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rável. Nunca é muito tempo, tento uma palavra mais curta, logo escrevo, escravo de letras e de sílabas. Uma liberdade imensa neste voo interminável no universo da literatura e das escritas. Uma vida inteira dedicada ás artes e a educação, tudo tecido pela palavra poética desenhando os caminhos. Nesta celebração faço um brinde de poesia aos meus antecessores Ovideo Corrêa e

“Um brinde ao Manoel de Barros, Paulo Corrêa e aos meus poetas da infância, Weimar Torres e Armando Carmello”

Flora Thomé (...) Um brinde especial ao poeta Manoel de Barros, Paulo Corrêa Oliveira e aos meus poetas da infância, Weimar Torres e Armando da Silva Carmello (...). E meu carinhoso abraço, agradecido de poesia, a todos os meus amigos que fazem parte da minha vida. “Amigo é bom, bom bom, amigo é tão bom...”, declamou cantando Emmanuel. Na noite solene, o acadêmico Henrique de Medeiros da Academia Sul-Mato-Grossense de Letras, destacou o nascimento literário do poeta Emmanuel Marinho. “O menino que nasceu na área rural do município de Dourados, um solo avermelhado com verdes cores, águas de rio, forte azul do céu, teve contatos com aquelas palavras - aquelas da literatura, que são mais do que simples palavras - bem cedo. Seus pais, ao trocarem o rural pelo urbano, montaram um bazar que vendia livros! E, dos livros, as palavras começaram a pular. Saltitaram pela mente demente dos que fazem jogos com as palavras para ver o que os outros sentem, e a vizinhança começou a conhecer aquele menino que aos nove, dez anos, já construía circos em seus quintais e subia no picadeiro para interpretar textos que ele mesmo escrevia. A criança não andava necessariamente descalça, mas logo cedo aprendeu que “poesia não compra sapato, mas como andar sem poesia? A família ajudava no DNA. Mãe artesã, avó que presenteava com livros, avô que escrevia poe - ponto a ponto

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EmmanuEl marinho

“Nunca é muito tempo, tento uma palavra mais curta, logo escrevo, escravo de letras e de sílabas. Uma liberdade imensa neste voo interminável no universo da literatura e das escritas” hEnriquE dE mEdEiros “A família ajudava no DNA. Mãe artesã, avó que presenteava com livros, avô que escrevia poemas! mas! O menino tinha a quem puxar com suas origens italianas, portuguesas, nordestinas, e do que todos nós temos na brasilidade de nosso chão e na democracia do orgulho e da mistura doida da miscigenação: o do negro e o do índio. “Tem pão velho? Não, criança. Tem o pão que o diabo amassou. Tem sangue de índios nas ruas”. É bem assim. “E quando é noite, a lua geme aflita por seus filhos mortos”. O menino cresceu, adolesceu. E na doença e saúde que carregamos da adolescência-aborrescência-

-adocrescência de todos nós, foi buscar novos ares pelo país, indo estudar em São Paulo”, argumenta Henrique.

A posse de Emmanuel Marinho contou com a presença do prefeito Murilo Zauith, o presidente da Câmara Municipal de Dourados, Idenor Machado e a vereadora Délia Razuk, a presidente da Academia Douradense de Letras Ivone Macieski, secretário estadual de Cultura, Turismo, Empreendedorismo e Inovação, Athayde Nery, presidente da ASL, Reginaldo Alves de Araújo, dentre outros que prestigiaram a noite.

A Sessão Magna em Dourados integrou as comemorações de aniversário da Academia Sul-Mato-Grossense de Letras, que completa amanhã 44 anos. Fundada pelos escritores Ulisses Serra, José Couto Pontes e Germa-no Barros de Souza, no dia 30 de outubro de 1971, a atual ASL surgiu com o nome de Academia de Letras e História de Campo Grande. A instalação oficial da Academia ocorreu na noite de

13 de outubro de 1972, em Campo Grande. Com 40 cadeiras vitalícias, aos moldes da Academia Brasileira de Letras (ABL), a ASL - a mais alta e representativa entidade literária de MS - mantém ao longo da sua existência uma história marcante voltada para a defesa do vernáculo e o cultivo da literatura, zelando e incentivando todas as derivações da cultura estadual e nacional.

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