prova aferição2000

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escolaridade nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática, têm como principal objectivo fornecer à comunidade – e, em especial, às escolas e aos professores – informação sobre aspectos mais e menos conseguidos das

RELATÓRIO NACIONAL

aprendizagens dos alunos, com o propósito de contribuir para uma melhoria dessas aprendizagens. Constituindo um elemento útil para o processo global de avaliação das aprendizagens, estas provas não devem, no entanto, ser confundidas com esse processo. Diversos aspectos centrais das aprendizagens não podem ser avaliados através de provas deste tipo, devido à sua própria natureza e ao seu carácter não contextualizado e uniforme. Neste sentido, as provas não substituem nem dispensam o recurso a uma variedade de modos e instrumentos de avaliação, por parte das escolas e dos professores, que prestem justiça à variedade e à natureza dos diversos objectivos curriculares. ISBN-972-742-138-5

PROVAS DE AFERIÇÃO DO ENSINO BÁSICO 4.o ANO – 2000 LÍNGUA PORTUGUESA MATEMÁTICA

RELATÓRIO NACIONAL

R E L AT Ó R I O N A C I O N A L

pela primeira vez em 2000 pelos alunos do quarto ano de

PROVAS DE AFERIÇÃO DO ENSINO BÁSICO 4.o ANO – 2000

As provas nacionais de aferição do ensino básico, realizadas



LÍNGUA PORTUGUESA MATEMÁTICA

Lisboa, 2000

RELATÓRIO NACIONAL

PROVAS DE AFERIÇÃO DO ENSINO BÁSICO 4.o ANO – 2000


Provas de Aferição do Ensino Básico 4.o ano – 2000 © Ministério da Educação/Departamento da Educação Básica Av. 24 Julho 140 1399-025 LISBOA Director do Departamento: Paulo Abrantes 1.a edição: Dezembro de 2000 Tiragem: 15 000 exemplares ISBN 972-742-138-5 Depósito legal: 161 275/01 Concepção gráfica: DAPP/DEB Impressão:

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Estrada de Mem Martins, 4, S. Carlos Apartado 113 2726-901 MEM MARTINS Tel.: 219 266 600 Fax: 219 202 765 Internet: www.eme.pt E-mail: geral@eme.pt


1. ASPECTOS GERAIS, 5 1.1. OBJECTIVOS, 7 1.2. METODOLOGIA, 8 1.3. ALGUNS RESULTADOS GLOBAIS, 9

2. AS PROVAS: APRECIAÇÃO DOS RESULTADOS NACIONAIS, 13 2.1. LÍNGUA PORTUGUESA, 15 2.2. MATEMÁTICA, 17 MAPAS, QUADROS E GRÁFICOS, 20

3. GUIÃO DE LEITURA DOS RESULTADOS, 35 3.1. LÍNGUA PORTUGUESA, 37 3.2. MATEMÁTICA, 42

4. INFORMAÇÃO DE CONTEXTO, 55

ENUNCIADOS DAS PROVAS CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO

ÍNDICE

5. ANEXOS, 61


1. ASPECTOS GERAIS


1.1. Objectivos As provas nacionais de aferição do ensino básico, realizadas pela primeira vez em 2000 pelos alunos do quarto ano de escolaridade nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática, têm como principal objectivo fornecer à comunidade – e, em especial, às escolas e aos professores – informação sobre aspectos mais e menos conseguidos das aprendizagens dos alunos, com o propósito de contribuir para uma melhoria dessas aprendizagens. Adicionalmente, estas provas permitem a recolha e organização sistemática de um conjunto de dados sobre o desempenho dos alunos portugueses em alguns domínios, à escala nacional e regional, tornando possível estudar a evolução ao longo de um período de vários anos e facilitando a interpretação dos resultados obtidos em testes comparativos internacionais. Constituindo um elemento útil para o processo global de avaliação das aprendizagens, estas provas não devem, no entanto, ser confundidas com esse processo. Diversos aspectos centrais das aprendizagens não podem ser avaliados através de provas deste tipo, devido à sua própria natureza e ao seu carácter não contextualizado e uniforme. Neste sentido, as provas não substituem nem dispensam o recurso a uma variedade de modos e instrumentos de avaliação, por parte das escolas e dos professores, que prestem justiça à variedade e à natureza dos diversos objectivos curriculares. Além disso, tratando-se do primeiro ano de realização das provas, convirá deixar claro, uma vez mais, que elas não constituem um processo de avaliação dos alunos tomados individualmente nem servem para avaliar as escolas e os professores. Quanto ao primeiro aspecto, recorda-se que as provas foram realizadas sem identificação dos alunos e os seus resultados são divulgados no início do ano lectivo seguinte ao da sua realização, pelo que não têm qualquer interferência na avaliação sumativa ou na progressão escolar dos alunos. No que diz respeito ao segundo aspecto, reafirma-se que a qualidade do trabalho realizado pelas escolas e pelos professores tem que ser apreciado a partir de um conjunto diversificado de indicadores e não é independente do contexto em que se desenvolve e dos recursos de que dispõe. Para sublinhar este ponto e para ajudar a reflectir sobre os resultados, apresenta-se noutra secção deste relatório um conjunto de indicadores de desenvolvimento regional.

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As provas nacionais de aferição constituem um instrumento de trabalho e de reflexão, ao serviço do desenvolvimento do currículo e da melhoria dos processos de ensino e aprendizagem. Não se trata de um elemento que permita, só por si, conhecer e compreender o desempenho escolar dos alunos. Na verdade, estas provas são um ponto de apoio a uma reflexão necessária e não o culminar de qualquer processo. Será ainda importante tomar em consideração que este tipo de provas se realizou pela primeira vez no nosso país. Apesar de todos os cuidados postos na sua realização, a experiência permitirá, naturalmente, melhorar diversos aspectos em todas as fases do processo, incluindo a concepção das provas, o modo de concretização no terreno, o processo de classificação e a análise e divulgação dos resultados.

1.2. Metodologia A realização das provas de aferição constituiu um processo complexo que percorreu diversas fases e que envolveu o Gabinete de Avaliação Educacional (GAVE), a Editorial, as Direcções Regionais e o Departamento da Educação Básica (DEB) do Ministério da Educação. As provas de Língua Portuguesa e Matemática foram elaboradas pelo GAVE, tendo como referência diversos tipos de competências consideradas essenciais, relativas aos grandes temas que constam das orientações curriculares oficiais. Uma informação sobre as provas, incluindo exemplos de tipos de itens, assim como sobre as condições da sua realização e os procedimentos a seguir, foi enviada às escolas com alguns meses de antecedência. Os enunciados das provas e respectivos critérios de classificação estão reproduzidos em anexo ao presente relatório. A realização das provas teve lugar em finais de Maio de 2000, implicando os alunos do quarto ano de escolaridade de todas as escolas da rede pública (do Continente e das Regiões Autónomas) e ainda os alunos dos estabelecimentos de ensino particular e cooperativo que o solicitaram. Os locais de realização foram as próprias escolas, num total de mais de 8500.

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De acordo com as instruções recebidas, pelas escolas, após a realização das provas, estas foram enviadas ao respectivo Centro de Área Educativa (CAE), onde se localizou o processo de classificação e de lançamento informático dos resultados. A classificação foi feita por um conjunto de professores, sob a orientação de supervisores, tendo o GAVE assegurado


a formação dos diversos intervenientes e coordenado o seu trabalho. Finalmente, uma base de dados nacional foi construída a nível central, contendo a informação proveniente dos diversos CAE. A partir desta base de dados, o DEB procedeu à análise dos resultados e elaborou o presente relatório, contando com o apoio de consultores científicos. Na recolha de informação de contexto e na concepção gráfica do relatório, o DEB contou ainda com a colaboração do Departamento de Avaliação Prospectiva e Planeamento (DAPP). É importante sublinhar a complexidade de todo este processo, atendendo nomeadamente ao facto de se desenvolver pela primeira vez, à dispersão da rede escolar e ao grande número de profissionais que foi preciso envolver. Embora não tenha sido possível evitar algumas falhas de informação e algum atraso, sobretudo nas fases de lançamento dos dados e de análise e divulgação dos resultados, uma primeira apreciação do modo como decorreu o processo, incluindo a leitura do relatório da Inspecção-Geral da Educação (IGE), aponta para um balanço global extremamente positivo.

1.3. Alguns resultados globais As provas foram realizadas por cerca de 121 000 alunos do 4.° ano de escolaridade, dos quais 51% são do sexo masculino. A participação dos estabelecimentos do ensino particular e cooperativo é pouco significativa, representando cerca de 3% do número total de escolas e cerca de 6% do número total de alunos. Como foi referido, as provas testaram diversos tipos de competências consideradas essenciais, relativas aos vários temas do programa, de modo a evidenciar aspectos mais e menos conseguidos das aprendizagens dos alunos. Deste modo, cada item diz respeito a determinada competência, sendo as resoluções dos alunos classificadas de acordo com vários níveis de resposta possíveis para o item respectivo. Por esta razão, e atendendo à própria estrutura das provas, a leitura dos resultados deve ser sobretudo horizontal. Isto significa que, em cada escola, devem ser analisados item a item os dados da escola, da região e do país relativos ao modo como os alunos se distribuiram pelos vários níveis de resposta, desde a ausência de resposta ou resposta totalmente incorrecta até à resposta totalmente correcta. O total de pontos obtido por cada aluno – e, portanto, também as médias calculadas a partir destas pontuações, relativas à escola, à região ou ao país – não têm, por isso, o significado das provas sumativas ou dos exames usuais. Os critérios de classificação identificaram

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níveis de resposta em cada questão pelo que a cotação máxima dos diversos itens não corresponde necessariamente a uma hierarquia de importância relativa entre eles. Apesar disso, foram calculadas pontuações médias (em percentagem), a partir da soma das cotações, como único indicador que permitiria comparar alguns dados a nível nacional e regional, chamando-se a atenção para a precaução com que estes resultados globais devem ser lidos. Uma leitura errada proveniente de não se ter em conta esta distinção, relativa ao modo de cotar os exames usuais, é particularmente negativa na prova de Matemática, uma vez que os itens correspondentes à resolução de problemas, em que os alunos têm maiores dificuldades, admitem muito mais níveis de respostas do que aqueles que se referem a procedimentos rotineiros. Isso deve-se à natureza das questões e não a um propósito de atribuir pesos relativos no conjunto da prova. Com os cuidados que a sua leitura requer, pelas razões expostas, regista-se uma média de 69,1% na prova de Língua Portuguesa e de 52,8% na prova de Matemática. Ainda no mesmo registo, não se verificam diferenças significativas por sexo, ao contrário do que sucede por idades. Com efeito, os resultados globais dos alunos com 8, 9 e 10 anos de idade (que representam mais de 80% do total) são muito superiores aos dos alunos mais velhos (que, mesmo assim, serão cerca de 15% do total), em qualquer das provas. Um dado interessante é que, deste ponto de vista, os resultados dos alunos registados como tendo uma língua materna diferente da portuguesa, são inferiores a média nacional (acima dos 60% na Língua Portuguesa e dos 50% em Matemática). Quanto às regiões do país, considerando as zonas correspondentes aos diversos CAE, os resultados variam entre 66,6% e 74,7% na prova de Língua Portuguesa e entre 45,9% e 64,8% na prova de Matemática. De acordo com as instruções de realização das provas, o aplicador não foi por norma o próprio professor dos alunos. Não foi possível aplicar esta regra em todas as situações visto que se pretendeu assegurar que o local de realização fosse sempre a escola que os alunos frequentavam. O número de alunos que realizaram a prova com o seu próprio professor representa uma percentagem relativamente baixa do total (entre 7 e 10%) e o facto de registarem resultados médios superiores aos restantes (sobretudo visível na prova de Matemática) não afecta significativamente os resultados nacionais. No entanto, não deixa de ter peso em algumas escolas e nas regiões em que há um número elevado de escolas de lugar único.

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Os resultados das provas são agora enviados a todas as escolas, de modo a permitir a sua interpretação e uma reflexão de natureza pedagógica sobre o seu significado. Os dados


enviados incluem o modo como as resoluções dos alunos se distribuíram pelos vários níveis de resposta, na escola respectiva, na área geográfica da escola e em termos nacionais, em cada um dos itens de qualquer das duas provas. Estes elementos são acompanhados de um guião de leitura e interpretação dos resultados, cujo conteúdo constitui uma outra secção do presente relatório.

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DOS RESULTADOS NACIONAIS

2. AS PROVAS: APRECIAÇÃO


2.1. Língua Portuguesa A prova de Língua Portuguesa está organizada em duas partes. A primeira destina-se a avaliar competências de compreensão da leitura (12 itens) e do funcionamento da língua (10 itens). A segunda parte refere-se à produção escrita. Numa escala de 100 pontos, as cotações prevêem a atribuição de 40, 20 e 40 pontos, respectivamente, a estes três tipos de competências. No que diz respeito à produção escrita, foram estabelecidas cotações máximas de 16, 19 e 5 pontos para a construção da narrativa, a construção linguística do texto e a ortografia, respectivamente. A compreensão da leitura diz respeito à extracção do significado de material escrito, envolvendo quatro competências cuja correspondência com os itens da prova se apresenta no quadro seguinte:

Competências

Itens

Compreensão da ideia principal do texto, identificação das personagens, suas características e sentimentos e da sequência cronológica da acção

1, 8, 10, 11 e 12

Compreensão e realização de verbatim (identificar a informação necessária à resposta que se encontra no texto, exactamente com as mesmas palavras)

1, 2, 5 e 6

Compreensão e realização de paráfrase (identificar a informação explícita no texto e responder por palavras diferentes, também expressas no texto) Compreensão e realização de inferências (compreender mensagens sem que a informação esteja explícita no texto)

3, 4 e 5

5, 7, 9 e 11

A análise dos resultados nacionais mostra um excelente desempenho dos alunos no que diz rerspeito à compreensão e realização de verbatim e maiores dificuldades nas restantes competências, sobretudo quando se trata de realizar inferências.

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No funcionamento da língua, estão envolvidas as competências e itens correspondentes que se indicam no quadro seguinte: Competências Identificação de frases com o mesmo sentido Conhecimento de categorias gramaticais Conhecimento da estrutura da palavra Conhecimento da estrutura frásica

Itens 1 3, 4, 5, 6, 8 e 9 7 2 e 10

No desempenho dos alunos, nestes itens, foi globalmente muito positivo, com excepção do item 10, relativo ao conhecimento da estrutura frásica e onde era exigida e reescrita de frases de acordo com as regras de pontuação, no qual 31% dos alunos se situou no nível 0 da cotação. Na parte relativa à produção escrita, verifica-se que: – Na componente A (construção da narrativa), uma percentagem significativa dos alunos tem pontuação máxima ou próximo da máxima, indicando capacidade de organizar adequadamente um texto narrativo; – Na componente B (construção linguística do texto), verifica-se uma grande dispersão de resultados, sendo relativamente reduzida a percentagem de alunos que têm pontuação máxima ou próximo da máxima, o que sugere dificuldades em recorrer a vocabulário diversificado e em utilizar frases complexas; – Na componente C (ortografia), há também uma grande dispersão, desde a pontuação máxima, a que corresponde ausência de qualquer erro (11% das crianças), até à pontuação zero, indicativa de mais de 10 erros (16%). Estes dados sugerem que se dê uma atenção especial a aspectos em que se verificam lacunas significativas:

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1. Relativamente à compreensão da leitura, é fundamental a realização de actividades que, para além da capacidade de verbatim, envolvam o uso da paráfrase e a compreensão inferencial; 2. No que diz respeito ao funcionamento da língua, é importante uma atenção especial à consciencialização das regras de pontuação;


3. Quanto à produção escrita, parecendo estar os alunos familiarizados com a construção narrativa, será pertinente sugerir o recurso a uma diversificação de tipos de textos a elaborar pelos alunos, acompanhados pelos professores e pelos alunos entre si.

2.2. Matemática A prova de Matemática é constituída por 22 questões que correspondem a 25 itens. A distribuição dos itens por tipos de competências e por grandes temas foi organizada pelo GAVE do modo seguinte: Temas

Tipos de competência

Número e Cálculo Grandezas e Medida

Forma e Espaço Organização e Recolha de Dados Número de itens

Comunicação

Número de itens

Conhecimento de conceitos e procedimentos

Raciocínio

1, 12, 16 e 18

4e7

6 e 13

8

8B, 8C, 14 e 21

9

10, 17 e 19

8

2 e 11

5 e 20

22

6

3.3

3

7

25

15

3.1 e 3.2 12

5

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Resolução de problemas

Esta categorização dos itens da prova ajuda a fazer uma leitura dos resultados, permitindo detectar tendências, mas não dispensa uma análise mais cuidada item a item. Na verdade, em diversas questões da prova, não estava envolvido um único tema ou um único tipo de competência. Por exemplo, neste quadro, há um único item relativo à comunicação, embora esta capacidade surja como relevante em diversas questões da prova. Tendo em conta estas limitações, uma análise da distribuição das classificações pelos diversos níveis de resposta permite evidenciar alguns aspectos mais significativos: 1. Em 5 itens (3.1, 3.2, 12, 18 e 21), mais de 70% dos alunos regista o nível máximo de cotação. Estes itens são todos relativos a conhecimento de conceitos e procedimentos e quatro dizem respeito aos temas Números/Cálculo e Organização de Dados;

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2. Em 13 itens (os 5 anteriores e ainda 1, 4, 7, 8C, 11, 14, 16 e 20), o nível máximo da cotação foi obtido por um número elevado de alunos (mais de 50%). Entre estes itens predominam os que se referem a conhecimento de conceitos e procedimentos e ao tema dos Números e Cálculo; 3. Há 4 itens (5, 9, 15 e 22) em que menos de 30% dos alunos obteve o nível máximo. Estes itens são todos de Geometria e Medida ou de Forma e Espaço, não sendo nenhum deles relativo a conhecimento de conceitos e procedimentos, isto é, incidem nas capacidades de raciocínio, comunicação e resolução de problemas; 4. Do ponto de vista dos tipos de competências, foi nos 7 itens que dizem respeito à resolução de problemas que se registaram globalmente os resultados mais fracos. Em todos eles, a percentagem de alunos com o nível máximo de cotação foi inferior a 50%; 5. Em diversos itens, sobretudo do domínio da resolução de problemas, uma percentagem muito elevada das respostas dos alunos distribui-se pelos níveis extremos da cotação, correspondendo a resposta inexistente ou totalmente errada ou a resposta totalmente correcta. Este facto sugere que estratégias exploratórias e tentativas de resolução parcial ou de explicitação do raciocínio são desvalorizadas face a uma visão dominante da Matemática como disciplina do certo-ou-errado; 6. Um facto interessante é que os alunos têm um bom desempenho em itens relativos a tópicos que não são explicitamente considerados no programa de Matemática nem objecto de um ensino formal neste âmbito, nomeadamente no domínio da Estatística, sugerindo que a aprendizagem decorre de outras áreas disciplinares ou de diversas experiências escolares e não escolares dos alunos. Estes dados parecem indicar, aliás em consonância com os resultados de diversos testes internacionais comparativos realizados em anos anteriores, que:

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– O raciocínio e a resolução de problemas não rotineiros são aspectos da Matemática menos trabalhados e menos valorizados em relação ao domínio de procedimentos; – As questões geométricas e as capacidades ligadas à visualização e ao estudo da forma e espaço têm merecido uma atenção menor do que os aspectos relativos aos domínios dos números e do cálculo;


– A capacidade de comunicação matemática é um aspecto a que provavelmente se tem dado pouca atenção, mas neste caso trata-se de um objectivo que não terá ainda uma ênfase significativa nas orientações curriculares o que se reflecte no próprio enunciado da prova de aferição. No quadro que a seguir se apresenta registam-se as percentagens médias das pontuações obtidas pelos alunos em relação à soma das cotações dos diversos tipos de itens que vão no mesmo sentido da apreciação descrita. Temas

Tipos de competência

Total

Conhecimento de conceitos e procedimentos

Raciocínio

Número e Cálculo

73%

65%

44%

58%

Grandezas e Medida

63%

48%

46%

52%

Forma e Espaço

57%

59%

26%

46%

Organização e Recolha de Dados

86%

46%

59%

Total

66%

59%

Comunicação

40%

40%

Resolução de problemas

42%

Parece legítimo, a partir destes resultados, sugerir que uma maior atenção deve ser dada a estratégias de resolução de problemas não rotineiros, a processos de argumentação, de explicitação do raciocínio e de comunicação matemática, assim como às capacidades ligadas à aprendizagem da Geometria, com suporte numa variedade de situações de aprendizagem, em particular as que assumem um carácter experimental e investigativo.

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MAPAS, QUADROS E GRテ:ICOS






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D O S R E S U LTA D O S

3. GUIテグ DE LEITURA


3.1. Língua Portuguesa A prova de avaliação aferida de Língua Portuguesa encontra-se estruturada em 2 Partes. A 1.ª Parte pretende avaliar as competências de compreensão da leitura (itens 1 a 12) e do funcionamento da língua (itens 1 a 10). A 2.ª parte refere-se à produção escrita. A prova é cotada numa escala de 0 a 100 pontos, distribuídos da seguinte forma: compreensão da leitura – 40 pontos; funcionamento da língua – 20 pontos e produção escrita – 40 pontos. A pontuação atribuída a cada item da 1.ª parte varia de item para item, podendo traduzir-se quer em números inteiros (ex. 1), quer em números decimais (ex. 2): – Ex. 1 – Item 1 (compreensão da leitura) – 0, 1 ou 2 pontos; – Ex. 2 – Item 5 (funcionamento da língua) – 0, 0.5, 1, 1.5, 2, 2.5, 3 pontos. A pontuação referente a determinados itens pode, ainda, incluir ou não todos os números inteiros entre a pontuação mínima e a máxima: – Ex. 3 – Item 5 (compreensão da leitura) – 0, 1, 2, 3 ou 4; – Ex. 4 – Item 9 (compreensão da leitura) – 0, 3 ou 4. Assim, à pontuação máxima de cada item corresponde a resposta correcta, enquanto à pontuação 0 (zero) correspondem situações em que o aluno não responde ou apresenta uma resposta incorrecta ou muito incompleta. Às pontuações intermédias de cada item (quando existem) correspondem respostas que se aproximam ou afastam da resposta correcta. A 2.ª parte (produção escrita) é avaliada na base de três componentes (A, B e C): – A – construção da narrativa: nesta parte são tidos em conta aspectos como a correspondência da narrativa aos requisitos da proposta feita na prova (A1); o desenvolvimento da história numa sequência organizada (A2); a articulação dos acontecimentos narrados de acordo com uma ordem lógica e/ou cronológica (A3); a identificação coerente das personagens e dos lugares (A4) e a escolha pertinente do título (A5);

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– B – construção linguística do texto: aqui são avaliados aspectos que se prendem com a riqueza e diversidade do vocabulário adequado à realidade a narrar, às personagens e aos lugares (B1, B2 e B3); com a estrutura da frase – concordância entre os vários elementos da frase e articulação frásica (B4 e B5); com a pontuação e com as convenções relativas à construção do período, parágrafo e formas de discurso (B6, B7 e B8); – C – ortografia: esta componente de análise diz respeito ao domínio das convenções ortográficas. Registe-se, ainda, que a pontuação da produção escrita (máxima 40 pontos) se distribui da seguinte forma: A – 0 a 16 pontos (A1 – 0 a 4 pontos; A2, A3, A4 e A5 – 0 a 3 pontos); B – 0 a 19 pontos (B1, B2 e B6 – 0 a 3 pontos; B3, B4, B5, B7 e B8 – 0 a 2 pontos); C – 0 a 5 pontos. Tendo em conta estes aspectos relacionados especificamente com a prova, recomenda-se que a leitura dos resultados dos alunos seja efectuada item a item e que essa leitura constitua a principal base de análise e reflexão da Escola ou Agrupamento de Escolas. Sugere-se, ainda, uma leitura comparada, item a item, dos resultados da Escola com os resultados regionais – correspondentes ao conjunto das escolas do 1.º Ciclo do respectivo Centro da Área Educativa (CAE) ou Região Autónoma (Açores e Madeira) – bem como com os resultados nacionais. Para o efeito, esses resultados são apresentados, conforme atrás referido, item a item, através de tabelas e gráficos. Tendo em vista uma leitura mais globalizante, os gráficos aglutinam os resultados, por cotação, em função das três dimensões: Escola, CAE/Região e Nacional. 3.1.1. Compreensão da Leitura Os conhecimentos de português requeridos pela prova no âmbito da Compreensão da Leitura dizem respeito ao domínio dos mecanismos básicos de extracção de significado de material escrito e envolvem as seguintes competências:

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a) Compreender a ideia principal do texto, identificar as personagens, identificar as características e os sentimentos das personagens e identificar a sequência cronológica da acção. Os itens 1, 8, 10, 11 e 12 avaliam esta competência.


Exemplo: Item 1 – os resultados nacionais indicam que apenas 32% dos alunos identificam as quatro personagens e 67% identificam, somente, duas ou três personagens. Como explicações possíveis para a interpretação destes resultados apontam-se: – O desconhecimento do significado da palavra “personagem”; – O facto de as crianças associarem personagens a nomes próprios; – A dificuldade de consulta do texto; – A dificuldade de retenção da informação na memória e não recurso a uma nova procura de informação para a resposta. b) Compreender e realizar verbatim, isto é, identificar a informação necessária à resposta que se encontra escrita no texto, exactamente com as mesmas palavras, o que por isso apenas exige a repetição dessas mesmas palavras. Os Itens 1, 2, 5 e 6 avaliam esta competência. Exemplo: Item 2 – os resultados nacionais revelam que 97 % dos alunos respondem correctamente a esta questão. Isto acontece, talvez, porque apenas lhes é solicitado que completem a frase recorrendo à informação que está explícita no texto. c) Compreender e realizar paráfrase, isto é, identificar a informação explícita no texto e responder por palavras diferentes, também expressas no texto, o que exige alguma reformulação. Avaliam esta competências os itens 3, 4 e 5. Exemplo: Item 3 – os resultados nacionais indicam que só 34% dos alunos conseguem identificar totalmente a informação pretendida, que 52% apenas parafraseiam parte da resposta e que 15% não respondem ou não transcrevem, nem traduzem o essencial da informação requerida. Esta última percentagem (15%) pode eventualmente ser atribuída à incapacidade de retenção e/ou selecção da informação, visto que a resposta correcta exigia a presença simultânea de duas ideias. d) Compreender e realizar inferências, ou seja, compreender a mensagem cuja informação não está explícita no texto, sendo solicitado ao aluno uma resposta baseada na expe-

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riência prévia e no conhecimento que já possui sobre o assunto. Os itens 5, 7, 9 e 11 avaliam esta competência. Exemplo: Item 9 – os resultados nacionais são indicadores da complexidade exigida pelo que é solicitado neste item. Constata-se que apenas 3% dos alunos respondem correctamente recorrendo a argumentos de natureza objectiva e subjectiva (ex: O João ficou surpreendido, porque o vento não fala e, além disso, porque ele sabia que o Pedro tinha medo do vento). Cerca de 45% explicam a surpresa do João apenas com uma das duas perspectivas e cerca de 52% ou não respondem ou apresentam argumentos não plausíveis. 3.1.2. Funcionamento da Língua No âmbito do Funcionamento da Língua, os conhecimentos de português requeridos pela prova dizem respeito aos domínios relacionados com as categorias gramaticais, a estrutura da palavra e a estrutura da frase, envolvendo as seguintes competências: a) Identificação de frases com o mesmo sentido. Exemplo: Item 1 – A dificuldade expressa nos 29% de alunos que erraram pode ser devida não só à necessidade de identificar o significado de atento («com muita atenção»), mas também à exigência do recurso à memória para reter todo o significado frásico até escolher a alternativa da frase que lhe corresponde. b) Conhecimento de categorias gramaticais, as quais envolvem, na prova, a identificação de nomes comuns (item 3), adjectivos (itens 4 e 5), verbos (item 6), pronomes possessivos (item 8) e pronomes pessoais (item 9). Exemplo: Item 5 – Os resultados nacionais indicam que 21% dos alunos responderam correctamente à questão enquanto 35% e 30% falharam, respectivamente, o preenchimento de uma ou duas casas com o grau de adjectivo correspondente. A eventual dificuldade sentida por estes alunos poderá ser atribuída ao facto de se lhes exigir o conhecimento de formas de excepção na construção do grau superlativo.


Item 9 – Nos dados nacionais verifica-se que 33% dos alunos não responderam ou não aplicaram o pronome adequado. Estes resultados podem estar relacionados com o facto de implicar a capacidade de reversibilidade entre os nomes e os pronomes que os representam. c) Conhecer a estrutura da palavra. O item 7 avalia esta competência ao nível do conhecimento de processos de derivação e da capacidade de inclusão/exclusão na categoria de família de palavras. Exemplo: Item 7 – Os resultados nacionais indicam que 11% dos alunos não responderam ou assinalaram uma das listas erradas de palavras. Estes resultados parecem ficar a dever-se ao uso de uma estratégia semântica entre os termos gordo e grosso e não ao recurso a conhecimento de estrutura derivacional da palavra gordo, como era pedido. d) Conhecer a estrutura frásica, reescrevendo a frase visada de acordo com as regras de organização linear (item 2) e com as regras de pontuação (item 10). Exemplo: Item 10 – A dificuldade do item fica patente na percentagem de respostas totalmente correctas (12%) e na percentagem de respostas totalmente erradas (31%). Quer isto dizer que 1/3 dos alunos não introduziu qualquer pontuação correcta, nem utilizou maiúsculas, desconhecendo, por isso, o uso consciente das regras de pontuação. Por outro lado, verifica-se que a distribuição das cotações oscila entre 9% e 14% em função do número de marcas correctamente assinaladas. Assim, globalmente, constata-se alguma dificuldade na resolução deste item, a qual pode ser imputada ao facto de ser requerido o exercício de reescrita de acordo com as regras de pontuação, o que implica o conhecimento e utilização consciente das mesmas. 3.1.3. Produção Escrita Como já foi referido, a 2.ª Parte da Prova refere-se à produção escrita avaliada na base da construção da narrativa (componente A), da construção da linguística do texto (componente B) e da ortografia (componente C). No âmbito da componente A verifica-se que a média dos resultados dos alunos em cada um dos aspectos (A1, A2, A3, A4 e A5) se aproxima da pontuação máxima, o que significa capacidade de organizar adequadamente um texto

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narrativo no que concerne à descrição das personagens, ao contexto da acção, ao desenrolar cronológico da mesma e à sua síntese máxima através do título. No que respeita à componente B – construção linguística do texto – os dados revelam que uma parte significativa da população apresenta dificuldades no domínio da construção textual e na utilização eficaz do vocabulário diversificado (B2), na construção de frases complexas empregando advérbios e adjectivos e na concordância entre os vários elementos da frase (B4 e B6). Relativamente à utilização de um repertório de palavras e expressões adequado à realidade a narrar e/ou às ideias e sentimentos a expressar, a média dos resultados regista valores mais próximos da pontuação máxima (B1). Quanto à componente C – ortografia – regista-se que 16% dos alunos têm mais de 10 erros* , isto é, pontuação 0 (zero) e apenas 11% das crianças obtiveram a pontuação máxima, ou seja, escreveram sem qualquer erro. 3.1.4. Sugestões Com base na leitura dos dados nacionais desta prova, sugere-se que cada escola trabalhe com os seus alunos os aspectos julgados mais lacunares. – Relativamente à compreensão da leitura, dadas as tendências nacionais julga-se pertinente, para além das actividades que desenvolvam a capacidade de verbatim, deve a escola promover com as crianças actividades que envolvam o uso da paráfrase e a compreensão inferencial. – No que concerne ao funcionamento da língua, dever dar-se particular atenção à consciencialização das regras de pontuação; – No domínio da produção escrita, na medida em que os alunos parecem estar globalmente familiarizados com a construção narrativa, sugere-se que sejam diversificados os tipos de texto (de acordo com a sua finalidade) a elaborar pelos alunos, sendo a escrita dos mesmos sempre supervisionada pelos professores e pelos alunos entre si.

42

3.2. Matemática A prova de aferição de Matemática encontra-se estruturada em 22 itens (uma vez que os itens 3 e 8 estão subdivididos em sub-itens, o número total de itens é, na verdade, de 25) tal como aparece representado nas tabelas e gráficos de resultados. A cada item são atribuídos níveis de cotação que variam entre 0 e 5, tal como nos exemplos:

* Desconta-se 0,5 ponto por cada erro.


– Ex. 1 – Item 1 (níveis 0 e 1); – Ex. 2 – Item 6 (níveis 0, 1, 2, 3, 4 e 5). Assim, ao nível máximo de cada item corresponde a resposta correcta, enquanto ao nível 0 (zero) corresponde uma resposta incorrecta ou ilegível ou, então, a ausência de resposta. Aos níveis intermédios de cada item (quando existem) correspondem respostas que se aproximam ou afastam da resposta correcta. Os dados apresentam-se através de tabelas e gráficos organizados item a item e referem-se aos resultados obtidos a nível de Escola, CAE/Região e Nacional. Dado que a distribuição dos resultados de cada item é feita por níveis, a leitura deverá ser horizontal. Sugere-se uma leitura comparada, item a item, dos níveis de desempenho da Escola com os resultados regionais – correspondentes ao conjunto das escolas do 1.º Ciclo do respectivo Centro da Área Educativa (CAE), ou Região Autónoma (Açores e Madeira) – bem como com os resultados nacionais. Face aos resultados obtidos, a Escola ou Agrupamento deverá procurar analisar criticamente as causas e implicações dos seus resultados e equacionar possíveis estratégias e metodologias que possam ter estado na origem dos mesmos. Nesta perspectiva, este guião deve ser encarado como um meio auxiliar de interpretação dos resultados da prova e como depositário de um conjunto de sugestões de experiências de aprendizagem, de metodologias e de recursos que concorram para o desenvolvimento gradual de competências essenciais. Os conhecimentos matemáticos avaliados na prova, através dos itens que a constituem, foram distribuídos pelos domínios do programa em vigor, com predominância nas áreas de conteúdos e competências, como se apresenta no quadro da página seguinte. Verifica-se que um número significativo dos itens da prova (3.3, 6, 10, 13, 17, 19 e 22), distribuídos pelos vários domínios, contribuem para avaliar a capacidade de resolução de problemas. Assim, tendo em conta que a resolução de problemas constitui, em matemática, um contexto universal de aprendizagem, deve estar sempre presente e integrada nos diversos tipos de actividades. Nesta linha, não menos importantes se constituem outras experiências de aprendizagem, tais como as actividades de investigação, a realização de projectos, a comunicação matemática, a exploração de conexões, a utilização de materiais manipuláveis e de tecnologias e os jogos. A vivência destas experiências apresenta-se como fundamental para o desenvolvimento da competência matemática nos vários domínios, contribuindo para a aquisição de atitudes e capacidades transversais aos vários temas e tópicos de matemática.

43


Predominância das áreas de conteúdos e competências nos itens das provas de aferição Áreas de conteúdos

Número e Cálculo Grandezas e Medida

Forma e Espaço Organização e Recolha de Dados Número total

Competências

Número total

Conhecer conceitos/ procedimentos

Raciocínio

Comunicação

1, 2, 16 e 18

4e7

6 e 13

8

8B, 8C, 14 e 21

9

10, 17 e 19

8

2 e 11

5 e 20

22

6

3.3

3

7

25

15

3.1 e 3.2 12

5

1

Resolução de problemas

“Por exemplo, quando os alunos estão a explorar situações ou a resolver problemas que envolvem áreas e perímetros, podemos dizer que estão a trabalhar em geometria mas é quase inevitável que estejam ao mesmo tempo a trabalhar noutros temas, como os números, a álgebra ou as funções” (A Matemática na Educação Básica, DEB, 1999).

A ideia é partir de um dado tema procurando evidenciar as conexões com outros, percebendo que estamos a falar da mesma coisa mas encarando-a de diferentes pontos de vista. De referir, também, a importância da diversificação dos modos de trabalho na sala de aula, nomeadamente, o trabalho de grupo, o trabalho a pares, o trabalho individual e momentos de discussão em grande e pequeno grupo, onde a argumentação, a negociação, a partilha de estratégias e a validação de processos e resultados desempenham um papel fundamental. Tendo em conta estes pressupostos, para cada domínio da competência matemática, destacam-se as experiências de aprendizagem e as competências essenciais suscitadas por alguns itens da prova. Esta relação surge esquematizada nos domínios 1, 2, 3 e 4 correspondendo, respectivamente, a números e cálculo, geometria/grandezas e medida, estatística e probabilidade, álgebra e funções.

44

Atente-se no exemplo do domínio 1 relativo a “Números e Cálculo” (página 47). Começa-se pela identificação de alguns aspectos do domínio em questão. Partindo de ambientes de


trabalho ricos em situações diversificadas de aprendizagem, em que a natureza da tarefa proposta apela ao uso de materiais, instrumentos, software e jogos, o aluno usa e desenvolve competências de dois tipos: conhecimento de termos, factos e procedimentos, por um lado, e capacidade de raciocinar e resolver problemas, por outro. Determinante, é também, a natureza da motivação do aluno na realização dessa actividade; se está intrinsecamente motivado, se realmente a valoriza, mais facilmente se envolve na sua compreensão e exploração. “A ênfase nestes aspectos do raciocínio matemático, ao longo dos primeiros anos de aprendizagem, pode desempenhar um papel essencial para que a criança se torne matematicamente competente” (A Matemática na Educação Básica, DEB, 1999).

No exemplo acima referido, apresentam-se ainda os itens da prova de aferição que avaliam as competências acima mencionadas. A título ilustrativo, destaca-se um dos itens considerado relevante, quer pelas suas características, quer pelos resultados obtidos pelos alunos a nível nacional. Para uma maior facilidade na continuação da leitura deste documento aconselha-se a que esta seja feita em paralelo com: – Brochura das competências essenciais de Matemática; – Prova de aferição; – Livro “A Matemática na Educação Básica”, DEB, 1999. Estes documentos devem existir na sua Escola (caso não existam, consultar a página www.deb.min-edu.pt em publicações).

45



Domínio 1: Números e Cálculo

A compreensão global do número e das operações, a par da capacidade de usar essa compreensão de maneira flexível para fazer julgamentos matemáticos e desenvolver estratégias úteis na sua manipulação, constitui uma referência central do trabalho a desenvolver com os alunos desde os primeiros anos, neste domínio. Assim, o ensino dos números e das operações não deve visar a aquisição de um conjunto de técnicas rotineiras mas sim uma aprendizagem significativa ligada a uma compreensão relacional das propriedades dos números e das operações.

Resolução de Problemas

Jogos

Actividades de investigação

Utilização de materiais manipuláveis

COMPETÊNCIAS ESSENCIAIS

EXPERIÊNCIAS DE APRENDIZAGEM

• Utilização das tecnologias na aprendizagem da matemática

A predisposição para procurar e explorar padrões numéricos em situações matemáticas e não matemáticas e o gosto por investigar relações numéricas (...); (itens: 3, 4, 10 e16) A aptidão para dar sentido a problemas numéricos e para reconhecer as operações que são necessárias à sua resolução, assim como para explicar os métodos e o raciocínio que foram usados (Itens: 3 e 10); A compreensão do sistema de numeração de posição (...) (Itens: 1 e 7);

Exploração de situações que envolvam o cálculo mental e a estimação.

O reconhecimento dos números inteiros e decimais e de formas diferentes de os representar e relacionar, bem como a aptidão para usar as propriedades das operações em situações concretas (itens: 10,12 e 19) nomeadamente, para facilitar a realização de cálculos (Itens: 7 e 12);

Exploração de situações abertas, descoberta de regularidades, formulação e teste de conjecturas recorrendo à utilização de: – MAB, ábaco, algarismos móveis, cuisenaire, régua graduada; – calculadoras, computador: folha de cálculo, software educativo (...)

Compreensão global dos números e das operações e a sua utilização de maneira flexível para fazer julgamentos matemáticos e desenvolver estratégias úteis de manipulação dos números e das operações; (Itens: 1, 3, 6,13,18)

1 12

3

4

6 16

7 18

10 19

47

Item 13 Concretização no verso


Domínio 1: Números e Cálculo

COM O ITEM 13... CCONCRETIZANDO COM O IITEM 13... 13... CONCRETIZANDO

Os resultados obtidos a nível nacional traduzem bem a dificuldade que os alunos sentiram nesta questão. As respostas a este item foram avaliadas em cinco níveis. Nos níveis 0 e 1 situam-se 56% das respostas, o que significa que esta percentagem de alunos não compreende o problema, não responde ou apresenta uma explicação inadequada ou não apresenta qualquer explicação. Por outro lado, 37% situam-se no nível máximo (nível 5) o que significa que foi utilizada uma estratégia apropriada de resolução do problema. Os níveis intermédios (4, 3 e 2) registam 7% das respostas no seu conjunto, o que denota a utilização de uma estratégia de resolução apropriada mas com erros de percurso ou uma explicação incompleta apesar de aparentemente ter havido compreensão do problema. Para tal poderá ter contribuído a dificuldade em compreender a relação e a interdependência dos dados, a organização da informação de modo a construir uma estratégia adequada e a valorização das etapas de resolução. valorização das etapas de resolução.

48


Domínio 2: Geometria/Grandezas e Medida

EXPERIÊNCIAS DE APRENDIZAGEM •

Realização de projectos

Exploração de conexões

• Utilização das tecnologias na aprendizagem da matemática •

Utilização de materiais manipuláveis

Comunicação Matemática

Realização de projectos surgidos na sala de aula da iniciativa individual, de grupo ou de toda a turma. Ex: o estudo do bairro/escola/a rua onde vive (plantas, maquetas), e onde intervêm: – Educação Física, Estudo do Meio (património, localização de instituições, zonas comerciais, actividades económicas...) e Educação e Expressão Plástica. Leitura, interpretação e escrita de pequenos textos de matemática sobre a matemática ou em que haja informação matemática.

COMPETÊNCIAS ESSENCIAIS

A geometria constitui um meio privilegiado de desenvolvimento da intuição e da visualização espacial. É essencialmente um meio para a criança conhecer o espaço em que se move, pelo que se torna importante promover a aprendizagem baseada na experimentação e na manipulação. Hoje, a medida é usada de muitas formas no mundo à nossa volta e é vital para a comunicação. É, ainda, um meio privilegiado para se estabelecerem conexões, quer dentro da própria matemática, quer na ligação a outras disciplinas.

O reconhecimento e a utilização de ideias geométricas em diversas situações, nomeadamente, na comunicação e a sensibilidade para apreciar a geometria no mundo real (Itens: 2 e 15); A aptidão para utilizar a visualização e o raciocínio espacial na análise de situações (...) (Itens: 2, 5 e 11); Reconhecimento de formas geométricas simples, bem como a aptidão para descrever figuras geométricas e para completar e inventar padrões (Itens: 5, 11, 15 e 20); A compreensão de conceitos como os de comprimento, área, volume, capacidade, amplitude e a aptidão para utilizar conhecimentos sobre estes conceitos na resolução de problemas (Itens: 8, 10, 19 e 22); A predisposição para procurar e explorar padrões (...) (Item 20 ); A compreensão do processo de medição e de sistemas de medidas e a aptidão para fazer medições em situações diversas do quotidiano utilizando instrumentos apropriados (Itens: 9, 14, 17 e 21);

Utilização de software educativo (linguagem LOGO e outros jogos e programas educativos).

2 Utilização de material não estruturado e material estruturado – tangram, geoplano, régua, esquadro, suporte quadriculado, blocos lógicos (...).

11 19

Item 10 Concretização no verso

5

20

8 14 21

9 15 22

17

49


Domínio 2: Geometria/Grandezas e Medida

CONCRETIZANDO COM O ITEM 10...

Este item foi avaliado em cinco níveis e os resultados obtidos a nível nacional levam-nos a fazer as seguintes considerações: – dado que as percentagens dos níveis 4 e 5 (a nível nacional) são inferiores a 50%, sugere-se que a escola interprete os seus resultados procurando identificar os aspectos que contribuíram para o seu desempenho; – dado que 40% das respostas se situam no nível 0, este resultado pode indicar que muitas crianças não compreenderam globalmente o enunciado, tiveram dificuldade na leitura da tabela, não descobriram a regularidade e/ou a relação entre os dados pelo que não encontraram uma estratégia adequada de resolução; – dado que as percentagens dos níveis 1, 2 e 3 são baixas, este facto sugere que não se valoriza a tentativa e erro nem as respostas que, podendo não estar completas ou inteiramente correctas, revelam, no entanto, um raciocínio que poderá conduzir a uma solução; tal-

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vez se deva estimular o aproveitamento das situações de erro no percurso e o encorajamento na utilização de diferentes estratégias na resolução.


Domínio 3: Estatística e Probabilidade/Organização e Recolha de Dados

EXPERIÊNCIAS DE APRENDIZAGEM •

Realização de projectos

Resolução de problemas

Actividades de investigação

Comunicação matemática

Utilização de materiais manipuláveis

Exploração de conexões

Jogos

Realização de actividades lúdicas como o lançamento da moeda ao ar, extracção de bolas (coloridas, numeradas...), o lançamento de dados, entre outras podem ser usadas como ponto de partida para o desenvolvimento da noção de probabilidade.

COMPETÊNCIAS ESSENCIAIS

O pensamento estatístico e probabilístico faz parte do mundo actual, pelo que faz todo o sentido que lhe seja atribuída uma maior relevância em todos os níveis de escolaridade. Desde cedo as crianças começam, naturalmente, a agrupar objectos com base em determinados atributos. Ao aprenderem a separar, a seleccionar e a classificar, estão a organizar o pensamento, a tomar decisões e a usar ideias estatísticas. Em muitas situações, para se responder a problemas concretos é preciso recolher e analisar dados. Nas situações de ensino-aprendizagem em que os alunos fazem simulações e comparam as suas previsões com aquilo que realmente acontece estão a desenvolver intuições sobre probabilidades.

A predisposição para organizar dados relativos a uma situação ou a um fenómeno e para os representar de modos adequados, nomeadamente, recorrendo a tabelas e gráficos (Itens: 6 e 13); A aptidão para ler e interpretar tabelas e gráficos à luz das situações a que dizem respeito e para comunicar os resultados das interpretações feitas (Itens: 3, 10, 14 e 16); O desenvolvimento do sentido crítico face ao modo como a informação é apresentada (Itens: 9 e 14).

Resolução de problemas, de situações experimentais, de simulações, de sondagens que permitam recolher dados, organizá-los e tirar conclusões.

prova de aferiççããão o de

Exploração de situações abertas para fazer e testar conjecturas, proceder a estimativas, argumentar e comunicar oralmente ou por escrito os processos utilizados e as suas conclusões. Interpretação, compreensão e construção de gráficos e tabelas. Utilização da calculadora e do computador em actividades que envolvam dados reais ou simulados.

Item 3 Concretização no verso

6 13

14

9

10 16

51


Domínio 3: Estatística e Probabilidade/Organização e Recolha de Dados

CONCRETIZANDO COM O ITEM 3...

As questões colocadas pelos itens 3.1 e 3.2 não ofereceram dificuldades à maioria dos alunos como se constata da leitura dos resultados nacionais. Relativamente ao item 3.3, avaliado em cinco níveis, a distribuição dos resultados polarizou-se, essencialmente, nos níveis mínimo e máximo. De salientar que o nível 4 registou 44% de respostas, o que significa que houve a compreensão global do problema, a interpretação dos dados da tabela, a organização da informação pretendida, a identificação da sequência em causa e a elaboração da resposta adequada. O nível 0 foi o que registou uma percentagem mais elevada, sugerindo que mais de metade dos alunos não conseguiu encontrar uma estratégia apropriada de resolução; talvez a dificuldade radique na exigência de, recorrendo aos dados da tabela, identificar a sequência de operações adequada para responder correctamente, realçando-se a necessidade de não valorizar apenas as respostas totalmente certas.

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Domínio 4: Álgebra e Funções

EXPERIÊNCIAS DE APRENDIZAGEM •

Actividades de investigação

Exploração de conexões

Utilização de Materiais Manipuláveis

Jogos

Descoberta de regularidades e padrões no mundo que nos rodeia (tapeçarias, pavimentos, painéis de azulejos, monumentos, construções, papel de embrulho com desenhos...)

COMPETÊNCIAS ESSENCIAIS

Desde os primeiros anos de escolaridade, as crianças podem e devem ser encorajadas a observar padrões, a representá-los tanto geométrica como numericamente, começando a estabelecer conexões entre a geometria e a aritmética. O reconhecimento de regularidades, a investigação de padrões em sequências numéricas e a generalização através de regras que os próprios alunos podem formular permitem que a aprendizagem da álgebra se processe de um modo gradual e ajudam a desenvolver a capacidade de abstracção. É importante todo um percurso que inclua um grande número de experiências algébricas informais. Alguns autores consideram que é nesta fase que se está a desenvolver o pensamento pré-algébrico. Desde muito cedo, intuitivamente, os alunos começam a contactar com ideias que estão na base da álgebra e das funções. Por exemplo, quando estão à procura do número que deve estar no lugar do ponto de interrogação em “5+?=8” estão, implicitamente, a resolver uma equação.

A predisposição para procurar padrões e regularidades e para formular generalizações em situações diversas, nomeadamente, em contextos numéricos e geométricos (itens: 4, 10 e 20).

Exploração de sequências numéricas, a partir da manipulação de materiais (raciocínio analítico e espacial). Realização de actividades de observação e procura de regularidades em desenhos, em conjuntos de números ou em formas; actividades de descoberta da relação entre uma sequência de figuras geométricas e a respectiva sequência numérica.

Item 4 Concretização no verso

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Domínio 4: Álgebra e Funções

CONCRETIZANDO COM O ITEM 4...

Este item foi avaliado em três níveis (0, 1 e 2) e os resultados, a nível nacional, distribuem-se da seguinte forma: – 60% das respostas situam-se no nível 2, a cotação máxima para este item, o que significa que os alunos assinalaram correctamente os dois números, tendo identificado a regularidade; – 20% das respostas enquadram-se no nível 1, o que quer dizer que assinalaram o primeiro número correctamente e o segundo incorrectamente ou, então, que mostraram compreender a lógica de formação da sequência; – 20% das respostas situam-se no nível 0, o que significa que não houve resposta ou que houve uma resposta ilegível ou incorrecta. Neste caso, a dificuldade pode dever-se ao facto de a sequência ser decrescente ou

54

de os alunos não estarem familiarizados com situações que envolvam sequências numéricas.


4.

INFORMAÇÃO DE CONTEXTO






5.

ANEXOS


Enunciados das provas


Prova de Língua Portuguesa Instruções Gerais

Esta prova é constituída por duas partes, separadas por um intervalo de 30 minutos.

1.ª Parte (45 minutos)

Durante este tempo, vais ler, com muita atenção, um texto que te conta uma história (I) e responder a algumas perguntas acerca dessa história (II). A seguir, vais resolver algumas questões de funcionamento da língua (III).

2.ª Parte (45 minutos)

Durante este tempo, vais escrever um pequeno texto, de 15 a 25 linhas.

Vais, então, dar início à 1.ª parte.

Responde no papel da prova, a tinta azul ou preta. Não uses corrector. Se te enganares, risca e escreve de novo. No papel de rascunho, usa lápis e borracha.

PA-LP

3

65


I Lê o texto com atenção.

66

O Pedro e o João iam para a cama à mesma hora. Mas enquanto o João adormecia logo, o Pedro ficava acordado, encolhido entre os lençóis, cheio de medo. Medo de quê? Do escuro, dos estalidos da madeira e... sobretudo do vento. Sem conseguir fechar os olhos, ficava a ouvi-lo com muita atenção. Vuu... Vuu... Vuu... E tinha sempre medo. Quando soprava de mansinho, parecia-lhe que um desconhecido queria entrar no quarto sem ninguém dar por isso, para lhe fazer mal; se rugia com força e dava safanões nos vidros, punha-se logo a gritar: — Mãe! Mãe! A mãe ia ao quarto, aconchegava-lhe a roupa e ria-se: — É o vento, Pedro! Não vês que é só o vento? Ora isso sabia ele. Mas tinha tanto medo... Uma noite, estava encolhido entre os lençóis, como de costume, quando ouviu chamar lá fora: — Pst, Pst! Espantado, sentou-se na cama. Não estava ali ninguém. Quem lhe falava era o vento. Um vento grande, gordo, risonho. — Quem és tu? — Eu sou o vento do deserto. Chamo-me Siroco e sou muito quentinho. — Siroco? Mas os ventos têm nome? — Temos, sim. Somos uma família ventosa. O meu irmão é o Suão... Suão... Suão... O Pedro estava encantado. — Não tenhas medo de nós — soprou-lhe muito baixinho — fazemos barulho, porque andamos a brincar! Pelo ar... pelo ar... pelo ar... — Que é isto? Quem está aí? — perguntou de repente o João, que acordara sobressaltado. — É um vento meu amigo. O João até deu um pulo. — O quê? Surpreendido, encostou-se também ao parapeito. Mas o vento Siroco já lá ia... numa correria... numa correria... Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada (versão não publicada)

4

PA-LP


II Responde ao que te é pedido sobre o texto que leste.

1. Quem são as personagens do texto? ________________________________________________________

2. Assinala com X a frase que, de acordo com o texto, completa a seguinte afirmação: O Pedro não adormecia logo que se deitava, porque

ia para a cama cedo. ficava a ler. tinha medo. não tinha sono.

3. O que imaginava o Pedro quando o vento soprava de mansinho? _______________________________________________________________________

67 _______________________________________________________

PA-LP

5


4. Assinala com X a frase que indica em que situação o Pedro gritava pela mãe. Ele gritava quando tinha pesadelos. o vento era forte. estava com frio. a madeira estalava.

5. Segue os exemplos e, de acordo com o texto, assinala com V as afirmações verdadeiras e com F as falsas.

aconchegava-lhe a roupa. entrava no quarto. Quando o Pedro

ralhava com ele.

chamava, a mãe

não o ouvia.

V F

sossegava-o. contava-lhe uma história.

6. Uma noite, o Pedro ouviu pst, pst. Quem o chamava? _______________________________________________________

68

6

PA-LP


7. Assinala com X a frase que, de acordo com a história, completa a seguinte afirmação: O vento soprou muito baixinho, quando falou com o Pedro, porque

estava muito cansado. estava um pouco triste. não o conhecia bem. não o queria assustar.

8. Transcreve do texto as palavras que descrevem o vento Siroco. _______________________________________________________ _______________________________________________________

9. O Pedro respondeu: «— É um vento meu amigo.» Por que razão o João ficou surpreendido com essa resposta? _______________________________________________________ _______________________________________________________

PA-LP

7

69


10. Ordena as frases seguintes, de acordo com a ordem dos acontecimentos na história, numerando-as de 1 a 5. O 1 deve corresponder ao primeiro acontecimento, o 2 ao segundo, e assim sucessivamente. O João ouviu um barulho e acordou sobressaltado. Uma noite, o Pedro ouviu chamar lá fora. O Pedro sentou-se na cama, muito espantado. O vento Siroco apresentou-se e falou da sua família. O Pedro perguntou quem o chamava.

11. Transcreve do texto uma frase que indique que o Pedro perdeu o medo do vento Siroco. _______________________________________________________

12. Assinala com X o melhor título para o texto. O Suão e o Siroco O Menino e o Vento Os Dois Irmãos O Vento Siroco

70

8

PA-LP


III Responde ao que te é pedido.

1. Assinala com X a frase que tem o mesmo sentido que a sublinhada: «... ficava a ouvi-lo com muita atenção.» ficava muito calado a ouvi-lo. ficava muito encantado a ouvi-lo. ficava muito atento a ouvi-lo. ficava muito assustado a ouvi-lo.

2. Organiza uma frase com as palavras seguintes e escreve-a: lá

o

soprava

fora

vento

___________________________________________________________

3. Assinala com X o grupo em que todas as palavras são nomes comuns.

adormecia João ouvia gordo vento

Pedro nós risonho mãe cama

olhos vento noite vidros medo

71

PA-LP

9


4. Assinala com X a classe a que pertencem, no texto, as seguintes palavras: grande, gordo e risonho. verbos adjectivos pronomes nomes

5. Preenche as casas em branco no quadro seguinte: GRAUS Normal

Superlativo absoluto analítico

Superlativo absoluto sintético

amigo

muito amigo

amicíssimo

largo muito fácil quentíssimo

6. Assinala com X a frase que tem o verbo no Presente do Indicativo. O Pedro era amigo do vento. O Pedro foi amigo do vento. O Pedro é amigo do vento.

72

O Pedro será amigo do vento.

10

PA-LP


7. Assinala com X o conjunto em que todas as palavras são da família de gordo.

gordura engordar gordinho

engordar engrossar grossura

gorduroso engordurar grosso

8. Escolhe o determinante que completa a frase de acordo com o texto: O vento Siroco disse que o ______ irmão era o vento Suão. meu

nosso

seu

teu

9. Considera a frase: «O Pedro e o João iam para a cama à mesma hora.» Volta a escrevê-la, substituindo as palavras sublinhadas pelo pronome pessoal adequado. _______________________________________________________

10. Repara, falta a pontuação: quando o vento acalmou o Pedro disse agora já não tenho medo que bom Acrescenta a pontuação que falta e escreve o texto que daí resulta. Não te esqueças de usar as maiúsculas nem de marcar o discurso directo. ______________________________________________________ ______________________________________________________ PA-LP

11

73


74

12

PA-LP


Vais, agora, iniciar à 2.ª parte da prova. (45 minutos)

Durante este tempo, vais escrever uma pequena história.

♦ Toma atenção às instruções. ♦ Lê atentamente a página seguinte. ♦ Respeita o que te é pedido. ♦ Faz um rascunho a lápis, na folha própria. ♦ Escreve um mínimo de 15 e um máximo de 25 linhas. ♦ Dá um título à história, diferente dos que já te foram apresentados. ♦ Revê com cuidado o rascunho e corrige o que achares que deve ser corrigido. ♦ Copia o texto para a folha da prova, em letra bem legível, a tinta azul ou preta. ♦ Se, por acaso, te enganares, risca e escreve de novo. Não uses corrector.

75

PA-LP

15


O Pedro e o Siroco ficaram amigos. Um dia, o vento convidou o menino a viajar com ele.

• Imagina e escreve uma história em que contes uma aventura vivida por ambos. Podes falar dos lugares por onde passaram, das coisas que viram, das conversas que tiveram.

76

16

PA-LP


(TĂ­tulo) ____________________________________________________ 1 _______________________________________________________ 2 _______________________________________________________ 3 _______________________________________________________ 4 _______________________________________________________ 5 _______________________________________________________ 6 _______________________________________________________ 7 _______________________________________________________ 8 _______________________________________________________ 9 _______________________________________________________ 10 _______________________________________________________ 11 _______________________________________________________ 12 _______________________________________________________ 13 _______________________________________________________ 14 _______________________________________________________ 15 _______________________________________________________ 16 _______________________________________________________ 17 _______________________________________________________ 18 _______________________________________________________ 19 _______________________________________________________ 20 _______________________________________________________ 21 _______________________________________________________ 22 _______________________________________________________ 23 _______________________________________________________ 24 _______________________________________________________ 25 _______________________________________________________

PA-LP

17

77


FOLHA DE RASCUNHO (Título) ____________________________________________________ 1 _______________________________________________________ 2 _______________________________________________________ 3 _______________________________________________________ 4 _______________________________________________________ 5 _______________________________________________________ 6 _______________________________________________________ 7 _______________________________________________________ 8 _______________________________________________________ 9 _______________________________________________________ 10 _______________________________________________________ 11 _______________________________________________________ 12 _______________________________________________________ 13 _______________________________________________________ 14 _______________________________________________________ 15 _______________________________________________________ 16 _______________________________________________________ 17 _______________________________________________________ 18 _______________________________________________________ 19 _______________________________________________________ 20 _______________________________________________________ 21 _______________________________________________________ 22 _______________________________________________________

78

23 _______________________________________________________ 24 _______________________________________________________ 25 _______________________________________________________ 18

PA-LP


RASCUNHO

79

PA-LP

19


80

2

PAM


Prova de Matemática Instruções Gerais •

Nesta prova vais encontrar perguntas de Matemática.

Precisas de: um lápis, uma borracha e uma régua graduada.

As perguntas desta prova são de vários tipos. – Perguntas para as quais deves escolher UMA SÓ das quatro respostas que te são apresentadas. Exemplo:

Quantos meses tem um ano?

×

6 12 24 66

Neste caso, para obter uma resposta correcta, colocou-se um no 12, porque um ano tem doze meses. Na resposta, a este tipo de perguntas SÓ PODES FAZER UM Se te enganares, apaga e faz um

×

×.

× na resposta correcta.

– Perguntas em que te pedimos que completes a resposta. Exemplo: Completa de forma a que a soma fique correcta: 5 + ________ = 15 Para responder correctamente, bastou colocar 10 no espaço em branco. 10 5 + ________ = 15

PAM

3

81


– Perguntas em que terás apenas de escrever a tua resposta. – Perguntas em que terás de escrever a tua resposta da forma mais completa possível, fazendo cálculos, desenhos, esquemas, ou explicando, por palavras tuas, os teus raciocínios. •

Não apagues os cálculos, os esquemas e/ou os desenhos que utilizares.

Se precisares de alterar o que escreveste, apaga e escreve de novo.

Responde a todas as perguntas com a máxima atenção.

Se acabares antes do tempo previsto, deves aproveitar para rever a tua prova.

A prova tem duas partes, A e B Tens 45 minutos para responderes a cada uma delas.

82

4

PAM


Parte A 1.

A expressão “dez mil e cinquenta e quatro unidades” representa a leitura de qual dos seguintes números? 10540 10054 1540 1054

Completa o mapa da figura, de acordo com as instruções.

Rua do Ano

2.

Rua do Século

Desenha no mapa a Rua do Tempo, paralela à Rua do Ano. Escreve o seu nome.

83 Desenha a Rua da Hora, que não pode ser paralela à Rua do Século e também não pode ser perpendicular à Rua do

PAM

5


3.

Os meninos da escola do Ricardo andaram a recolher garrafas de plástico, para serem recicladas. Repara na tabela onde está registado o número de garrafas que eles recolheram até ao mês de Abril. Cada

representa 100 garrafas.

Janeiro Fevereiro Março Abril 3.1.

Em que mês os meninos da escola do Ricardo recolheram mais garrafas? Resposta: __________________________________________

Recorda que cada 3.2.

representa 100 garrafas.

Quantas garrafas recolheram no mês de Janeiro? Resposta: __________________________________________

3.3.

84

Quantas garrafas precisam de recolher no mês de Maio para recolherem um total de 2000 garrafas, entre Janeiro e Maio? Resposta: __________________________________________

6

PAM


4.

Continua a sequência, preenchendo os dois espaços.

218

5.

214

210

206

_____

_____

O João contou três quadrados na figura A.

Figura A

Figura B

Quantos quadrados consegues contar na figura B?

Resposta: __________________________________________

85

PAM

7


6.

A Joana é muito vaidosa. Um dia foi a uma loja e comprou: •

uma saia vermelha e outra azul;

uma camisola amarela, uma verde e outra preta.

Depois pensou: – Que bom! Agora já posso vestir-me de muitas maneiras diferentes. De quantas maneiras diferentes se poderá vestir a Joana?

Resposta: _____________________________________ Explica como encontraste a resposta. Para o fazeres, podes usar desenhos, palavras ou contas.

86

8

PAM


7.

Escreve um número que: •

esteja entre 3960 e 4000;

tenha como algarismo das dezenas o 8;

seja par;

tenha os algarismos todos diferentes.

Número: ________________________________

8.

Toma, como unidade de área, a área do quadrado A. Qual é a área de cada uma das figuras (B e C)?

A B

C

Área da figura B: ______________ Área da figura C: ______________

87

PAM

9


9.

Pai e filho mediram, em passos, o comprimento do jardim. O pai contou 18 passos. Quantos passos te parece que o filho terĂĄ contado?

Resposta: _________________________________________________ Explica como descobriste o nĂşmero de passos que o filho contou.

88

10

PAM


10.

Para a sua festa de anos, a Teresa vai encher 15 copos com sumo de laranja. Todos os copos levam a mesma quantidade de sumo. Para saber quantos litros de sumo vai ter de preparar, consultou a seguinte tabela: 1 copo 2,5 dl

2 copos 5 dl

3 copos 7,5 dl

4 copos 10 dl

5 copos 12,5 dl

Quantos litros de sumo precisa a Teresa de preparar, para encher os 15 copos?

Resposta: ___________________________________________ Explica como encontraste a resposta.

89

PAM

11



Parte B 11.

Pinta, com o teu lápis, todos os triângulos.

12.

A mãe do João fez o bolo que está representado na figura. Ao lanche, o João e uns amigos comeram a parte correspondente à que está sombreada. Que parte do bolo sobrou?

1,4

91

0,7 0,4 0,3 PAM

15


13.

O grupo da Joana vai construir instrumentos musicais como o da figura.

Para construírem este instrumento musical, eles precisam do seguinte material:

4 caricas

2 pregos

1 tábua

Descobre quantos instrumentos musicais o grupo da Joana consegue construir se tiver: 25 caricas 15 pregos 8 tábuas Resposta: ________________________________ Mostra como chegaste à tua resposta, usando palavras, desenhos ou contas.

92 (Utiliza a página seguinte para o fazeres.)

16

PAM


(Utiliza esta página para mostrares como chegaste à resposta da questão 13.)

93

PAM

17


14.

Observa o calendário dos meses de Maio e de Junho de 2000.

O aniversário da Mariana foi na quinta-feira, dia 18 de Maio. O seu irmão Pedro faz anos três semanas mais tarde. Em que data faz anos o Pedro? 21 de Maio 1 de Junho 8 de Junho 15 de Junho

94

18

PAM


15.

Na figura está representado um cubo.

Imagina que estás ao telefone com um amigo. Descreve-lhe este sólido de modo a que ele descubra o seu nome. Não podes utilizar a palavra “cubo”. ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________

16.

Assinala com um

×, na tabela, os múltiplos de 6.

95

PAM

19


17.

O Pedro pesou, na balança A, os seus dois gatos, o Cinza e o Malhado, e o seu cão Faísca. Depois pesou só o gato Malhado na balança B. Os dois gatos têm o mesmo peso. Quanto pesa o cão do Pedro?

Balança A

96

Balança B

Resposta: _____________________________________________

20

PAM


18.

Escolhe três dos números seguintes: 66

27

39

133

94

Escreve-os nos rectângulos de forma a que a soma fique correcta.

+

19.

=

No quadro estão indicadas as alturas das quatro meninas da figura.

Nomes – Alturas Joana Laura Marta Rita

– – – –

1,28 m 13,9 dm 123 cm 1,34 m

Escreve, em cada placa, o nome da menina, de acordo com a sua altura.

97

PAM

21


20.

As figuras mostram o início da formação de um padrão.

Figura 1

Figura 2

Figura 3

Se continuasses o padrão, quantos quadrados pequenos teria a figura seguinte?

Resposta: ___________________________________________

21.

Utiliza a régua graduada. Quanto mede o lápis mais comprido?

98 Resposta:____________________________________________

22

PAM


22. 2 cm

Juntando os quatro quadrados é possível formar figuras com 20 cm de perímetro. Descobre pelo menos duas dessas figuras e desenha-as no quadriculado.

1 cm

99

PAM

23


Critérios de Classificação


CRITÉRIOS GERAIS DE CLASSIFICAÇÃO

1. A prova será cotada numa escala de 0 a 100 pontos, distribuídos da seguinte forma: COMPREENSÃO DA LEITURA ................................. 40 PONTOS FUNCIONAMENTO DA LÍNGUA................................. 20 PONTOS EXPRESSÃO ESCRITA .............................................. 40 PONTOS 2. Todos os ITENS de compreensão da leitura cujas respostas impliquem recurso à produção escrita, ITENS de resposta curta, são classificados em função da compreensão e da interpretação, não se considerando, para efeito de cotação, os erros de construção frásica ou de grafia. 3. A ilegibilidade da resposta anula a atribuição de cotação em qualquer dos ITENS. 4. Só se consideram como correctas (C) as respostas apresentadas de forma inequívoca, dando lugar, neste caso, à cotação completa. A resposta correcta vem registada na matriz de objectivos que contém a descrição das respostas. 5. Uma resposta que contemple apenas alguns dos elementos descritos na matriz deve ser considerada como parcialmente correcta (P/C). A cotação a atribuir deve ter em conta o grau de aproximação ou de afastamento em relação à descrição apresentada para a resposta considerada correcta. 6. Atribui-se cotação 0 (zero) às respostas incorrectas ou muito incompletas (I)).

103


PROVA DE AFERIÇÃO DE LÍNGUA PORTUGUESA 1.º CICLO 1.ª Parte I e II Objectivo geral: avaliar competências de leitura RESPOSTAS ITEM

1

2

3

104 4

OBJECTIVO DO ITEM

Identifica as personagens de um texto narrativo.

Explica uma situação relacionada com uma personagem, indicando o motivo que dá origem a essa situação.

Transcreve um segmento textual ou parafraseia a respectiva informação.

Explica um comportamento de uma personagem, indicando a circunstância em que ocorre.

GRAU

DESCRIÇÃO

COTAÇÃO

C

Refere, sem ambiguidade, pelos nomes ou por designações equivalentes, as quatro personagens: Pedro, João, a mãe, Siroco.

2

Refere duas ou três dessas personagens.

1

I

Não refere nenhuma ou refere apenas uma personagem.

0

C

Assinala: tinha medo.

3

I

Não responde ou assinala uma das outras alternativas.

0

C

Transcreve ou traduz, de forma inequívoca, a ideia. Ex.: Imaginava que alguém queria entrar no quarto sem ninguém dar por isso, para lhe fazer mal.

3

P/C

Transcreve ou traduz apenas parte da ideia. Ex.: Imaginava que alguém lhe queria fazer mal. Ou Ex.: Imaginava que um desconhecido queria entrar no seu quarto.

2

I

Não responde ou não transcreve nem traduz o essencial.

0

C

Assinala: o vento era forte.

3

I

Não responde ou assinala uma das outras alternativas.

0

P/C


RESPOSTAS ITEM

OBJECTIVO DO ITEM

GRAU

C

5

6

7

8

9

Estabelece uma relação lógica (verdadeiro/falso) entre acontecimentos narrados.

Identifica uma personagem como agente de uma dada acção.

Explica o comportamento de uma personagem, indicando a intenção subjacente.

Selecciona palavras que descrevem uma personagem.

DESCRIÇÃO

COTAÇÃO

Assinala com V: aconchegava-lhe a roupa; sossegava-o. Assinala com F: ralhava com ele; contava-lhe uma história.

4

P/C

Assinala correctamente três asserções.

3

P/C

Assinala correctamente duas asserções.

2

P/C

Assinala correctamente uma asserção.

1

I

Não responde ou não assinala correctamente nenhuma asserção.

0

C

Escreve: Era o vento ou Era o vento Siroco ou, ainda, Era o vento do deserto.

2

I

Não responde ou indica outra personagem.

0

C

Assinala: não o queria assustar.

3

I

Não responde ou assinala uma das outras alternativas.

0

C

Transcreve do texto as palavras: «grande», «gordo», «risonho» e «muito quentinho» (ou quentinho).

4

P/C

Transcreve três destas palavras.

3

P/C

Transcreve duas destas palavras.

2

P/C

Transcreve uma destas palavras e/ou transcreve a expressão «vento do deserto» e/ou a frase «O meu irmão é o Suão…».

1

I

Não responde ou transcreve outras palavras ou expressões.

0

C

Explica os motivos da surpresa do João: a) perspectiva objectiva: no mundo real, o vento não é humano e, portanto, não fala. b) perspectiva subjectiva: sabendo o João que o Pedro tinha medo do vento, este não poderia afirmar que o vento era seu amigo.

4

Explica um estado de espírito de uma personagem, inferindo motivos de natureza objectiva e subjectiva.

Ex.: O João ficou surpreendido, porque o vento não fala e, além disso, porque ele sabia que o Pedro tinha medo do vento.

105

P/C

Explica a surpresa do João apenas sob uma das duas perspectivas.

3

I

Não responde ou apresenta argumento(s) não plausível(eis).

0


RESPOSTAS ITEM

10

OBJECTIVO DO ITEM

GRAU

DESCRIÇÃO

COTAÇÃO

C

Estabelece a ordem seguinte: 1 – Uma noite, o Pedro ouviu chamar lá fora. 2 – O Pedro sentou-se na cama, muito espantado. 3 – O Pedro perguntou quem o chamava. 4 – O vento Siroco apresentou-se e falou da sua família. 5 – O João ouviu um barulho e acordou sobressaltado.

4

Ordena correctamente as primeiras três acções.

2

I

Não responde; ordena outras acções.

0

C

Transcreve do texto uma das seguintes frases: «O Pedro estava encantado.» ou «– É um vento meu amigo.»

4

I

Não responde ou não transcreve nenhuma das duas frases acima indicadas.

0

C

Escolhe o título: O Menino e o Vento.

4

I

Escolhe outro título.

0

Ordena acontecimentos, respeitando a sua ocorrência cronológica na narrativa. P/C

11

12

Infere sentidos implícitos num texto: mudança de estado de espírito.

Selecciona, de entre vários, o título mais adequado a um texto.

Total de II

106

40


III Objectivo geral: avaliar competências no âmbito do funcionamento da língua RESPOSTAS ITEM

OBJECTIVO DO ITEM

1

Estabelece relações de sinonímia entre expressões dadas.

GRAU

DESCRIÇÃO

COTAÇÃO

C

Assinala: ficava muito atento a ouvi-lo.

1

I

Assinala outra alternativa.

0

C

Escreve uma das seguintes frases:

2

O vento soprava lá fora. Lá fora soprava o vento. Soprava o vento lá fora. Soprava lá fora o vento. Lá fora o vento soprava. O vento lá fora soprava. Notas:

2

1) se o aluno finalizar a frase com ponto de exclamação, ponto de interrogação ou reticências, deve ser também considerado correcto.

Organiza correctamente uma frase por ordenação de palavras dadas.

2) aceitam-se ainda outras combinatórias, em que as palavras «lá» e «fora» não constituam uma unidade de sentido, desde que a pontuação o assinale. Ex.: Fora, o vento lá soprava. P/C

3

4

5

Flexiona adjectivos dados nos graus normal e superlativo.

1,5 1,5 1

I

Organiza as palavras de outro modo.

0

C

Assinala a lista que contém as palavras olhos, vento, noite, vidros e medo.

2

I

Não responde ou assinala uma das outras listas.

0

C

Assinala: adjectivos.

2

I

Não responde ou assinala outra classificação.

0

C

Preenche as seis casas em branco com as formas: muito largo; larguíssimo; fácil; facílimo; quente; muito quente.

3

P/C

Preenche mal ou não preenche algumas das casas.

Identifica palavras como nomes comuns.

Identifica palavras como adjectivos.

Ordena bem, mas não usa o ponto final. Ordena bem, mas não usa a maiúscula. Ordena bem, mas não usa o ponto final nem a maiúscula.

I

Não preenche nenhuma casa ou preenche-as com formas erradas.

0,5 x n (n = n.o de casas)

0

107


RESPOSTAS ITEM

OBJECTIVO DO ITEM

GRAU

Selecciona uma forma verbal do Presente do Indicativo.

C

Assinala: O Pedro é amigo do vento.

1

6

I

Não responde ou escolhe outra forma.

0

C

Assinala a lista que contém as palavras: gordura, engordar, gordinho.

2

I

Não responde ou assinala outra lista.

0

C

Escreve no espaço em branco: seu.

I

Não responde ou escolhe outra alternativa.

C

Escreve a frase: Eles iam para a cama à mesma hora.

2

I

Não responde ou utiliza outros pronomes.

0

C

Reescreve a frase da seguinte forma: Quando o vento acalmou, o Pedro disse: – Agora já não tenho medo. Que bom! Considera-se também correcto o uso de um outro ponto de exclamação em medo.

3

7

Identifica uma família de palavras, a partir de uma palavra primitiva dada.

8

Selecciona um determinante possessivo adequado a uma frase dada e ao sentido de um texto.

9

10

Substitui, numa frase, palavras com função de sujeito pela forma do pronome pessoal correspondente.

DESCRIÇÃO

COTAÇÃO

2

Notas: 1) atendendo a que o Programa do 1.o Ciclo do Ensino Básico apenas refere o uso da vírgula nos casos de enumeração, não deverá ser tida em conta a sua ausência em acalmou;

Pontua uma sequência discursiva: voz do narrador e voz de uma personagem.

2) aceita-se o uso de letra minúscula a seguir ao ponto de exclamação: 2) – Agora já não tenho medo! que bom! P/C

Não utiliza todas as marcas ou utiliza-as mal. Nota: atribuir 0,5 por cada marca: parágrafo, travessão, dois pontos, ponto e ponto de exclamação; o uso das duas maiúsculas tem a cotação global de 0,5.

I

108

0

Não responde ou não introduz qualquer pontuação correcta nem utiliza as maiúsculas.

0,5 x n (n = n.o de marcas)

0

Total de III

20

Total da 1.a Parte (II e III)

60


2.ª Parte EXPRESSÃO ESCRITA

Objectivo geral: avaliar competências de leitura

OBJECTIVO DO ITEM

A

Constrói uma narrativa, obedecendo a um tema dado.

DESCRIÇÃO

COTAÇÃO PARCIAL

A história obedece aos requisitos da proposta feita, nomeadamente, no que se refere às personagens, ao contexto da acção e à extensão do texto (15 a 25 linhas).

4

A história desenvolve-se numa sequência organizada, com introdução, desenvolvimento e conclusão (explícita ou implícita).

3

Os acontecimentos narrados articulam-se de acordo com uma ordem lógica e/ou cronológica.

3

As personagens e os lugares estão identificados e são coerentes.

3

COTAÇÃO TOTAL

16

O título escolhido relaciona-se, de forma pertinente, com o processo narrado. 3 Nota: se o título escolhido for um dos dados em II, a cotação é 0 (zero).

109


OBJECTIVO DO ITEM

B

110

Redige um texto narrativo, organizando de forma compreensível a informação (objectiva/subjectiva) que pretende transmitir.

DESCRIÇÃO

COTAÇÃO PARCIAL

Utiliza um repertório de palavras e expressões adequado à realidade a narrar e/ou às ideias e sentimentos a expressar.

3

Utiliza algumas estratégias de substituição para evitar a repetição excessiva.

3

Utiliza adjectivação ou expressões equivalentes, apropriadas à caracterização de personagens e de lugares.

2

Utiliza operadores suplementares como, por exemplo, advérbios (de tempo, lugar, modo, intensidade), para tornar mais precisas as descrições dos acontecimentos que narra.

2

Constrói frases simples estruturalmente correctas, quanto a: – conjugação verbal; – concordância; – ordem das palavras.

2

Articula correctamente frases, de maneira a exprimir relações diversificadas por meio de: – pronomes relativos ou advérbios (onde, em que,…); – conjunções coordenativas (copulativas, adversativas,…); – conjunções subordinativas (circunstanciais temporais; circunstanciais causais,…); – outros articuladores, nomeadamente, a pontuação.

3

Marca com letra maiúscula, no início, e com sinal de pontuação adequado, as frases ou sequências de frases que constituem uma unidade de sentido.

2

Respeita as convenções gráficas genericamente aceites relativamente a: – período; – parágrafo; – tipos de frase; – discurso directo (se tiver sido opção do aluno).

2

COTAÇÃO TOTAL

19


Desconta-se 0,5 por cada erro. Para além de 10 erros, a cotação é 0 (zero).

C

Redige um texto respeitando as regras de ortografia.

Nota: contam-se como erro de grafia as seguintes ocorrências: 4 faltas ou trocas de acentos; 4 ausências de til; 4 trocas de letras maiúsculas por minúsculas ou vice-versa. Conta-se só um erro, mesmo que haja vários erros numa palavra. Se um erro for repetido, apenas será tida em conta uma ocorrência.

5 – (0,5 x n) (n = n.o de erros)

5

Total da 2.a Parte

140

TOTAL DA PROVA:

100

111


112


Critérios de Classificação Prova de Avaliação Aferida Matemática

1.º Ciclo do Ensino Básico

113



Introdução Cada item é cotado em níveis. O nível máximo de cada item corresponde à resposta correcta. Os níveis a atribuir a cada item encontram-se do lado esquerdo, seguidos de uma descrição geral do tipo de resposta para cada nível. Só podem ser atribuídos a cada item os níveis referidos. Na quase totalidade dos casos são dados exemplos de respostas possíveis para o nível a atribuir. Estes exemplos contêm imperfeições diversas, nomeadamente do ponto de vista linguístico, dado que são respostas autênticas obtidas a partir de uma amostra de alunos, durante a aplicação experimental, realizada no ano lectivo de 1998/99. Como é evidente, os exemplos não ilustram todas as respostas possíveis. Erros gramaticais ou de escrita não devem ser tomados em consideração, a não ser que levem a uma não compreensão total da resposta.

115

PAM

3


Item 1 1

Resposta correcta: 10054

0

• Qualquer resposta incorrecta. Ou • Não responde. Ou • Assinala mais do que uma resposta.

Item 2 3

• Desenha as duas ruas, de acordo com as indicações do item, e identifica-as correctamente pelo nome. Ou • Desenha as duas ruas, de acordo com as indicações do item, e só escreve o nome de uma delas. Ou • Desenha as duas ruas, de acordo com as indicações do item, e identificaas referindo a rua que é paralela e, eventualmente, a que não é paralela nem perpendicular.

2

• Desenha as duas ruas, de acordo com as indicações do item, mas não as identifica.

1

• Desenha apenas uma rua, de acordo com as indicações do item.

0

• Qualquer resposta além das mencionadas. Ou • Não responde. Ou • Resposta ilegível.

116

4

PAM


Exemplos de Resposta ao Item 2:

Tempo Paralela

Rua do Ano

Rua do Ano

Nível 3

Rua do Século

Rua do Século

Rua do Ano

Rua do Século

Rua do Ano

Nível 2

Rua do Século

Nível 1

PAM

117

5


Item 3.1 1

Resposta correcta: Março.

0

• Não responde. Ou • Outra resposta além da mencionada. Ou • Resposta ilegível.

Item 3.2 1

Resposta correcta: 400 ou 400 garrafas.

0

• Não responde. Ou • Qualquer resposta incorrecta. Ou • Resposta ilegível.

118

6

PAM


Item 3.3 4

Resposta correcta: 600 garrafas. • Responde correctamente à pergunta. • Apresenta, ou não, o processo utilizado para obter a resposta. Ou • Não responde à pergunta de forma explícita, mas utiliza uma estratégia apropriada de resolução do problema, e há evidência de ter chegado às 600 garrafas.

3

• Utiliza uma estratégia apropriada de resolução do problema, mas comete alguns erros de cálculo. • Obtém uma solução que, não sendo correcta, também não é absurda. • Responde à pergunta, de acordo com a estratégia escolhida e com o erro cometido, ou não responde de forma explícita à pergunta.

2

• Utiliza uma estratégia apropriada de resolução do problema, mas comete alguns erros de percurso(a), que envolvem erros não exclusivamente de cálculo. • Obtém uma solução que, não sendo correcta, também não é absurda. • Responde à pergunta, de acordo com a estratégia escolhida e com o erro cometido, ou não responde de forma explícita à pergunta.

1

• Inicia uma estratégia apropriada de resolução do problema, mas não a completa de forma a responder à pergunta. Ou • Apresenta trabalho reflectindo alguma compreensão, mas revela não compreender grande parte do problema ou dos dados do problema. Ou • Utiliza uma estratégia apropriada de resolução do problema, mas não atribui a cada símbolo o valor correspondente (100 garrafas).

0

• Não responde. Ou • Utiliza uma estratégia apropriada de resolução do problema, mas, devido a erros cometidos, obtém uma solução absurda (por exemplo, superior a 2000) e não a critica. Ou • Copia os dados do enunciado e apresenta, eventualmente, algum trabalho, mas parece não ter uma compreensão global do problema. Ou • Resposta ilegível.

119 Nota: (a) Entendam-se por erros de percurso erros de cálculo ou erros derivados de copiar mal os dados da tabela ou de ignorar um dos dados da tabela. Não se considera erro de percurso quando não se atribui a cada símbolo o valor correspondente. PAM

7


Exemplos de Resposta ao Item 3.3: Nível 4

Somei as garrafas que os meninos recolheram em Janeiro, Fevereiro, Março e Abril e deu-me 1400 garrafas. Depois tirei 1400 a 2000 e deu-me 600. Eles precisavam de recolher mais 600 garrafas.

(Não responde explicitamente.) 400 + 200 + 500 + 300 = 1400 2000 – 1400 = 600

Nível 3

700 garrafas 400 + 200 + 500 + 300 = 1300 (erro de cálculo) 2000 – 1300 = 700

Nível 2

Precisam de recolher 500 garrafas. 400 + 200 + 600 + 300 = 1500 (erro de leitura da tabela)

Nível 1

(Não responde.) 400 + 200 + 500 + 300 = 1400

Precisam de recolher 1986 garrafas. 4 + 2 + 5 + 3 = 14 2000 – 14 =1986

Nível 0

1900 garrafas 2000 –100 = 1900

120

8

PAM


Item 4 2

Resposta correcta: assinala os dois números correctamente: 202 198.

1

• Assinala o primeiro número correctamente e o segundo incorrectamente. Ou • Mostra compreender a lógica de formação da sequência.

0

• Não responde. Ou • Outra resposta além das mencionadas. Ou • Resposta ilegível.

Exemplos de Resposta ao Item 4: Nível 1

202

206

(assinala o primeiro número correctamente e o segundo incorrectamente)

200

196

(mostra compreender a lógica de formação da sequência)

Item 5 3

Resposta correcta: 5 quadrados ou 5.

2

• 4 quadrados ou 4.

1

• 3 quadrados ou 3.

0

• Não responde. Ou • Outra resposta além das mencionadas. Ou • Resposta ilegível.

121

PAM

9


Item 6 5

Resposta correcta: de 6 maneiras diferentes ou 6. • Utiliza uma estratégia apropriada de resolução do problema. • Responde correctamente ao problema.

4

• Utiliza uma estratégia apropriada de resolução do problema, havendo alguma evidência de que chega às 6 maneiras diferentes. • Não responde explicitamente ao problema.

3

• Utiliza uma estratégia apropriada de resolução do problema, mas ignora uma das maneiras possíveis de a Joana se vestir e apresenta 5 maneiras diferentes. • Responde 5 maneiras diferentes ou não responde explicitamente ao problema. Ou • Utiliza uma estratégia apropriada de resolução do problema, mas ignora uma das camisolas e apresenta 4 maneiras diferentes de a Joana se vestir. • Responde 4 maneiras diferentes ou não responde explicitamente ao problema.

2

• Utiliza uma estratégia apropriada de resolução do problema, mas apresenta apenas 4 maneiras diferentes de a Joana se vestir, nas quais estão presentes todas as peças de vestuário referidas no enunciado. • Responde 4 maneiras diferentes ou não responde explicitamente ao problema.

1

• Desenvolve trabalho reflectindo alguma compreensão, havendo evidência de que compreende que tem de combinar as peças de vestuário; contudo, revela não compreender grande parte do problema ou dos dados do problema. Ou • Responde correctamente, sem apresentar uma explicação compreensível ou sem apresentar uma explicação.

0

• Não responde. Ou • Apresenta simplesmente uma resposta incorrecta. Ou • Copia os dados do enunciado e apresenta, eventualmente, algum trabalho, mas parece não ter qualquer compreensão do problema. Ou • Resposta ilegível.

122

10

PAM


Exemplos de Resposta ao Item 6: Nível 5

De 6 maneiras diferentes. Eu encontrei a resposta a pôr a saia vermelha com a camisola amarela, e outra verde, e outra preta. E no outro pus a saia azul com uma camisola amarela, uma verde e outra preta.

A Joana pode vestir-se de 6 vezes. Vi nas saias quantas camisolas podia vestir.

A Joana pode vestir-se de 6 maneiras diferentes. Primeiro pensei, depois fiz a conta 3 × 2 = 6, porque não se pode vestir duas saias ao mesmo tempo, mas pode-se vestir uma saia e uma camisola.

Nível 4

(Não responde explicitamente.) verde

amarela

preta

verde

amarela

preta

vermelha

vermelha

vermelha

azul

azul

azul

Nível 3

De 5 maneiras diferentes. vermelha

verde

(erro na elaboração do esquema)

amarela azul

preta

De 4 maneiras diferentes. (Responde de acordo com o facto de não ter considerado uma das camisolas.) vermelha

amarela

azul

verde

123

Nível 2

PAM

Camisola verde e saia azul, saia vermelha e camisola amarela, saia vermelha e camisola preta, saia azul e camisola preta.

11


Nível 1

A Joana pode vestir-se de 2 maneiras diferentes, porque tem 2 saias para duas camisolas e assim resta uma camisola.

A Joana pode vestir-se de 3 maneiras diferentes. Eu encontrei a resposta porque a Joana comprou uma saia azul e outra vermelha, uma camisola amarela, outra verde e outra preta. Pode vestir-se 3 vezes.

Nível 0

A Joana pode vestir-se de 5 maneiras diferentes. Contei as saias e as camisolas.

De 5 maneiras. amarela

+

verde

+

preta

+

vermelha

+

azul

= 5

Item 7 4

Resposta correcta: uma das seguintes: 3980, 3982, 3984 ou 3986. (Embora se peça só um número, se o aluno indicar mais do que um número, não deverá ser penalizado.)

3

Indica um ou mais números que obedecem à primeira condição (estar entre 3960 e 4000) e apenas a duas das restantes condições.

2

Indica um ou mais números que obedecem à primeira condição (estar entre 3960 e 4000) e apenas a uma das restantes condições.

1

Indica um ou mais números que obedecem apenas à primeira condição (estar entre 3960 e 4000).

0

• Não responde. Ou • Outra resposta além das mencionadas. Ou • Resposta ilegível.

124

12

PAM


Item 8 (Figura B) 2

Resposta correcta: 6 ou 6 quadrados ou 6

1

• Responde 6 considerando outra unidade de medida que não a estabelecida (exemplo: 6 cm2).

0

• Não responde. Ou • Outra resposta além da mencionada. Ou • Resposta ilegível.

Item 8 (Figura C) 2

Resposta correcta: 8 ou 8 quadrados ou 8

1

• Responde 8 considerando outra unidade de medida que não a estabelecida (exemplo: 8 cm2).

0

• Não responde. Ou • Outra resposta além da mencionada. Ou • Resposta ilegível.

125

PAM

13


Item 9 Resposta correcta: 36 passos ou 36.

4

• Responde correctamente. • Explica adequadamente como chegou à resposta, fazendo referência a que o comprimento do passo do filho é metade do passo do pai ou que o comprimento do passo do pai é o dobro do passo do filho e, por isso, o filho dá o dobro dos passos do pai. 3

• Responde correctamente. • Apresenta uma explicação incompleta.

2

• Responde correctamente. • Não explica a resposta ou não apresenta uma explicação compreensível.

1

• Indica qualquer número entre 19 e 60 (à excepção de 36). • Dá uma explicação adequada, fazendo referência a que o passo do filho é menor do que o do pai e, por isso, o filho dá mais passos.

0

• Não responde. Ou • Apresenta uma resposta incorrecta e não dá uma explicação adequada. Ou • Resposta fora do intervalo referido no nível 1. Ou • Resposta ilegível.

Exemplos de Resposta ao Item 9: Nível 4

36 passos. O passo do filho é metade do pai. Por isso fiz 18 × 2 = 36 e deu-me o número de passos que o filho deu.

Sempre que o pai dá um passo o filho dá dois, por isso o filho dá 36 passos.

Nível 3

36. Fiz 18 + 18 = 36 e fiquei a saber quantos passos dá o filho.

Nível 2

36 passos. O pai é maior que o filho.

Nível 1

126

20 passos. O filho é mais pequeno que o pai e tem que dar mais passos.

Nível 0

14

20 passos.

PAM


Item 10 5

Resposta correcta: 3,75 litros ou 3,75. • Utiliza uma estratégia apropriada de resolução do problema. • Responde correctamente à pergunta ou não responde explicitamente à pergunta, mas há evidência de ter chegado aos 3,75 litros.

4

• Utiliza uma estratégia apropriada de resolução do problema. • Apresenta uma resposta em decilitros, ou noutra unidade de medida que não o litro, ou responde 37,5, ou não responde explicitamente à pergunta, mas há evidência de ter chegado a 37,5.

3

• Utiliza uma estratégia apropriada de resolução do problema, mas comete erros de percurso(a). • Apresenta uma resposta de acordo com a estratégia escolhida e com o erro cometido, mas nunca superior a 15 litros nem inferior a 1,25 litros, ou não responde explicitamente ao problema, mas há evidência de ter chegado a uma solução entre 1,25 litros e 15 litros.

2

• Utiliza uma estratégia apropriada de resolução do problema, mas comete erros de percurso(a). • Apresenta uma resposta de acordo com a estratégia escolhida e com o erro cometido, mas superior a 15 litros ou inferior a 1,25 litros, ou não responde explicitamente ao problema, mas há evidência de ter chegado a uma solução superior a 15 litros ou inferior a 1,25 litros. Ou • Responde 3,75 litros ou 3,75, sem apresentar uma explicação compreensível ou sem apresentar uma explicação.

1

• Inicia um processo apropriado para obter a resposta, mas não o completa de forma a responder à pergunta. Ou • Responde 37,5 dl ou 37,5, sem apresentar uma explicação compreensível ou sem apresentar uma explicação.

0

• Não responde. Ou • Apresenta simplesmente uma resposta incorrecta. Ou • Copia os dados do enunciado e desenvolve, eventualmente, algum trabalho, mas parece não ter qualquer compreensão do problema. Ou • Resposta ilegível.

127 Nota: (a) Entendam-se por erros de percurso erros de cálculo, derivados de copiar mal os dados do problema ou cometidos na conversão das unidades de capacidade.

PAM

15


Exemplos de Resposta ao Item 10: Nível 5

A Teresa teve de preparar 3,75 litros. 7,5 × 5 = 37,5

(Não responde explicitamente.) 5 + 5 + 5 = 15 12,5 + 12,5 + 12, 5 = 37,5

3,75

Nível 4

2,5 × 15 = 37,5 A Teresa preparou 37,5 dl de sumo.

(Não responde ao problema de forma explícita.) 5 × 5 = 25 25 + 12,5 = 37,5

Nível 3

Teve de juntar 3,55 litros. 2,5 × 15 = 35,5 (erro de cálculo)

Nível 2

15,25 litros. 2 × 12,5 = 140 (erro de cálculo) 140 + 12,5 = 152,5

Nível 1

Para encher 5 copos gasto 12,5 dl. Se encher outros 5 copos gasto mais 12,5 dl.

Nível 0

12,5 + 5 = 17,5 A Teresa gastou 17,5 l.

128

16

PAM


Item 11 É pedido ao aluno que pinte os triângulos, mas qualquer forma de os assinalar deverá ser considerada correcta (exemplos: uma cruz dentro de cada triângulo, ou uma bola à volta de cada um dos triângulos). 3

Assinala os três triângulos correctamente e não assinala mais nenhuma figura.

2

Assinala apenas dois triângulos correctamente e não assinala mais nenhuma figura.

1

Assinala apenas um triângulo correctamente e não assinala mais nenhuma figura.

0

• Outra resposta além das mencionadas. Ou Não responde. Ou • Resposta ilegível.

Item 12 1

Resposta correcta: 0,4

0

• Qualquer resposta incorrecta. Ou • Não responde. Ou • Assinala mais do que uma resposta.

129

PAM

17


Item 13 5

Resposta correcta: 6 instrumentos musicais ou 6. • Utiliza uma estratégia apropriada de resolução do problema. • Responde correctamente ao problema.

4

• Utiliza uma estratégia apropriada de resolução do problema e há evidência de ter chegado aos 6 instrumentos musicais. • Não responde ao problema de forma explícita.

3

• Utiliza uma estratégia apropriada de resolução do problema, mas comete alguns erros de percurso(a). • Responde ao problema de acordo com a estratégia escolhida e com o erro cometido. Ou • Dá uma explicação incompleta, mas o trabalho apresentado revela compreensão do problema. • Responde correctamente ao problema.

2

• Utiliza uma estratégia apropriada de resolução do problema, podendo cometer, ou não, alguns erros de percurso(a). • Não responde ao problema.

1

• Apresenta trabalho reflectindo alguma compreensão, mas revela não compreender grande parte do problema ou dos dados do problema. Ou • Responde correctamente ao problema, sem apresentar uma explicação compreensível ou sem apresentar uma explicação.

0

• Não responde. Ou • Apresenta simplesmente uma resposta incorrecta. Ou • Copia os dados do enunciado e desenvolve, eventualmente, algum trabalho, mas parece não ter qualquer compreensão do problema. Ou • Resposta ilegível.

130 Nota: (a) Entendam-se por erros de percurso erros de cálculo ou derivados de copiar mal os dados do problema.

18

PAM


Exemplos de Resposta ao Item 13: Nível 5

Pode fazer 6 instrumentos musicais porque 6 é o número mais pequeno dos resultados. 25 4

15

2

(Desenha 6 instrumentos musicais e responde correctamente ao problema.)

Consegue fazer 6 instrumentos musicais.

Podem-se formar 6 instrumentos musicais e sobram 2 tábuas, 1 carica e 3 pregos. Dividi 25 por 4 e deu-me 6. Diminuí 6 de 8. Multipliquei 6 por 2.

Nível 4

(Desenha 8 instrumentos musicais, 6 completos e os restantes incompletos, de acordo com os dados do problema, mas não responde explicitamente.)

131

PAM

19


Nível 3

Pode fazer 5 instrumentos musicais, porque assim não sobra nenhum prego. 25 1

4 6

10 2 0 5

(erro devido a copiar mal os dados do problema)

(Explicação incompleta.) O grupo da Joana pode fazer 6 instrumentos musicais. Contei e vi que sobram 2 tábuas, 3 pregos e 1 carica.

Nível 2

(Não responde e não evidencia ter chegado aos 6 instrumentos musicais, embora utilize uma estratégia apropriada de resolução do problema.) 6 ×4 24

8 ×1 8

7 ×2 14

Nível 1

Pode construir 6 instrumentos musicais.

Dá para 8 instrumentos musicais. Eu cheguei à minha resposta porque há 8 tábuas.

Foram precisos 7 instrumentos. Primeiro dividi o 25 por 4. 25 : 4 = 6

25 1

4 6

Juntei o 6 com o 1 e ficou 7. Depois dividi o 8 pelo 1. 8:1=8

8 0

1 8

Depois dividi o 15 pelo 2. 15 : 2 = 7

132

15 1

2 7

Nível 0

20

48 instrumentos de música. 25 + 8 + 15 = 48

PAM


Item 14 1

Resposta correcta: 8 de Junho

0

• Qualquer resposta incorrecta. Ou • Não responde. Ou • Assinala mais do que uma resposta.

Item 15 4

Dá uma descrição que caracteriza completamente o cubo, sem nunca utilizar a palavra cubo.

3

• Dá uma descrição que caracteriza completamente o cubo, mas utiliza a palavra cubo. Ou • Dá uma descrição que caracteriza completamente o cubo, mas utiliza uma linguagem não completamente correcta do ponto de vista da linguagem matemática.

2

Indica duas ou mais características do cubo, mas que não o definem por completo.

1

Indica apenas uma característica do cubo.

0

• Não responde. Ou • Resposta incorrecta. Ou • Resposta ilegível.

Exemplos de características possíveis de serem mencionadas pelos alunos:

PAM

Tem 6 faces. É formado por quadrados. Tem 8 vértices. Tem 12 arestas. Tem faces paralelas. Tem faces todas iguais. …

133

21


Exemplos de Resposta ao Item 15: Nível 4

As faces são todas iguais e são quadrados, diz lá que figura é?

Eu diria que é um sólido com 6 faces todas iguais e as faces eram todas quadrados.

Nível 3 (incorrecções na linguagem matemática)

Tem 6 lados todos iguais e quadrangulares, se cada lado tiver 1 dm é 1 dm3. É como o dado. Adivinhaste?

É parecido com uma caixa de giz, é como um dado. Tem os lados todos quadrangulares e todos iguais. Adivinhas o que é?

Nível 2

− Olá Clarisse. − Sim, quem fala? − É a Ivone. Clarisse vais descobrir um sólido que eu vou dizer. Tem 6 lados, 12 arestas e 8 vértices, que sólido é?

Nível 0

− Olá, é um sólido parecido com um quadrado, mas não é um quadrado, começa pela letra C.

134

22

PAM


Item 16 3

Resposta correcta: Assinala correctamente todos os múltiplos de 6 da tabela. 1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

20

21

22

23

24

25

26

27

28

29

30

31

32

33

34

35

36

37

38

39

40

41

42

43

44

45

46

47

48

49

50

51

52

53

54

55

56

57

58

59

60

61

62

63

64

65

66

67

68

69

70

71

72

73

74

75

76

77

78

79

80

2

• Revela ter a noção de múltiplo de 6, mas erra, ou não assinala, no máximo, três múltiplos de 6.

1

• Revela ter a noção de múltiplo de 6, mas erra, ou não assinala, no máximo, cinco múltiplos de 6.

0

• Não responde. Ou • Revela não ter a noção de múltiplo de seis. (Exemplo: assinala os números 6, 16, 26, 36, 46, 56, 66, 76, 86 e 96.) Ou • Assinala os números de forma ilegível.

135

PAM

23


Item 17 4

Resposta correcta: 3,5 kg (ou outra equivalente). • Responde correctamente à pergunta. • Apresenta, ou não, uma estratégia apropriada de resolução do problema, podendo cometer, ou não, alguns erros de percurso(a). Ou • Utiliza uma estratégia apropriada de resolução do problema e há evidência de ter chegado aos 3,5 kg. • Não responde à pergunta de forma explícita.

3

• Utiliza uma estratégia apropriada de resolução do problema. • Responde à pergunta sem mencionar a unidade de medida, ou não responde explicitamente à pergunta, mas há evidência de ter chegado aos 3,5.

2

• Utiliza uma estratégia apropriada de resolução do problema, mas comete alguns erros de percurso(a) . • Responde à pergunta, de acordo com a estratégia escolhida e com o erro cometido. • Revela ter a noção da grandeza dos números com que está a trabalhar.

1

• Inicia uma estratégia apropriada de resolução do problema, mas não a completa de forma a descobrir a solução do problema. Ou • Apresenta trabalho reflectindo alguma compreensão, mas revela não compreender grande parte do problema ou dos dados do problema. Ou • Utiliza uma estratégia apropriada de resolução do problema, mas revela não ter a noção da grandeza dos números com que está a trabalhar.

0

• Não responde. Ou • Apresenta simplesmente uma resposta incorrecta. Ou • Copia os dados do enunciado e desenvolve, eventualmente, algum trabalho, mas parece não ter qualquer compreensão do problema. Ou • Resposta ilegível.

136 Nota: (a) Entendam-se por erros de percurso erros de cálculo ou de leitura da escala das balanças.

24

PAM


Exemplos de Resposta ao Item 17: Nível 5

O cão pesa 3,5. (Não menciona a unidade de medida.) 1,5 + 1,5 = 3 6,5 – 3 = 3,5

(Não responde de forma explícita e não menciona a unidade de medida.) 1,5 + 1,5 = 3 3,5 + 3 = 6,5

Nível 2

O cão pesa 3 kg 1,5 + 1,5 = 3 6–3=3

(erro devido a má leitura da escala)

O cão pesa 5 kg 1,5 + 1,5 = 3 kg 6,5 – 1,5 = 5

(erro de percurso)

Nível 1

(Inicia uma estratégia apropriada de resolução do problema, mas não a completa.) 1,5 + 1,5 = 3

O cão pesa 7,5 kg. 1,5 + 1,5 = 4 4 – 6,5 _____________ 7,5

(erro de cálculo) (Revela não ter a noção da grandeza dos números com que está a trabalhar.)

O cão do Pedro pesa 5,5 kg 1,5 + 1,5 = 2 2 – 6,5 (Revela não ter a noção da grandeza dos _____________ números com que está a trabalhar.) 5,5

7,5 – 1,5 = 6 O cão pesa 6 kg

(Desenvolve trabalho reflectindo alguma compreensão.)

137

Nível 0

PAM

Pesa 9 kg. 6,5 + 1,5 + 1,5 = 9

25


Item 18 1

As respostas correctas possíveis são: 39 + 27 = 66 27 + 39 = 66 39 + 94 = 133 94 + 39 = 133

0

• Outra resposta além das mencionadas. Ou • Não responde. Ou • Resposta ilegível.

Item 19 2

• Escreve correctamente os nomes das meninas nas placas respectivas. Ou • Escreve correctamente o nome das meninas, mas apenas em três placas.

1

• Escreve correctamente as alturas das meninas nas placas respectivas. Ou • Escreve correctamente as alturas das meninas, mas apenas em três placas.

0

• Não responde. Ou • Escreve apenas um ou dois nomes, ainda que nos lugares correctos. Ou • Resposta ilegível.

138

26

PAM


Item 20 2

Resposta correcta: 20 quadrados pequenos ou 20.

1

• Revela compreender a lógica de formação da sequência, mas não responde à pergunta. Ou • Desenha correctamente a figura seguinte do padrão.

0

• Não responde. Ou • Outra resposta além das mencionadas. Ou • Resposta ilegível.

Exemplos de Resposta ao Item 20: Nível 1

(Revela compreender a lógica de formação da sequência.)

Figura 1

Figura 2 Figura 3

+5 5

10

+5 15

(Desenha correctamente a figura seguinte do padrão.)

139

PAM

27


Item 21 3

Resposta correcta: qualquer valor entre 10,9 cm e 11,1 cm (o comprimento poderá estar expresso noutra unidade de medida, por exemplo 110 mm).

2

Mede correctamente o lápis mais comprido, mas não indica a unidade de medida, ou indica-a incorrectamente. (Exemplo: 11 ou 10,9 mm.)

1

Mede correctamente o lápis branco. Nota: A um valor entre 8,9 cm e 9,1 cm deverá ser atribuído o nível 1, mesmo que o aluno não indique a unidade de medida ou que a indique incorrectamente.

0

• Não responde. Ou • Outra resposta além das mencionadas. Ou • Resposta ilegível.

140

28

PAM


Item 22 As várias figuras possíveis de serem formadas com os 4 quadrados e 20 cm de perímetro são as seguintes:

5

Resposta correcta: Desenha duas ou mais figuras diferentes, nas condições do problema, e não desenha figuras que não obedeçam às condições estabelecidas no problema(a).

4

Desenha apenas uma figura, nas condições do problema, e não desenha figuras que não obedeçam às condições estabelecidas no problema(a).

3

Desenha duas ou mais figuras diferentes, nas condições do problema, mas, além disso, desenha figuras que só obedecem a uma das condições estabelecidas no problema(a).

2

Desenha uma figura nas condições do problema mas, além disso, desenha figuras que só obedecem a uma das condições estabelecidas no problema (a).

1

• Desenha uma ou mais figuras formadas com os 4 quadrados, mas que não têm 20 cm de perímetro. Ou • Revela compreender a noção de perímetro, desenhando uma ou mais figuras com 20 cm de perímetro, mas nenhuma formada pelos quatro quadrados.

0

• Não responde. Ou • Desenha outra figura além das mencionadas.

141 Nota: (a) As figuras que não obedecem às condições do problema são as figuras que não têm 20 cm de perímetro ou que não são formadas pelos 4 quadrados. Todas as figuras que obedecem às condições do problema estão representadas na figura acima. PAM

29


Exemplos de Resposta ao Item 22: Nível 3

Nível 2

Nível 1

142

30

PAM



escolaridade nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática, têm como principal objectivo fornecer à comunidade – e, em especial, às escolas e aos professores – informação sobre aspectos mais e menos conseguidos das

RELATÓRIO NACIONAL

aprendizagens dos alunos, com o propósito de contribuir para uma melhoria dessas aprendizagens. Constituindo um elemento útil para o processo global de avaliação das aprendizagens, estas provas não devem, no entanto, ser confundidas com esse processo. Diversos aspectos centrais das aprendizagens não podem ser avaliados através de provas deste tipo, devido à sua própria natureza e ao seu carácter não contextualizado e uniforme. Neste sentido, as provas não substituem nem dispensam o recurso a uma variedade de modos e instrumentos de avaliação, por parte das escolas e dos professores, que prestem justiça à variedade e à natureza dos diversos objectivos curriculares. ISBN-972-742-138-5

PROVAS DE AFERIÇÃO DO ENSINO BÁSICO 4.o ANO – 2000 LÍNGUA PORTUGUESA MATEMÁTICA

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pela primeira vez em 2000 pelos alunos do quarto ano de

PROVAS DE AFERIÇÃO DO ENSINO BÁSICO 4.o ANO – 2000

As provas nacionais de aferição do ensino básico, realizadas


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