S também em aço e com i S olamento termoacú S tico
O aço foi a solução arquitetônica encontrada para colocar em práti ca o plano de instalação das Clínicas da Família, no Rio de Janeiro. Isso porque o projeto exigia um sistema construtivo modular que se adaptas se a qualquer tipo de terreno. A idea lização foi do arquiteto Jozé Candido Sampaio de Lacerda Júnior em parce ria com Alexandre Pessoa, da Empresa Municipal de Urbanização (RioUrbe), órgão da Secretaria de Obras da Prefeitura do Rio.
Segundo a Prefeitura, tratam-se de unidades de saúde que têm como objetivo principal ampliar a assistên cia dos programas de atenção básica a partir de uma estratégia de caráter pre ventivo, atuando principalmente nas regiões menos favorecidas da cidade, como a zona oeste.
“Apesar de mapeadas as áreas da cidade onde as 70 Clínicas da Família seriam implantadas, não se conheciam ainda os terrenos. Dentro desta variá vel, havia ainda a necessidade de uma construção rápida e de fácil manu tenção, que oferecesse conforto aos usuários e aos profissionais de saúde”, explica Lacerda.
A estrutura de aço modulada e veda da em painéis de aço com isolamento termoacústico (pré-construídas e racio nalizadas de acordo com as opções de transporte entre a fábrica e o canteiro de obras) permitiu rápida construção com baixo índice de desperdício, fato que ajudou no ganho em escala. O sistema modular foi construído sobre fundação em radier, revestido com piso industrial de alta densidade e eleva da resistência à abrasão e a impactos,
Espécie de arcos (tubos de aço), cuja função é evitar a incidência direta da luz solar na edificação
sendo o revestimento comum a todas as áreas das Clínicas. Para se ter ideia da rapidez, a construção de cada unidade pode ser executa da em cerca de 40 dias.
Ainda de acordo com Lacerda, a vantagem é que o sistema permite a sua multiplicação em diversas configurações e áreas, conforme a peculiaridade de cada terreno. A unidade básica do projeto das Clínicas da Família é a sala de consultas de 7,5 m2, que agrupada duas a duas deu origem à modulação básica de 5 m2, posteriormente adaptada, devido à modulação das placas de veda ção, para 4,90 x 4,80 m, com mais 2,90 m de circulação periférica, ficando finalmente o módulo final com 4,90 x 7,80 m. “Seu módulo básico tem, portanto, 390 m2, com 24 m2 de área construída”, diz o arquiteto.
Para o projeto, foram criadas duas variações: os módulos de consultórios, que são ainda adaptados para depósitos, áreas admi
A base do sistema construtivo é o aço, empregado na estrutura, cobertura e fechamento
nistrativas, exames, observação etc.; e o módulo de conexão, na forma de um quarto de círculo – que pode ser usado de forma con vencional de conexão, ou de forma isolada, dando origem a um ele mento semicircular individual – que abriga áreas administrativas, reuniões e auditórios. A área edificada de cada Clínica da Família varia entre 1.500 m2 e 3.500 m2
“Fiz os dimensionamentos, pré-dimensionamentos e outros detalhes para viabilizar a estrutura e minimizar os custos”, lem bra Leonardo Perazzo, responsável pelo cálculo estrutural da obra. Segundo ele, os módulos-padrão (de 4,90 m x 7,80 m) são estrutura dos com seis pilares, apoiando vigas perfis de chapas dobradas. As telhas, forros e os painéis de fechamentos laterais foram projetados em aço zincado pré-pintado, com isolamentos termoacústicos. Os tubos calandrados de apoio dos brises possuem diâmetro de 60 mm.
Ainda de acordo com Perazzo, como a estrutura é muito leve, com cargas nos pilares inferiores a 400 kgf, o projeto permitiu fun dações do tipo radier, de espessura de 15 cm, sobre o solo preparado e nivelado. “Outra grande vantagem do sistema é que enquanto se concretam as fundações, os módulos já podem ser fabricados, reduzindo os prazos de entrega da construção”, afirma.
Soma-se à lista de benefícios do uso do aço no projeto a adap tação da edificação e reformas (desmontagem e remontagem de espaços) com o mínimo de interferência e transtornos na utilização normal do edifício.
Sustentabilidade
Todo o projeto foi concebido com princípios da arquitetura sustentável, incluindo sistemas de reuso de água e maior aproveitamento da ilumina ção natural. A implantação de jardins internos em todas as unidades, por exemplo, permite a ventilação cruzada natural em todos os compartimentos das Clínicas, bem como o aproveita mento da iluminação natural. “Mas não é só isso. Eles também garantem maior conforto aos usuários e profis sionais, privilegiando a vista de uma
> Projeto arquitetônico: JC & S Arquitetos Associados – Jozé Candido Sampaio de Lacerda Júnior e Alexandre Pessoa, da RioUrbe (Empresa Municipal de Urbanização, órgão da Secretaria de Obras da Prefeitura do Rio)
> Área construída: 390 m²
> Aço empregado: aço zincado pré-pintado (nas telhas, forros e painéis de fechamentos laterais); vigas perfis de chapas dobradas; tubos calandrados (de apoio dos brises) de 60 mm
> Volume de aço: aproximadamente 11, 7 t para áreas de 390 x 30 m²
> Projeto estrutural: Leonardo Perazzo
> Fornecimento da estrutura metálica: Hunter Douglas (brises); Danica Corporation/ MBP Metalúrgica Barra do Pirai (painéis termoacústicos, cobertura e isolamento)
> Execução da obra: Volume e Engetécnica
> Local: Rio de Janeiro, RJ
> Data do projeto: 2009
> Conclusão da obra: 2011
1 - Telha termoacústica
2 - Colchão de ar
3 - Ventilação cruzada
4 - Brise soleil
5 - Estrutura em aço e vedação em placas de aço com isolante térmico
área verde que articula as circulações internas e gera, ainda, um espaço de espera mais agradável com maior qualidade paisagísti ca”, complementa o arquiteto Jozé Lacerda.
Para aumentar a eficiência do sistema de condicionamento de ar, foi idealizada uma espécie de colchão, resultado do afastamento do telhado em relação à cobertura das salas – estratégia que incen tiva a circulação de ar e evita a incidência direta de raios solares.
A parede externa conta com um grande pano de vidro, dividi do em duas partes: uma maior, com um pano fixo fosco para não comprometer a privacidade das consultas; e quatro menores, duas inferiores, também fixas, e duas superiores do tipo maxim-ar, as quais trabalham em conjunto com as maxim-ar instaladas na parede oposta (a de entrada dos consultórios) e forçam a circulação cruzada. Como proteção do grande pano de vidro fixo, foram instalados brises soleils, que variam conforme a orientação solar.
O caimento das águas dos telhados é feito para a parte externa das Clínicas, sendo a água captada nas calhas perimetrais e armazenada em compartimento separado no chamado castelo d'água. (C.E.) M
Maternidade em Bangu
IdealIzado a partIr de um programa de necessIdades da Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil do Rio de Janeiro, o Hospital da Mulher Mariska Ribeiro foi construído em Bangu, na zona oeste da cidade, em uma área de 13.251 m2, antes ocupada por uma antiga praça. O projeto arquitetônico, de autoria da Arqhos Consultoria e Projetos, previu um edifício monobloco com três pavi mentos. Com o objetivo de reduzir o tempo da obra, optou-se por uma estrutura em aço modular com poucas vigas de transição. Já a cober tura do prédio foi executada com laje pré-moldada sob telhas metá licas trapezoidais, aplicadas em estrutura convencional de madeira.
Inicialmente, a obra havia sido concebida pela construtora Andra de Gutierrez com estrutura de concreto convencional, com prazo de finalização de dois anos. Contudo, devido à demanda por vagas hospitalares naquela região e a preocupação por parte do cliente, a equipe de engenharia estudou soluções que pudessem acelerar o processo construtivo, visto que a unidade deveria ser entregue em apenas um ano. Assim, com o auxílio do escritório de arquitetura,
que é especializado em projetos hospi talares, e um calculista de estruturas, o projeto inicial deu lugar a outro, que contemplou tecnologias mais moder nas, como estrutura em aço, steel frame e drywall. Os ganhos com a mudança foram velocidade construtiva e baixa quantidade de resíduo gerado.
Execução
Para não causar transtornos à comu nidade vizinha durante o período de obras, além de evitar riscos de abalo a um antigo viaduto que faceia a praça, utilizaram-se estacas tipo hélice con tínua para a execução das fundações.
Com exceção das lajes, a estrutura é
Acima, à direita, etapa da montagem das estruturas em aço. Abaixo, na fase de fechamento, o uso de painéis com placas cimentícias
totalmente em aço, com ligações sol dadas e não aparafusadas. A fim de garantir agilidade nesta etapa da obra, utilizou-se, ainda, um projeto em pré -laje treliçada com armação superior em tela soldada.
Segundo dados da construtora Andrade Gutierrez, o principal com ponente do projeto é a estrutura em aço modular com pouquíssimas vigas de transição. Para atender aos prazos e exigências da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), os fecha mentos externos previstos no projeto inicial também tiveram de ser substi tuídos por steel frame, com o uso de placas cimentícias. Já os internos são
em drywall, exceto as escadas e o poço do elevador, que foram exe cutados em alvenaria. Nos ambientes secos, o drywall é pintado. Enquanto nas áreas molhadas, utilizou-se azulejo.
Ao todo, utilizaram-se mais de 40 mil m2 de chapas de drywall como divisórias internas e radiológicas, assim como também nos forros e balcões de atendimento. Entre os produtos utilizados estão os sistemas de forros modulados removíveis e de revestimento viní lico. Para a sala de radiologia, foram especificadas chapas que pos suem aditivos especiais para a blindagem radiológica, além de terem resistência a impactos e isolamento acústico.
Todos os acabamentos empregados na implantação da unidade aliam a facilidade de assepsia assim como de manutenção. Foram utilizados também pisos de manta vinílica, aplicada sobre a arga massa de regularização, com rodapé do mesmo material. Para as áreas de atendimentos, a opção foi por piso cerâmico antiderrapante nas áreas molhadas e piso de alta resistência, com rodapé no mesmo material, nas áreas técnicas, de serviço e nas circulações.
Corte longitudinal
Conforto ambiental
Os ambientes voltados para as fachadas possuem ventilação e ilu minação naturais, de modo a permitir maior conforto ambiental aos usuários. Já para as áreas que não possuem estes requisitos adotou -se um sistema de ventilação e exaustão mecânicas. As fachadas voltadas para norte e oeste acomodam grandes painéis de proteção solar do tipo brise soleil em forma de réguas de alumínio.
Os ambientes de atendimento, internação e de média a longa permanências possuem sistema de condicionamento de ar, sendo que nas áreas críticas, do ponto de vista da assepsia, são previstos sistemas de filtragem do ar conforme legislação sanitária.
Divisão interna
O hospital conta com três pavimentos, sendo que o térreo é secionado por via interna de serviços e acesso ao estacionamento sob o viaduto existente, que se localiza junto ao terreno em sua fachada norte.
Ao todo, existem nove consultórios, duas salas de procedimento, uma sala de ultrassonografia, uma de cardiologia, uma de raios X e outra de mamografia. Além disso, três salas de cirurgia, seis de parto, 26 enfermarias, Unidade Intensiva Neonatal, Unidade Inter mediária Neonatal, refeitório, alojamento de mães, hospital dia, entre outros espaços.
No pavimento de cobertura foram projetadas áreas técnicas: local para torres de resfriamento, sala para equipamentos de ar -condicionado, sala para equipamentos de vácuo clínico e ar com primido medicinal, casa de bombas e barrilete, reservatório supe rior e casa de bombas de incêndio.
O objetivo desta unidade de saúde é oferecer atendimento exclusivo a gestantes e crianças recém-nascidas, com serviços como acompanhamento pré-natal, partos normais e cirúrgicos, internação pós-procedimentos e internação intensiva, assim como primeiros socorros. (m c s.) M
> Projeto arquitetônico: Arqhos Consultoria e Projetos - Arquiteto Celso Girafa
> Área construída: 9.300 m²
> Aço empregado: ASTM A572 GR50 e ASTM A36
> Volume de aço: 702 t
> Projeto estrutural: Casagrande Engenharia
> Fornecimento da estrutura metálica: SLX Estruturas Metálicas
> Execução da obra: Construtora Andrade Gutierrez
> Local: Rio de Janeiro, RJ
> Data do projeto: março 2011
> Conclusão da obra: julho 2012
Abaixo, vista de uma das salas de pro cedimentos, cuja fachada possui entra da de iluminação e ventilação naturais
DivulgaçãoTecnologia em prol da saúde
Sérgio P. A. reiS, dire tor da EMED Arquitetura Hospitalar, fundada em 1989, fala sobre a impor tância da participação dos profissionais de arquitetura e engenha ria em todas as etapas da criação de uma edifi cação na área da saúde, desde o projeto, passan do pelo planejamento e gerenciamento da obra. Para ele, neste tipo de empreendimento não é indicado demolir para realizar uma expansão, por exemplo, pois as atividades nunca param. Neste sentido, o sistema estrutural em aço é perfeito: “A modulação proporcionada pelo aço é a palavra-chave na área hospitalar, seja em projetos novos ou de expansão, uma vez que possibilita rearranjos interessantes e novas concepções de layout, ainda que uma parte das instalações esteja em plena atividade e, claro, sem contar a longevidade da construção”.
temos a liberdade de indicar o sistema construtivo ou material mais apropriado. É um mercado que tem esta caracterís tica. Até porque estamos lidando com profissionais especializados em saúde, e que não entendem de projeto, tampouco de construção. Por isso, delegam à equipe de arquitetura toda a responsabilidade, do início ao fim, como citei em relação ao gerenciamento. É uma parceria de muita confiança.
AA – Por se tratar um local onde o fluxo de pessoas é intenso, nas edificações na área da saúde como deve ser tratada a questão dos materiais?
AA – Como é pensar um projeto na área hospitalar?
SR – É bem complexo. Não é como projetar um edifício corporativo convencional. O cliente desta área é leigo em relação ao tipo de tra balho que desenvolvemos, e por isso é imprescindível e necessário ter profissionais com know-how em gerenciamento de obras desta tipolo gia. Logo nos primeiros projetos do escritório, percebemos que as cons truções ficavam órfãs nesta etapa. Assim, além de projetar, passamos a acompanhar também a construção de todos os empreendimentos hospitalares. Posso dizer que, atualmente, por acompanharmos todas as etapas do processo acabamos nos envolvendo com as obras de uma forma muito natural.
AA – Como é a atuação da equipe para que as obras aconteçam de uma maneira natural?
SR – Além do projeto arquitetônico propriamente dito, temos um departamento de engenharia que cuida do desenvolvimento dos empreendimentos, administração da obra, bem como da captação dos recursos financeiros. E o mais interessante é que, com isso, o cliente acata a maioria das sugestões ou indicações, o que é muito bom porque
SR – Diferente das demais construções, um hospital funciona 24 horas por dia, 365 dias ao ano. O afluxo de público externo é intenso. E o público interno necessita de cuidados muito peculiares. Então, temos de ficar atentos aos deta lhes de acabamento, por exemplo, pois estes fazem toda a diferença. Desde a escolha da manta vinílica com vedações específicas no piso, até as soluções para o sistema de ventilação, entre outros. Devemos, acima de tudo, compatibilizar em um único edifício as necessidades humanas e as evoluções tecnológicas da medicina. Sem contar que o edifício deverá ter uma vida útil longa e ainda ser flexível às adaptações.
AA – E por falar em materiais, de que maneira o sistema estrutural em aço contribui com as obras hospitalares?
SR – Atualmente, considero o uso de estruturas metálicas fundamental às obras hospitalares. O aço está presente em praticamente todas as situações. É indicado nos projetos novos, uma vez que o plano diretor prevê ampliações
futuras, e, neste caso, nada substitui a eficiência e rapidez do sistema metálico. Na maioria das vezes, consideramos inviável o uso das estruturas convencio nais devido ao desconforto proporciona do pelos resíduos causados no canteiro de obras. Frente a isto, sem dúvida, o aço é o material que mais nos atende de maneira positiva. A sugestão parte do escritório, que expõe, conceitua e apre senta as vantagens e desvantagens.
AA – O uso de sistema construtivo em aço na área da saúde tem conquistado adeptos?
SR – Precisamos ser realistas, pois, infe lizmente, no Brasil ainda há muito que se explorar a respeito do uso do aço, cujos benefícios são inúmeros. Devido à falta de mão de obra qualificada, e também de informação e, em alguns casos, em fun ção do custo, o sistema acaba não sendo tão aplicado. Mas, na área hospitalar, na medida do possível, vem sendo dis seminado. Nessa tipologia, quanto mais se consegue montar os sistemas fora do canteiro, melhor será a qualidade da obra e menor o prazo de execução. Em minha opinião, a modulação proporcionada pelo aço é a palavra-chave, seja em projetos novos ou de expansão. O sistema possibi lita diversas concepções de layout, ainda que uma parte das instalações esteja em plena atividade e, claro, sem contar a lon gevidade da construção.
AA – A maioria das unidades da Unimed que o escritório tem projetado recebeu estrutura em aço? Por quê?
SR – O projeto mais recente é o da Unimed de Ribeirão Preto, em São Paulo, cuja obra deve ter início ainda este ano. Saindo das fundações, pilares e vigas projetamos
tudo em aço com lajes em steel deck. Adotaremos, ainda, fechamento externo em painéis unitizados. A solução trará agilidade, rapidez e qua lidade à obra, além de diminuição no número de empresas no canteiro. Nosso objetivo é levar ainda mais tecnologia a esta etapa executiva.
AA – Esta obra pode ser considerada, então, uma das mais significati vas quanto ao uso do sistema construtivo em aço?
SR – Sem dúvida. Esta obra traz uma quebra de paradigma para o escritório. A partir daí, as demais serão executadas com as mesmas soluções. Ao todo, são mais de 20 mil m2 de construção em que estão sendo adotadas todas as tecnologias de ponta, sobretudo as que envol vem sistemas metálicos em aço.
AA – Quais foram os principais avanços na arquitetura das unidades da Unimed desde a primeira obra em aço, em 1989?
SR – Eu acho que os avanços não estão muito vinculados à etapa de projeto, mas sim à profissionalização por parte do cliente. A empre sa, hoje, entende a importância do planejamento. Compreende, por exemplo, a necessidade da compatibilização dos projetos, bem como o gerenciamento. Antigamente encontrávamos dificuldades em mostrar ao contratante a complexidade dos sistemas que envolviam cada fase da obra, e isto interferia até mesmo na hora de indicar os melhores sistemas. Atualmente não. Porém, apesar de atuarmos no Brasil todo, com a projeção de unidades em diferentes cidades, cada obra é uma obra distinta. Cada qual com sua administração. O traba lho é individualizado para cada cliente. O que serve para uma, não serve, necessariamente, para a outra. Cada rede hospitalar tem carac terísticas e especificidades muito próprias, além disso são muitas as variáveis que envolvem um projeto, como localização, quantidade de hospitais naquela região e por aí vai. Mas as tecnologias de ponta chegam para acompanhar os aparatos tecnológicos usados como instrumentos de tratamento.
AA – Qual a preocupação da equipe a cada projeto recebido? Quantos estão em andamento?
SR – Identificar junto ao cliente a vocação do empreendimento. Digo que isto é o mais importante. Como citei, a cada obra de hospital, uma vocação diferente. Daí a equipe se fixa na programação do empreendimento e estuda todas as possibilidades. Uma vez forma tado o programa, damos início ao projeto que atende às expectativas do contratante. A Unimed é apenas um dos segmentos atendidos; atualmente o escritório tem cerca de 30 projetos em andamento na área hospitalar. (N. F.) M
Soluções
hospitalares
Com mais de 9.600 m2 de área Construída, o Hospital Unimed Resende é considerado um dos maiores complexos hospitalares da região das Agulhas Negras, no Rio de Janeiro. Assinado pelo escritório EMED Arquitetura Hospitalar, de São Paulo, o projeto de arquitetura aproxima-se de uma linguagem com soluções menos rígidas e mais humanizadas.
Enquanto o projeto paisagístico está em sintonia tanto com as áreas externas quanto internas, as áreas sociais, como a recepção, a sala de espera e a cafeteria, utilizam boa iluminação e ventilação, rompendo com a sensação de frieza e austeridade destes ambien tes. Já a topografia do terreno foi utilizada a favor da organização dos espaços. Foram criados dois níveis de acesso: um pelo subsolo, que possibilita a entrada ao pronto atendimento, emergência, apoio técnico e logístico; outro no térreo, onde funciona a entrada de visi tantes e pacientes eletivos.
“A partir desta implantação, as áreas foram distribuídas nos pavimen tos de acordo com as atividades afins. Por exemplo, no térreo foram instala dos os serviços auxiliares de diagnós tico e terapia e o setor administrativo, o qual, pensando na flexibilidade da edificação e em uma possível expansão futura, poderá ser realocado, permitin do a acomodação de novas tecnologias e serviços médicos”, explica o arquiteto Fernando Brito, do EMED.
Segundo o profissional, para con seguir maior agilidade na execução da obra, menor desperdício de materiais
e, consequentemente, menor geração de resíduos, foi escolhida uma solução estrutural mista, composta por pilares metálicos e vigas mistas aço-laje de concreto sobre steel deck, em um total de 420 toneladas. A solução construti va atende a uma planta distribuída em cinco pavimentos, além da cobertura, mais áreas para reservatórios, barrilete e casas de máquinas.
“A escolha da estrutura mista se deve ao fator economia e redução da altu ra das vigas, permitindo um aprovei tamento adequado do gabarito (altura total) do edifício”, afirma o engenheiro Marco Antonio Marini, responsável pelo projeto estrutural. Já a utilização de steel deck para as lajes, de acordo com Marini, permitiu a liberação imediata de acesso
> Projeto arquitetônico: EMED Arquitetura Hospitalar
> Área construída: 9.605,77 m²
> Aço empregado: ASTM A572
> Volume de aço: 420 t
> Projeto estrutural: Marco Antonio Marini Engenharia Estrutural
> Fornecimento da estrutura metálica: BMC Estruturas Metálicas
> Execução da obra: EMED Arquitetura Hospitalar
> Local: Resende, RJ
> Data do projeto: 2010
> Conclusão da obra: 2013
às áreas inferiores da obra, uma vez que não foram utilizados os esco ramentos tradicionais das estruturas de concreto armado.
Ainda segundo o engenheiro, a escolha das soluções de arqui tetura e do projeto estrutural foi feita em comum acordo com o cliente. Assim, para os fechamentos internos, utilizou-se drywall quase em sua totalidade devido à flexibilidade de suas modulações, visando ainda arranjos futuros.
“Outra preocupação para a escolha destas soluções por se tra tar de um hospital, é a necessidade de estar atento à legislação de proteção e combate a incêndio, e também à sobrecarga adotada para a estrutura, considerando a flexibilidade dos espaços e possí veis remanejamentos de áreas com equipamentos que demandem estrutura reforçada”, complementa o arquiteto Fernando Brito.
Para alcançar a estética desejada, a fachada recebeu esquadrias com sistema silicone glazing, com vidros duplos laminados com película de proteção entre eles, que compõe com peitoris revestidos por placas de alumínio composto (ACM). O resultado é um projeto que não apenas atende às necessidades do ambiente hospitalar, como também proporciona ao paciente a possibilidade de trata mento em um espaço seguro e humanizado. (C.a.) M
Projeto ecoeficiente
A novA unidAde do HospitAl MAter dei localiza-se no terreno do antigo Mercado Distrital da Barroca, na Avenida do Contorno, na capital mineira. Com aproximadamente 67 mil m2, a edificação, que receberá estrutura em aço, é composta por 19 pavimentos e dois subsolos – executados em steel deck. O objetivo é oferecer 300 leitos e todos os serviços de um complexo hospitalar, como Pronto Socorro, Centro de Tratamento Intensivo (CTI) e Centro Cirúrgico. De acordo com o arquiteto Siegbert Zanettini, autor do projeto, várias condicionantes o levaram a optar pelo uso do aço. “Tendo a ecoeficiência e a sustentabilidade como uma de suas marcas, o
edifício foi projetado para receber tec nologias limpas, não só no que se refe re à parte estrutural, mas também em fechamentos externos”, afirma Zanettini. A intenção, segundo ele, é que as vedações sejam feitas com a instala ção de painéis de vidro ou de alumínio composto (ACM), com montagem exe cutada a partir de módulos de piso a piso. O mesmo conceito se estende às
áreas internas, que terão divisórias em drywall, além de pisos de permanên cia, repouso e lazer em manta vinílica. “Além disso, temos de trabalhar com um prazo relativamente curto, pois a meta do hospital é atender imprete rivelmente à cidade na Copa de 2014”, acrescenta.
Além de todos os fatores citados, devido às dimensões do novo hospi tal e sua localização, o estacionamento também demandou atenção especial, uma vez que serão necessárias 800 vagas de veículos, além de área res trita à carga e descarga de caminhões. “Esta exigência inviabilizaria a cons trução de sete pavimentos de garagem no subsolo devido ao alto custo. Daí a solução para que fossem dispostos na parte central do prédio. Mas isso só foi possível com a adoção do sistema em aço; do contrário, não teríamos tal fle xibilidade”, destaca o arquiteto, com pletando que em um hospital deste porte é preciso trabalhar com evolu
ções tecnológicas. “Foram consideradas as facilidades de operação e manutenção dos vários sistemas por meio de shafts visitáveis, assim como a obtenção de um canteiro limpo, seguro e com o mínimo de resíduos. A interação com o entorno e a necessidade de acessos diferenciados para os vários níveis, devido às grandes inclinações do terreno, também se tornaram determinantes para a escolha de determinados sistemas.”
Do subsolo ao quinto pavimento, localizam-se todas as funções de prevenção, cura e tratamento; do 6º andar ao 11º, os pavimentos de garagem, e, do 12º ao 19º, todo o setor de internação, conectados aos andares inferiores por vários grupos de elevadores e escadas. Com o declive acentuado do lote, o acesso à edificação foi feito por níveis diferentes. Os sistemas automatizados de energia, água fria e quente, vapor e condensação, ar-condicionado e exaustão, lógica, luz e voz, bem como controles de aferição e consumo também inte gram o conjunto de soluções adotadas no novo edifício.
Flora preservada
> Projeto arquitetônico: Zanettini Arquitetura
> Área construída: 67 mil m²
> Aço empregado: ASTM A36, ASTM A572 GR50 e aço de maior resistência à corrosão
> Volume de aço: 4.200 t
> Projeto estrutural: Codeme Engenharia S.A.
> Fornecimento da estrutura metálica: Codeme Engenharia S.A.
> Execução da obra: Departamento de Engenharia – Mater Dei
> Local: Belo Horizonte, MG
> Data do projeto: 2010
> Conclusão prevista: 2014
Como em todas as obras do arquiteto, alguns aspectos arquitetôni cos garantiram ecoeficiência à obra e merecem destaque, como a integração do partido à intensa vegetação local. Árvores de grande porte do entorno, por exemplo, foram preservadas a fim de ofere cer agradável sombreamento ao edifício, auxiliando também na diminuição das cargas térmicas das áreas internas. Para Zanettini, soluções simples como esta deveriam ser utilizadas em qualquer projeto, já que integram os preceitos de uma boa arquitetura. “Vale ressaltar, ainda, as áreas ajardinadas em dois níveis, instaladas nas coberturas dos blocos mais baixos, um destinado ao restaurante, lazer e capela ecumênica e outro aos pacientes e como local de passeio”, explica o arquiteto.
Segundo a Codeme Engenharia, empresa responsável pelo pro jeto das estruturas metálicas, para a montagem da parte estrutural, foram utilizados, além da já citada laje steel deck (MF-50), pilares de aço em perfil I e vigas mistas, laminadas e soldadas, com estrutura contraventada. O arquiteto também fez questão de indicar o uso do aço de maior resistência à corrosão.
De acordo com o presidente e fundador do Mater Dei, José Salva dor, uma das peculiaridades deste projeto é mesmo sua localização privilegiada, em região com farta arborização. Para isso, a institui ção comprou cerca de 20 casas do entorno. Inclusive, junto com o arquiteto decidiu manter e incorporar ao projeto uma árvore da espécie jequitibá de quase 300 anos. (C.e.) M
Parte das montanhas
Focada na área de saúde e seguindo a filosofia de que os inves timentos em pesquisa, educação e nos cuidados com os pacientes convergem em grandes avanços, a Universidade da Califórnia, em São Francisco (UCSF), apostou em um campo promissor e contro verso de pesquisas com células-tronco embrionárias humanas. A partir deste objetivo, a instituição abriu, em 2005, uma concorrên cia para a construção do Edifício de Medicina Regenerativa Ray e Dagmar Dolby (RMB), com 80 mil m2. O escritório vencedor, Rafael Viñoly Architects, enfrentou o desafio de inserir o projeto em um terreno estreito e acentuadamente inclinado no campus Parnassus, no sopé norte do Monte Sutro. De acordo com a equipe de arqui tetura, uma das solicitações era a integração do novo edifício a outro preexistente, erguido nos anos 1960. Já implantação em lote íngreme ocorreu devido à falta de outros espaços disponíveis no campus da Universidade. Assim, com forma sinuosa e horizontal,
A ço estrutur A l possibilitou A impl A ntA ção do C entro de m edi C in A r egener AtivA d A u niversid A de d A C A lifórni A , em s ão f r A n C is C o , em terreno des A fi A dor
a edificação, que tem cerca de 200 m de comprimento segue justamente as características da topografia local.
Em vez de optar por uma estrutura vertical – comum para terrenos deste tipo e aplicada nos demais prédios do campus – o arquiteto convenceu a UCSF a estender a área para o oeste, criando um longo prédio horizontal, paralelo ao Centro Médico e que acompanha a inclinação da estrada. O partido resul tou em uma série de vantagens, tais como maior interação entre os depar tamentos do novo edifício; unificação do campus, visto que se aproxima do prédio de Saúde Ambiental e Segu rança, antes parcialmente isolado até a montanha; e oportunidade para a inserção de quatro terraços verdes com tratamento paisagístico.
A adaptação do edificío ao local foi possível graças à utilização da estrutura em aço, que também resultou em beleza e praticidade. Assim, o novo centro foi construído com o uso de treliças espa ciais de aço de seção quadrada, apoiadas sobre blocos de fundação. Por se tratar
Acima, vista da edificação inclinada e sinuosa. Devido às características do terreno, foi implantada com o uso de treliças espaciais de seção quadrada. Abaixo, a principal circulação do edifício é feita por meio de rampas externas, escadas e calçadas estruturadas em aço, ao longo da fachada norte
de uma região sujeita a abalos sísmi cos, estes aparelhos de apoio contam com dispositivos capazes de absorver e suportar os impactos de um terre moto. Os arquitetos explicam, ainda, que esse tipo de solução permite uma movimentação lateral da estrutura de até 58 cm, de tal forma que a edificação como um todo não sofra danos. Além das estruturas, o aço se estendeu aos painéis de fechamento, executados na versão corrugada.
As soluções
A treliça espacial HSS (hollow structu ral section), que em português signifi ca “tubos estruturais de aço”, forneceu um meio eficiente de acomodar o edi fício na encosta. A equipe contou com a colaboração inicial do fabricante de aço e também responsável pela mon tagem das estruturas, o que permitiu que os detalhes de treliça fossem coor denados com sua fabricação e projeto de construção.
O Centro de Medicina Regenerati va é destinado aos laboratórios de 25 pesquisadores principais, que se focam no campo de células-tronco. O piso do laboratório é dividido em quatro seg mentos, que seguem a construção em declive, acompanhando a encosta da montanha. Na parte interna, os nós entre cada segmento são concebidos como áreas de interatividade: uma meia-escada conecta dois níveis de laboratório, e outra ao escritório e o telhado verde, implantado sobre cada escritório. Nestas interfaces, existem salas de descanso com vidros interio res que maximizam as linhas de visão
nos laboratórios inferiores, aumentando o potencial de interação.
Já os laboratórios ocupam um piso plano aberto, voltado para o sul, que conta com esquadrias de vidros com vista para a encosta da montanha, permitindo a entrada de luz natural. As funções de apoio e áreas centrais compartilhadas ocupam o centro e o extremo norte do prédio, onde não há janelas, de acordo com a necessidade de controle ambiental dos espaços.
O prédio tem uma circulação horizontal fornecida por duas rampas externas ao longo da elevação norte – uma para o nível de laboratório e outra para o de escritório e terraço –, que ficam para lelas à inclinação do local, ligando os diferentes níveis de piso. Exis tem também escadas externas que conectam as duas rampas nas quatro principais entradas ao longo da elevação norte. Uma ponte facilita a conexão a três edifícios médicos de pesquisa próximos.
O projeto segue 21 critérios de desempenho ambiental e rece beu a certificação LEED Gold. Isso foi possível graças aos telhados verdes, um dos destaques deste projeto, que minimizam o efeito de ilha de calor, controlam o escoamento de águas pluviais, iso lam o edifício e proporcionam uma comodidade ao ar livre para os ocupantes. Adicionalmente houve o emprego de sistemas de água eficientes nos laboratórios e banheiros, sem contar a entrada abundante de iluminação natural a fim de reduzir o consumo de energia. (M.C.S.) M
Obras-referência
Hospital Márcio cunHa ii
> Local: Ipatinga, MG
> Data de conclusão: 2005
> Área de construção: 7.600 m²
> Projeto de arquitetura: Lauro Miquelin e Marlene Braga (L+M Gets Arquitetura e Construção)
> Colaboração: arquitetos Manoel Fernandes, Ceci Gabriel e Silvana Tersi; engenheiros Giuliano Pacheco, Miguel Elias Filho e Fernando Oliveira
> Projeto estrutural: Jorgeny Gonçalves Engenheiros Associados e Usiminas Mecânica – UMSA
> Construtora: Camargo Corrêa e Saraiva
> Fornecimento da estrutura metálica e steel frame: Usiminas Mecânica – UMSA e Flasan
> Aço empregado: ASTM A36, aço de maior resistência à corrosão e ZAR 230 nos perfis de steel frame
auditório MoisÉs safra
albert einstein)
> Local: São Paulo, SP
> Data de conclusão: 2010
> Área de construção: 2.500 m²
> Projeto de arquitetura: Kahn do Brasil
> Projeto estrutural: Alpha Projetos
> Construtora: Serpal Engenharia
> Fabricação e montagem da estrutura metálica: BMC Construções Metálicas
> Volume de aço: 160 t
> Aço empregado: ASTM A36 e ASTM A572
Hospital regional do MÉdio paraíba
> Local: Barra do Piraí, RJ
> Data de conclusão das estruturas metálicas: 2012
> Área de construção: 24 mil m²
> Projeto de arquitetura: Secretaria Municipal de Planejamento da Prefeitura de Volta Redonda – Arquiteta Claudia Maria Freitas de Amorim
> Projeto estrutural: IHB Engenharia e Consultoria Estrutural
> Construtora: GTO Engenharia
> Fabricação e montagem da estrutura metálica: BMC Construções Metálicas
> Volume de aço: 980 t
> Aço empregado: ASTM A36 e ASTM A572
centro de reabilitação infantil da rede saraH
> Local: Rio de Janeiro, RJ
> Data de conclusão: 2002
> Área de construção: 5.160 m²
> Projeto de arquitetura: João Filgueiras Lima (Lelé)
> Projeto estrutural: Roberto Vitorino
> Colaboração: Ana Amélia Monteiro, André Borém, Neuton Bacelar, Josenias dos Santos e Sônia Almeida
> Construtora: CTRS (pré-fabricação em Salvador, BA)
> Fornecimento da estrutura metálica: Centro de Tecnologia da Rede Sarah (CTRS)
> Aço empregado: aço de maior resistência à corrosão
O projeto da Unimed em Ribeirão Preto (SP) nasceu de um antigo desejo da empresa de construir um hospital próprio para ampliar a capacidade de atendimento naque la região. A obra, que teve início em 2012, está sendo executada em um terreno na Rodovia Ribeirão Bonfim, próximo do Tennis Country Club. De acordo com a EMED Arquitetura Hospitalar, empresa responsável pelo projeto arquitetô nico, construção e gerenciamento do empreendimento, esta unidade representa um avanço no que se refere às tecnologias construti
vas, se comparadas às demais do grupo. Desde os pilares e as vigas, tudo é em aço, além da execução de lajes em steel deck e do uso de painéis unitizados como fecha mento externo.
Esta primeira fase da obra, cujo tempo estimado é de 24 meses, contempla Pronto Atendimento de Urgência e Emergência, Serviço de Diagnóstico por Imagem, Exames Gráficos, Serviço de Oncologia, Laboratório, Fisioterapia e Reabilitação, 80 leitos de internação, 20 leitos de UTI e dez salas cirúrgicas.
Embora conte com recursos necessários para todos os serviços de um hospital de médio porte, o plano diretor do empreendimento permite ampliações para que a edificação se transforme em uma unidade de grande porte. Já na próxima etapa serão construídas outras unidades de internação e a sede administrativa. Para a última fase do empreendimento está pre visto um Medical Center. Ao todo, serão 22.250 m2 de área construí da e estacionamento para 600 veí culos. A conclusão dos trabalhos deve acontecer em 2015.
> Escritórios
dE ArquitEturA apiacás arquitetos
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End.: Rua Harmonia, nº 101 São Paulo (SP) Tel.: (11) 3815 9511 www.brasilarquitetura.com
EMED arquitetura Hospitalar
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Empresa Municipal de Urbanização, órgão da Secretaria de obras da Prefeitura do Rio (RioUrbe) www.rio.rj.gov.br
Kahn do Brasil End.: Rua Doutor Alberto Seabra, nº 850 São Paulo (SP) Tel.: (11) 4152-3500 www.albertkahn.com
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Jozé Candido Sampaio de Lacerda Júnior (JC & S arquitetos associados) Tel.: (21) 3325-0521 www.jcsarquitetos.com.br E-mail: jcs@jcsarquitetos. com.br
RoccoVidal P+W
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Zanettini arquitetura
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> ProJEto EstruturAL
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Jorgeny Gonçalves Engenheiros associados End.: Rua Pitangueiras, nº 430, sala 2 São Paulo (SP) Tel.: (11) 5594-0830 E-mail: projetos@jorgeny. com.br
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próxiMa edição: Pontes e Passarelas
errata: Edição 34, Shopping Centers, na matéria Complexo moderno, a Premo Soluções Construtivas foi responsável pela produção, logística e montagem de todas as estruturas pré-fabricadas do Shopping Estação BH.
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