Revista Profashional_86+87

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edição

DUPLA

sarah jessica parker

86+87

It-woman Profashional Editora | R$ 5,90 | 2010 | Profashional.com

ano

08

Redescubra-se e seja uma poderosa

Tule para bailarinas modernas Brasil, mostra a sua cara (fashion) De médico, pinóquio e louco, todo mundo tem um pouco

Alice in the new wonderland!



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profashionaleditora Profashional Sandra Teschner Editora Profashional Sandra Teschner rprofashional SandraTeschner


sc ri p t

“Ser capitã desse mundo, poder rodar sem fronteiras, viver um ano em segundos, não achar sonhos besteira. Me encantar com um livro, que fale sobre vaidade. Quando mentir for preciso, poder falar a verdade”

Ao ser confrontada com a decisão sobre o tema que encabeçaria meu editorial, tive duas certezas (nunca absolutas!): falaria sobre poder pessoal ou sobre as coisas simples da vida. Porque esses temas centralizam nosso momento profashional, não resumem nada, mas extraem poesia do nosso cotidiano e mostram o nosso tempo como ele é. Acabei optando pela capitã desse mundo, mas já que ela não acha sonhos besteira, está tudo em sincronia. Ajudou também a frase pitoresca de um amigo: “Somente uma mulher poderosa pode abusar da simplicidade e, por exemplo, comer um milho cozido com Coca Zero em frente a uma rodoviária”. Diverti-me bastante e lembrei que encaro sem problema algum um milhozinho no Largo da Batata em Sampa.

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FotoS : Dio Jaguarível/Dorival Zucatto

(Maria Gadu)


“Somente uma mulher poderosa pode abusar da simplicidade (...)” Dr. Mc Fab Poderosa ou boazinha? Clichê de expressão que intitula o livro da autora americana Scherry Argove que acabou sendo a pitadinha de sal para a minha palestra no Fórum de Moda de Curitiba: “Poder pessoal? Sucesso Profissional!” E ao invés de dar pano pra manga, virou matéria de capa escrita por Dio Jaguarível que debuta nesse job de papel principal. Mais? A nossa musa ‘Sex and the City’ Carrie Bradshaw, ou será Sarah Jessica Parker, estampa a edição com muita oncinha... E a coisa foi adiante. A Profashional vive um processo transmídia, vai além do impresso, do site, do blog, das redes sociais. Conecta de fato um ponto ao outro, retroalimentando os canais e tirando deles sua melhor comunicação. Amigos profashionais facebookers postam na revista de bolsa e imprimem suas ideias num mundo cada vez mais volátil. Amamos tudo isso.

“Eu quero tudo que há O mundo e seu amor Não quero ter que optar Quero poder partir Quero poder ficar Poder fantasiar” (Marina Lima)

Costumo dizer que a única coisa que nunca muda é a mudança e ando sedenta dela, minha personalidade ariana, ou simplesmente minha pessoa, necessita da mutação, é o espinafre do meu alter ego – Popeye, a capa da Mulher Maravilha. Protege-me e me faz delirar (vamos combinar que a Wonder Woman é um delírio). Adoro ver a roda girar e ser parte dela. Encontrar o que virá, tirar do antigo sua essência e dar continuidade ao movimento. Sempre novo, mas embasado, contemporâneo e por consequência: Vivo! O poder está nas mãos de quem sabe quem é. E por se saber, entende do que gosta, o que deseja da vida e dos instantes dela. Convive bem

consigo mesmo, porque é uma boa companhia também para si próprio. Assim entende também que o outro é livre para ter seus próprios gostos e, quando estes convergem com os seus, é uma troca gostosa e dinâmica e quando não, respeita as diferenças e pronto. Ninguém ganha sempre e conviver bem com as adversidades é um poder a ser conquistado. Não há receita pronta, mas há um conselho útil e verdadeiro: Descubra-se e be happy! Beijo gigagrande!

Sandra Teschner Publisher sandra@revistaprofashional.com.br orkut e facebook: sandra teschner twitter.com/sandrateschner www.revistaprofashional.com/blog

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bastidores

Party everyday La vie eN Rose... foi esse o clima do aniversário da nossa publisher

árie

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Sandra Teschner, que ganhou uma festa surpresa profashionalizada! Sandra se divertiu com a decoração inspiradora

Equipe Profashional

Um painel de fotos, pratos cor-de-rosa e guardanapos de oncinha deram um toque especial à celebração

Bolo de bem-casado e docinhos deixaram a festa acurada e com gostinho de quero mais

Daniel Jaguarível, Kai Hrebabetzky, Maria Fernanda Sales, Sandra, Mika e Sebastian Teschner e Dio Jaguarível brindam à vida! Todos de champagne Pink e Maria Fernanda de guaraná

Monique Melo, Sandra, Kity Barretto e Dio

O mundo cor-de-rosa com toques de Barbie teve a protagonista do evento com um look rock’n’roll

A aniversariante entre Kai e Daniel prova que filhos podem ser de sangue e de coração


árie

e na bahia, a alegria goes on!

s

Famíla reunida numa tarde de domingo com a brisa batendo no rosto. Este foi o cenário para a celebração de Jerônimo Sales, pai profashional de Gabriel e Sandra. Barquinho em descanso

Ciça, Jerônimo, Lúcia e Marco André Sales

Almoço no antigo recanto Hippie: Arembepe. Uma pedida calma para os domingos

Marquinho Sales, o jovem campeão tenista com o avô Ciça e Sandra Teschner com a proteção de todos os santos

Fotos: arquivo pessoal de sandra teschner

“Ade” Salles

O empresário baiano Francisco Salles Neto dá carinho a seu tio


aquela que nasceu num dia profashional que ventava

áries

Entre família, amigos e muito sorriso, Maria Fernanda Barretto Sales brilhou em sua festa de aniversário. Nini, como é carinhosamente chamada por nós, mostrou que sua alegria de viver é contagiante.

A graça da aniversariante

Família reunida: Gabrielzinho Sales, Waldelice, Kity e José Fernando Barretto, Gabriel e Lucia Sales “dengaram” a pequena Maria Fernanda

Nossa publisher aproveitou o dia para cantar e girar com sua Nini no colo

O que é que a gente não faz por amor?

A mesa com o tema Discovery Kids era puro charme

O pai coruja voltou à infância e se divertiu com sua filha

“Eu sou assim, essa é a minha condição”

Teatrinho infantil: afinal de contas a família profashional ama cultura e o teatro tem de fazer parte da vida desde pequeno


Dio Jaguarível entre 2 amores, Dani Jaguarível e Mika Siebmann

Kai Hrebabetzky, Monique e Felipe Melo, que também é afilhado de nossa publisher

Mika e Sandra Teschner A aniversariante e a tia Débora Barretto

Léa Marinho exibindo Lucca, que chegou ao mundo no fechamento desta edição

Gabriel, Kity, tia Nena, Pedrinho e Sonia Kassabian Nossa publisher em look pretinho nada básico

Carlos Raimar e Guilherme Schoeninger

Fotos: dorival zucatto

Lembrancinha mega “profashionalizada” Dio, Edione Schoeninger, Sandra e Jaqueline Carneiro


médico de casa faz milagres nos corações Eta família de arianos! “Deco” Sales comemora com os pais e colegas de salvações!

áries

As queridas: Luciana, Dinair, Danivia, Luciane, Eliana e dra. Naide abraçadas pelo dr. Marco André Sales Com o pai e a mãe Jerônimo e Lúcia Sales O aniversariante entre os doutores Mozart Cardoso e Fernando Milton

aniversário de dio jaguarível e mika siebmann Dio, Sandra e Evelin Vollmer

áries

Dio recebe o carinho de sua melhor amiga, Sandra Teschner Na pizzaria Bendita Hora, o tempo em destaque no fashionismo do aniversariante

Mika Siebmann, Gabriel Sales, Kai Hrebabetzky e Daniel Jaguarível

Fotos: arquivo pessoal de sandra teschner/ marco andré sales

A alemã, Romina Klöpsch, Sandra, Kity Barretto e Dio


em jurerê internacional Os aniversariantes Rafaela e Giuliano Donini receberam um petit comitê para celebrarem mais aninhos! O resultado não poderia ser outro: muito charme e diversão! Diego Brandenburg, Giuliano, Giorgio e Rafaela Donini com Paulo Demo

aquário

Sr. Chiquinho e dona Luzdalva Moraes com a filha Rafa

Beto Bauer, Giuliano e Rui Hess Sandra Teschner e Vicente Donini, amigos de longa data

Sandra e Rafa

Carlos Arizi e Vione

Florilda Donini, Sandra e Kity Barretto

Ana Demo, Rafa e Gisele Donini, Fran Brandenburg Brisa do Sena: Giuliano e Gabriel Sales, maratonistas e friends

Lígia Hess, Andrea Bauer, Rafa e Rosana Fiedler Buerger

peixe

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O Paraná na moda

A publisher Sandra Teschner foi a convidada de abertura da 17ª edição do Fórum de Moda do Paraná. Sua palestra “Sucesso Profissional? Poder Pessoal” lotou o auditório e emocionou a todos. Fotos feitas carinhosamente por Larissa Tanaka/PIX Photo

Dionéia Mendes apresenta a palestrante do dia

Margareth Cabral, representante de moda da Itália

Participantes ouvem atentos

Sandra entre a designer de joias, Maria Ignez Simões e a organizadora do evento, Dionéia

As jovens jornalistas Betina e Katherine Dalçoquio

O empresário italiano Domenico Pratico

As palavras enfeitadas de conhecimento e emoção de nossa poderosa publisher fizeram com que todos revissem seus conceitos


Ronaldo Fraga no ar! O estilista e amigo Profashional esteve com intensidade em nosso mundo nos últimos tempos. Sabe o que isso significa? Que amamos o seu jeito de ser, pensar e criar cada vez mais. Escolhemos o desfile do SPFW de Ronaldo Fraga para ilustrar nossa edição de aniversário. Simbolizamos o rosto invertido com o nosso, numa grande corrente do bem!

As flores no fim do desfile caíram em seus braços como ela traduziu: “Todo o momento ‘Ronaldo’, foi de puro carinho”

Revista Piccadilly

Ronaldo e seu desfile marcante no SPFW

Foto: agência fotosite – marcelo soubhia

Ei amiga que honra estar na capa da sua revista!!!! ADOREI TUDO, ficou lindo. Beijo e terno abraço, Ronaldo

Foto: arquivo pessoal de ronaldo fraga para divulgação

Fotos: arquivo pessoal de sandra teschner

As amigas, Sandra Teschner, Dania e Cristine Grings


IN(terior)

de sampa

Joanópolis:

Redescobrimos o charme interiorano. Cidade do lobisomem, cachoeira cheia de charme, simplicidade chic!

Paisagem id ílica (se não fosse pelo fio alta tensão... de )

Fotos: arquivo pessoal de sandra teschner

Em clima interior!

amor sa com Uma ro

Dio Jaguarível e o lobisomem

Mika Siebmann e Dio. Diferença de tamanhos explícita

Chita com ba bado, belo vaso e lindas flores


embu das artes:

A cidade é conhecida por seu artesanato. Um passeio por lá é um mergulho em décadas passadas com frescor moderninho, iguarias saborosíssimas, recantos charmosos! Adoramos sempre!

rua azulejo na Parede de

Empório São Pedro

Café do Empório São Pedro. Dio se sentiu em casa!

Viela c harm

osa

Na próxima edição, queremos publicar as suas experiências no interior. Fale conosco! revista@revistaprofashional.com.br www.editoraprofashional.blogspot.com sandra teschner | editora profashional twitter.com/rprofashional

Empanadas na pracinha principal

co... dá... lou casa só ta s e “N ...” s outros uns pelo


Profashional Editora Ltda.

Av. Jandira, 843 | Moema | CEP 04080-005 | São Paulo | SP Tel.: (11) 5051-4084 www.profashional.com | editora@profashional.com

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Publisher e Editora:

Sandra Teschner sandra@revistaprofashional.com.br

Diretor Administrativo Financeiro: Gabriel Sales

Jornalista Responsável:

Livro Guirlanda Livro Um poeta fazendo arte cliente: Instituto Center Norte cliente: Alcateia

Livro Gangue Dix cliente: Colgate e Drogaria São Paulo

Pocket Book de desfile Livro Sanletrando cliente: Shopping Center Norte cliente: Profashional

Livro A menina que contava cliente: Profashional

Marisa Abel - MTB 39.214 marisa@profashional.com

Coord. Jornalismo:

Adriana Rosa - MTB 47337

Editoria de Comportamento: Mirella Stivani

Novas Ideias: Julia Moraes

Conselho Editorial:

Carol Garcia, Daniela Rodrigues, Diana Galvão, Florilda Donini, Gilson Martins, Giuliano Donini, Marisa Abel, Rafaela Donini, Raquel Valente, Regina Blessa, Rogério Oliveira, Sandra Teschner e Walter Rodrigues

Jornalistas:

Dio Jaguarível e Maria Helena Bellini

Direção de Design: Flávia Matsunaga

Edição de Arte: Alice Hecker

Designers Gráficos:

Claudia Carvalho, Danielle Lima, Fernando Nunes e Patricia Velez

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Ricardo Cerdan de Campos e Kai Hrebabetzky

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Coordenação: Fernanda Cordeiro Produção: Julia Moraes Assistência: Nayara Diniz

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Site Zanotti cliente: Zanotti

Patricia Velez

Site próprio cliente: Profashional Editora

Marketing: Thays Panar

Atendimento ao Cliente:

Tahis Papeckys – tahis@profashional.com

Revisão:

Maria Elisa Albuquerque

Impressão: IBEP

Colaboraram nesta Edição:

Ana Cláudia Dantas, Antonio Naud Júnior, Daniela Rodrigues, Fabrício Nascimento, Kay Hrebabetzky, Luiz Carlos Cruz, Monique Melo e Regina Blessa

Para anunciar:

Márcia Souza comercial@profashional.com

Para assinar e solicitar edições anteriores: assinatura@revistaprofashional.com.br

Os artigos assinados são de inteira responsabilidade dos autores e não representam a opinião da Editora nem da Revista. É permitida a reprodução desde que previamente autorizada, com crédito à fonte. Editora filiada à

Profashional Editora, a mais premiada, em 2009, no Prêmio Anatec de Mídia Segmentada

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Revista própria cliente: Profashional Editora

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Amei a capa da edição de aniversário. Ronaldo Fraga é um estilista sensacional e muito criativo. Toda vez, surpreende com suas criações. Ele tem tudo a ver com a Profashional. E vice-versa. Sandra Lee São Paulo – SP

Palestra Estava no XVII Fórum de Moda e pude assistir à palestra da Sandra Teschner “Sucesso Profissional? Poder Pessoal”. Gostei muito, ela explicou sobre como agarrar as oportunidades, e aproveitar o nosso tempo. Helena Salgado Curitiba – PR

Recados para a c h e fa s h i o n v i a Facebook

Muito bacana a ideia da fitinha do Senhor do Bonfim! Parabéns pelos sete anos de revista! Beijos para toda equipe da editora! Muito sucesso a todos! Beijos, Janaina Pereira Santo André – SP A edição especial da Profashional está maravilhosa. Parabéns! Abraço bom. Antonio Nahud Júnior São Paulo – SP Recebi a edição especial de aniversário! Parabéns! A revista está linda, sempre “profashional”. Forte abraço. Paulo Pandjiarjian São Paulo – SP Com certeza, esses são apenas os primeiros anos de muitos anos de sucesso da Profashional. A revista é um marco no mercado editorial e ainda vai fazer “muito barulho”! Abraços, Rubens de Oliveira Santos – SP

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Parabéns Profashional Tenho acompanhado alguns trabalhos da editora e o que sempre me chama atenção, além do conteúdo descontraído, são as cores e o charme da parte gráfica da revista Profashional, que são extremamente convidativos. Fui à uma loja de sapatos e ganhei uma revista Piccadilly, achei muito legal poder ver de perto a expansão e o território que a editora está alcançando. Um trabalho feito com tanta dedicação e capricho só podia resultar em sucesso e mais sucesso! Grande abraço, Joana Gonçalles Gaspar São Paulo – SP

O tempo é realmente seu amigo e companheiro, tem feito muito bem a você. É claro que você faz a sua parte (alimentação light, exercícios, protetor solar etc.), porém, acho que o mais importante é a alegria que não cessa nunca de seus olhos. Talvez, essa sim seja a verdade fonte da juventude. Cecilia Sales Salvador – BA O Pano Pra Manga da edição anterior conta uma história que é exemplo de quem gosta de viver. Gosto de tudo que tem vida, sua história é vida e o mágico é que esta imensa concha de retalhos é o que dá a ginga à sua Profashional. Beijos. Renata Pena São Paulo – SP

Edição 82+83+84 Que maravilha! Elke Maravilha é diva, maravilhosa, musa e tudo mais. Palmas eternas para ela! Débora Coltrim São José dos Campos – SP

Imagens: arquivo profashional e divulgação / agência fotosite

Edição 85 – Edição de aniversário


A revista com a Elke na capa está fantástica, sou uma grande fã dela, pois, além de admirá-la, acho-a muito ousada e original. Sou totalmente solidária a quem luta pelas classes menos favorecidas, sem temores e preconceito. Muito pertinente também a matéria sobre cinema nacional, os questionamentos, muito bem colocados, o que nos leva a refletir como pequenas coisas (filme) podem influenciar positivamente ou não sobre o comportamento da sociedade. Melissa de Fátima Antunes São Paulo – SP

Eu adoro a seção My Choice, pois sempre nos apresenta novidades, os relógios mostrados na edição anterior são o máximo para o verão brasileiro! Amei, quero um de cada cor! Também curti a entrevista com a Sylvia Demetresco, ela é o máximo. Fernanda Almeida Prado São Paulo – SP

Em homenagem aos 50 anos de Brasília, Mirna veste Pedro Lourenço – Inverno 2011 – em look inspirado na arquitetura de Niemeyer

Todos amam Júpiter A matéria com o Júpiter estava muito bacana, fiquei ainda mais fã dele depois de ler o texto. Ele poderia fazer mais shows fora do eixo São Paulo – Porto Alegre e vir para o Rio de Janeiro também. Fabiana Santos Rio de Janeiro – RJ

Exemplo de superação Na matéria Mudança de Planos, temos exemplos de pessoas que superaram problemas bem difíceis e seguiram com suas vidas, sem desistir de ser felizes. Isso mostra como não devemos desanimar perante problemas pequenos. Reclamar não é a solução. Maria Cristina Almeida São Paulo – SP

Agradecimento Adorei o Trends + Talks. Fiquei muito feliz! Agradeço o convite. Beijos. Daniela Porto São Paulo – SP

CASAMENTO NADA NORMÓIDE

Júpiter Maçã mostrou que está bem longe de ser uma pessoa decadente, pelo contrário, ele está cada vez melhor como artista e pessoa. Foi uma grata surpresa vêlo nas páginas da Profashional. Alexandre Costa Santos – SP

Gostaria muito de agradecer a minha chefashion, Sandra Teschner, pelas palavras maravilhosas, tanto no dia do meu casamento quanto em seu texto na revista Profashional. É gratificante ter um momento tão especial e íntimo publicado na revista da própria editora e, em uma de suas principais seções, escrita pela própria publisher! Almir também agradece! Amo vocês! Alice Hecker Bottura Coordenadora de Arte, e amante da Profashional Editora São Paulo – SP w w w. p r o fa s h i o n a l . c o m

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í ndice

Na capa

P. 40 Mulheres poderosas 32 Tecendo Tramas Por baixo dos panos

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38 Objetos de Desejo Torcida Fashion 50 Na onda Alice 72 Mentiras sinceras não interessam

22 Alinhavando – Aperte o cinto 24 Trends + Talks – Joseane Marchezi Mansardo 26 News – Novidades do Mundo Fashion 28 Questão de Estilo – Paola Pelliccioni 30 Isso é Profashional 33 Sarau – Me and Mr. Waits 34 Pano Pra Manga – Coisas simples 48 Merchandising – De dentro para fora da loja 49 Pequenos Profashionais 54 Marketing – O sino no rabo do gato 56 Is the new – viva a modernidade 57 Artigo – Nó na língua 58 Minha pele, minha verdade 62 Coluna da Dani – Tecidos tecnológicos 64 Comportamento – Quem acredita sempre alcança 65, 75 Flashes 66 A Era do Cachorro Louco 68 Pet Fashion 69 Dicas – Estante Cultural 70 Artigo – Qual o papel reservado aos nossos poetas? 76 Skylab para maiores 78 Brasília, 50 anos feitos em 5 80 Comonique – No embalo das mídias digitais 81 O seu street style 82 Arremate – Ana Cláudia Dantas

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Foto: Getty Images (CAPA)/agência fotosite/hendi du carmo/divulgaçÃO/imagenet

55 My Choice – Estrela fashion de gerações

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varal


alinhavando |

por fernanda cordeiro

Aperte o cinto (ou amarre, dê um nó, laço...) Na era em que até o mercado incentiva o estilo pessoal e a customização, nada mais natural do que as peças da moda receberem usos e leituras visualmente pessoais

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Ion Fiz Andrea Marques

Forum


l A profashiona Thays Panar aderiu à nova moda!

fotos: Image.net, divulgação/agência fotosite e reproduções dos blogs the sartorialist e jack&Jill

D

Triton

Maria Escote

Desde que os blogs de street style caíram no gosto do mundo fashion, os editores de moda atingiram status de celebridades e o hi-lo apareceu junto à crise econômica. O trabalho dos estilistas (criação de peças) e dos stylists (criação de looks) se separou, e o trabalho de pensar um look completo, incluindo cabelo, maquiagem e até guarda-chuvas ganhou mais importância e visibilidade. Sendo assim, pesquisar moda se torna muito mais amplo do que só ver desfiles, showrooms e fichas técnicas, pois o modo de usar o que é moda é o it-assunto das temporadas recentes. Logo, além de ficar de olho nos seus estilistas preferidos, fique “mais-de-olho-ainda” no que os stylists estão fazendo: como eles misturam as cores, as peças, o make e os acessórios nas revistas, nas celebridades e neles mesmos. Nos desfiles nacionais e internacionais para o inverno que se aproxima, foi muito forte a silhueta cinquentinha que marca a cintura no lugar, bem feminina e apresentada de forma moderna. Os cintos finos para arrematar os looks ladylike, rocker ou de alfaiataria clássica são coringa e escolha acertada de acessório-chave da estação.

FH

Moda de rua: diversas maneiras de apertar o cinto no inverno,, fLagradas pelo blog The Sartorialist e Jack&Jill

Abuse deles de todas as formas: vale nó, lacinho, na fivela mesmo, de lado, para trás, por cima do casaco etc. A ideia é fazer um look com cara de pensado e elaborado, um look que converse sobre moda e personalidade. E isso vale tanto pessoalmente quanto para vitrinas e marcas, estas que anseiam por novas ideias para repassar ao grande público, maneira eficaz de democratizar a moda.

Pesquisar moda se torna muito mais amplo do que só ver desfiles, showrooms e fichas técnicas, pois o modo de usar o que é moda é o it-assunto das temporadas recentes w w w. p r o fa s h i o n a l . c o m

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Fotos: Arquivo pessoal de joseane marchesi Mansardo

quem faz acontecer

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n e ws

Twitter: rprofashional

Facebook: Editora Profashional

Comunidade do Orkut: Profashional

Nicole Scherzinger para C&A A onda de personalidades que assinam coleções para grandes magazines não para de crescer. Em meio a essa efervescência internacional, a Profashional conferiu o lançamento oficial da coleção criada pela Pussycat Doll Nicole Scherzinger, para a C&A. As peças dessa linha, já presentes nas araras, estão para lá de irresistíveis.

Moda em chocolate

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Revistas Feetness e Profashional são destaques na Cidade Maravilhosa Durante o campeonato de tênis que aconteceu no Clube de Aeronáutica, no Rio de Janeiro, as revistas Profashional e Feetness foram distribuídas com exclusividade ao público presente na 1ª Copa Liga “Jogando Tênis”. Na capa da Feetness, publicação da Profashional Editora sob licença da rede Authentic Feet, estava a musa do tênis mundial, Ana Ivanovic, que é ídolo das atletas presentes no evento.

Fotos: Oto Maciel/ Sandrine Dulermo & Michael Labica/Cezar Motta/João Sal/Arquivo pessoal de Sandra Teschner e Ângela Pereira Pontes

Nas passarelas de Gramado (RS), aconteceram desfiles inéditos com roupas e acessórios produzidos com chocolate. A atração principal foi o vestido de noiva coberto por mais de 10 quilos da guloseima. O coordenador de Moda do Senac-RS, Márcio Weiss explicou: “Realizamos um trabalho de pesquisa em São Paulo e no exterior e estudamos o comportamento do chocolate e as formas de trabalhar com ele na alta temperatura, em espaços abertos e com o calor do corpo humano para criar a coleção”. O resultado foi surpreendente.


Blog: www.editoraprofashional.blogspot.com

Flickr: profashionaleditora

Evento único marca o encerramento do 5º ano do SCMC Os desfiles da 5ª edição do Santa Catarina Moda Contemporânea foram realizados na Green Valley, em Camboriú (SC). Estudantes das faculdades e escolas de moda do Estado apresentaram coleções elaboradas em parceria com as principais indústrias têxteis catarinenses e sob a direção criativa do estilista Mário Queiroz. Cristiano Buerger, presidente do evento, comemorou: “um dos objetivos do SCMC é projetar o design catarinense para o Brasil e o mundo. Nosso maior sucesso é ter a união fortalecida no setor”. Nossos parceiros Zanotti e Marisol S/A participaram do evento e, revistas Profashional foram encaminhadas para quem esteve lá, afinal, damos todo apoio para eventos que valorizam a moda brasileira.

site: www.profashional.com

Sandra Teschner é puro poder no Fórum de Moda do Paraná Na segunda quinzena de abril, aconteceu em Curitiba (PR), no Shopping Crystal, a 17ª edição do Fórum de Moda do Paraná e nossa publisher, Sandra Teschner, se destacou com a palestra “Sucesso profissional? Poder Pessoal!”. Após o evento, o público presente rasgou a seda para nossa publisher que ficou satisfeitíssima com o resultado.

Isabella Taviani no Shopping Praça da Moça O projeto “Domingo Show”, que faz parte da programação cultural do Shopping Praça da Moça, em Diadema, levou, para um público de aproximadamente mil pessoas, o show da cantora Isabella Taviani. Em entrevista para a Profashional, a gerente de marketing do Shopping, Regina Pugliesi, disse que “o projeto é realizado mensalmente e tem como objetivo oferecer, gratuitamente, música de qualidade aos clientes do empreendimento”.

Plastic Dreams III A rainha do burlesco, Dita Von Teese, que foi capa da edição 66 da Profashional, continua esbanjando todo o seu charme. Ela foi clicada para a mais recente edição da Plastic Dreams III, revista da Melissa. O editorial intitulado “Vida da Artista” apresenta Dita em uma atmosfera vintage fetichista, entre plumas, cristais e espartilhos. Clicada em Londres pelo casal Sandrine Dulermo & Michael Labica, ela aparece com figurinos que mesclam acervo pessoal e peças de sua autoria, com Dolce & Gabbana, Valentino e Alexander McQueen, entre outros.


questão de estilo

Paola Pelliccioni Essa estilista é pura pauliceia. Quando criança, gostava de criar “modelitos” com toalhas e transformava a área da piscina do condomínio onde morava em uma verdadeira passarela. “Nessa época, já inventava mil e uma possibilidades de uso para aquele tecido retangular”, conta Paola, que cursou estilismo na ESMOD (École Supérieure des Arts et Techiniques de la Mode), em uma parceria internacional que eles realizaram com a PUC-SP. O jeans é protagonista na sua carreira. Trabalhou na Levi’s, depois foi para a Wrangler e, posteriormente, para a Carmim, onde ficou por mais de 8 anos. Após 12 anos trabalhando para outras marcas e fazendo diversos cursos na área de moda, resolveu alçar carreira solo e criou a JET, que está funcionando oficialmente desde 2008, trazendo um conceito inspirado nos galpões do SOHO, em Nova York, onde tudo acontece junto: no local, além da loja propriamente dita, ficam o escritório de estilo, o showroom e o JET Café. Coleção Inverno 2010 da Jet Paola Pelliccioni

Fotos/Imagens: Gustavo Zylbersztajn/ Osiris Bernardino

Uma única palavra que te define nos dias de hoje é... Batalhadora! Se pudesse exterminar uma coisa do mundo dos dias atuais, o que seria? Atualmente: pernilongos, de verdade!!! Não aguento... Acessório indispensável: Maquiagem, brinco e celular! Não saio de casa sem esse trio. Moda é... Minha forma de expressão e alegria! Um clássico fashion... Trench coat – sempre chique e não sai de moda! Qual personagem da história do mundo te encanta? Coco Chanel. Para todas as horas... Meu Iphone, que me conecta com tudo e todos. Sou viciada. Uma inspiração inusitada de suas criações: Os prédios, a arquitetura da cidade, as luzes dos carros no trânsito da Av. Paulista. Ser Profashional é... Saber antes, é ser antenada com o mundo, rapidamente.

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Imagens: BBOA/divulgação/enviadas pelos leitores/arquivo profashional

isso e...


profashional

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tecendo tramas |

por Dio Jaguarível

Presença constante nas roupas de noiva e nas saias das bailarinas, esse tecido furadinho ganha novas interpretações e sobe ao altar, vestindo as madrinhas de casamento, e disputa a atenção entre palco e a plateia nos espetáculos de ballet.

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Costuma-se dizer que quem um dia está por baixo pode a qualquer momento estar por cima! Isso é uma certeza quando o assunto é tule. Começando a sua carreira na área de roupas, bem tímido, discreto, cansou de viver à espreita e liberou total. Sem deixar de lado o motivo pelo qual entrou no guarda-roupa feminino, descobriu que pode ser multifacetário. Ele nasceu na cidade de Tulle, na França, região conhecida por ser um grande centro de produção de renda e seda. Usado na confecção das anáguas armadas, dava forma aos vestidos longos e armados. Hoje, ele se descobriu e não é mais coadjuvante, assumindo o papel principal na criação dos looks.

Desfile George Chakra – Paris Fashion Week

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Essa matéria-prima virou a estrela na passarela de vários estilistas. A dupla holandesa Viktor & Rolf vai encantar o verão europeu que se aproxima com peças de tule que são verdadeiras obras de arte. Para Elie Saab, o designer eleito da rainha Rania da Jordânia, esse material é palavra-chave na composição dos vestidos de festa. Presença constante nas roupas de noiva e nas saias das bailarinas, esse tecido furadinho ganha novas interpretações e sobe ao altar, vestindo as madrinhas de casamento, e disputa a atenção entre palco e a plateia nos espetáculos de ballet. Assim como a personagem de “Sex and the City”, Carrie Bradshaw, sou fã desse tecido que eu costumava chamar de filó, tirando muitas risadas das minhas amigas. Mas mal sabem elas que eu também tenho razão. Existem os dois! De acordo com as denominações do mundo têxtil, eles são irmãos gêmeos, semelhantes, mas diferentes! O tule é maleável, produzido com tecido leve de algodão e poliamida com buraquinhos mais fechados. Já o filó é mais encorpado, e pode ser de algodão ou nylon e os furos são maiores. Mas uma coisa é certa: seja de tule ou filó, chegou a hora de mostrar as anáguas e ainda ser chamada de fashion!

Fotos: image.net

Por debaixo dos PANOS


sarau A poesia, sempre presente neste universo profashional, permeia nossos dias e faz a imaginação sair da realidade factível e migrar para além do palpável. Confira um trecho do texto que recebemos da produtora de moda e amiga profashional, Dani Porto, e aproveite para compartilhar conosco de seus momentos poéticos, enviando um e-mail para: redacao@revistaprofashional.com.br.

Me and Mr. Waits

...e ele me disse: – Everywhere I go it rain to me! E eu respondi: – Puxa! Sim, era ele mesmo com sua voz inconfundivelmente rouca me falando sobre sua tristeza, solidão e eu que tentava tampar minhas próprias goteiras. Tremi com seu rugido de velho leão bêbado e me atrevi a acompanhá-lo à dose de germana. Pedi sua opinião sobre a minha dúbia languidez, a falta de compreensão sobre os meus próprios sentimentos e a minha irresponsabilidade nas decisões do cotidiano. Eu já bem sabia que qualquer passo tomado desencadearia reações ao todo, porém, no momento em que tinha a possibilidade das decisões em minhas mãos, minhas vontades mais levianas e egoístas, muitas vezes, deveras bunda-mole, eram levadas em consideração, na verdade, eram primordiais. Eu desapareceria, não deixaria vestígios e você ficaria aí me esperando com um sorriso terno e com os poros prontos a se derramarem de suor, durante nossas trepadas. Tom agita o gelo de seu copo e repete, balbuciando: “It’s dreamy weather we’re on, you wave your crooked wand along an icy pond with a frozen moon”. Com Alice era assim? Havia a gloriosa loucura? A vontade de morrer? Nos meus sonhos, era assim, e junto àquele beijo secreto, os destroços do navio voltaram e ficaram a boiar... – Mais uma dose, please! – Parecia muito com o que você me falou outro dia sobre escrever o nome de Alice por todas as partes, na esperança de esquecê-la, um mal necessário talvez, escrever, falar, usar até gastar, quem sabe gastas todas as letras que o compõem, o nome amarela e se perde no tempo. Lembra-se de Alice? Deu certo seu plano? Tom: “But I must be insane. To go skating on your name and by tracing it twice. I fell trough the ice of Alice, there’s only Alice”. Eu me pergunto quem não está louco? Alice? Talvez a única sensata. (...) Alice era sua conta perfeita, não é? Sorry... Acho que Tom ficou chateado, ele olhou as horas em seu relógio, deu uma última tragada na guimba do cigarro e guardou suas mãos no bolso. Tentei distraí-lo, em um único golpe, retirei seu chapéu e experimentei, fiquei posando entre caras e bocas no meio do boteco, seu riso veio velho e acompanhado por uma tosse. E foi quando ele disse: “Baby, all that I can think of is Alice. But’s you are an arithmetic!”. Os chuviscos continuavam a cair sobre a cidade e, de nossas goteiras, escorria suavemente a melancolia. E Tom persistia no caduco plano de suicídio. Dani Porto Produtora de moda

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pa n o p r a m a n g a |

por sandra teschner

“Adoro as coisas simples. Elas são o último refúgio de um

espírito complexo” Oscar Wilde

“Você conhece alguém que não resiste à compra de pano de prato? Então me apresento, Sandra Teschner, sou essa pessoa e já vou dizendo: Meu lado dona de casa anda há muito em baixa”. Citação minha – é claro, no segundo ano de Profashional. Continuo o texto então contando minha simpatia particular por vendedores ambulantes do produto citado. Pra variar, vem agora um hyperlink que não

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resisto em fazer e vou repetir uma das historinhas com essa turma, que de fato me marcou. Vendedor de pano de prato já nasce mercadologicamente falando com um gap de foco enorme. Encontramos no trânsito, por exemplo, o biscoito de polvilho (na Bahia é “avoador”, provavelmente em alusão ao fato de ser aerado) e pipoca doce na hora perfeita, água e Coca gelada em dia de

calor, amendoim quentinho em dia frio, carregador de celular exatamente quando sua bateria acaba e você não tem um no carro, urubu que é pipa quando você está pensando em voar e dar uma de corvo! É incrível como os ambulantes têm um GPS, satélite (antes eu escreveria simplesmente radarzinho...) apurado e sabem fazer uso da informação em prol do negócio. Oferecem a bandeira do seu

Imagens: arquivo pessoal Sandra teschner

“A seda azul do papel que envolve a maçã”, um simples gesto que me faz viajar no “Trem das Cores”


time, entendem tudo de contato visual e estão sempre ali com a coisa certa na hora certa. Lembro-me de um vendedor de tangerina (pokan) na avenida do Estado em Sampa que correu uma meia maratona após identificar pelo retrovisor do meu carro o olhar cheio de desejo de minha amiga profashional Dio Jaguarível, e só descansou ao chegar a tempo de ganhar medalha, ou seja, ao vender tudo o que pode carregar. Desde então, aconselho-a a olhar para o chão do carro se não quiser sair comprando tudo o que vê pela rua. Admirável! Já, meus amigos desovadores de pano de prato parecem pertencer a outro mundo. Estão invariavelmente nos lugares mais improváveis de realizar uma venda, como na porta de restaurantes chics, oferecendo uma dúzia de elementos inúteis para a turma de barriga cheia que não irá à pia lavar nada, ou estão no sinal errado na hora errada, ou seja, naqueles que só pensamos sedentos em ultrapassá-los. Foi assim que, saindo certa

Pipoqueira retrô. Presente de meu irmão Gabriel para assistir ao “Buena Vista Social Club”

feita de um restaurante em Moema, aqui na capital paulista, já em fim de tarde, ouvi, por acaso, o monólogo de um vendedor de pano de prato (ele ia à minha frente) cujo conteúdo estava focado na desgraça que era vender algo que ninguém queria comprar (teve um lampejo de consciência), ele não tinha vendido um único exemplar durante todo o dia e não entendia por quê. Deu boas desculpas para a causa toda, seria provavelmente por ser novo no segmento, pois outra explicação não existiria, fato é que o moço estava incrédulo e arrasado com sua aposta. Passei pela frente dele a fim de ser abordada para a venda e nada, o desespero tinha tomado conta dele. Apesar de ser amante convicta de pano de prato, naquele momento, não havia espaço qualquer disponível em minha vida para eles, mas a coisa toda foi mais forte do que eu e “não me alcancei” (como provavelmente diria Clarice Lispector). Foi então que me virei e perguntei: “Moço! Não me diga que o

É incrível como os ambulantes têm um GPS, satélite (antes eu escreveria simplesmente radarzinho...) apurado e sabem fazer uso da informação em prol do negócio.

Um lindo “home sweet home” vindo de meu marido Mika apenas por ser um bolo branco (como eu gosto) e ter uma xícara de cobertura

senhor vende pano de prato? Estou precisando urgentemente deles.”. “Vendo!”, respondeu ele engrandecido e retomando a fé em Deus e nele mesmo. Então me mostrou, com um sorriso gigante nascido da mais profunda treva em que se encontrava, como eram de bom gosto, havia até alguns com sapatinhos bordados – definitivamente profashional! Batemos um papinho, o céu estava azul, o Sol querendo se pôr, se expunha numa luz que me lembrava o outono em Roma. Tinha algo diferente no ar e resolvi que também eu estava vivendo uma coincidência significativa. Comprei todo o lote, fiz aquele ser humano absurdamente feliz e abracei aquele símbolo de simplicidade que agora carregava em si uma história de vida. Distribuí para pessoas queridas, gerei novos adeptos dos paninhos ou da simply life, fiquei feliz. Para a psicologia junguiana, “Complexo” pode ser definido como o conjunto inconsciente de ideias e sentimentos, agrupados em torno de um núcleo emocional específico e com poder de manifestação autônoma em relação ao conjunto de desejos conscientes. E daí, logo fica claro o núcleo do significado; Complexo, não? Difíceis a alma w w w. p r o fa s h i o n a l . c o m

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representativa, o corpo expressivo, a mente barulhenta se contrapondo à supraconsciência (ou às suas milhões de nomenclaturas) em busca de um recanto de paz, de seu céu pós-vida, ou de sua nirvana por aqui mesmo. Coleciono dedais, xícaras de cafezinho (ou “xicrinhas” como são carinhosamente chamadas lá na Bahia). Por quê? Meu espírito complexo diria que elas remetem aos momentos de alegria indizível da minha primeira infância com os carinhos e dengos de meus avós e em particular dela, da minha avozinha amada, dona Conceição, que já soube dosar um cafezinho ao leite na minha mamadeira, e, costureira de mão cheia (inclusive de dedais), fez todos os vestidinhos da minha vida infantil, adolescente e não parou até hoje ao longo dos seus 95 aninhos e da parte deles que me cabem. De tudo que costurava para mim, guardou retalhos e, quando me tornei balzaquiana, ganhei dela uma linda colcha. Patchwork de minha vida, recordação para se deitar e esparramar em cima dela. Após fases de muita opulência na história da arte e da literatura, celebram-se retorno para

o polo de segurança e tranquilidade que o recanto seguro do Coleciono dedais, simples propõe. Nos hotéis boutixícaras de cafezinho ques mais caros do planeta, há todo um esforço milionário para (...). Por quê? Meu se refletir simplicidade. Inserir para sugerir ausência. espírito complexo Definir o que vem a ser simples diria que elas é algo, no mínimo, – complexo. Longe dos comportamentos dos remetem aos sábios espiritualizados orientais, momentos de alegria mais distante ainda de toda abominação do que é figurado indizível da minha em forma de material, social ou primeira infância com psicológico, a simplicidade a me reporto carrega consigo os carinhos e dengos quem extravagância – ausente de artifícios, mas extravagante sim. O de meus avós. overall das emoções mais genuínas, o dedal que pertenceu à tia mais querida de um sobrinho que, não encontrando representação em sua vida para ele – me deu. Aquele detalhe que estava ali adornando ou cumprindo sua função de objeto, mas que foi um companheiro por definição – estático, mas teve sua responsabilidade perante uma causa, uma história. Gosto de coisas que ganham vida, gosto de maçã cheirosa com seda azul envolvendo-a, “aquela num tom de azul quase inexistente azul que não há, azul que é pura memória de algum lugar”, cantou o baiano Caetano em “Trem das Cores”. Gosto de Saleiro e pimenteiro Ritzenhoff, doce de leite feito com pouco uma marca alemã que adoro

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Imagens: arquivo pessoal Sandra teschner

Dedais “Disseram que eu voltei americanizada...”


Pá de bolo superfashion que ganhei da minha super Flux

Dedal ou chapéu ? Eis a questão

idos, s Estados Un maier do direto do si Bucken Su Presente vin iga am ionáveis da mimos colec

açúcar e ligeiramente queimado. Gosto de bolo solado de propósito, fofinho por acaso. E a moda? Adoro em qualquer tempo oncinha, sapatos, bolsas, balangandãs. La vie en Rose! Minimalismo? No, darling thanks! Tenho horror a estereótipos, disse que gosto de coisas simples, não disse que gosto de coisas mínimas. Adoro muitas coisas bem opulentas, why not? Adoro o luxo das coisas com alta qualidade, ou exclusivas, as peças limitadas, então? Deleite total. Adoro coisas simplesmente belas a meus olhos, gostosas à minha pele ou aquelas que falam comigo e eu ouço o

s, latinhas, or”. Xícaras, saleiro O “cantinho do sab ros, uma de out re ent o... bol açúcares, pá de eções minhas muitas col Saleiro e pimenteiro que são lindos de sapatear

seu chamado e pronto. Não vou estereotipar quem sou! Gosto dos camarotes com ar condicionado e petiscos finos do carnaval baiano, mas amo a rua com sua ginga, os blocos com a alegria contagiante. Rock ou samba? Canto gregoriano ou lounge? Nem mesmo tenho de optar, ou isso ou aquilo? Às vezes, fico com os dois, três, quatro e os números são sucessivos. Ademais, já disse Nelson Rodrigues que toda unanimidade é burra e, se não tivesse dito, guardaria a mim o direito de gostar do que me faz bem. Paradoxos, antíteses ou o que vier. Eu sou, sei quem sou e vivo disso.

Vendedor de pano de prato já nasce mercadologicamente falando com um gap de foco enorme.

O Limite é sempre o valor acima do tudo palpável. Paixão das paixões? Amor incondicional? Tenho. Por gente! Sem você não tenho com quem dividir, com quem rir. Para quem mostrar o quanto estou arrepiada com o conto de um dedalzinho ou com aquele poema ou aquela música que, se não foi feita para mim, foi porque o autor não sabe que me conhece. Com quem gargalhar? Como decifrar da alegria de conhecer o Kai, Dani, Nini e trocar todas essas experiências com eles. Como materializar o prazer de viver num mundo que acredito e que dei a ele um nome, profashional? Sabe no que tenho fé? No Deus da vida. Frugalidade ou fantasia estética, a felicidade é o conjunto de momentos plenos, não é uma parte inteira, é parte de um algo maior e meu filho cantaria Renato Russo: Quem acredita sempre alcança!

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objetos de desejo

Prepare-se para torcer com estilo Dockside Samello

Óculos Von Zipper

Jaqueta Hering Relógios Nixon

Bolsa Gilson Martins

Esmaltes verde-esmeralda, azul-hortênsia e amarelo-real Risqué

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Fotos/Imagens: divulgação das assessorias das marcas

Que no mês de junho o assunto será a Copa do Mundo, ninguém duvida. As principais semanas de moda brasileiras deram uma adiantada básica no calendário para não coincidir com os jogos do Brasil, assim, poderemos dar uma pequena pausa na vida normal a fim de curtir e torcer pelo hexacampeonato. Como o mercado sabe aproveitar todas as chances de bons resultados, muitos produtos com o tema Brasil foram lançados especialmente para a Copa. De camisetas a pequenos detalhes como esmaltes e maquiagem, o importante é inserir as cores da bandeira brasileira no seu look e torcer muito!


Pães de mel Amor aos Pedaços

Chinelo Opanka

Cooler da Copa do Mundo Doctor Cooler Chinelo Ipanema Brasil

Duo de sombras Koloss

Blusa Dzarm

Jeans Cholet

Meia Pakalolo

Caricatura feita por Toni D'Agostinho

Pingente Junia Machado Bolsa Hering

Sapatilha Magia Teen

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c a pa |

por Dio Jaguarível

+ a h n i z a o B

! a s o r e d po

Sarah Jessica Parker como Carrie Bradshaw em “Sex and the City 2”

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Essa pergunta, que é também tema de palestra da nossa publisher Sandra Teschner – “Sucesso Profissional? Poder Pessoal!” –, está dando o que falar. Ela utilizou seu vasto ciclo de amigos com poder pessoal para TRANSmitir a enquete, que deu início a um ciclo de debate no Facebook e Orkut, gerando muitos depoimentos e indo também para o nosso veículo impresso, a revista Profashional. Num processo de TRANSMÍDIA, o novo braço da Editora, a discussão TRANScende o espaço cibernético e invade todas as mídias. Isso faz parte do perfil da mulher moderna, ela explora todos os meios para se comunicar e divulgar seus pensamentos. Quando indagada sobre o poder da mulher, a jornalista de moda e estilo de vida, Cecília Lima, soltou literalmente o verbo. “Quando essa pergunta chegou até mim, me senti um tanto quanto envaidecida, achando que a questão era relacionada à minha pessoa (rs), depois caiu a ficha e percebi que eu tinha de eleger uma mulher poderosa. Pensei muito, mas muito mesmo, pois não consegui imaginar quem eu elegeria no meio de tantas mulheres poderosas no mundo, para ser o meu referencial de Power Woman. Depois desse momento de reflexão, nomes me vieram à cabeça: minha avó, uma mulher linda e caucasiana que enfrentou todo preconceito de sua época para casar com um belo homem negro de olhos verdes. Pensei também na minha melhor amiga, um exemplo de mulher determinada, humana e alegre, que vibra com minhas conquistas. Pensei na minha mãe, na minha tia, até na minha pseudofilha que, mesmo com 17 anos, já pode se considerar uma mulher com poder. E não parou por aí, pensei também em algumas

Fotos/Imagens: Divulgação da assessoria do filme Sex and the city/Reprodução artística de Danielle lima e Flávia Matsunaga

“O Que ou Quem é a mulher poderosa para você?” Descubra e seja uma também


mulheres históricas, como Joana D’Arc, Madre Tereza de Calcutá, passando por Ruth Cardoso, até Audrey Hepburn e Leila Diniz. Uma infinidade de nomes conhecidos e poderosos, que não caberiam em uma única matéria. Entretanto, depois de tanta reflexão, cheguei a um consenso: a Power Woman não está no Google, não tem uma rua com seu nome, não frequenta as revistas de celebridades e nem precisa de segurança à sua volta. Minha mulher poderosa é a Severina, Francisca, Josefa, simplesmente Maria, ou qualquer outro nome que prefiram usar. Ela é simplesmente aquela que é pai e mãe, que acorda ainda de madrugada para a labuta, que é arrimo de família, que luta todo dia para construir não um mundo melhor, mas apenas um amanhã melhor, para si e para sua prole. Minha mulher poderosa é aquela que consegue ser o

pão, a carne, o leite, o colo, o ombro e, nas horas vagas, ainda consegue ser mulher, cantora e bailarina!” William Shakespeare falou certa vez: “Fragilidade, teu nome é mulher”. Não sei o que se passava pela cabeça do gênio, nesse momento. Nosso amigo passou por cima do fato de que enquanto muitos homens filosofavam, profetizavam e escreviam, as mulheres AGIAM, levantavam suas espadas, gritavam por igualdade e assumiam tronos. Se seguirmos a trajetória da história, podemos observar que ou elas estavam à frente de uma conquista ou por trás dela. Não há como esquecer a dominante Cleópatra, a lutadora Joana D´Arc, o reinado de Elizabeth I e da rainha Victória, a ativa argentina Evita Perón, ou Marie Curie, a primeira mulher a

ganhar o prêmio Nobel e logo um dos mais difíceis – Física. E a princesa Diana, da Inglaterra, que foi além das suas atividades fidalgas, mostrando ao mundo o que é ser mãe, amiga, lutadora, e sempre nos contagiando com a sua beleza, elegância e postura. Tá bom ou quer mais? Posso escrever um livro bem grosso, se começar a listá-las, pois foram muitas mulheres que estavam à frente de seu tempo e traçaram suas próprias histórias conforme aquilo em que acreditavam. “Amélia é que era mulher de verdade.” Concordo, se estivermos falando da inesquecível Amelia Earhart, pioneira da aviação americana, que desapareceu no meio do Oceano

r “Eu sou mulhe ou poderosa Eu sou flor, s itos versos u m e d a n o d u So ´ m mar de Minha vida e u Paula) rosa” Benito di Arte ilustrativa do blog da

Profashional

Audrey Hepburn, eternamente poderosa

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Pacífico enquanto tentava realizar um voo ao redor do mundo, em 1937. Ela é até hoje um mito que viveu a vida que quis ter. “Esta é a minha vida, é assim que eu vejo, e é assim que eu quero que as coisas sejam feitas.” Ela se encaixa perfeitamente no perfil de Power Woman, segundo Carol Garcia, coordenadora do curso de pós-graduação de Criação de Imagem e Styling de Moda no Senac, amiga e conselheira profashional. “Mulher poderosa é aquela que olha o nunca mais de frente e diz que pode ser. Para ela, sempre pode, porque ela recomeça todos os dias com uma facilidade impressionante.” Poder tem vários significados. “Capacidade ou possibilidade de fazer uma coisa, direito de agir,

fundamentalmente dois tipos de atitudes predominantes que nos atraem ou nos afugentam. Não basta imaginar que desafiamos com a inteligência, com o conhecimento, doutorados, embasamento político. ESTAMOS FALANDO DE ATITUDE E NÃO DE CONVERSA!”

defender quando seus limites são ultrapassados, de se gostar, porque sua própria companhia lhe é agradável, e claro de ir em busca de seus objetivos. Capaz de fazer concessões – desde que não firam seus princípios – e faz essa escolha consciente. Ela tem presença de espírito e

Matrioskas inspiradas na Princesa Diana que ainda é ícone de mulher poderosa

de decidir, de mandar.” O que eu traduziria em uma palavra: ATITUDE. Foco discutido por Sandra Teschner no XVII Fórum de Moda do Paraná, com uma ativa e empolgada plateia. “Se separarmos nossas atitudes em dois polos, veremos que genericamente encontramos

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E ela não para por aí, lançando teorias e pensamentos no ar e empolgando os seus ouvintes. Confira, a seguir, algumas de suas muitas filosofias: O que faz com que a powerfull leve as honras da casa é sua capacidade de se entender (porque ela se conhece), se

foca nas decisões relevantes para sua vida. Poderosa x Boazinha: a pessoa boazinha faz tudo para a pessoa amada, como nas relações profissionais, todo tipo de concessão para estar bem com todo mundo, seja então para manter o parceiro do seu lado, ou um job. No livro “Por que os homens amam as poderosas” de Scherry Argov, a autora diz que 90% dos homens preferem a chamada “poderosa”, porque precisam de um “desafio mental”. Os homens? Todos nós somos assim, no fundo amamos o que e quem nos dá segurança, mas é capaz de se mostrar frágil e insegura quando o momento assim pedir. Gostamos de quem é DE FATO!

Fotos/Imagens: Divulgação da assessoria do filme Sex and the city/ arquivo profashional/reprodução artística de danielle lima

Amelia a representante feminina na aviação


A regra do jogo é não jogar. Aprender com você mesma a dar as cartas. Viva o tempo à sua maneira, descobrindo essencialmente QUEM VOCÊ É, do que gosta, deseja, sonha, e a deixa verdadeiramente feliz. Não podemos ter tudo na vida, mas podemos ter, em tudo o que conquistamos, o máximo. A mais importante das experiências pessoais é a descoberta de quem você verdadeiramente é. A partir daí, e embasada nesse conhecimento, você deve fazer suas escolhas e criar uma relação saudável com o tempo. O evento em Curitiba, contou também com a participação de Victor Sálvaro e Maureen Miranda. Ele, produtor de moda, Stylist, diretor de arte e cenógrafo; ela, diretora, atriz, artista plástica e ilustradora de várias marcas.

A dupla pintou o sete no Fórum com o tema “A moda na arte. A arte na moda”. A jornalista e especialista em marketing Carla Furtado, falou nessa 17ª edição sobre o case de sucesso “SEM TABACO, 100% FASHION. “O Fórum de Moda do Paraná é um espaço de imenso valor, que complementa uma das maiores fashion weeks do País. Durante a edição de abril, o tema Moda e Responsabilidade Social atraiu o interesse dos fashionistas a ponto de esticarmos o horário da apresentação. A moda é uma mídia potente e é muito bom saber que os estilistas e estudantes da área já têm essa consciência”, comenta a palestrante. Voltando às poderosas, se formos eleger a She-ha dos tempos modernos, Carrie Bradshow (vivida por Sarah Jessica Parker), a protagonista da série “Sex and the City”, estaria no topo da lista. Personagem principal, inspira elegância, feminilidade, sensibilidade e independência, sabendo descer

Sarah Jéssica Parker como Carrie Bradshaw no primeiro filme da série “Sex and the City” já esbanjava muito poder

O Facebook de San dra Teschner a todo o vapor com os depoimentos

”Amelia é que era a mulher de verdade”. Concordo, se estivermos falando da inesquecível Amelia Earhart, pioneira da aviação americana, que desapareceu no meio do Oceano Pacífico, enquanto tentava realizar um voo ao redor do mundo. do salto, mesmo a bordo de um Manolo Blahnik. Ela tem com certeza a força, não a muscular, para derrubar portas, e sim o poder da influência. A colunista, autora e ícone de moda, já tinha milhões de seguidores no mundo inteiro, mesmo antes da era do Twitter e do Facebook. Perspicaz, inteligente e cheia de humor, ela traduz a mulher do século 21: boazinha, mas PODEROSA! E para quem está morrendo de saudade da fashionista Carrie e das suas amigas Miranda, Samantha e Charlotte, pode começar a se alegrar, pois no próximo dia 28 de maio, estreia no Brasil o filme “Sex and the City 2”. Haja ansiedade!!! “Hay que endurecerse, pero sin perder la ternura jamás!” (Che Guevara) w w w. p r o fa s h i o n a l . c o m

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DEPOIMENTOS PODEROSOS postados por pessoas que PODEM: Quem é a mulher poderosa para você? “É a mulher que sabe o que quer... que transforma cada dia numa página nova de um livro delicioso de ser lido. São tantas as razões que nos fazem ‘poderosas’ não é? Muitas vezes, até nossos conflitos e medos, pois é a partir deles que nos fortalecemos.” Liane Borges – gerente de Marketing do Shopping Jardim Sul “Receita: uma dose de simpatia de Gisele Bündchen, uma massa de Consciência Ambiental de Marina Silva recheada com a inteligência de Simone de Beauvoir e um coração de Madre Teresa de Calcutá. Como servir? Todas as mulheres que tomarem atitude de levar esta receita à potência máxima se tornarão, com certeza, uma mulher poderosa.” Regina Caius – jornalista “Sandra Teschner... é poderosa. Não é puxa-saco, mas te admiro mesmo e como profissional...” Fernanda Calfat – fotógrafa

“Mulher Poderosa é aquela que, depois de um dia inteiro de trabalho, tendo de matar um boi durante o dia... à noite, ela ainda sai, toda Linda, Maravilhosa, Bem Vestida, Pele Linda, Chiquérrima... e ainda com um SUPERBOM HUMOR... para curtir a noitada!” Sara Kalili – criadora do Teenfashion “Mulher poderosa é aquela que atinge seus objetivos. Não somos todas extremamente ocupadas? São o trabalho, a academia, os livros para ler, os amigos, o namorado ou o marido, os projetos pessoais que não mexemos mais por falta de tempo. Somente uma mulher poderosa consegue ser mãe, dona de casa, bonitona, atualizada e cool nos dias de hoje!” Joseane Mansardo – arquiteta “Mulher de verdade é aquela que não se preocupa em ser mulher, mas em ser.” Ana Paula de Miranda – jornalista de moda

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Fotos: As fotos selecionadas não serão devolvidas sendo que o próprio envio já se caracteriza como autorização de cessão de imagem para publicação

“Renata Peixoto. Escreveu o livro: ‘vem ni mim lili demorada’. Uma mulher que nasceu em berço de ouro, uma profissional de sucesso no mundo da moda, foi proprietária da franquia de uma das melhores marcas do País no seu Estado. Após superar um câncer, ela viu, de repente, seu mundo ruir ao ser presa na frente do filho único, até ser inocentada após 24 dias de martírio dentro de um presídio feminino local. Ela narra, em um diário, de forma simples e sensível, como superou a situação caótica, mudando sua vida para melhor após tal experiência.” Cláudia Manhães – consultora de moda


“Eu acho que uma mulher poderosa tem de ter presença de espírito, saber o que quer. É decidida, mas nunca deixa de ser amável e nunca perde a sua feminilidade, que, aliás, sabe usar isso muito bem a seu favor... mas joga limpo, é verdadeira. É aquela que mantém o equilíbrio sempre, mesmo nas horas de pressão. Uma mulher de atitude, mas que ama acima de tudo, e sabe fazer mil coisas ao mesmo tempo, como cuidar da casa, dos filhos, do trabalho e ainda arrumar tempo pra fazer as unhas e arrumar o cabelo. Ixi, definitivamente não é fácil ser mulher, mas eu agradeço por ser uma.” Juliana Gregório – happy, amiga profashional “Eu me sentiria poderosa dentro de uma Santa Fé preta, com um belo tubinho preto agarrado, um Prada nos pés, uma bela maquiagem!!!!” Tatiana Terração – comércio exterior

“Respondendo à pergunta: A mulher poderosa é a realizada profissionalmente que não se esquece do ‘ser mulher’...” Manuel Galvão Neto – médico

“Oi, Sandra! Você é uma pessoa sinônimo de Sucesso!” Mon Liu – designer de interiores

“Mulher poderosa é aquela que, quando quer tomar uma decisão coletiva, vai para a frente do espelho.” Adriane Anzoategui Cordeiro – gerente de comercialização Shopping Leblon

“Na minha opinião, uma mulher poderosa é aquela que continua forte diante do mundo atual, que mantém o poder de sua vida em suas mãos, que luta por uma independência, que é determinada diante de seus objetivos, ignorando o machismo no qual o mundo ainda vive e, principalmente, se respeita e se valoriza acima de tudo.” Brunno Abrahão – ator “A mulher poderosa hoje é aquela que sabe quem é, sabe o que quer e sabe por que está onde está. Ela não ‘precisa’ mais da companhia de um homem para ser feliz. Por conta disso, se ela está com alguém, é para dividir a sua vida e construir novos caminhos. Ela é pró-vida e é profashional...rsrs” Paulo Pandjiarjian – jornalista “Um outro nome para Supermulher = Sandra. Quer que eu enumere o por quê? Minha querida amiga tem um coração enorme, é perceptiva e sensível. Ela tem cabeça inteligente e bonita e eu tenho muito orgulho de seu sucesso.” Anne Mehlen – gerente de RH na Alemanha w w w. p r o fa s h i o n a l . c o m

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“O poder não está relacionado a dinheiro, beleza e muito menos status... o poder vem da certeza de cada mulher, de que é linda, especial, única e um ser de luz e força. ‘Penso, logo sou’... Temos o poder em nossas mãos... geramos outro SER, sangramos todo mês... e ainda andamos de salto!” Regina Schirmer – atriz “Aquela que consegue ser dona de seu próprio caminho, que tenha foco, objetivo.” Beatriz Romaniuk Pereira

“Mulher poderosa é aquela que não tem medo de encarar um leão por dia, que luta com a garra de um tigre, mas que sempre se mantém com a suavidade, a leveza e a graça de um colibri.” Afonso Dantas – jornalista

“Uma mulher poderosa? Inteligente, independente. Para mim, é a base de gostar ou amar uma mulher, eu já a tenho, a minha Jo que é como tantas mulheres que conquistam seu espaço com esses atributos e que, além disso, trabalham com dinamismo e emoção como Sandra Teschner.” Guto Dalçoquio – empresário “Sandra que é mulher poderosa... pra mim, a mulher maravilha!” Marcos Kappaun – fotógrafo

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“Sinto-me grata por ser reconhecida como uma mulher de verdade. Seu pedido é uma ordem, então lá vai uma rapidinha: Uma mulher de verdade ama com admiração e quer ser amada com respeito. Uma mulher de verdade consegue ser, num único ser, muitos seres. Uma mulher de verdade não deseja a zona de conforto, está sempre em busca do crescimento. Uma mulher de verdade sempre encontra uma saída, mesmo quando parece que o mundo desmoronou sobre sua cabeça. Passa um batom, confere o olhar e vai à luta.” Adriana Pedreca – gerente de Marketing

Fotos: Daniel Katz/As fotos selecionadas não serão devolvidas sendo que o próprio envio já se caracteriza como autorização de cessão de imagem para publicação

PODEROSA X BOAZINHA! “Ser boazinha, meiguinha, queridinha, quietinha, amiguinha... e coitadinha! Percebi ao longo dos anos, sim, eles passam, que não se chega a lugar nenhum sendo um monte de ‘inhas’! Acorda cedo, trabalha, cuida de casa, escritório, marido, Gregório (meu cão shitzu)... uma paulista morando em Curitiba e haja luta, empenho, empreendedorismo! Poder! Sempre trabalhei com varejo de moda, em grandes redes de lojas onde, se você for uma ‘inha’, definitivamente não te dão a menor bola e muito menos valor! Você vai criando dentro de si força, determinação, e as coisas vão se realizando, acontecendo! Ser PODEROSA não significa ser grossa, mal-educada, mal-humorada... muito pelo contrário: significa, com muita doçura, mansidão e plenitude, alcançar todos seus objetivos, metas e, daí então, ganhar o respeito de todos e de todas!! rsrsrsrsr... Ser PODEROSA é ser BOA em tudo que se faz...TUDO!” Renata Braga Artacho – consultora de moda e varejo RBA Consulting Brasil Ltda.


“Mulher poderosa é aquela que, sem perder sua feminilidade e seu carisma, tem em suas mãos um grande trabalho em prol de milhares de pessoas. Seja na área social, comercial, industrial ou serviços. Ela sabe conduzir e ser respeitada por todos sem que isto afete em nada seu comportamento. Não precisa impor nada a ninguém. É natural. Mas domina o mundo!” Dionéia Mendes – criadora do Fórum de Moda do Paraná “Acho que é ser mãe. Pra saber disso, levei 28 anos. Acho que ter filhos faz de nós mulheres de verdade desde a gravidez. Desafia-nos mentalmente, porque educar um ser humano e fazer dele o melhor possível requer uma habilidade que se incorpora a nós e se renova a cada dia, pra lidar com cada nova necessidade deles. Faz-nos poderosas por conseguirmos passar por todas as fases, contornando todo tipo de situação por eles. Hoje, me revejo e percebo quem sou de verdade, especialmente quando olho pras minhas filhinhas, por quem lutarei sempre!” Eli Borges – estudante de moda “Mulher poderosa para mim é aquela que faz as coisas acontecerem, que sempre encontra uma alternativa para os obstáculos no caminho, sabe o que quer, que traça um objetivo e vai em busca e realiza o que desejou para si! Acredito que uma das mulheres mais poderosas do mundo é a Madonna, que está há anos sempre chamando a atenção das pessoas, consegue sempre estar em alta, lançando moda, se reinventando, buscando parcerias e é o centro das atenções em todos os lugares em que ela está.” Anna Luiza Morgado – estilista de bolsas

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merchandising |

por regina blessa, consultora e palestrante - www.blessa.com.br

Você já avaliou a sequência de atendimento e de estímulos visuais que a sua loja proporciona para as consumidoras?

Confira os padrões nesta ordem: Fora da loja, de longe. Na frente da loja, de perto. Parando na vitrina. Entrar ou não? Entrando 3 metros. Localizando a categoria do produto. Abordagem das vendedoras. Pensando se vai mesmo conferir o produto. Atendimento e convencimento. Compra ou desistência? • O que é possível notar ao se aproximar (uns 3 m) da sua loja? • Se for loja de rua, conseguimos perceber alguma coisa de carro e a pé? • Ao estar exatamente na frente, a vitrina me chama a atenção? • Tem alguma coisa bonita ou novidade? • A vitrina deixa claro o que temos para vender e a qual tipo de

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consumidor nós visamos? • Ao colocar os pés na loja, como recebemos a cliente? Se você é do tipo que “fisga” a coitada que põe o pé no degrau, saiba que o correto é receber de longe apenas com um olhar e um sorriso. Nos 30 primeiros segundos na entrada, deixe a cliente só – sem abordagem! Se estiver lentamente observando a vitrina, deixe-a sonhar... Deixe-a entrar com liberdade e o seu olhar a distância dirá – Estou aqui à sua disposição! Quando essa cliente buscar o atendente com outro olhar, aí sim, deve ouvir o famoso – Pois não!? Se for uma cliente mais apressadinha, não se preocupe, ela irá em sua direção para pedir. Não se esqueça de que a vitrina é só o começo. As peças “chamariz” que estão nela devem ser visualmente encontradas logo que a cliente dá os primeiros passos dentro da loja. Qualquer peça em destaque pode fazer a cliente dar marcha a ré, se não localizar facilmente a arara com aquela categoria para pegar, experimentar e decidir a compra.

O impulso de compra em moda é muito importante e não podemos interromper essa vontade. Veja na foto um exemplo correto de como um manequim com uma peça destacada tem sua arara logo atrás para gerar impulso e experimentação. Se essa arara estivesse mais atrás ou sem visibilidade facilitada, as vendas por impulso seriam mínimas. Alguns detalhes podem fazer muita diferença entre a efetivação da compra ou uma simples desistência.

Imagem: arquivo pessoal de regina blessa

De fora para dentro da loja


pequenos profashionais

Eles fazem a felicidade transbordar em diversos momentos, deixam as nossas vidas mais animadas e divertidas, os pequenos fashionistas em diversos clicks Alice Reichardt São Paulo – SP filha de Mary Ann, é uma profashional por essência

Fotos: As fotos selecionadas não serão devolvidas sendo que o próprio envio já se caracteriza como autorização de cessão de imagem para publicação

Lucas Falcão Freitas 2 anos São Paulo – SP

Enzo Palma de Souza 1 ano São Paulo – SP

Yasmim da Silva Dias 2 anos Lavínia – SP

Catarina Bellini Bonito 11 meses Sorocaba – SP

Participe você também!!! Escolha um look bem fashion, tire uma foto e envie para nossa redação: revista@revistaprofashional.com.br

Isadora Nogueira Igrejinha – RS Ela que já viveu toda a gestação em mundo profashional cada dia nos encontramos mais em suas expressões

Avenida Jandira, 843 Moema – São Paulo – SP | CEP 04080-005

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por fernanda Cordeiro e Marisa Abel

Alice

De volta ao País das Maravilhas, o filme de Tim Burton recria o universo surrealista de sonho e inspira marcas a trazerem este mundo para mais perto da realidade 50

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marketing incita o desejo de consumo das pessoas, ou o desejo das pessoas é detectado e suprido pelo marketing? Sabemos que as duas coisas andam juntas, quase lado a lado, e o transmídia entre arte, moda, beleza, cinema, música e comportamento cria novos nichos e oportunidades aos quais

imagens: divulgação das assessorias das marcas/image.net

crescidinha e as maravilhas do consumo moderno


Brinco e colar Swarovski Jogo para PC em 3D

Baralho Copag

o mercado tem de estar muito atento para não perder o timing e ficar como o coelho da história em questão: “I’m late! I’m late!”. Agora é a vez da Alice, e que o cinema influencia a moda (e tudo o que está ligado a ela) e faz disso um negócio muito bem-sucedido não é novidade, mas o burburinho que o novo filme de Burton tem causado, desde o final do ano passado, foi realmente eficaz. O filme “Alice no País das Maravilhas” já estreou quase saturado na mídia e o grande público já sabia de cor cada detalhe do make-bapho do Chapeleiro Maluco.

E se “o jeito mais legal de viajar é de chapéu”, mergulhamos fundo neste universo, no qual o grande anfitrião é um “designer de chapéus” cheio de excentricidades. Doido? Depende do ponto de vista, afinal a sanidade e a loucura andam de mãos dadas. E, em meio a tantas coisas lúcidas no cotidiano, nada melhor do que viajar para um lugar no qual as possibilidades são ilimitadas. Assim como na história de Alice, no mercado da moda, tudo é possível, vale criar, recriar e fazer releituras das coisas existentes para se ter sempre como

Anel Pandora

Esmaltes O.P.I.

Camiseta Renner

Conjunto de sombras Urban Decay

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Prato Coletivo Amor de Madre

CD Almost Alice

Porta-vela Etna Bolsa Pacific

visita ao mundo de Alice visitado por marcas que apostaram forte nesta tendência. Do travesseiro à porcelana, de livros ilustrativos a jogos de computador, tudo foi criado e recriado para que a imersão nesse contexto fosse extremamente intensa. Se tudo isso for apenas um sonho, “vou sentir saudade de você quando acordar”.

O transmídia entre arte, moda, beleza, cinema, música e comportamento cria novos nichos e oportunidades aos quais o mercado tem de estar muito atento para não perder o timing e ficar como o coelho da história em questão: “I’m late! I’m late!” 52

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Camiseta Elisa Brazão

Livro Editora Caramelo

Bule Coletivo Amor de Madre

imagens: divulgação das assessorias das marcas/image.net

encantar os consumidores ávidos pelas novidades e pelos assuntos do momento. Diversas marcas, nacionais e internacionais, embarcaram na “onda Alice” e criaram produtos, modelitos e vários objetos de puro desejo inspirados nessa história, que, na nova versão, não é nada infantil e está mais para agradar a jovens adultos que adoram colocar a imaginação para funcionar, e que apreciam a impecável fotografia, sombria e lúdica, que já é característica do diretor. Para não perder a hora do chá, com a lebre mais apavorada do mundo subterrâneo, fizemos uma

Quebra-cabeça Toyster


Alice e o social A coleção de design e acessórios produzida pela ONG Orienta Vida, primeira licenciada oficialmente pela Disney, e assinada pela consultora Ana Strumpf, está um charme e além de tudo carrega em si a importância da responsabilidade social unida ao crescimento do mercado da moda artesanal.

Almofada

Cadernos

Poltrona


marketing |

por luis carlos cruz, consultor de marketing e especialista em trade mercadológico

O sino no rabo do

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Todo o trabalho poderia ser mais bem desempenhado se houvesse maior apoio e delegação por parte do chefe que, ao motivar, delegar e treinar sua equipe, obteria um rendimento mais consistente, permitindo à empresa obter melhores resultados.

maior apoio e delegação por parte do chefe que, ao motivar, delegar e treinar sua equipe, obteria um rendimento mais consistente, permitindo à empresa obter melhores resultados. Com certeza, você conhece pessoas que têm cargo de chefia e que, por estarem nessa posição, acreditam saber tudo e que podem tudo, principalmente dar palpites nos negócios das outras pessoas. Existem outros chefes que preferem adotar a filosofia do “laissez faire”, ou seja, vamos deixar a coisa como está para ver como fica. Isso significa que quanto menos envolvê-los, melhor para eles, pois a engrenagem da organização faz a roda girar e eles pensam que as coisas são resolvidas por causa de sua eficiente administração. Aqui é importante não confundir o chefe que sabe delegar e que, portanto, conhece o trabalho e as pessoas que são capazes de executar as tarefas sem sua interferência direta, sendo assim bons administradores. A delegação de poderes e de tarefas é uma arte que poucos chefes sabem fazer, pois, para isso, é necessário preparar seus subordinados e se educar para não interferir enquanto as tarefas são executadas.

IMAGEM: STOCK.xchng

A

prendemos que não devemos julgar as pessoas nem tão pouco condenar suas atitudes e decisões, mas chega um momento em que apontar as falhas do chefe é necessário e até imprescindível à sobrevivência de toda a equipe e especialmente para a empresa que precisa de resultados e tem os concorrentes à espreita de um vacilo para abocanhar um naco maior de mercado. Não se trata de entregar o chefe, mas simplesmente de fazer uma avaliação profissional e crítica sobre sua performance e forma de liderança inadequada, para o bom desempenho de todo um time. Mas quem vai colocar o sino no rabo do gato? Geralmente, uma má gestão do chefe perdura por longo período de tempo, porque ninguém da equipe tem poder ou coragem de relatar ao superior do chefe os problemas causados por uma gestão deficiente, até porque não se sabe o quanto o chefe do chefe é conivente com o fato ou, na realidade, desconhece as deficiências do subordinado, uma vez que o trabalho sempre é realizado pela equipe que se empenha em cumprir suas metas. Todo o trabalho poderia ser mais bem desempenhado se houvesse

gato


por marisa abel , chefe de redação

| my choice

Estrela FASHION de GERAÇÕES E quando o assunto é a Barbie, seus fãs não param de surpreender. A mais recente criação de impacto mundial foi da designer chinesa Lu Wei Kang que aplicou o particular estilo de Lady Gaga na delicada fashion doll. Deu o que falar mundo afora. Aqui, na nossa redação, ela também sempre é destaque, criamos para ela uma produção “Rural Fashion”, aproveit a n d o o c l i m a d e i n t e r i o r. Levamos, literalmente, a Barbie à roça com todo o seu estilo e glamour. Confira como ficou o “editorial” à la sítio.

Para todas as horas de surpresa, use: “tô Barbie na caixa!”, essa expressão está ganhando espaço, é mais ou menos como um “me colore que eu tô bege”.

Fotos/Imagens:

Fotos: Mabel

C h r i s t i a n D i o r, C h a n e l , Versace, Givenchy, Carolina Herrera, Donna Karan, Giorgio Armani, Alexandre Herchcovitch, dentre muitos outros estilistas, já fizeram looks especiais para ela, que é um dos maiores ícones fashion do planeta, a Barbie. Este ano, ela completa 51 anos de história, que é uma ótima ideia, principalmente para um case de sucesso do que seria um produto para o mercado infantil que foi além, ganhou passarelas e uma infinidade de fãs de todas as idades cujo tempo só fez crescer e multiplicar.

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(is the new)

Viva a modernidade!

Cinza, oncinha, verde e o próprio preto são o novo preto, poá é a nova listra, blog é o novo diário, óculos gatinho is the new wayfarer... a Profashional fez uma lista de 10 “novas coisas” do momento para você se divertir, pensando em moda e comportamento. Seja editor(a) de moda por um dia e mande o seu “Is the new” para nós. As comparações mais criativas serão publicadas em nosso blog! www.editoraprofashional.blogspot.com p-model is the new To It-girl cialite So is the new DJ 30 is the new 40 tom is the new Ba e Esmalt partamento de RH De w ne is the Twitter o virtual e new Bichinh Farmville is th is the new RG Profile te (Moss) is the new Ka Suri one fixo lef Te is the new Skype a rs Ba is the new Google

Fotos/Imagens: Colagem artística de Danielle Lima/arquivo profashional/ divulgação/BBOA

w e n e h t is


(artigo)

Fotos: arquivo pessoal de fabrÍcio nascimento

A

Nó na língua

s expressões de linOutras expressões ganham guagem são o maior o mundo. Quem já esqueceu arauto do dinamismo o “Hasta La vista, Baby” falados idiomas. De ori- do pelo “governator” Arnold gem local, por vezes Schwarzenegger no seu segunganham proporções mundiais. do “Exterminador do Futuro”? Ou Mas a maioria se limita ao tempo o “c’est fini” de origem francesa? e ao espaço. Restringe-se a um Ou o “game over” advindo dos determinado grupo de pessoas, jogos eletrônicos? região ou profissionais. Mas algumas denunciam o De onde surgiu essa expres- avançar dos anos. Arrasado, são? Boa pergunta e tantas ve- concluí que não estou mais na zes repetida! De um modo geral, flor da idade numa aula para a sua origem é bem pontual. Na estudantes de graduação em Bahia, temos infindáveis exem- Salvador. Os alunos menores de plos como a “boca de zero-nove” vinte anos não entendem expresque se referiria a uma caixa de sões como “cair a ficha”, “mudar som de nove polegadas, sinôni- o lado do disco” e “voltar a fita”, mo de boa qualidade. Portanto, simplesmente porque só usaram chamar alguém dessa forma se- um orelhão a cartão – aliás, nem ria um elogio. Assim como “pedra telefone público usam mais, agonoventa”, usada pelos minerado- ra é apenas o celular –, e músires para denominar uma pedra ca apenas em CD ou MP3. Eles com elevado grau de pureza e nunca rebobinaram um VHS, qualidade, utilizada popularmente para se referir a (...) as expressões servem quem é honrapara enrolar ou para do, cumpridor de seus compromisdesenrolar um diálogo. sos. “Tá rebocaQuando bem aplicadas, do” é quando o pedreiro finaliza trazem graciosidade à a sua obra, está confirmado e conversa e fazem aproximar sem chances de mais as amizades. mudança.

todavia, seguem a “dormir no ponto” e deixar a “fila andar”! Passei apuros quando fui, pela primeira vez, a uma oficina automotiva em São Paulo. Falei ao mecânico que a descarga do carro estava furada. “Mas doutor, o seu carro tem descarga?”. Lá, chama-se escapamento. Aproveitei para reparar umas mossas na lateral e o paulista não entendeu. Eram “amassados”. E a jante com defeito não foi consertada, pois lá a conheciam como roda. Na papelaria, o baiano também sofre para entender o que é lapiseira, grafite e apontador. Classificador se chama pasta. E as diferenças continuam na padaria, açougue, no trânsito etc. Enfim, as expressões servem para enrolar ou para desenrolar um diálogo. Quando bem aplicadas, trazem graciosidade à conversa e fazem aproximar mais as amizades. Buscar suas origens pode ser trabalhoso, mas sempre muito divertido.

Fabrício Nascimento

Médico e escritor baiano, e já deu vários nós na língua artigos@revistaprofashional.com.br

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Minha pele, Ostentar uma tatuagem, décadas atrás, era sinônimo de pessoas à margem da sociedade. Ainda bem que os estigmas passam e as virtudes se sobressaem em meio a um mar de divagações que, em muitos casos, eram erroneamente preconcebidas. Nestas páginas, mostramos quem tem, mostra e se orgulha de suas histórias na pele feitas para escrever novos tempos. 58

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por julia moraes

minha verdade

Fotos: julia moraes/hendi du carmo

Encarar a “maquininha de tatuagem” por algumas horas não é uma das tarefas mais fáceis. Coragem, certezas, desejos e confirmações estão em jogo nesse simbólico e ancestral ato que é se tatuar. Para alguns, é um rito de passagem a uma nova fase de vida, como a chegada de filhos. Também pode ser uma aliança amorosa ou de amizade, um pensamento que se torna constante e que merece ser eternizado, uma crença, um lifestyle, ou um “signo” que remeta a uma tribo e/ou a outros com os quais a pessoa se identifica. Em verdade, a história da tatuagem no Brasil é datada de meados dos anos de 1960, com a chegada de um tatuador dinamarquês conhecido como Lucky, que propagou o seu trabalho no cais de Santos, apaixonado por seus personagens pitorescos: marinheiros, prostitutas e foras da lei, e que, eventualmente e obviamente (dada à época), disseminou por longo tempo o preconceito pela arte e por quem a ostentava. De lá para cá, muita coisa mudou, muitas canções foram escritas e cantadas aos quatro cantos do planeta, como a sensacional “Tatuagem” de Chico Buarque em parceria com Ruy Guerra, que diz “Quero ficar no teu corpo feito tatuagem que é prá te dar coragem prá seguir viagem, quando a noite vem...”. Poesias à parte e com toda a poesia possível, quem nunca quis, em seu corpo, um desenho que traduzisse o seu momento, que atire a primeira pedra. Algumas imagens falam por si só e há desenhos que declaram muito mais do que imaginamos sobre a nossa personalidade. Conheça depoimentos de profissionais que se orgulham de suas escolhas e pretendem continuar a “escrever” novas imagens em seus corpos, por longo tempo.

Fiz minha primeira tatuagem aos 20 anos e tenho sete desenhos. Acredito que todas as tatuagens precisam ter um significado específico, contar uma história particular. Observo que vivemos numa época de banalização e de pessoas que fazem tatuagens por fazer, o que é uma pena. Nos meus desenhos, busco elementos que tenham a ver com a minha personalidade, como: símbolos, gatos, estrelas (as minhas simbolizam minhas irmãs e eu) e caveiras, que aliás adoro e não as relaciono com o fim e sim com um recomeço, somos isso por dentro. Acho que em áreas mais “sérias” ainda existe o preconceito, em menor escala, mas ele está lá, talvez, alguma herança histórica de tempos em que não eram compreendidas pela sociedade. Gosto da arte que tenho tatuada em meu corpo e penso, sem dúvida, em fazer outras mais. Flávia Tegão, gerente de MKT, Shopping Metrô Tatuapé

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A tatuagem sempre me fascinou desde criança. Não via a hora de poder fazer uma e, antes de completar 18 anos, circulava por ateliês de tatuagens sempre que tinha um tempo livre, sonhando em fazer uma. Lembro-me de todas as que fiz como se fosse hoje e a história de cada uma delas, mesmo as que já cobri com outras... rs. Acabei ficando amigo dos tatuadores de tantas visitas que fiz no tempo do colégio. Minha primeira tatuagem foi logo aos 18 anos, fiz o que o meu dinheiro podia pagar, um tubarão bem pequeno que, na verdade, era o desenho do cartão de visita do tatuador no Guarujá, sem falar que este era o dinheiro da passagem de ônibus para voltar para casa. Bom, o tempo passou e o fascínio pelas tatuagens só aumentou, sempre estive envolvido com elas e seus desenhos. Sou designer gráfico e publicitário, sempre ouvi de amigos que eu deveria tatuar. Foi, em 2001, ao sair de um emprego como gerente de Marketing do Carrefour, que eu resolvi comprar um kit de tatuagens e aprender a tatuar. No começo, eu parecia como um macaco com gilete nas mãos, já saí fazendo uma grande tatuagem na minha perna. Depois disso, trabalhei por um ano em um ateliê de tatuagem até ser chamado novamente para atuar com Varejo. Mas sempre que posso, faço uma tattoo em algum amigo, familiar ou em mim se faltar cobaias. A última tatuagem que fiz foi o fechamento do meu braço inteiro e do peito esquerdo, fechando várias tatuagens que eu já tinha, devo ter aproximadamente 30 tattoos se contar tudo. O estilo que eu mais aprecio é o das orientais, todas ligadas a significados dos antepassados e suas crenças, quase todas as minhas tatuagens são orientais. Dentre elas, um tigre samurai (peito), dragão (braço direito), uma carpa e um Raijin deus do trovão (braço esquerdo), Hanya máscara protetora (perna esquerda), um tigre e uma serpente (perna esquerda), Darth Vader e Frankenstein (perna direita) e um Mickey pirata (nas costas). Cristiano Facó, designer gráfico, agência Octopus

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Fotos: arquivo pessoal de cristiano facó/hendi du carmo


Estou me formando em Jornalismo, e atuo como piercer (perfuradora corporal). Fiz minha primeira tatuagem com 14 anos e cada desenho em meu corpo representa uma fase/época da minha vida – as quais quero sempre levar comigo –, algumas são homenagens, como as coroas que tenho tatuadas na cabeça. Uma para minha avó, outra para meu avô. Trabalhando com piercings, cheguei a conciliar alguns trabalhos em empórios, atendendo a um público classe A. Nunca sofri nenhum tipo de preconceito, senti apenas curiosidades das pessoas em relação à dor, como são colocados alguns piercings etc. Cada vez mais as pessoas se tatuam e se perfuram, o preconceito ainda existe, mas as pessoas estão aprendendo a “respeitar” mais nosso estilo de vida e estão mais curiosas. Fabiana Palma Leite, estudante de Jornalismo, Klash Tattoo

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coluna da dani |

por daniela rodrigues

tecidos

Conheça os

tecnológicos do inverno

2010

Na edição anterior, falei sobre o que será usado na nossa temporada outono/inverno 2010 e mencionei que o grande destaque nas passarelas foram os tecidos tecnológicos. Irei explicar melhor para você, querido leitor profashional, quais são eles. Claro que não podemos deixar de falar dos tecidos que são superconsagrados na passarela, como cetim, seda, renda, tafetás, tules, jérseis de seda etc., mas estes, a seguir, são novidades, outros só tiveram um pouco mais de evidência nessa temporada. Confira:

Europad: Esse tecido foi desenvolvido pela Santaconstancia inspirado no neoprene. Trata-se de uma malha dupla, com espessura diferente e que tem um visual não tão brilhante como o cetim e é produzida com 93% de poliamida e 7% de elastano, que dá certa maciez e conforto às peças com modelagem de alfaiataria. Ele foi muito explorado pela Rosa Chá.

O modernoso Ciré: É um tecido que leva uma camada de cera que o deixa brilhante, dando aspecto de lona impermeável. A Cori e o estilista Wilson Ranieri fizeram algumas peças superlegais com ele. Eu escrevi, no ano passado, um editorial no meu blog, Miscelanium Fashion (www.miscelaniumfashion. com), sobre as leggings de Ciré. Passa lá depois para dar uma olhadinha e se inspirar! Wilson Ranieri optou Ciré

A pele sintética foi destaque no desfile de Glória Coelho

O jeans ganha um acabamento desenvolvido pela Têxtil e Creora Eco que dá um aspecto de couro às calças jeans, denominado de Leather Denim, que de um lado parece couro e do outro é o azulão normal da peça. A Ellus tem umas peças lindíssimas em que vale a pena investir.

Fotos: Agência Fotosite

Denim bielástico:


Peles sintéticas: As penas, o couro sintético e os pelos são tão benfeitos que até parecem reais. Tudo ecologicamente correto e isto é perfeito. A maioria delas é produzida pela Pelican Têxtil ou importada da França. O aspecto é incrível. Glória Coelho usou e abusou desse truque que dá muito glamour ao look.

Cori usou Ciré

Sonic Fabric: É um tecido reciclado de aparência rústica feito em tear manual com fios de fita cassete. E olha a doideira, você consegue ouvir o som dos fios depois que a roupa foi feita! O tecido com os fios tem som de estômago funcionando. A Animale mandou muito bem quando escolheu esse tipo de tecido para aplicar nas golas de suas peças.

A lã com ‘dreads’: É uma lã tipo feltro com efeito futurista. Esse tipo de tecido é de origem uruguaia e passou por um processo de feltragem, ficando mais grosso e com aspecto de desgastado e embolotado, dando a aparência parecida com os dreads de cabelo. Ele proporcionou efeitos interessantes às jaquetas da Animale.

O Neoprene de hoje e de sempre: Ele, que sempre teve espaço nas coleções da estilista Glória Coelho, surge agora em outras marcas, como a Forum. Esse tecido de apelo esportivo é a combinação de borracha expandida sob alta pressão e temperatura que, quando vulcanizada, é revestida com tecido. A novidade desse inverno é o Neotextil, que possui um aspecto mais fosco e oleado. Mário Queiroz usou e abusou desse material.

O FilodiScozia: Desenvolvido pela Dalila Têxtil, é um tipo de uma malha superconfortável e que não faz bolinhas. Sua composição de fios retorcidos resulta em um brilho intenso. Alexandre Herchcovitch usou esse tecido em algumas peças de sua coleção.

O Oregon Slim Fit: O Oregon Slim Fit, da Canatiba, é um jeans com uma modelagem mais justa e confortável que pode ser Blue ou Black. É o famoso jegging, que é a peça que une o jeans com o conforto da legging. A Colcci tem peças incríveis!

Na passarela, a Forum abusou do neoprene

Lãs com dreads foi a aposta da Animale


comportamento |

por kai hrebabetzky

Quem acredita sempre alcança

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lombiRosas co preferidas anas, as er ra Teschn de Sand

quências. Bem, essa última provavelmente seria a minha resposta para mim mesmo (eu sei que um tanto quanto ingênua, mas ao mesmo tempo eficiente, e muito interessante se levadas em conta a incerteza e a surpresa com cada novo dia). As três soluções pressupõem, no entanto, que tenho a intenção de fazer tais questionamentos, e não que são espontâneos, involuntários, espasmos de uma mente ligeiramente desocupada, devaneios de uma pessoa sem muita concentração e foco. Quando por indagação de outros, sou levado a responder o que quero ser quando crescer, fico claramente em dúvida, afinal sei que esperam uma resposta concreta: diplomata, empresário, consultor, ou até coisas mais interessantes, viajante profissional, por exemplo, às vezes toma à frente dos meus pensamentos e até planos, mas o meu verdadeiro desejo é muito mais abstrato, mais complexo do que os versos apocalípticos de um louco crônico e mais simples do que um sim.

Cena do filme Alice no País das Maravilhas, de Tim Burton

O que quero ser quando crescer? Feliz, quero amar, sou feliz e amo, e não quero que isto cesse. Pode parecer uma fuga simples à pergunta, uma resposta sem fundamento, pode dizer que tomei a liberdade de escapar da resposta pela porta dos fundos, que esta é a consequência do que deveria ser a resposta. Como serei feliz? Eu não sei! Mas serei, quem sabe assim como Vinicius de Moraes o desejava, eu me torne um médico de flores, e assim hei de curar as rosas de minha mãe (que certamente serão colombianas, suas favoritas) e, ao voltar para casa, a bem-amada orgulhosa de meus feitos há de me beijar. Quem sabe? Afinal quem acredita sempre alcança.

Notinha da redação: Nossa jornalista, Dio Jaguarível descreveu o artigo como “um texto de um filósofo em tempos de Facebook”.

Imagens: image.net/bboa

E o amanhã? O que ele reserva? E o mês que vem? O que acontecerá? Será que vou acertar ou será que irei errar? Serei bom, serei mau ou não serei? Terei, não terei ou você me terá? Ano que vem, eu vou, ou vou voltar? Vou subir, descer ou continuar? Estudar, vadiar ou trabalhar? Conquistar ou me entregar? Você vai me trazer ou eu te levar? Serei o que quiser, ou ainda não sei o que quero ser? Vou insistir, lembrar ou esquecer? Posso ter tudo o que quero ter? Posso ter tudo o que posso ver? Posso ter você? Você pode me ter! A quantidade de loucuras que Alice consegue imaginar antes mesmo do café da manhã (para quem ainda não teve o prazer de assistir à “Alice no País das Maravilhas”, são seis), não se compara à quantidade de perguntas que passam pela minha cabeça durante a manhã, as quais, no entanto, são bastante repetitivas. Hão de dizer que me concentro demais na pergunta e acabo perdendo o foco da solução, que me preocupo com perguntas sem respostas, ou até mesmo que devo simplesmente continuar vivendo, sem ocupar meus pensamentos com tais coisas, seguir adiante sem me preocupar muito com as conse-


flashes Beleza em evidência A atriz Flavia Alessandra é destaque de mais uma campanha de moda. Sucesso há vários anos nas telinhas da TV brasileira, desta vez, a bela, que foi fotografada na capital paulista, brilha na grife Dianna.

Na hora certa

Sensualidade à flor da pele Linda até na hora de dormir, e com muita sensualidade, estas camisolas do Clube da Calcinha são peças delicadas que dão um toque romântico na hora mais tranquila do dia.

Fotos/Imagens: divulgação das marcas

Fotos/Imagens: Paschoal Rodrigues / Divulgação das assessorias das marcas

Para ser pontual nos compromissos do dia a dia, é bom ter sempre um relógio por perto. Melhor ainda se for bem estiloso como este, com design geométrico, da Touch Watches.

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A E ra D O Será que Freud conseguiria explicar essa expressiva “Era do Cachorro Louco”? Enquanto não consultamos o ‘pai da psicanálise’, continuamos a desfrutar a divertida onda na qual a forma de expor a opinião sobre o que acontece pelo mundo foi além da verbalização, despontou com muita evidência no visual mais inusitado e deixa a originalidade fluir.

Imagens: divulgação e acervo Profashional. retiradas da Internet e enviadas pelos leitores em forma de correspondência, sem pretensões autorais/BBOA

Livro Dog Fashion

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CACHORRO LOUC0 ek – Rússia

Pet Fashion We

reloaded

a teoria semelhante Se você tem algum o” envie para a do “cachorro louc com editora@profashional.

Aubrey O’Da

y


Pet fash ion O universo pet realmente chegou para ficar. Se esses companheiros já faziam sucesso em casa, eles ganharam ainda mais páginas de revista, eventos de moda especialmente para eles e os concursos ampliaram sua edições. Nossos leitores selecionaram algumas fotos para compartilhar dessa amizade deliciosa. Mande você também a imagem do seu animalzinho e entre na “Era do Cachorro Louco”.

Meu nome é Billy, moro na Vila Ema, que fica na Zona Leste de São Paulo, eu deveria viajar para a Itália, porque o que mais gosto de comer é pão italiano dura nte as refeições. Bon appetit para todos.

os e continuo tenho seis an u o Ducke, já e sou fã rqu po Galera, eu so te en ito, principalm nia é tirar aprontando mu ral, e minha ma ge em s pa zer em pra ro de meias e rou pu é , las, já as meias as etiquetas de destruí-las.

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www.profashional.com

Olá, meu no me é Suzi, vivo em um Piracaia (S sítio em P) que tem muito espa adoro com ço legal, er os abac ates madur nadar na re os e també presa. É m m uito bom viv to com a na er em cont tureza. a-

Eu moro na cidade que é famosa por tudo ser grande (Itu – SP), mas eu sou pequenininha. Meu nome é Lana e gosto muito de comer, dormir e tomar Sol, mas se for para escolher só uma opção, fico com a comida. Agora, estou de dieta, me alimento pouco e só com ração light, choro querendo mais comida, mas minha médica me diagnosticou como obesa, então preciso me controlar.

Fotos: Imagens: divulgação e arquivo Profashional/retiradas da Internet/BBOA/enviadas pelos leitores em forma de correspondência, sem pretensões autorais

apso) inhos Bill (lhasa Somos os irmãoz os a “Era do ram ado ), hire rks e Nina (yo partie sonhamos em Cachorro Louco” nhos!! Será que foti sas nos as cipar com hos? lizar nossos son conseguiremos rea . ços bra Au e Lambeijo


dicas (livros)

Estante cultural Porque nossos dias não têm um tema só • Estratégia de venda e motivação de equipe para SUPERMERCADOS Frederico Gorgulho aborda sobre o ambiente do varejo supermercadista no Brasil e sua competitividade. Por meio deste livro, em uma leitura didática e de fácil compreensão, o autor relata algumas estratégias pertinentes para o modelo de negócio supermercadista. Editora Scortecci.

• Só tem insônia quem quer Se contar carneirinhos é a melhor forma de se ter um sono tranquilo, este livro é ideal para aqueles que passam suas noites em claro. As fotos e ilustrações que o autor Celso Rausch escolheu para compor o livro são lindas, é perfeito para se ter na cabeceira. Matrix Editora.

• Como treinar o seu Dragão O livro ilustra o enredo do filme, que estreou em março nos cinemas. É uma divertida aventura que se passa num mundo místico dos vikings corpulentos e dragões ferozes. Editora Caramelo.

Imagens: divulgação das respectivas editoras

• O livro dos vampiros Com a saga “Crepúsculo” em alta, nada melhor do que saber por que vampiros fascinam tanto a humanidade. Este livro traz ilustrações belíssimas e informações sobre a mitologia dos vampiros: desde sua origem em lendas presentes em todas as culturas do mundo até os filmes atuais. Editora Arx.

• Dicionário das Loucuras de Amor – Definições bem-humoradas para corações apaixonados Toda mulher já teve uma paixão avassaladora. Caso ainda não tenha passado por tal experiência, certamente passará ou está procurando viver um grande amor. Escrito pela jornalista Viviane Pereira, o livro define de forma bem-humorada as loucuras apaixonadas das mulheres. Matrix Editora. w w w. p r o fa s h i o n a l . c o m

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(artigo)

QUAL O PAPEL RESERVADO AOS POETAS NOS NOSSOS DIAS?

John Keats

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to intuitivo, a imaginação poética são hoje poderosas ferramentas espirituais para a evolução das sociedades, aspirando ao cultivo do desenvolvimento harmonioso da relação entre o homem e a natureza, ou seja, à fusão, ao sossego da alma no balanço equilibrado com o meio envolvente, pois, mais do que nunca, o homem precisa se harmonizar com a natureza, caminhando com ela, e não contra ela como ainda hoje é defendido na visão capitalista de desenvolvimento. Defendo o estado contemplativo e criativo como imperativo para a sobrevivência do homem nos tempos caóticos da modernidade industrial. Mas qual o papel reservado aos poetas nos nossos dias? Talvez o papel do poeta seja justamente meditar sobre essa pergunta. Está em curso uma baderna de tudo o que entendemos por poesia. Os modos de dizer poesia estão completamente confundidos, alguns poetas regressam a

Anna Akhmátova

Emily Dickinson

Walt Whitman

Paul Verlaine

Lord Byron

Imagens: reproduções meramente ilustrativas/bboa/divulgaçÃo

A

A poesia corre com o rio do tempo e do ser; mais do que ao autor, ela pertence à sociedade. Nenhum poeta honesto tem o culto do autor enquanto entidade independente, porque sabe que a poesia é, na sua essência, uma proposta de partilha. O poeta é um pesquisador de harmonias preexistentes no cosmo, seja ele o microcosmo humano de cada um ou o grande universo de que fazemos parte. Tudo, devemos aos outros, no processo criativo, nada mais fazemos do que saldar uma dívida de gratidão e amor por tudo o que nos foi dado para continuarmos essa obra de construção da voz poética, talvez inútil pelas leis da universalidade eterna, mas muito significativa para nossos particulares microcosmos. Tudo isso para dizer que o Oculto, enquanto símbolo, exprime essa imensa força catalisadora de grandes transformações. A sensibilidade, o pensamen-


formas clássicas como o soneto, outros se deixam tentar ainda pela inovação formal que está praticamente esgotada, mas toda a discussão em torno da forma, ou dos limites do gênero, esquece o essencial: qual é o papel do poeta na sociedade de hoje? Gosto de pensar que os poetas são uma espécie de reserva ética da humanidade, que deveriam ser consultados pelos políticos, porque enquanto guardiões de uma tradição antiquíssima que os coloca como oficiantes dos grandes ritos coletivos de religação cósmica, e intérpretes das vontades do grande espírito que tudo engloba, o mundo subjetivo e o aí existente, eles com maior facilidade saberiam distinguir entre o que é verdadeiramente necessário para os povos e o que é meramente ilusório, levando assim os responsáveis deste mundo a mentirem menos e a seguirem uma política de verdade e de justiça. Mas os poetas perderam qualquer estatuto dentro da sociedade, eles são hoje quase uns marginais, e, quando participam da coisa pública, detectam-se neles com maior evidência todos os defeitos de outros puxa-sacos, com a agravante de neles a falta de ética ser absolutamente intolerável. Charles Baudelaire

O poeta deve ser um exorcizador de demônios, nunca o demônio dele próprio. Talvez os poetas se devam hoje calar, afastar da coisa pública, para meditarem na sua solidão sobre o seu papel na sociedade, porque a existência de poetas corruptos ou poetas mentirosos envolvidos no jogo político é algo de muito doloroso para toda a humanidade.

Gosto de pensar que os poetas são uma espécie de reserva ética da humanidade. É imperioso repensar o papel do poeta, mas, entretanto, parece-me que estamos um pouco condenados, e isto não é pouco, a escrever apenas para a humanidade vindoura, porque os atuais demônios do consumismo, do vazio espiritual da vida moderna, do sensacionalismo são inimigos mortais da verdadeira poesia. Os poetas, creio, são hoje uma espécie de guia espiritual oculto, mas presente para uma humanidade anestesiada e esvaziada na sua própria essência humana. Acredito que fazer poesia é uma boa receita para sanar enfermidades sociais.

Manuel Bandeira

Cecília Meireles

LIVROS POÉTICOS QUASE ESQUECIDOS PARA LER E PENSAR “Elegias Amorosas/Poems” (1633), de John Donne “Hyperion ou O Eremita na Grécia/Hyperion” (1797-1799), de Friedrich Holderlin “Peregrinação de Childe Harold/Childe Harold’s Pilgrimage” (1811), de Lord Byron “Isabelle” (1820), de John Keats “Noites/Les Nuits” (183537), de Alfred de Musset “Folhas na Relva/Leave of Grass” (1855), de Walt Whitman “O Cisne/Le Cygne” (1859), de Charles Baudelaire “Sabedoria/Sagesse” (1881), de Paul Verlaine “Poemas/Poems” (1890), de Emily Dickinson “O Livro das Imagens /Das Buch der Bilder (1902), de Rainer Maria Rilke “Rosário” (1914), de Anna Akhmátova “Tarde na Terra/Sent på jorden” (1932), de Gunnar Ekelöf “Estrela da Manhã” (1936), de Manuel Bandeira “Solombra” (1964), de Cecília Meireles “Mensagem/ “(1969), de Arseny Tarkovsky “Da morte. Odes mínimas” (1980), de Hilda Hilst “O Mel/Il Miele” (1981), de Tonino Guerra

Antônio Naud Júnior

O grapiúna é escritor e jornalista artigos@revistaprofashional.com.br

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compo r t ame n t o |

por mirella stivani

Mentiras sinceras não interessam Apesar de poucos admitirem, não falar a verdade faz parte do dia a dia de todas as pessoas

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imagens: sxc.hu/bboa

Q

uem diz que nunca mentiu está mentindo. Várias pesquisas já comprovaram que esconder a verdade faz parte da natureza humana. Motivos não faltam: seja para se safar de alguma situação, enganar o próximo, conquistar algo (ou alguém), não ter coragem de assumir um ato e por aí vai. Existe até a mentira “inocente”, aquela que se diz para não magoar o próximo. Como sempre afirma o impagável médico House, da série televisiva de mesmo nome, “everybody lies” (todo mundo mente). O que muda é só sobre o quê. E as pessoas não mentem apenas para prejudicar os outros, algumas vezes, elas prejudicam a si próprias. Por exemplo, um estudo realizado com 1,5 mil voluntários pela empresa americana WebMD, especializada na área de saúde, mostrou que mentir é um hábito de quase metade das pessoas que procuram um médico. Segundo o trabalho, 45% dos entrevistados admitiram que não falam toda a verdade na consulta. Outros 30% mentiam sobre a adesão a dietas e exercícios. Ou seja, como cantava o grupo Legião Urbana, “mentir pra si mesmo é sempre a pior mentira”. Afinal, o que se ganha mentindo para o médico? Mas o mentiroso também sofre por outros motivos. Contar lorotas demora mais do que dizer a


(...) um estudo realizado com 1,5 mil voluntários pela empresa americana WebMD, especializada na área de saúde, mostrou que mentir é um hábito de quase metade das pessoas que procuram um médico. verdade. Segundo uma pesquisa publicada no jornal “The Times”, de Londres, as pessoas chegam a demorar até 30% a mais para mentir. O novo método usado na pesquisa foi desenvolvido por Aiden Gregg, um psicólogo da Universidade de Southampton. A análise foi feita por uma série de perguntas que foram respondidas em um computador. Um programa emitia um algoritmo que indicava como a pessoa submetida ao teste se comportava. Em 85% dos casos, o entrevistado respondeu mais lentamente quando mentiu.

Algumas grandes mentiras da história... Que podem ser verdades ou não (afinal, foi difícil encontrar uma fonte 100% confiável): Napoleão não era tão baixinho. De fato, media 1,68 cm, inclusive superava por 4 cm o duque de Wellington, seu arqui-inimigo inglês. Os vikings não usavam capacetes com chifres. Foi uma invenção do pintor sueco Gustav Malstrom nas ilustrações que realizou em 1820 para o poema épico “Frithiof`s Saga”. A Guerra dos Cem Anos, na realidade, durou 116, de 1337 a 1453, ano em que os reis de Inglaterra e França (os países em conflito) puseram fim às hostilidades. Walt Disney não sabia desenhar e nunca desenhou nenhum de seus famosos personagens. Sherlock Holmes nunca disse: “Elementar meu caro Watson”. Nas novelas de Conan Doyle, o famoso detetive pronuncia apenas a palavra “elementar.” A frase, como ficou conhecida, foi escrita para o filme protagonizado por Basil Rathbone, em 1939. A guilhotina não é um invento francês, e seu criador não foi o doutor Ignace Guillotin, que somente sugeriu a guilhotina como método oficial de execução. Os romanos já conheciam e usavam o método, e alguns historiadores acham que foi inventada pelo cônsul Titus Manlius que, paradoxalmente, acabou sendo executado por ela. Van Gogh não cortou a orelha; só um pedacinho do lóbulo esquerdo. Joana d’Arc não era francesa. A verdade é que a heroína nasceu em Bar, uma localidade do ducado de Lorena que naquele tempo era então independente. Robin Hood não era um bandido generoso, nem roubava os ricos para dar aos pobres. Na verdade, foi um homem chamado Robert Hood que se revoltou contra o rei Ricardo II para não pagar impostos. Adão e Eva nunca comeram uma maçã. No Gênesis, não é mencionado sobre qual fruto se tratava; unicamente lê-se: “mas do fruto da Árvore que está no meio do jardim disse Deus: ‘Não comereis dele’… ” O mito provavelmente surgiu com os pintores renascentistas. “Se Maomé não vai à montanha, a montanha vai a Maomé.” Esse provérbio não pertence a nenhum texto sagrado islâmico. Faz parte de uma parábola inventada pelo filósofo britânico Francis Bacon. Os reis magos não eram três. O Evangelho segundo São Mateus só menciona a visita de alguns magos do Oriente, mas não especifica seu número e nem sequer diz que eram reis. w w w. p r o fa s h i o n a l . c o m

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pavê de jiló está uma delícia” (quer dizer: Que saudade da comida da mamãe). • P.: Mulheres também mentem? J. M.: Claro! E a pior mentira delas é na cama. Fingem que estão tendo um orgasmo. O homem não consegue fazer nem que queira. • P.: A mentira faz parte do ser humano? J. M.: Certamente. Desde o começo da humanidade. O homem começa a mentir logo que aprende a falar. E qual é a primeira pessoa pra quem ele mente? A mãe. Que por coincidência é uma mulher. (risos) • P.: Como seria um mundo sem mentiras? J. M.: Seria um lugar com pessoas de “olhos roxos”. Já imaginou você dizendo a verdade pra tudo, o tempo todo? Ninguém aguentaria. A sinceridade demais causa constrangimento.

• Profashional: Os homens mentem mesmo ou são as mulheres que ouvem errado? Juliano Mazurchi: Veja bem... As mulheres gostam de complicar as coisas. Às vezes, queremos falar a verdade, mas elas pedem que contemos uma mentirinha... • P.: Quais são as mentiras mais comuns que os homens costumam contar? J. M.: “Fiquei até tarde no trabalho!” (quer dizer: Fui tomar uma cervejinha com os amigos); “Não meu amor, você não está gorda!” (quer dizer: Está na hora de começar uma dieta); “Hummm, este

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• P.: Qual foi a maior mentira que vocês já contaram? J. M.: Mentira? A gente não mente. • P.: Como surgiu a ideia de fazer a peça? J. M.: Em 2004, meu irmão me mostrou um livro que estava lendo (“As Mentiras que os Homens Contam”), eu comecei a ler e fiquei admirado com a facilidade e perspicácia com que o Luís Fernando Veríssimo contava uma estória. Trabalhei com meus alunos de teatro e surtiu efeito. Chamei nossos amigos de grupo (Christian Hilário, Alessandre Pi, Charles Ferreira e Ricardo Vandré) pra fazer as leituras das crônicas. Todos adoraram! Resolvemos montar a peça. Convidamos o Heyttor Barsalini pra dirigir. E estamos até hoje em cartaz.

imagens: divulgação da peça

Na peça “Por que os Homens Mentem”, inspirada no livro “As Mentiras que os Homens Contam”, de Luís Fernando Veríssimo, a Cia de Comédia Nósmesmos apresenta várias histórias de como a mentira ronda os relacionamentos. Sucesso de público por onde passa, a comédia mostra cinco atores que se revezam entre personagens masculinos e femininos, o que já garante boas risadas. A seguir, o ator Juliano Mazurchi, que faz parte do elenco, responde a algumas perguntas feitas pela Profashional.

• P.: A verdade absoluta também pode ser prejudicial? J. M.: O único prejudicado com a verdade é a própria mentira.


flashes Madame Tussauds brasileiro A mais avançada tecnologia para produzir manequins de fibra de vidro e plástico foi lançada pela marca brasileira Expor. A linha E-Models reproduz perfeitamente qualquer rosto e corpo em um manequim. Isso permite que as marcas clientes da empresa, como Alexandre Herchcovitch, Iodice e C&A, entre outras, possam ter em suas vitrinas o rosto das tops de suas campanhas. Para o lançamento, a Expor fez o manequim de Camila Trindade, vencedora do Brazil´s Next Top Model e capa da edição 10 da Cidade Center Norte em Revista, publicação da Profashional Editora.

Swarovski exclusif

Fotos/Imagens: divulgação das marcas

Desenvolvida com exclusividade para nosso País e que o tem como inspiração, a coleção Ginga, lançamento da Swarovski, traz peças com as cores e DNA brasileiros. Raica de Oliveira é a primeira modelo brasileira a estrelar uma campanha da marca. Para cada peça da Ginga Collection vendida, a Swarovski doará R$ 4,00 à Fundação Gol de Letra, dos ex-jogadores de futebol Raí e Leonardo.

Golas fashion Não importa se são grandes ou pequenas, as golas soltas estão com tudo e prometem ser um hit na estação mais fria. A criatividade é item básico para compor um visual moderno, mas uma ajudinha é sempre bem-vinda. Uma peça de tricô sequinha ganha vida com essas golas que podem ser trocadas à vontade, criando looks bem diferentes. Os modelos estão disponíveis no Shopping FashionBrás.

Helô Pinheiro by Amarras Exemplo de beleza, a eterna Garota de Ipanema desfilou nas passarelas paulistanas as peças de sua grife Helô Pinheiro by Amarras, em parceria com as Lojas Influenza. O listrado é o forte da coleção, composta por macacões, conjuntos e túnicas bem elaboradas, feitos de malha. “Estou muito feliz com a coleção, o estampado está em alta com cores quentes e marcantes, a cara da estação”, conta Helô Pinheiro.

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(entrevista - rogério skylab) |

por julia moraes e marisa abel

Skylab para maiores Despretensioso, ousado, irreverente, sem qualquer receio de dizer o que pensa e sente, assim é Rogério Skylab, o cantor e compositor das coisas comuns e, como ele mesmo diz, dos terrores noturnos Aparência tranquila, fala mansa (até começar a cantar), divertido na sua essência de ser. Mesmo que conquistar o riso não seja o objetivo quando solta suas palavras pelo ar, Skylab fala especialmente para a Profashional, em uma entrevista que foi um tanto inusitada, e comenta sobre a vida profissional, as preferências e o futuro de sua carreira. Com letras de músicas que fogem dos padrões convencionais, em que algumas chocam e outras garantem diversão, quem ouve Skylab tem de estar com o espírito fora do estado de julgamento. Algumas chocantes, outras engraçadas, o retrato do dia a dia, de atividades que se concretizam quase que por osmose virando palavras, essas frases, que unidas às melodias, viram músicas que retratam o que ele pensa, sente e faz. Quer conhecer um pouco mais sobre essa figura indescritível? Leia a entrevista a seguir. Profashional: Em algumas entrevistas, você comenta que encerrará a série Skylab no disco X, alguma mudança de planos ou essa afirmação se manterá? Rogério Skylab: Essa confirmação se mantém. Quero mergulhar no esquecimento. Se bem que, pensando bem, para cair no esquecimento, é preciso antes a notoriedade, coisa que nunca tive. P.: Quais são os escritores que influenciam a sua obra? R. S.: Ihhhh, tantos. Vou tentar lembrar alguns: Joyce, Henry James, Kafka, Borges,

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se diapasão. Mudei tudo. Mas o diferente é ainda o mesmo.

“(...) artista contemporâneo que se preze tem de exercer uma atividade secundária (medicina, engenharia, funcionário público...) É daí que vem o humus da inspiração.” Rogério Skylab

Fotos/Imagens: arquivo pessoal de rogério skylab

Guimarães Rosa, Clarice Lispector, João Cabral, Machado de Assis... e por aí vai. P.: Você é formado em Filosofia e trabalhou por um longo tempo no Banco do Brasil, como você conciliava a necessidade de expressar-se artisticamente num trabalho (comente sobre ele) regrado. R. S.: Olha, artista contemporâneo que se preze tem de exercer uma atividade secundária (medicina, engenharia, funcionário público...) É daí que vem o humus da inspiração. E quanto mais regrada a atividade, melhor. Tenho a ligeira inspiração que devo muito ao Banco do Brasil. P.: Você coloca elementos distintos em sua música, a pegada rock ‘n’roll com um toque

de jazz e punk. A carioquice skylabiana entra em que momento em sua música? R. S.: A carioquice está presente o tempo todo. Desde o sotaque até a forma informal de misturar as coisas. Não se levar muito a sério. Olhar as coisas de uma forma um tanto blasé. Distante dos grandes discursos. Valorizar mais a pessoa comum. E permanecer distante de todos os guetos. P.: Conte sobre os seus mais recentes trabalhos. Fale também do projeto Skygirls, Orquestra Zé Filipe, de sua banda e afins. R. S.: Sempre trabalhei com essa banda de apoio. Com eles, produzi a série dos Skylabs. Houve um momento em que senti necessidade de variar. SKYGIRLS e ROGÉRIO SKYLAB & ORQUESTRA ZEFELIPE foram produzidos nes-

P.: Como é que você vislumbra a moda? Uma combinação de elementos, cores ou superficialidade? R. S.: A moda nunca esteve tanto em voga. Os desfiles se tornaram cult. São tão concorridos como um show de banda de rock. O que é preciso detectar é o vocabulário dessa tribo da moda, seu universo, seus anseios. A moda e a publicidade são muito afins. É o capitalismo no seu nível mais sofisticado. P.: De todos os trabalhos que já compôs, existe algum especial que te define? R. S.: Trabalho em profusão. Sou que nem Hollywood: 95% é “merda”, mas 5% é genial e é a melhor coisa que se produziu no gênero. Por exemplo: o SKYLAB VII, o SKYGIRLS e o SKYLAB X, que ainda não foi lançado, foram as minhas melhores coisas. Na música brasileira, é difícil encontrar algo que supere esses meus três discos. Mas eles permanecerão esquecidos como tudo que fiz até hoje. P.: Fazendo uma retrospectiva sobre seu trabalho, como você o avalia? R. S.: Dei muitos tiros. A maioria fora do alvo. Alguns, eu acertei em cheio. O problema é que esse alvo era sempre eu. Daí as marcas de bala que trago no meu corpo. Ser profashional é... Pra mim, é ter a coragem de dar um tiro no pé. w w w. p r o fa s h i o n a l . c o m

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por Nayara diniz

Os

50 anos feitos em 5

A capital brasileira comemorou este mês seus 50 anos de histórias, lutas e conquistas

Desfile de Pedro Lourenço na semana de moda de Paris

Em companhia do arquiteto Oscar Niemeyer. Considerada uma das cidades mais modernas do Brasil, sua arquitetura e estrutura já serviram de inspiração em várias áreas do design e, principalmente, da moda. O mais novo a se inspirar nas curvas e ângulos retos de Niemeyer foi Pedro Lourenço. Na última semana de moda de Paris, o filho dos estilistas Gloria Coelho e Reinaldo Lourenço, um jovem de apenas 19 anos, impressionou a todos e conquistou os olhares de gente como Anna Wintour, a editora chefe da Vogue Americana (que inspirou o romance “O Diabo Veste Prada”), e também a editora da Vogue francesa, Carine Roitfeld. Forum inverno 2007

Flor Pendente H.Stern inspirada nos trabalhos do Niemeyer

“Não é o ângulo reto que me atrai, nem a linha reta, dura, inflexível criada pelo homem. O que me atrai é a curva livre e sensual. A curva que encontro no curso sinuoso dos nossos rios, nas nuvens do céu, no corpo da mulher preferida. De curvas é feito todo o universo, o universo curvo de Einstein” – parte de um poema de Oscar Niemeyer

Fotos/Imagens: Divulgação/Marcio Madeira/Edgar Marra/SXC.hu

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Para alguns, na época, um louco, para outros, um visionário, estas foram as atribuições dadas a Juscelino Kubitschek de Oliveira, ou JK como era chamado. O político conhecido por sua fala de “50 anos em 5” foi o fundador e idealizador da atual capital brasileira, Brasília.


A arquitetura moderna de Brasília

Fachada do Shopping Brasília Anéis H.Stern por Oscar Niemeyer

Brasília e Niemeyer são referências não só para designers brasileiros. Há um ano, a grife italiana Gucci também se inspirou nos desenhos do designer para a sua coleção P r i m a v e r a / Ve r ã o d e 2010. A aposta ficou nas figuras geométricas, combinadas com bolsas de crocodilo ou de píton. Acessórios, como cintos, e as camisas também traziam Relógio Swatch em parceria com o arquiteto Oscar Niemeyer

os ângulos e lembravam as criações do arquiteto. Marcas como H.Stern, Forum e a de relógios Swatch já usaram referências da capital brasileira e seus principais projetos para a criação de coleções.

O mercado de moda brasiliense Hoje em dia a cidade procura o seu espaço na moda. Sedia eventos como o Capital Fashion Week e o Brasília Fashion Festival, e o número de cursos de graduação na área só tem aumentado.

O Brasília Shopping hoje conta com 150 lojas, sendo apenas 16 de marcas locais, número que tende a aumentar nos próximos anos. Ana Paula Cunha, gerente de marketing do shopping, diz que “a modernidade está estampada em toda parte, na cidade e no centro de compras, conhecido como o shopping-monumento. Por meio de ações de divulgação da arte e da cultura locais, o Brasília Shopping tem orgulho em homenagear a cidade.” Ainda bem que JK quis uma nova capital e pediu ajuda a Niemeyer; arquitetura, design, moda e cidadãos brasileiros serão eternamente gratos. w w w. p r o fa s h i o n a l . c o m

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comonique |

por monique melo

No embalo das

Redes sociais da Profashional Editora

Não há mais saída, o profissional de comunicação tem de se aliar ao de informática para unir conhecimento às possibilidades tecnológicas. 80

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Ninguém tem dúvida de que estamos passando por um momento de transformação na maneira de nos comunicar, graças ao advento das mídias sociais. É um caminho sem volta, que já foi iniciado, mostra nuances de onde vai dar, mas, o futuro, como diz o dito popular, a Deus pertence. Lemos a todo instante sobre a crise nos jornais, se se deve cobrar pelo conteúdo na Internet. Vemos as emissoras de TV, cada vez mais próximas do público e fazendo sua base também na Internet. E, principalmente, a força e velocidade de crescimento das mídias digitais, como Orkut, Facebook e Twitter no Brasil. As empresas já acordaram para esta realidade e estão buscando tirar partido disso, uma vez que não podem ficar de fora. E não devem. A publicidade e assessoria de comunicação vivem um novo momento, o da interatividade, ou seja, mais do que nunca, o consumidor tem o poder. Hoje, existem blogs e sites extremamente influentes, que também são alvos de relacionamento. A estratégia continua a ser a chave mestra, mas, hoje, os canais são ainda mais variados. Portanto, mais do que nunca, criatividade e foco da imagem que se quer alcançar são fundamentais. A maneira de chamar atenção para algo, de criar campanhas, de argumentar, de fortalecer uma marca na era digital têm outra nuance. Daí a necessidade de se conhecerem as mídias digitais, sua linguagem e seus interesses e descobrir como inserir a realidade de uma empresa, ganhar seguidores, fazer admiradores e ter um canal direto com seu público sem ser chato ou comercial. A fidelização, hoje, de clientes é complicada, requer transparência e valor num mercado altamente competitivo, no qual conhecemos melhor o consumidor e seus anseios. Não há mais saída, o profissional de comunicação tem de se aliar ao de informática para unir conhecimento às possibilidades tecnológicas. Criar portais, blogs que atraiam as comunidades-alvo do cliente com elegância, se aproximar das que já existem e buscar parcerias são vitais. Mais do que nunca, a união faz a força, as ondas se propagam na velocidade do minuto e realmente estamos vivendo na aldeia global.

Imagens: arquivo profashional

mídias digitais


Com muito estilo, até mesmo para fazer aquela comprinha no supermercado ou um passeio eventual, os modelitos do cotidiano tomaram conta dos editorais de moda e o famoso street style ganhou força total. A Profashional apostou nesta onda e, em uma bela composição de looks, caprichou no visual que você pode conferir no Editorial de Moda da revista Piccadilly Edição 6. Nesse universo, de conceito “The Sartorilalist”, publicamos em nosso blog e Facebook um concurso cultural no qual nossos leitores e leitoras deveriam enviar um look street style, que mostrasse seu jeito de ser no dia a dia. Confira alguns deles.

“Meu look de trabalho, bem no estilo mulher moderna. Combina a verdadeira mulher dos dias de hoje.” Veridiana Prestia

“Gosto de estar de bem com a vida e com todos aqueles que me rodeiam. Adoro viagens.” Marcos Kappaun Milão - Itália

Fotos: enviadas pelas leitoras

“Casaquinho de plush comprado em um brechó em NY, regata Banana Republic, shorts e coturno Espaço Fashion para a C&A e meia-calça Express.” Dani Rodrigues

“Envio essa foto que encontrei no momento do concurso, o fundo, eu brinquei um pouco no Photoshop (risos)”. Eunice Duarte

“Militarismo no casaco, jeans cropped, meia-calça xadrez com detalhes em vinho e o indefectível scarpin preto, companheiro de todas as estações. Adoro!” Adriana Rosa

“Aqui está um dos meus looks para eventos de moda. Esse tom de verde é a minha cor preferida do momento.” Maria Ignez Simões

o seu

street style

“Domingo à tarde, no centro histórico de Atibaia (SP), em clima street style que retrata meu jeito de viver.” Michelle Rissato

“Espero que gostem, laranja que é a nova cor casada com toques de baianidade, uma bolsa Guess em cores de conchas estilo verão 2011... o resto vocês sabem”. Cecília Sales

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arremate

Fazendo valer a pena

C

VOCÊ É MASSA!

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Ana Cláudia Dantas Amiga profashional Notinha da redação Dum, como carinhosamente Ana é chamada por seus amigos é uma leitora profashional que nos entende com o coração. Casada com amigo de infância daqueles que o tempo vai sozinho, a gente fica na beira da estrada trocando conversa e tomando um “guaraná”. De bem com a vida, apaixonada pelo belo, fashionista retrata o momento que é de todos nós! Adoramos ter você aqui.

Foto: arquivo pessoal ana cláudia dantas

onheci a Profashional por meio de meu “Xu”, que é amigo de infância de Sandrinha (leiase Sandra Teschner). Sempre ouvi histórias sensacionais sobre ela e o mais fascinante de todas as conhecidas é a capacidade que essa baiana tem de tornar isso tão verdadeiro para quem lê a revista. Compartilho com ela o amor pela família, pelos irmãos, sobrinhos, filhos, marido, amigos, pela vida. As histórias das nossas vidas, todas nós “profashionais”, se permeiam e se entrelaçam, muitas vezes se confundindo. Quantas vezes, ao ler os “diários” de Sandrinha, me vi em suas histórias, estando a milhares e milhares de distância de onde elas aconteceram? Quantas vezes chorei emocionada ou ri de doer a barriga? Na leitura de um livro, na descoberta do vestidinho “básico”, na correria do trabalho, na mesa nova da sala, no levar o filho à escola, no ser madrinha de casamento da melhor amiga, de chorar de saudade do tempo em que teríamos de casar de novo 1 milhão de vezes com o mesmo marido, de ver nossos filhos crescendo juntos e por aí vai... O fato é que ser profashional é ter um muito de tudo isso! É ter a emoção à flor da pele e fazer a vida acontecer. É estar “antenada” e desconectada ao mesmo tempo, correndo na velocidade da luz e da energia positiva que dela emana. Com perdão pelos jargões, pois ser uma autêntica profashional é se permitir usá-los com tanta assertividade que acabam virando o inédito, criativo. Deixo a vida me levar, Sandrinha? Não! Levo a vida, eu! Ela é intensa e deixa isso contagiar a cada página de puro deleite! Esse “arremate” não finaliza essa novela de nossas vidas. Ele nos permite dar o gostinho para o melhor que, com certeza, virá depois... a próxima edição. “Andar com fé eu vou que a fé não costuma faiar.” Sandrinha, eu já te disse antes isso:




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