Edição de 3/agosto de 2020

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DOURADOS MS ANO 70 Nº 13.636

O PROGRESSO

3 de agosto de 2020

★★★★★

Dourados tem 670 vítimas de violência doméstica

CADERNO B Festival Mba’e Porã

Artistas doam 40 obras de arte para socorrer povos indígenas PÁG. B1

Agosto Lilás reforça a importância das denúncias já que na pandemia há aumento da violência nas casas, mas números não chegam até as delegacias. PÁG. D3

Pandemia derruba vendas e aumenta preço do combustível Dicas

Especialista ensina como organizar a casa em tempos de pandemia PÁG. B2

Empresas aprendem a driblar crise e manter segurança dos clientes PÁG. D3 Pandemia adia sonhos de atletas douradenses PÁG. D5

A disparada de casos de coronavírus continua desacelerando a venda de combustíveis em Dourados, incluindo o gás de cozinha, a exemplo de todo País. Para acentuar ainda mais a queda, entre 20% a 35%, a alta nos preços dos combustíveis, como a gasolina e etanol, exceto o óleo diesel, vem afastando ainda mais os consumidores. PÁG. D1

Partido com candidatura “laranja” para cumprir cota pode ter chapa cassada PÁG. A4

ACED

Concurso de fotografia terá R$ 6,5 mil em prêmios PÁG. D7

Prefeitura não pretende implantar Kit Covid em Dourados Na capital do Estado o protocolo já foi adotado, porém em Dourados não há sinalização positiva por parte das autoridades. PÁG. A3

DIVULGAÇÃO

Eleições

Destruídas após incêndio, casas de rezas são reerguidas em Dourados PÁG. D8

Justiça se adapta para manter processos de adoção durante a pandemia

Eduardo Floriano Almeida (Juiz da Vara da Infância e Juventude de Dourados) PÁG. D4


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Dourados, 3.8.2020 O PROGRESSO

Opinião EDITORIAL

Pandemia pode agravar trabalho escravo

D

ados do Ministério Público do Trabalho revelam dados alarmantes: a pandemia pode provocar o aumento do tráfico de pessoas transfronteiriço e o trabalho escravo. O motivo é o crescimento do desemprego e a ameaça de uma recessão global, o que torna as pessoas mais suscetíveis ao aliciamento. A informação é do Liberdade No AR, projeto do MPT de combate ao tráfico de seres humanos em aeroportos. Conforme o programa, de 2014 até julho deste ano, a instituição recebeu 1.496 denúncias de aliciamento e tráfico de trabalhadores no país, foram ajuizadas 159 ações relacionadas ao tema e firmados 374 termos de ajustamento de con-

duta. O assunto já motivou a realização de 2.358 audiências extrajudiciais e 358 diligências, no mesmo período, quando o MPT emitiu 25.501 despachos sobre o assunto, além de 22.680 notificações, ofícios e requisições. Segundo relatório do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), as restrições de viagens devido à Covid-19 não impedem o movimento de pessoas que fogem de conflitos, violações de direitos humanos, violência e condições de vida perigosas. O que ocorre é uma necessidade maior de con-

trabandistas para atravessar fronteiras, com rotas e condições mais arriscadas e a preços mais altos, expondo principalmente refugiados e migrantes a abusos e exploração. Dados do UNODC mostram que o tráfico de pessoas movimenta mais de 30 bilhões de dólares e explora cerca de 2,5 milhões de pessoas no mundo. O tráfico de pessoas é a terceira maior atividade ilegal do mundo, superada apenas pelo tráfico de drogas e armas. A OIT calcula que o crime gera um lucro anual de quase R$ 32 bilhões

de dólares, sendo que 71% das vítimas são mulheres: 51% maiores de 18 anos e 20% menores de 18. Desse percentual, aproximadamente 83% têm entre 18 e 29 anos, são pobres e com baixa escolaridade. Dentre as principais causas estão a ausência de oportunidades de trabalho, a discriminação de gênero, a emigração indocumentada (sem documentos que confirmem a entrada regular no país) e o turismo sexual. As denúncias podem ser feitas pelo Disque 100 (violações de direitos humanos) ou Disque 180 (em caso de violações contra mulheres), assim como pelos canais do MPT, disponíveis no site www.mpt.mp.br.

Assédio moral na família em tempos de pandemia CATIA STURARI*

*Advogada especializada em Direito de Família

A

lém das situações de assédio moral em home office, advindas da relação de trabalho, devemos nos atentar para o assédio moral dentro do núcleo familiar. Hoje, devido ao cenário atual, as famílias estão permanecendo muito mais tempo em casa e é aí que devemos nos atentar e prevenir essas famílias da ocorrência do assédio moral no âmbito familiar. A convivência familiar, sabemos, deve ser sempre pautada no amor e no respeito mútuos. Com o confinamento e todas as atividades concentradas dentro do lar, os membros da família acabam, por diversas vezes, perdendo o senso de respeito e acabam cometendo o assédio moral contra um ou mais de um membro da sua família. E você deve estar se perguntando: qual o conceito do assédio moral dentro do lar? Praticamente é o mesmo conceito atribuído nas relações de trabalho, porém, acaba atingindo o bem maior, que é a família, o amor por um filho, marido, esposa, pai ou mãe. Devemos nos atentar para a ocorrência do assédio moral (no Direito de Família) contra qualquer membro que compõe o núcleo familiar, sem que haja qualquer distinção. Quando pensamos em assédio moral, devemos ter a ciência de que são inúmeras as situações que podem ocorrer no núcleo familiar. Ao imaginarmos a situação de uma família composta por quatro pessoas (pai, mãe e dois filhos), devemos esclarecer

que a situação do assédio moral pode envolver a todos. O intuito aqui é de alertar os leitores e as empresas de que essas situações estão ocorrendo com mais frequência, em razão do confinamento. O assédio moral pode ocorrer, como por exemplo, com o marido proferindo palavras pejorativas contra a sua esposa, mãe de seus filhos. Muitas vezes, os dizeres, para a sociedade, num geral, podem não significar nada, mas, em seu íntimo, a esposa e mãe, passa a desenvolver um sentimento de inferioridade, incapacidade e submissão, podendo levar, muitas vezes, à depressão. Aqui, os insultos mais comuns são: “sua obrigação é cuidar dos filhos”, “sua obrigação é ficar com a barriga no fogão e no tanque”, “você tem de me servir”, “você é uma inútil”, “você é louca”, “você é gorda, feia”, “veja, fulano, ela está aqui para me servir de todas as formas, pois eu que mando aqui”, entre outras ações. Da mesma forma pode acontecer em face dos filhos do casal. Ao imaginar o exemplo de dois filhos estudantes e, tendo de frequentar a instituição de ensino à distância, acabam ficando mais expostos à supervisão de seus pais e é aí que o assédio moral pode ocorrer. Um exemplo comum são as situações de exigências mais brutas quanto ao desempenho escolar, terminando em agressões pejorativas em face dos filhos, contestando sua capacidade intelectual e de aprendizado, levando os filhos a desenvolverem complexo de inferioridade, incapacidade, introspecção e depressão, além de outros problemas relacionados à personalidade. Aqui, os insultos mais comuns são: “você é um burro”, “você é um incapaz”, “filho meu tem de tirar 10”, “você não presta pra nada”, “seus amigos são melhores que você”, “seu primo é o mais inteligente da família”, “você não devia ter nascido” “veja, fulano, tenha orgulho de seu filho, pois eu tenho desprezo pelo meu”, “você só me dá desgosto” etc. Não podemos ignorar que, mesmo sendo incomum, o assédio moral também

pode ser cometido pelos filhos em face de seus pais. Os filhos, por também estarem confinados, acabam perdendo sua privacidade e, nesse momento, pode ocorrer o ato. Ao imaginarmos uma mãe que, divide seu tempo com o trabalho e os afazeres domésticos, acaba sendo vítima de agressões verbais de seus filhos, que a atacam com dizeres relacionados às condições de limpeza da casa, qualidade da comida, tempo no trabalho. Aqui, os insultos mais comuns são: “eu te odeio”, “você tem de me servir”, “você não vai trabalhar porque tem de cozinhar pra mim”, “você não é meu pai/mãe”, “os pais do meu amigo são melhores que vocês”, “você é um inútil”, “pare de trabalhar e faça comida pra mim”, “veja, fulano, é tão incapaz que não serve nem pra me alimentar” etc. Muitas vezes, o pai acaba sendo vítima da mesma agressão por parte dos filhos quando, por exemplo, perdeu o emprego e a esposa é a única mantenedora do lar. Os filhos podem, muitas vezes, culpar o mesmo pela situação enfrentada devido à pandemia. Aqui, os insultos mais comuns, são: “você não presta nem para manter seu emprego”, “você é um incompetente”, “você não é homem”, “você não serve para ser meu pai”, “você não merece mais meu amor”, “veja, fulano, ele é um inútil, não presta pra nada”. Não podemos deixar de comentar acerca da violência doméstica que ocorre no âmbito familiar, porém, não atinge o membro da família do sexo masculino, salvo, quando menor de idade. Então, o pai e marido, nesse momento, não está amparado para a situação que pode vir a sofrer, mas o Direito de Família busca ampará-lo de algumas formas. Necessário explicar que, para que exista o assédio moral no núcleo familiar, a conduta tem de ser de forma repetitiva e com caráter de humilhação, como nos exemplos citados acima. Obviamente, para que ocorra o assédio moral dos filhos em face dos pais, estes têm de ser maiores de idade.

Também não podemos deixar de mencionar as situações corriqueiras de pais que não cumprem com a obrigação de prestar os alimentos aos seus filhos. Hoje, o Direito de Família vem entendendo que a omissão do pai, como alimentante, também caracteriza assédio moral, muito porque coloca seu filho em situação vexatória, de miserabilidade, situação humilhante perante a sociedade. Portanto, fica o alerta aos membros do núcleo familiar: o assédio moral pode estar presente tanto no seu trabalho, mesmo que em home office, quanto em seu lar, ainda mais em confinamento, independente de classe social e condição financeira. As consequências psicológicas do assédio moral no núcleo familiar são inúmeras, como o estresse, o sentimento de culpa, tremores, tristeza profunda, isolamento, insônia, síndrome do pânico, depressão e pode levar ao suicídio. Juridicamente, as consequências podem se dar em divórcio, alienação parental, prisão por falta de pagamento de pensão, perda do poder familiar, aplicação da Lei Maria da Penha, indenização por danos morais, dentre outros. Uma saída para as empresas que direcionaram seus funcionários para o home office é entender a situação do núcleo familiar de cada colaborador, através de pesquisa estatística e, devido à situação sanitária em que o mundo se encontra, ampará-los de maneira ativa, com instruções de profissionais capacitados acerca do tema do assédio moral no núcleo familiar, para proporcionar melhores resultados tanto com relação à produção laboral, quanto para proporcionar a paz e o amor dentro da família. Ao proporcionar esse amparo direcionado ao Direito de Família aos seus funcionários, a empresa pode estar salvando não só uma vida, mas uma família inteira, colaborando, assim, para a dignidade da pessoa humana e protegendo o conceito de família: respeito e amor mútuos.

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Dourados, 3.8.2020 O PROGRESSO

Política

Partido com candidatura “laranja” para cumprir cota pode ter chapa cassada Ministério Público Estadual recomenda aos partidos para que cumpram determinações da Justiça Eleitoral ELZA FIÚZA/ABR/ARQUIVO

Flávio Verão As eleições municipais deste ano pretendem ser mais rígidas com partidos que fraudam candidaturas femininas para cumprir a determinação de que 30% dos concorrentes a vagas no Legislativo sejam mulheres. As eleições de novembro deste ano serão as primeiras em que estará valendo uma resolução que permite ao juiz derrubar uma lista inteira de candidatos a vereador antes mesmo da votação, caso a irregularidade seja constatada. Para acelerar este processo, partidos terão que apresentar autorização por escrito de todas candidatas, o que não vinha acontecendo des-

Resolução permite a juiz derrubar uma lista inteira de candidatos a vereador antes mesmo da votação

Em razão da pandemia, as eleições que seriam em outubro foram adiadas para novembro

de que o registro foi informatizado. Em Mato Grosso do Sul, o Ministério Público Eleitoral tem encaminhado normativa aos municípios para que os partidos políticos se atentem às diretrizes para combate a candidaturas ‘laranja’. Em Dourados, o MPE eleitoral informou que, na defesa do regime democrático e da legitimidade do pleito eleitoral, irá atuar preventivamente, contribuindo para evitar atos viciosos nas eleições e o tumulto do processo eleitoral, especialmente no processo de escolha e registro de candidaturas por Partidos e Coligações. Com isso recomendou aos diretórios municipais dos partidos

políticos de Dourados que, se tentem à legislação eleitoral. A promotora de justiça eleitoral Claudia Loureiro Ocariz Almirão, na recomendação 6/2020, aconselha que os partidos não devem admitir a escolha e registro, na lista de candidatos a vereador, de candidaturas fictícias ou candidaturas laranja, ou seja, de pessoas que não disputarão efetivamente a eleição, não farão campanha e não buscarão os votos dos eleitores, especialmente para o preenchimento do mínimo de 30% da cota de gênero, sob pena de indeferimento ou cassação de todos os candidatos do respectivo partido, que pode ser objeto de ação judicial

antes ou depois da diplomação, bem como possível caracterização de crime eleitoral. A medida também é válida para a não admissão na lista de candidatos a vereador, de candidaturas de servidores públicos, civis ou militares, que tenham por objetivo apenas usufruir de licença remunerada nos 3 meses anteriores à eleição, sem o verdadeiro propósito de disputar o pleito e realizar efetivamente campanha eleitoral. Os partidos também devem, conforme a recomendação, fazer análise da situação jurídica e da vida pregressa dos pré-candidatos, para evitar “fichas suja”, os quais podem ter

o registro de candidatura indeferido, pois além da cassação do registro ou diploma, os votos eventualmente obtidos pelo candidato inabilitado serão retirados do quociente eleitoral no sistema proporcional. Entre as orientações está também que os partidos fiscalizem os candidatos, mesmo após escolhidos em convenção partidária, para que somente realizem propaganda eleitoral a partir de 27 de setembro, e que apenas procedam à arrecadação e aos gastos de campanha, após o cumprimento de uma série de pré-requisitos, sob pena de multas eleitorais, cassação do registro ou do diploma, se eleito.

Marçal comemora nomeação de 253 aprovados em concurso da Agepen ARQUIVO

O deputado ainda destaca o total de 858 servidores penitenciários nomeados pelo governador O deputado estadual Marçal Filho (PSDB) comemora o decreto do Governo Do Estado que nomeia para cargos efetivos 253 candidatos aprovados no concurso de 2016 da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen/MS). “Foi uma luta conjunta com mobilização do sindicato da categoria e todos ganham neste processo”, afirma o deputado. Marçal lembra que o Sinsap/MS (Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária de MS), juntamente aos alunos aprovados, realizaram diversos atos em todo Estado pedindo a nomeação e participaram de diversas reuniões com autoridades. “Acompanhei essa luta e a nomeação destes servidores irá amenizar a defasagem que temos de profissionais para o sistema penitenciário de Mato Grosso do Sul”, destaca o parlamentar. Todos os nomeados passaram por

COLONO - O compadre e esta história de mofo no pulmão pega?

ZÉ PINGA - Na dúvida vou separando meu alcool em gel. Só espero não ter que tomá-lo ... ic, ic, ic

Deputado esteve reunido com o sindicato e apoia criação da Polícia Penal curso de formação para Agente Penitenciário. São 23 da área de Assistência e Perícia, 55 de Administração e Finanças e 175 de Segurança e Custódia. Os nomeados têm formação profissional em Administração, Direito, Psicologia e Serviço Social, entre outras graduações. As nomeações iniciaram em 2017, totalizando 605 agentes convocados em quatro diferentes etapas. O deputado ainda destaca o total de 858 servidores penitenciários nomeados

pelo governador Reinaldo Azambuja. Outra luta que Marçal Filho defende em prol dos trabalhadores é a criação da Polícia Penal Estadual. O deputado já esteve reunido com a direção da classe sindical e mostrou favorável à alteração no Projeto de Emenda Constitucional (PEC 8/2019), que tramita na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul e traz modificações na Constituição do Estado, para criar a Polícia Penal sul-mato-grossense.


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Dourados, 3.8.2020 O PROGRESSO

Política

Prefeitura não pretende implantar Kit Covid em Dourados Na capital do Estado o protocolo já foi adotado, porém em Dourados não há sinalização positiva por parte das autoridades DIVULGAÇÃO

Cristina Nunes Especial para O PROGRESSO Nova onda entre os prefeitos, a distribuição de kits de medicamentos preventivos à covid-19 para pacientes suspeitos de terem contraído o coronavírus-ou em fase inicial de contágio-com sintomas leves, já se espalha com força por vários municípios do país. Na capital do Estado o protocolo já foi adotado, porém em Dourados não há sinalização positiva por parte das autoridades para distribuição do Kit, que é composto por fármacos como hidroxicloroquina, ivermectina, vitaminas D e zinco. Em entrevista ao PROGRESSO, o Secretário Municipal de Saúde, Gecimar Teixeira, afirmou que o Kit também envolve questões políticas. “É uma situação que precisa ser avaliado por especialistas e técnicos no assunto. É um assunto delicado, que acaba entrando em questões políticas. Mas

A distribuição do Kit de medicamentos tem ganhado força na Câmara Municipal de Dourados não posso deixar isso ser definido e decidido por anseios políticos! Prefiro deixar isso a critério do Núcleo Técnico (o qual é formado por médicos) e pelos infectologistas atuantes no enfrentamento Covid”, frisou. O médico Frederico de Oliveira Weissinger membro do núcleo técnico afirmou que não há comprovação científica da eficácia desses medicamentos em relação ao tratamento da Covid-19. “Essa decisão de se deve haver disponibilização da medicação é da alçada da Secretaria e quanto a prescrição é a critério médico e da anuência dos pacientes, uma vez que não há comprovação efetiva sobre os efeitos das medicações. Além disso, entendemos que o tratamento deve ser individualizado, de acordo com sintomas e perfil do paciente”, afirmou o médico. Recentemente a própria prefeita de Dourados, Délia Razuk e o filho Neno Razuk foram diagnosticados com

Recentemente a prefeita Délia Razuk foi diagnosticada com Covid mas não aderiu ao uso de cloroquina a doença. Em entrevista ao O PROGRESSO Neno disse que a família não aderiu ao uso desses medicamentos, primeiro porque o médico não prescreveu e por acreditar que não há comprovação científica. Legislativo A distribuição do Kit de medicamentos tem ganhado força na Câmara Municipal de Dourados e alguns vereadores querem que o protocolo adotado em Campo Grande também seja implantado em Dourados. Recentemente a vereadora Daniela Hall realizou seminário online com o médico toxicologista e nutrólogo Sandro Benites, coordenador do Centro Integrado de Vigilância Toxicológica (Civitox) e o deputado federal Luiz Ovando, que é médico cardiologista e defensor da causa. Durante a live, o médico ressaltou a importância da utilização dos medicamentos para salvar vidas. Ele destacou vários estudos que estão dando certo no Brasil e no mundo e que a comprovação científica leva em torno de um ano para sair, tempo que muitos pacientes não terão para aguardar. O Conselho Regional de Medicina de MS, já deu parecer favorável a adoção de protoco-

los alternativos e recomenda que gestores disponibilizem medicamentos para o tratamento precoce que os médicos precisarem prescrever. Ressaltou a importância do Executivo tomar medidas para contribuir para que não haja o avanço da doença. “Ou a gente faz alguma coisa agora ao invés de só esperar acontecer, ou poderemos ter um caos, em que os hospitais simplesmente fecham as portas e os pacientes morrem na calçada por falta de leitos”, ressalta. Sandro destacou ainda que como coordenador de Vigilância Toxicológica nunca viu nenhum caso de intoxicação por uso da ivermectina ou hidroxicloroquina, por exemplo. “São medicamentos simples, baratos e que salvam vidas, desde que utilizados de forma responsável com prescrição médica e no tratamento precoce”, ressalta. Na mesma linha o médico cardiologista e deputado federal Luiz Ovando destacou que é possível evitar o agravamento da doença com esses medicamentos e que eles têm dado resultados em várias localidades do País. O deputado sugeriu uma união de esforços da classe médica e política de Dourados em torno da adoção desse protocolo.

INFORME C CÍCERO FARIA cicerolfaria@gmail.com

Mostrando futuras ações, antes da hora Os pré-candidatos a prefeito Valdenir Machado, do PSDB (antes de pegar a Covid 19) e José Carlos Barbosa, do DEM, são aos mais ativos nas redes sociais, particularmente no Facebook mandando mensagens e recados os potenciais eleitores que navegam por lá. Valdenir, por exemplo, já estava colocando seu plano de governo para conhecimento do público, falando como colocaria em ação o seu projeto de acabar com a buraqueira de Dourados. Barbosinha tem destacado a sua família no FB, além de contar suas realizações enquanto presidente da Sanesul e secretário de Segurança Pública e Justiça. No caso de Valdenir ainda, ele está mostrando no Facebook os seus candidatos a vereador. Fora do ar A administração do Facebook retirou do ar vídeo de página intitulada “TRADNÃO” após o diretório municipal do PSD de Campo Grande ingressar com pedido na Justiça Eleitoral e alegar que o material em questão escondida campanha eleitoral em ataques ao atual prefeito Marquinhos Trad (PSD). A juíza substituta da 35ª Zona Eleitoral de Campo Grande, Gabriela Muller Junqueira, determinou a remoção do vídeo e a quebra de sigilo de dados dos titulares da página. Ao acatar o pedido, ela teve o mesmo entendimento ao citar que a peça configura “propaganda eleitoral antecipada negativa e irregular na internet”. Chifre A Ashley Madison registrou um aumento diário de 19 mil novos usuários desde o início do isolamento social, devido à pandemia do coronavírus. O site de traição é conhecido por ajudar pessoas comprometidas a marcarem encontros casuais, ou seja sexo sem compromisso e já conta com mais de 65 milhões de usuários no mundo. No Brasil, a plataforma também tem feito sucesso e conseguiu 4.226 inscritos no período de março a junho deste ano, atrás apenas dos EUA no número de novos cadastros. Com um passado polêmico , o site de relacionamentos extraconjugais atualmente propõe uma experiência discreta e honesta. A Ashley Madison pode ser acessada por meio de aplicativos para celulares Android e iPhone (iOS) e pelo site na versão web. Boa, mas cara A Petrobras já produziu em todas as suas refinarias e comercializou junto a distribuidores a gasolina com octanagem RON 93, que segundo a ANP será obrigatória no Brasil

apenas em 2022, informou a empresa. “Ajustamos nossos processos de refino e estamos prontos para antecipar o padrão de qualidade previsto para 2022”, disse a diretora de Refino e Gás Natural da Petrobras, Anelise Lara. A Petrobras defendeu que o novo padrão de gasolina é maior, ou que reduz o consumo de quilômetro rodado, além de contribuir para o melhor desempenho dos motores. O preço da “nova gasolina” também será mais alto. Forte O agronegócio foi o setor que mais gerou empregos com carteira assinada no primeiro semestre de 2020, segundo levantamento da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia. Nos 6 primeiros meses do ano, o setor foi responsável por 62.600 novas vagas, sendo a única atividade que gerou empregos no período. Enquanto isso, os dados gerais mostraram saldo negativo, de -1,2 milhão de vagas. De olho Por meio de indicação da mesa diretora, a Câmara de Dourados criou a Frente Parlamentar de Acompanhamento da Revisão do Plano Diretor. O objetivo é acompanhar e fiscalizar a prefeitura e também a empresa especializada, contratada pelo município. Formada pelos vereadores Elias Ishy (PT), presidente; Daniela Hall (PSD) vice e Sergio Nogueira (PSDB), membro, também pretende auxiliar na revisão do Plano que foi aprovado em 2003 e que teve sua última complementação em 2018. O Plano Diretor é considerado instrumento básico da política de desenvolvimento e expansão urbana, fazendo parte integrante do planejamento municipal, tendo a principal finalidade a orientação do Poder Público e iniciativa privada na construção de espaços urbanos e rurais.


Agosto Lilás: Mulheres sofrem “pandemia da violência” PÁG. 3

Justiça se adapta para manter processos de adoção durante a pandemia PÁG. 5

DIA A DIA Dourados, 3.8.2020 O PROGRESSO ARQUIVO

CONSUMO DE COMBUSTÍVEL cai até 35% e preço segue em alta Aumentos de preços consecutivos e concorrência, considerada desleal, afastam os consumidores Marli Lange Especial para O Progresso A disparada de casos de coronavírus continua desacelerando a venda de combustíveis em Dourados, incluindo o gás de cozinha, a exemplo de todo País. Para acentuar ainda mais a queda, entre 20% a 35%, a alta nos preços dos combustíveis, como a gasolina e etanol, exceto o óleo diesel, vem afastando ainda mais os consumidores. No caso do GLP (Gás Liquefeito de Petróleo) - gás de cozinha de 13 quilos teve pelo menos quatro aumentos de junho para julho, porém, as revendedoras (depósitos) não conseguem re-

Quando começou a pandemia, houve um aumento de até 22% no consumo de gás de cozinha na cidade passar o aumento aos consumidores e a retração nas vendas vem assustando. Para alguns, considerada a pior crise no setor enfrentada até agora. A concorrência, considerada desleal com os clandestinos, afeta diretamente o setor em Dourados. No caso dos combustíveis, a queda nas vendas da gasolina e etanol segue entre 20% a 35%, o que não é diferente do restante do Brasil, na avaliação do empresário Tarso Moro Rosa, proprietário de vários postos em Dourados. A queda nas vendas, segundo ele, vem ocorrendo desde o início da pandemia do coronavírus, mesmo quando os preços dos combustíveis tiveram

queda, meses atrás. Segundo ele, a queda nas vendas só não é maior em Dourados por conta do óleo diesel, que se mantém estável, segurado pelo agronegócio, que na região é bastante forte. Preços De acordo com a última pesquisa do Procon de Dourados, feita no mês de julho, a gasolina teve um aumento de 6,06% em relação ao mês de junho. O preço médio por litro é encontrado em Dourados a R$ 4,25 e o menor preço a R$ 4,15. Já o etanol teve um aumento de 1,89% no mês de julho. O preço médio chega a R$ 3,18 e o menor a R$ 2,99. Diferente dos outros combustíveis, o óleo diesel comum teve uma queda no preço de 3,73%. O preço médio e o menor, conforme a pesquisa do Procon, é de R$ 3,03. Já oleo diesel S10 teve queda de 0,70%. O preço médio e o menor é de R$ 3,19. Segundo pesquisa da ANP (Agência Nacional de Petróleo) feita entre os dias 19 a 25 de julho, em Dourados, o preço médio da gasolina estava R$ 4,30; do etanol R$ 3,25, do óleo diesel comum R$ 3,37 e óleo diesel S10, R$ 3,44. Petrobrás A Petrobrás anunciou o aumento dos combustíveis na refinaria no dia 16 passado. A gasolina teve aumento de 4% e o diesel, elevação de 6%. Com o novo reajuste, 22º no ano, sendo a 10ª elevação, o litro da gasolina passou a custar R$ 1,725 nas refinarias. Em julho, é o terceiro aumento seguido e, desde 7 de maio, o combustível tem

subido religiosamente uma vez por semana. No ano, ainda acumula queda de 10,2%. Gás de cozinha Apesar da pandemia de coronavírus, que obriga as pessoas a ficarem mais tempo em casa, além de evitar viagens e de circular menos na cidade, a expectativa seria que o consumo de gás de cozinha aumentasse, afinal, as pessoas fariam a sua alimentação em casa, com isso, consumiriam mais o GLP, mas não foi isso que aconteceu, pelo menos em Dourados. Logo quando começou a pandemia, houve um aumento de até 22% no consumo de gás de cozinha na cidade, segundo Marco Antonio Maidana, proprietário de um depósito de gás na Rua Cuiabá. “Depois desse aumento no consumo, a demanda estabilizou a passou a cair. Hoje a queda chega entre 20% a 30%”, segundo ele. Com 23 anos trabalhando no ramo de gás de cozinha, Maidana, disse que nunca enfrentou uma crise tão grande e que por causa disso está pensando em mudar de ramo. Ele explica que além da pandemia do coronavírus ter enfraquecido o negócio, a Petrobras vem provocando aumentos consecutivos no GLP. Desde o mês de junho foram quatro aumentos nos preços. Hoje o preço do GLP quando sai da Petrobrás é de R$ 26,00, mas ao passar por todos os “atravessadores” - incluindo o aumento do ICMS (Imposto de Circulação de Mercadorias), pois quando a carga do produto

cruza a fronteira do Estado São Paulo para Mato Grosso do Sul, ocorre um aumento na alíquota de imposto na ordem de 10% - com isso, o preço do botijão chega para Maidana, na distribuidora, em Dourados, a R$ 58,00. Ele explica que não está conseguindo repassar o aumento do gás de cozinha para o consumidor apesar dos consecutivos aumentos da Petrobrás. A maior causa disso é a forte concorrência com os clandestinos. “É uma concorrência desleal, porque eu pago impostos e sou legalizado, mas tem a concorrência com os clandestinos, que não paga impostos e entrega o produto abaixo do valor. Como repassar algum aumento de preço para o consumidor com essa concorrência?”, questiona. Ele disse que não sabe avaliar quantos clandestinos tem na cidade, mas é um número grande, já que não existe fiscalização e o número de ilegais está cada vez maior na cidade. Saiba mais

Pesquisa

Conforme pesquisa do Procon do mês de julho, o preço médio do botijão de 13 quilos, está sendo vendido a R$ 75,00. O preço mais em conta chega a R$ 68,00 e o mais caro a R$ 82,00. Conforme pesquisa da ANP, entre os dias 19 a 25 de julho, o preço médio praticado em Dourados chega a R$ 72,00. O preço é de R$ 65,00 e máximo 80,00.


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Dourados, 3.8.2020 O PROGRESSO

Dia a Dia

Empresas aprendem a driblar crise e manter segurança dos clientes Protocolos do Sebrae ajudam micro e pequenas empresas a voltarem suas atividades O Sebrae está orientando as micro e pequenas empresas na retomada das atividades no país com a disponibilização de um conjunto de protocolos com orientações práticas e relevantes, alinhadas com as recomendações das autoridades de saúde. A ideia é fornecer aos empresários suporte com conteúdos em diversos formatos, como cartilhas, vídeos, áudios, entre outros materiais, para ajudar na adaptação dos negócios assim que forem liberados gradualmente para o funcionamento. Ao todo, foram elaborados 35 documentos para 47 segmentos setoriais, que correspondem a 75% dos pequenos negócios do Brasil e são responsáveis por 46% dos empregos gerados no País. Os protocolos poderão ser acessados diretamente pelos donos de pequenos negócios em uma página específica no Portal Sebrae de acordo com o segmento de atividade. Para apoiar os donos de mercearias, minimercados e supermercados, o Sebrae elaborou um “Protocolo de Retomada” específico para o segmento que se destacou ainda mais como imprescindível durante a crise, seja pelos esforços para manter o abastecimento, como também pela missão de garantir a integridade e saúde de colaboradores e clientes. Além de orientações gerais dos principais protocolos de higiene e saúde estabelecidos no enfrentamento da doença, o documento traz orientações sobre o uso adequado de máscaras, orientações para o local de trabalho, colaboradores, atendimento a clientes e relacionamento com fornecedores e distribuidores (delivery).

CHARLES DAMASCENO/ AGENCIA SEBRAE

Para apoiar os donos de mercearias, minimercados e supermercados, o Sebrae elaborou um “Protocolo de Retomada”

PRINCIPAIS RECOMENDAÇÕES PARA RETORNO DAS ATIVIDADES Orientações gerais de higiene e saúde Todos os colaboradores devem adotar procedimentos contínuos de higienização das mãos, inclusive após o registro do ponto. Os operadores de caixa, em especial, devem higienizar as mãos com sanitizantes adequados após a finalização de cada compra/atendimento, limpando também a esteira do caixa, máquina de cartão e balança de pesagem. Sempre que houver troca nos postos de

trabalho, recomenda-se a higienização de mobiliário, como balcões e cadeiras; e equipamentos, como computadores. Mapeie os principais pontos de contato das pessoas dentro da loja para que a rotina higienização seja reforçada, principalmente em sanitários e vestiários. Carrinhos e cestas de compra devem ser higienizados com frequência e se possível, ofereça papel e saniti-

zante para que o próprio cliente faça a higienização desses utensílios. Monitore diariamente a temperatura de seus colaboradores e, em relação aos promotores de vendas que acessam a loja, realize um alinhamento de procedimentos com as indústrias. Quanto ao uso das máscaras, orienta-se o descarte em lixeiras com pedal e tampa, além do recolhimento por empresas de coleta de produtos contamináveis.

Orientações para o local de trabalho Organize uma área de chegada para os colaboradores e disponibilize meios para higienização das mãos e das solas dos sapatos com borrifador com álcool 70% ou tapete com desinfetante. Forneça sacolas plásticas para acondicionar os pertences de cada funcionário e garanta um espaço reservado para guardar bolsas e o mínimo de itens pessoais possíveis. Providencie a instalação de barreira física transparente nos caixas e nas balanças de pesagem.

Reforce a limpeza de pontos de grande contato, como puxadores de freezers, geladeiras, balcões refrigerados, caixas eletrônicos, terminais de pagamento, entre outros. Neste momento, a orientação é suspender as ações de degustação nas lojas. Nos setores de retaguarda do mercado, , é importante disponibilizar pias ou ampliar a quantidade de dispensadores com sanitizante. Importante reforçar a limpeza de pon-

tos como torneiras e maçanetas, balcões, equipamentos e utensílios para manipulação de alimentos, coletores de dados, carrinhos para paletes e empilhadeiras, entre outros equipamentos para a movimentação de produtos. Avalie a possiblidade de ampliar a prática do autosserviço de itens perecíveis, no açougue, padaria, frios e laticínios, realizando o fracionamento de itens, como também oferecendo mais opções de alimentos pré-embalados, evitando manipulações desnecessárias.

Orientações para colaboradores Crie e divulgue protocolos para identificação e encaminhamento de trabalhadores com suspeita de contaminação pelo novo coronavírus antes do retorno ao trabalho. Oriente todos os trabalhadores sobre a prevenção de contágio da doença e faça um treinamento. Mapeie os meios utilizados pelos colaboradores para chegar na empresa e oriente quais os cuidados que devem ser tomados

para os que utilizam transporte público, tanto na ida quanto no retorno para casa. As pessoas do grupo de risco e acima de 60 anos, assim como pessoas que residem com pessoas do grupo de risco não devem exercer atividades de contato com o público direto. Nesse caso, esses colaboradores devem ser objeto de atenção especial, priorizando sua permanência na própria residência em teletrabalho ou trabalho remoto.

Promova escalas para evitar a concentração da força de trabalho ao longo do dia em um único turno. Priorize agendamentos de horários para atendimento aos fornecedores para evitar a aglomeração e para distribuir o fluxo de pessoas. Escolha um colaborador para fiscalizar se os novos procedimentos estão sendo efetuados da forma estabelecida.


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Dourados, 3.8.2020 O PROGRESSO

Dia a Dia ENTREVISTA · Luciana Azambuja - Subsecretária de Políticas Públicas para Mulheres do MS

Agosto Lilás: Mulheres sofrem “pandemia da violência” Valéria Araújo

Frases

Com 16 casos de feminicídio até junho, MS está lançando a campanha “Agosto Lilás”, de enfrentamento a violência doméstica. Em Dourados, de janeiro a julho a Delegacia Regional registrou 679 novos casos contra 828 no mesmo período do ano passado, uma diminuição nos registros. Para a subsecretária de Políticas Públicas para Mulheres do Estado de Mato Grosso do Sul, Luciana Azambuja, há um aumento na violência apesar dos números não chegaram nas delegacias. Umas das causas apontadas é o confinamento delas com os agressores. Em entrevista ao O PROGRESSO, a subsecretária alertou para a dificuldade das vítimas em sair de casa para denunciar e acredita que a demanda, hoje reprimida, poderá gerar uma “enxurrada” de denúncias nas delegacias após o período de quarentena.

“Agosto Lilás” é uma campanha de enfrentamento à violência doméstica e familiar do Estado de Mato Grosso do Sul

O que é a campanha Agosto Lilás e como ela vai funcionar esse ano em MS? “Agosto Lilás” é uma campanha de enfrentamento à violência doméstica e familiar do Estado de Mato Grosso do Sul, instituída por meio da Lei Estadual nº 4.964/2016, com objetivo de divulgar a Lei Maria da Penha, sensibilizar e conscientizar a sociedade sobre o necessário fim da violência contra a mulher, divulgar os serviços especializados da rede de atendimento à mulher em situação de violência e os mecanismos de denúncia existentes. A campanha “Agosto Lilás” nasceu em 2016, quando a lei completava seus 10 anos e quando pensávamos uma forma de chamar a atenção da sociedade para o fenômeno da violência doméstica contra a mulher. Lançamos o nome e a agenda das atividades de forma despretensiosa, mas ao final do mês contabilizamos mais de 20.000 pessoas alcançadas aqui em Campo Grande e vários municípios também aderiram à campanha. Desde então, a campanha alcançou cerca de 306.000 pessoas em todo o Estado. O programa “Maria da Penha vai à Escola”, que executamos desde 2015 e também referido na lei, consiste em palestras e atividades lúdicas com estudantes da rede pública estadual, municipal e particular, também iniciou timidamente, mas nos cinco anos em que vem sendo executado, beneficiou aproximadamente 140.000 estudantes em todo o Estado. Nesse ano, em tempos de pandemia, não teremos palestras e encontros presenciais, mas teremos uma campanha que chegará aos 79 municípios sul-mato-grossenses, 100% virtual, com lives, workshops, posts nas redes sociais, entrevistas em rádios, sites e jornais, enfim, usaremos a tecnologia a nosso favor, para alcançar mulheres e sensibilizar a sociedade para o necessário

“A Lei Maria da Penha é um excelente instrumento de proteção à mulher” “Crianças e adolescentes que presenciam ou sofrem a violência têm seu desenvolvimento psicológico e emocional abalado” enfrentamento à violência doméstica e familiar contra a mulher. No dia 1º de agosto, nas nossas redes sociais, divulgamos a agenda das atividades que se estenderão por todo o mês. 14 anos após sancionada, a Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340) cumpre o papel pelo qual foi criada ou na sua opinião precisa de reformas? Por que? A Lei Maria da Penha é um excelente instrumento de proteção à mulher. Não por acaso, foi considerado pela ONU como uma das três melhores legislações do mundo. Não foi uma lei criada em gabinete, foi construída a partir da luta da cearense Maria da Penha, cuja história dispensa comentários, juntamente com entidades como o CEJIL e CLADEM, que levaram o caso até as cortes internacionais que culminaram com a recomendação imposta ao Brasil, para criação de políticas públicas e de uma legislação que prevenisse e punisse a violência doméstica contra mulheres. Várias outras entidades, especialistas em direitos da mulher e feministas históricas participaram do processo de criação da lei, o que a legitima e a coloca num nível de abrangência de várias áreas que, integradas e articuladas, podem garantir assistência, proteção e justiça à mulher em situação de violência, ao passo em que também pune com rigor o/a autor/a da agressão. A Lei Maria da Penha não é uma lei somente para punir homens. É uma lei que criou mecanismos de proteção às mulheres, que estabeleceu a rede de atendimento, os serviços especializados, e que atua sobremaneira na prevenção à violência. Gosto sempre

de citar o art. 8º da lei, que dispõe sobre as políticas públicas para coibir a violência e que traz nove dispositivos que, se fossem efetivamente cumpridos, trariam grandes benefícios não só as mulheres brasileiras, como a toda a sociedade. Então, quanto às alterações da lei, algumas são positivas e ampliam a proteção às mulheres – como a proposta que incluiu o descumprimento das medidas protetivas como crime passível de prisão, ou que determinou a apreensão de arma de fogo e suspensão do porte ao autor de agressão ou, ainda, a que inclui como medida protetiva que obriga o agressor o comparecimento a programas de reeducação. Sou a favor de emendas e reformas que possam trazer maior abrangência e maior eficácia à qualquer lei, mas a meu ver, toda e qualquer alteração deve sempre ser amplamente debatida com os órgãos gestores das políticas públicas para mulheres e com a sociedade civil interessada (movimentos sociais, movimentos de mulheres, feministas, etc). MS conta com a segunda maior população indígena do País. O que o Estado tem feito para proteger as mulheres dessas comunidades? Essa é uma grande preocupação e um grande desafio, pois sabemos das dificuldades que as mulheres indígenas, principalmente as que vivem em aldeias no interior do Estado, têm no acesso à informação e no acesso aos bens e serviços públicos. A exemplo, somente em duas aldeias do Estado existem CRAS – Centro de Referência de Assistência Social, que é um local onde as mulheres poderiam recorrer em caso de violação de direitos e vio-

lência. A barreira da língua e da cultura também dificulta a execução das políticas públicas, até porque não podemos simplesmente chegar numa aldeia falando do assunto. Assim, procuramos sempre fazer um prévio contato com os caciques/capitães e com as lideranças indígenas, para que possamos ser recebidas na comunidade e iniciar um processo de confiança e troca de informações, por meio de rodas de conversa, onde procuramos informar sobre seus direitos. Por isso, os OPMs (Organismos de Políticas para Mulheres) dos municípios assumem um espaço estratégico nessa atuação, pois conhecem melhor e com maior proximidade as características de cada região, de cada aldeia. Nossa atuação, portanto, é incentivar e apoiar os projetos realizados pelos OPMs nas ações de enfrentamento à violência de gênero, da violência doméstica e familiar contra as mulheres indígenas, disponibilizando material e informações. Especificamente em Dourados, atuamos com as mulheres indígenas das aldeias Jaguapiru e Bororo desde 2016, já fizemos um material impresso com dizeres que elas mesmo escreveram, estivemos com a unidade móvel (ônibus lilás) várias vezes, juntamente com a Delegacia de Atendimento à Mulher da Polícia Civil e com o PROMUSE – Programa Mulher Segura da Polícia Militar, atendendo casos de violência. E no nosso site www.naosecale.ms.gov.br, lançando no mês de abril, temos um capítulo específico da “Violência contra Mulheres Indígenas”, disponibilizando as cartilhas produzidas pela Defensoria Pública do Estado nas línguas guarani e terena, e também duas mensagens sobre violência contra a mulher e providências a serem adotadas caso sofram ou conheçam uma mulher que sofre violência. O fato de muitas crianças estarem em casa e presenciarem situações de agressões também preocupa? Sim, certamente. Crianças e adolescentes que presenciam ou sofrem a violência têm seu desenvolvimento psicológico e emocional abalado, podem carregar traumas por toda a vida adulta. Dizemos que a violência contra a mulher machuca a família inteira. Atinge os filhos, sem dúvidas. Infelizmente. Ademais, com a suspensão das creches e aulas, aumentam também os riscos de acidentes domésticos como quedas, queimaduras, afogamentos e intoxicações – por isso, importante guardar remédios e produtos de limpeza em locais mais altos ou trancados, cuidar as brincadeiras com água e fogo e manter vigilância redobrada, especialmente com os bebês e crianças de tenra idade. Considerações Deixo aqui uma mensagem a toda a sociedade: Violência contra a mulher não tem desculpa, tem lei: Lei Maria da Penha (lei federal nº 11.340/2006), que está completando 14 anos de vigência e de proteção às mulheres. Se você é vítima de violência, procure ajuda! Não tenha medo, não tenha vergonha, não se cale! Silêncio mata, e só interessa ao agressor! Maiores informações, pelo e-mail: mulheres@segov.ms.gov.br


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Dourados, 3.8.2020 O PROGRESSO

Dia a Dia

Justiça se adapta para manter processos de adoção durante a pandemia Atualmente Dourados tem 40 cadastros de pessoas habilitadas na fila de adoção ARQUIVO

Cristina Nunes Especial para O PROGRESSO O Judiciário tem usado mecanismos e alternativas para que a pandemia do coronavírus não atrase o sonho da adoção. De acordo com o Juiz da Vara da Infância e Juventude de Dourados, Eduardo Floriano Almeida, uma das dificuldades já superadas foi o fato de alguns técnicos, serem do grupo de risco à doença, e consequentemente não podem fazer as visitas. “Mesmo com as limitações, conseguimos nos adequar e não houve prejuízo aos processos devido a pandemia. Estamos acelerando o que podemos e realizando as audiências por videoconferência”, afirmou o juiz em entrevista ao PROGRESSO. O Magistrado destacou que mesmo a pandemia não interferindo no sonho da adoção, a Destituição do Poder Familiar ainda continua sendo um processo demorado na maioria dos casos. “Nem todas as crianças e adolescentes que estão nos abrigos já podem ir para um novo lar. Atualmente temos três aptos, dos 52 que ocupam os abrigos de Dourados. Antes da adoção, se percorre um longo caminho no processo de Destituição do Poder Familiar”, explicou o Juiz. “É um processo demorado, pois o Juiz tem que estar muito bem embasado para tomar a decisão de extinção do poder familiar biológico. Por isso, geralmente ocorre em situações em que não há mais volta, onde não foi possível haver uma reestruturação familiar e nem o interesse de parentes pela guarda das crianças e adolescentes. Além disso, é preciso ouvir uma série de depoimentos e preservar o direito de defesa dos pais biológicos”, afirmou Eduardo. “Nesses casos, quando o juiz toma a decisão de Destituição do Poder Familiar é porque o trauma de ser tirado do convívio da família biológica terá efeito menor do que perdurar-se a situação em que a criança está. É preciso elementos fortes para que no futuro não haja devolução aos pais”, explicou. Preconceito Além da demora nos trâmites processuais comuns nos casos de adoção, existem outros desafios que impedem as crianças de terem um novo lar. Na entrevista, o juiz Eduardo Almeida relatou que infelizmente muitas crianças ainda não foram adotadas devido a cor da pele. “As pessoas que desejam um filho, preenchem um cadastro, onde informam as preferências. A maioria quer filhos de cor branca e olhos claros”, afirmou o juiz. De acordo com o Magistrado, em Dourados, cerca de 40% das crianças que estão nos abrigos são indígenas. “Nesses casos há também

As pessoas podem auxiliar crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade mesmo sem adotá-las dificuldades para adoção, pois a lei determina que preferencialmente eles sejam colocados em famílias da mesma etnia, mas grande parte não demonstra interesse em adotar”, destacou Dr. Eduardo. A idade também costuma ser um empecilho para a adoção. “Os adolescentes tem mais dificuldade para ganharem um novo lar. As pessoas ficam com receio devido a bagagem que eles tem comparado a uma criança de 3 anos, por exemplo, que ainda não tem. Mas eles merecem uma oportunidade. Tudo o que eles precisam é uma oportunidade. Acredito que as pessoas deveriam ter um novo olhar para esses casos”, frisou o juiz. Saiba mais

Perfil de quem pode adotar Toda pessoa com mais de 18 anos de idade, seja ela casada, solteira ou em união estável, pode adotar uma criança ou um adolescente. É necessário também atestado de saúde mental e certidões negativas de antecedentes criminais. Após se inscreverem, os interessados recebem visita da equipe técnica do judiciário que fazem a averiguação para depois serem incluídos na lista de habilitados. O juiz também afirmou que é importante destacar que casais homossexuais também podem adotar. “Aqui em Dourados não recebemos nenhum interesse por parte deles, mas não vejo problema algum na adoção, desde que se encaixem nas normas que também valem para casais heterossexuais e solteiros”, afirmou Dr. Eduardo. Interessados em entrar na fila da adoção podem acessar o portal do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) para obter mais informações.

“Mesmo com as limitações, conseguimos nos adequar e não houve prejuízo aos processos devido a pandemia. Estamos acelerando o que podemos e realizando as audiências por videoconferência”. “As pessoas que desejam um filho, preenchem um cadastro, onde informam as preferências. A maioria querem filhos de cor branca e olhos claros”. “Os adolescentes tem mais dificuldade para ganharem um novo lar” Eduardo Floriano Almeida (Juiz da Vara da Infância e Juventude de Dourados)

ALTERNATIVAS PROVISÓRIAS: Apadrinhamento e Família Acolhedora

As pessoas podem auxiliar crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade mesmo sem adotá-las. Atualmente duas modalidades são usadas como alternativas enquanto a criança ou adolescente não são inseridos em uma nova família. O apadrinhamento diz respeito à uma família ou pessoa acolher afetivamente uma criança. Dedicando assim, um tempo de sua vida para passar junto da criança, estabelecendo-se um vínculo de relacionamento. Porém, a criança continua morando no abrigo. Atividades cotidianas como passeios aos finais de semana, transporte até a escola fazem parte dessa modalidade. Já o Programa Família Acolhedora consiste em cadastrar e capacitar famílias da comunidade para receberem em suas casas, por um período determinado, crianças, adolescentes ou grupos de irmãos em situação de risco pessoal e social, dando-lhes acolhida, amparo, aceitação, amor e a possibilidade de convivência familiar e comunitária. A família de acolhimento recebe auxilio financeiro e representa a possibilidade de continuidade da convivência familiar em ambiente sadio para a criança ou adolescente. Receber uma pessoa em acolhimento provisório não significa integrá-lo como filho. A família de apoio assume o papel de parceira no atendimento e na preparação para o retorno à família biológica ou substituta.


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Dourados, 3.8.2020 O PROGRESSO

Dia a Dia

Pandemia adia sonhos de atletas douradenses Ano de 2020 deveria ser marcado por títulos inéditos para a judoca douradense Camila Gebara e o jogador de basquete Gustavo Gaiofatto

Vinicios Araújo A pandemia do novo coronavírus mexeu com os planos da judoca Camila Gebara Yamakawa, de 25 anos. A douradense é vice-campeã mundial (2015) e carrega uma bagagem com dezenas de títulos nacionais e pan americanos. Em entrevista ao O PROGRESSO, Camila contou que 2020 seria o ano para conquistar a tão sonhada medalha titular do mundial, mas agora com a pandemia o plano foi adiado. Hoje Camila não é só uma referência no judô nacional pela habilidade no esporte, mas também demonstra uma garra extra desde a chegada do primeiro filho, o Ali, que está prestes a completar um ano de vida. Fruto do casamento com o também judoca e treinador Jorge Yamakawa, Ali já acompanhou a mãe em Campeonato Brasileiro no ano passado. Em Dourados estão proibidas as práticas esportivas que promovam algum tipo de contato, como é o caso do judô. Camila conta que durante esse período tem buscado manter o ritmo, na medida do possível. “Como eu moro em cima da academia, treino de segunda à sábado a parte física, e em relação ao judô eu tento fazer os movimentos com elástico, corda, ou fazendo algo sozinha mesmo. Aí eu filmo, vejo depois onde estou falhando, pra tentar corrigir. Mas está muito difícil. Antes a gente treinava com equipe né, algum treinos específicos. Então essa pandemia mexeu muito com a rotina”, relata. A meta para 2020 era competir a nível internacional, mas esse ano os títulos só chegaram até o regional. “Depois parou tudo. Agora eu não sei o que vai ser mais. Eu não sei esse ano volta, não sei como vai ser, mas sigo treinando para quando voltar eu estar pronta para competir. Nos

DIVULGAÇÃO

Gustavo Gaiofatto joga no time Jundiaí e disputaria o “Paulistão”

Camila Gebaraé vice-campeã mundial de judô e tem dezenas de títulos nacionais treinos agora eu tento criar uma realidade mais próxima do ideal para ter aproveitamento”, conta. Quem também acabou ‘barrado’ por conta do novo coronavírus foi o atleta de basquete Gustavo Gaiofatto. O garoto de apenas 17 anos já mede 2,07 metros de altura. E não

somente esse fator, mas também a qualidade de jogo levou o douradense a conquistar a admiração do time Jundiaí. O contrato com o time paulista foi fechado no final do ano passado, logo após uma temporada abrilhantando a equipe do Campo Mourão Basquete.

Já no Jundiaí, faltando uma semana para a estreia no campeonato Brasileiro contra o time do Palmeiras, a temporada foi interrompida. “Este ano eu estava muito empolgado, pois ia competir no mais disputado do País, o Campeonato Paulista. Também tinha o Campeonato Regional e o Brasileiro. Esses eventos seriam uma vitrine para minha caminhada, tanto para a escalada rumo a Seleção Brasileira, mas principalmente aos empresários que estavam em contato com a Universidade em Dallas, nos Estados Unidos, para uma temporada na liga universitária. Mas, por enquanto tudo está adiado devido a pandemia. Estamos parado há 4 meses e aguardando o retorno que ainda é incerto. Além de perder ritmo de jogo, condicionamento físico, a ansiedade de voltar para as quadras é muita. Mas estamos tentando levar a vida, buscando manter o foco no nosso retorno”, relatou o jogador. Para não perder a condição física, Gustavo faz pelo menos 1h30 de musculação todos os dias. A expectativa de voltar às quadras é para setembro, o que ainda não foi confirmado pelas ligas esportivas.


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Dia a Dia

UFGD forma mais de 12 mil acadêmicos em 15 anos

Universidade conta com 36 cursos de graduação presenciais e estão distribuídos em 12 Faculdades

Criada em 2005, a Universidade Federal da Grande Dourados acaba de comemorar 15 anos de criação. A universidade já coleciona títulos, selos, prêmios, honrarias e avaliações positivas pelo desempenho do tripé pesquisa, ensino e extensão nas várias áreas do conhecimento e, ao longo desse tempo, já formou e qualificou mais de 12 mil pessoas, entre acadêmicos de graduação e de pós-graduação. Os 36 cursos de graduação presenciais da UFGD estão distribuídos em 12 Faculdades que integram a universidade, dois deles são ofertados na modalidade de alternância atendendo comunidades específicas: indígenas e estudantes do campo. A UFGD possui também, dentro da Faculdade de Educação a Distância, outros cinco cursos de graduação que atendem estudantes dos municípios de Mato Grosso do Sul reforçando um de seus objetivos de criação: a interiorização. Só na graduação, estão matriculados mais de 7 mil alunos, muitos deles incluídos num Programa de Assistência Estudantil que garante sua permanência e conclusão de curso. A universidade é pioneira em vários programas de auxílio a esses alunos, exemplo disso é a manutenção do Centro de Educação Infantil para filhos de estudantes e da Moradia Estudantil, para acadêmicos em vulnerabilidade social que vêm de outras cidades. Nesses 15 anos, muito trabalho, comprometimento e dedicação foram dispensados para que a universidade conseguisse estrutura para seus cursos de graduação e pós-graduação, para a capacitação e formação técnico docente e para a logística do campus. A cada obra construída, a cada diploma entregue e a cada entrada de um técnico administrativo e de um professor muitas comemorações pelas conquistas importantes para a UFGD. Vale destacar o desempenho de cada gestor e equipe que passaram pela Instituição: professor Damião Farias (2006-2015); professora Liane Calarge (2015-2019) e professora Mirlene Damázio (pró-tempore 2019-2020). A universidade é um verdadeiro celeiro de potenciais na construção de ações e de soluções coletivas. Inúmeros projetos de extensão atendem as zonas urbana e rural de Dourados, aldeias indígenas, populações específicas e municípios vizinhos, experiência que unem os saberes e promovem aprendizados valorosos tanto para estudantes e pesquisadores quanto para a própria comunidade atendida. Só no último ano, por exemplo, a universidade desenvolveu o total de 311 ações de extensão e 474 ações de pesquisa. Nesse cenário, a UFGD já contribuiu com a formação de mais de 2

FRANZ MENDES

A universidade é um verdadeiro celeiro de potenciais na construção de ações e de soluções coletivas mil cientistas, estudantes que saíram da universidade mestres e doutores e que têm na pesquisa a fórmula de diagnosticar problemas e encontrar soluções para o país, para o Mato Grosso do Sul e para Dourados. Um bom exemplo dessa infraestrutura de material humano foi na pandemia, momento que a universidade

executou mais de 50 ações de pesquisa, ensino e extensão que auxiliaram a população através da ação direta de seus pós-graduandos, pesquisadores e extensionistas. Nesses 15 anos, a instituição já implantou 23 cursos de mestrado e 11 cursos de doutorado, além das residências médica e multiprofissional

em saúde, especializações e MBA e realiza, de forma compartilhada, a gestão do maior hospital do interior do Estado, o Hospital Universitário. Além disso, mantém em seu planejamento, diversos programas de bolsas científicas para acadêmicos, abrindo as portas do mundo científico também para estudantes do ensino médio.

Saiba mais

História de criação

A UFGD nasceu para gerar oportunidades e fomentar sonhos através de uma Educação gratuita e de qualidade. O antigo Centro Universitário de Dourados (CEUD), campi da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – UFMS, foi desmembrado e em face da ampliação das atividades, tornou-se necessário promover a ampliação das instalações, momento em que começou a ganhar corpo a ideia da constituição, em Dourados, de uma cidade universitária, voltada ao ensino superior público, gratuito e de boa qualidade. O projeto então de Cidade Universitária ganhou amplo apoio da comunidade, das lideranças políticas de Dourados e das cidades vizinhas e caminhou para sua plena concretização. Em 2003, o Brasil institui o programa federal Avança Brasil, no qual o país foi delimitado geograficamente em nove eixos nacionais de integração e desenvolvimento, sendo que Dourados e seu espaço regional foram inseridos no Eixo Sudoeste. Uma das funções essenciais desse eixo era permitir a integração territorial com os países limítrofes, por constituir, na visão governamental, um espaço geográfico privilegiado, estratégicas no processo de desconcentração da produção, estratégica de eficiência e competitividade, capacidade de difusão, importância do setor terciário, desafio do desem-

prego estrutural e integração com o Mercosul. A região abrigava uma modernização contínua em busca de competitividade, que foi incentivada pela implantação de uma Universidade autônoma administrativa e financeiramente, com destaque para a verticalização do conhecimento e da tecnologia produzida regionalmente. Assim, a expansão do ensino universitário público em Dourados poderia assumir sistematicamente a função de laboratório difusor de experiências de alta produtividade no país. Para atender aos anseios da sociedade regional visando ao desenvolvimento sustentável, surgia então o projeto de criação da UFGD apresentando vocações como responsabilidade cidadã e social; estudos de preservação dos recursos naturais, incluindo a biodiversidade; aplicação do conhecimento científico e tecnológico para exploração do potencial econômico da região; e desenvolvimento da agropecuária e da agroindústria. A Instituição, inicialmente com seus sete cursos de graduação, passa a se expandir mais com a sua inclusão no Programa de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais – REUNI. Vê ampliado seus cursos de graduação, de pós-graduação, o número de docentes e técnicos administrativos e a oferta de vagas para estudantes de todo o Brasil.


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Dia a Dia

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Concurso de fotografia da Aced terá R$ 6,5 mil em prêmios Desde a sua criação, em 1998, o concurso da ACED tem o objetivo de promover a cidade Buscando despertar a sensibilidade e a criatividade, com o tema “A natureza Brinda Dourados”, o 23º Concurso de Fotografia da Associação Comercial e Empresarial de Dourados – ACED, deste ano, abre as inscrições hoje (3). O grande objetivo do concurso é evidenciar as riquezas e as belezas de Dourados através da natureza. Como no ano passado, quando a ACED inovou, o envio das fotografias continuam sendo online e o julgamento ocorrerá através de plataformas digitais. Tanto fotógrafos profissionais quanto amadores podem se inscrever para participar, acessando o portal da Aced (www. aceddourados.com.br). No site, terão acesso a um link que levará ao formulário com o regulamento, que contém todas as informações sobre os procedimentos para envio dos dados, imagens e entrega de documentos como a autorização de uso de imagem, por exemplo, e os prazos do cronograma. O participante poderá inscrever-se em até três fotos em cada uma das três categorias, são elas: Câmera Fotográfica, Smartphone e Fotografia Aérea. Ao todo, serão selecionadas 12 imagens para estampar o Calendário Aced 2021. Destas, cinco fotografias vão receber prêmios que somam R$ 6,5 mil. “É uma grande honra poder participar de mais um ano desse concurso maravilhoso e tradicional, que reúne toda classe profissional de Dourados. Este ano queremos fotografias fora do convencional, mostrando as belezas de nossa Dourados, pois vamos julgar a originalidade aliada com a criatividade e a diversidade será levada em consideração. Uma nova categoria também foi incluída, então nossos fotógrafos poderão usar e abusar na produção. Estamos otimistas”, disse Nilson Santos, presidente da ACED. A Comissão deste ano será composta por 7 integrantes, sendo um diretor da ACED; um convidado da ACED; um membro da UNIGRAN (Publicidade e Propaganda); um membro da UEMS (Curso de Turismo); um membro do SINJORGRAN; um membro da Secretaria Municipal de Cultura e um membro do COMTUR (Conselho Municipal do Turismo).


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Dia a Dia

Destruídas após incêndio, casas de rezas são reerguidas em Dourados Os trabalhos que duraram cerca de um ano contaram com ajuda de dentro e fora das aldeias ARQUIVO

Valéria Araújo As últimas duas casas de rezas da Reserva de Dourados acabam de ser reconstruídas e estão prontas para serem inauguradas. Os trabalhos que duraram cerca de um ano contaram com ajuda de dentro e fora das aldeias. O objetivo é manter as tradições culturais nas terras dos Guaranis Kaiowás, que concentram hoje por mais de 80 igrejas de origem não-indígena. Denominada Gwyra Nhe’engatu Amba, a Casa de Reza centenária, administrada pelo casal de rezadores Getúlio Juca e Alda Silva foi destruída em julho do ano passado em um incêndio criminoso, segundo as lideranças. Cerca de 20 minutos bastaram para que o fogo consumisse o espaço sagrado, além de diversos instrumentos sagrados que eram armazenados na ogapysy, como é chamada a casa de reza. Na época foram perdidos cocares, vestes tradicionais, takuapu’s e mbaraka’s – estes últimos, instrumentos utilizados por mulheres e homens nas cerimônias de reza. A comunidade também ficou abalada com a destruição de três antigos Xirus, altar com enor-

Ao O PROGRESSO, a liderança contou que após um ano do incêndio o caso não foi resolvido pelas autoridades me significado espiritual para os Guarani Kaiowá e que, por isso, precisa ser tratado com muito cuidado. Getulio disse que estava fazendo artesanato quando viu a fumaça e um homem que correu e se escondeu em um milharal. O rezador ainda tentou apagar o fogo, mas sem sucesso. Os Bombeiros estiveram no local, mas não chegaram a tempo de apagar as chamas que destruíram a estrutura tradicional, feita de madeira e coberta com palha de sapé. Ao O PROGRESSO, a liderança contou que após um ano do incêndio o caso não foi resolvido pelas autoridades de segurança. Ele acredita que o crime seja uma resposta a atuação dele em prol de mais segurança na Reserva. Não soube opinar se a ação teria sido provocada por índios ou não-indios. Getulio disse que a casa está pronta há cinco meses e que não foi inaugurada com uma grande celebração porque as recomendações de saúde não permitem aglomeração. Mesmo assim ele adianta que vai restabelecer o Xiru no local sagrado no próximo dia 15 e que o espaço concentrará rezas dos familiares em prol da proteção da comunidade indígena.

Casa de Reza administrada pelo casal de rezadores Getúlio Juca e Alda Silva foi reconstruída após incêndio criminoso

CASA DE REZA GUARANI Há cerca de dois anos a Casa de Reza dos guaranis ruiu com a ação do tempo e após passar por várias explosões vindas de pedreira que fica na divisa com as terras indígenas. Construída com vigas de bambu e coberta (telhado e parede) com sapê, a casa foi ao chão. “A sustentação de bambu foi ficando frouxo até chegar no ponto de não resistir mais”, contou o cacique rezador Jorge da Silva. Ele e a esposa Floriza Souza Silva, também rezadora, reu-

niram voluntários e com o apoio da Universidade Federal da Grande Dourados reconstruíram o espaço sagrado. As doações vieram de dentro e fora do País. Reconstruída a casa servirá para ponto de encontro de reza dos indígenas da aldeia Jaguapiru. Também voltará a ser um dos pontos de artesanatos da aldeia. Além de receber a comunidade para tratamentos com as plantas medicinais e rezas para “espantar” doenças.


Organização da casa em tempos de pandemia PÁG. 2

Coluna da Adiles: Homenagem ao Dia dos Pais PÁG. 4

CADERNO B Dourados 3.8.2020 O PROGRESSO

Artistas doam 40 obras de arte para

SOCORRER INDÍGENAS Festival Mba’e Porã terá apresentações culturais além de exposição on-line para venda de peças Valéria Araújo Artistas regionais e nacionais se uniram para levar água e equipamentos de proteção Individual (Epi’s) para a reserva indígena de Dourados, a mais populosa do País. Mais de 40 obras de arte foram doadas e serão vendidas no “Festival Mba’e Porã: arte pela proteção dos povos indígenas” que acontecerá virtualmente de 07 a 16 de agosto. Mba’e Porã, em guarani, significa coisa boa, coisa bonita. A iniciativa surgiu do encontro virtual entre o artista sul-mato- grossense Ghva e o professor Tiago Botelho, coordenador do curso de Direito da UFGD. O primeiro queria vender uma de suas obras, intitulada “Reza Guarani-Kaiowá”, para reunir fundos para as comunidades indígenas afetadas pela COVID-19, e buscava um apoio. Desse encontro surgiu a ideia de convocar, pelas redes sociais, artistas, professores e agentes culturais de Mato Grosso do Sul para somar forças, o que resultou na mobilização de diversos articuladores e na doação de cerca de 40 obras de arte. Além da venda on line das obras de arte, o festival contará com uma programação cultural nas redes sociais, diálogos e apresentações nacionais e regionais de artes cênicas e musica, com o objetivo de estimular as pessoas a contribuírem com uma campanha de arrecadação virtual. Ao todo o evento contará com mais de 20 atrações regionais e nacionais. A exposição virtual para a venda das obras reúne peças de dezenas de artistas sul-mato-grossenses. Haverá sorteio de obras para quem colaborar com a divulgação virtual e a campanha de arrecadação. “A situação dos povos originários de Mato Grosso do Sul é complexa e o estado de vida da maioria da população é de miserabilidade. A pandemia agravou necessidades, falta alimentação e material de higiene

básica, acesso à saúde e a água. Por inúmeros motivos, até mesmo as reservas indígenas já demarcadas na região estão esquecidas pelo Poder Público, sendo urgente e necessário o auxílio da sociedade civil”, diz a organização do evento. O valor arrecadado será administrado pela comissão organizadora e financeira do Festival, composta por Carolina Dourado, artesã, estudante e produtora cultural, Everson Umada, publicitário e servidor público (UEMS), Elaine Dupas, professora (UFMS), Fabrício Moser, artista, professor e pesquisador (USP), Nathaly Munarini, advogada e servidora pública (DPMS), Rodrigo Bento, artista e servidor público (UFGD) e Tiago Botelho, advogado e professor (UFGD). A prestação de contas das doações será, posteriormente, apresentada em todas as redes sociais do Festival. Saiba mais

Apresentações culturais O primeiro grupo de rap indígena do Brasil será uma das atrações. O Brô Mc’s é um grupo formado pelos jovens indígenas Bruno Veron, Clemerson Batista, Kelvin Peixoto e Charlie Peixoto, das aldeias Jaguapirú e Bororó de Dourados, que misturam português e guarani para falar de seu cotidiano. A live será no dia 7 de agosto, sexta-feira, às 20h (MS), nas redes sociais do Festival. Emmannuel Marinho também está entre os nomes confirmados no Festival Mba’e Porã. Douradense, poeta, ator e educador brasileiro singularizado pela sensibilidade e simplicidade das suas poesia que tratam com os temas universais como o amor, terra, vida, desigualdade, questões indígenas e o pão. Apresentará Aldeias Imaginárias, no dia 07 de agosto, sexta-feira, às 19h (MS), nas redes sociais do festival.

COMO DOAR

Artistas, ativistas, professores, agentes culturais, comunicadores ou produtores de audiovisual interessados em colaborar entrem em contato no (67) 98130-0607 ou pelo e-mail mbaeporaddos@gmail.com

COMO ASSISTIR

A programação do evento estará disponível no perfil do Instagram @ festivalmbaepora e na página do Facebook e a transmissão das apresentações artísticas ocorrerá, ao vivo, pelo canal no Youtube.


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Dourados, 3.8.2020 O PROGRESSO

Caderno B

Especialista ensina como organizar a casa

em tempos de pandemia A mesa de jantar virou home-office a cozinha e o quarto, viraram sala de aula e escritório. Enfim estamos nos adaptando. O ser humano é extraordinário para se adaptar. Mudou tudo. Nossa rotina se transformou em escalas de sobrevivência, estamos com uma coleção de máscaras de todas as cores e por todos os cômodos. Não temos outra opção. Ficar em casa é decreto, é lei. E no meio desse caos todo encontrei corações aflitos, inseguros e agitados. A queixa sempre a mesma: Perdi o controle da organização da minha casa e agora o que eu faço? Quando perdemos o controle da situação temos uma saída, para que nada tire a nossa alegria de viver, não ameace a nossa saúde e nem abale nossa esperança.

DICAS INFALÍVEIS PARA VOCÊ PASSAR POR ESSA FASE NUMA BOA E SEM ESTRESSE

Quando não podemos mudar uma situação temos uma única opção se acostumar com ela então torne esse momento lúdico, divertido e encontre soluções. Esqueça que existem cômodos específicos e organização tradicional nesse tempo, organize sua casa de acordo com a realidade. A cozinha que virou sala de aula? Use a criatividade para dispor mais espaços, guarde utensílios que não estão sendo usados no momento, abra espaços. Deixe sempre caixas organizadoras perto dos ambientes que acumulam muita bagunça. Invente soluções e use a criatividade. Mude o disco. Não reclame mais, não murmure mais, isso tudo vai passar e vai ficar na memória os momentos que passamos juntos. E aí? você vai querer ser lembrada por ter sido a chata que pegou no pé o tempo todo? A estressada? A pessoa pesada? Amarga? Ou a legal? A incentivadora? A pessoa de fé que não deixou a peteca cair e que providenciou uma solução para cada situação nos momentos difíceis? Então você decide quem você quer ser? Eu te sugiro: Seja a solução, não existe alegria melhor que dar a receber, ser generosa e compreensível. Mantenha flores vivas pela casa, plantas saudáveis, cuide da vida do seu lar. Organize sua casa de acordo com a realidade atual. Tenha rotina de limpeza e organização, isso é fundamental para a saúde do lar. Tenha cardápio e lista de compras para evitar desperdício. Use muitos cestos pela casa, principalmente se tiver crianças, incentive nesse momento que todos entrem sem o sapato. Tenha soluções e use a criatividade para barrar a bagunça logo na entrada. Tenha uma bandeja ao lado da porta, ela vai funcionar como uma caixa de entrada, onde ficam as correspondências. Tenha porta chaves, ganchos para casacos e bolsas e lembre-se organização é diferente de decoração embora elas possam estar unidas, nem sempre uma vai acompanhar a outra, apesar de ambas tocarem o nosso coração. Estamos no tempo da organização funcional, aquela que acolhe, que acalma, que consola que soluciona e realiza. A organização é uma forma pratica de dizer. Eu te amo, eu cuido de você e eu me importo com você.

TATI GODOY

Esposa, mãe, arquiteta, empresária e personal organizer da Facilita. Autora literária! Livro Diario de uma organizadora compulsiva e Diario de uma organizadora


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O PROGRESSO

Dourados, 3.8.2020

CLASSIFICADOS/ATOS OFICIAIS PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS

www.coquetel.com.br

Pacto Capital da Coreia do Sul Minha e dele Presente barato

Unidades fundamentais hereditárias Menor divisão de uma substância

"Você", na revistinha do Chico Bento (HQ) (?) Santana, cantor Tipo de herpes

Latitude (abrev.) Filtra (o café)

Classificação zoológica do faisão

86681

Recheio do bife rolê A parte de trás do cano do revólver

Em (?): sobre À (?): sem motivo

(?) Leal, atriz de "Justiça"

(?)-in, massagem sedativa

DOMÉSTICA Fixo ou diária. (Resido no Água Boa). Com referência. 996724482 Maria Aldina

Intransitivo (abrev.) 5, em romanos

O menor conjunto instrumental

Vir à (?): ser descoberto (fig.) Salvador Dalí, pintor surrealista Penteado feito em cabelos longos

BANCO

Os livros dos irmãos mais queridos do Brasil!

CASEIROS

Procuro emprego de caseiro, operador de silos, tratorista, ajudante de campeiro, serviços de fazenda em geral e lavoura. Esposa também trabalha. Contato: 99628-8690 ou 99856-0493, falar com Michael

Recheio do pastel de Belém

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Solução

G

PROCURA-SE EMPREGO

Trabalho do doutorando "Casa" do tatu

5/genes — verba. 7/culatra. 10/umber to eco. 17/dom do entendimento.

DE EMPREGO

Parasita Registro intestinal de corpo escrito de uma achatado e reunião comprido Idioma falado no Vaticano "Tim-tim!"

Função trigonométrica (Mat.) Copos cilíndricos para beber vinho

Filhote legítimo, vacinado e com procedência. 99692-0918

OPORTUNIDADES

Compact Disc (sigla)

M E N S A L

VENDO FILHOTE LHASA

"Quem (?) não mata", lema feminista

M

RA HIGIENIZAÇÃO Manutenção e instalação de ar condicionado residencial. Limpeza, carga de gás e higienização completa. Ótimo preço. Tratar: 99673-8030 - Carlos

Peça de antigos relógios de corda

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Pedido do prefeito ao governador

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D E C O C O M O R DO D E U A N S T A V E C O N C D A I T I M E S E N N I N T A L O

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Ou troco casa de 3 quartos por apartamento R$ 250 mil. Aceito proposta. Rua Ramão Vital Viana, 2925, Terra Roxa 2. Tratar: 99665-4549.

A seguir Prenome de Pelé

A B E R T O DI D O R E S A C NO S S A L E L E C U L A M O L A B A B A R C I MA A T R A N O L A Ç A S T A A T A D U O B O DECA V

86687

VENDO CASA

Autor dos romances "O Nome da Rosa" e "O Pêndulo de Foucault"

Conceito cristão relacionado à capacidade de compreender as Membra- verdades reveladas nas do interior da laringe (Anat.)

L E A N D RA

CASA VENDA

© Revistas COQUETEL

Processo inflacionário típico de áreas urbanas A periodigentrificadas cidade do salário Bacia de banheiros

A U M E N T O D E C U S T O S

IMÓVEIS


Dourados, 3.8.2020 O PROGRESSO

Adiles do Amaral Torres

COLUNA DA ADILES

“Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é”

9 DE AGOSTO - DIA DOS PAIS

adiles@progresso.com.br

Fernando Pessoa

BENDITO PAI Bendito o pai que ampara e protege Que cuida com desvelo O filho que gerou Bendito o pai que ama E que abençoa A criança frágil que chegou Bendito o homem que honra seus compromissos Que não foge das responsabilidades Que enfrenta com fidelidade Os tropeços da vida e do amor Bendito aquele que é homem demonstrando em atos, não apenas ser machão no boato e ser fraco e um vilão Ser pai é ser mais que um homem É ser o anjo protetor que transmite segurança E sobretudo... muito amor

Angelo Ximenes com os filhos João Pedro, Benjamim e Mariana

Celso Amaral com os filhos Sophia e Ricardo

Antônio Feltrin e a filha Mariana

Braz Melo com os filhos Brazinho, Gisela e Mirella

Adiles do Amaral Torres

Antônio Nogueira com os filhos Alzira, Rosamaria e Luiz Antonio

“Minha vida em poesias - pág. 83”

Isaac Comelli e a filha Eloiza

Dejair Martins com os filhos Roberto César e Patrícia Cristina

Marçal Filho com os filhos Vinícius e Vanessa

Reinaldo Azambuja com os filhos Thiago, Rafael e Rodrigo Antônio Utida com os filhos Braulio, Douglas e Willian Utida

Claudio Iguma com as filhas Cristiane e Thais Idenor Machado e os filhos Alessandro e Lizziane

PARABÉNS E FELICIDADES AOS

Hilton Armond com os filhos Marise e Mateus

Roberto Ito e as filhas Emily e Livia

Tony Lucena e o filho Matheus

ANIVERSARIANTES DA SEMANA

Zé Teixeira e os filhos Nilson e Eliana Teixeira

ANOTE

O Salão “CABELO E ARTE” é da excelente cabeleireira Vera Lucia Veríssimo que faz vários procedimentos, todos muito bem feitos. Vá conhecer, o salão fica na Avenida Marcelino Pires, 390. Telefone (67) 3421-0334 BEATRIZ RICCI - Quarta (05/08)

MARCELO CÂMARA

ROBSON BRAGA

MAISA UEMURA

MATHEUS CAPILÉ - Quarta (05/07) Na foto, com a mãe Simone Capilé

YARA RIGOTTI

LUIZ FORNASIERE

RENATO MELO

Na foto, com a mãe Cristine

Quarta (05/08)

Sábado (08/08)

Quinta (06/08)

Domingo (09/08)

Quinta (06/08)

Sábado (08/08)

PARABÉNS E FELICIDADES aos aniversariantes, De 7/agosto - Nair Matos; Paulo R. C. Queiroz; Lara Costa V. Bruxel; Flávia M. A. Pires; Gabriela Borges de Paula; Jaime Presoto de Oliveira; Jaqueline Amaral; Maria Lucia Silva; Ramão F. da Silva; Heberton Claus dos Santos; Edimar D. Carvalho. 8 de agosto - Fabiana M. A. Pires; Ramão B. de Souza; Alvíno da S. Neto; José Ribeiro de Melo; Anderson A. Gaúna; Maria S. da Silva; Yasmin F. de A. Lima; Aparecida S. P. Martins; Leila Margareth Raos Belo; Olinda Cardoso. 9 de agosto - Jonir B. da Cruz; Egídio Klein; Henrique Fermino Dias; Irineu Cavichioni; Carlos A. Peixoto; Dilso Sperafico; Maria das Graças R. Assis; Manoel Belarmino; Romon B. Souza; Moacir C. de Paula; Lidemar L. Buttini; Ademilson Soledade; Romulo Junior


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