Edição de 18/maio de 2020

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DOURADOS MS ANO 70 NÂş 13.625

O PROGRESSO

18 de maio de 2020

★★★★★

DIVULGAĂ‡ĂƒO

)RWRJUDÄ&#x; D

(QVDLRV DMXGDP casais a vencer URWLQD GD TXDUHQWHQD PĂ G. D4

Alienação parental

Pais enfrentam o GHVDÄ&#x; R GD JXDUGD compartilhada em tempos de pandemia PĂ G. D3 Sexy Shop

Isolamento social dispara venda de SURGXWRV HUĂśWLFRV HP 'RXUDGRV PĂ G. D6 Cultura

Ĺ&#x; DQLYHUVĂ€ULR GD AFLAMS Academia Feminina de Letras e Artes de MS PĂ G. B1

DIA A DIA Delegacia da Mulher

MAIO LARANJA

VIOLĂŠNCIA SEXUAL INFANTIL

NA QUARENTENA No Dia Nacional de Combate ao Abuso Sexual de Crianças e adolescentes, dados da PolĂ­cia Civil de Dourados mostram que as crianças de 0 a 11 anos sĂŁo as maiores vĂ­timas de estupro de menores durante o isolamento social. Desde que teve inĂ­cio, em marĂ?R DWĂ’ DJRUD R FRQÄ&#x; QDPHQWR MĂ€ FRQWDELOL]RX FDVRV QHVVD IDL[D HWĂ€ULD FRQWUD FDVRV HP DGROHVFHQWHV GH D DQRV PĂ G. D1

3HUâFLD SVLFROÜJLFD Ê aliada em LQYHVWLJD�øHV GH DEXVR VH[XDO Pà G. D2


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Dourados, 18.5.2020 O PROGRESSO

Opinião EDITORIAL

Maio Laranja: Proteção às crianças é urgente

N

ão é porque estão em casa que estão seguras. A maioria dos casos de violência envolvendo crianças ocorre no ambiente familiar no próprio lar. Com as crianças fora da escola, suas comunidades em confinamento e uma recessão global cada vez mais profunda, os níveis de estresse familiar estão aumentando. As crianças são vítimas e testemunhas de violência e abuso doméstico. Com as escolas fechadas, as autoridades ficam sem um mecanismo importante de alerta precoce. Há também o risco de as meninas abandonarem a escola, levando a um aumento na gravidez na adolescência. Segundo pesquisa da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre os impactos do Covid-19 nas crianças, cerca de 188 países fecharam todas suas escolas, afetando mais de 1,5

bilhão de crianças e jovens. Algumas delas estão oferecendo ensino a distância, mas não está disponível para todos. Além disso, crianças em países com serviços de internet lentos e caros estão em desvantagem. Em todo o mundo, quase 369 milhões de crianças dependiam das merendas escolares para ter uma refeição segura. Mesmo antes da covid-19, o mundo já enfrentava taxas inaceitáveis de desnutrição. A renda familiar reduzida forçará as famílias pobres a reduzir gastos essenciais com saúde e alimentos, afetando particularmente crianças, mulheres grávidas e mães que amamentam. Segundo

a pesquisa, campanhas de vacinação contra a poliomielite foram suspensas. Iniciativas de imunização contra o sarampo foram interrompidas em pelo menos 23 países. À medida que os serviços de saúde ficam sobrecarregados, as crianças doentes têm maior dificuldade em ter acesso a cuidados. Por tudo isso, com o ritmo global de recessão, poderá haver centenas de milhares de mortes infantis adicionais em 2020. O mundo deve atuar em relação a cada uma dessas ameaças e “os líderes devem fazer tudo o que estiver ao seu alcance para reduzir o impacto da pandemia.” O relatório faz uma sé-

rie de recomendações, entre elas a de que os governos devem dar prioridade à educação, prestar assistência econômica, incluindo transferências monetárias, para famílias de baixa renda e minimizar interrupções nos serviços sociais e de saúde. À medida que as medidas de restrição são suspensas, os governos devem dar prioridade a serviços dedicados a crianças. Também deve ser dada especial atenção às crianças mais vulneráveis, que vivem em situações de conflito, que estão refugiadas ou vivem com algum tipo de deficiência. A comunidade internacional deve usar o momento de recuperação da covid-19 para acelerar o progresso nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Enfim, segundo o relatório o mundo precisa de mais informação sobre o vírus, mais solidariedade e mais ação.

Como será a volta ao trabalho após a pandemia? $'(0,5 %8(12 *Professor dos cursos de Gestão Estratégica Empresarial e Administração do Centro Universitário Internacional Uninter

I

magine que você receba uma mensagem de seu gestor informando que no próximo dia primeiro — pode ser de qualquer mês — você deve retornar às suas atividades em seu ambiente de trabalho físico, ao local onde trabalhava antes do home office. O que você espera encontrar? Como será o reencontro com seus colegas? E, em termos de gestão, o que será que mudou ou mudará? Nossa intenção neste artigo é discutir o papel da área de gestão de pessoas no que diz respeito à volta do colaborador, às tendências e possíveis ações que poderão ser tomadas após o controle da pandemia do coronavírus. As mudanças em função da Covid-19 ocorreram de forma muito rápida. Não houve tempo hábil, como profissionais de gestão de pessoas, para refletir e estudar as melhores alternativas, escolher as mais adequadas e discuti-las com os envolvidos. Tudo aconteceu de maneira tão veloz que tem gente que ainda nem se conscientizou das mudanças pelas quais passamos, estamos passando e, principalmente, pelas que virão no tocan-

te ao trabalho e à gestão das pessoas. Se outras áreas sofreram impacto — a de gestão de pessoas, posso afirmar — foi uma das mais atingidas, pois todas as empresas mexeram em seus quadros de pessoal, alterando atividades e colocando a maior parte, quando possível, em home office; algumas já fizeram demissões, outras estão planejando isso agora e muitas outras as farão após o retorno dos trabalhadores aos seus postos. Logo, se a área de gestão de pessoas sofreu de forma muito marcante neste processo de mudança, também deverá responder de maneira ainda mais contundente às necessidades da empresa e dos colaboradores em todo esse processo. A tendência é que se perceba o trabalho a distância de forma mais positiva do que se via até então, que se reconheçam as vantagens desta categoria de labor — entendidas antes da pandemia como pouco significativas. Muitos torciam o nariz quando se aventava instituir o home office. Hoje, entretanto, empregados e empregadores, com certeza, já pensam diferente. Não cabe discutir se o trabalho remoto é positivo ou negativo ainda, mas sim que foi possí-

vel e que foi factível fazer a alteração do local e tipo de trabalho executado até então. Outro olhar recai sobre as tecnologias que temos disponíveis: as que funcionaram, as que precisam ainda de muito investimento ou aquelas que só necessitam de pequenos ajustes para servir aos objetivos de se mudar a forma de como e onde o trabalho é ou será realizado. Ficou claro o quanto somos dependentes delas e como nos tornaram independentes de uma cadeira e uma baia dentro da empresa para produzirmos. Essa área, a de TI, aliada à gestão de pessoas, conquistará grandes espaços em um breve futuro. A volta dos colaboradores à empresa, aos seus postos de trabalho, não se dará de forma única e irrestrita, ou seja, cada empresa está decidindo quando e como isso ocorrerá. Mas, voltaremos todos, em tempos e formas diferentes. E, diferente também, será nossa percepção de como é trabalhar ao lado de outras pessoas, de ter um lugar fixo numa empresa, de ter uma rotina mais controlada e menos flexível. E, talvez

isso faça com que as pessoas passem a inquirir suas empresas do porquê não poderem ter mais flexibilidade. Cabe à gestão de pessoas pensar nesse momento de retorno, como o de um recomeço. Alguns colaboradores regressarão com mais dores e perdas do que ganhos. Outros, mais maduros e seguros, outros ainda, desconfiando de tudo e de todos. Assim, se quem tem a responsabilidade de cuidar das pessoas dentro da empresa ignorar todos esses impactos, nossa volta pode ser mais traumatizante do que nossa vinda para trabalhar em casa. Alguns se questionam se haverá aumento de pessoas que atuarão em home office depois do controle da pandemia. Para Fabiana Marin, consultora empresarial com 20 anos de experiência em Gestão de Pessoas, a resposta é positiva. “Haverá um misto entre presencial e teletrabalho. No passado as empresas não acreditavam que os colaboradores pudessem ser produtivos se trabalhassem de seus lares, mas isso mudou”, explica. Desta maneira, cabe à gestão de pessoas ensinar seus colaboradores a como atuar longe das instalações da empresa, capacitá-los não apenas na área técnica, mas especialmente, visando seu lado humano, pois precisam estar preparados psicologicamente para essa nova etapa de suas carreiras.

EXPEDIENTE -251$/ 2 352*5(662 /7'$ | CNPJ: 30.620.712/0001-74 Fundador: Weimar Torres (1951-1969)

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Dourados, 18.5.2020 O PROGRESSO

PolĂ­tica

Dourados recebe R$ 8,7 milhĂľes para combate ao coronavĂ­rus Do total, R$ 830 mil sĂŁo referentes a emendas parlamentares estaduais, R$ 633 mil sĂŁo oriundos do MinistĂŠULR GD 6DÄŽGH SRU PHLR GD 3RUWDULD H 5 PLOKøHV IRUDP GHÄ&#x;QLGRV QD 3RUWDULD GR 0LQLVWĂ’ULR GD 6DÄŽGH FOTOS: DIVULGAĂ‡ĂƒO

O município de Dourados recebeu um total de R$ 8.731.459,62 para açþes de combate à Covid-19. Da mesma forma que acontece em todos os municípios de Mato Grosso do Sul, o governo do Estado, tem direcionado todas as condiçþes, por meio de recursos, equipamentos insumos e estrutura para que os municípios possam dar assistência à população, principalmente na årea de saúde, diante da pandemia do coronavírus. O valor repassado diretamente aos cofres do Município de Dourados pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) engloba recursos estaduais e federais. Do total de R$ 8,7 milhþes, R$ 830.000,00 são referentes a emendas parlamentares estaduais, R$ 633.464,99 são oriundos do

Foram ativados, no Hospital Regional de Cirurgias, unidade pertencente ao governo do Estado, 32 leitos clínicos MinistÊrio da Saúde, por meio da Portaria 480; e R$ 7.267.994,63 definidos na Portaria 774, do MinistÊrio da Saúde. Os recursos estaduais para Dourados foram indicados pelos deputados Antonio Vaz (R$ 50 mil); Marçal Filho (R$ 260 mil); Neno Razuk (R$ 230 mil); Renato Câmara (40.000,00); e Barbosinha (R$ 250 mil). AlÊm das transferências financeiras, o governo do Estado, por meio da SES tambÊm passou para a Prefeitura de Dourados equipamentos e insumos para o combate à pandemia 653 frascos de ålcool em gel, 9.340 luvas, 700 aventais, 2.200 måscaras, 6.500 toucas e 8.712 litros de ålcool (líquido). O Hospital da Vida e o Hospital Universitårio da UGD receberam, cada, 12 mil luvas, 10 mil måscaras,

Leitos instalados no Hospital Regional de Cirurgias da Grande Dourados

SecretĂĄrio de SaĂşde do MS Geraldo Resende

600 litros de ĂĄlcool e 200 sapatilhas. “O governador Reinaldo Azambuja nos deu todas as condiçþes para realizarmos um trabalho em parceria com os 79 prefeitos e secretĂĄrios municipais de SaĂşde de Mato Grosso do Sul. Estamos unidos nessa guerra contra o coronavĂ­rusâ€?, salienta o secretĂĄrio estadual de SaĂşde Geraldo Resende. “E vamos continuar nos ajudando mutuamente, para que ao final sejamos vitoriososâ€?.

com oito leitos no Hospital UniversitĂĄrio e quatro no Hospital da MissĂŁo CaiuĂĄs. Em relação Ă s UTI’s adulto, foram disponibilizadas treze no Hospital UniversitĂĄrio, 20 no Hospital da Vida, dez no Hospital EvangĂŠlico e cinco no Hospital Santa Rita. As trĂŞs UTI’s pediĂĄtricas estĂŁo instaladas no Hospital UniversitĂĄrio. “Constantemente, estamos buscando alternativas para ampliar a oferta de leitos, tanto clĂ­nicos quanto de UTI para moradores de todas as regiĂľes do Estado, a fim de evitarmos a superlotação nos municĂ­pios maiores, como Campo Grandeâ€?, salienta o secretĂĄrio estadual de SaĂşde Geraldo Resende. “No entanto, essa situação confortĂĄvel nĂŁo significa que podemos relaxar nas medidas de prevenção e contenção, como ĂŠ o caso do isolamento social, a fim de evitarmos, o mĂĄximo possĂ­vel, as mortes pela Covid-19â€?, salienta o secretĂĄrio.

Leitos Por meio da SES, o governo do Estado tambÊm atua em conjunto com a Prefeitura de Dourados e estå custeando, por seis meses, leitos clínicos e de Unidade Terapia Intensiva (UTI’s) instalados em hospitais públicos e particulares, a fim de que o Município e região estejam preparados para eventual crescimento dos casos da Covid-19.

Na semana passada, por exemplo, foram ativados, no Hospital Regional de Cirurgias da Grande Dourados (HCGD), unidade pertencente ao governo do Estado, 32 leitos clínicos, reservados especialmente para futuros pacientes do coronavírus. Com essa providência, o município de Dourados passou a contar com um total de 171 leitos para a Covid-19, entre clínicos e cirúrgicos. Destes, 120 são leitos clínicos (108 para adultos e doze para crianças); e 51 são de UTI (48 adultos e três pediåtricos). AlÊm dos 32 leitos clínicos (adulto) estruturados no Hospital Regional de Cirurgias da Grande Dourados, os demais estão distribuídos da seguinte forma: dezesseis no Hospital da Missão EvangÊlica Caiuås; dez no Hospital EvangÊlico; dezenove no Hospital Universitårio da UFGD; 26 no Hospital da Vida; e cinco no Hospital Santa Rita. As crianças contam

LUCIANA NASSAR

Projeto de Marçal pede isenção de tarifa no transporte para proďŹ ssionais da saĂşde O Projeto de Lei anda serĂĄ apreciado pela CCJR antes de ser levado ao plenĂĄrio na Casa de Leis O deputado estadual Marçal Filho (PSDB) apresentou Projeto de Lei que pede isenção nas tarifas do transporte intermunicipal de passageiros por Ă´nibus para os trabalhadores da ĂĄrea de saĂşde de Mato Grosso do Sul. Conforme o projeto, ficam as empresas concessionĂĄrias de Ă´nibus que promovam o transporte intermunicipal de passageiros dentro do Estado, obrigadas a conceder isenção nas tarifas para os trabalhadores da ĂĄrea de saĂşde que comprovem essa condição por meio fĂ­sico ou eletrĂ´nico, no Estado. A gratuidade serĂĄ concedida enquanto perdurar a pandemia da Covid-19, para viagens

dentro desse perĂ­odo. O direito a isenção, no entanto, ĂŠ pessoal e intransferĂ­vel, sujeitando o profissional de saĂşde Ă s penalidades caso ocorra infração. JĂĄ a empresa que descumprir a Lei implicarĂĄ em advertĂŞncia, quando da primeira autuação da infração, seguido de multa, a partir da segunda autuação, entre 1.000 e 5.000 UFERMS (Unidade Fiscal de ReferĂŞncia de Mato Grosso do Sul). Marçal Filho justifica que, facilitar o deslocamento desses profissionais contribuirĂĄ de maneira significativa para atenuar os efeitos da grave crise no dia a dia. “A necessidade de dotar o sistema de saĂşde brasileiro de capacidade para prevenir, controlar e conter os danos Ă s pessoas e salvar vidas, dependem essencialmente dos profissionais da saĂşde para que se tenha ĂŞxitoâ€?, afirma o parlamentar.

COLONO - cumpadre, minha muiĂŠ deu de ir no sexy shopp toda tarde

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A ideia da proposta ĂŠ a de facilitar o GHVORFDPHQWR GRV SURÄ&#x;VVLRQDLV GD saĂşde, diz Marçal Filho Alguns estados do paĂ­s jĂĄ adotaram leis semelhantes, garantindo descontos ou isenção no transporte coletivo aos trabalhadores da linha de frente da saĂşde. Muitos destes profissionais encontram-se em situação de risco em razĂŁo da exposição e realizam jornadas exaustivas.


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O PROGRESSO Dourados, 18.5.2020

CLASSIFICADOS/ATOS OFICIAIS Poder Judiciário do Estado de Mato Grosso do Sul Comarca de Dourados 2ª Vara Cível

IMÓVEIS

EDITAL DE INTIMAÇÃO – CUMPRIMENTO DE SENTENÇA

TERRENOS

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CAMPO DOURADO 200M² Asfalto, quitado. Aceito troca. Valor: R$ 63.000,00 Tratar: 99971-5855 - Marcelo 86680

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Edital de Intimação de Melhor Imagem - Wagner Cesar Alves de Pinho ME Prazo: 30 dias. A Doutora Larissa Ditzel Cordeiro Amaral, Juíza de Direito da 2ª Vara Cível da Comarca de Dourados (MS), na forma da lei, etc. Faz saber aos que virem o presente edital ou dele tomarem conhecimento que perante este Juízo e Cartório da 2ª Vara Cível, situado na Av. Presidente Vargas, nº 210, Centro CEP 79804-030, Fone: (67) 3902-1750, Dourados-MS E-mail: dou-2vciv@tjms.jus.br, tramitam os autos de Cumprimento de Sentença, autuados sob o n° 0810924-70.2013.8.12.0002, que P. B. Lopes & Cia Ltda move contra Melhor Imagem - Wagner Cesar Alves de Pinho ME, nos quais foi deferida a expedição deste edital para intimar MELHOR IMAGEM - WAGNER CESAR ALVES DE PINHO ME, CNPJ 14.658.606/0001-23, que encontra(m)-se em lugar incerto e não sabido, para cumprimento da sentença, no prazo de 15 dias, que consiste na obrigação de efetuar o pagamento do débito no montante de R$ 69.576,80, 12/03/2019, sob pena de penhora em tantos bens quantos bastem para a garantia da dívida. Fica, ainda, advertido de que, não o fazendo, o débito ser acrescido de multa de 10% e de honorários de advogado de 10%, como determina o artigo 523, §1º, do CPC. Fica a parte executada advertida de que, transcorrido o prazo previsto no art. 523 sem o pagamento voluntário, inicia-se o prazo de 15 (quinze) dias para que, independentemente de penhora ou nova intimação, apresente, nos próprios autos, sua impugnação. E, para que ninguém alegue ignorância, será o presente edital publicado na forma da Lei (art. 257, II, do CPC). Dado e passado nesta cidade e Comarca de Dourados (MS), aos 10 de março de 2020. Eu, Gabriela Freo Faccin, Estagiário, digitei. Eu, Lígia Valente Soares Mendes, Escrivão/Chefe de Cartório, conferi e subscrevi.

SALA COMERCIAL Edifício June, 64m² Tratar: 98118-9892 whatsapp

Poder Judiciário do Estado de Mato Grosso do Sul

VEÍCULOS

Comarca de Dourados Segunda Vara Cível

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COROLLA 10/11

Prazo do edital: 30 dias

Prata, 2.0, Autis, automático, flex, revisado, pneus novos. Vendo ou troco por Hillux 2017 ou 2018 SRX. 99855-8779, Isaac

OPORTUNIDADES

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EDITAL DE CITAÇÃO – EXECUÇÃO

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Segunda a sábado, responsável por todos os afazeres domésticos do apartamento.Requisitos: Acima de 30 anos, experiência comprovada em car teira (mínimo 1 ano), com referêcias. Currículo para: recrutamentodomestica11@gmail.com. Dúvidas: 3420-0199

A Doutora Larissa Ditzel Cordeiro Amaral, Juiz(a) de Direito da 2ª Vara Cível da Comarca de Dourados, Estado de Mato Grosso do Sul. Faz saber ao Representante Legal de, PMG DISTRIBUIDORA PRODUTOS DE SEGURANÇA EIRELI ME, Pessoa Jurídica, CNPJ 07.857.926/0001-47; e PAULA CRISTINA BELON, Brasileira, CPF 221.340.198-59, RG 29780175-2; e ainda, MARCELO BUQUE ALVARENGA, Brasileiro, CPF 79.823-070, RG 27489482-8, o qual se encontra(m) em local incerto e não sabido que, neste Juízo de Direito, situado à Av. Presidente Vargas, nº 210, tramita a Ação Execução de Título Extrajudicial, sob nº 0803926-81.2016.8.12.0002, aforada por Intelbras S/A Industria de Telecomunicação Eletronica Brasileira, em desfavor de Pmg Distribuidora Produtos de Segurança Eireli Me. Assim, fica(m) o(s) Executado(s) CITADO(S) para pagar, dentro de 03 (três) dias (Art. 829 do CPC), o principal e cominações legais, mais honorários arbitrados pelo Juízo de 10%, sob pena de, não o fazendo, serem penhorados tantos bens seus quantos bastem para o pagamento do principal atualizado, dos juros, das custas e dos honorários advocatícios (art.831, caput, CPC), ficando ciente de que o prazo de embargos à execução é de 15 (quinze) dias. Para a hipótese de não oposição de embargos, os honorários advocatícios ficam fixados em 10% do débito original, ficando tal valor reduzido pela metade caso haja o pagamento integral da dívida no prazo de 03 (três) dias, nos termos do Art. 827, caput, e § 1º do CPC. Valor do débito: R$ 21.042,32 VINTE E UM MIL E QUARENTA E DOIS REAIS E TRINTA E DOIS CENTAVOS, data do cálculo: 28/04/2016. Tudo em conformidade com o despacho de fls. 203. E, para que chegue ao conhecimento de todos, partes e terceiros, Eu, Adilson Pereira de Souza Júnior, Voluntário, digitei. Eu, Lígia Valente Soares Mendes, Chefe de Cartório o conferi e subscrevi. Dourados(MS), 18 de outubro de 2019. Lígia Valente Soares Mendes Chefe de Cartório


Perícia psicológica Ê aliada em investigaçþes de abusos sexual 3*

Isolamento social dispara venda de produtos erĂłticos 3Âť*

DIA A DIA Dourados, 18.5.2020 O PROGRESSO DIVULGAĂ‡ĂƒO

CRIANÇAS DE 0 A 11 ANOS são as maiores vítimas de estupro infantil na quarentena

Especialistas alertam para riscos de aumento de casos apesar de diminuição nos registros policiais ValÊria Araújo No Dia Nacional de Combate ao Abuso Sexual de Crianças e adolescentes, dados da Polícia Civil de Dourados mostram que as crianças de 0 a 11 anos são as maiores vítimas de estupro de menores durante o isolamento social. Desde que teve início, em março, atÊ agora, o confinamento jå contabilizou 9 casos nessa faixa etåria contra 4 casos em adolescentes de 12 a 17 anos. Se comparado com o mesmo período do ano passado, hå uma queda nos registros. Foram 13 casos de vítimas de 0 a 11 anos e 09 atÊ os 17 anos. De janeiro atÊ agora foram 24 casos de estupros de menores contra 38 no mesmo período do ano passado. No total, 96 menores foram vítimas de estupro em 2019. De acordo com o delegado da Delegacia Regional de Dourados, Lupersio Degerone Lúcio, esse Ê

Desde que teve inĂ­cio, em março, atĂŠ agora, o FRQÄ&#x; QDPHQWR MĂ€ FRQWDELOL]RX FDVRV QHVVD IDL[D HWĂ€ULD um tipo de crime em que em 90% dos casos ĂŠ necessĂĄrio que haja a denĂşncia para que a PolĂ­cia Civil possa chegar ao agressor. Isso porque, segundo ele, na maioria dos casos o estupro contra a criança ocorre de forma escondida e geralmente o autor ĂŠ alguĂŠm prĂłximo da famĂ­lia. “O perigo mora ao lado da criança. Geralmente os autores sĂŁo padrastos, parentes consanguĂ­neos como tios, primos, ou vizinhos, amigos da famĂ­lia, pessoas prĂłximas. É muito difĂ­cil casos de estupro onde crianças sĂŁo abordadas por indivĂ­duos absolutamente estranhosâ€?, enfatiza. Em relação a queda no nĂşmero de registros, ele atribui ao fato de que com os pais em casa, situaçþes como estupro podem ser mais difĂ­ceis de acontecer. Apesar de considerar a hipĂłtese de que a quarentena ĂŠ um perĂ­odo em que a criança estĂĄ em casa e pode nĂŁo ter a chance de ser avaliada por seus comportamentos como ocorre mui-

tas vezes na escola, onde se chega ao agressor, o delegado considera que a presença materna pode ser um fator de proteção aos pequenos, que jĂĄ nĂŁo estĂŁo tĂŁo expostos como antes. Mesmo assim ele alerta para sinais que a criança vĂ­tima de abuso sexual apresenta. “As mĂŁes podem notar comportamentos de exclusĂŁo e medo excessivo. A criança pode se tornar arredia a uma pessoa, ou a oferecer resistĂŞncia a alguĂŠm. Esses podem ser alguns sinais. Diante deles ĂŠ preciso ter calma e conversar com a criança na tentativa de que ela possa dizer o que estĂĄ sentindoâ€?, orienta. Estupros: maioria ĂŠ dentro de casa Segundo dados do AnuĂĄrio Brasileiro de Segurança PĂşblica 2019, uma menina de atĂŠ 13 anos ĂŠ estuprada a cada 15 minutos no Brasil. Os crimes referentes a essa faixa etĂĄria representam 53% de todos os estupros cometidos no paĂ­s. E em 76%, o agressor ĂŠ conhecido da vĂ­tima: na maioria das vezes, sĂŁo pais e padrastos. “Como as crianças estĂŁo em casa e o abusador tambĂŠm, o risco aumenta absurdamente. Precisamos alertar os cuidadores sobre esse risco, que fiquem mais atentos Ă s crianças, principalmente Ă noite e de madrugada, pois eles tĂŞm o hĂĄbito de acessar as vĂ­timas enquanto todos estĂŁo dormindoâ€?, alertou ao portal UOL a mĂŠdica legista e sexĂłloga criminal Mariana da Silva Ferreira, especialista em violĂŞncia sexual em SĂŁo Paulo. Casos aumentarĂŁo, mas registros vĂŁo diminuir Durante a entrevista ao portal, Mariana previu que, com o isolamento, as denĂşncias formais, feitas em delegacias, de violĂŞncia contra a mulher tendem a diminuir e, com isso, reduzir ainda mais os nĂşmeros, que jĂĄ sĂŁo subnotificados. “A população pode achar que nĂŁo pode ir Ă delegacia, que nĂŁo terĂĄ atendimento. Na verdade, para essa modalidade de violĂŞncia, as delegacias atenderĂŁo normalmente durante a pandemiaâ€?, diz Mariana.

“O perigo mora ao lado da criança. Geralmente os autores sĂŁo padrastos, parentes consanguĂ­neos como tios, primos, ou vizinhos, amigos da famĂ­lia, pessoas prĂłximas. É muito difĂ­cil casos de estupro onde crianças sĂŁo abordadas por indivĂ­duos absolutamente estranhosâ€?. Lupersio Degerone LĂşcio (Delegado da Delegacia Regional de Dourados)

MAIO LARANJA Reforça alerta em MS, lĂ­der em casos de estupros LĂ­derando o ranking nacional de casos registrados de estupros de crianças H DGROHVFHQWHV 0DWR *URVVR GR 6XO FRQWD FRP D FDPSDQKD 0DLR /DUDQMD de combate ao abuso e exploração sexual e lançada no ano passado pelo JRYHUQDGRU 5HLQDOGR $]DPEXMD Ĺƒ2 TXH PDLV QRV DVVXVWD Ă’ TXH GRV abusos sĂŁo cometidos dentro do lar da vĂ­timaâ€?, disse. A intenção da campanha ĂŠ desenvolver durante o mĂŞs de maio atividades SDUD FRQVFLHQWL]DĂ?Ă‚R SUHYHQĂ?Ă‚R H RULHQWDĂ?Ă‚R VREUH DV IRUPDV GH DEXVRV FRQWUD FULDQĂ?DV H DGROHVFHQWHV 2V REMHWLYRV GD FDPSDQKD VĂ‚R GDU SXEOL FLGDGH SDUD TXH VH GHQXQFLH D YLROĂ“QFLD H RULHQWDU RV MRYHQV VREUH R TXH Ă’ abuso, como prevenir e denunciar este tipo de crime.

Saiba mais

Como e onde denunciar? Pelo telefone, as denĂşncias podem ser feitas pelos serviços Disque 100 e 190 (PolĂ­cia Militar). Em Dourados as delegacias estĂŁo atendendo normalmente. $ XQLGDGH HVSHFLDOL]DGD SDUD FDVRV TXH HQYROYHP FULDQĂ?DV GH DWĂ’ DQRV Ă’ D 'HOHJDFLD GD 0XOKHU ORFDOL]DGD QD 5XD 3URMHWDGD % 9LOD %HOD 2 WHOHIRQH H R KRUĂ€ULR GH IXQFLRQDPHQWR Ă’ GDV K ÂżV K 1RV FDVRV GH Ä DJUDQWH R GHQXQFLDQWH SRGH DFLRQDU D 3ULPHLUD 'HOHJDFLD 'H 3ROâFLD 'H 'RXUDGRV 'HSDF TXH DWHQGH WRGD D FLGDGH K 2 HQGHUHĂ?R GD XQLGDGH Ă’ 5XD &XLDEĂ€ Ĺ‹ &HQWUR 2 WHOHIRQH


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Dourados, 18.5.2020 O PROGRESSO

Dia a Dia

PerĂ­cia psicolĂłgica ĂŠ aliada em investigaçþes de abuso sexual A modalidade ĂŠ nova no Estado, vem sendo aplicada hĂĄ menos de 3 anos em Dourados DIVULGAĂ‡ĂƒO

Cristina Nunes* Especial para O Progresso Em Dourados, a perĂ­cia psicolĂłgica tem sido uma grande aliada na investigação dos casos de abuso sexual infanto-juvenil, principalmente quando nĂŁo hĂĄ evidĂŞncias fĂ­sicas do crime. A psicĂłloga Regina CĂŠlia de Souza Dias, que ĂŠ a Ăşnica Perita por formação em avaliação psicolĂłgica em Mato Grosso do Sul, atende na Delegacia da Mulher do municĂ­pio. A profissional pĂłs-graduada em Avaliação e Pericia PsicolĂłgica, explicou ao PROGRESSO que apĂłs o registro do boletim de OcorrĂŞncia, em casos de suspeitas de abuso sexual infanto-juvenil, sĂŁo agendadas sessĂľes a fim de realizar a perĂ­cia psicolĂłgica. Atualmente, as perĂ­cias psicolĂłgicas nos casos de abuso sexual tĂŞm ganhado espaço no contexto jurĂ­dico. Neste meio, este tipo de avaliação ĂŠ cada vez mais solicitada e pode ser considerada pela autoridade jurĂ­dica como um dos meios de prova da ocorrĂŞncia do crime em questĂŁo. “O objetivo ĂŠ oferecer atendimento especializado, assim como garante a Lei 13.431 de Abril de 2017, respeitando a Doutrina de Proteção Integral da criança e adolescente, nĂŁo apenas com a finalidade de produção de prova, mas pela preocupação da reestruturação, evitar a revitimização, orientação da importância do tratamento psicolĂłgico e acesso Ă s polĂ­ticas pĂşblicas pelas vĂ­timas e/ou seus familiaresâ€?, pontuou Regina. A perĂ­cia ĂŠ realizada com a vĂ­tima, iniciando-se com entrevista semi-estruturada/ anamnese (histĂłria clĂ­nica) com os pais, quando nĂŁo se trata de abuso sexual intrafamiliar. Em 2019, a policia Civil de Dourados registrou 96 casos de abuso sexual entre crianças e adolescentes. Com base nas experiĂŞncias dos casos que atende, a psicĂłloga relatou que na maioria das vezes, quem pratica o crime sĂŁo pessoas do convĂ­vio da vĂ­tima. “Os agressores que visam crianças precisam necessariamente da confiança das crianças e/ou adolescentes para se aproximarem e conseguirem mantĂŞ-las em silĂŞncio, seja por meio de ameaças veladas ou explĂ­citas, lembrando que essas ameaças normalmente envolvem pessoas queridas Ă s vĂ­timas, fazendo com que elas se calemâ€?, alertou Regina. Em relação Ă s mulheres adultas, a psicĂłloga explica que o perfil de agressores ĂŠ bem mais amplo, pois nĂŁo necessariamente utilizarĂŁo do vĂ­nculo de confiança para praticar o crime, que necessariamente envolve violĂŞncia fĂ­sica e/ou grave ameaça, ao contrĂĄrio das crianças e adolescentes que podem sofrer o crime de estupro de vulnerĂĄvel sem

TRATAMENTO É FUNDAMENTAL

Crianças vĂ­timas de abusos apresentam mudanças no comportamento a incidĂŞncia de violĂŞncia fĂ­sica e/ou grave ameaça. Alerta aos sinais De acordo com Regina, crianças e adolescentes vĂ­timas de abuso sexual podem apresentar comportamentos inadequados com brinquedos e objetos, isolamento, medos inexplicĂĄveis, ataques de raiva, mudanças nos hĂĄbitos alimentares, podendo regredir para um estĂĄgio anterior de desenvolvimento, no qual expressa sua necessidade de cuidado e carinho extras. Assim como apresentar pesadelos e distĂşrbios do sono, sentir-se insegura, fazer xixi na cama, vergonha, timidez, ansiedade, falta de confiança e iniciativa, inadequação, falta de espontaneidade e apresentar-se superdocil, como tambĂŠm supersensibilidade as necessidades e atitudes dos outros. “As crianças sĂŁo capazes de demonstrar aos pais e professores uma larga variedade de impactos, podendo conter significados especĂ­ficosâ€?, alertou Regina. Em relação ao inĂ­cio dos abusos, a psicĂłloga afirma que ĂŠ complicado apontar uma ou outra forma, em virtude da amplitude de possibilidades de praticar o abuso contra crianças e/ou adolescentes, uma vez que hĂĄ situaçþes em que elas podem nem entender que estĂŁo sendo vĂ­timas de crime de tamanha gravidade.

“Agressores que visam crianças precisam necessariamente da confiança das crianças e/ou adolescentes para se aproximarem e conseguirem mantĂŞ-las em silĂŞncio, lembrando que essas ameaças normalmente envolvem pessoas queridas Ă s vĂ­timasâ€? Regina CĂŠlia de Souza Dias (PsicĂłloga)

Regina destaca que o tratamento ĂŠ fundamental em qualquer situação de sofrimento, no entanto nĂŁo seria este a Ăşnica condição para que nĂŁo haja sequelas emocionais das vĂ­timas. “O abuso sexual provoca uma marca singular para cada indivĂ­duo, desta forma as consequĂŞncias tambĂŠm sĂŁo singulares. IrĂĄ depender muito do repertĂłrio simbĂłlico que cada um possui na elaboração do trauma, que pode ser bem-sucedida ou nĂŁo. Desta forma umas pessoas apesar da dor, conseguem impulsionar-se para a vida por meio da aceitação, de estabelecimento de vĂ­nculos saudĂĄveis que irĂŁo ajudĂĄ-las a retomar a vida no contexto geralâ€?, esclareceu a psicĂłloga. “Entretanto outras podem nĂŁo conseguir superar o trauma deixado pela violĂŞncia, podendo apresentar vĂĄrias consequĂŞncias. Dentre elas, podemos citar distĂşrbios da sexualidade, agravos da saĂşde mental, comprometimento emocional, insegurança, medo, baixa autoestiPD GLÄ&#x;FXOGDGHV HP HVWDEHOHFHU YLQFXOR HWFĹ„ Ä&#x;QDOL]RX 5HJLQD



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Dourados, 18.5.2020 O PROGRESSO

Dia a Dia

Ensaios Fotográficos ajudam casais a vencer a rotina da quarentena Com mais tempo em casa os apaixonados aproveitam para dar mais atenção ao relacionamento e para se redescobrirem Valéria Araújo É tempo do amor se reinventar. Juntos ou separados no isolamento social, casais buscam alternativas criativas para escapar da rotina do confinamento e manterem a sintonia. Nesse ponto, os ensaios fotográficos estão sendo grandes aliados para aumentar a auto-estima a dar aquele “up” na relação. Em Dourados a fotógrafa Isa Melo está fotografando casais na quarentena. Segundo ela, com mais tempo em casa os apaixonados agora podem se dedicar a momentos especiais juntos e guardar essas lembranças através da fotografia. “Antes da pandemia os clientes reclamavam muito da falta de tempo. Agora, a maioria dos clientes só trabalha meio período ou passam o tempo todo em casa no home office. As pessoas começaram a analisar que deixaram de fazer muitas coisas pessoais devido a correria dos tempos antes da pandemia e querem recuperar o tempo perdido, principalmente olhar para si mesmo. Isso também tem a ver com a autoestima, onde depois dos ensaios muitas clientes relatam que começaram a se ver de forma diferente. Os casais estão se redescobrindo”, relata. Segundo ela, o que para muitos têm sido um desafio para outros se tornou uma experiencia construtiva de vivencias ainda não experimentadas. “Tem

Com a aproximação do Dia dos Namorados houve XP DXPHQWR VLJQLğFDQWH QD SURFXUD SRU HQVDLRV sido uma experiência incrível fotografar os casais em suas casas ou até mesmo em algum local externo escolhido por eles. Se sentem entusiasmados e conseguindo viver momentos incríveis através da fotografia”. Isa conta que com a aproximação do Dia dos Namorados houve um aumento significante na procura por ensaios, sendo que para alguns casais essa será a primeira vez que farão uma sessão de fotos profissionais. Para ela é motivo de muita emoção. “Fico muito feliz em ver que através do meu trabalho posso ajudar as pessoas a serem mais felizes. Recentemente uma noiva me disse que ela de repente passou a ter tempo para ver o quanto ela e o noivo haviam crescido emocionalmente e que o fato dela realizar o ensaio na quarentena a fez perceber o quanto esses momentos são importantes e necessários. Ela disse ainda que ter um companheiro com ela nesse período a fez ver a importância de não deixar de fazer o ensaio para futuramente lembrar que venceram juntos essa etapa difícil na vida de todos”, conta. Isa também teve que se adaptar ao novo momento. Antes das sessões de fotografia, ela faz videoconferências com os clientes explicando a eles sobre as poses que podem fazer. Isso ajuda ela a evitar qualquer tipo de contato físico.

FOTOS: ISA MELO



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Dourados, 18.5.2020 O PROGRESSO

Dia a Dia

Isolamento social dispara venda de produtos erĂłticos em Dourados Quarentena une casais e os levam a buscar alternativas para “apimentarâ€? a relação. Paqueras virtuais entre os solteiros tambĂŠm ganham espaço para os mais carentes EDIĂ‡ĂƒO DO BRASIL

ValÊria Araújo Ao contrårio da baixa em vårios setores do comÊrcio, o isolamento social imposto pela pandemia do Covid-19 beneficiou o segmento de produtos de sexy shop. Em Dourados a vendedora Adriana da Silva estima que as vendas em sua loja virtual jå aumentaram 50%. Segundo ela, quarentena uniu casais e os levou a buscar alternativas para apimentar a relação. Entre as mulheres, os produtos mais vendidos são bolinhas aromåticas corporais e vibradores que estimulam o clitoris. Jå entre os homens, a maior procura Ê por lubrificantes, produtos que aumentam o tamanho do pênis, e próteses femininas. Entre os casais, produtos que estimulam a fantasia como separadores de braço e pernas são os mais procurados esse ano. Em relação aos preços são os mais variados. No caso das próteses variam de R$ 40 a R$ 100 sem vibrador e de R$ 60 a R$ 300 com o estímulo. Adriana acredita que o mercado de sexy shop estå em ascensão. Ela vendia kits de cosmÊticos para os cabelos e hå dois anos decidiu investir apenas no segmento erótico.

Lojas erĂłticas forami um tabu. Esse cenĂĄrio melhorou, mas ainda ĂŠ prezada a discrição da compra e sigilo do cliente Segundo ela, de lĂĄ para cĂĄ notou o aumento de profissionais fazendo o mesmo trabalho. “Eu faço anĂşncios na internet e vendo muito pelos aplicativos de mensagens. Notei que quando comecei havia poucas vendedoras. Hoje muita gente faz o mesmo. Se a pessoa se dedicar dĂĄ para viver apenas da renda que esse mercado proporcionaâ€?, destaca. Adriana diz que alĂŠm da venda, ela tambĂŠm faz as entregas, e os pagamentos ficam a gosto do cliente, ou seja, no cartĂŁo ou em dinheiro. Tudo ocorre de forma discreta. SĂł por telefone ela garante uma importante renda mensal que ajuda no sustento da casa. Quebrando tabu Por muito tempo, as lojas de brinquedos erĂłticos foram um tabu e ninguĂŠm queria ser visto entrando ali. Esse cenĂĄrio melhorou, mas ainda ĂŠ prezada a discrição da compra e sigilo do cliente. “Hoje as pessoas jĂĄ estĂŁo com a mente mais aberta. As pessoas sĂŁo curiosas e querem explorar novas possibilidades a dois. Querem ter mais intimidade e descobrir novas formas de prazer. Nesse isolamento, o casal fica muito tempo junto em casa e quer explorar mais a relação. Se estĂŁo juntos hĂĄ muito tempo,

O aquecimento desse nicho, no entanto, estĂĄ longe de ser um fenĂ´meno exclusivamente brasileiro querem uma coisa diferente, nem que seja uma bolinha “lubrificante femininoâ€?. JĂĄ ĂŠ algo que tira a rotina da relaçãoâ€?, conta a vendedora. Crescimento mundial Uma estimativa da Associação Brasileira das Empresas do Mercado ErĂłtico e Sensual (Abeme), prevĂŞ que o comĂŠrcio de vibradores e brinquedos do gĂŞnero poderĂĄ crescer atĂŠ 12% devido ao isolamento social. O aquecimento desse nicho, no entanto, estĂĄ longe de ser um fenĂ´meno exclusivamente brasileiro. Com medidas de restrição mais severas na Europa, grandes companhias do setor, como a marca de vibradores sueca Lelo, passaram a dar descontos de atĂŠ 25% em uma peça publicitĂĄria que incentiva os consumidores a nĂŁo sair de casa. Na Dinamarca, a venda de brinquedos sexuais dobrou depois da quarentena. Apenas na primeira semana de abril, a Sinful, maior comerciante nĂłrdica de produtos erĂłticos, registrou um boom de 110% nas vendas. Nos Estados Unidos, a marca de sex shop Bellesa anunciou a doação de milhares de vibradores como forma de incentivar as mulheres americanas a ficar em casa.

Saiba mais

Paquera virtual Segundo a pesquisa do Inner Circle, divulgada na Revista Exame, embora os encontros fĂ­sicos tenham diminuĂ­do expressivamente entre os brasileiros, por aqui, a maior parte dos solteiros continua utilizando os aplicativos de paquera. 80% dos entrevistados afirmaram que trocam mensagens com alguĂŠm e que esperam encontrar a pessoa pessoalmente depois da pandemia. JĂĄ no Reino Unido, 33% disseram que os encontros nĂŁo sĂŁo prioridade e 20% veem a paquera virtual coPR DOJR GHVDÄ&#x; DGRU 3RU DTXL DV mensagens de texto continuam sendo o meio de paquera mais utilizado entre os solteiros, seja pelo chat dos prĂłprios aplicativos de relacionamento (65%) ou pelo WhatsApp (56%). Chamadas de vĂ­deo tambĂŠm chamam a atenção, com 44% de adesĂŁo, Ă frente de ligaçþes telefĂ´nicas, com 30%. Os usuĂĄrios do Centro-Oeste, por exemplo, sĂŁo os que mais realizam chamadas de vĂ­deo (54%).


AFLAMS, uma instituição construindo história 3»*

Pazear é preciso. Coralizar é essencial! 3»*

CADERNO B Dourados, 18.5.2020 O PROGRESSO DIVULGAÇÃO

1º aniversário da AFLAMS Uma instituição como suas congêneres no Brasil, congrega mulheres nas áreas das Letras, das Artes e das Ações Sociais Therezinha de Alencar Selem* *1ª Vice-pres. e Cadeira Nº 15 DA AFLAMS Com nitidez rememoro o belo evento de Instalação da AFLAMS Academia Feminina de Letras e Artes de Mato Grosso do Sul e Posse das acadêmicas, realizadas no dia 30 de abril de 2019, no Plenário “Deputado Júlio Maia”, Assembleia Legislativa MS, no Palácio Guaicurus. Éramos 40 Mulheres, engalanadas, movidas à emoção, num Ato primoroso e valorizado por inúmeras outras academias do nosso país e pelo poeta, ficcionista, tradutor e crítico literário Carlos Nejar, Ilustre representante da Academia Brasileira de Letras e autor do Hino da AFLAMS.

Éramos 40 Mulheres, engalanadas, movidas à emoção, num Ato primoroso e valorizado Prestigiado por mais de 300 pessoas, foi, sem dúvida, um Marco em nossa cidade para evento desta natureza. A AFLAMS, uma instituição como suas congêneres no Brasil, congrega mulheres atuantes nas áreas das Letras, das Artes e das Ações Sociais, tendo em mira o Bem Comum, no mundo em que habitam. Pelas regras que a conduzem, cabe, as suas 40 fundadoras o privilégio da Imortalidade, pois passam a nominar ad eternum, suas próprias “cadeiras” de tal forma que as futuras ocupantes, obrigatoriamente, manterão seus nomes. A partir deste momento, para preencher as vacâncias da Academia será necessário, da postulante, avaliação

de currículo e defesa de suas propostas. As imortais da AFLAMS foram escolhidas por suas representatividades em suas áreas de atuação praticadas nas localidades em Mato Grosso do Sul, onde residem. Nossa academia é regida por normas estatutárias e regimentais com uma diretoria eleita por seus pares, reuniões mensais ordinárias e a qualquer tempo, de forma extraordinária, com limites específicos de faltas, regras claras de procedimentos, participação de comissões e grupos de trabalho, a partir de seus campos de atuação social ou de trabalho propriamente ditos. São pautas de reuniões: definições de projetos, eventos, ações da própria AFLAMS e também de seus grupos de ação na comunidade, que podem ser chanceladas pela Instituição. Admite-se como naturais, parcerias com o poder público e ou privado, desde que, necessariamente, tenham cunho Sócio Cultural, Sócio Educativo ou de Assistência ou Segurança Social. Para 2020, foram constituídos os Núcleos de Literatura, de Artes, Social e Jurídico, com responsáveis designadas para suas coordenações, de tal forma que se possa acolher os projetos, atos e eventos da própria Academia. É Horizonte da AFLAMS praticar cada vez mais ações produtivas, de forma a contribuir efetivamente em nosso estado, em suas múltiplas vertentes sociais visando a Paz, o Desenvolvimento e a Justiça Social. Para 2020, de forma incansável, nossa Presidente a Advogada, poeta, escritora e Embaixadora da Paz no Brasil, Delasnieve Miranda Daspet de Souza, num processo agregador foi conduzindo os diversos grupos para iniciarmos o ano, com um excelente Plano de Ação, aprovado em nossa 1ª reunião, em 15 de fevereiro.

Mas por razões de segurança de saúde, entramos na “quarentena” mundial, motivada pelo Covid 19, sem data específica para retorno. Desejamos que esta fase passe logo, para que se possa recuperar nossas rotinas, concluindo projetos e metas na esperança de que este espaço de tempo nos tenha tornado melhores em amplos sentidos, para o nosso Bem e do pró-

ximo. Somos gratíssimas a Deus pela oportunidade de nos ter colocado em nossos caminhos, Delasnieve, que sonhou sozinha um sonho arrojado e nos incentivou a participar ativamente dele, para que se tenha um mundo mais bonito e iluminado, através de nossas ações conjuntas e irmanadas. Vida Longa a nossa Academia!

ACADÊMICAS 01 - Delasnieve Miranda Daspet de Souza

21 - Mirian Eiko Suzuki

02 - Maria Helena Sarti

22 - Neyla Ferreira Mendes

03 - Aida Machado Domingos

23 - Kênia Magalhães Braga

04 - Maria Teresa de Mendonça Casadei

24 - Luciana M.P.N. Rondon Carvalho

05 - Blanche Maria Torres

25 - Daniela de Cássia Duarte

06 - Rosangela Villa da Silva

26 - Ledir Marques Pedrosa

07 - Rosemari Gindri

27 - Sonia Cristina de Albuquerque Narciso

08 - Edineide Dias de Oliveira

28 - Angela Cristina Colognesi dos Reis

09 - Marlei Sigrist

29 - Sonia Maria Ruas Rolon

10 - Marilena da Silva Grolli

30 - Marta Martins de Albuquerque

11 - Ana Lúcia Iara Gaborim Moreira

31 - Cilene Alves Ferreira de Queiróz

12 - Silvia Regina Ferreira Tavares Farina

32 - Helita Barbosa Serejo Lemos Fontão

13 - Lúcia Monte Serrat Alves Bueno

33 - Severina da Silva

14 - Aurineide Alencar de Freitas Oliveira

34 - Lais Doria Passos Monteiro de Barros

15 - Therezinha de Alencar Selem

35 - Lucimara de Olivera Calvis

16 - Viviane Machado de Melo Vazes

36 - Ana Aparecida Arguelho de Souza

17 - Yrama Barbosa de Barros

37 - Érika de Oliveira Rando de Oliveira

18 - Maria José de Jesus Alves Cordeiro

38 - Maria Caroline B. C. Trindade Nantes

19 - Martha Ribeiro Brum

39 - Eudirce Isabel dos Reis Fiorese

20 - Valmira Garcia de Oliveira

40 - Ilva Maria Xavier Canale


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Dourados, 18.5.2020 O PROGRESSO

Caderno B

Hino da Academia Feminina de Letras e Artes de Mato Grosso do Sul Letra de CARLOS NEJAR@ Liberdade, se te acendes , Teu nome se abrasa em nós. Cuidas bem : a mesma sede Se mede na nossa voz. O que somos não se rende, Nem a luz no amor despreza. Liberdade já não pesas Quando o dia não se vende. Somos todas, a promessa, Todas unidas no invento. Todas em igual vereda, Caminhamos sob o vento. O que sobrevive cedo, Pelo saber fulgura Todas voamos na altura, Que plantamos como cedro. E o amor à terra arde, Esta terra que nos leva, Que nos ama e nos eleva. Pulsa em coração, a tarde!

Hino da AFLAMS Texto: Carlos Nejar Melodia: Ana Lúcia Gaborim / Edineide Dias Piano: Mirian Suzuki

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Bate a luz, mastiga a treva! Terra, somos tua seiva. Como nas sombras, a tocha, Abre um, sonho em cada senda.

¡¡ ¡ ¡ ¡ ¡ ¡ Í¡ ¡Í¡ ¨ ¡¡Í ¡ Í¡¡¡ N ¡¡Í¡ ¡¡Í¡ ¡Í¡ ¡Í¡ N ¡Í¡ ¡Í¡ Å N

E a Academia se forja Lúcida, plena, severa. De artes , letras, quimeras. O que o futuro suporta.

¡¡Í¡ ¡¡Í¡ Í¡¡¡ ¡¡Í¡ ¡¡Í¡ N ¡Í¡ ¡Í¡ ¨ ¡¡ ¡¡ N ¡Í¡ ©¢¢ ¨ ¡Í Í¡¡ N Å ¡¡Í¡ ©¢ ©¢ ¡Í¡¡ ¡¡Í¡ ¡¡ ¨ ¢©¢ ©¢¢ ¢ Í ¡ ¡ Í ¡ ¡ ¢¢ ¢¢ ¡Í ¡ Í¡¡ N Í¡ N ¢ ¢ N ra - mos de_es-tar-mos vi - vas Li - ber - da - de se te_a-

Liberdade, onde estamos, Se apenas em ti se deita O tempo que despertamos E o desejo que se estreita

¡¡ ¡¡ ¡ ¡ ¡¡¡ ¡¡ ¡¡ ¡¡ © ¢ ¨ © Ñ ¡Í ¡Í ¡ ¢ ¢ Í ¡ ¡ ¢ Í ¡ Í Í ¡ Í ¡ ¢ ¢ ¡ Í¡ ¡¡¡Í Í¡¡¡ ¡¡ ¡¡ » ¢ ©¢ ©¢ ¡ ¡ ¡¡ N ¢ N ¢ N ¢ © © ¨ © ¢ ¢ ¡ ¡ Í Í Í ¡ ¡ ¡ ¢ cen - des Teu no - me se_a-bra-sa_em nós Cui - das N ¢¢ ¢¢ N ¢ Í¡ Í¡ G ¢¢ ¢¢ N

Na força que existe e somos. Criamos o que nos liga, Criamos com sol nos ramos E os ramos de estarmos vivas.

¡¡ ¡¡LÍ ¡¡ ¡¡ ¡¡Í ¡¡Í¡ ¡¡ ¡¡ ¨ ¡¡ ¡¡ ¡ ¡ ¡ ©¢¢ ¡¡Í¡ ¡¡Í¡ ¨ ¡¡Í¡ » © ¢ Ñ ¡ ¢ ¨ ¡ ¡ ¡ ¡ ¡ ¡ G ¢ ¢ N N ¡ Í¡ LÍ¡ ¡ N ¡Í ¡Í N Í¡ Í¡¡ Í¡¡ ¡Í¡ N ¡Í¡ ¡Í¡ ¡Í ¡ Í¡ Í¡ Í¡¡ N bem a mes- ma se - de se me - de na nos - sa

Liberdade, se te acendes , Teu nome se abrasa em nós. Cuidas bem : a mesma sede Se mede na nossa voz.

¡¡ ¡¡ ¡ ¡¡ ¡¡ ¡ ¡ ¡ ¡ ¡¡ ¡¡ Í¡¡¡ » ¡ Í ¨ © Í ¡ Å ¡ ¡ ¢ ¡ ¡ ¡ Í ¡ ¡Í ¡Í N ¢¢ N Í¡ Í¡ N Í¡ Í¡ Ñ¡ ¡Ñ¡ ­

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que plan- ta - mos

co - mo

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li - ga

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ter - ra

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luz,

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que nos

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ter - ra

le - va

Pul -sa_em co - ra- ção,

mas- ti -ga_a tre - va

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Dourados, 18.5.2020 O PROGRESSO

Caderno B

AFLAMS, somos!

AFLAMS Hoje e sempre

Erika Rando Arctan* Cadeira 37*

Um ano faz neste dia Esta academia feminina, Quarenta mulheres criativas Que a princípio nem se imagina, Surpreendendo a todos Na ciência, literatura e arte divina.

Compartilhar este primeiro ano Onde o pano de fundo foi a resistência, Mesmo que velada, por conceitos, conhecimentos. E o brilho que cada estrela porta, foi um grande desafio. Resistimos a este primeiro impacto, onde de fato, Mostramos nossa força e nosso conhecimento no impactar de ideias. Conhecemos a intensidade de cada estrela, E a única certeza , é que esta constelação, doravante se fará mais forte, Ao interagir, com as diferentes formas de agir. Nunca seremos iguais, pois o importante é divergir, Dentro de um conteúdo construtivo e evolutivo. Sem nunca ofuscar o brilho da outra, e sim garantir, O direito de suprir os desafios, pela somatória do conhecimento Que cada estrela detêm, para superar com inteligência, Atuando na frequência universal do contribuir. Sem jamais destruir uma ideia sequer, Pois somos MULHER. Somos a coluna de sabedoria que sustenta a sociedade, Somos mães, somos avós, Somos a voz que a cultura e a arte clama em toda parte. Somos nós que hasteamos a bandeira da paz Com inteligência, perspicácia e determinação. Tendo sempre uma estrela para nos dar a mão, Pois ela brilha divinamente para iluminar Cada atitude e intenção. Neste desafio que assumimos. Todas juntas em juramento de união.

Maria José J. A. Cordeiro (Maju) - Cadeira 18

Da criação ao sucesso Foram muitas as batalhas, Risos, choros e a perda De Ada confreira amada, Porém, seguimos confiantes Todas na mesma estrada. O futuro a Deus pertence, E AFLAMS se agiganta, Mostrando a força feminina De quem colhe o que planta, Em nosso Estado e neste universo, Mulher não é frágil ou se amedronta. Dos sonhos, sons e cores, Sentimentos e palavras, Nascem obras e conhecimentos Destas mulheres empoderadas, Que deixarão na história, Seus nomes e vidas marcadas.

Presidente a Advogada, poeta, escritora e Embaixadora da Paz no Brasil, Delasnieve Miranda Daspet de Souza

AFLAMS uma instituição construindo história Ana Arguelho* *Cadeira 36 Entrando no mês de abril, estamos comemorando o primeiro aniversário da AFLAMS – Academia Feminina de Letras e Artes do Mato Grosso do Sul, e este é um texto de louvação a esta jovem e promissora instituição, a qual tenho a honra de pertencer. Ao convite da poeta Delasnieve Daspet fiquei muito inclinada a dizer não, porque entendia que não sendo escritora, não poderia pertencer a uma agremiação dessa natureza, embora o fato de ser uma academia composta de mulheres me parecesse um desafio irrecusável. Não no sentido de um feminismo tosco e imaturo, mas como uma forma de mostrar a mim mesma, a nós mulheres e à sociedade, de são capazes

mulheres quando se juntam e decidem fazer alguma coisa. E que, juntas poderemos contribuir melhor para combater o feminicídio, o assédio e toda sorte de violências que marca a passagem da mulher pela história da humanidade. Acabei aceitando o convite quando entendi que a concepção da AFLAMS era alargada o suficiente para abrigar uma pessoa como eu, que não sou escritora, mas lidei com a literatura durante toda a minha vida. Assim, louvo a AFLAMS por esta marca singular de se constituir um espaço aberto onde cabe, não só a literatura mas também a teoria e a crítica literária, e de onde parte uma extensa programação de cursos, palestras, painéis e toda sorte de atividades que vem corroborar com a ampliação da cultura em um tempo onde esta anda tão vilipendiada. E mais, uma Academia que abriga a arte em todas as suas modalidades e, ainda, traz um adendo, quando

considera como tarefa importante estar com os olhos, as mãos e o coração voltado para o social. Penso que, num momento da história, como este, em que todos os valores estão sendo revolvidos e enterrados, eles devem servir de adubo para que floresça um novo jeito de pensar as questões humanas. A AFLAMS embarca nesse esforço e nessa tentativa: oferecer à sociedade, não só a literatura e a arte criativas, mas toda a cultura literária e artística que as envolve. E nesse sentido, nossa tarefa tem sido grande e forte já neste primeiro ano de existência. Por meio de cursos, palestras, seminários, rodas de conversa, publicações em revistas, jornais e livros e, por meio da mídia televisiva e redes sociais, temos buscado trazer para o público mais do que entretenimento, uma cultura literária sólida e mplo horizonte. Por isso, o Abril Despedaçado, magnífico filme de Walter Salles,

é o contraponto perfeito para a utopia da AFLAMS: reconstituir abril, mês do seu aniversário, costurando os pedaços por meio de outras artes, a literatura, a pintura, o teatro e a dança. Sem esquecer do folclore, a AFLAMS está reconstituindo a memória afetiva de um de nossos mitos mais importantes: o Saci Pererê. E assim, prosseguirá, resgatando nossos mitos, nossa memória, nossa história. Assim é, que saúdo e louvo esta nossa instituição, que encontrou em Mato Grosso do Sul um fecundo espaço de atuação e desenvolvimento do trabalho artístico e literário. E desejo que sejamos humildes para nos aperfeiçoarmos, fortes para carregarmos nos ombros a responsabilidade de contribuir para que a cultura artística e literária encontre eco no coração dos sul-mato-grossenses e capacidade de estender nosso trabalho para além das fronteiras deste Estado. Salve a AFLAMS

AFLAMS, um ano, o primeiro de muitos Marlei Sigrist* *Cadeira n.9 Em 30 de abril de 2020, comemora-se o primeiro ano de instalação da Academia Feminina de Letras e Artes de Mato Grosso do Sul – AFLAMS, ocorrida no Plenário Júlio Maia da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul no ano anterior. Uma organização de caráter literário, científico, artístico e filosófico, abrigando, portanto, escritoras, poetas, contistas, cientistas, musicistas e artistas. Estamos apenas no começo de uma trajetória que permanecerá por muitas décadas e temos a certeza do compromisso de alimentar idéias e ideais por meio de textos escritos, verbais, visuais, sonoros, dando-lhes sentido, sem deixar de anunciar as inquietações sociais que

nos cercam. No passado, Joaquim Nabuco anunciava em seu discurso proferido na Academia Brasileira de Letras: “Academia nova é como uma religião sem mistérios: falta-lhe solenidade” e completava depois: “a nossa principal função não poderá ser preenchida senão muito tempo depois de nós, na terceira ou quarta dinastia dos nossos sucessores.” Sim, ele tinha razão, sua afirmação cabe a todas as Academias iniciantes; bem sabemos do poder do tempo que tudo transforma, ajusta e amadurece. Daqui a cinqüenta anos teremos muita história para contar e produção para ser lembrada pela sociedade sul-mato-grossense, firmando a contribuição dessa importante entidade. Fui testemunha da criação da AFLAMS, em janeiro de 2008, por conviver

com sua criadora, a ilustre confreira e amiga pessoal Delasnieve Miranda Daspet de Souza, participando da primeira diretoria da entidade. Os anos se passaram até surgir o momento propício para a seleção das acadêmicas, organização do grupo e dos aparatos necessários à instalação da AFLAMS. Quero deixar registrado que a concretização da Academia e a projeção de seu crescimento e consolidação para muito breve deve-se, em grande parte, à condução da nossa Presidente Delasnieve e seu apoio irrestrito à confraria. Enquanto isso, as acadêmicas seguem com suas produções independentes em várias frentes culturais e sociais, em que suas obras constroem uma aproximação lenta e segura entre elas. Aqui, é possível lembrar da fala de Miguel Osório de Almeida, em seu discurso de posse na

ABL, em 1935: “Verdadeiros acadêmicos são aqueles que, ciosos de sua independência, das características de suas mentalidades, sem atritos e sem esforço, se adaptam a essas normas superiores, ainda não expressamente formuladas, finas e delicadas por serem eternamente polidas e repolidas, invisíveis quase, de tão tênues, mas que se sentem e a pouco e pouco enleiam e prendem.” Portanto, temos caminhos a trilhar e, mais que isso, a indicar. Usaremos do precioso instrumento que é a palavra, que ensina, encanta, fantasia, propicia deleite e prazer; ou das notas musicais, dos pincéis e grafites, dos movimentos da dança e da delícia do folclore para tornarmos o mundo melhor. Porque ser escritor, compositor e artista é ser alguém compromissado com a humanidade.


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Caderno B

Como Tudo Começou A mor traz e Maria Helena Sarti* *Cadeira nº.02 Secretária Delasnieve Daspet convidou –me e a miga(saudosa) Ainda Domingos para um café. Era 19 de janeiro de 2008. Entre um café e outro DD (como carinhosamente a chamamos) os convida para fundar uma academia feminina de letras. Acatamos na hora. DD iria providenciar os tramites legais. Em 04 de janeiro de 2009 houve uma ratificação. Na época foram convidadas outras escritoras e poetas, mas que não se apresentaram quando foram chamadas por edital. Em 05 de abril de 2013 foi registrada no Cartório de Ofício e Documentos. No período de 2013 a 2018 a AFLAMS ficou em seu cantinho com presença apenas das fundadoras Delasnieve Daspet, Ainda Domingos e Maria Helena Sarti. Em 15 de agosto de 2018 foi trazida à tona essa academia que chegou para ficar nos anais da história sul-ma-

“Sem sacrifício e trabalho duro nada se consegue. Dedicação, empenho e paixão! Assim completamos um ano de triunfante existência! Parabéns AFLAMS”! Sonia Cristina de Albuquerque (Cadeira 27)

to-grossense. E, como já nasceu grande está ultrapassando fronteiras. Em 30 de abril de 2019, tomamos posse: quarenta grandes mulheres com a mão erguida prometendo cumprir com fidelidade e zelo, os deveres descritos no Estatuto. Iremos fazer um ano de vida em 30 de abril de 2020. Belos trabalhos, excelentes mostras de cultura e literalidade, competências em profusão, enfim àquilo que foi proposto lá em 2008 está provado. Somos mulheres, cada uma com sua proposta formando um só pensamento: “AMOR, VINCIT OMNIA” Sou poeta, escritora, Outras vezes mulher comum Uma ou mais vezes secretária. A amizade que nos une Flameja entre risadas Liberdade em palavras faladas Alimentadas por perfumes Muito doce dessas mulheres Sábias, belas, em seus costumes

“A criação da AFLAMS, em 2019, entidade que congrega 40 mulheres que se destacam nas mais diversas áreas culturais, foi um marco para a sociedade Sul-mato-grossense e oportunizou maior visibilidade à produção artística e literária local. Vida longa e produtiva à Academia!” Rosemari Gindri (Cadeira 7)

F az L eveza pra A lma de M ulheres S ábias

Mara Calvis (Cadeira 35) Em alusão aos primeiros 365 dias da posse de 40 membros da ACADEMIA FEMININA DE LETRAS E ARTES DE MATO GROSSO DO SUL- AFLAMS, escrevo meus sentimentos. A literatura, música, artes, pesquisas e artesanatos de MATO GROSSO DO SUL se fortalece em 30 de abril de 2019. Por meio de um sonho e dedicação diuturna, Delasnieve Daspet concretiza a formalização de uma academia de letras e artes com 40 mulheres de saberes ímpares e exemplos em suas habilidades e competências. Nascem estrelas que com seus brilhos próprios serão patronas de suas respectivas cadeiras. Eu, Lucimara De Oliveira Calvis, conhecida por Mara Calvis, ocupo a cadeira 35 e represento a LITERATURA infantojuvenil. Escrevo poemas e contos poéticos em complemento aos sentimentos fraternos que desejo emanar para este mundo. A cada uma de minhas 21 de literatura infantojuvenil e as 8 coletâneas de poemas publicados, desejo deixar sementes positivas e do bem. Parabenizo à todas acadêmicas, por seus trabalhos e à AFLAMS, que nasceu para deixar seu legado literário e de artes para MATO GROSSO DO SUL- MS. PARABÉNS AFLAMS Primeiro ano de VIDA Robusta e sólida Deixarás marcas eternas De trabalho e produções De mulheres modernas!

“Tudo pronto. Tudo organizado para a comemoração de 1 ano, e aí? Aí veio a quarentena, o isolamento social... E cá estamos, comemorando de uma maneira como nunca imaginaríamos. Cada uma recolhida e procurando sempre melhorar espiritualmente... pois é momento de reflexão e de aproximação dos de dentro de casa... A festa? Fica para daqui a pouco!!!! Parabéns AFLAMS!!!!” Yrama Barbosa (Cadeira 17)


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Caderno B

Pazear é preciso. Coralizar é essencial! Ana Lúcia Gaborim* *Cadeira nº11 A Academia Feminina de Letras e Artes de Mato Grosso do Sul congrega 40 mulheres - artistas, literatas, poetas, musicistas, educadoras, líderes e empreendedoras - que atuam em diferentes segmentos, projetos e instituições, cada qual com seus princípios e valores. Mas se procurássemos definir algo que nos une acima de nossas particularidades e especificidades, seria a busca pela PAZ, ou seja, o pazear. Nossas ações, enquanto acadêmicas, têm girado em torno dessa tônica. Em um mundo tão conturbado, criar e desenvolver ações que promovam a paz é algo desafiador, mas ao mesmo tempo motivador para todas nós. E pazear é preciso, porque o tempo é de incertezas, ansiedade, introspecção e resiliência; tempo de dúvidas, nos qual é preciso ter paz interior para administrar a própria rotina e as próprias emoções. E mais do que nunca é preciso que tenhamos paz coletiva, para mantermos relacionamentos saudáveis e harmônicos com outras pessoas à nossa volta, e também com o ambiente em que vivemos. Nas últimas semanas, o pazear tornou-se uma demanda ainda mais urgente em nossa sociedade, forçadaao isolamento. Precisamos nos reinventar, procurar novas maneiras de agir, sair de nossa zona de conforto, lidar com novas tecnologias e novas formas de comunicação – algo que nos foi imposto, abruptamente, pela pandemia chamada “COVID-19”. No tocante à minha área de atu-

ação específica, que é a prática coral, mais do que nunca percebemos a necessidade de estarmos com os outros, em um mesmo tempo-espaço. Sentimos falta de realizar uma atividade com objetivos comuns, que são o cantar e o fazer música, sendo conduzidos em uma mesma direção – a regência. Para os amadores e adeptos do canto coral, neste tempo em que somos privados dessa prática somos levados a sentir e pensar como o coro pode ser algo tão prazeroso e importante para nossas vidas, e de modo geral, para o ser humano. O coro passa a fazer parte de nossa rotina, de nossos planos, de nossas expectativas. “Ser coralista” passa a ser algo que particularmente nos define. Então, por que o canto coral não é uma prática para todos, no Brasil - embora haja uma vasta quantidade de coros em diversos contextos, e muitos deles oferecidos gratuitamente? Esta é uma questão que quero instigar, sem oferecer sequer uma única resposta – porque existem múltiplos fatores históricos, políticos e culturais que incidem sobre esta questão - e sobre os quais eu poderia escrever muitas páginas. Porém, prefiro estimular reflexões a este respeito. A mim, cabe discorrer sobre os benefícios desta prática que já perdura por mais de mil anos e por todo o mundo. Primeiramente, lembremo-nos que o ato de cantar é uma manifestação natural do ser humano, uma forma de expressão que transcende a fala, e que com o devido aprimoramento se torna uma prática artística. Ouvimos desde cedo que “quem canta, seus males espanta”. Isso, porque cantar é uma forma de colocar “para fora” os sentimentos

pessoais, utilizando o seu próprio corpo como instrumento. O canto é, também, uma ferramenta de auto-conhecimento, pois nos leva à busca de uma postura apropriada, do controle respiratório e muscular; nos leva à busca constante pela “melhor” voz que se possa produzir; nos leva ao aperfeiçoamento da linguagem e da comunicação; nos leva à realização de uma prática artística, por meio da interpretação musical; e ainda, leva ao enfrentamento psicológico de estados de timidez, baixa auto-estima ou baixa auto-confiança – elementos esses, que as áreas da Saúde, Psicologia e Educação debatem constantemente, na busca de soluções e estratégias de trabalho... O segundo grupo de benefícios que podemos destacar se relaciona com a “descoberta” da voz individual e da voz coletiva: em um coro, o integrante “solta” a sua voz, à medida que percebe a sintonia entre os demais participantes. Há uma construção sonora conjunta, buscando a homogeneidade do som. Cada cantor é importante para a construção do som do grupo, com a orientação do(a) regente. Ou seja, “todos somos um” e juntos buscamos “fazer o nosso melhor”. O trabalho em equipe sob uma liderança eficaz é algo que se espera no mundo de trabalho contemporâneo, assim como a relação entre produtividade e padrão de qualidade; no entanto, já temos esse modelo construído há muito tempo, desde os primórdios do canto em conjunto... Um terceiro benefício – e que não se limita a ser o último - que podemos ressaltar é o ganho cultural que um coro pode oferecer, não só a quem participa dele, mas para

quem o assiste. Além de “viajarmos” por diferentes períodos da história e países diversos, aprendemos sobre costumes, crenças, tradições e valores que acompanham a própria evolução da humanidade. Ampliamos nosso conhecimento artístico-cultural conforme vamos construindo a nossa performance. Quem participa de um coro está sempre em movimento, e está em constante estímulo de suas funções cognitivas e afetivas. E indo ainda mais além: quem realiza uma apresentação pública estimula as suas funções psicossociais, pois reconhece que esse momento é a coroação de seu esforço, dedicação e empenho. É a oportunidade que temos de sermos reconhecidos como pessoas de valor, tanto por nossos próximos (amigos, parentes, conhecidos), quanto por pessoas que não conhecemos – mas que passam a fazer parte de nossa história (ao mesmo tempo em que passamos a fazer parte da história delas). Cada fase de construção da técnica vocal e cada fase de preparação - coletiva e individual – de um repertório coral é importante, pois faz parte de um processo contínuo de amadurecimento. E quem assiste a um coro, muito frequentemente se sensibiliza, se emociona, se encanta – obviamente, quando o trabalho coral é bem feito. Diante desses benefícios aqui expostos, não podemos afirmar então que coralizar é preciso? Obviamente, essa é uma ação “pós-coronavírus”, porque atualmente estamos proibidos de nos reunir, e as ferramentas “on-line” que temos disponíveis não suprem a lacuna de tempo-espaço a que fomos confinados. Assim, estamos diante da expectativa de uma sociedade transformada, de alguma forma, o que talvez não compreendamos ou vislumbremos agora. Com essa perspectiva, não poderíamos supor que muitas das doenças sociais que enfrentamos hoje – como a depressão e o estresse - poderiam ser minimizadas com a participação dos indivíduos em um coro, no futuro? Que poderíamos ser mais saudáveis, ao conhecer melhor o nosso corpo e o potencial artístico que há em nossas vozes – que precisam ser devidamente cuidadas? Que nossa sociedade poderia ser mais sensível e mais humana, se as pessoas vivenciassem uma prática coletiva em que se precisa “do outro”, e não depende exclusivamente do “eu”? Que poderíamos ter uma sociedade mais solidária, na medida em que visamos apresentar algo de bom para outras pessoas, sem visar exclusivamente o lucro financeiro? Que poderíamos viver em uma sociedade mais fraterna, mostrando que trabalhamos não somente para nós mesmos, mas também para aqueles que não têm o privilégio de estar ali conosco? Ora, o leitor que captou a mensagem deste texto já sabe a resposta... sim! Portanto, coralizar também é pazear! Deixo então aqui o convite para que o leitor venha a desfrutar da experiência de participar de um coro quando for possível, e que assim como eu, venha a divulgar os benefícios e maravilhas da arte coral – pois, parafraseando Olavo Bilac, “só quem canta pode ter ouvido capaz de ouvir e de entender coralistas”!


Dourados, 18.5.2020 O PROGRESSO

COLUNA DA ADILES Adiles do Amaral Torres adiles@progresso.com.br

DIA DO DEFENSOR PĂšBLICO

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A ENFERMEIRA Anjo bom, que em teu trabalho insano Diuturnamente velas o sofrido ser Aqueles que marcados pela dor Precisam de carinho, precisam de amor. 0DULD $UQDU 5LEHLUR

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PARABÉNS E FELICIDADES AOS

$R Ä&#x; P GR GLD YDL VRIULGD YĂ“ OR E por milagre ele melhorou DĂĄ-lhe um sorriso de inocĂŞncia puro Deus retribuiu-lhe, tudo jĂĄ passou. Abençoadas sejam as enfermeiras Que com amor se dedicam sempre forte c SURÄ&#x; VVĂ‚R WĂ‚R VDQWD H WĂ‚R QREUH 'H VXDYL]DU D GRU GH GHVDÄ&#x; DU D PRUWH

ANIVERSARIANTES

Adiles do Amaral Torres 10 de maio de 1981

12 DE MAIO - DIA DO ENFERMEIRO 1RVVD KRPHQDJHP D HVVHV SURÄ&#x; VVLRQDLV QD OLQKD GH IUHQWH QR FRPEDWH DR &RURQDYâUXV 6HJXQGD 4XDUWD

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