Cartilha Guia Prático: Educomunicação Universidade Federal de Campina Grande Curso de Comunicação Social/Educomunicação Práticas Educomunicativas em Editoração Editora Experimental Grupo Carcará
Texto Mércia de Amorim Vinícius Guerra Ilustrações Izabella Couto Pereira Mariana Farias
Diagramação Rafael Lima Diógenes Peres Orientadora Janaine Aires
O trabalho Cartilha Guia Prático: Educomunicação de Mércia de Amorim, Vinícius Guerra, Izabella Couto Pereira, Mariana Farias, Rafael Lima, Diógenes Peres está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-CompartilhaIgual 4.0 Internacional.
Sobre o curso O curso de Educomunicação tem normalmente a duração de 4 anos. Somente duas universidades oferecem essa formação, UFCG (bacharelado) e USP (licenciatura). Algumas disciplinas que o aluno deve encontrar no curso são: Teorias da Comunicação, Práticas Laboratoriais em Multimídia e Fundamentos da Educomunicação.
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O que é EDUCOMUNICAÇÃO A educomunicação é a junção da educação e da comunicação através da cidadania, ela se utiliza de ferramentas tecnológicas e dos meios de comunicação para alcançar seu objetivo. Ela tem por missão incentivar o diálogo entre os indivíduos, expondo suas opiniões de maneira direta, pessoalmente ou indireta, através dos meios de tecnologia e comunicação. Vale ressaltar que não se aplica apenas nas salas de aula e demais ambientes educativos e sim em todos os aspectos da vida cotidiana. O conceito de educomunicação surgiu a partir das pesquisas do Núcleo de Comunicação e Educação (NCE) da USP no final dos anos 1990 pelo professor Ismar de Oliveira Soares, reconhecido internacionalmente por suas pesquisas.
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A origem da EDUCOMUNICAÇÃO Levando em conta a própria palavra, esta interação entre comunicação e educação começou na América Latina como um todo por volta dos anos 1960 e 1970, quando alguns intelectuais reconheceram a força dos meios de comunicação na formação das pessoas. Na educação, Paulo Freire criou métodos de ensino inovadores, que levava seus alunos a desenvolver um senso crítico quanto aos aspectos da sua vida cotidiana. Já na comunicação, Mario Kaplún, um grande comunicador social com vasta experiência em produções de rádio e tv, utilizou tais conhecimentos para também desenvolver a criticidade em seu público. Eles contribuíram com conhecimento, prática, e comprometimento político para que houvesse uma mudança social na época.
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Para diagnosticar se um ambiente é educomunicativo é importante verificar a presença das seguintes características: • Ecossistema comunicativo e Comunicação dialógica Se em um local todos os participantes de uma conversa têm espaço de fala e suas opiniões são devidamente respeitadas, este é com toda a certeza um ecossistema comunicativo dialógico. Estes princípios são os básicos da liberdade de expressão um direito previsto tanto na declaração universal dos direitos humanos como na constituição federal brasileira
• Planejamento participativo O Planejamento Participativo é a busca de uma visão múltipla, integrada e sustentável de desenvolvimento.
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• Avaliação coletiva • Protagonismo (sujeitos midiáticos ativos) Independentemente de quem seja tem o direito de aprender e opinar sobre a realidade em que vive. • Uso criativo das tecnologias • Gestão democrática da comunicação Basicamente é diagnosticar, planejar, implementar e avaliar processos de comunicação dialógica.
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No âmbito profissional Um educomunicador pode atuar em todos os setores que envolvam meios de comunicação, pessoas e sistemas comunicativos. Sendo mais direto, pode-se atuar no mercado de trabalho de diversas maneiras: Consultorias: desde o planejamento, criação e a prática de projetos educacionais que visem ao uso de diversas mídias. Pesquisa: estudando a relação da educação com os diferentes meios de comunicação. O bacharel ainda pode atuar em projetos educacionais tanto nos setores privados quanto no público articulando mídias, linguagens e estratégias de comunicação, além de empresas onde lida com responsabilidades sociais, bem como ONG's, espaços culturais e museus. Em suma o educomunicador atua como um mediador capaz de incentivar mudanças, tanto na recepção das mensagens dos meios de comunicação de massa quanto na formação de cidadãos críticos e atuantes.
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Referências FONSECA, João José Saraiva da. O Que é Planejamento Participativo?. 2009. Disponível em: <http://joaojosefonseca1.blogspot.com/2009/08/o-que-eplanejamento-participativo.html>. Acesso em: 29 jun. 2018. WEISE, Angélica Fabiane. O que é a educomunicação e como a educação pode se apropriar dela. Disponível em: <https://www.eusemfronteiras.com.br/o-que-e-educomunicacaoe-como-educacao-pode-se-apropriar-dela/>. Acesso em: 29 jun. 2018. SILVA, Mauricio. O que é Educomunicação? 2011. Disponível em: <https://educomusp.wordpress.com/2011/11/23/o-que-eeducomunicacao/>. Acesso em: 29 jun. 2018 EDUCOMUNICAÇÃO, 2012. Disponível em: <https://guiadoestudante.abril.com.br/profissoes/educomunicaca o/>. Acesso em: 29 jun. 2018. EDUCOM UFCG. O que é Educomunicação?. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=6bR-nfDpb6o> Acesso em: 29 jun. 2018. MORAIS, Clemerson. O que é Educomunicação?. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=kaFDOLJTTCE> Acesso em: 29 jun. 2018. LIMA, Grácia Lopes. Origem da Educomunicação. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=LaCMGKUINB8> Acesso em: 29 jun. 2018.