Livro 9ºA

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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS RIO ARADE Escola E. B 2,3 Prof João Cónim – Estômbar Ano letivo 2010/11

Encarregados de Educação 9ºA


Desafio Escrita Livre 6 Descrição: Neste poema terá de começar cada verso com uma letra do abecedário seguindo a ordem do mesmo: (Vamos esquecer as letras novas por agora, mas se se encontrar excepcionalmente inspirado, esteja à vontade para usar o k, o w e o y.)

Agora que é tarde Bora fazer os versos Com as letras do abecedário Deram todos certos Entregar o trabalho Feito e sem demora Garantido e sem encalho Havia nesta hora Imperfeito ou não Já estou a improvisar Lendo para não dar erros Mas sim para vos conquistar Não quero ficar mal Ora vamos lá ver Para que bata certo e Queixas não receber Rita é o meu nome Sempre o será Tenho uma vinha Uvas ela dá Vinho eu produzo Xarope também Zezinho o bebe e diz que sabe bem

Rita de Jesus Inácio Duarte Hugo Filipe de Jesus Duarte, 9ºA, n.º7


Desafio Escrita Livre 4 Descrição: Ninguém se esquece da sua primeira vez. «Mas primeira vez de quê?», pergunta. Exactamente: há muitas primeiras vezes, uma por cada coisa que se faz. Neste desafio gostaríamos que nos fizesse um relato sobre uma das suas primeiras vezes. Por exemplo: A primeira vez que foi à escola. A primeira vez que foi mãe/pai. Estes são apenas alguns exemplos. O tema é totalmente livre.

Primeira filha

Amor e carinho

Filha tão desejada Numa linda manhã Foi a sua chegada

Não lhe faltará Percorra o seu caminho E sempre o encontrará

Rindo e contente

Filha amiga e obediente

Estava toda a gente Família e amigos Festejavam o nascimento

Realizou-me um sonho sem escolher O sonho de ser mãe O sonho de qualquer mulher

Impossível foi o sofrimento Difícil de esquecer Mas tudo valeu a pena Só para a poder ter

Muito comilona e pouco

Interessada e comunicativa Dá-se bem com toda a gente Pronta a ajudar Sempre livre e contente

dorminhoca Muitas noites a chorar Já não sabia o que fazer Para tudo isto mudar

Longe dos maus caminhos

Estava sempre ansiosa

Hoje estou a fazer versos

Que o tempo passasse a correr Tudo não passou de um desejo Só para a poder ver crescer

Importante e saudável É o seu desenvolvimento Uma grande preocupação Que não me sai do pensamento

Responsabilidade e respeito Regras fundamentais Inseridas na sua educação Dadas pelos seus pais

Se deve encontrar Sua maior preocupação Deverá ser só estudar

Sinto-me feliz Não é uma obrigação Mas pela minha filha o fiz

Agora me despeço Terminando esta missão Deixo um abraço Vindo do coração Amália Marcelino Joana Santos, 9ºA, n.º9


Desafio Escrita Livre 8 Descrição: Imagine que fica cego de repente. O que está a fazer quando esse evento se dá? E como passa as horas seguintes da sua vida? Seria algo passageiro ou impossível de reverter?

Imaginar que se fica cego é mais fácil exprimir quando se passa por essa situação. Na altura trabalhava nos escritórios de uma firma de congelados, comecei a notar que via menos e manchas pretas, principalmente se olhasse para cima, facto que levou o oftalmologista a convencer-me que estava a ficar cega do meu olho esquerdo. Em dois dias vi-me deslocada numa ambulância para o Hospital de S. José onde fui observada e enviada para o Hospital dos Capuchos. Aqui fui vista novamente e realizei os exames necessários para a operação. Foram horas de angústia e de muita tristeza, encontrava--me sozinha e longe dos que eu mais gostava e a possibilidade de perder a minha visão assustava-me. No dia 19 de Março, Dia do Pai, que fica na lembrança, realizei a operação que, inicialmente, correu tudo bem mas, passados alguns dias, o meu médico evidenciou algumas dúvidas. O médico responsável decidiu dar-me alta e, graças a Deus, eu estava a ver do olho esquerdo 28%. Infelizmente, seis meses depois fui a uma consulta, às quais ia de quinze em quinze dias, no início e depois de mês a mês. Nessa altura o meu médico disse-me que tinha de ser novamente operada. De novo as incertezas mas sempre com esperança. Graças a Deus que não foi uma cegueira para sempre, houve solução mas só Deus sabe o dia de amanhã. Hoje digo que eu e, com certeza, ninguém gostaria de passar por esta situação, mesmo que se seja bem tratado, só o facto de estarmos sozinhos e longe da família diz tudo.


Helena Margarida Lopes da Conceição Vieira Pedro Vieira, 9ºA, n.º15

(Não relacionado com nenhum desafio de escrita. Escolha da Enc. de educação)

Vida de pescador

Pescador, que vives o teu dia-a-dia no mar, que arriscas a tua vida nas perigosas tempestades, é de ti e para ti, que eu hoje vou falar, contando uma história onde tu és o herói! Na torre da velha igreja, acabaram de dar as badaladas da meia-noite. João Pedro, levanta-se … deixa a esposa e os seus dois filhos…e, parte para a pesca da sardinha! Para trás, ficam as alegrias de umas horas bem passadas, com a família. Leva o desejo de uma boa pescaria, que lhe dará o sustento e certamente algum dinheiro. Dentro de alguns instantes estará com os seus companheiros, na pequena traineira. João Pedro: - Ó Cá Manel! O mar tá picado! O vento tá forte! Já não dá! Carlos Manuel: - Pode ser qu’ele acalme, homem. E, assim, João Pedro, Carlos Manuel e mais alguns dos seus companheiros, partem para mais uma noite de luta ao seu sustento. Os homens lançam as redes e pedem à Virgem que os acuda mais uma vez nas suas pescarias. O vento torna-se cada vez mais forte. O mar começa a agitar-se. João Pedro pensa na família que deixou em casa. O pequeno barco balança, as redes partem-se. A pesca já não vai ser grande coisa. Uma tempestade aproxima-se. João Pedro pede aos companheiros, que se mantenham calmos. Lutam para controlar a traineira. É impossível, não conseguem controlar! Mais um empurrão e, o barco está prestes a esmagar-se nas rochas. Outro empurrão e o barco está prestes a partir-se. Pavoroso! Horas de angústia e de medo. Finalmente, após muitas horas de luta e cansaço, a pequena traineira, chega à praia. A tempestade acalmou! João Pedro abraça a mulher e os filhos, agradecendo a Deus por mais um milagre. Mas claro, a vida de um pescador, nem sempre acaba assim. Quantos? …quantos, nestas horríveis tempestades, perdem a vida.


E quantas são as pessoas que pensam num pescador? Nas suas rudes vidas? Que muitas vezes lutam por um peixe, que hoje ou amanhã estará na nossa mesa… Manuela Vicente Vitor Vicente, 9ºA, n.º18


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