DOURADOS MS ANO 70 Nº 13.623
O PROGRESSO
30 de abril de 2020
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Conselho alerta para risco de colapso na saúde e propõe treinamento a servidores Em Mato Grosso do Sul 30 servidores da saúde foram afastados após contaminação por Coronavírus durante suas atividades dentro de hospitais públicos. PÁG. A5
CADERNO B
Maria José J. A. Cordeiro
AFLAMS Hoje e sempre
1º aniversário da AFLAMS Com nitidez rememoro o belo evento de Instalação da AFLAMS Academia Feminina de Letras e Artes de Mato Grosso do Sul e Posse das acadêmicas, realizadas no dia 30 de abril de 2019, no Plenário “Deputado Júlio Maia”, Assembleia Legislativa MS, no Palácio Guaicurus. Éramos 40 Mulheres, engalanadas, movidas à emoção, num Ato primoroso e valorizado por inúmeras outras academias do nosso país e pelo poeta, ficcionista, tradutor e crítico literário Carlos Nejar, Ilustre representante da Academia Brasileira de Letras e autor do Hino da AFLAMS. PÁG. B1
PÁG. B2
Ana Arguelho
Tuberculose deixa índios mais vulneráveis a Covid-19 PÁG. D1
AFLAMS uma instituição construindo história
Educação
PÁG. B2
PÁG. D2
Ana Lúcia Gaborim
Pres. Delasnieve Miranda Daspet de Souza
Em Dourados
Pazear é preciso. Coralizar é essencial! PÁG. B5
Prefeitura suspende contrato temporário de estagiários e professores Polícia
Toque de recolher diminui 65,3% dos roubos em Dourados PÁG. A6
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Dourados, 30.4.2020 O PROGRESSO
Opinião EDITORIAL
Covid-19: Brasil ultrapassa o número de mortos na China, e daí?
A
s respostas do presidente da república Jair Bolsonaro nessa semana frente as mais de 5 mil mortes no Brasil por coronavírus tem passado uma impressão de descaso, mesmo que esta não seja a sua intenção. Depois do “não sou coveiro” a autoridade máxima do governo brasileiro enfatizou: “E daí, sou messias mas não faço milagres”, ao se referir ao sobrenome ao responder a uma pergunta sobre a mortalidade no Brasil, que já ultrapassava o número de mortes quando a China estava no epicentro da doença. “Quer que faça o que?”, foi outra frase de indagação do presidente no momento em que famílias enterram seus entes queridos em valas, por não haver mais espaços nos cemitérios municipais, a exemplo do que ocorre no Amazonas. Na última segunda-feira ao sair do Palácio da Alvorada, ao fazer um comentário sobre a epidemia, Bolsonaro disse que 70% da população será contaminada e “não adiante querer correr disso”. “Aproximadamente 70% da população vai ser infectada. Não adianta querer correr disso. É uma verdade. Estão com medo da verdade?”, afirmou. Se-
gundo ele, “houve uma potencialização das consequências do vírus”. “Levaram o pavor para o público, histeria. E não é verdade. Estamos vendo que não é verdade. Lamentamos as mortes, e é a vida. Vai morrer”, afirmou. No último dia 29, após voltar de um passeio por Brasília, Bolsonaro repetiu o argumento de que todos vão “morrer um dia” e disse que para se enfrentar o vírus é necessário agir “como homem”. “Essa é uma realidade, o vírus tá aí. Vamos ter que enfrentá-lo, mas enfrentar como homem, porra. Não como um moleque. Vamos enfrentar o vírus com a realidade. É a vida. Todos nós iremos morrer um dia.” Diante de tantos desencontros em suas falas, diante das crises políticas com a saída recente de dois importantes ministros, além da atitude desesperada de se aproximar do “centrão” no Congresso para tentar frear um processo de impeachment, como espera o presidente da república convencer a população de que está levando a sério tão grave pandemia, se o que mais tem demonstrado com suas entrevistas leva a entender que tem feito deboches e ignorado o problema?
Resiliência LUÍS CARLOS LUCIANO*
A
*Jornalista
cho que não seria exagero comparar O Progresso a fênix. Nascido na década de 20 na cidade de Ponta Porã (penso nas dificuldades, pois, se hoje já é difícil viabilizar um jornal no interior dá para imaginar naquele tempo) parou de circular depois de seis anos se não me engano para ressurgir em 21 de abril de 1951 em Dourados. Depois, no início dos anos 60, novamente adormeceu e em seu lugar surgiu o Jornal de Dourados em outras mãos e logo depois a família Amaral Torres retomou O Progresso e a partir de então num único fôlego chegou até setembro de 2019 quando encerrou mais uma vez a as atividades da versão impressa e em fevereiro de 2020, aleluia, ressurge semanalmente nas bancas em no-
vo formato mantendo a plataforma digital. Não seria uma semelhança com a mitológica ave que renasce das cinzas? É força da resiliência, da insistência, da teimosia, luta por um ideal, enfim, algo transcendente. Creio que não é só interesse pelo lucro. Ou seria destino? Há um magnetismo, uma predestinação em seu entorno e sem citar o viés jornalístico, obviamente sua principal missão. Coisas de uma família protegendo seu legado? Não é tão simples de se explicar, mas acredito que o jornalismo, de um jeito ou de outro, encanta os donos de O Progresso. Há também uma ligação, uma química, um compromisso com as pessoas, com a memória, com Dourados, com seu passado, com o pulsar de um organismo enraizado com a terra fértil e uma vontade enorme para manter o jornal vivo e influente. Digo com alguma propriedade porque trabalhei na redação desse jornal por quase duas décadas, do início dos anos 80 até perto de 2000. Boa parte de seus funcionários, assim como eu, entrou no vigor da juventude usando calças curtas e saiu enrugada. Parece uma pinga de alambique
das boas. Para mim foi a maior escola porque ali forjei e aperfeiçoei a lavra jornalística e literária. Perto de me tornar idoso imprestável e caro para governos ultracapitalistas só a morte ou a demência para esvaziarem as lembranças doces, amargas, boas, ruins e conflituosas da cozinha de O Progresso. Seria pieguice? Pode ser. Está dentro de mim... E quem ganha com esse novo começo? Lógico que somos todos nós concidadãos dessa graciosa e controvertida cidade. Além disso, quanto mais jornalismo, melhor. O jornalismo é indispensável à democracia, ao saber, ao pluralismo, ao equilíbrio das forças. Mas jornalismo de verdade e não ventríloquo de governos e do poder econômico. Não custa lembrar que o jornalismo profissional tem lá seu custo relevante, mas pequeno diante do retorno moral, ético e financeiro. O Progresso possui o maior arquivo impresso do cotidiano da cidade, da região e talvez de Mato Grosso do Sul. Não há um pesquisador da história que não se curve ao seu valor, preciosidade e diversidade, material todo digitalizado pelo Centro de Documentação Regional (CDR) da
UFGD e disponível ao público. Da minha parte torço para que os ascendentes tenham foco e fé nessa jornada porque os tempos atuais estão bicudos demais. Tudo tão rápido, tão transformador, uma tecnologia fantástica e ao mesmo tempo ameaças poderosas como as fakenews que proliferam e encontram eco em meio ao senso pouco crítico e apurador da opinião pública, e o Covid19 que trouxe a morte para mais perto do nosso quintal cuja batalha requer ciência, medicina, compromisso com a saúde pública por parte dos governos, consciência coletiva e informação correta. Boa sorte à nova equipe e parabéns por mais um aniversário. Conciliar jornalismo de qualidade com a viabilidade econômica sempre foi um desafio, mas o jornal tem mostrado ao longo do tempo essa possibilidade. O futuro de O Progresso, em certa medida, está em boas mãos e espero que essas boas mãos jamais abdiquem ao jornalismo responsável porque, sem isso, corre-se o risco do dito pelo não dito, ou seja, poderá ter sido em vão todo o esforço para se manter na ativa.
EXPEDIENTE JORNAL O PROGRESSO LTDA | CNPJ: 30.620.712/0001-74 Fundador: Weimar Torres (1951-1969)
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Dourados, 30.4.2020 O PROGRESSO
Política
Simone vê saída de ministros como estratégia para reeleição de Bolsonaro “Nós vimos o ministro Mandetta, da saúde, cair, o ministro Moro sair, estou falando de excelentes ministros” A senadora sul-mato-grossense Simone Tebet, do MDB, acredita que a saída de ministros em destaque do governo é estratégia para reeleger o presidente Jair Messias Bolsonaro (sem partido) nas próximas eleições, em 2022. “Como eu sou independente, nunca falo mal ou bem do presidente, falo mal ou bem das atitudes. E infelizmente, vemos parte da equipe do governo projetando 2022 e começando a tomar medidas e ações pensando em reeleição. Então, por conta disso, nós vimos o ministro Mandetta, da saúde, cair, o ministro Moro sair, estou falando de excelentes ministros”, afirmou. Tebet ainda citou Tereza Cristina, da Agricultura, a quem chama de “queridíssima amiga”. Para a presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), a ministra sul-mato-grossense está fazendo um excelente trabalho à frente da pasta, mas garante que “tem gente que acha que ela tem que cair”. “Por fim, e era só o que faltava para realmente colocar o País no caos, a possibilidade de o ministro da economia cair porque a ala do governo quer fazer um pacotão de projetos pensando no projeto 2022 e o ministro Paulo Guedes tem uma linha econômica séria que não interessa ao projeto eleitoral de 2022 porque é uma linha mais de austeridade, mais de equilíbrio das contas públicas”, finalizou. Para a parlamentar, tais movimentações visando a concorrência pelo poder na próxima disputa eleitoral a fez repensar a necessidade de rever o instituto da reeleição, que poderia impedir ocupantes de cargos no executivo a manter-se à frente do país por mais de quatro anos de mandato.
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Infelizmente, vemos parte da equipe do governo projetando 2022 e começando a tomar medidas e ações pensando em reeleição
Justiça intima prefeita Délia Razuk a comprovar entrega de EPIs em postos de Saúde O prazo é de 24h para que comprove que entregou todos os equipamentos de proteção individual O Juiz da 6ª Vara Cível de Dourados, José Domingues Filho, intimou a prefeita de Dourados, Délia Razuk, para que no prazo de 24h comprove que entregou todos os equipamentos de proteção individual nas unidades públicas de saúde. A medida tem a intenção de evitar a contaminação dos profissionais da saúde. Para tomar a decisão, o magistrado levou em consideração a alegação do Ministério Público Estadual que considerou genérica os argumentos da Prefeitura Municipal, não comprovando o fornecimento adequado dos referidos equipamentos de proteção, conforme previa Termo de Ajustamento de Conduta. A Promotoria de Justiça abriu investi-
gação contra a Prefeitura após denúncia do Conselho Regional de Medicina. Na ação foram detectadas deficiencia de EPIs na Unidade de Básica de Saúde do Jardim Flórida, a Seleta. Conforme apurado pelo CRM, o posto não possui avental, gorro, máscaras N95, óculos, protetores faciais e até sabão líquido, sendo que os servidores estão utilizando mesmo é sabão detergente. Além disso, a unidade possui poucas máscaras cirúrgicas. O Posto da Seleta é uma unidade de referência para a região do Grande Flórida, Jardim Vila Matos, Jardim Tropical e Vila Popular, sendo responsável por uma cobertura de milhares de pessoas. Diariamente, consta na denúncia, os profissionais da unidade atendem pacientes com sintomas gripais, o que representa um grande risco nesse período de contágio acelerado do novo coronavírus.
COLONO - Oh cumpadre! E esse tar coronavirus?
ZÉ PINGA - Pois é! Nunca algo que veio da China durou tanto
Prefeita Délia Razuk
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Dourados, 30.4.2020 O PROGRESSO
Política
MPT faz mais de 1,6 mil intervenções em MS sobre violações trabalhistas Em todo o Brasil, esse tipo de crime já motivaram 10.361 denúncias DIVULGAÇÃO
A maior parte da atuação institucional tem se concentrado na proteção à saúde e à segurança dos trabalhadores O Ministério Público do Trabalho realizou 1.633 intervenções sobre violações trabalhistas desde o início da pandemia do coronavirus em Mato Grosso do Sul. São recomendações, despachos audiências, além de notificações e requisições.
O MPT também tem atuado na mediação de conflitos entre trabalhadores e empregadores Em todo o Brasil, esse tipo de crime já motivaram 10.361 denúncias ao Ministério Público do Trabalho, desde o início da pandemia, o que corresponde a um aumento de 13,7% em comparação com o úl-
timo levantamento, publicado no dia 20 de abril. Já os inquéritos civis instaurados sobre o tema, que eram 1.747, chegaram a 2.078, ou seja, um crescimento de 18,9% em uma semana. A maior parte da atuação institucional tem se concentrado na proteção à saúde e à segurança dos trabalhadores, como mostram as medidas contidas nas diversas notas técnicas e nas 7.043 recomendações emitidas pelo órgão desde o início da pandemia, com o objetivo de conscientizar os empregadores sobre a importância de prevenir a disseminação do novo coronavírus em ambientes de trabalho. Pelos procuradores do MPT, fo-
Deputados aprovam projeto que obriga condomínios a denunciar violência doméstica O não cumprimento da obrigação vai gerar advertência ao condomínio e, na reincidência, multa Deputados estaduais aprovaram em primeira discussão, o Projeto de Lei 266/2019 de autoria de Marçal Filho (PSDB) que obriga os condomínios residenciais e comerciais de Mato Grosso do Sul a comunicar os órgãos de segurança pública quando houver em seu interior a ocorrência ou indícios de episódios de violência doméstica e familiar contra mulheres, crianças, adolescentes ou idosos. O não cumprimento da obrigação vai gerar advertência
Projeto de Lei é de autoria de Marçal
ram realizados 19.218 despachos e expedidos 30.224 documentos, entre notificações, ofícios e requisições, todos referentes à Covid-19. O acompanhamento das políticas públicas de enfrentamento à crise provocada pela doença tem sido feito por meio dos procedimentos promocionais, que chegaram a 703 até segunda-feira (27). O MPT também tem atuado na mediação de conflitos entre trabalhadores e empregadores, para amenizar as consequências decorrentes da pandemia. Ao todo, já são 155 procedimentos de mediação e até agora o MPT ajuizou 56 ações civis públicas, quando não foi possível a solução extrajudicial dos conflitos.
ao condomínio e, na reincidência, multa que pode chegar a R$ 2,9 mil (100 Uferms). Conforme o projeto, a denúncia deverá ser realizada de imediato, por ligação telefônica ou através de aplicativo móvel, nos casos de ocorrência em andamento, e por escrito, por via física ou digital, nas demais hipóteses, no prazo de até 24 horas após a ciência do fato, contendo informações que possam contribuir para a identificação da possível vítima e do agressor. Os condomínios ainda deverão afixar, nas áreas de uso comum, cartazes, placas ou comunicados divulgando o disposto da Lei e incentivando os condôminos a notificarem o síndico ou administrador quando tomarem conhecimento da ocorrência ou de indícios de episódios de violência doméstica ou familiar no interior do condomínio.
Noemir Felipeto
Advogado e jornalista
Efeito Coronavírus: Suspensão da biometria, decisão coerente do TSE
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a semana passada o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) suspendeu, mesmo que de forma temporária, o cancelamento de títulos de eleitores que não haviam feito o cadastro biométrico obrigatório. É de se lembrar que para eleitores de Dourados e Itaporã, o prazo que iria até o dia 27 de abril foi antecipado para o dia 20 daquele mês e milhares de pessoas ficaram sem fazer o cadastro. Não se sabe, por exemplo, se em uma semana todos procedessem a biometria, se daria tempo de todos serem cadastrados. Mas com a decisão do TSE, editada através de Resolução, no dia 17 deste mês, tudo volta como era antes, ou seja, eleitores que não haviam feito à biometria poderão votar nas eleições de 2020. O cadastro estava sendo feito em 17 estados (AC, AM, BA, CE, ES, MA, MG, MS, MT, PA, PE, PR, RJ, RS, SC, SP e RO) e tal medida atinge 2,5 milhões de eleitores. Mas a resolução é clara: após as eleições de outubro abrir-se-á novo prazo para o cadastramento, visando às eleições de 2022, e aí, acreditamos, não haverá nova dilação de prazo. Na realidade, o TSE está buscando ficar cada dia mais digital, mais informatizado. E o cadastro biométrico nada mais é que uma ferramenta de segurança tanto para o eleitor como para quem receberá o voto, bem como para a própria justiça, ou seja, comparecerá a urna efetivamente aquele eleitor que está cadastrado, inscrito naquela zona eleitoral. O objetivo principal é evitar fraudes, como acontecia no passado. Sem dúvida, o fato de o TSE ter permitido que eleitores votem sem a biômetra, onde é cobrado a apresentação do título de eleitor e um documento com foto, foi uma decisão sensata, visto que muita gente deixou de ir aos cartórios eleitorais para evitar aglomerações em virtude do coronavírus. Outro fator importante é que acessando o site do TSE ou do TRE-MS, o eleitor encontrará diversas ferramentas visando regularizar-se com a Justiça Eleitoral, desde a obtenção de uma certidão, pagamento de multas por não ter votado ou justificado o voto em eleições pretéritas, bem como transferência de domicilio eleitoral. Só para relembrar, em Mato Grosso do Sul os municípios de Dourados, Itaporã, Cassilândia, Costa Rica e Paraíso das Águas estavam realizando o cadastro da biometria e nas eleições de 2020 esses eleitores só votariam se fizessem os procedimentos, agora mudou. Mas também outros municípios que haviam encerrado o cadastramento, como Ponta Porã, ou aquele que estava aberto, mas não seria cobrado em 2020, como Rio Brilhante, os eleitores devem, assim que passar o pleito, providenciar o cadastro biométrico. É simples, rápido e proporcionará maior segurança na hora de votar.
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Dourados, 30.4.2020 O PROGRESSO
Geral
Conselho quer treinamento para evitar contágio de servidores de saúde A medida tem a finalidade de evitar um colapso de recursos humanos por contágio dos profissionais Rozembergue Marques Especial para O PROGRESSO O Conselho Federal de Enfermagem (Cofen-MS) está recomendando aos filiados o treinamento específico para atuarem na linha de frente de combate à pandemia. As iniciativas seguem recomendação do Ministério da Saúde visam evitar um colapso de recursos humanos por contágio dos profissionais. No último dia 03 de abril o Conselho publicou a Resolução 636/2020, que normatiza o cadastramento dos enfermeiros, técnicos e auxiliares de Enfermagem na iniciativa “O Brasil Conta Comigo – Profissionais de Saúde”. A ação estratégica instituída pela portaria MS 639/2020, de 31 de março de 2020, visa a capacitação a distância nos protocolos clínicos de enfrentamento à pandemia do novo coronavírus (COVID-19). A intenção é que profissionais de enfermagem registrados no Sistema Cofen/Conselhos Regionais realizem o cadastramento e os treinamentos. Nessa parceria entre Ministério e Conselhos, cabe aos Conselhos Regionais de Enfermagem comunicar aos profissionais neles inscritos que realizem o preenchimento dos formulários eletrônicos de cadastramento, e os respectivos cursos disponíveis. Aos profissionais que desejarem fazer o curso, que não é obrigatório, há diversas opções em
FOTOS: DIVULGAÇÃO
Presidente do Conselho, Sebastião Duarte, alerta para a importância do treinamento
instituições científicas renomadas e que recomendam sua realização. Liderando diversas ações no campo da ciência, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), por exemplo, lançou o curso “Covid-19: manejo da infecção causada pelo novo coronavírus”. A iniciativa é do Campus Virtual Fiocruz, que abriu inscrições, online, no dia 15 de abril.Foi a instituição que treinou os profissionais de Campo Grande e vem treinando profissionais da saúde em outras cidades brasileiras. Além do Ministério da Saúde e do Conselho Federal de Enfermagem, o Conselho Regional de Enfermagem (Coren-MS) está recomendando aos profissionais que se cadastrem no site do Ministério da Saúde e façam o curso de capacitação online referente ao Covid-19.O próprio presidente do Conselho em MS, Sebastião Duarte, que mora em Dourados, está fazendo o curso e também indo a outros municípios compartilhar as técnicas e orientações recebidas. O médico Frederico Wessinger, porta-voz do Comitê de Gerenciamento da Emergência de Saúde Pública acredita que apesar das recomendações, os profissionais de saúde podem atuar sem qualquer tipo de especialização. Para ele, qualquer enfermeiro pode atender um paciente com o vírus, pois se trata de uma insuficiência respiratória e todos estão preparados para atuar”, declarou.
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Dourados, 30.4.2020 O PROGRESSO
Polícia
Toque de recolher diminui 70% dos roubos em via pública em Dourados Com a redução drástica de circulação a noite, diminui-se também os “alvos” dos assaltantes, que ficam mais vulneráveis ao trabalho preventivo da Polícia DIVULGAÇÃO
O toque de recolher, das 22h às 5h, tem influenciado na queda do número de crimes em Dourados, desde que foi implantado por decreto em 23 de março. Segundo dados da Polícia Civil, em relação aos roubos em via pública a diminuição foi de quase 70%. Entre os dia 1º e 29 deste mês foram contabilizados 12 ocorrências, contra 34 no mesmo período do ano passado. A baixa também foi notada nos números de roubos de forma geral, que envolvem esse tipo de crime em via pública, em comércio, em residência e em propriedade rural. Do dia 1º ao dia 29 deste mês foram registrados 17 boletins de ocorrência contra 43 no mesmo período do ano passado; uma redução de 65,3%. O delegado da Delegacia Regional de Dourados, Lupersio Degerone Lúcio explica que o fato de menos pessoas circularem nas ruas faz com que os assaltantes tenham mais “dificuldade” em en-
Criada em 2015 em Dourados, a rede de enfrentamento é formada por diversos órgãos contrar potenciais vítimas. “Além disso, criminosos andando pela madrugada se tornaram mais vulneráveis ao trabalho preventivo das forças de segurança”, acrescenta. Violência Doméstica Os crimes de violência doméstica também diminuíram em Dourados, contrariando inclusive estatísticas nacionais que apontam para aumento de houve um aumento de 7,3% nos casos de feminicídios, segundo o Monitor da Violência, uma ferramenta do portal G1. Em Dourados, de janeiro a março desse ano foram registrados 330 boletins de ocorrência, contra 361 no mesmo período do ano passado relacionados a violência doméstica. Degerone explica que a falta de acesso a estabelecimentos noturnos que vendem bebidas alcoólicas pode ter influenciado. “O fechamento de bares e lanchonetes, parada anterior de muitos agressores, que ingerem bebidas alcoólicas e chegam casa alcoolizados é um fator considerável. O isolamento social por si só, não significa necessariamente que haverá aumento da violência. O que provoca o acréscimo são as brigas causadas em decorrência da ingestão descontrolada da bebida alcoólica”, explica. Ele também destaca medidas
“Fato de haver menos pessoas circulando faz com que os assaltantes tenham mais ‘dificuldade’ em encontrar vítimas
que ao longo do tempo estão combatendo a violência doméstica como a celeridade da investigação policial, rápida resposta do Judiciário, adoção das medidas protetivas, entre outras. “A agilidade do Ministério Público e do poder judiciário, principalmente nos mandados de prisão, que são rapidamente cumpridas pela Delegacia da Mulher. Então, o agressor passou a perceber há celeridade e resposta por parte do Estado”, destaca. O agressor também não tem acesso a vítima, quando é detido. Outro facilitador é o atendimento psicológico para as mulheres e a sala específica da Comissão da Mulher Advogada da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) que tem orientado as vítimas sobre seus direitos e garantindo maior segurança. Há 8 anos a Polícia Civil de Dourados, num entendimento com o Poder Judiciário e Ministério Público decidiram que a mulher vítima de violência não consegue retirar a queixa na delegacia contra o agressor, que também não consegue se livrar das grades por meio de fiança. Todas as denúncias são levadas ao conhecimento do judiciário, porque no entendimento local o “espírito teleológico da lei não cabe fiança”. Isso tudo porque as mulheres acabam sen-
do vítimas duas vezes porque muitas vezes eram elas que pagavam a fiança do agressor. Criada em 2015 no município de Dourados a rede de enfrentamento, formada por diversos órgãos públicos de proteção, ajudam a empoderar as mulheres contra os agressores. Trata-se de uma série de serviços e ações voltados para garantir a aplicação da Lei Maria da Penha. A rede é formada pela Delegacia da Mulher, Programa Viva Mulher, Defensoria Pública, 13ª Promotoria de Justiça e 4ª Vara Criminal. Em qualquer um desses serviços que a vítima procurar, ela ingressará na rede de atendimento com serviços psico-sociais que visam ajudar no que for preciso para que ela garanta sua integridade. Mais recentemente a rede ganhou a parceria do Estado e do Hospital Universitário que, através do projeto “Sala Lilás”, garante que vítimas de estupro receba atendimento de saúde, psicológico, de assistência social e policial, tudo num único espaço. Viva Mulher O Centro de Atendimento à Mulher em Situação de Violência, criado em 27 de novembro de 2001, é um serviço de acolhida que oferece acompanhamento psicossocial e jurídico, por meio da De-
fensoria Pública de Defesa da Mulher, às mulheres em situação de violência doméstica e familiar. O Objetivo do serviço é possibilitar que a vítima se torne protagonista de seus próprios direitos. A unidade fica localizada na Rua Hiran Pereira de Matos, 1520 – Vila Mary.
DIA A DIA
Voluntários buscam apoio para reformas no Hospital da Vida PÁG. 2
Companhia dos pets alivia solidão de Nair Cardoso. PÁG. 4
Dourados, 30.4.2020 O PROGRESSO
ILUSTRAÇÃO: ALEX PAZUELLO/PREFEITURA DE MANAUS
TUBERCULOSE deixa índios mais vulneráveis a Covid-19 em Dourados Índios buscam se proteger contra o coronavírus, mas alertam para falta de estrutura na Saúde
Para as lideranças, é necessário um olhar voltado para as comunidades indígenas na área da Saude Os casos de doenças respiratórias nas aldeias de Dourados tornam a comunidade indígena ainda mais vulnerável a Covid-19. A informação vem de lideranças e profissionais da saúde como o médico pediatra Zelik Trajber. Para ele, o histórico de doenças de tuberculose é mais um importante fator de risco. Ele alerta que do ponto de vista epidemiológico há vários estudos internacionais, comparando a situação dos povos indígenas em diferentes regiões do mundo, mostrando que eles estão sempre em desvantagem
Apesar do alto grau de vulnerabilidade, índios não estão no grupo de risco do Ministério da Saúde econômica, social e de saúde em relação a outros grupos nas mesmas localidades. “As infecções respiratórias nessas populações têm disseminação muito rápida o que gera uma preocupação a mais em tempos de pandemia”, explica, observando no ano de 2001 quando iniciou o programa de controle da doença nas aldeias de Dourados, haviam mais de 80 casos diagnosticados com a tuberculose e uma centena de pes-
soas que tiveram contato com estes pacientes doentes. A doença chegou a ser controlada pelas equipes de saúde, porém fato preocupante foi a falta de testes de PPD, que durante anos deixaram de ser disponibilizados para casos suspeitos nas reserva, impossibilitando um controle mais rigoroso sobre a doença. Hoje o teste é disponibilizado mas existem várias pessoas com sequelas da doença devido ao período de falta de fornecimento do produto e de políticas públicas voltadas para o problema. Para Zelik é necessário um olhar voltado para as counidades indígenas e defende uma estrutura melho de saúde para que os profissionais possam desempenhar seu papel com qualidade. “Temos visto a falta de EPI´s, falta de transporte para as equipes e falta de profissionais para o monitoramento das doenças nas aldeias”, destacou, observando que Membro do Conselho de Saúde Local, o indígena Fernando de Souza diz que além dos casos de tuberculose, outros fatores sociais causam os problemas respiratórios na comunidade. Ele lembra do fato de que desde crianças indios são expostos a fumaça, já que sem habitação ade-
quada, vivem em barracos de lona e utilizam o fogo para se proteger do frio. “Sem contar a deficiencia nutricional dos povo indígenas que sem espaço para plantar, vivem confinados e dependendo de ajuda do governo para cestas básicas”, explica. A enfermeira enfermeira Indianara Machado Ramires Guarani Kaiowá, membro da ong Ação de Jovens Indígenas destaca a vulnerabilidade crônica com que vivem mulheres, homens e crianças indígenas e como problemas históricos reduzem as chances de impacto negativo da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) entre os povos indígenas. Indianara destaca que apesar do alto grau de vulnerabilidade, índios não estão no grupo de risco do Ministério da Saúde o que faz com que fiquem sem políticas públicas específicas voltadas para a comunidade. Ela relata, por exemplo o fato da falta de estrutura dentro da Reserva o que obriga que índios se desloquem para a cidade para atendimento médico, compra de alimentos, entre outros que impedem o isolamento social. Ela destaca a falta de água e saneamento básico que são outros desafios para o combate do coronavírus. A enfermeira relata estratégias de
mobilização comunitária e conteúdos informativos para orientar a população indígena de Dourados sobre a pandemia. “Como profissional de saúde, temos trabalhado com as lideranças, o controle social, as organizações locais para o fomento e a disseminação de informação frente ao Covid-19. Temos tentando informar à comunidade, para que a informação chegue às casas sobre o que essa doença causa, formas de transmissão, o que fazer para se precaver. Temos tentado que a informação chegue às casas das comunidades, embora a gente saiba que muitas famílias não têm acesso à água. Uma parcela muito grande tem dificuldade de acesso à água. Às vezes, a água chega uma vez por semana, três ou quatro vezes por semana. Às vezes, está disponível só num período do dia: chega de manhã, mas não chega à tarde e à noite. Isso tem gerado muita preocupação e a gente tem pautado com gestores sobre essa dificuldade. A gente precisa que haja esforço coletivo da rede para que as comunidades indígenas não sejam tão penalizadas na pandemia”, acentua, observando que dois casos suspeitos de Covid-19 foram registrados, sendo ambos descartados.
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Dourados, 30.4.2020 O PROGRESSO
Dia a Dia
Voluntários buscam apoio para reformas no Hospital da Vida O propósito é preparar esse espaço que se encontrava em precárias condições, numa área de isolamento respiratório, a fim de receber pacientes infectados pelo Covid 19 DIVULGAÇÃO
Um grupo de voluntários que através da Associação Amigos da Vida, a Defensoria Pública, a Comissão de Saúde da OAB- Ordem dos Advogados do Brasil, com o apoio de empresários, músicos, imprensa, professores, médicos, técnicos da saúde, da construção civil entre muitas outras pessoas, arregaçaram as mangas para adequar a antiga ala de cirurgia do Hospital da Vida, em Dourados. O propósito é preparar esse espaço que se encontrava em precárias condições, numa área de isolamento respiratório, a fim de receber pacientes infectados pelo Covid 19. São 16 salas (quartos e dependências para medicação), para 26 leitos que estão sendo reformados com pinturas, troca de portas, batentes, maçanetas e fechaduras, reforma completa nos banheiros, pintura de janelas e camas hospitalares, com mão de obra de venezuelanos, que também é uma forma de geração de
Voluntário arregaçaram as mangas para adequar a antiga ala de cirurgia do Hospital da Vida, em Dourados A “2ª Lasanha do Bem”, que será neste domingo (3), visa angariar recursos para a reforma do hospital renda às famílias de refugiados. O investimento é alto, por isso toda ajuda é urgente, necessária e bem vinda para a conclusão dos serviços. “ Precisamos de tintas, massa PVC, portas, vasos sanitários, chuveiros elétricos, pisos, fechaduras, materiais hidráulicos e elétricos. O trabalho vem sendo executado, graças ao apoio da comunidade douradense, pois todos os recursos são oriundos de doações” , afirma a advogada Helena Izidoro de Souza, presidente da “Amigos da Vida”. Lasanha do Bem A Associação está promovendo neste domingo, 03 de maio, a segunda Lasanha do Bem, iniciativa que também visa angariar recursos para a reforma do hospital, ao custo de 20 reais, nas opções de frango ou bolonhesa. O cartão lasanha pode ser adquirido com as voluntárias Eloyde (67- 999719948 ), coordenadora da ação e com a professora Rosana da UFGD (99971-1011) e serão entregues no domingo, dia 03, na rua Portugal, 315 no bairro Alto das Palmeiras, no horário das 10h às 13h. Segundo a professora Rosana, as pessoas também podem doar os ingredientes para a lasanha.
Quartos sendo preparados para receber pacientes do Covid 19 Amigos da Vida A Associação de Voluntários Amigos da Vida, é uma entidade filantrópica e beneficente, sem fins lucrativos que tem entre suas finalidades, o controle social praticado em prol das pessoas, nas instituições e unidades que prestam serviços ao SUS, promover e estimular parcerias no setor privado e público, no âmbito municipal, estadual e federal. Outra meta é a de levantar fundos destinados à ampliação, reforma de espaço físico, atendimento hospitalar e aquisição de equipamentos e utensílios para assistência aos doentes e seus familiares. A associação também está focada em proporcionar condições para o desenvolvimento da assistência médico-hospitalar à população de Dourados e região, coberta pelo Sistema Único de Saúde –SUS, colaborando com os poderes públicos nas áreas sociais e de saúde.
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Dia a Dia
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Em MS, 30 profissionais da Saúde foram contaminados pelo coronavírus Nenhum óbito de profissionais da saúde, causado pelo coronavírus, foi registrado pela secretaria de saúde
Pelo menos 30 profissionais da área da saúde foram contaminados pelo coronavirus durante o trabalho, segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde. De acordo com o site Midiamax, o número de profissionais infectados é controlado por cada município. Segundo a secretaria, nenhum óbito de profissionais da saúde, causado pelo coronavírus, foi registrado até esta quinta-feira (23). Durante a live de atualização dos casos da doença no estado, o secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende, afirmou que a maioria das infecções acontecem durante atendimento hospitalar. “O enfermeiro, médico, o policial e o caixa
Geraldo Resende, afirmou que a maioria das infecções acontecem durante atendimento hospitalar do supermercado que saem de casa para trabalhar, não querem se contaminar e nem contaminar a família deles. Por isso a importância de nós não sairmos à toa de casa e ficarmos no nosso ambiente o máximo possível, para não espalhar a doença pelo Estado”, reforçou sobre o isolamento e distanciamento social. Segundo levantamento do Cofen (Conselho Federal de Enfermagem), com dados desta quinta-feira (23) até às 15h, dois enfermeiros sul-mato-grossenses foram infectados pelo vírus. Outros onze profissionais da saúde foram considerados como casos suspeitos, por apresentarem sintomas da doença.
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Com distanciamento social, companhia dos pets alivia solidão de Nair Cardoso Duas coisas deixaram a quarentena menos penosa: a fé que tem em Deus e a companhia dos animais DIVULGAÇÃO
Nair Cardoso Neves tem 66 anos, mora com o esposo Waldemar de Souza Neves no Jardim Climax em Dourados, e sempre esteve acostumada a ter a casa cheia. Os dois filhos, seis netos, nora, ex-nora que virou filha, sempre movimentaram a casa de poucos cômodos, mas muito amor. Só que depois que o novo coronavírus chegou, a calmaria também trouxe o peso da solidão. O que para os familiares era precaução e segurança, já que os avós integram o principal grupo de risco da pandemia, para ela era saudade e dor. No entanto, duas coisas deixaram a quarentena menos penosa: a fé que tem em Deus e a companhia dos animais. Dona Nair tem dois cachorrinhos e uma gata preguiçosa. “Deus em primeiro lugar e os meus animaizinhos. Nesses dias de angústia dentro de casa, de tristeza, tirando meu momento de oração, a minha alegria é os meus bichinhos. Eles me alegram muito, eu brinco com eles e passei esses dias na graça de Deus. Estão todos aqui com saúde. Graças
“Esses cachorrinhos alegram nossos dias. E eu cuido bem deles, porque eles me amam demais da conta” a Deus tenho conseguido passar esses dias difíceis. Minha sorte foi Deus e meus cachorrinhos, que estimam tanto a gente”, conta. O trato com os bichos chega até impressionar. É muito mimo, conforme ela mesma confessa. ‘Tó’, mais conhecido pelos familiares como ‘Tózinho Neves’, é o xodó. Inclusive, a recíproca entre ele e a dona é verdadeira. Não é qualquer um que pode abraçar ela não. Dependendo de quem seja, até mesmo alguns netos, ele vai pra cima na disputa pelo carinho de Nair. “Esses cachorrinhos alegram nossos dias. E eu cuido bem deles, porque eles me amam demais da conta. A comidinha deles tem horário certo, às vezes quando eu to meio triste eles vêm, fazem uma graça e aí já alegra meu coração. É Deus e meus cachorrinhos me ajudando enquanto não posso ‘arredar’ o pé de casa”, diz. E você? Como tem enfrentado a pandemia? Envie uma mensagem pra gente contando a sua forma de amenizar a solidão no WhatsApp 67 9 9221-6610.
É Deus e meus cachorrinhos me ajudando enquanto não posso ‘arredar’ o pé de casa”
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Dia a Dia
DIVULGAÇÃO
Músicos douradenses precisam se desdobrar para conseguir sobreviver em meio à pandemia Fernando Dagata afirma que para os profissionais da noite, não há outra alternativa a não ser reinventar Um dos efeitos da quarentena em meio a pandemia do novo coronavírus foi o surgimento das ‘lives’, transmissões ao vivo de músicos famosos em busca de arrecadação solidária para apoio ao combate do
Carreira musical foi duramente impactada devido o fechamento dos espaços noturnos e suspensão dos eventos novo coronavírus. Só que ficar sem trabalho por pelo menos dois meses não é possibilidade para todo mundo, especialmente para quem não está na lista dos Top Voices do
Brasil. Estamos falando dos músicos de bar, cantores da noite, artistas que ocupam agenda em casa de shows e confraternizações. Para esse grupo não há outra saída a não ser a reinvenção e descobrimento de alternativas de renda. É o que diz Fernando Além, o Dagata, da banda ‘Dagata e os Aluízios’. O músico douradense disse em entrevista ao O PROGRESSO Digital, que a carreira musical foi duramente impactada devido o fechamento dos espaços noturnos e suspensão dos eventos. O isolamento trouxe ainda a preocupação
com as contas que não deixaram de chegar. “A gente tem que ficar parado mesmo. Pra gente não há o que fazer. A renda da música acabou”, disse. Dagata conta que o edital do Governo do Estado visando suprir os artistas com dois pagamentos de R$900 foi essencial para que muitos não sucumbissem de vez. “Vejo muitos artistas também fazendo rifas, vaquinha virtual, mesmo as lives para garantir recursos para os músicos tem sido realizadas. Então o pessoal está se virando como pode”, afirmou. Fernando é também professor
universitário e da rede básica de saúde. Ele garante que com essa fonte consegue amenizar os impactos financeiros, mas ressalta que a receita como músico ficou zerada neste mês. Apesar disso, o vocalista douradense se apoia na esperança de dias melhores, torcendo para que todos sigam firmes até a volta dos agitos noturnos. “Não está sendo fácil para ninguém, mas com muita energia positiva e muita vontade de poder tocar, isso vai passar, isso vai acabar e a gente vai se encontrar de novo nos bares da vida”, concluiu.
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Dia a Dia
Prefeitura suspende contrato temporário de estagiários e professores A prefeitura garantiu o direito ao recebimento de pagamento referente ao mês de abril DIVULGAÇÃO
A Prefeitura de Dourados decidiu suspender definitivamente os 1400 professores contratados da rede municipal. Estagiários também estão com com contratos suspensos por tempo indeterminado. As informações constam no Diário Oficial de ontem. Considerando o Decreto nº 2.463 de 16 de março de 2.020, que suspendeu as atividades escolares na rede municipal para o mês de maio, a prefeitura decidiu encerrar todos os contratos temporários, inclusive suplências, vinculados à Secretaria Municipal de Educação, a partir de 1º de maio, até que sejam retomadas as atividades, seja com aulas presenciais ou a distância. Embora as aulas estejam suspensas desde 18 de março, a prefeitura garantiu o direito ao recebimento de pagamento referente ao mês de abril. O salário de todos os servidores foram antecipados e serão pagos em 1º de maio, Dia do Trabalhador.
No Diário Oficial a prefeitura também publicou a antecipação das férias escolares, passando a ser de 4 a 18 de maio A estimativa é de que a prefeitura tenha cerca de 700 estagiários na educação
TOS OFICIAIS No Diário Oficial a prefeitura também publicou a antecipação das férias escolares, passando a ser de 4 a 18 de maio. O retorno das aulas segue sem previsão. Na quarta-feira passada a prefeitura já havia anunciado por meio de comunicação interna a suspensão de contrato dos educadores, no entanto, no mesmo dia, a prefeita Délia Razuk usou as redes sociais da administração municipal para informar que tinha encontrato “uma saída”. Os professores seriam convocados para trabalhar na Secretaria de Educação. A decisão de hoje atingiu em cheio os 1400 educadores contratados. A estimativa é de que a prefeitura tenha cerca de 700 estagiários na educação.
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CLASSIFICADOS/ATOS OFICIAIS
IMÓVEIS TERRENOS
86680
ATOS OFICIAIS
FLOR DE LIZ 270M²
Quitado. Aceito tr oca. R$ 95.000,00 Tratar: 99971-5855. Marcelo
MINISTÉRIO DA DEFESA EXÉRCITO BRASILEIRO 11º REGIMENTO DE CAVALARIA MECANIZADO (11º Regimento de Cavalaria Independente / 1919) “REGIMENTO MARECHAL DUTRA” AVISO DE ALTERAÇÃO DE EDITAL
VEÍCULOS UTILITÁRIOS
86676
COROLLA 10/11 Prata, 2.0, Autis, automático, flex, revisado, pneus novos. Vendo ou troco por Hillux 2017 ou 2018 SRX. 99855-8779 (Isaac)
OPORTUNIDADES
DE EMPREGO 86674
VAGA DE DOMÉSTICA Segunda a sábado, responsável por todos os afazeres domésticos do apartamento.Requisitos: Acima de 30 anos, experiência comprovada em car teira (mínimo 1 ano), com referêcias. Currículo para: recrutamentodomestica11@gmail.com. Dúvidas: 3420-0199 PROCURA-SE EMPREGO
86671
TÉCNICO INFORMÁTICA Conhecimento em artes gráficas. 99659-0373
O 11º Regimento de Cavalaria Mecanizado, situado na Praça Duque de Caxias, s/nº, Centro, Ponta Porã-MS, torna público por meio de seu Pregoeiro que realizará licitação para Registro de Preços, na modalidade Pregão Eletrônico, tipo menor preço, tendo como objeto a Contratação de Serviços de Manutenção de Bens Móveis e Imóveis e Dedetização, a fim de atender as necessidades do 11º Regimento de Cavalaria Mecanizado. (Ponta Porã-MS), o aviso de licitação, publicado no d.o.u do dia 20 de Abril de 2020 foi alterado. O total de itens licitados é de 88 (oitenta e oito) itens. O Edital Alterado do Pregão 01/2020 estará disponível na Seção de Aquisições, Licitações e Contratos do 11º R C Mec, de segunda a sexta-feira, das 10:00 às 12:00 e das 14:00 às 16:00 horas, no endereço supracitado ou por email: salc.11rcmec@hotmail.com. A entrega das propostas poderá ser feita através do site www.comprasgovernamentais.gov.br a partir do dia 28 de Abril de 2020. A abertura do Pregão está prevista para o dia 11 de Maio de 2020, às 09:00 horas (horário de Brasília-DF).
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CLASSIFICADOS/ATOS OFICIAIS PARECER DA ASSEMBLÉIA
PARECER AUDITORIA Aos Diretores da MISSÃO EVANGÉLICA CAIUÁ Vitória - ES Opinião com ressalva Examinamos as demonstrações contábeis da MISSÃO EVANGÉLICA CAIUÁ (Entidade), que compreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2019 e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, bem como as correspondentes notas explicativas, incluindo o resumo das principais políticas contábeis. Em nossa opinião, exceto pelos efeitos dos assuntos descritos na seção a seguir intitulada “Base para opinião com Ressalva”, as demonstrações contábeis acima referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da MISSÃO EVANGÉLICA CAIUÁ, em 31 de dezembro de 2019, o desempenho de suas operações e os seus fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. Base para opinião com ressalva O controle de imobilizado não é adequado para suportar os valores registrados no ativo, nem tampouco a Entidade se manifestou quanto as razões para a não aplicação do impairment test. O saldo de R$ 3.172.339 registrado no Ativo Não Circulante a título de Provisão de Recebimento de Ações Judiciais deveria ter sido levado ao resultado, uma vez que não há previsão do Governo Federal ser solidário com a Entidade, na ocorrência de condenação dos processos trabalhistas relativos aos convênios. Logo, entendemos que o valor mencionado anteriormente deveria ter sido levado integralmente ao resultado da Entidade, o que o impactaria no mesmo montante. Nossa auditoria foi conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Nossas responsabilidades, em conformidade com tais normas, estão descritas na seção a seguir, intitulada “Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações contábeis”. Somos independentes em relação à Entidade, de acordo com os princípios éticos relevantes previstos no Código de Ética Profissional do Contador e nas normas profissionais emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade, e cumprimos com as demais responsabilidades éticas de acordo com essas normas. Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião com ressalva. Principais assuntos de auditoria Principais assuntos de auditoria são aqueles que, em nosso julgamento profissional, foram os mais significativos em nossa auditoria do exercício corrente. Esses assuntos foram tratados no contexto de nossa auditoria das demonstrações contábeis como um todo e na formação de nossa opinião sobre essas demonstrações contábeis e, portanto, não expressamos uma opinião separada sobre esses assuntos. A Entidade deverá buscar aprimorar seus controles contábeis no que diz respeito às conciliações das contas, pois tais conciliações são deficitárias e não respondem de forma apropriada, por alguns saldos que foram divulgados. Há saldos de algumas contas contábeis passivas que precisam ser validados pelos controles internos. O controle de estoque é deficitário e necessita ser ajustado, bem como, os procedimentos de inventário precisam ser oportunos. Os procedimentos contábeis utilizados para registrar os recursos recebidos dos convênios firmados junto à terceiros (recursos com restrição) necessitam de revisão, pois ainda apresentam falhas que podem expor às informações contábeis a risco de distorção relevante. Entendemos que a administração deverá agir com mais eficácia frente aos apontamentos relatados em nosso relatório circunstanciado, no que diz respeito ao controle de funcionários contratados. Outras informações que acompanham as demonstrações contábeis e o relatório do auditor A administração da Entidade é responsável por essas outras informações que compreendem o conteúdo apresentado em notas explicativas e outras informações anexadas às demonstrações contábeis. Nossa opinião sobre as demonstrações contábeis não abrange informações divulgadas em separado pela administração de tais demonstrações. Em conexão com a auditoria das demonstrações contábeis, nossa responsabilidade é a de ler as informações da administração anexadas às notas explicativas e, ao fazê-lo, considerar se as informações estão, de forma relevante, inconsistentes com as demonstrações contábeis ou com o nosso conhecimento obtido na auditoria ou, de outra forma, aparenta estar distorcido de forma relevante. Se, com base no trabalho realizado, concluirmos que há distorção relevante, somos requeridos a comunicar esse fato. As únicas informações analisadas por nós foram as demonstrações contábeis relacionadas no parágrafo “Opinião com Ressalva” e nossa opinião sobre a consistência das informações ali relacionadas foram apresentadas no parágrafo de “Base para opinião com ressalva”. Responsabilidade da administração e da governança pelas demonstrações contábeis A administração é responsável pela elaboração e adequada apresentação das demonstrações contábeis de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir a
elaboração de demonstrações contábeis livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro. Na elaboração das demonstrações contábeis, a administração é responsável pela avaliação da capacidade da Entidade continuar operando, divulgando, quando aplicável, os assuntos relacionados com a sua continuidade operacional e o uso dessa base contábil na elaboração das demonstrações contábeis, a não ser que a administração pretenda liquidar a Entidade ou cessar suas operações, ou não tenha nenhuma alternativa realista para evitar o encerramento das operações. Os responsáveis pela governança da Entidade são aqueles com responsabilidade pela supervisão do processo de elaboração das demonstrações contábeis. Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações contábeis Nossos objetivos são obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis, tomadas em conjunto, estão livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro, e emitir relatório de auditoria contendo nossa opinião. Segurança razoável é um alto nível de segurança, mas, não, uma garantia de que a auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria sempre detectam as eventuais distorções relevantes existentes. As distorções podem ser decorrentes de fraude ou erro e são consideradas relevantes quando, individualmente ou em conjunto, possam influenciar, dentro de uma perspectiva razoável, as decisões econômicas dos usuários tomadas com base nas referidas demonstrações contábeis. Como parte da auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria, exercemos julgamento profissional e mantemos ceticismo profissional ao longo da auditoria. Além disso: Identificamos e avaliamos os riscos de distorção relevante nas demonstrações contábeis, independentemente se causada por fraude ou erro, planejamos e executamos procedimentos de auditoria em resposta a tais riscos, bem como obtemos evidência de auditoria apropriada e suficiente para fundamentar nossa opinião. O risco de não detecção de distorção relevante resultante de fraude é maior do que o proveniente de erro, já que a fraude pode envolver o ato de burlar os controles internos, conluio, falsificação, omissão ou representações falsas intencionais. � Obtemos entendimento dos controles internos relevantes para a auditoria e planejarmos procedimentos de auditoria apropriados às circunstâncias, mas, não, com o objetivo de expressarmos opinião sobre a eficácia dos controles internos da Entidade. � Avaliamos a adequação das políticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis e respectivas divulgações feitas pela administração. � Concluímos sobre a adequação do uso, pela administração, da base contábil de continuidade operacional e, com base nas evidências de auditoria obtidas, se existe incerteza relevante em relação a eventos ou condições que possam levantar dúvida significativa em relação à capacidade de continuidade operacional da Entidade. Se concluirmos que existe incerteza relevante, devemos chamar atenção em nosso relatório de auditoria para as respectivas divulgações nas demonstrações contábeis ou incluir modificação em nossa opinião, se as divulgações forem inadequadas. Nossas conclusões estão fundamentadas nas evidências de auditoria obtidas até a data de nosso relatório. Todavia, eventos ou condições futuras podem levar a Entidade a não mais se manter em continuidade operacional. � Avaliamos a apresentação geral, a estrutura e o conteúdo das demonstrações contábeis, inclusive as divulgações e se as demonstrações contábeis representam as correspondentes transações e os eventos de maneira compatível com o objetivo de apresentação adequada. Comunicamo-nos com os responsáveis pela governança a respeito, entre outros aspectos, do alcance planejado, da época da auditoria e das constatações significativas de auditoria, inclusive as eventuais deficiências significativas nos controles internos que identificamos durante nossos trabalhos. Fornecemos também aos responsáveis pela governança declaração de que cumprimos com as exigências éticas relevantes, incluindo os requisitos aplicáveis de independência, e comunicamos todos os eventuais relacionamentos ou assuntos que poderiam afetar, consideravelmente, nossa independência, incluindo, quando aplicável, as respectivas salvaguardas. Dos assuntos que foram objeto de comunicação com os responsáveis pela governança, determinamos aqueles que foram considerados como mais significativos na auditoria das demonstrações contábeis do exercício corrente e que, dessa maneira, constituem os principais assuntos de auditoria. Descrevemos esses assuntos em nosso relatório de auditoria, a menos que lei ou regulamento tenha proibido divulgação pública do assunto, ou quando, em circunstâncias extremamente raras, determinarmos que o assunto não deve ser comunicado em nosso relatório porque as consequências adversas de tal comunicação podem, dentro de uma perspectiva razoável, superar os benefícios da comunicação para o interesse público. Vitoria – ES, 06 de março de 2020. CONTROLLERS AUDITORIA E GERENCIAMENTO S/S ANDRÉ VICENTE DA SILVA CRCES 2281 SÓCIO ADMINISTRADOR CONTADOR CRCES 11.458/O
A Assembleia da Missão Evangélica Caiuá, constituída em 27 de Fevereiro de 2020 (Vinte Sete de Fevereiro de Dois Mil e Vinte), tendo em vista o que delibera o Capitulo III, Art. 8°, inciso I do Estatuto devidamente, resolve: Aprovar as Demonstrações Financeiras, BALANÇO PATRIMONIAL – DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCICIO – DEMONSTRAÇÕES DO PATRIMONIO SOCIAL – DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS E NOTAS EXPLICATIVAS, apresentadas pelo Conselho Diretor referente ao período de 01/01/2019 a 31/12/2019. Eu, Sergio Paulo Martins Nascimento, escrevi, conferi e assino juntamente com os integrantes da presente Assembleia em 27 de fevereiro de 2020 (Vinte e Sete de Fevereiro de Dois Mil e Vinte). Dourados-Ms, 27 de fevereiro de 2020. Rev. Geraldo Silveira Filho – Presidente - IPB
Rev. Sergio Paulo Martins Nascimento – Secretário - IPB
Presb. Roney Marcio Pessoa – Vice-Presidente - IPIB Presb. Jair Vieira da Costa Junior - Tesoureiro - IPIB Rev. Daniel Fogaça – Membro IPB
Rev. Ildemar de Oliveira Berbet – Membro IPB
Presb. Flavio Sergio Arantes Pereira-Membro IPB
Presb. Carlos Bonamigo – Membro IPIB
Presb. Rezembrink Martins de Lima – Membro IIPB
Presb. Jânio Sanches – Membro IIPB
Rev. Jonas Furtado do Nascimento – Membro IPIB
MISSAO EVANGELICA CAIUA CNPJ:03.747.268/0001-80 NR:420 - 08/08/1975 Posto Indigena - Chacara dos Caiuas , S/N, Bairro : Chacaras Caiuas DOURADOS - MS CEP : 79.812-050 BALANÇO PATRIMONIAL COMPARATIVO ENCERRADO 31/12/2019 (Em reais ) 2019
ATIVO
2018
CIRCULANTE Entidade - Sem Restrição Caixa e Equivalentes de Caixa
Nota 13A
413.982,03
367.338,79
Creditos a Receber
Nota 13D
118.147,93
7.621,82
Acoes Judiciais
Nota 13D
1.200,00
0,00
Valores a Recuperar
Nota 13F
84,51
77,48
Adiantamentos
Nota 13G
4.541,06
0,00
Estoques
Nota 13J
183.772,74
290.006,55
721.728,27
665.044,64
Total do Circulante Entidade -Sem Restrição Convênios - Com Restrição Caixa e Equivalentes de Caixa
Nota 13 B C
Creditos a Receber
Nota 13E
Valores a Recuperar
82.249.433,29 458.906.845,80 60.810,89
Nota 13H
1.440,17 , 6.707,63
Adiantamentos
Nota 13I
2.569.525,88
0,00
Estoque
Nota 13K
18.028,60
18.725,74
Total do Circulante Convênios - Com Restrição TOTAL DO CIRCULANTE
13.321,49
84.845.135,57 458.999.703,92 85.566.863,84 459.664.748,56
NÃO - CIRCULANTE Convênios - Com Restrição Subvenções a Receber Total do Não Circulante Convênios - Com Restrição
0,00 0,00
631.156.488,12 631.156.488,12
Entidade -Sem Restrição Imobilizado Total do Não Circulante Entidade - Sem Restrição
Nota 14
992.881,35 992.881,35
932.536,59 932.536,59
Convênios - Com Restrição Ações Judiciais - Contingenciais Total do Não Circulante Convênios - Com Restrição
Nota 13L
3.172.339,09 3.172.339,09
1.311.458,13 1.311.458,13
4.165.220,44
2.243.994,72
TOTAL DO NÃO CIRCULANTE TOTAL DO ATIVO
89.732.084,28 461.908.743,28
GERALDO SILVEIRA FILHO PRESIDENTE
EDVAN BONETTI TECNICO EM CONTABILIDADE CPF - 163.895.731-20 TC CRC/MS-007817/0-6
CPF -117.726.621-00
MISSAO EVANGELICA CAIUA CNPJ:03.747.268/0001-80 NR:420 - 08/08/1975 Posto Indigena - Chacara dos Caiuas , S/N, Bairro : Chacaras Caiuas DOURADOS - MS CEP : 79.812-050 BALANÇO PATRIMONIAL COMPARATIVO ENCERRADA 31/12/2019 Em 31 de dezembro de 2019 2018 PASSIVO CIRCULANTE Obrigações Entidade - Sem Restrição Fornecedores Emprestimos Obrigações com Empregados Obrigações Sociais Obrigações Fiscais Obrigações Diversas Acoes Judiciais Total do Circulante - Sem Restrição Obrigações Convênios - Com Restrição Obrigações com Empregados Obrigações Sociais Obrigações Fiscais Obrigações Diversas
58.395,21 470.000,00 208.693,48 42.231,57 23.804,34 184.983,87 1.200,00 989.308,47
151.997,13 10.234,75 189.698,47 47.633,94 18.599,83 70.563,45
Nota 15 G K 10.815.669,45 Nota 15H 2.958.463,39 Nota 15I 3.358.673,49 Nota 15J 1.789.482,22
25.851.605,33
Nota 15A Nota 15B Nota 15C Nota 15D Nota 15E Nota 15F Nota 15F
488.727,57
24.342.312,71 2.709.945,85 291.738,44
CONTINUA NA PRÓXIMA PÁGINA
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CLASSIFICADOS/ATOS OFICIAIS
O PROGRESSO
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CONTINUAÇÃO DA PÁGINA ANTERIOR Subvenções a realizar Convênios Adiantamento de Convenio
Nota 16 Nota 15J
NOTA 01 - CONTEXTO OPERACIONAL 405.804.101,59 0,00
65.922.847,02 22.000,00 84.867.135,57
Total do Circulante - Com Restrição TOTAL DO CIRCULANTE
458.999.703,92 459.488.431,49
85.856.444,04
NÃO CIRCULANTE Com Restrição Passivo Contingencial Ações Judiciais Contingenciais
Nota 17
1.311.458,13
3.172.339,09
Total do Passivo Contigencial
A MISSÃO EVANGÉLICA CAIUÁ, CNPJ 03.747.268/0001-80 é uma pessoa jurídica de direito privado de caráter assistencial integral a população indígena, com sede no posto indígena, s/nº, CEP 79.812-050, Chácaras Caiuas, na cidade de Dourados, Estado de Mato Grosso do Sul, mantenedora do Hospital e Maternidade Indígena Porta da Esperança e, que tem por finalidade precípua, a promoção e assistência a saúde e educação infantil, o ensino fundamental, prestação de serviços de assistência social, desde o ano de 1928, cumprindo fielmente seus estatutos sociais e a legislação aplicável. Por tratar-se de entidade Filantrópica sem fins econômicos é reconhecida de utilidade pública Municipal (Lei nº 689 de 23/11/67), Estadual (Lei nº 283 de 26/06/68) e Federal (Lei nº 85602 de 30/12/80), Registro no CEBAS junto ao Ministério da Saúde sob nº 25000.111555/2015-00, Parágrafo único da PORTARIA N° 1.452, de 23/12/2019, a renovação tem validade pelo período de 01/01/2016 a 31/12/2018 realizado em 27/06/2012, renovado até a data de 31/12/2018, sendo protocolizado tempestivamente pedido de renovação em 26/11/2018, conforme processo n° 2500.203475/2018-14, cuja certificação da entidade permanecerá válida até a data da decisão sobre o requerimento de renovação tempestivamente apresentado.
1.311.458,13
3.172.339,09
NOTA 02 - APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Sem Restrição Emprestimos Emprestimos
0,00
Total do Emprestimo
0,00
55.000,00
3.172.339,09
1.366.458,13 1.366.458,13
Total do Não Circulante Com Restrição TOTAL DO NÃO CIRCULANTE PATRIMONIO LIQUIDO Patrimonio Social Ajustes de Exercicios Anteriores Defecit do Exercicio
3.172.339,09
Nota 20 Nota 21 Nota 19
1.053.853,66 198.544,31 549.096,82
221.691,08 404.739,02 870.805,72
703.301,15
1.053.853,66
89.732.084,28
461.908.743,28
TOTAL DO PATRIMONIO LIQUIDO TOTAL DO PASSIVO
A entidade mantém um sistema de escrituração uniforme dos seus atos e fatos administrativos elaborados de acordo com as normas estabelecidas pelo Conselho Federal de Contabilidade para as entidades sem finalidades de lucros, Resolução 1.409/12, que aprovou a Resolução Técnica ITG 2002-R1, combinada com a NBC TG 1000 (CPC PME) contabilidade para pequenas e médias empresas. Para efeito de comparabilidade, as demonstrações financeiras encerradas em 31/12/2019, estão sendo ladeadas pelas mesmas peças contábeis de 31/12/2018.
55.000,00
NOTA 03 - IMUNIDADE TRIBUTÁRIA A MISSÃO EVANGÉLICA CAIUÁ é imune à incidência de impostos por força do art. 150, Inciso VI alínea “C” e seu parágrafo 4º e artigo 195, parágrafo 7° da Constituição Federal de 05 de outubro de 1988. NOTA 04 – FORMA JURÍDICA CONFORME A LEGISLAÇÃO VIGENTE A MISSÃO EVANGÉLICA CAIUÁ é uma associação sem fins lucrativos e econômicos regida pelo seu Estatuto Social que contempla os artigos 44 à 61 do Código Civil. NOTA 05 – CARACTERÍSTICAS DA IMUNIDADE A MISSÃO EVANGÉLICA CAIUÁ é uma instituição social sem fins lucrativos e econômicos, previsto no artigo 9o do CTN, e por isso imune, no qual usufrui das seguintes características: A Instituição é regida pela Constituição Federal; A imunidade não pode ser revogada, nem mesmo por emenda constitucional; Não há o fato gerador (nascimento da obrigação tributária); Não há o direito (Governo) de instituir, nem cobrar tributo.
Reconhecemos a Exatidao do presente Balanço Patrimonial GERALDO SILVEIRA FILHO PRESIDENTE CPF - 117.726.621-00
EDVAN BONETTI TECNICO EM CONTABILIDADE CPF - 163.895.731-20 TC CRC/MS-007817/0-6
NOTA 06 – REQUISTOS PARA IMUNIDADE TRIBUTÁRIA
MISSAO EVANGELICA CAIUA CNPJ:03.747.268/0001‐80 NR:420 ‐ 08/08/1975 Posto Indigena ‐ Chacara dos Caiuas , S/N, Bairro : Chacaras Caiuas DOURADOS ‐ MS CEP : 79.812‐050 DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMONIO LIQUIDO EM 31/12/2019 Patrimônio Social
Descrição Saldo em 01/01/2018 Déficit do Período
-
Ajustes de Exercícios Anteriores
Nota 21
Transferência do Déficit do Exercicio Anterior
Nota 20
Transferência do Ajuste do Exercício Anterior
Nota 21
Saldo em 31/12/2018 Déficit do Período Nota 21
Transferência do Déficit do Exercicio Anterior Transferência do Ajuste do Exercício Anterior
Nota 20 Nota 21
Saldo em 31/12/2019
318.050,92
0,00
-
-
Superávit/ Déficit -
0,00
Patrimônio Líquido 0,00
-
404.739,02 - 574.408,36 34.666,36
-
Ajustes de Exercícios Anteriores
Ajuste de Exerc. Ant.
-221.691,08
-
-
-
198.544,31 1.275.544,74 0,00
-
1.053.853,66
198.544,31
-
870.805,72 1.053.853,66 -
-
549.096,82
-
703.301,15
MISSAO EVANGELICA CAIUA CNPJ:03.747.268/0001-80 NR:420 - 08/08/1975 Posto Indigena - Chacara dos Caiuas , S/N, Bairro : Chacaras Caiuas DOURADOS - MS CEP : 79.812-050
Redução (aumento ) de Ativos Contas a Receber
Nota 13 D E
Subvenções a Realizar Receitas
Nota 22
Aumento (redução) de Passivos
Contribuições Fiscais, Impostos e Taxas
Nota 15 C G DHK Nota 13 F H 15 E I FJ K
Outros Pagamentos
Nota 24
Adiantamentos
Salarios e Encargos Sociais do Pessoal
2019
2018
3.656.158,70
544.813.727,41
338.354,95
111.190,88
0,00
539.939.389,46
3.317.803,75
4.763.147,07
-380.707.034,97 -499.239.897,71 -223.830.743,39 -438.449.029,01 -17.231.700,48
-38.141.292,52 -11.884.319,74
Nota 13 G I
-2.607.487,67
-10.034.854,42
Fornecedores FLUXO DE CAIXA PROVENIENTES DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTOS
Nota 15 A
-1.112.708,29
-730.402,02
Construções em Andamento CAIXA LIQUIDO PROVENIENTES DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTOS FLUXO DE CAIXA PROVENIENTES DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO Pagamentos de Empréstimos Recebimentos de Empréstimos CAIXA LIQUIDO PROVENIENTES DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO
Nota 14
Caixa e Equivalentes de Caixa no Final do Período
A MISSÃO EVANGÉLICA CAIUÁ é uma instituição social, sem fins lucrativos e econômicos, de direito privado, previsto no artigo 12 da Lei No. 9.532/97 e artigo 1o da Lei nº 12.101/09, e por isso é reconhecida como entidade beneficente de assistência social (isenta), no qual usufrui das seguintes características:
A Instituição é regida por legislação infraconstitucional;
A Isenção pode ser revogada a qualquer tempo, se não cumprir as situações condicionadas em Lei (contrapartida);
-135.924.395,14
AUMENTO DE CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA Caixa e Equivalentes de Caixa no Inicio do Período
NOTA 08 – CARACTERÍSTICA DA ISENÇÃO
Existe o fato gerador (nascimento da obrigação tributária), mas a MISSÃO EVANGÉLICA CAIUÁ é dispensada de pagar o tributo;
DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA COMPARATIVO PELO METODO DIRETO EM 31/12/2019 VARIAÇÃO LÍQUIDA DAS DISPONIBILIDADES
NOTA 07 – ISENÇÃO TRIBUTÁRIA A MISSÃO EVANGÉLICA CAIUÁ é isenta à incidência das contribuições sociais por força da Lei nº 9.532/97, Lei nº 11.096/06 e Lei nº 12.101/09, Regulamentada pela Lei 8.242/2014.
-
404.739,02
A única Lei Complementar que traz requisitos para o gozo da imunidade tributária é o Código Tributário Nacional (CTN). O artigo 14 do Código Tributário Nacional estabelece os requisitos para o gozo da imunidade tributária, esses estão previstos no Estatuto Social da MISSÃO EVANGÉLICA CAIUÁ e seu cumprimento (operacionalização) pode ser comprovado pela sua escrituração contábil (Demonstrações Contábeis, Diário e Razão), no qual transcrevemos: a) Não distribuem qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas rendas, a qualquer título (art. 25, § Único, do Estatuto Social); b) Aplicam integralmente, no País, os seus recursos na manutenção dos seus objetivos institucionais (art. 26 do Estatuto Social); c) Mantêm a escrituração de suas receitas e despesas em livros revestidos de formalidades capazes de assegurar sua exatidão.
Há o direito (Governo) de instituir e cobrar tributo, mas ele não é exercido.
NOTA 09 – REQUISITOS PARA MANUTENÇÃO DA ISENÇÃO TRIBUTÁRIA A MISSÃO EVANGÉLICA CAIUA é uma entidade beneficente de assistência social (possui CEBAS) e para usufruir da Isenção Tributária determinada pelo artigo 29 da Lei No. 12.101/09, cumpri os seguintes requisitos: ESTATUTÁRIOS Os seus diretores, conselheiros, sócios, instituidores ou benfeitores, não percebem remuneração, vantagens ou benefícios, direta ou indiretamente, por qualquer forma ou título, em razão das competências, funções ou atividades que lhes sejam atribuídas pelos respectivos atos constitutivos (art. 28 do Estatuto Social); Aplicam suas rendas, seus recursos e eventual superávit integralmente no território nacional, na manutenção e desenvolvimento de seus objetivos institucionais (art. 26 do Estatuto Social); Não distribui resultados, dividendos, bonificações, participações ou parcelas do seu patrimônio, sob qualquer forma ou pretexto (art. 25, § Único, do Estatuto Social); Atende o princípio da universalidade do atendimento, onde não direciona suas atividades exclusivamente para seus associados (as); Tem previsão nos seus atos constitutivos, em caso de dissolução ou extinção, a destinação do eventual patrimônio remanescente a entidades sem fins lucrativos congêneres ou a entidades públicas (art. 32 do Estatuto Social); Consta em seu estatuto social a natureza, objetivos e público-alvo compatíveis com a Lei No. 8.742/93 (LOAS) e Decreto No. 6.308/07 (art.1º, 2º, do Estatuto Social).
Nota 15 B Nota 15 B
Nota 13 A B C Nota 13 A B C
-4.893,00
-12.745,80
OPERACIONAIS E CONTÁBEIS
-4.893,00
-12.745,80
Possui certidão negativa ou certidão positiva com efeito de negativa de débitos relativos aos tributos administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil e certificado de regularidade do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS;
-25.000,00 470.000,00
0,00 -11.002,43
445.000,00
-11.002,43
-376.610.769,27
45.550.081,37
459.274.184,59
413.724.103,22
82.663.415,32
459.274.184,59
Mantêm sua escrituração contábil regular que registre as receitas e despesas, bem como a aplicação em gratuidade de forma segregada, em consonância com as normas emanadas do Conselho Federal de Contabilidade; Conserva em boa ordem, pelo prazo de 05 (Cinco) anos, contados da data da emissão, os documentos que comprovam a origem e a aplicação de seus recursos e os relativos a atos ou operações realizados que impliquem modificação da situação patrimonial;
Cumpre as obrigações acessórias estabelecidas na legislação tributária;
Elabora as demonstrações contábeis e financeiras devidamente auditadas por auditor independente legalmente habilitado nos Conselhos Regionais de Contabilidade. NOTA 10 - CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS USUFRUÍDAS (ISENTAS)
GERALDO SILVEIRA FILHO PRESIDENTE CPF - 117.726.621-00
EDVANBONETTI TECNICO EM CONTABILIDADE CPF - 163.895.731-20 TC CRC/MS-007817/0-6
EXTRATO - NOTAS EXPLICATIVAS AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2019
A MISSÃO EVANGÉLICA CAIUÁ possui o Registro de Entidade Beneficente de Assistência Social - CEBAS junto ao Ministério da Saúde sob nº 25000.111555/2015-00, Parágrafo único da PORTARIA N° 1.452, de 23/12/2019, a renovação foi solicitada em 27/06/2012 e tem validade pelo período de 01/01/2016 a 31/12/2018, sendo protocolizado tempestivamente, pedido de renovação em 26/11/2018, conforme processo n° 2500.203475/2018-14, cuja certificação da entidade permanecerá válida até a data da decisão sobre o requerimento de renovação tempestivamente apresentado.
CONTINUA NA PRÓXIMA PÁGINA
4
CLASSIFICADOS/ATOS OFICIAIS
O PROGRESSO
Dourados, 30.4.2020
CONTINUAÇÃO DA PÁGINA ANTERIOR Conforme o artigo 29 da Lei No. 12.101/09 entidade beneficente certificada fará jus à isenção do pagamento das contribuições de que tratam os artigos 22 e 23 da Lei no 8.212/91. Abaixo as contribuições sociais usufruídas. NOTA 19 - DÉFICIT DO EXERCÍCIO O Déficit do exercício de 2019 foi de R$ 549.096,82, o qual será incorporado ao patrimônio social após aprovação em assembleia, em conformidade com as exigências legais estatutárias e a Resolução CFC nº 1.409/12 que aprovou a NBC ITG 2002 em especial no item 14 que revogou a Resolução CFC nº 877/2000 (NBCT 10.19) que descreve o superávit ou déficit do exercício deve ser registrado na conta do Patrimônio Social. NOTA 20- PATRIMÔNIO LÍQUIDO O patrimônio social líquido é composto do patrimônio liquido inicial, acrescido dos superávits e subtraído dos déficits ocorridos e registros de ajustes pertinentes ao longo da existência da entidade, totalizando na data de encerramento do balanço o valor de R$ 703.301,15 (Setecentos e três mil trezentos e um reais e quinze centavos). NOTA 22 – RECEITAS DA ENTIDADE E CONVENIOS Receitas da entidade / Convênios - As receitas da entidade são originadas de doações de pessoas físicas e jurídicas, Sistema Único de Saúde – SUS, além de recursos originados de convênios com órgãos públicos, sendo reconhecidas pelo seu valor original, segregadas em contas especificas que identificam suas origens. Rubrica Contábil
2019
2018
Entidade
1.253.696,79
1.277.950,05
Hospital
2.058.999,05
3.624.277,22
Instituto
64.709,79
74.070,97
Campos
175.250,38
174.496,19
São Paulo
42.430,91
45.689,22
550.729,46
535.408,47
Voluntariado
1.710.257,68
1.456.822.48
TOTAL
5.856.074,06
7.188.714,60
Doações
Pela sua perseverança em se conseguir doações de pessoas físicas e jurídicas, envolvendo produtos de consumo diário e de pronto para aplicação dentro dos seus objetivos, inclusive produtos alimentícios, a entidade pugnou e recebeu no exercício de 2018 diversas doações, as quais, em virtude de formação de suas origens, não foram acompanhadas dos competentes documentos fiscais por doação. A administração da Missão, no intuito de demonstrar sua total transparência e princípios, consultou a Auditoria Independente Externa, Recebendo parecer técnico, que na ausência destes documentos (notas fiscais e outros correlatos), poderia a Instituição elaborar “Relatório Interno de Doações Recebidas Durante o Mês”, registrando; discriminação dos produtos, quantidades, valorando seus preços e identificando os respectivos doadores, concluindo com assinaturas do dirigente da Entidade e de seu Contador. Estes produtos foram doados em sua grande maioria, pelas Igrejas Evangélicas brasileiras, deste e de outros estados da Federação. O valor dos produtos recebidos destes doadores diversos, levados a crédito da Missão Evangélica Caiuá e a débito das contas de despesas específicas atingiram a soma de R$ 550.729,46 (Quinhentos e cinquenta mil, setecentos e vinte e nove reais e quarenta e seis centavos). NOTA 25 – GRATUIDADES CONCEDIDAS No atendimento as suas atividades estatutárias, a entidade, no ano de 2019, concedeu as seguintes gratuidades. a) Ambulatorial b) Hospitalar c) Assistência Social Descrição
$ Receita 2019 (%)
$ Despesas 2019 (%)
2.093.309,62 2.990.671,38 Totais Sistema Único de Saúde–SUS (Contratualização) 1.485.975,05 Doações diversas Recebidas 179.695,64
Doações Voluntarias
254.614,93
Outras Receitas
173.024,00
Despesas Hospitalares
Diferenç a%
$ Receita 2018 (%)
$ Despesas 2018 (%)
Diferença %
30%
4.431.745,22
3.405.553,80
30,13
3.006.375,32
534.151,62 273.316,38 617.901,90
2.990.671,38
3.405.553,80
Com base no quadro acima, observa-se que a entidade suporta 30% das despesas hospitalares com outros recursos. É necessário destacar que a clientela atendida (população indígena) vem de extrema pobreza, situação que torna imperiosa que todo atendimento seja feito gratuitamente, não tendo outros financiamentos, fazendo com que todo atendimento seja via SUS. Como a “Contratualização”, com os órgãos públicos de saúde, não supre todas as despesas hospitalares, a Missão tem arrecadado doações de diversos materiais, (ver nota 22), junto às entidades organizadas de nossa sociedade, especialmente entre as igrejas evangélicas, as quais representam 6 % das despesas hospitalares, objetivando que seja oferecido o melhor possível aos pacientes indígenas. NOTA 26 – VOLUNTARIADO Alguns membros e colaboradores da entidade realizam trabalho voluntario, tendo no ano de 2019, realizado diversas ações, cujos valores foram estimados com base em valor de mercado, conforme demonstrativo abaixo: Voluntariado Professores
2018
2019 291.293,36
254.985,03
Diretor
1.114.976,27
1.003.747,53
Médico
23.730,11
0,00
Enfermeiras
10.922,98
95.250,76
Farmacêutico
1.935,07
0,00
Fisioterapeuta
865,70
0,00
Psicóloga
865,70
0,00
Técnico Informática
865,70
0,00
23.806,37
102.839,16
4.771,76
0,00
Deões Secretário Gerente
102.235,58
0,00
Pastor
90.437,34
0,00
Capela
36.193,39
0,00
TOTAL
1.710.257,68
1.456.822,48
NOTA 27 – RESULTADO DO EXERCÍCIO Apuração do Resultado do Exercício – O reconhecimento das receitas e despesas da entidade é realizado pelo regime de competência. NOTA 28 – TERMO DE RESPONSABILIDADE A entidade assume inteira responsabilidade pela veracidade e fidedignidade da presente demonstração contábil. Para efeitos de comparabilidade, as Demonstrações Financeiras encerradas em 31/12/2019, estão sendo ladeadas pelas mesmas peças contábeis em 31/12/2018.
Dourados-MS, 31 de Dezembro de 2019. ________________________ GERALDO SILVEIRA FILHO Presidente CPF: 117.726.621-00
__________________________ EDVAN BONETTI TC - CRC/MS 007817/O-6 CPF: 163.895.731-20
AFLAMS uma instituição construindo história PÁG. 3
Pazear é preciso. Coralizar é essencial! PÁG. 5
CADERNO B Dourados, 30.4.2020 O PROGRESSO DIVULGAÇÃO
1º aniversário da AFLAMS Uma instituição como suas congêneres no Brasil, congrega mulheres nas áreas das Letras, das Artes e das Ações Sociais Therezinha de Alencar Selem* *1ª Vice-pres. e Cadeira Nº 15 DA AFLAMS Com nitidez rememoro o belo evento de Instalação da AFLAMS Academia Feminina de Letras e Artes de Mato Grosso do Sul e Posse das acadêmicas, realizadas no dia 30 de abril de 2019, no Plenário “Deputado Júlio Maia”, Assembleia Legislativa MS, no Palácio Guaicurus. Éramos 40 Mulheres, engalanadas, movidas à emoção, num Ato primoroso e valorizado por inúmeras outras academias do nosso país e pelo poeta, ficcionista, tradutor e crítico literário Carlos Nejar, Ilustre representante da Academia Brasileira de Letras e autor do Hino da AFLAMS.
Éramos 40 Mulheres, engalanadas, movidas à emoção, num Ato primoroso e valorizado Prestigiado por mais de 300 pessoas, foi, sem dúvida, um Marco em nossa cidade para evento desta natureza. A AFLAMS, uma instituição como suas congêneres no Brasil, congrega mulheres atuantes nas áreas das Letras, das Artes e das Ações Sociais, tendo em mira o Bem Comum, no mundo em que habitam. Pelas regras que a conduzem, cabe, as suas 40 fundadoras o privilégio da Imortalidade, pois passam a nominar ad eternum, suas próprias “cadeiras” de tal forma que as futuras ocupantes, obrigatoriamente, manterão seus nomes. A partir deste momento, para preencher as vacâncias da Academia será necessário, da postulante, avaliação
de currículo e defesa de suas propostas. As imortais da AFLAMS foram escolhidas por suas representatividades em suas áreas de atuação praticadas nas localidades em Mato Grosso do Sul, onde residem. Nossa academia é regida por normas estatutárias e regimentais com uma diretoria eleita por seus pares, reuniões mensais ordinárias e a qualquer tempo, de forma extraordinária, com limites específicos de faltas, regras claras de procedimentos, participação de comissões e grupos de trabalho, a partir de seus campos de atuação social ou de trabalho propriamente ditos. São pautas de reuniões: definições de projetos, eventos, ações da própria AFLAMS e também de seus grupos de ação na comunidade, que podem ser chanceladas pela Instituição. Admite-se como naturais, parcerias com o poder público e ou privado, desde que, necessariamente, tenham cunho Sócio Cultural, Sócio Educativo ou de Assistência ou Segurança Social. Para 2020, foram constituídos os Núcleos de Literatura, de Artes, Social e Jurídico, com responsáveis designadas para suas coordenações, de tal forma que se possa acolher os projetos, atos e eventos da própria Academia. É Horizonte da AFLAMS praticar cada vez mais ações produtivas, de forma a contribuir efetivamente em nosso estado, em suas múltiplas vertentes sociais visando a Paz, o Desenvolvimento e a Justiça Social. Para 2020, de forma incansável, nossa Presidente a Advogada, poeta, escritora e Embaixadora da Paz no Brasil, Delasnieve Miranda Daspet de Souza, num processo agregador foi conduzindo os diversos grupos para iniciarmos o ano, com um excelente Plano de Ação, aprovado em nossa 1ª reunião, em 15 de fevereiro.
Mas por razões de segurança de saúde, entramos na “quarentena” mundial, motivada pelo Covid 19, sem data específica para retorno. Desejamos que esta fase passe logo, para que se possa recuperar nossas rotinas, concluindo projetos e metas na esperança de que este espaço de tempo nos tenha tornado melhores em amplos sentidos, para o nosso Bem e do pró-
ximo. Somos gratíssimas a Deus pela oportunidade de nos ter colocado em nossos caminhos, Delasnieve, que sonhou sozinha um sonho arrojado e nos incentivou a participar ativamente dele, para que se tenha um mundo mais bonito e iluminado, através de nossas ações conjuntas e irmanadas. Vida Longa a nossa Academia!
ACADÊMICAS 01 - Delasnieve Miranda Daspet de Souza
21 - Mirian Eiko Suzuki
02 - Maria Helena Sarti
22 - Neyla Ferreira Mendes
03 - Aida Machado Domingos
23 - Kênia Magalhães Braga
04 - Maria Teresa de Mendonça Casadei
24 - Luciana M.P.N. Rondon Carvalho
05 - Blanche Maria Torres
25 - Daniela de Cássia Duarte
06 - Rosangela Villa da Silva
26 - Ledir Marques Pedrosa
07 - Rosemari Gindri
27 - Sonia Cristina de Albuquerque Narciso
08 - Edineide Dias de Oliveira
28 - Angela Cristina Colognesi dos Reis
09 - Marlei Sigrist
29 - Sonia Maria Ruas Rolon
10 - Marilena da Silva Grolli
30 - Marta Martins de Albuquerque
11 - Ana Lúcia Iara Gaborim Moreira
31 - Cilene Alves Ferreira de Queiróz
12 - Silvia Regina Ferreira Tavares Farina
32 - Helita Barbosa Serejo Lemos Fontão
13 - Lúcia Monte Serrat Alves Bueno
33 - Severina da Silva
14 - Aurineide Alencar de Freitas Oliveira
34 - Lais Doria Passos Monteiro de Barros
15 - Therezinha de Alencar Selem
35 - Lucimara de Olivera Calvis
16 - Viviane Machado de Melo Vazes
36 - Ana Aparecida Arguelho de Souza
17 - Yrama Barbosa de Barros
37 - Érika de Oliveira Rando de Oliveira
18 - Maria José de Jesus Alves Cordeiro
38 - Maria Caroline B. C. Trindade Nantes
19 - Martha Ribeiro Brum
39 - Eudirce Isabel dos Reis Fiorese
20 - Valmira Garcia de Oliveira
40 - Ilva Maria Xavier Canale
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2
Letra de CARLOS NEJAR@ Liberdade, se te acendes , Teu nome se abrasa em nós. Cuidas bem : a mesma sede Se mede na nossa voz. O que somos não se rende, Nem a luz no amor despreza. Liberdade já não pesas Quando o dia não se vende. Somos todas, a promessa, Todas unidas no invento. Todas em igual vereda, Caminhamos sob o vento. O que sobrevive cedo, Pelo saber fulgura Todas voamos na altura, Que plantamos como cedro. E o amor à terra arde, Esta terra que nos leva, Que nos ama e nos eleva. Pulsa em coração, a tarde!
a
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Dourados, 30.4.2020 O PROGRESSO
Caderno B
Hino da Academia Feminina de Letras e Artes de Mato Grosso do Sul
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Hino da AFLAMS Texto: Carlos Nejar Melodia: Ana Lúcia Gaborim / Edineide Dias Piano: Mirian Suzuki
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Bate a luz, mastiga a treva! Terra, somos tua seiva. Como nas sombras, a tocha, Abre um, sonho em cada senda.
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E a Academia se forja Lúcida, plena, severa. De artes , letras, quimeras. O que o futuro suporta.
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Liberdade, onde estamos, Se apenas em ti se deita O tempo que despertamos E o desejo que se estreita
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Na força que existe e somos. Criamos o que nos liga, Criamos com sol nos ramos E os ramos de estarmos vivas.
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Liberdade, se te acendes , Teu nome se abrasa em nós. Cuidas bem : a mesma sede Se mede na nossa voz.
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Dourados, 30.4.2020 O PROGRESSO
Caderno B
AFLAMS, somos!
AFLAMS Hoje e sempre
Erika Rando Arctan* Cadeira 37*
Um ano faz neste dia Esta academia feminina, Quarenta mulheres criativas Que a princípio nem se imagina, Surpreendendo a todos Na ciência, literatura e arte divina.
Compartilhar este primeiro ano Onde o pano de fundo foi a resistência, Mesmo que velada, por conceitos, conhecimentos. E o brilho que cada estrela porta, foi um grande desafio. Resistimos a este primeiro impacto, onde de fato, Mostramos nossa força e nosso conhecimento no impactar de ideias. Conhecemos a intensidade de cada estrela, E a única certeza , é que esta constelação, doravante se fará mais forte, Ao interagir, com as diferentes formas de agir. Nunca seremos iguais, pois o importante é divergir, Dentro de um conteúdo construtivo e evolutivo. Sem nunca ofuscar o brilho da outra, e sim garantir, O direito de suprir os desafios, pela somatória do conhecimento Que cada estrela detêm, para superar com inteligência, Atuando na frequência universal do contribuir. Sem jamais destruir uma ideia sequer, Pois somos MULHER. Somos a coluna de sabedoria que sustenta a sociedade, Somos mães, somos avós, Somos a voz que a cultura e a arte clama em toda parte. Somos nós que hasteamos a bandeira da paz Com inteligência, perspicácia e determinação. Tendo sempre uma estrela para nos dar a mão, Pois ela brilha divinamente para iluminar Cada atitude e intenção. Neste desafio que assumimos. Todas juntas em juramento de união.
Maria José J. A. Cordeiro (Maju) - Cadeira 18
Da criação ao sucesso Foram muitas as batalhas, Risos, choros e a perda De Ada confreira amada, Porém, seguimos confiantes Todas na mesma estrada. O futuro a Deus pertence, E AFLAMS se agiganta, Mostrando a força feminina De quem colhe o que planta, Em nosso Estado e neste universo, Mulher não é frágil ou se amedronta. Dos sonhos, sons e cores, Sentimentos e palavras, Nascem obras e conhecimentos Destas mulheres empoderadas, Que deixarão na história, Seus nomes e vidas marcadas.
Presidente a Advogada, poeta, escritora e Embaixadora da Paz no Brasil, Delasnieve Miranda Daspet de Souza
AFLAMS uma instituição construindo história Ana Arguelho* *Cadeira 36 Entrando no mês de abril, estamos comemorando o primeiro aniversário da AFLAMS – Academia Feminina de Letras e Artes do Mato Grosso do Sul, e este é um texto de louvação a esta jovem e promissora instituição, a qual tenho a honra de pertencer. Ao convite da poeta Delasnieve Daspet fiquei muito inclinada a dizer não, porque entendia que não sendo escritora, não poderia pertencer a uma agremiação dessa natureza, embora o fato de ser uma academia composta de mulheres me parecesse um desafio irrecusável. Não no sentido de um feminismo tosco e imaturo, mas como uma forma de mostrar a mim mesma, a nós mulheres e à sociedade, de são capazes
mulheres quando se juntam e decidem fazer alguma coisa. E que, juntas poderemos contribuir melhor para combater o feminicídio, o assédio e toda sorte de violências que marca a passagem da mulher pela história da humanidade. Acabei aceitando o convite quando entendi que a concepção da AFLAMS era alargada o suficiente para abrigar uma pessoa como eu, que não sou escritora, mas lidei com a literatura durante toda a minha vida. Assim, louvo a AFLAMS por esta marca singular de se constituir um espaço aberto onde cabe, não só a literatura mas também a teoria e a crítica literária, e de onde parte uma extensa programação de cursos, palestras, painéis e toda sorte de atividades que vem corroborar com a ampliação da cultura em um tempo onde esta anda tão vilipendiada. E mais, uma Academia que abriga a arte em todas as suas modalidades e, ainda, traz um adendo, quando
considera como tarefa importante estar com os olhos, as mãos e o coração voltado para o social. Penso que, num momento da história, como este, em que todos os valores estão sendo revolvidos e enterrados, eles devem servir de adubo para que floresça um novo jeito de pensar as questões humanas. A AFLAMS embarca nesse esforço e nessa tentativa: oferecer à sociedade, não só a literatura e a arte criativas, mas toda a cultura literária e artística que as envolve. E nesse sentido, nossa tarefa tem sido grande e forte já neste primeiro ano de existência. Por meio de cursos, palestras, seminários, rodas de conversa, publicações em revistas, jornais e livros e, por meio da mídia televisiva e redes sociais, temos buscado trazer para o público mais do que entretenimento, uma cultura literária sólida e mplo horizonte. Por isso, o Abril Despedaçado, magnífico filme de Walter Salles,
é o contraponto perfeito para a utopia da AFLAMS: reconstituir abril, mês do seu aniversário, costurando os pedaços por meio de outras artes, a literatura, a pintura, o teatro e a dança. Sem esquecer do folclore, a AFLAMS está reconstituindo a memória afetiva de um de nossos mitos mais importantes: o Saci Pererê. E assim, prosseguirá, resgatando nossos mitos, nossa memória, nossa história. Assim é, que saúdo e louvo esta nossa instituição, que encontrou em Mato Grosso do Sul um fecundo espaço de atuação e desenvolvimento do trabalho artístico e literário. E desejo que sejamos humildes para nos aperfeiçoarmos, fortes para carregarmos nos ombros a responsabilidade de contribuir para que a cultura artística e literária encontre eco no coração dos sul-mato-grossenses e capacidade de estender nosso trabalho para além das fronteiras deste Estado. Salve a AFLAMS
AFLAMS, um ano, o primeiro de muitos Marlei Sigrist* *Cadeira n.9 Em 30 de abril de 2020, comemora-se o primeiro ano de instalação da Academia Feminina de Letras e Artes de Mato Grosso do Sul – AFLAMS, ocorrida no Plenário Júlio Maia da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul no ano anterior. Uma organização de caráter literário, científico, artístico e filosófico, abrigando, portanto, escritoras, poetas, contistas, cientistas, musicistas e artistas. Estamos apenas no começo de uma trajetória que permanecerá por muitas décadas e temos a certeza do compromisso de alimentar idéias e ideais por meio de textos escritos, verbais, visuais,
sonoros, dando-lhes sentido, sem deixar de anunciar as inquietações sociais que nos cercam. No passado, Joaquim Nabuco anunciava em seu discurso proferido na Academia Brasileira de Letras: “Academia nova é como uma religião sem mistérios: falta-lhe solenidade” e completava depois: “a nossa principal função não poderá ser preenchida senão muito tempo depois de nós, na terceira ou quarta dinastia dos nossos sucessores.” Sim, ele tinha razão, sua afirmação cabe a todas as Academias iniciantes; bem sabemos do poder do tempo que tudo transforma, ajusta e amadurece. Daqui a cinqüenta anos teremos muita história para contar e produção para ser lembrada pela sociedade sul-mato-grossense, firmando a contribuição dessa importante entidade. Fui testemunha da criação da AFLA-
MS, em janeiro de 2008, por conviver com sua criadora, a ilustre confreira e amiga pessoal Delasnieve Miranda Daspet de Souza, participando da primeira diretoria da entidade. Os anos se passaram até surgir o momento propício para a seleção das acadêmicas, organização do grupo e dos aparatos necessários à instalação da AFLAMS. Quero deixar registrado que a concretização da Academia e a projeção de seu crescimento e consolidação para muito breve deve-se, em grande parte, à condução da nossa Presidente Delasnieve e seu apoio irrestrito à confraria. Enquanto isso, as acadêmicas seguem com suas produções independentes em várias frentes culturais e sociais, em que suas obras constroem uma aproximação lenta e segura entre elas. Aqui, é possível lembrar da fala de Miguel Osório de Almeida, em seu discurso de posse na ABL,
em 1935: “Verdadeiros acadêmicos são aqueles que, ciosos de sua independência, das características de suas mentalidades, sem atritos e sem esforço, se adaptam a essas normas superiores, ainda não expressamente formuladas, finas e delicadas por serem eternamente polidas e repolidas, invisíveis quase, de tão tênues, mas que se sentem e a pouco e pouco enleiam e prendem.” Portanto, temos caminhos a trilhar e, mais que isso, a indicar. Usaremos do precioso instrumento que é a palavra, que ensina, encanta, fantasia, propicia deleite e prazer; ou das notas musicais, dos pincéis e grafites, dos movimentos da dança e da delícia do folclore para tornarmos o mundo melhor. Porque ser escritor, compositor e artista é ser alguém compromissado com a humanidade.
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Como Tudo Começou A mor trás e Maria Helena Sarti* *Cadeira nº.02 Secretária Delasnieve Daspet convidou –me e a miga(saudosa) Ainda Domingos para um café. Era 19 de janeiro de 2008. Entre um café e outro DD (como carinhosamente a chamamos) os convida para fundar uma academia feminina de letras. Acatamos na hora. DD iria providenciar os tramites legais. Em 04 de janeiro de 2009 houve uma ratificação. Na época foram convidadas outras escritoras e poetas, mas que não se apresentaram quando foram chamadas por edital. Em 05 de abril de 2013 foi registrada no Cartório de Ofício e Documentos. No período de 2013 a 2018 a AFLAMS ficou em seu cantinho com presença apenas das fundadoras Delasnieve Daspet, Ainda Domingos e Maria Helena Sarti. Em 15 de agosto de 2018 foi trazida à tona essa academia que chegou para ficar nos anais da história sul-ma-
“Sem sacrifício e trabalho duro nada se consegue. Dedicação, empenho e paixão! Assim completamos um ano de triunfante existência! Parabéns AFLAMS”! Sonia Cristina de Albuquerque (Cadeira 27)
to-grossense. E, como já nasceu grande está ultrapassando fronteiras. Em 30 de abril de 2019, tomamos posse: quarenta grandes mulheres com a mão erguida prometendo cumprir com fidelidade e zelo, os deveres descritos no Estatuto. Iremos fazer um ano de vida em 30 de abril de 2020. Belos trabalhos, excelentes mostras de cultura e literalidade, competências em profusão, enfim àquilo que foi proposto lá em 2008 está provado. Somos mulheres, cada uma com sua proposta formando um só pensamento: “AMOR, VINCIT OMNIA” Sou poeta, escritora, Outras vezes mulher comum Uma ou mais vezes secretária. A amizade que nos une Flameja entre risadas Liberdade em palavras faladas Alimentadas por perfumes Muito doce dessas mulheres Sábias, belas, em seus costumes
“A criação da AFLAMS, em 2019, entidade que congrega 40 mulheres que se destacam nas mais diversas áreas culturais, foi um marco para a sociedade Sul-mato-grossense e oportunizou maior visibilidade à produção artística e literária local. Vida longa e produtiva à Academia!” Rosemari Gindri (Cadeira 7)
F az L eveza pra A alma de M mulheres S ábias
Mara Calvis (Cadeira 35) Em alusão aos primeiros 365 dias da posse de 40 membros da ACADEMIA FEMININA DE LETRAS E ARTES DE MATO GROSSO DO SUL- AFLAMS, escrevo meus sentimentos. A literatura, música, artes, pesquisas e artesanatos de MATO GROSSO DO SUL se fortalece em 30 de abril de 2019. Por meio de um sonho e dedicação diuturna, Delasnieve Daspet concretiza a formalização de uma academia de letras e artes com 40 mulheres de saberes ímpares e exemplos em suas habilidades e competências. Nascem estrelas que com seus brilhos próprios serão patronas de suas respectivas cadeiras. Eu, Lucimara De Oliveira Calvis, conhecida por Mara Calvis, ocupo a cadeira 35 e represento a LITERATURA infantojuvenil. Escrevo poemas e contos poéticos em complemento aos sentimentos fraternos que desejo emanar para este mundo. A cada uma de minhas 21 de literatura infantojuvenil e as 8 coletâneas de poemas publicados, desejo deixar sementes positivas e do bem. Parabenizo à todas acadêmicas, por seus trabalhos e à AFLAMS, que nasceu para deixar seu legado literário e de artes para MATO GROSSO DO SUL- MS. PARABÉNS AFLAMS Primeiro ano de VIDA Robusta e sólida Deixarás marcas eternas De trabalho e produções De mulheres modernas!
“Tudo pronto. Tudo organizado para a comemoração de 1 ano, e aí? Aí veio a quarentena, o isolamento social... E cá estamos, comemorando de uma maneira como nunca imaginaríamos. Cada uma recolhida e procurando sempre melhorar espiritualmente... pois é momento de reflexão e de aproximação dos de dentro de casa... A festa? Fica para daqui a pouco!!!! Parabéns AFLAMS!!!!” Yrama Barbosa (Cadeira 17)
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Caderno B
Pazear é preciso.
Coralizar é essencial! Ana Lúcia Gaborim* *Cadeira nº11 A Academia Feminina de Letras e Artes de Mato Grosso do Sul congrega 40 mulheres - artistas, literatas, poetas, musicistas, educadoras, líderes e empreendedoras - que atuam em diferentes segmentos, projetos e instituições, cada qual com seus princípios e valores. Mas se procurássemos definir algo que nos une acima de nossas particularidades e especificidades, seria a busca pela PAZ, ou seja, o pazear. Nossas ações, enquanto acadêmicas, têm girado em torno dessa tônica. Em um mundo tão conturbado, criar e desenvolver ações que promovam a paz é algo desafiador, mas ao mesmo tempo motivador para todas nós. E pazear é preciso, porque o tempo é de incertezas, ansiedade, introspecção e resiliência; tempo de dúvidas, nos qual é preciso ter paz interior para administrar a própria rotina e as próprias emoções. E mais do que nunca é preciso que tenhamos paz coletiva, para mantermos relacionamentos saudáveis e harmônicos com outras pessoas à nossa volta, e também com o ambiente em que vivemos. Nas últimas semanas, o pazear tornou-se uma demanda ainda mais urgente em nossa sociedade, forçadaao isolamento. Precisamos nos reinventar, procurar novas maneiras de agir, sair de nossa zona de conforto, lidar com novas tecnologias e novas formas de comunicação – algo que nos foi imposto, abruptamente, pela pandemia chamada “COVID-19”. No tocante à minha área de atu-
ação específica, que é a prática coral, mais do que nunca percebemos a necessidade de estarmos com os outros, em um mesmo tempo-espaço. Sentimos falta de realizar uma atividade com objetivos comuns, que são o cantar e o fazer música, sendo conduzidos em uma mesma direção – a regência. Para os amadores e adeptos do canto coral, neste tempo em que somos privados dessa prática somos levados a sentir e pensar como o coro pode ser algo tão prazeroso e importante para nossas vidas, e de modo geral, para o ser humano. O coro passa a fazer parte de nossa rotina, de nossos planos, de nossas expectativas. “Ser coralista” passa a ser algo que particularmente nos define. Então, por que o canto coral não é uma prática para todos, no Brasil - embora haja uma vasta quantidade de coros em diversos contextos, e muitos deles oferecidos gratuitamente? Esta é uma questão que quero instigar, sem oferecer sequer uma única resposta – porque existem múltiplos fatores históricos, políticos e culturais que incidem sobre esta questão - e sobre os quais eu poderia escrever muitas páginas. Porém, prefiro estimular reflexões a este respeito. A mim, cabe discorrer sobre os benefícios desta prática que já perdura por mais de mil anos e por todo o mundo. Primeiramente, lembremo-nos que o ato de cantar é uma manifestação natural do ser humano, uma forma de expressão que transcende a fala, e que com o devido aprimoramento se torna uma prática artística. Ouvimos desde cedo que “quem canta, seus males espanta”. Isso, porque cantar é uma forma de colocar “para fora” os sentimentos
pessoais, utilizando o seu próprio corpo como instrumento. O canto é, também, uma ferramenta de auto-conhecimento, pois nos leva à busca de uma postura apropriada, do controle respiratório e muscular; nos leva à busca constante pela “melhor” voz que se possa produzir; nos leva ao aperfeiçoamento da linguagem e da comunicação; nos leva à realização de uma prática artística, por meio da interpretação musical; e ainda, leva ao enfrentamento psicológico de estados de timidez, baixa auto-estima ou baixa auto-confiança – elementos esses, que as áreas da Saúde, Psicologia e Educação debatem constantemente, na busca de soluções e estratégias de trabalho... O segundo grupo de benefícios que podemos destacar se relaciona com a “descoberta” da voz individual e da voz coletiva: em um coro, o integrante “solta” a sua voz, à medida que percebe a sintonia entre os demais participantes. Há uma construção sonora conjunta, buscando a homogeneidade do som. Cada cantor é importante para a construção do som do grupo, com a orientação do(a) regente. Ou seja, “todos somos um” e juntos buscamos “fazer o nosso melhor”. O trabalho em equipe sob uma liderança eficaz é algo que se espera no mundo de trabalho contemporâneo, assim como a relação entre produtividade e padrão de qualidade; no entanto, já temos esse modelo construído há muito tempo, desde os primórdios do canto em conjunto... Um terceiro benefício – e que não se limita a ser o último - que podemos ressaltar é o ganho cultural que um coro pode oferecer, não só a quem participa dele, mas para
quem o assiste. Além de “viajarmos” por diferentes períodos da história e países diversos, aprendemos sobre costumes, crenças, tradições e valores que acompanham a própria evolução da humanidade. Ampliamos nosso conhecimento artístico-cultural conforme vamos construindo a nossa performance. Quem participa de um coro está sempre em movimento, e está em constante estímulo de suas funções cognitivas e afetivas. E indo ainda mais além: quem realiza uma apresentação pública estimula as suas funções psicossociais, pois reconhece que esse momento é a coroação de seu esforço, dedicação e empenho. É a oportunidade que temos de sermos reconhecidos como pessoas de valor, tanto por nossos próximos (amigos, parentes, conhecidos), quanto por pessoas que não conhecemos – mas que passam a fazer parte de nossa história (ao mesmo tempo em que passamos a fazer parte da história delas). Cada fase de construção da técnica vocal e cada fase de preparação - coletiva e individual – de um repertório coral é importante, pois faz parte de um processo contínuo de amadurecimento. E quem assiste a um coro, muito frequentemente se sensibiliza, se emociona, se encanta – obviamente, quando o trabalho coral é bem feito. Diante desses benefícios aqui expostos, não podemos afirmar então que coralizar é preciso? Obviamente, essa é uma ação “pós-coronavírus”, porque atualmente estamos proibidos de nos reunir, e as ferramentas “on-line” que temos disponíveis não suprem a lacuna de tempo-espaço a que fomos confinados. Assim, estamos diante da expectativa de uma sociedade transformada, de alguma forma, o que talvez não compreendamos ou vislumbremos agora. Com essa perspectiva, não poderíamos supor que muitas das doenças sociais que enfrentamos hoje – como a depressão e o estresse - poderiam ser minimizadas com a participação dos indivíduos em um coro, no futuro? Que poderíamos ser mais saudáveis, ao conhecer melhor o nosso corpo e o potencial artístico que há em nossas vozes – que precisam ser devidamente cuidadas? Que nossa sociedade poderia ser mais sensível e mais humana, se as pessoas vivenciassem uma prática coletiva em que se precisa “do outro”, e não depende exclusivamente do “eu”? Que poderíamos ter uma sociedade mais solidária, na medida em que visamos apresentar algo de bom para outras pessoas, sem visar exclusivamente o lucro financeiro? Que poderíamos viver em uma sociedade mais fraterna, mostrando que trabalhamos não somente para nós mesmos, mas também para aqueles que não têm o privilégio de estar ali conosco? Ora, o leitor que captou a mensagem deste texto já sabe a resposta... sim! Portanto, coralizar também é pazear! Deixo então aqui o convite para que o leitor venha a desfrutar da experiência de participar de um coro quando for possível, e que assim como eu, venha a divulgar os benefícios e maravilhas da arte coral – pois, parafraseando Olavo Bilac, “só quem canta pode ter ouvido capaz de ouvir e de entender coralistas”!
Dourados, 30.4.2020 O PROGRESSO
Adiles do Amaral Torres adiles@progresso.com.br
COLUNA DA ADILES CASAIS DESTAQUE
“A satisfação que nosso trabalho nos proporciona é sinal de que soubemos escolhê-lo.” Clarice Lispector
VALORIZAR O QUE TEM Amar é coisa tão fácil É apenas querer bem Tem tanta gente perdendo Sem dar valor ao que tem Depois que perder seu bem É que vai valorizar Mas aí é muito tarde E não adianta chorar. O jeito é olhar bem firme E abraçar pra valer Não deixar que o mundo leve Seu amor, seu bem querer...
Ivanilde Zanforlin e esposo deputado estadual Zé Teixeira
Presidente da Assembleia Estadual Paulo Correa e esposa Adriana
Neiva e Paulo Teló (Hotel Bahamas)
GENTE QUE ACONTECE
E tratá-lo com carinho Aconchegar em seu ninho Como os pássaros fazem Protegê-lo do mau tempo E o amor fortalecer Adiles do Amaral Torres
PARABÉNS E FELICIDADES AOS
ANIVERSARIANTES
Alan Guedes Pres. Câmara vereadores
Beto Pão & Cia
Josephina Capilé Creche André Luiz
Cecília Myashita
Clarice Zanoni Fontes
Cláudia Carlesso
Celso Vargas
Cristiano Santos
Cecília Zauith
Celso Dal Lago
Clarinda Matos
Celina Moreno
Dalila Lasmar
Dejair Martins
Andréia Alves Pereira
Issao Iguma
Quinta (30/04) LAÍS MACHADO
Quinta (30/04) OZÉLIA NAKATSU
Sábado (02/05) Sábado (02/05) HAKEITO DE ALMEIDA MARIANA ZAUITH
Domingo (03/05) Domingo (03/05) WILDENES SANTOS ELIZABETH PUCCINELLI
Segunda (04/05) JOSÉ AZONIL
Quarta (06/05) PAULO CAMPIONE