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PROFIT & LOSS IN THE CURRENCY & DERIVATIVE MARKETS MAIO 2012 VOL. 13 / NÚMERO 131 www.profit-loss.com
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Projeto em andamento para compensação de opções de câmbio O projeto de opções de câmbio tem como finalidade garantir a magnitude do risco a que uma contraparte central de compensação poderia se expor e garantir que as soluções de compensação abordem as características do mercado. Reportagem de Kirsten Hyde.
divisão global de câmbio (GFXD) da Global Financial Markets Association (GFMA) assumiu um projeto que tem como finalidade garantir que qualquer solução de compensação desenvolvida para opções de câmbio aborde apropriadamente as características do mercado, em especial a liquidação de negociações em base fisicamente liquidada. O projeto de compensação e liquidação de opções de câmbio, que começou seriamente em fevereiro como uma iniciativa liderada pelo setor que colabora com reguladores e outas partes interessadas no mercado, como as CCPs (contrapartes centrais) e o CLS Bank, tem como objetivo garantir a magnitude do risco a que uma contraparte central de compensação poderia ter sido exposta em um determinado dia. Para poder entender se as opções de câmbio podem ser compensadas, a primeira etapa é entender a magnitude do risco, dizem os especialistas. A GFXD está no processo de coletar cinco anos de dados históricos a respeito do mercado de opções de câmbio de cada uma de suas respectivas 22 firmas associadas, que, coletivamente, representam mais de 90% do mercado global de câmbio, para quantificar o crédito potencial e os
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riscos da liquidez. A iniciativa tem como objetivo ser satisfatória para os requerimentos de compensação aplicados às opções de câmbio de balcão que surgem dos compromissos assumidos pelo Grupo dos 20 de reformar os mercados de derivativos de balcão. As opções de câmbio estão sob o escopo de compensação nos EUA, uma tendência que provavelmente ocorrerá na Europa. O desafio que surgiu para os centros de compensação em relação à liquidação garantida de negociações. Falando amplamente, os ‘princípios para as infraestruturas do mercado financeiro’, emitidos para fins de consulta pública pelo Comitê de Sistemas de Pagamentos e de Liquidação e pela Organização Internacional das Comissões de Valores Mobiliários (CPSS-Iosco, Committee on Payment and Settlement Systems and the International Organization of Securities Commissions) em março de 2011, requerem que as CCPs garantam liquidação total e final de maneira oportuna. O mercado interpretou que, para ser uma CCP, não apenas seria necessário coletar margem para
“Uma solução de compensação que não aborde apropriadamente a liquidação poderia resultar em uma gama de riscos adicionais.”
compensar a exposição da marca ao mercado, como também deveria garantir que há um processo de liquidação transparente e sem risco vinculado com a compensação, uma obrigação que potencialmente poderia tolerar as CCPs com risco adicional em uma situação padrão. O princípio sobre a finalidade da liquidação ainda aparece no documento mais recente da CPSSIosco, que foi publicado pela CPSS-Iosco em 16 de abril. Em uma nota explicativa, a CPSS-Iosco
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relata: “Este princípio exige que as FMIs definam claramente quando a liquidação de um pagamento, a instrução de uma transferência ou outra obrigação é final, e para concluir o processo de liquidação até o final da data de valor e, de preferência, antes da data de valor”. Falando sobre o projeto para a Profit & Loss, James Kemp, diretor geral da GFXD, disse que “várias câmaras de compensação criaram soluções para compensar as opções de câmbio que focam no risco da marca para o mercado. Os reguladores não se sentem confortáveis com a ideia de que uma CCP somente lide com a marca para o mercado e não lide com o aspecto físico da entrega. Há preocupações de que se houver uma ruptura na liquidação, como é possível reverter uma negociação previamente compensada? “Como o câmbio é um mercado de financiamento, a liquidez precisa ser fornecida no dia. A moeda geralmente respalda um conjunto completo de negociações secundárias, portanto, se não entregar a moeda no dia, ocorre uma lacuna no sistema. Uma
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solução de compensação que não aborde apropriadamente a liquidação poderia resultar em uma gama de riscos adicionais – risco da liquidez, risco operacional, risco de Herstatt, etc. – ao sistema financeiro durante épocas de turbulências.” Kemp continua: “Um dos grandes problemas é a falta de dados. Onde podemos atuar como uma agência do setor é para executar um projeto e observar as opções do mercado nos últimos cinco anos para saber qual é o risco no mercado em um determinado dia. Se o primeiro ou segundo participante perde, quais são os requerimentos da liquidez em qualquer moeda? Qual é a magnitude do risco? E isso responderá à pergunta do teste que os reguladores farão: como o setor irá lidar com essa falha na liquidez em um determinado dia? “Isso, então, permite que as CCPs trabalhem com a pergunta do teste com a finalidade de demonstrar aos reguladores que elas possuem um modelo seguro e sensato capaz de lidar com o risco do crédito e com a questão da liquidez. Não é até que se faça a pergunta e a análise, no entanto, que é possível começar a oferecer uma solução.” A GFXD pretende publicar na metade deste ano um resumo do seu teste e análise da situação e, daí em diante, começar a discutir com as CCPs interessadas e, no
curso devido, com CLS, a respeito das potenciais soluções de opções de câmbio para as CCPs. Isso será seguido por uma análise do impacto de cada uma e, potencialmente, um projeto para fins de implementação. “Estamos mantendo diálogos com os participantes do mercado de câmbio em diversas jurisdições para garantir que esse trabalho seja transparente e coordenado com as principais partes interessadas. Estamos nos envolvendo com bancos centrais interessados, reguladores com a autonomia sobre as CCPs, as próprias CCPs, fóruns regionais do setor de câmbio e participantes secundários. Desejamos que todos os principais participantes do mercado tenham uma participação no projeto”, disse Kemp. “Este é um bom exemplo da liderança do setor. Não se diz isso sem provas, porque coletar os dados não é uma tarefa fácil, mas ajudará os reguladores a formular regras e os bancos centrais estão dispostos a entender isso”, acrescentou. A GFMA representa três das maiores associações de comércio do mundo para instituições financeiras na Europa, América do Norte e Ásia: a Association for Financial Markets in Europe (Afme), a Asia Securities Industry and Financial Markets Association (Asifma), e, na América do Norte, a Securities Industry and Financial Markets Association (Sifma).
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Brasil assina contrato de derivativos com o Chile Brasil transfere know-how para o mercado crescente de derivativos do Chile.
bolsa de valores do Brasil, BM&FBovespa, e a bolsa de valores de Santiago assinaram recentemente um contrato para desenvolver o mercado de derivativos do Chile, que irá levar a práticas mais eficientes, reduzindo, assim, os custos e os riscos. A negociação de tecnologia e knowhow faz parte de uma iniciativa de longa perspectiva que visa mais colaboração entre as bolsas de valores da América Latina e demonstra como agora o Brasil é um centro reconhecido de melhores práticas, principalmente na mitigação de riscos. O Brasil já passou por diversas crises e o modelo de negociação de títulos mobiliários do país superou todos esses testes e se desenvolveu, tornando-se um local lógico para buscar exemplos, observa Andre Hubner, líder de mercados emergentes na América Latina, do HSBC em Nova York. O contrato é: “um passo bom e útil em nível técnico, mas não leva a uma evolução mais ágil do mercado”, comenta Hubner. Os participantes brasileiros têm capacidade para liberar as negociações por meio de uma contraparte central, um modelo que agora está sendo apreciado por diversos outros mercados, observa ele. Ao aumentar a confiança, uma contraparte central para os derivativos negociados no balcão pode levar a mercados mais profundos, acrescenta Hubner. Se o contrato levar a uma combinação do sistema de gestão de
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“Os atuantes no mercado gostariam de ver melhorias nas regras de liquidez para os derivativos no Chile.” colaterais entre os mercados de balcão e o de futuros, o resultado poderia levar a custos menores de colaterais para os participantes do mercado. O Chile possui um modelo de negociações de balcão para as suas negociações mais comuns: forwards de câmbio e swaps de juros, diz Rodrigo Couto, diretor de negociações de renda fixa para a
América Latina do BNP Paribas em Nova York. Tratam-se de títulos negociados dealer-a-dealer ou dealera-investidor e o mercado desenvolveu alguns produtos padronizados, criando problemas que incluem uma falta de transparência e riscos de contraparte. O modelo brasileiro mudaria esse conceito, acredita Couto. Algumas vezes os investidores chilenos esgotam o crédito com os
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RODRIGO COUTO, BNP PARIBAS
ANDRE HUBNER, HSBC
seus corretores e enfrentam uma situação em que não conseguem negociar. “É muito mais fácil garantir o colateral por meio de uma câmara de compensação central. Aumenta-se a transparência do preço e remove-se o risco do crédito”, observa Couto. Só não fica claro com que rapidez os mercados de derivativos do Chile poderão se desenvolver. Hubner vê o contrato entre as duas bolsas de valores como um desenvolvimento regulatório e técnico. “Não vejo muitas mudanças no mix de produtos. Trata-se mais de mudanças infraestruturais”, acrescenta. Uma grande vantagem de o Chile adotar este modelo será no cálculo das margens iniciais: “Os participantes no mercado gostariam de ver melhorias nas regras de liquidez para os
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derivativos no Chile”, acrescenta Couto. Couto acha que o contrato poderia realmente ajudar a desenvolver o mercado de derivativos do Chile. A troca criou um novo comitê de produtos e estará desenvolvendo futuros de câmbio, a grande maioria no momento em negociações em peso chileno para dólar americano, que deverá ser lançado no segundo semestre do ano. “No momento não há volume, portanto, esperamos que este produto seja muito bem recebido”, diz Couto. Os volumes de negociações no mercado local de peso chileno/dólar americano flutuam entre US$ 1-2 bilhões por dia, observa ele. O Chile se diferencia em alguns aspectos do Brasil: o Chile é muito
mais um mercado de ações do que de renda fixa. Na verdade, o mercado de ações do Chile vem crescendo rapidamente e agora está quase equiparado ao mercado do México. No Brasil, não apenas as ações como também os derivativos de renda fixa deslancharam e os futuros em dólar americano negociam em volume e comprovaram ser populares entre os investidores estrangeiros como são os futuros de swap de juros. Esse processo levará mais tempo no Chile, onde há a probabilidade de os futuros de títulos se comprovarem populares, embora não sejam lançados até 2013. Independentemente dos distintos perfis de mercados, o relacionamento entre as duas bolsas latinas está se solidificando. Uma aliança entre as duas bolsas teve início em 2010 e outros projetos estratégicos estão no cronograma, como conectividade e encaminhamento de ordens e distribuição de dados sobre o mercado. A BM&FBovespa anunciou no mês passado que está em negociações para participar do mercado latino-americano integrado, o MILA, que a aproximaria mais das bolsas do Chile, Colômbia, Peru e México.
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BOGOTÁ
CIDADE DO MÉXICO
LONDRES
NOVA YORK
CHICAGO
SANTIAGO
SÃO PAULO
TORONTO
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Radar do varejo
Grupo GFI estende o contrato com a Quick Corp GFI Market Data, uma subsidiária do Grupo GFI, estendeu o atual relacionamento que mantém com a Quick Corp. O contrato de colaboração reforçado, em que a GFI fornece dados sobre o mercado de opções de câmbio para a empresa sediada no Japão, está vigente desde 2005. A Quick oferece uma gama de superfícies de volatilidade de opção de moeda cruzada para o iene japonês, relevante para os seus clientes japoneses. A cobertura do par de moedas da GFI Market Data aumentou desde que os dados foram originalmente adicionados em 2005 e agora abrange 20 moedas cruzadas para o iene. O contrato também foi estendido em 2009, com novos termos introduzidos, bem como um pacote de vendas e distribuição para fins de uso com o aplicativo entre as duas empresas (o Squawkbox da P&L, 7 de setembro de 2009).
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Gakuji Takahashi, gerente geral executivo da Quick, disse que “este contrato com a GFI permitirá que a nossa empresa continue a fornecer aos nossos clientes dados autoritativos sobre o mercado no Japão e no mundo todo”. Philip Winstone, líder global de dados sobre o mercado da GFI, declarou que “desde 2005, fornecemos os nossos dados sobre o mercado de opções de câmbio para
a Quick e seus respectivos clientes e é com muita satisfação que estendemos esse contrato. Nunca houve tanta necessidade por opções de câmbio ao preço real do mercado e de alta qualidade como no momento e, ao estender este relacionamento de longo prazo, os clientes da Quick continuarão a ter acesso a mais de 100 pares de moedas para opções de câmbio fornecidos a partir dos nossos dados”.
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