1GT

Page 1

Promoção e Realização

Progestão Programa de Capacitação a Distância para Gestores Escolares

Cooperação e Apoio

Guia do Tutor


CONSED – Conselho Nacional de Secretários de Educação Gestão 1999 a 2000 Éfrem de Aguiar Maranhão Presidente Raquel Figueiredo Alessandri Teixeira Vice-Presidente Antônia Vieira Santos Secretária-Geral

Secretária Executiva Marília Miranda Lindinger Maria Aglaê de Medeiros Machado Coordenação do Progestão

Secretarias Estaduais de Educação co-promotoras Darcy Humberto Michiles (anterior) Vicente de Paulo Queiroz Nogueira (atual) Secretário de Estado e Coordenador da Educação e Qualidade do Ensino do Amazonas

Luiz Eduardo Carneiro Costa (anterior) Pedro Almeida Duarte (atual) Secretário de Estado da Educação, Cultura e do Desporto do Rio Grande do Norte

Antenor Manoel Naspolini Secretário de Educação Básica do Estado do Ceará

Lia Ciomar Macedo de Farias (anterior) Darcilia Aparecida da Silva Leite (atual) Secretária de Educação do Estado do Rio de Janeiro

Raquel Figueiredo Alessandri Teixeira Secretária de Estado da Educação de Goiás Danilo de Jesus Vieira Furtado Gerente de Desenvolvimento Humano do Estado do Maranhão Rosineli Guerreiro Salame (anterior) Maria Isabel Castro Amazonas (atual) Secretária-Executiva de Estado da Educação do Pará Carlos Pereira de Carvalho e Silva(anterior) Carlos Alberto Pinto Mangueira (atual) Secretário de Estado da Educação e Cultura da Paraíba Alcyone Saliba Secretária de Estado da Educação do Paraná Éfrem de Aguiar Maranhão (anterior) Raul Henry Filho (atual) Secretário de Estado da Educação e Esporte de Pernambuco

Sandra Maria Veloso Carrijo Marques Secretária de Estado da Educação de Rondônia Antônia Vieira Santos (anterior) Francisco Flamarion Portela (atual) Secretária de Estado da Educação, Cultura e Desportos de Roraima Miriam Schlickmann Secretária de Estado da Educação e do Desporto de Santa Catarina Teresa Roserley Neubauer da Silva Secretária de Estado da Educação de São Paulo Nilmar Gavino Ruiz (anterior) Maria Auxiliadora Seabra Resende (atual) Secretária de Estado da Educação de Tocantins Nilson Barreto Socorro Secretário de Estado da Educação, Desporto e Lazer de Sergipe

Luiz Ubiraci de Carvalho Secretário de Estado da Educação e Cultura do Piaui

Fotos da capa:

Vladimir Fernandes Eyewire

PhotoDisk

Alexandre Marchetti


Progestão

Brasília – 2001


Esta coleção foi editada para atender aos objetivos do Programa de Capacitação a Distância para Gestores Escolares e sua reprodução total ou parcial requer prévia autorização do CONSED.

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Machado, Maria Aglaê de Medeiros Progestão: guia do tutor / Maria Aglaê de Medeiros Machado, Ceres Maria Pinheiro. -- Brasília : CONSED – Conselho Nacional de Secretários de Educação, 2001. Bibliografia ISBN

85-88301-01-6

ISBN

85-88301-02-4

1. Educação a distância 2. Programa de Capacitação a Distância para Gestores Escolares 3. Tutoria em educação I. Ribeiro, Ceres Maria Pinheiro. II. Título. 01 - 0704

CDD - 371.20110715

Índices para catálogo sistemático: 1. Tutoria : Gestores escolares : Capacitação a distância : Educação

CONSED SDS Centro Comercial Boulevard Bloco A/J 5º andar sala 501 Telefax: (061) 322 8759 CEP: 70391-900 Brasília/DF www.consed.org.br consed@consed.org.br

371.20110715


Guia do Tutor


Progestão Autores do Guia do Tutor Maria Aglaê de Medeiros Machado Ceres Maria Pinheiro Ribeiro Coordenação geral Maria Aglaê de Medeiros Machado CONSED

Consultores técnicos Marlou Zanella Pellegrini Kátia Siqueira de Freitas Ceres Maria Pinheiro Ribeiro

Consultor em educação a distância Jesús Martín Cordero Universidad Nacional de Educación a Distancia – UNED – Espanha Coordenação e produção de vídeo Hugo Barreto Fundação Roberto Marinho Supervisão de projeto gráfico Renato Silveira Souza Monteiro Apoio técnico e administrativo Hidelcy Guimarães Veludo Fábio Corrêa da Silva CONSED Revisores Irene Ernest Dias Jorge Moutinho

Projeto gráfico e diagramação BBOX design


Sumário Carta Aberta ......................................................................................................................7 1. Quais os referenciais básicos do Progestão? ..............................................................13 2. Por que um programa de educação a distância? ......................................................17 3. Quais as funções e tarefas do tutor? ..........................................................................23 Tutor e as situações ou ambientes de aprendizagem do programa ........................23 a) Estudo individual: o que fazer? ..........................................................................24 b) Estudo em equipe: como atuar? ..........................................................................25 c) Encontros presenciais: quais suas funções? ........................................................27 O tutor ideal: quais as suas qualidades e competências? ..........................................31 4. Quais as modalidades de tutoria? ..............................................................................35 5. O tutor e a avaliação: como agir? ..............................................................................41 6. Quais as orientações e os objetivos específicos dos módulos?....................................45



Guia do Tutor

Carta Aberta Caro(a) Tutor(a)! Bem-vindo ao Progestão – Programa de Capacitação a Distância para Gestores Escolares. Você certamente foi selecionado, no seu estado ou município, para fazer parte de um grupo de profissionais que vai colaborar na capacitação de gestores escolares. Você já deve estar informado de que este programa, organizado na modalidade a distância, destina-se à formação continuada e em serviço dos gestores que atuam nas escolas públicas estaduais e municipais. Tal proposta, preparada pelo Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), com financiamento dos estados (AM, CE, GO, MA, PA, PB, PE, PI, PR, RJ, RN, RO, RR, SC, SE, SP e TO) e apoio da Fundação Ford, insere-se no contexto das políticas de melhoria da gestão educacional definidas pelo Consed, com o objetivo de elevar a qualidade do ensino, assegurando o sucesso do aluno e a sua permanência na escola. O programa insere-se também nas políticas educacionais mais recentes, sustentadas pela Constituição Federal e pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (nº 9.394 de 20/12/1996), que enfatizam a autonomia, a gestão participativa e a valorização do magistério e reafirmam a importância do papel da escola pública na formação de cidadãos críticos e conscientes. Como curso de formação continuada para profissionais que se encontram em serviço, o Progestão representa uma experiência inovadora, não só porque preenche uma lacuna nesse campo mas também porque adota tecnologia de educação a distância, permitindo alcançar um maior número de participantes, sem retirá-los de suas atividades. Portanto, seu papel como tutor será extremamente importante. O êxito nos resultados da aprendizagem dos cursistas dependerá, como em qualquer curso a distância, de duas condições: da qualidade dos materiais instrucionais e do sistema tutorial para apoio à aprendizagem. Neste último, você será ator fundamental, agindo como facilitador da aprendizagem dos gestores cursistas. Este Guia do Tutor foi elaborado especialmente para orientar seu trabalho e traz informações importantes. Aqui você encontrará informações sobre os referenciais básicos do Progestão; uma idéia geral sobre a educação a distância e sobre a organização do curso nessa modalidade; suas funções e tarefas nas várias situações de aprendizagem do programa; as modalidades de tutoria; seu papel na avaliação dos cursistas; a síntese dos módulos e unidades de estudo; e outras informações relacionadas à sua participação neste programa. Para melhor compreender seu papel, é importante que, antes de aprofundar seu conhecimento sobre o presente guia, você estude detalhadamente o Guia Didático.

Apresentação

7


Guia do Tutor

Nele encontrará tanto as informações gerais sobre a proposta do curso quanto aquelas específicas para orientar a aprendizagem dos gestores cursistas. Assim, poderá compreender bem a lógica da proposta e estabelecer os nexos entre as informações do Guia Didático e as orientações e informações constantes deste guia, percebendo sua interdependência. Detenha-se também no estudo do Guia de Implementação do seu estado ou município, o qual traz as informações e orientações operacionais relativas ao modelo de tutoria a ser adotado na sua localidade. É igualmente importante que você estude em detalhes todos os materiais instrucionais, o que certamente você fará por ocasião do treinamento a ser realizado em seu estado ou município, com vistas à implementação do Progestão. Aproveite também todas as oportunidades para discutir este e outros documentos que compõem esta coleção com seus colegas tutores. E na sua prática, quando for necessário, volte a consultá-los. Lembre-se: este material é instrumento fundamental para o seu trabalho. Ele foi elaborado para ajudar você em suas tarefas como facilitador da aprendizagem dos cursistas. Outras informações complementares lhe serão fornecidas pela Secretaria de Educação da sua unidade federada. Todo esse conjunto será extremamente útil na sua atividade como tutor. Empenhe-se e abrace com afinco essa tarefa inédita que lhe foi confiada. Assim, você estará colaborando não só com a formação dos gestores mas com a melhoria das escolas públicas de sua região. Boa sorte e bom trabalho!

8

Apresentação


Guia do Tutor

Apresentação

9




Guia do Tutor

1 Quais os referenciais básicos do Progestão? Conforme visto, as informações gerais sobre o programa podem ser encontradas no Guia Didático. Entretanto, é importante que você reflita sobre pontos fundamentais que permeiam a proposta, para compreender seu significado e a relação desses pontos com o seu papel, a fim de que possa desempenhá-lo da melhor maneira possível. Esses referenciais, tratados a seguir, balizaram todo o processo de elaboração dos materiais instrucionais. a) O Progestão apóia-se em resultados de pesquisas que demonstram a existência de relação entre desempenho dos alunos e desempenho da equipe escolar, inclusive de suas lideranças. Assim, propõe-se a investir na qualificação de gestores escolares como um dos caminhos para elevar os resultados de aprendizagem dos alunos. Portanto, a gestão que você deve incentivar entre os cursistas deve ter como foco o sucesso na aprendizagem dos alunos das escolas onde atuam. b) Do mesmo modo, o programa afina-se com as conquistas recentes da legislação educacional relacionadas à gestão democrática, à autonomia escolar e à valorização dos profissionais da educação. Por essa razão, a forma de gestão que você deve induzir entre os gestores cursistas é a gestão democrática da escola pública, fundada no desenvolvimento de práticas compartilhadas de construção e desenvolvimento do projeto pedagógico da escola. c) O programa propõe-se a funcionar como elemento impulsionador de uma política de formação continuada dos profissionais da educação. Assim, é importante que na sua atuação como tutor haja oportunidades de incentivar todas as práticas vinculadas ao aprender a aprender, à autocapacitação, ao aprender a fazer coletivamente, bem como à troca de experiências entre os gestores. Essas práticas ajudarão tanto no aproveitamento do cursista durante o programa quanto no desencadeamento de novos processos de formação após o curso, colaborando para o desenvolvimento de intercâmbio e a formação de redes de gestores escolares.

Referências básicas

13


Guia do Tutor

d) Como formação continuada e em serviço, o Progestão tem por opção vincular-se ao cotidiano da escola. Assim, sua referência fundamental é a prática do cursista, identificada com base num conjunto de problemas apontados previamente pelas equipes das escolas públicas. No apoio à aprendizagem dos cursistas, é importante estar atento ao desenvolvimento das aprendizagens que os ajudem no aperfeiçoamento dessa prática. e) A base da estruturação curricular do curso são os problemas antes referidos, os quais foram sistematizados e convertidos em nove módulos cujos objetivos de formação vinculam-se ao desenvolvimento de competências profissionais. Essas competências correspondem às expectativas de conhecimentos, habilidades e instrumentos que serão apropriados pelos cursistas como respostas às questões que são objeto de cada um dos módulos do programa. O desenvolvimento progressivo dessas competências se dará por meio do alcance, pelo cursista, dos objetivos específicos estabelecidos nas unidades que compõem cada módulo. Você verá como seu trabalho de tutoria será fundamental para que o cursista se sinta motivado e bem orientado para ser alcançar sucesso em seus objetivos de aprendizagem. f)

Questão fundamental que merece sua atenção diz respeito aos princípios da açãoreflexão-ação, do aprender fazendo e da resolução de problemas que orientam a organização curricular voltada para o desenvolvimento das competências profissionais. É importante que você não só conheça esses princípios mas os reconheça nos materiais instrucionais, compreendendo como são trabalhados e com que objetivos. O Guia Didático aborda esses princípios e faz a relação deles com os materiais e com as várias situações ou ambientes de aprendizagem. Analise esses pontos para compreender bem a lógica proposta para desenvolvimento da aprendizagem dos cursistas.

g) Finalmente, como proposta comum para as várias unidades da federação, o Progestão adota o princípio da flexibilidade. Assim, os estados e municípios podem desenvolver o conjunto dos módulos em parte ou na totalidade e organizar suas estruturas de apoio de acordo, respectivamente, com suas políticas e condições específicas. Atente para essas particularidades, retirando dos guias Didático e do Tutor as orientações gerais que asseguram a lógica do programa, o entendimento sobre suas funções e a orientação para o uso adequado dos materiais instrucionais. No Guia de Implementação, você encontrará as orientações específicas que configurarão o modelo operacional a ser adotado na sua localidade: suas relações organizacionais com a coordenação do programa, o cronograma do curso, a seqüência dos módulos, a relação de cursistas por tutor, a quantidade de encontros presenciais e outras informações fundamentais para a sua execução.

14

Referências básicas




Guia do Tutor

2 Por que um programa de educação a distância? Diante das rápidas mudanças que vêm ocorrendo na sociedade atual, das mais recentes descobertas científicas, do avanço da ciência, do volume de informações e da velocidade dos meios de comunicação, provavelmente já lhe ocorreu a sensação de que o hoje de repente é o ontem – e o amanhã já chegou. Esses fenômenos têm determinado, de certa forma, uma exigência de atualização permanente dos profissionais, qualquer que seja sua área de atuação. Você já deve ter percebido também que o atendimento às necessidades – tanto de educação geral quanto de atualização profissional – vem criando espaço para o desenvolvimento de propostas alternativas para cursos de formação continuada. Nesse contexto, a modalidade de educação a distância (EAD) tem sido amplamente experimentada. Em muitos países como Inglaterra, Alemanha, Austrália ou Espanha, centenas de milhares de alunos adultos participam anualmente de programas de EAD, com os mais diversos propósitos: atualização, graduação, pós-graduação, doutorado, mestrado etc. Também no Brasil essa modalidade vem se expandindo, seja em programas regulares de algumas universidades, seja em programas de formação continuada oferecidos por essas e outras instituições. Exemplo mais recente e bem-sucedido é o Proformação, programa desenvolvido pelo MEC/Fundescola, que se expandiu em várias unidades federadas, com o objetivo de habilitar, em nível médio, professores que se encontram em exercício nas escolas da rede pública. Se você se detiver na análise da temática da educação a distância, vai verificar que os cursos oferecidos nessa perspectiva vêm não só ganhando novos adeptos, como também ampliando as possibilidades de utilização de novas tecnologias, em compatibilidade com os avanços contemporâneos. Além disso, é crescente o número de cursos convencionais que incorporam componentes de EAD na sua metodologia, evidenciando a interdependência cada vez maior entre esta modalidade e com as alternativas educativas que se desenham para o novo século. E o que justifica a opção por cursos que se utilizam da tecnologia da educação à distância, nos quais o centro da relação aluno-professor dá lugar aos materiais instrucionais, baseados, em geral, no princípio do aprender a aprender e do aprender fazendo?

Educação a distância

17


Guia do Tutor

Em primeiro lugar, reconhece-se que essa é uma possibilidade democrática de se atingir o maior número possível de interessados em aprender, em atualizar-se, assegurando qualidade no seu atendimento. Em segundo lugar, nas sociedades que passam por rápidas mudanças, faz-se necessária não só a atualização permanente dos conhecimentos mas também uma educação para lidar com incertezas. E isso, por sua vez, significa questionar de forma permanente a realidade, reconhecer e saber utilizar informações e recursos tecnológicos, decidir e resolver problemas. Solucionar problemas significa enfrentar as incertezas, desenvolver a capacidade de relacionar os conhecimentos adquiridos, buscar novos conhecimentos e sobretudo desenvolver, eticamente, a criatividade. Implica, por conseguinte, o desenvolvimento permanente de competências compatíveis com os vários campos de atuação profissional, demandando processos de formação continuada e de auto-aperfeiçoamento. Nessa perspectiva, o Consed optou por organizar este programa, na modalidade a distância, para a formação continuada e em serviço de gestores escolares, cujo objetivo geral, conforme você viu no Guia Didático, é: formar lideranças comprometidas com a construção de um projeto de gestão democrática, focada no sucesso escolar dos alunos das escolas públicas de ensino fundamental e médio. Essa decisão atende a uma demanda das secretarias de Educação de estados e municípios por capacitação de gestores escolares no país, com base numa proposta comum, articulada com a política nacional de melhoria de qualidade do ensino. A adoção da educação a distância reafirma, de outra parte, a importância da utilização de tecnologia mais adequada para atingir o maior número possível de profissionais nas diferentes localidades do Brasil, assegurando um padrão de qualidade na sua formação continuada. Como você viu no Guia Didático, o termo "gestores escolares" designa os profis-

18

Educação a distância


Guia do Tutor

sionais que atuam na gestão das escolas: diretores escolares, vice-diretores, supervisores, coordenadores de área, professores líderes, candidatos à função de dirigentes e outros profissionais de suporte pedagógico que venham a ser considerados no seu estado ou município como público-alvo do programa. Como importante ator desta proposta, você precisa estar ciente de que as experiências de educação a distância têm mostrado que a qualidade dos materiais instrucionais é condição necessária mas não suficiente para o sucesso dos cursos oferecidos. Este sucesso está ligado, principalmente, à atuação eficiente de tutores, mesmo para os casos em que os materiais seguem uma abordagem extremamente auto-instrucional. Portanto, neste programa, a presença e atuação de tutores é imprescindível ao êxito nos seus resultados.

Educação a distância

19




Guia do Tutor

3 Quais as funções e tarefas do tutor? A primeira coisa que você precisa entender com bastante clareza é que seu papel, neste programa, não equivale ao de um professor no ensino presencial. Como pessoa selecionada para o exercício da tutoria, você deve ter perfil docente sem necessariamente precisar "ministrar aulas", pois contará com todo o conteúdo do curso desenvolvido nos materiais instrucionais, previamente elaborados. Desse modo, a função correspondente à do professor no ensino presencial será preenchida fundamentalmente pelos materiais didáticos do programa. Em outras palavras, a aprendizagem é mediada, na sua maior parte, pelos materiais instrucionais, em conformidade com a metodologia de sua elaboração. Mas essa mediação complementase com o sistema de apoio tutorial no qual você está inserido. Certamente, você deve estar se perguntando: se não é para dar aula, o que o tutor vai fazer? Suas funções básicas serão: facilitar a aprendizagem, motivar, orientar e avaliar cada gestor inscrito e designado para receber seu apoio tutorial. Ou seja, seu papel é facilitar o processo de aprendizagem do cursista. E como é que você vai facilitar e motivar o processo de aprendizagem do gestor cursista? Você pode e deve ser bastante criativo, mas há que se guiar pela lógica geral da proposta para não comprometer seus resultados. Por isso, é recomendável que você estude e se detenha bem na compreensão das situações ou ambientes de aprendizagem previstos no programa, pois toda a sua ação deve ser compatível com essas situações. Não esqueça: antes de começar a planejar suas atividades de tutoria, sua primeira tarefa é familiarizar-se detalhadamente com os materiais didáticos do programa.

O tutor e as situações ou os ambientes de aprendizagem Como você pode conferir no Guia Didático, as situações ou ambientes de aprendizagem são: a) estudo individual, b) estudo em equipe e c) encontros presenciais. Veja algumas orientações sobre o que fazer em cada uma dessas situações previstas no programa.

Funções

23


Guia do Tutor

a) Estudo individual: o que fazer? Como você sabe, em boa parte do tempo os cursistas vão trabalhar sozinhos. Nessa situação de aprendizagem, é importante saber que estratégias você poderá adotar para desempenhar seu papel de tutor. Veja a seguir algumas das possibilidades de realização desse trabalho de apoio que você deve desenvolver com os cursistas que ficarão sob sua responsabilidade: – Assegurar-se de que os cursistas estão realizando as atividades previstas. Este é um primeiro cuidado que você deve ter. Utilize seu horário de plantão para acompanhar o estudo individual, assegurando-se de que mesmo os alunos que não utilizam esse horário para consultá-lo sobre questões ou esclarecer dúvidas estão realizando as atividades previstas. Você pode adotar a seguinte estratégia: anotar em sua folha de registro dos cursistas as consultas feitas no horário de plantão e qual sua finalidade, e procurar contactar os cursistas que não o têm procurado. Não é necessário que faça isso todas as semanas, mas você deve assegurar-se do que está acontecendo com aqueles que não ligam ou escrevem para você em período superior a duas ou três semanas. Trata-se de um cuidado importante, pois estes são os principais candidatos a abandonar o curso. – Preparar esquemas e/ou listas de perguntas e dúvidas mais freqüentes. Uma segunda estratégia para o acompanhamento da situação de estudo individual é ter sempre preparados esquemas, listas de perguntas ou dúvidas dos cursistas. Você vai observar que, não sendo casos muito específicos, os cursistas apresentam, em geral, o mesmo tipo de dificuldades no estudo do material. Uma possibilidade é preparar esquemas para mostrar aos alunos a estrutura daqueles conteúdos mais complexos e ter respostas prontas para as perguntas mais comuns. Você pode remeter a mesma resposta para vários cursistas ou para uma equipe inscrita no programa. Se lhe for apresentada uma dúvida ou questão para a qual você não tenha uma resposta pronta, não se preocupe, pois ninguém pretende que você se transforme em especialista nos conteúdos dos nove módulos. Tome nota da dúvida, tente procurar mais informação ou esclarecêla e remeta a resposta o mais cedo possível. Aceite como natural o fato de você não saber a resposta, pois o importante é saber onde procurá-la.

24

Funções


Guia do Tutor

– Desenvolver entre os cursistas a sensação de que, mesmo quando estudam sozinhos, alguém está se preocupando com eles. Tente desenvolver esse tipo de sentimento entre os cursistas, pois você é, em certo sentido, uma espécie de "anjo da guarda" deles. É recomendável sempre valorizar o trabalho deles, demonstrando suas observações. Uma estratégia possível e desejável é utilizar material produzido pelos próprios cursistas a título de modelo, deixando bem clara a autoria. Nesses casos, aproveite exercícios, comentários ou sugestões elaboradas pelos cursistas e que você considera especialmente interessantes. – Estimular os cursistas a elaborar um plano de estudo. Para tanto, poderão servir-se do tipo indicado na seção "Como estudar neste programa de educação a distância?" do Guia Didático. É importante que esse plano de estudo signifique uma sugestão de como trabalhar, e não uma obrigação. Lembre-se sempre de que os estilos de aprendizagem de cada um são diferenciados e devem ser respeitados, principalmente no caso dos participantes deste curso, que precisam conciliar estudo e trabalho. – Ter informações sobre o que os cursistas deveriam estar estudando em um período determinado. Mesmo se os ritmos de trabalho são diversos, você deve saber o que cada cursista está ou deveria estar estudando em cada período do curso. Ou seja, em termos gerais, na semana X do calendário do programa eles deveriam estar trabalhando o conteúdo Y. Prepare com cuidado especial o material pertinente para responder às dúvidas e questões relativas a esses conteúdos.

b) Estudo em equipe: como atuar? Uma das competências enfatizadas no programa é o trabalho coletivo, compartilhado, ou seja, a capacidade de envolver pessoas e de trabalhar em equipe. Por isso, conforme você já sabe, deseja-se trabalhar, durante o curso, conhecimentos, instrumentos e práticas de gestão compatíveis com essas orientações. As situações de aprendizagem em equipe são, portanto, momentos privilegiados para exercitar essa prática, com base na resolução de problemas vinculados ao cotidiano da escola. Como tutor, você deve ser um incentivador e animador permanente dos estudos em equipe. Veja, a seguir, algumas formas possíveis de organizar sua atuação:

Funções

25


Guia do Tutor

– Facilitar e reforçar a existência de grupos de trabalho. Uma das iniciativas mais eficientes para trabalhar a motivação dos seus cursistas é facilitar e reforçar a existência de grupos de trabalho. Muito provavelmente os cursistas vão se inscrever em equipe, e é bom você enfatizar a importância de que eles também trabalhem como equipe, a fim de cumprirem seus objetivos de aprendizagem, em conformidade com a metodologia do programa. – Orientar os cursistas sobre os requisitos básicos para o trabalho em equipe. É recomendável que os cursistas sejam alertados por você sobre os requisitos fundamentais para o bom funcionamento da equipe, tais como escolha da coordenação, divisão de tarefas e responsabilidades, calendário de reuniões e avaliação do trabalho seguida de registro. Pode ser recomendada também a alternância da coordenação da equipe entre seus participantes, na medida em que os cursistas terão várias oportunidades para o desenvolvimento desse ambiente de aprendizagem ao longo do curso. – Identificar e acompanhar as atividades que serão desenvolvidas em equipe. É importante que você identifique, nos Cadernos de Atividades, todas as atividades que serão realizadas em equipe. Observe o período em que as equipes deverão realizar essas tarefas, a fim de prevenir-se para o atendimento a eventuais dúvidas relativas ao seu desenvolvimento. Lembre-se de que, na maior parte dos módulos, a realização dessas atividades deve ser iniciada somente após o cursista concluir o Caderno de Estudo. Entretanto, em alguns outros, o cursista intercala a conclusão de uma ou mais unidades de um módulo com a realização de atividades em equipe do respectivo Caderno de Atividades. Preste bem atenção a essas particularidades, para acompanhar no devido tempo as tarefas que serão realizadas pelos cursistas. Confira se as equipes estão se reunindo, se estão encontrando alguma dificuldade, se seguiram os passos recomendados para seu funcionamento, e acompanhe outras questões que possam surgir, procurando alternativas para orientá-los adequadamente. – Servir de ponte ou conexão junto às equipes. Você deve desempenhar essa função tanto para as equipes formadas desde o início do curso quanto para os cursistas que individualmente tenham interesses comuns. A sensação de pertencer a um grupo é uma das melhores vacinas contra a desistência e contribui bastante para a motivação dos cursistas. – Desenvolver entre os cursistas o hábito de compartilhar experiências. Esta estratégia é fundamental para o desenvolvimento das competências profissionais dos cursistas, auxiliando-os no aperfeiçoamento de suas práticas de gestor.

26

Funções


Guia do Tutor

c) Encontros presenciais: quais as suas funções? Além de servirem para o esclarecimento de dúvidas e questões e para a disseminação de informações, os encontros cumprem as funções extremamente relevantes de motivar, sistematizar e socializar as experiências. São o momento ideal para trocar e compartilhar vivências, para desenvolver a sensação de pertencer ao grupo e para o aprendizado entre os colegas gestores. Por isso é muito importante que você atue como animador dessas reuniões coletivas, com base em algumas estratégias, tais como: – Assegurar o comparecimento regular de todos os cursistas. Este é seu primeiro trabalho em relação aos encontros presenciais. A data e o local dos encontros devem ser divulgados com bastante antecedência. Assim, é possível confirmar a presença de todos alguns dias antes da realização do encontro. – Planejar os encontros. O segundo ponto é o planejamento dessas reuniões coletivas. Embora envolvam várias outras possibilidades, os encontros presenciais propiciam, no mínimo, o desenvolvimento das seguintes atividades: 1) apresentação de novos módulos; 2) sessão de vídeos; 3) esclarecimento de dúvidas e questões; 4) socialização, entre os cursistas, das atividades em equipe; e 5) fechamento e avaliação dos módulos. Para desenvolver essas atividades, você contará com um estoque de possibilidades, as quais deve manejar em conformidade com o modelo operacional do programa no seu estado ou município. Por isso, é fundamental a atividade de planejamento, pois nessa ocasião você deve selecionar o que for mais apropriado, em determinado momento, para os cursistas sob sua supervisão. Além disso, leve em consideração as orientações específicas do Guia de Implementação da sua unidade federada, principalmente em relação ao número de encontros presenciais e à duração de cada um deles. Com base nesses elementos, organize a agenda dos trabalhos, leia e prepare possibilidades de questões e respostas para os assuntos a serem tratados, recorra a bibliografia complementar, se dela dispuser, organize material pertinente (legislação, vídeos, documentos que julgar importantes), planeje as dinâmicas a serem adotadas, cuidando sempre para não repeti-las seguidamente. E tenha à mão os instrumentos de acompanhamento dos cursistas: lista de freqüência, ficha de registro individual do cursista, registros das atividades dos encontros anteriores, relatórios ou outros instrumentos indicados pelos modelos adotados na sua localidade.

Funções

27


Guia do Tutor

– Coordenar a realização dos encontros presenciais. Com um planejamento minucioso, é possível ser bem sucedido no desenvolvimento desta atividade que ocupa espaço estratégico no programa. Procure seguir a agenda, mantendo a flexibilidade necessária para adequar-se às necessidades dos cursistas, sem comprometimento dos objetivos propostos. Lembre-se de que também aqui você não vai "dar aula", e sim colocar-se a serviço das necessidades dos cursistas, ajudando-os nas suas dificuldades, motivando-os, propiciando principalmente a troca de experiências entre eles. É o momento de socialização, de interação, de trocas e de enriquecimento do grupo. É importante que, ao sair dessas reuniões, os cursistas possam ter ampliado seus interesses e motivação e percebam que, em nenhuma hipótese, podem faltar a essas reuniões as quais lhes propiciam crescimento e oportunidades de compartilhamento com seus colegas gestores. Não se esqueça também de que você vai lidar com pessoas que têm agenda bastante intensa, com tarefas e compromissos próprios da sua condição profissional. Portanto, não podem ser deslocados para algo que não os ajude efetivamente no crescimento progressivo de suas competências profissionais. Pensando assim, detenhase na leitura de algumas possibilidades ao organizar sua atuação para que os encontros presenciais cumpram suas funções:

28

Apresentação de módulos novos. A introdução de módulos novos é uma de suas tarefas nos encontros presenciais. Cumpre a você começar por lembrar a pergunta/problematização que dá título ao módulo, enfatizando a necessidade de desenvolver competências voltadas para o cotidiano da escola. Isso feito, você pode continuar apresentando as unidades e seus objetivos específicos, permitindo que, com base em seu conteúdo, os cursistas comentem e debatam pontos relacionados aos seus interesses e necessidades. Essa atividade pode ser desenvolvida também com a ajuda dos vídeos. Ao término de uma sessão de apresentação de um módulo novo, você deve especificar o cronograma de trabalho, destacando os assuntos mais relevantes, tais como as idéias e competências principais do módulo, as atividades em equipe para socialização nos encontros presenciais e o acompanhamento das atividades, lembrando datas, locais, telefones e outros pontos que julgar importantes para assegurar o alcance dos objetivos propostos.

Sessão de vídeos. Essas sessões podem ser realizadas na abertura e/ou no final de cada módulo, cumprindo funções de motivação, problematização e sistematização. Os vídeos vinculam-se a problemas e soluções do cotidiano dos gestores. Por essa razão, as sessões de vídeo também são um bom momento para indicar vínculos entre os problemas e vivências manifestados pelos cursistas e os objetivos e conteúdos do módulo. Você contará com um vídeo para cada módulo, que será manejado de acordo com o ritmo e o esquema operacional definido na sua unidade federada. Adicionalmente a este guia, você receberá orientações específicas para a utilização dos vídeos.

Esclarecimento de dúvidas e questões. Como você sabe, essa atividade pode ser desenvolvida durante o plantão a distância ou em visitas ou no atendimento

Funções


Guia do Tutor

individual fora dos encontros presenciais, a depender do esquema adotado no seu estado ou município. Na realização dos encontros presenciais, é importante dar prioridade às atividades socializadoras e coletivas. Assim, uma boa estratégia para o esclarecimento de dúvidas ou questões trazidas pelos cursistas para os encontros presenciais é reuni-los em grupos por alguns minutos, nos quais possam identificar pontos comuns que em seguida serão levados para um debate coletivo, coordenado por você. Nessa ocasião, procure não só responder diretamente às questões, mas retirar respostas do próprio grupo. Destaque e valorize todos os pontos positivos das contribuições dos cursistas, criando oportunidades para que todos participem. Quando se deparar com uma necessidade individual muito específica, você terá três possibilidades: marcar uma entrevista específica após o encontro, atendê-lo ao final da sessão coletiva ou atendê-lo enquanto os demais estão realizando outro tipo de atividade. Você deve avaliar o melhor caminho, de modo a não comprometer os objetivos propostos para as reuniões coletivas. De qualquer forma, qualquer que seja a ocasião do atendimento individualizado, é importante valorizar o trabalho de cada um, lembrando sempre de que só erra quem faz. É mais interessante orientar sobre como resolver os problemas do que destacar os erros. Indique os problemas a ajude a corrigi-los, mas não esqueça que dificilmente se sentirá motivado quem trabalhou e só recebeu em troca a indicação de erros. Destaque e valorize tudo o que de bom exista nas contribuições dos gestores cursistas.

Socialização das atividades em equipe. Como você sabe, um dos ambientes de aprendizagem do curso é o estudo em equipe, ocasião em que são privilegiadas as situações-problema vinculadas ao contexto profissional dos gestores. Essas oportunidades contribuem tanto para o desenvolvimento de competências específicas dos vários módulos quanto para o exercício da prática coletiva, pois a gestão não se faz individualmente. Essas atividades cumprem também com a finalidade de desenvolver o compartilhamento de experiências, induzindo os gestores ao intercâmbio e à formação de redes. Assim, a socialização das atividades em equipe ocupa espaço extremamente importante no Progestão e deve merecer sua atenção particular. Cada um dos módulos oferece uma quantidade variável de atividades em equipe, duas das quais ficarão previamente indicadas para socialização nos encontros presenciais. Além deste guia, você receberá orientação específica sobre essas atividades, a fim de que possa orientar os cursistas e desenvolver melhor sua tarefa nesses encontros. Essas orientações integrarão um estoque de possibilidades que, a exemplo dos vídeos, você poderá manejar, dependendo da quantidade de encontros presenciais e das demandas específicas dos gestores cursistas que recebem seu apoio tutorial.

Fechamento e avaliação dos módulos. Os encontros presenciais também devem servir para realizar o fechamento dos módulos já trabalhados. Sua função principal nesse caso é contribuir para a sistematização de competências e conhecimentos adquiridos. Eventualmente, o vídeo poderá ser retomado nessa ocasião. Além disso, o fechamento e a sistematização de um módulo são uma boa oportunidade para fazer um balanço e avaliar o aproveitamento geral dos cursistas no módulo. Entre outras, devem ser respondidas questões como: os cursistas

Funções

29


Guia do Tutor

realizaram todas as atividades dos cadernos de Estudo e de Atividades? Quem foi além do exigido no Caderno de Atividades? Que atividades acharam mais úteis, e por quê? Quais as mais difíceis, e por quê? Qual o aprendizado mais significativo? Que objetivos ligados ao desenvolvimento de suas competências profissionais considera cumpridos? Que caminhos percorreu e quais os resultados alcançados? Você e/ou a secretaria de Educação podem incorporar outras questões nessa atividade de sistematização e avaliação do módulo. Para tal atividade, você poderá usar um instrumento de registro individual, mas é importante socializar, de modo mais aberto, esses resultados. Essa situação de fechamento é também o momento adequado para que você incentive a auto-avaliação dos cursistas sob sua responsabilidade, como também a avaliação do apoio que os cursistas receberam de você ao longo do desenvolvimento do módulo. Além das atividades referidas, é possível desenvolver outras, aproveitando bem esses momentos das reuniões coletivas. Por exemplo: pedir aos cursistas que levem seu plano de estudo para os encontros presenciais pode ser uma idéia interessante. Além de o plano ser útil para desenvolver competências de auto-avaliação, ajudando-os na verificação do cumprimento dos seus objetivos de aprendizagem, essa estratégia pode exercer efeito demonstrativo para quem não fez plano de estudo. Socialize sempre as questões e procure obter a participação de todos. Anime aqueles que ficam mais calados, destaque e valorize todas as contribuições. Não se esqueça de que estará lidando com profissionais que, como você, têm experiência e história nas escolas onde atuam. Portanto, sirva-se dessa riqueza para ir além do que os materiais instrucionais oferecem, induzindo ao desenvolvimento progressivo das competências profissionais, pela permanente articulação das situações de aprendizagem com a prática dos gestores. Reforce, desse modo, os princípios curriculares valorizados neste programa. A lista a seguir procura estabelecer um resumo das suas tarefas e funções. Essa lista pode variar de local para local, dependendo do tipo de implementação do programa. Entretanto, ela reflete bem o espírito do curso e corresponde ao que você, de algum modo, precisará fazer:

30

Motivar sempre os alunos.

Responder sempre às solicitações recebidas e procurar respondê-las, logo que for possível, evitando "dar aulas".

Prestar atendimentos individuais e/ou em grupo, em conformidade com as várias situações de aprendizagem.

Estimular a discussão de textos e/ou vídeos, a pesquisa, o pensamento crítico, a criatividade e a busca de explicações para determinadas situações ou fenômenos. É importante saber ouvir e intervir adequadamente.

Fornecer feedback e avaliar os progressos dos alunos.

Estimular o trabalho das equipes inscritas no programa e o trabalho cooperativo nos encontros presenciais.

Funções


Guia do Tutor

Reforçar as ações compatíveis com os objetivos e metas do programa.

Fornecer feedback aos coordenadores do programa no seu estado/município.

Registrar os atendimentos aos alunos (por exemplo: quem/quando/onde/de que forma – dia, hora, forma de comunicação, assunto principal, orientação dada). Provavelmente, cada estado vai elaborar esses instrumentos para registro de observação e acompanhamento para os tutores.

Acompanhar e avaliar o processo de aprendizagem do cursista, com vistas ao desenvolvimento progressivo de suas competências profissionais.

Registrar informações importantes para relatórios e memória do programa no estado/município.

Freqüentar os encontros programados de tutores e manter articulação ativa com a coordenação dos estados.

O tutor ideal: quais as suas qualidades e competências? Ao fazer sua opção de atuar como tutor, você deve estar bastante empenhado em descobrir formas e meios de realizar seu trabalho da melhor maneira possível. A lista a seguir constitui uma referência para quem está se envolvendo com a função de tutor, sem necessariamente corresponder ao padrão do tutor do Progestão. A lista pode servir para explicar, por exemplo, causas mais comuns de interações não bem-sucedidas com os cursistas, como também pode ser utilizada para conferir o que há de diferente e o que há de parecido nos ensinos a distância e presencial. É conveniente você examinar as qualidades e competências a seguir apresentadas, como patamar ideal, propondo suas metas de desenvolvimento em função da sua realidade:

Ser um bom facilitador. Ser capaz de desafiar o cursista e de motivá-lo para a busca de respostas adequadas às atividades propostas. Isso significa saber fazer a mediação entre o aluno e o objeto do conhecimento.

Estimular o pensamento crítico. Desenvolver, individualmente e em grupo, a capacidade de ler criticamente situações vividas no cotidiano da gestão escolar.

Promover no grupo o sentido do trabalho em equipe. Habilidade importante em qualquer atividade, principalmente para os gestores que atuam com o trabalho na escola em articulação com a comunidade.

Evitar que os cursistas percam a iniciativa. Cabe ao tutor estimular o aluno a buscar suas próprias respostas.

Estimular um clima de confiança e respeito. Aquisição de habilidades interpessoais, com respeito pela "fala" do outro (mesmo que eu não concorde com o outro, ele tem direito de expor suas idéias).

Funções

31


Guia do Tutor

32

Ajudar os cursistas a ousar pensar. Implica estimulá-los a correr riscos e ser capazes de formular hipóteses e buscar soluções para situações não resolvidas.

Ousar fazer perguntas que estimulem o raciocínio, e não só aquelas que se resolvem com uma simples resposta de conteúdo (resposta convergente). É bom lembrar que não existem perguntas bobas.

Acompanhar o desempenho do cursista. Implica ajudá-los a desenvolverem objetivos pessoais, rever o desempenho e assegurar retorno que permita corrigir falhas na aprendizagem.

Facilitar a aprendizagem individual. Esta é uma habilidade importante, na medida em que ajuda cada cursista a melhorar seu método de estudo. Cada cursista pode receber uma atenção individual que corrija, reforce ou mesmo avance etapas da aprendizagem. O tutor deve saber orientar a melhor seleção de recursos educacionais disponíveis para que cada um avance no seu ritmo.

Enfatizar a aprendizagem e não o ensino. Este princípio raramente requer atenção constante, sobretudo porque alunos e professores têm experimentado sistemas de ensino-aprendizagem tradicionalmente passivos.

Funções




Guia do Tutor

4 Quais as modalidades de tutoria? Certamente você já viu no Quadro – Esquematização do Apoio Tutorial – do Guia Didático as modalidades de tutoria previstas no Progestão. E, com o estudo do item anterior deste guia, provavelmente já pôde fazer sua síntese sobre o assunto. Para desempenhar seu trabalho dentro das modalidades de tutoria individual ou coletiva, nas modalidades a distância ou presencial, é fundamental a organização de sua agenda de compromissos. Ou seja, reserve um tempo para o atendimento individual a distância e um tempo para o atendimento individual presencial, de modo a dar a devida atenção a cada cursista que demandar seu apoio. Não deixe os horários em aberto. É importante que os cursistas saibam que dia da semana está reservado para o quê, a fim de que o atendimento face a face possa ser agendado. Também é importante considerar o número de cursistas sob sua responsabilidade, para que você possa respeitar a proporcionalidade desses horários na relação tutor-cursista. Este item deve ser bastante detalhado no Guia de Implementação da sua localidade ou em instruções próprias da coordenação local do programa. Tal detalhamento deve estabelecer a relação tutor/cursista, a carga horária de sua atividade, os locais para a realização de seu trabalho de atendimento, além de definir e estruturar os meios de comunicação que serão adotados. Quaisquer que sejam as condições possíveis, lembre-se de que seu apoio é de vital importância para o sucesso da aprendizagem dos cursistas. O tutor tem sempre a responsabilidade de responder às solicitações dos cursistas. Essa resposta cria um importante vínculo entre você e o trabalho que está sendo realizado pelo cursista. Lembre-se ainda de que atender individualmente significa também saber ouvir, motivar e estimular sempre o trabalho que está sendo realizado. Seguindo o Quadro – Esquematização do Apoio Tutorial – do Guia Didático, você pode observar que muitas das orientações para sua ação nas diferentes modalidades de tutoria foram tratadas na parte anterior deste guia, em articulação com as várias

Modalidades de tutoria

35


Guia do Tutor

situações de aprendizagem do programa. As orientações a seguir se complementam e são dicas para utilização, principalmente, em cada feedback entre você e os cursistas. Articule bem essas informações para organizar seu trabalho. Quanto aos Cadernos de Estudo, é possível que seu atendimento se dê predominantemente na forma de esclarecimento de dúvidas, na medida em que a maior parte das atividades tem estrutura fechada e é seguida de respostas e comentários. Além de seguir as orientações tratadas na parte relativa ao estudo individual, procure realizar todas as atividades do caderno, pois assim estará mais bem preparado para fornecer as respostas adequadas, quando solicitado. No caso dos Cadernos de Atividades, você poderá eventualmente fazer comentários por escrito. Assim, tome a lista a seguir como lembrete sobre o teor dos seus comentários. Cada comentário ou feedback escrito deve ser:

Amigável.

Confortador em relação aos erros e problemas.

Informativo.

Sem excesso de críticas (o objetivo é sempre ajudar).

Informal.

Construtivo.

Sem ambigüidades.

Fácil de entender e de ler (com frases preferencialmente curtas).

Motivador.

Elogioso para o que for bem feito.

Breve e objetivo.

Devolvido o mais rápido possível para os cursistas.

Mesmo que não lhe peçam para comentar por escrito os Cadernos de Atividades, considere as seguintes orientações para definir sua interação com os cursistas no uso desse material. Ainda que verbais, seus comentários sobre o trabalho dos gestores cursistas, no Caderno de Atividades, podem ter por base as sugestões a seguir:

36

Chamar a atenção dos cursistas sobre fatos ou teorias que eles não consideraram ou mal interpretaram, sugerindo, quando for o caso, a releitura do Caderno de Estudo ou alguma forma adicional de consulta.

Sugerir enfoques ou interpretações alternativos.

Indicar novas fontes de informação que o cursista poderia consultar (outras pessoas,

Modalidades de tutoria


Guia do Tutor

livros, artigos etc.) para enriquecer seu trabalho. –

Chamar a atenção do cursista sobre conclusões não justificadas.

Sugerir ao cursista maneiras de apresentar suas idéias de modo mais eficaz.

Fazer comentários que o levem a aprimorar suas habilidades e competências profissionais.

Pedir esclarecimento sobre respostas confusas.

Demonstrar atalhos nos procedimentos.

Ajudar os cursistas a pensar em como aprimorar uma atividade realizada.

Indicar relações entre a tarefa atual e outras que já realizaram.

Elogiar os cursistas quando fizerem interpretações inovadoras ou criativas.

Chamar a atenção do cursista para a relação entre as atividades desenvolvidas, seus objetivos de aprendizagem (competências) e suas atividades de gestor.

Modalidades de tutoria

37




Guia do Tutor

5 O tutor e a avaliação: como agir? Como você deve ter visto no Guia Didático, a avaliação, no presente programa, privilegia a aprendizagem relacionada com a capacidade de aplicação de conceitos, estratégias e instrumentos à prática profissional do cursista, para o desenvolvimento de suas competências profissionais. Portanto, esse processo deve ser contínuo e dinâmico e de caráter predominantemente formativo, de modo a auxiliar o cursista no alcance progressivo dos seus objetivos de aprendizagem didática e profissional. Você viu também que o detalhamento desse processo de avaliação será responsabilidade dos estados e municípios, devendo ser explicitados nos respectivos guias de implementação. Todavia, qualquer que sejam as particularidades dessa avaliação, você, como tutor, deve organizar seu trabalho, atentando sempre que possível para os seguintes pontos:

Procure identificar e avaliar as dificuldades e necessidades de aprendizagem dos cursistas sob sua responsabilidade. Desde a entrada deles no curso, é bom apoiá-los no diagnóstico de suas dificuldades e necessidades específicas, para ajudá-los na organização de um plano de estudos compatível. Agende seu primeiro contato com o cursista e procure registrar informações para conhecer seu ponto de partida e ajudá-lo na avaliação dos progressos que conseguir realizar durante o curso.

Seu trabalho de avaliação deve ser processual, isto é, desenvolvido durante todo o curso, acompanhando o processo de aprendizagem do gestor cursista. Deve orientar o aperfeiçoamento progressivo das competências profissionais dos cursistas, tendo como referência a observação e verificação do alcance dos objetivos específicos estabelecidos nas unidades dos vários módulos.

Incentive os cursistas a desenvolverem permanentemente sua auto-avaliação. Mostre-lhes que mais de 50% das atividades de cada módulo privilegiam atividades de estudo individual, com ênfase nas atividades autocorretivas. Praticamente todas as atividades propostas no Caderno de Estudo permitem a auto-avaliação, na medida em que as respostas podem ser comparadas e esclarecidas com os comentários contidos no próprio caderno. Esse processo constitui importante oportunidade para o cursista relacionar o exercício didático de realização das atividades com as situações concretas da sua prática profissional, de modo a aperfeiçoar continuamente

Avaliação

41


Guia do Tutor

essa prática. Observar se o cursista vem estabelecendo esse tipo de relação é extremamente importante porque, desse modo, ele estará aperfeiçoando o desenvolvimento de suas competências profissionais. Procure discutir esses resultados com seus cursistas e incentivá-los nessa direção.

42

Avalie as atividades desenvolvidas em equipe. Identifique dificuldades e progressos, o vínculo com as questões da prática profissional, o desempenho da equipe e os resultados que conseguem obter nessa situação de aprendizagem. Avalie se as competências relacionadas ao fazer coletivo e ao compartilhamento de decisões estão sendo desenvolvidas, bem como as competências relacionadas aos objetivos específicos da unidade à qual se vincula a atividade. Sirva-se dos momentos de socialização dessas experiências nos encontros presenciais para também socializar processos de avaliação coletiva do grupo.

Registre todas as informações. Organize uma memória das ocorrências que o ajude no desenvolvimento do seu trabalho de julgamento e síntese. Utilize instrumentos para desenvolver seu trabalho de avaliação, os quais podem ser fichas de acompanhamento, registro de dificuldades e avanços observados nos contatos face a face ou por comunicações a distância. Você certamente receberá modelos de instrumentos definidos na sua localidade ou modelos para você adaptar que poderão ajudá-lo no desenvolvimento do seu trabalho de avaliação. Este material será também extremamente útil para o aperfeiçoamento posterior do programa.

Faça avaliações de síntese. Ao final de cada módulo, é importante você registrar os resultados alcançados individualmente pelos cursistas. Retome as questões levantadas quando tratamos da atividade de "fechamento e avaliação dos módulos" na parte relativa ao tutor e às situações de aprendizagens – encontros presenciais. Outras formas poderão ser definidas pelo seu estado ou município. Lembre-se também de que você deve ser capaz de avaliar o progresso e o desempenho dos cursistas.

Exercite também sua auto-avaliação. Veja suas tarefas, sua agenda de trabalho e verifique se cumpriu todos os compromissos. Em caso negativo, procure entender as razões e pense em formas de evitar que elas se repitam nos módulos subseqüentes. Submeta-se também à avaliação dos cursistas, pois assim estará contribuindo para o aperfeiçoamento de sua tarefa e para a obtenção de resultados melhores.

Avaliação




Guia do Tutor

6 Quais as orientações e objetivos específicos por módulo? Todos os módulos seguem a orientação metodológica do programa e estão organizados conforme uma mesma estrutura. Você receberá orientações específicas, pelo menos em três sentidos:

Para aprofundar o estudo de cada um dos módulos do programa.

Para manejar as atividades em equipe indicadas para socialização nos encontros presenciais.

Para utilizar os vídeos.

Você já sabe que na abertura de cada módulo os cursistas encontrarão um mapa com as unidades, seus respectivos objetivos de aprendizagem e conteúdos. Todavia, para que você tenha uma visão completa do programa e sobretudo para que perceba a relação entre esses objetivos e o desenvolvimento das competências profissionais, são apresentados, nesta parte, os mapas dos nove módulos. Esse material é extremamente útil para guiar seu trabalho de acompanhamento do progresso dos cursistas. Analise o conjunto e observe as relações e interfaces entre os objetivos propostos nos vários módulos, pois eles correspondem às expectativas de competências e habilidades que o curso espera que os gestores desenvolvam para a melhoria dos resultados das escolas públicas do país. Não esqueça: você é o elo fundamental entre os cursistas e a coordenação do programa na sua localidade e, portanto, elemento vital no sucesso desta empreitada. Assuma-a com determinação. Bom trabalho!

Mapa das unidades

45


Guia do Tutor

Módulo I: Como articular a função social da escola com as especificidades e as demandas da comunidade?

Objetivos gerais

Compreender a função social da escola.

Identificar as demandas locais sobre a escola, articulando-as com sua função social.

Reconhecer as transformações da escola ao longo da história. Explicar as demandas diversificadas do mundo atual, em âmbito global (nacional e internacional), e suas implicações para a educação.

Unidade 1 Por que é importante conhecer o papel da escola no mundo contemporâneo? Objetivos específicos

Explicar o surgimento e o papel da escola no mundo moderno. Comparar as condições de funcionamento da escola brasileira no passado e em nossos dias.

Indicar razões para aprofundar o estudo sobre a legislação educacional brasileira.

Conteúdos

Escola e função social: acesso ao conhecimento, desenvolvimento integral da pessoa, formação para a cidadania. A escola no passado: clientela reduzida, baixo investimento na qualidade. Mudanças gerais versus mudanças educacionais. A legislação por si própria não assegura mudanças na educação. Expansão considerável da escola brasileira nas últimas décadas do século XX, com muitos problemas referentes à qualidade ainda sem solução.

Unidade 2 Como fica a escola na sociedade do conhecimento? Objetivos específicos

Identificar as principais características da educação na chamada sociedade do conhecimento.

Relacionar as conseqüências dessas características para uma gestão escolar em sintonia com a contemporaneidade*.

Conteúdos

46

Características da sociedade do conhecimento. Equipamentos, formas e canais

Mapa das unidades


Guia do Tutor

de comunicação interna e externa: redes, linguagens, mídia.

O papel da escola na sociedade do conhecimento, na construção da cidadania, na promoção social e no desenvolvimento da pessoa.

Unidade 3 O que a escola tem a ver com a democracia? Objetivos específicos

Estabelecer a diferença entre a democracia como valor e como processo. Explicar a relação entre escola e democracia. Aplicar a noção de democracia como processo no cotidiano da gestão escolar.

Conteúdos

Relações entre escola e democracia. A democracia como valor e como processo. A escola e a busca de uma gestão democrática.

Unidade 4 Como a escola e a comunidade se articulam? Objetivos específicos

Caracterizar a escola como espaço de convivência social, onde todos aprendem. Identificar problemas que podem dificultar a relação entre a escola e a comunidade.

Conteúdos

Articulação entre a escola e a comunidade. Mecanismos e estratégias de integração.

Unidade 5 Escola e cultura: que tipo de relação é esta? Objetivos específicos

Identificar as relações entre a escola e a cultura. Distinguir a relação recíproca entre valores culturais da comunidade e da escola. Explicar a escola como pólo cultural e de desenvolvimento da comunidade.

Conteúdos

Os vários conceitos de cultura. As relações recíprocas entre a cultura da

Cultura escolar: modos de sua construção. Relações entre a construção da

sociedade global e a escola. cultura escolar e a identidade de cada escola. A força da cultura escolar no desenvolvimento da comunidade da própria escola.

Mapa das unidades

47


Guia do Tutor

Módulo II: Como promover, articular e envolver a ação das pessoas no processo de gestão escolar?

Objetivo geral

O objetivo geral deste Módulo é contribuir para você analisar os desafios, as possibilidades e os limites das experiências de gestão democrática e de participação desenvolvidas em sua escola e no sistema de ensino.

Unidade 1 Por que promover a gestão democrática nas escolas públicas? Objetivos específicos

Identificar, na legislação, os pressupostos da gestão democrática nas escolas. Conceituar gestão democrática escolar. Avaliar a importância da prática de gestão democrática. Administrar situações de conflito visando garantir o direito à educação de qualidade.

Conteúdos

Diretrizes legais de gestão democrática. Concepção e importância de gestão democrática. Administração de conflitos e procedimentos de gestão democrática.

Unidade 2 Como promover espaços de participação de pessoas e setores da comunidade nas escolas? Objetivos específicos

Identificar espaços de participação da escola na comunidade local. Criar estratégias de mobilização de pessoas e setores da sociedade. Examinar processos democráticos de decisão e mecanismos de integração das escolas com a comunidade. Conteúdos

A relação de reciprocidade entre escola e comunidade local. Participação e exercício da cidadania. Mecanismos de integração das escolas com a sociedade.

48

Mapa das unidades


Guia do Tutor

Unidade 3 Como construir autonomia na escola? Objetivos específicos

Consolidar mecanismos e procedimentos de participação e gestão colegiada na escola.

Destacar a relação entre a construção do projeto pedagógico e o exercício da sautonomia na escola.

Analisar mecanismos de envolvimento de alunos, pais, professores e funcionários em ações compartilhadas na tomada de decisões e na gestão da escola.

Conteúdos

Autonomia da escola e construção do projeto pedagógico. Autonomia e mecanismos de participação. Gestão colegiada: procedimentos e estratégias.

Unidade 4 Como estimular ações inovadoras, capazes de modificar o ambiente de formação e trabalho nas escolas? Objetivos específicos

Desenvolver estratégias de organização dos tempos e do trabalho. Avaliar ações inovadoras e de incentivo à liderança democrática.

Conteúdos

Ações inovadoras e promoção de lideranças nas escolas. Organização dos tempos escolares. Relações sociais e situações de trabalho nas escolas.

Mapa das unidades

49


Guia do Tutor

Modulo III: Como promover a construção coletiva do projeto pedagógico da escola?

Objetivo geral

Promover a construção coletiva do projeto pedagógico, articulando-o às várias formas de planejamento do trabalho da escola.

Unidade 1 Por que construir coletivamente o projeto pedagógico? Objetivos específicos

Distinguir a autonomia legal da autonomia construída pelos sujeitos de sua escola.

Propor a elaboração do projeto pedagógico a partir da sua realidade escolar. Justificar a importância do trabalho coletivo na construção do projeto pedagógico.

Conceituar projeto pedagógico.

Conteúdos

Escola, autonomia e projeto pedagógico na LDB – Lei 9.394/96. Cotidiano escolar e desafios profissionais. O trabalho coletivo e a construção do projeto pedagógico Afinal, o que vem a ser o projeto pedagógico?

Unidade 2 Que dimensões e princípios orientam o projeto pedagógico? Objetivos específicos

Reconhecer a importância da relação teoria-prática na elaboração do projeto pedagógico.

Identificar as dimensões presentes na elaboração coletiva do projeto pedagógico.

Levantar coletivamente os princípios orientadores para a construção do projeto pedagógico de sua escola.

Conteúdos

A articulação teoria-prática e a construção do projeto pedagógico. Dimensões do projeto pedagógico: pedagógica, administrativa, financeira e jurídica.

50

Princípios orientadores do projeto pedagógico.

Mapa das unidades


Guia do Tutor

Unidade 3 Como construir coletivamente o projeto pedagógico? Objetivos específicos

Identificar os três grandes movimentos de construção do projeto pedagógico. Estruturar os grandes movimentos de elaboração do projeto pedagógico. Propor mecanismos de organização e participação dos segmentos da escola na elaboração do projeto pedagógico.

Reconhecer a importância do processo avaliativo em todos os movimentos de construção do projeto pedagógico.

Conteúdos

Metodologia e movimentos de construção do projeto pedagógico. Identificação do projeto pedagógico. 1º movimento: Como é nossa escola? 2º movimento: Que identidade a nossa escola quer construir? 3º movimento: Como executar as ações definidas pelo coletivo?

Unidade 4 Como articular projeto pedagógico e prática pedagógica? Objetivos específicos

Elaborar os planos de ação da escola tendo como referência o projeto pedagógico.

Considerar as características organizacionais e o contexto da escola na elaboração do projeto pedagógico.

Utilizar o projeto pedagógico como instrumento de inovação da prática pedagógica e da proposta curricular.

Relacionar as ações do projeto pedagógico com as políticas educacionais do sistema público de ensino.

Conteúdos

Qual a relação entre planejamento e projeto pedagógico? Qual a relação entre projeto pedagógico e organização do trabalho escolar? Qual a relação entre projeto pedagógico e prática pedagógica? Qual a relação entre projeto pedagógico e política educacional?

Mapa das unidades

51


Guia do Tutor

Modulo IV: Como promover o sucesso da aprendizagem do aluno e sua permanência na escola?

Objetivos gerais

Priorizar, na gestão de sua escola, a dimensão pedagógica do trabalho escolar, de modo a promover a função social da instituição.

Identificar os aspectos pedagógicos que possam ajudar nas decisões quando se tratar de tornar mais eficientes as situações de ensino-aprendizagem.

Unidade 1 Ensinar e aprender na escola: o que sabemos hoje? Objetivos específicos

Identificar como a relação entre desenvolvimento e aprendizagem é vista pelas diferentes correntes psicológicas.

Relacionar os princípios básicos que orientam a prática pedagógica contemporânea.

Destacar a motivação* como fator central na escola de qualidade.

Conteúdos

Desenvolvimento e aprendizagem. Correntes psicológicas e posturas diante da relação entre desenvolvimento e aprendizagem.

Concepções de ensino e aprendizagem. Princípios da aprendizagem. Motivação.

Unidade 2 Trabalho pedagógico: aí está o foco! Objetivos específicos

Identificar os aspectos essenciais para o bom desempenho da escola. Estabelecer as metas a serem contempladas na organização do trabalho pedagógico. Relacionar as condições que favoreçam a construção de conhecimentos. Relacionar o trabalho escolar com o sucesso do processo de ensino e aprendizagem. Destacar os aspectos centrais da legislação que tratam do trabalho pedagógico e de sua organização.

Definir o papel do gestor no desenvolvimento de um trabalho pedagógico de qualidade.

52

Mapa das unidades


Guia do Tutor

Conteúdos

O trabalho coletivo na escola. A organização do trabalho escolar: o ensino, o tempo e o espaço. Currículo* e interdisciplinaridade*. A LDB e a organização do trabalho pedagógico. O papel do gestor na condução do trabalho pedagógico da escola.

Unidade 3 Prática pedagógica: todo cuidado é pouco! Objetivos específicos

Identificar formas de organizar o trabalho pedagógico em sala de aula, de modo a atender às necessidades de seus alunos.

Lidar com a diversidade de questões que surgem na sala de aula, estabelecendo prioridades e intermediando e resolvendo conflitos, sempre que eles surjam na relação professor-aluno.

Conteúdos

Organização da sala de aula. Dinâmica da sala de aula e interação professor-aluno e aluno-aluno. O trabalho diversificado*. O impacto das representações na relação pedagógica. O papel da linguagem*.

Unidade 4 Avaliação: prática a favor ou contra os alunos? Objetivos específicos

Identificar o processo de avaliação da aprendizagem* como um sinstrumento de gestão.

Apontar os mitos que em sua escola cercam a avaliação e indicar caminhos que ajudem a derrubá-los.

Analisar, na LDB, a importância da avaliação em uma escola efetivamente democrática.

Conteúdos

Avaliação como instrumento de gestão. Mitos que cercam a avaliação. Avaliação e legislação.

Mapa das unidades

53


Guia do Tutor

Modulo V: Como construir e desenvolver os princípios de convivência democrática na escola? Objetivos gerais

Desenvolver a capacidade de planejar e liderar o processo de gestão da construção coletiva da democracia na escola.

Buscar subsídios e linhas de ação importantes relativas à construção e ao desenvolvimento do convívio democrático.

Desenvolver a capacidade de identificar e propor medidas para construir a convivência democrática por meio de parcerias e com o apoio da legislação e do regimento escolar.

Unidade 1 Construção e desenvolvimento da convivência democrática: fundamento da escola de hoje. Objetivos específicos Identificar elementos comuns aos propósitos da educação e à construção da convivência democrática na escola. Reconhecer qualidades necessárias aos gestores como líderes que constroem e desenvolvem a convivência democrática. Propor medidas para criar e incentivar equipes no trabalho de construção e desenvolvimento da convivência democrática na escola. Conteúdos Convivência democrática e projeto pedagógico da escola: duas faces da mesma moeda. Um guia para você que é um líder! Princípios que devem orientar o trabalho do gestor.

Unidade 2 Barreiras ao convívio democrático. Objetivos específicos Identificar diferentes formas e determinações da violência e do convívio democrático escolar-social. Reconhecer fatores que determinam interações contraditórias na escola. Caracterizar manifestações de vivência autoritária e vivência democrática na escola. Propor modos de combater as diversas manifestações de violência escolar-social. Identificar maneiras de gerir conflitos e neutralizar antagonismos no ambiente escolar. Conteúdos ESCOLA: lugar de diferenças e contradições. Relações entre poder e autoridade.

54

Mapa das unidades


Guia do Tutor

Modalidades de violência: conflito e antagonismo. ESCOLA: espaço de convivência da comunidade ou alvo de depredações? "Escola depredada atrai o tráfico." Que caminhos estão sendo abertos para o controle da violência escolar?

Unidade 3 Caminhos que levam ao convívio democrático: as parcerias. Objetivos específicos Identificar áreas favoráveis à criação de projetos de inserção social do corpo discente de sua escola. Caracterizar áreas carentes de parcerias na sua escola. Identificar os aspectos relevantes da negociação de parcerias. Reconhecer os elementos que compõem um projeto de parceria. Relacionar os principais elementos que compõem a estrutura gerencial de um projeto. Reconhecer a função do monitoramento e da avaliação em projeto de parceria. Conteúdos Que papel desempenham as parcerias na construção da convivência democrática nas escolas? A escola não muda sozinha; ela muda junto com a comunidade – Estratégia de mobilização. Negociação: em que moldes? Por que é importante coordenar e administrar parcerias? Monitoramento e avaliação.

Unidade 4 Referências essenciais e normas reguladoras da convivência democrática na escola. Objetivos específicos Identificar suas responsabilidades na garantia dos direitos preconizados pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Identificar os direitos da criança e do adolescente dentro dos princípios preconizados pelo ECA. Propor um plano de divulgação do ECA na escola e na família, visando garantir os direitos da criança e do adolescente e prevenir eventuais abusos. Caracterizar o regimento escolar como instrumento de institucionalização e consolidação dos princípios de convivência democrática construídos na escola Conteúdos O Estatuto da Criança e do Adolescente e os direitos e deveres dos agentes escolares O regimento escolar como instrumento de construção da convivência democrática Por uma prática pedagógica para a convivência democrática.

Mapa das unidades

55


Guia do Tutor

Modulo VI: Como gerenciar os recursos financeiros?

Objetivos gerais

Acompanhar a gestão dos recursos orçamentários e financeiros destinados à escola, com segurança e de acordo com os princípios de autonomia, ética e racionalidade administrativa.

Assumir a gestão financeira como uma das competências da escola, exercitando as etapas de planejamento, execução e controle dos recursos finsanceiros e de sua vinculação ao projeto pedagógico.

Distinguir as diferentes fontes de financiamento da educação básica, identificando as formas de transferência dos recursos financeiros públicos para a escola.

Elaborar planos de aplicação dos recursos financeiros da escola, definindo instrumentos de supervisão do processo e meios de prestação de contas à comunidade.

Criar estratégias de captação de recursos financeiros para a escola. Unidade 1 Gestão financeira: competência da escola pública Objetivos específicos Situar a escola no sistema de administração pública da educação e suas relações com as entidades privadas. Relacionar as práticas de gestão financeira da escola aos princípios básicos da administração pública. Trabalhar a gestão financeira como uma das competências da escola. Vincular as etapas fundamentais da gestão financeira da escola ao seu projeto pedagógico. Conteúdos O lugar da escola no sistema de administração pública da educação. Foco no gestor: o que é necessário saber para gerenciar os recursos financeiros. Etapas fundamentais da gestão financeira: planejar, executar e prestar contas. Gestão financeira e projeto pedagógico: uma relação fundamental.

Unidade 2 Identificando e planejando os recursos financeiros da escola Objetivos específicos Distinguir as fontes de financiamento público e privado das escolas públicas. Diferenciar as transferências e as formas de utilização dos recursos financeiros públicos e privados nas escolas. Identificar os diferentes tipos de planos de aplicação de recursos. Conteúdos As fontes de financiamento da educação: diferenças entre recursos financeiros

56

Mapa das unidades


Guia do Tutor

públicos e privados. As formas de repasse e gerência dos recursos financeiros públicos. Planos de aplicação: o estabelecimento de prioridades dos recursos financeiros.

Unidade 3 Execução financeira: o momento de "gastar o dinheiro" Objetivos específicos Acompanhamento da utilização dos diferentes recursos financeiros repassados às escolas. Preparar relatórios e quadros demonstrativos das despesas realizadas. Utilizar mecanismos de avaliação da gestão financeira. Conteúdos Acompanhamento e supervisão de cronogramas de desembolso: os movimentos financeiros Elaboração de relatórios e quadros demonstrativos de despesas orçadas e realizadas.

Unidade 4 Prestando contas do que foi gasto Objetivos específicos Compreender as normas e os critérios de prestação de contas de gastos públicos e privados. Utilizar adequadamente os instrumentos de prestação de contas. Conteúdos Instrumentos utilizados pelo poder público para verificar a aplicação dos recursos financeiros. Definição de mecanismos de prestação de contas à comunidade escolar. Normas para a prestação de contas de despesas realizadas com recursos financeiros públicos.

Unidade 5 Como e onde captar outros recursos para a escola Objetivos específicos Identificar fontes alternativas de recursos financeiros. Desenvolver formas de captar recursos financeiros para a escola. Conteúdos Recursos financeiros oriundos de fontes internacionais, de organizações não-governamentais e de parcerias com empresas. Formas de captação de recursos e cuidados necessários.

Mapa das unidades

57


Guia do Tutor

Modulo VII: Como gerenciar o espaço físico e o patrimônio da escola?

Objetivos gerais

Planejar e executar a gestão de material e patrimônio em sua escola. Integrar a gestão de material e do patrimônio à gestão pedagógica da escola. Identificar soluções para as dificuldades da gestão de material e do patrimônio em sua escola e selecionar prioridades de ação. Desenvolver estratégias de mobilização para um gerenciamento público com controle social do material e do patrimônio da escola. Identificar os dispositivos legais e os procedimentos que regulam a gestão do material e do patrimônio na administração pública. Elaborar propostas para o desenvolvimento da escola como pólo comunitário, de acordo com seu projeto pedagógico.

Unidade 1 O patrimônio da escola pública: o que é e de quem é? Objetivos específicos Reconhecer os conceitos envolvidos com a gestão do material e do patrimônio da escola, com base nas definições de patrimônio material e patrimônio imaterial. Articular a organização do trabalho escolar com a gestão do material e do patrimônio. Construir vínculos entre a gestão do material e do patrimônio e a gestão pedagógica da escola. Conteúdos O que é patrimônio escolar? Patrimônio público e patrimônio privado. Patrimônio escolar e comunidade. Gestão do material e do patrimônio e gestão pedagógica.

Unidade 2 Patrimônio, planejamento, identidade e autonomia escolar. Objetivos específicos Identificar as relações estabelecidas entre a escola e a rede de ensino em que ela se insere e seus reflexos na gestão do material e do patrimônio escolar. Identificar as relações entre o patrimônio escolar e a gestão pedagógica da escola. Identificar as responsabilidades do gestor sobre o patrimônio no contexto da autonomia escolar. Conteúdos A escola e a rede escolar. Planejamento de rede: identificação da demanda pela comunidade. Ampliação da escola. Construção da nova área da escola. Realização dos serviços de ampliação da escola.

58

Mapa das unidades


Guia do Tutor

A identidade da escola e o patrimônio escolar. Gestão de patrimônio e autonomia escolar. Unidade 3 Utilização, manutenção e conservação do patrimônio escolar. Objetivos específicos Identificar os conceitos de infra-estrutura*, equipamentos, material permanente*, material de consumo e material de distribuição gratuita. Relacionar o uso dos recursos materiais com o projeto pedagógico da escola. Planejar o uso dos espaços, em articulação com o uso do tempo e dos recursos financeiros da escola. Elaborar o plano de manutenção e conservação do patrimônio escolar. Conteúdos Infra-estrutura, equipamentos e mobiliário escolar. Equipamentos e material permanente. Material de consumo e material de distribuição gratuita. Planejamento do uso de equipamentos, mobiliário e espaços escolares. Projeto pedagógico, organização do trabalho escolar e patrimônio. Compartilhamento de patrimônio entre escolas. Manutenção, conservação e segurança do patrimônio escolar. Monitoramento das condições de funcionamento da escola. Plano preventivo de manutenção, conservação e segurança do patrimônio escolar.

Unidade 4 Aquisição, registro*, reposição e alienação* de bens e contratação de serviços na escola. Objetivos específicos Identificar os principais aspectos legais inerentes à contratação de serviços, aquisição, registro e reposição do patrimônio escolar. Estabelecer vinculações entre o processo de contratação de serviços e aquisição, registro e reposição do patrimônio escolar e os objetivos pedagógicos da escola. Enumerar as responsabilidades do gestor escolar com relação a cada fase do processo de gestão do patrimônio escolar: aquisição, registro, manutenção, reposição e alienação. Conteúdos Aspectos legais da aquisição de bens e contratação de serviços pela escola. Quem faz as compras e contrata os serviços? O que deve saber o gestor escolar sobre o processo de compras e contratação de serviços? Os princípios de licitação*. Convocação e tipos de licitação. As modalidades de licitação. Prazos de licitação. As compras e a contratação de serviços na escola. Manutenção, reposição e alienação de bens.

Mapa das unidades

59


Guia do Tutor

Modulo VIII: Como desenvolver a gestão dos servidores na escola?

Objetivos gerais

Gerir o quadro de pessoal, atendendo aos preceitos legais e pedagógicos. Avaliar o desempenho do pessoal docente e dos funcionários da escola. Promover ações de qualificação de pessoal da escola. Estabelecer clima de satisfação, participação e integração de toda a comunidade escolar. Unidade 1

O que conhecer da legislação para gerir o quadro de pessoal da escola? Objetivos específicos Identificar os servidores da educação e os requisitos para ingresso no serviço público e, em especial, no magistério. Definir nomeação, posse, exercício, estágio probatório e estabilidade. Comparar cargo e função, assim como cargo efetivo, cargo em comissão e contrato temporário. Diferenciar cargos e funções do magistério, formas de instituição da direção da escola, estatuto e plano de carreira. Conteúdos Quais são os servidores públicos em atuação na escola? Como os servidores são selecionados para a escola? Que atos são necessários para o servidor começar a trabalhar? O que devem fazer os servidores em exercício na escola? Quais são as funções dos profissionais da educação? Como é instituída a direção de sua escola? Que legislação aplica-se aos servidores da educação?

Unidade 2 Que direitos e deveres têm os servidores? Eles podem ser processados e receber penalidades administrativas? Objetivos específicos Reconhecer como direitos do servidor o recebimento de vencimento e vantagens, a regulamentação da jornada de trabalho, licenças, cedências e outros afastamentos. Relacionar o direito de petição, deveres e proibições dos servidores em relação a situações do cotidiano escolar. Caracterizar especificidades do magistério quanto a vantagens, jornada de trabalho, substituições de professores, direitos e deveres assegurados pela LDB. Identificar responsabilidades, penalidades e características do processo administrativo. Conteúdos Direito a recebimento de vencimentos e vantagens Direito à regulamentação da jornada de trabalho. Direito a licenças, cedências e outros afastamentos. Direito de petição. Deveres dos servidores e proibições. Direitos e deveres do magistério. Responsabilidades, penalidades e processo administrativo.

60

Mapa das unidades


Guia do Tutor

Unidade 3 Avaliação de desempenho dos servidores na escola: problema ou solução? Objetivos específicos Indicar razões para realizar avaliação dos servidores e, em especial, do magistério. Comparar a avaliação até então predominante e a proposta para uma nova avaliação. Identificar dimensões para a avaliação dos docentes e demais servidores da educação. Caracterizar diferentes instrumentos para a avaliação de desempenho nas escolas. Conteúdos Por que realizar avaliação de desempenho dos servidores? Como tem sido a avaliação de desempenho na educação? Como pode ser a avaliação de desempenho na educação? Por que realizar avaliação de desempenho na escola? Que dimensões considerar na avaliação realizada na escola? Que instrumentos utilizar para a avaliação na escola? Com que ações deve se articular a avaliação de desempenho?

Unidade 4 A formação é fator decisivo na qualidade da escola. Objetivos específicos Identificar na LDB os artigos que se referem diretamente à formação dos profissionais da educação. Caracterizar o professor leigo e o que a legislação indica para sua formação. Enumerar fatores que, dentro do processo educativo, indicam a necessidade de se elaborar um plano de formação. Indicar ações que, fazendo parte da rotina da escola, podem ser utilizadas na formação continuada dos profissionais da educação. Conteúdos A LDB e a formação dos profissionais da educação. Formação inicial: primeiro passo. Formação continuada: um direito do educador. Escola como espaço de formação.

Unidade 5 Relações interpessoais: interação X individualismo. Objetivos específicos Identificar os fatores que favorecem e dificultam o processo de interação dos membros da comunidade escolar. Citar os instrumentos de comunicação que a escola deve utilizar no processo de integração coletiva. Caracterizar a equipe escolar segundo os níveis de atuação do coordenador e da própria equipe. Auto-avaliar-se no desempenho de sua função de coordenador da equipe escolar no desenvolvimento do trabalho educativo. Conteúdos A interação na comunidade escolar. Instrumentos de comunicação no processo de integração coletiva. Papel do gestor no desenvolvimento do trabalho coletivo. Competências e habilidades do gestor no processo interativo.

Mapa das unidades

61


Guia do Tutor

Modulo IX: Como desenvolver a avaliação institucional da escola?

Objetivos gerais

Compreender os princípios e as finalidades da avaliação institucional como embasamento para o desenvolvimento desse processo na sua escola. Participar da formulação de procedimentos metodológicos e etapas de avaliação institucional. Implementar o processo de avaliação na instituição escolar, envolvendo a comunidade educativa. Selecionar procedimentos básicos para elaboração, aplicação, organização e interpretação de instrumentos de coleta de informações sobre a escola. Utilizar resultados de avaliação no processo de aperfeiçoamento do projeto pedagógico da escola.

Unidade 1

Quais os princípios, as finalidades e os objetivos da avaliação institucional? Objetivos específicos Identificar os princípios orientadores e as finalidades da avaliação institucional em relação a diferentes concepções de avaliação. Selecionar os princípios orientadores do processo de avaliação a ser implementado na escola. Identificar os objetivos e os sujeitos do processo de avaliação institucional em sua escola. Conteúdos O que é avaliação institucional? Quais as diferenças e semelhanças entre avaliação institucional e avaliação educacional? Que princípios orientam a avaliação institucional? Quais os seus objetivos? Para que serve ou por que se faz a avaliação institucional e quem são os seus sujeitos?

Unidade 2

Quais os processos metodológicos e as etapas de operacionalização da avaliação institucional? Objetivos específicos Relacionar os princípios e as finalidades da avaliação institucional com os objetivos do projeto pedagógico de sua escola. Distinguir as três modalidades básicas da avaliação institucional: de diagnóstico inicial, de processo e de resultados. Formular, juntamente com a comunidade escolar, as ações metodológicas da avaliação institucional de sua escola. Identificar etapas e estratégias básicas de operacionalização do processo de avaliação da escola. Caracterizar a avaliação institucional como processo construído pela escola. Conteúdos Princípios e finalidades da avaliação institucional: que relações existem com os objetivos do projeto pedagógico da escola?s Quais as modalidades da avaliação institucional? Que ações metodológicas e etapas de operacionalização da avaliação institucional poderemos utilizar?

Unidade 3

Como implementar o processo de avaliação institucional integrado ao projeto pedagógico da escola?

62

Mapa das unidades


Guia do Tutor

Objetivos específicos Implementar estratégias de maior envolvimento da comunidade escolar no processo de avaliação da escola. Incorporar o processo de avaliação ao projeto pedagógico, de modo a constituir-se em instrumento para o seu aperfeiçoamento. Conteúdos Que estratégias poderão ser utilizadas para o envolvimento da comunidade escolar no processo de avaliação da escola? A avaliação institucional é um instrumento de aperfeiçoamento do projeto pedagógico da escola?

Unidade 4

Como elaborar, aplicar, organizar e interpretar instrumentos de coleta de informações sobre a escola? Objetivos específicos Identificar dimensões e categorias de análise possíveis na definição das prioridades a serem selecionadas para a avaliação institucional da escola. Participar da escolha e da elaboração de instrumentos de coleta de informações sobre a escola. Conhecer estratégias de envolvimento da comunidade escolar na elaboração de instrumentos de coleta de informações sobre a escola. Apontar procedimentos de aplicação de instrumentos individuais e coletivos de coleta de informações sobre a escola. Situar e interpretar, em gráficos, tabelas e sínteses descritivas, as informações quantitativas e qualitativas geradas nos processos internos e externos de avaliação institucional. Colaborar na elaboração de relatórios sobre o processo de avaliação institucional vivenciado pela escola. Conteúdos Como escolher e elaborar instrumentos de coleta de informações? Como envolver a comunidade escolar na elaboração de instrumentos de coleta de informações sobre a escola? Como aplicar instrumentos de coleta de informações sobre a escola? Como organizar e interpretar informações quantitativas e qualitativas coletadas? Como elaborar relatórios do processo de avaliação institucional vivenciado na escola?

Unidade 5

Como usar os resultados da avaliação institucional? Objetivos específicos Identificar resultados do processo de avaliação, distinguindo os sucessos almejados e as dificuldades ou insuficiências a serem superadas. Reconhecer as principais razões ou os fatores causadores das situações de sucesso e de dificuldade, direta ou indiretamente relacionados a eles. Associar as situações (de sucesso e de fracasso) ao projeto pedagógico da escola. Selecionar e divulgar situações e experiências bem-sucedidas. Elaborar propostas para mudar as situações de dificuldade ou insuficiência. Conteúdos Como lidar com os resultados da avaliação institucional? Como lidar com as dificuldades? Como lidar com os sucessos? Como divulgar resultados da avaliação? Quem são os usuários dos resultados da avaliação institucional?

Mapa das unidades

63


CONSED – Conselho Nacional de Secretários de Educação Gestão 1999 a 2000 Éfrem de Aguiar Maranhão Presidente Raquel Figueiredo Alessandri Teixeira Vice-Presidente Antônia Vieira Santos Secretária-Geral

Secretária Executiva Marília Miranda Lindinger Maria Aglaê de Medeiros Machado Coordenação do Progestão

Secretarias Estaduais de Educação co-promotoras Darcy Humberto Michiles (anterior) Vicente de Paulo Queiroz Nogueira (atual) Secretário de Estado e Coordenador da Educação e Qualidade do Ensino do Amazonas

Luiz Eduardo Carneiro Costa (anterior) Pedro Almeida Duarte (atual) Secretário de Estado da Educação, Cultura e do Desporto do Rio Grande do Norte

Antenor Manoel Naspolini Secretário de Educação Básica do Estado do Ceará

Lia Ciomar Macedo de Farias (anterior) Darcilia Aparecida da Silva Leite (atual) Secretária de Educação do Estado do Rio de Janeiro

Raquel Figueiredo Alessandri Teixeira Secretária de Estado da Educação de Goiás Danilo de Jesus Vieira Furtado Gerente de Desenvolvimento Humano do Estado do Maranhão Rosineli Guerreiro Salame (anterior) Maria Isabel Castro Amazonas (atual) Secretária-Executiva de Estado da Educação do Pará Carlos Pereira de Carvalho e Silva(anterior) Carlos Alberto Pinto Mangueira (atual) Secretário de Estado da Educação e Cultura da Paraíba Alcyone Saliba Secretária de Estado da Educação do Paraná Éfrem de Aguiar Maranhão (anterior) Raul Henry Filho (atual) Secretário de Estado da Educação e Esporte de Pernambuco

Sandra Maria Veloso Carrijo Marques Secretária de Estado da Educação de Rondônia Antônia Vieira Santos (anterior) Francisco Flamarion Portela (atual) Secretária de Estado da Educação, Cultura e Desportos de Roraima Miriam Schlickmann Secretária de Estado da Educação e do Desporto de Santa Catarina Teresa Roserley Neubauer da Silva Secretária de Estado da Educação de São Paulo Nilmar Gavino Ruiz (anterior) Maria Auxiliadora Seabra Resende (atual) Secretária de Estado da Educação de Tocantins Nilson Barreto Socorro Secretário de Estado da Educação, Desporto e Lazer de Sergipe

Luiz Ubiraci de Carvalho Secretário de Estado da Educação e Cultura do Piaui

Fotos da capa:

Vladimir Fernandes Eyewire

PhotoDisk

Alexandre Marchetti


Progestão

Promoção e Realização

Programa de Capacitação a Distância para Gestores Escolares

Cooperação e Apoio

módulo I Caderno de Estudo

Módulo I Caderno de Estudo

Como articular a função social da escola com as especificidades e as demandas da comunidade?


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.